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COLÔMBIA 2016 (Bogotá, Medellín, Cartagena e Santa Marta - Pq. Tayrona) - Histórias, fotos, gastos e alguns perrengues


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DIA 20 – 28/09

 

 

Acordei bem cedo, fiz um café rápido e já queria logo ir pra a Torre do relógio esperar o Alfonso, estava ansioso e ao mesmo tempo preocupado, pois comecei a ficar encucado se não teria caído em um golpe.

Logo estava lá e no horário marcado ninguém apareceu, nem mesmo outras pessoas que tivessem pago, o que aumentou meu medo. Demorou um pouco mas apareceu um rapaz manco perguntado se eu estava com Alfonso, disse que sim e ele pediu para ir com ele, tinha outras pessoas esperando. Ufa, não vai ter golpe! ::otemo::

Pouco depois o Alfonso também chegou, aguardamos mais um tempo até chegar o micro-ônibus que nos levaria até a praia. Tentei pagar com uma nota de 50000 mas ele não tinha troco então pediu para acertar direto com o rapaz da excursão, ele não iria conosco, apenas cuidava de fechar os passeios, quem iria nos acompanhar era uma moça (se não engano chamava Alice, ou algo parecido) e um rapaz que era a cara do Ronaldo Fenômeno nos tempo do tetra.

O micro-ônibus estava lotado e logo seguimos rumo a praia. No caminho, fizemos uma parada numa espécie de mercadinho para comprar o que precisasse, pois lá na praia não tem, apenas os restaurantes que cobram bem mais caro as coisas.

Dei os 50000 pro “Ronaldinho” trocar e cobrar os 20000 que faltava pagar, aproveitei e comprei alguma coisa pra comer e logo seguimos viagem. Tinha uns caras dentro do ônibus que levavam um enorme isopor, mal sabia que na volta esses caras fariam o role virar épico...

Mais ou menos 1h depois lá estávamos, descemos numa espécie de estacionamento e caminhamos até a entrada, logo pude avistar o mar mais azul / esverdeado que tinha visto na vida até então, era uma coisa impressionante, estava maravilhado com aquilo.

Na beira dá água ficam umas cadeiras instaladas onde você pode deixar suas coisas, ir pra água, voltar, sentar um pouco, ficar na sombrinha. É de graça? Claro que não né, nada é de graça ainda mais num paraíso daqueles. Os caras cobravam em média um rim ou uma córnea, por isso nem fui atrás, ia deixar minha mochila na areia mesmo e dane-se, o que importava era cair naquele marzão lindo, mas aí enquanto a moça explicava o esquema do almoço e da hora bar, ponto de encontro e tal, um cara veio me abordar e oferecer uma cadeira, agradeci e disse que não tinha dinheiro (até tinha, mas não tava afim de pagar cadeira), ele insistiu e eu insisti na recusa, até que ele me ofereceu uma por 10000 (a média de preços era de 25000 a até 40000), olhei pra ele desconfiado, ele me levou até uma cadeira que estava na segunda fila, acabei fechando, afinal pude deixar minha mochila mais segura, pois de onde eu estava dava pra tomar conta, e fora que quando cansava um pouco, podia ir lá e sentar um pouco, de boa.

Meio de longe vi um grupo de brasileiros conversando na água, mas confesso que durante a viagem foram poucos que encontrei, a Colômbia ainda não é um destino muito procurado por nós, a não ser San Andréas.

Ah, sobre uma coisa que havia lido antes de ir pra lá e comprovei na prática, existe uma espécie de golpe muito comum em Cartagena, aliás são dois tipos: no primeiro, um vendedor de ostras se aproxima e te oferece uma "amostra grátis”, você recusa e ele insiste dizendo que é só um “regalo”, que é afrodisíaco, que é só pra experimentar, daí se você aceita, ele te dá mais alguns e no final cobra um valor absurdo, e como lá não tem policia e existe uma verdadeira máfia de vendedores, você acaba tendo que pagar. O outro é o da massagista, elas passam com um baldinho e um creme na mão oferecendo massagem grátis, uma cortesia, daí o cara aceita e no final...tchanraaaaannn, tem que pagar. No meu caso, recebi ambas as abordagens e firmemente recusei, mesmo com forte insistência. A moça chegou a espirrar óleo na minha perna e foi já pegando na perna pra começar a massagem mesmo depois do não, daí segurei a mão dela e disse que se ela fizesse eu não pagaria pois estava sem dinheiro, ela saiu puta da vida bufando kkkkk

Mas essa não seria a maior treta que eu teria nesse dia, o pior estava por vir. Na hora combinada para o almoço, peguei a mochila e fui até o restaurante marcado pela guia e estava aguardando, quando, para minha surpresa ela se aproximou de mim e disse que eu não tinha direito a almoço. Ooooooiiiiii!!!!!???? ::ahhhh::::ahhhh::::ahhhh:: Como assim? Vou resumir a história, o lazarento do Alfonso (falei que teria um porquê de gravar o nome dele) simplesmente embolsou os 20000 que dei no ato e pra todos os efeitos é como se eu tivesse só pago a ida pra lá. Sim, a ida, porque nem direito a voltar eu teria, os 20000 era só pra ir pra lá. Já comecei a me imaginar morando lá, fazendo e vendendo artesanato das coisas que a natureza dá kkkkk

Começa uma discussão, eu argumentado que paguei, foi quando mostrei o voucher que o Alfonso me deu, tava escrito que eu paguei 20000 e que tinha direito ao almoço. A moça ficou sem entender e me mandou procurar um garoto que estava em outra excursão, ele teria que me dar comida. Daí descobri que na verdade ele havia me encaixado em outra turma. Virou um verdadeiro empurra-empurra, a moça pelo menos já havia dito que me levaria de volta também, pelo menos não iria precisar virar hippie lá kkkk. Achei que as coisas iam começar a se resolver quando ela ligou para o dono da agência para ver o que fazer, contou o ocorrido e de repente ela me passa o telefone pra falar com o cara. Pô, aí dificulta, foi o diálogo mais escroto do mundo, porque pelo telefone era difícil entender o cara, meu espanhol é bom não nem tanto kkkk, e finalmente, depois de mais de meia hora de embate a moça topou me dar uma prato de rango. O cardápio era arroz de coco, peixe, banana, salada e limonada. Que rango gostoso!

