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Machu Picchu retoma esplendor


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Machu Picchu retoma esplendor

Publicado em 01.04.2010

Jornal do Commercio

 

 

Cidade inca volta a atrair turistas e trilheiros às montanhas peruanas, depois de deslizamentos de terra que afastaram visitantes no início do ano

 

Jessica Souza

jsouza@jc.com.br

 

A cidadela inca de Machu Picchu reabriu hoje, após permanecer fechada devido a fortes chuvas que assolaram a região de Cuzco. No fim do mês de janeiro, o Instituto Nacional de Cultura (INC) e o Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas pelo Estado (Sernanp) proibiram o acesso ao Santuário Histórico de Machu Picchu e a todo o trajeto do Caminho Inca até que as condições de segurança e infraestrutura das estradas que levam à cidade permitissem a reabertura.

 

O anúncio foi feito, em comunicado oficial, pelo ministro do Comércio Exterior e Turismo, Martín Pérez. “Machu Picchu é um ícone global conhecido por turistas do mundo inteiro. Nos próximos anos, muitos visitantes vindos dos cinco continentes visitarão essa maravilha histórica.”.

 

Para comemorar o acontecimento, na última terça-feira, a esplanada de Qorikancha, situada em Cuzco e local de rituais e oferendas ao deus Sol, cultuado pelos incas, foi palco da cerimônia andina Pachamana Raymi ou Tributo à Mãe Terra. No local, o público pôde acompanhar exibições de fogos de artifício e de grupos musicais.

 

Pérez informou ainda que as estradas encontram-se totalmente habilitadas e prontas para o transporte de turistas. Segundo o gerente-geral da empresa Ferrovia Transandino, concessionária responsável pela via férrea entre Cuzco e Águas Calientes, Rómulo Guidino, a reabertura do trem permitirá o deslocamento de 1,5 mil turistas por dia, número que deverá subir gradualmente com a reparação total da via. Para chegar em Machu Picchu, os viajantes devem ir de ônibus de Cuzco ou Ollantaytambo até Piscacucho e depois de trem até Águas Calientes, cidade que serve de apoio logístico ao santuário histórico.

 

O plano de recuperação da Perurail para a rota de Machu Picchu foi dividido em duas etapas. A primeira, iniciada na segunda-feira, restringe o uso da estrada de ferro a trens de turismo para do tipo autovagão ou Vistadome – veículos cerca de três vezes mais leves que um trem normal. Essa decisão foi determinada pela Ferrocarril Transandino, que, após ter de realocar vários trechos da via, acredita que ela ainda não possui condições de ser trafegada por locomotivas de grande porte. O serviço do luxuoso trem de turismo Hiram Bingham também não estará disponível durante essa etapa.

 

A segunda fase, marcada para começar no dia 1º de maio, oferecerá serviços de autovagões e locomotivas, incluindo os serviços econômicos. A empresa ferroviária também deverá definir a possibilidade de operar uma alternativa ao serviço de luxo durante esse período.

 

RESISTÊNCIA

 

Apesar das chuvas fortes, as ruínas incas de Machu Picchu resistiram bravamente aos impactos e permanecem intactas. Historiadores afirmam que o segredo da longevidade da cidade é o seu sistema de drenagem construído para evitar o empoçamento de água das chuvas e a erosão. Localizada no topo de uma montanha, a 2.400 metros de altitude, Machu Picchu foi construída no século 15.

 

A área construída da cidade soma 530 metros de comprimento, 200 de largura e inclui, ao menos, 172 recintos. O complexo é dividido em duas grandes zonas: a agrícola, formada por conjuntos de terraços de cultivo, que se localizam ao sul, e a urbana, onde viveram seus habitantes e se desenvolviam as principais atividades civis e religiosas.

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