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Costa Rica aposta no turismo sustentável


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:arrow: Fonte: Estadão

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,costa-rica-aposta-no-turismo-sustentavel,534386,0.htm

 

[align=justify]Preocupação ambiental contagia hotéis, agências e fornecedores e coloca país entre principais destinos do ecoturismo.

 

Enquanto a França se destaca como um grande destino cultural, e o Brasil, no turismo de praia, a Costa Rica é talvez o caso mais bem sucedido de turismo sustentável como fonte de investimentos. Com o slogan "Sem ingredientes artificiais", o país é uma das 20 maiores biodiversidades do planeta e contém 26% de seu território destinado a parques nacionais e reservas.

 

"A nossa matéria-prima é a natureza", reforça a consultora Ana Báez, presidente da empresa costariquenha Turismo e Conservación Consultores. Além disso, a Costa Rica lançou a proposta de se tornar o primeiro país a compensar totalmente suas emissões de carbono já em 2021.

 

O estudo de caso da Costa Rica foi tema, nesta segunda-feira, do 3º Seminário sobre Desenvolvimento Sustentável do Turismo, uma iniciativa do Santander Sustentável, que em anos anteriores já discutiu os exemplos da Nova Zelândia e da África do Sul.

 

O turismo é a segunda principal atividade econômica do país da América Central, perdendo apenas para a tecnologia, gera US$ 2,3 milhões por ano e representa 7,2% do PIB costariquenho. E, de acordo com Ana Báez, isso só tem dado certo porque existe motivação conjunta de hotéis, operadoras, agências, companhias aéreas, fornecedores e atacadistas.

 

A ideia de incentivar um turismo ecológico como grande atrativo do país começou a se desenvolver nos anos 90, e, em 1996, criou o órgão de turismo nacinal criou o Certificado para Sustentabilidade Turística (CST), um selo para medir o grau de sustentabilidade de hotéis de operadoras turísticas.

 

"Hoje existem cinco níveis de classificação, o processo é totalmente gratuito e estamos querendo criar selos também para locadoras de carros e para turismo rural comunitário", afirma Patricia Forero, da operadora Horizontes Nature Tours, que esteve envolvida na criação do CST. A certificação leva em conta a gestão do uso da água, da energia e de resíduos sólidos, nas diversas etapas da atividade turística, como alimentação, transporte, hospedagem e serviços de apoio.

 

"A certificação leva em consideração também o envolvimento do empreendimento com a comunidade ao seu redor, porque não adianta um hotel ter uma ótima gestão ambiental, mas permitir a exploração sexual de menores nas suas dependências, não será sustentável", analisa o vice-presidente de turismo sustentável da ONG costariquenha Rainforest Alliance, Ronald Sanabria.

 

A sustentabilidade turística na Costa Rica inclui projetos ligados à comunidade, sejam eles relacionados a educação, a aprendizagem de um ofício, ao artesanato ou à tomada de poder da comunidade na atividade turística. Diversas empresas que receberam o CST ou estão em processo de conquista têm programas deste tipo. "Podem ser muito mais difíceis de criar e de administrar que um hotel, mas as empresas dizem que fariam tudo de novo se fosse necessário", diz Sanabria.

 

O hotel Finca Rosa Blanca, da capital San José, foi o primeiro a receber as cinco folhas, nível máximo de certificação do CST. O empreendimento dá preferência as plantas nativas da região no seu jardim, utiliza material reciclado para a construção de telhas e bancos, faz reflorestamento e prioriza a iluminação natural em seu interior. Em sua propriedade, o Finca Rosa Blanca tem ainda uma plantação Além disso, um sistema de ionização substitui o uso de cloro na piscina, e a decoração dos quartos é feita com obras de artistas plásticos da comunidade.

 

"Nós também preferimos contratar gente local, destinamos 5% dos lucros do nosso bar e restaurante para projetos comunitários ligados à educação e contratamos grupos folclóricos de jovens e idosos para fazer apresentações aos nossos hóspedes", conta o empresário Glenn Jampol, proprietário e criador do hotel, que também é presidente da Câmara Nacional do Ecoturismo.

 

Outra iniciativa bem sucedida na Costa Rica é a da companhia aérea Nature Air, que faz destinos internos no país e compensa totalmente suas emissões de carbono com plantação de árvores, o que significa 39 hectares reflorestados por ano para todos os destinos da companhia.

 

Além disso, a empresa investe em projetos sociais e utiliza biocombustíveis nos seus veículos terrestres. E, com uma redução em 7% nos custos dos biocombustíveis, a empresa consegue manter um crescimento de 30% ao ano. "Existem pessoas que vivem para viajar, para conhecer novos lugares, então não é cogitável simplesmente parar de usar o avião. A saída é investir na compensação e em projetos socioambientais", explica o presidente da Nature Air, Alex Khavaji.

 

Ronald Sanabria adverte que, para mais empresas do setor entrarem na onda do turismo verde, é preciso que as ONGs assumam papel motivador, pois os empresários têm vontade de investir no turismo ecológico, mas muitas vezes não sabem por onde começar.

 

"As ONGs podem atuar na consultoria, mas é necessário que elas sigam a mesma dinâmica da iniciativa privada", diz Sanabria. "Se ans organizações forem mais lentas, os empresários acabam por perder o interesse."[/align]

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Ponto para o Panamá!

E olhe que é um país com pequena extensão territorial.

Imaginem o Brasil, este país continental, com esta enorme variedade de paisagens!

Um país que possui as Cataratas do Iguaçu, o Pantanal Mato-Grossense, as Chapadas Diamantina, dos Veadeiros, dos Guimarães, Fernando de Noronha, os Lençóis Maranhenses, o Jalapão, a Floresta Amazônica e tantos outros paraísos...

Nosso turismo pode crescer muito mais e trazer muito dinheiro para o nosso povo.

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