Voltei pra água e nem pensei em questionar a hora-bar, se o almoço já deu pau, imagina o goro, mas até aí eu nem tava ligando, só que queria curtir aquele lugar único, e além do mais mal eu sabia que aquele open bar nem iria fazer falta...

O combinado era umas três horas, esperarmos no estacionamento, e cheguei até um pouco antes pra não ter risco de perder a “carona”. O tempo foi passando e nada do povo, nem mesmo o ônibus estava lá, vários saiam e nada do meu e comecei a pensar que tinha me lascado, saíram de outro ponto e não em esperaram, até que o pessoal começou a chegar, inclusive os guias. O “Ronaldinho” veio falar comigo e disse que quando chegássemos a Cartagena iríamos até a agência e depois provavelmente à polícia dar queixa do Alfonso, eu concordei e embarcamos para voltar.

Mal saímos e aqueles caras que estavam com o isopor começaram a agitar um vira-vira coletivo da tal da Aguardente Antioqueña, e o povo foi se socializando, tinha gente da Colômbia, Chile, México e até outro brasileiro, sentado atrás de mim, só lembro que ele era do Rio. Logo secamos a garrafa e pediram para parar naquele mercadinho da ida, e minutos depois voltaram com uma caixinha Tetra Pak da cachaça. Mano, cachaça em embalagem de leite era demais!

Pensa no furdunço que virou aquilo, mas o mais engraçado foi quando deram pro “Ronaldinho” beber e eu gritei: “Vai Ronaldo!”. Na hora todo olhou e rachou o bico, concordaram com a aparência na hora e gritaram em coro: “Ronaldooooo, Ronaldooooo”. O maluco chorava de rir!

A princípio iríamos parar na agência, mas todos já meio “borrachos” decidimos parar na praia de Bocagrande. Descemos todos lá e o ônibus, acabei nem indo com eles na agencia, eles que se virassem com o tranqueira do Alfonso.

A última lembrança que tenho foi de fazermos vaquinha pra comprar mais goro, depois tenho alguns flashes. O primeiro, já de noite, voltando com o brasileiro e mais alguém pela rua e lembro de dizer: “É a rua do meu hostel, falou mano!”. O segundo flash, eu tava ajoelhado no box do banheiro tentando vomitar ::essa:: (não lembro se consegui), com o chuveiro ligado e de repente levantei e continuei a tomar banho (detalhe, tinha pego toalha, sabonete, roupa, tudo normal). Depois disso, só lembro de acordar do nada, tava deitado na rede, tudo apagado, não tinha mais ninguém e olhei no celular, tava marcando 1h da manhã ::dãã2::ãã2::'> . Levantei e subi pro quarto meio sem entender nada. Iria acordar cedo no outro dia para ir pra Santa Marta e achei que iria acordar estragado. Aliás, acho que sinto o gosto de anis daquele goró até hoje.

 

 

35993527566_63a1433219_c.jpgEntrada da praia

 

 

35225031033_14dfee1d01_c.jpgOlha esse mar!

 

 

35993522936_2474a7ab2d_c.jpgVisão da cadeira que eu estava

 

 

35211358004_26f66d61d9_c.jpgPlaya Blanca

 

 

35225026983_428e7ae528_c.jpgPlaya Blanca

 

 

35661801800_c29b68cba4_c.jpgÚltimo registro vivo

 

 

35901324741_e046a1a280_c.jpgCaixinha do mal :evil::twisted:

 

 

 

GASTOS DO DIA

 

Resto do tour: COP 20.000

Coca + salgadinho: COP 2.000 + COP 4.000

 

 

Continua...

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  • 2 semanas depois...
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Show! Seu relato tá muito bom, detalhado, tá me ajudando muito!

To indo em dezembro e fechando os detalhes!

O roteiro deve ser San Andres - Cartagena - Santa Marta - Medellin - Bogotá. 20 dias.

 26-31/dez San Andres

31dez-5/jan Cartagena

5-7/jan Santa Marta

7-11/jan Medellin

11-14/jan Bogotá

Pensei em tirar Santa Marta do roteiro pra não ficar corrido, mas tem o Tayrona.. 

To pensando em levar 7 mil reais (dá mais ou menos 2100 dólares) pra um casal... Será que dá tranquilo? 

To acompanhando! Bjao

  • Gostei! 1
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Em 18/08/2017 em 10:21, joalecrim disse:

Show! Seu relato tá muito bom, detalhado, tá me ajudando muito!

To indo em dezembro e fechando os detalhes!

O roteiro deve ser San Andres - Cartagena - Santa Marta - Medellin - Bogotá. 20 dias.

 26-31/dez San Andres

31dez-5/jan Cartagena

5-7/jan Santa Marta

7-11/jan Medellin

11-14/jan Bogotá

Pensei em tirar Santa Marta do roteiro pra não ficar corrido, mas tem o Tayrona.. 

To pensando em levar 7 mil reais (dá mais ou menos 2100 dólares) pra um casal... Será que dá tranquilo? 

To acompanhando! Bjao

Olá Joalecrim!

 

Que bom que esteja gostando, eu tô terminando de escrever e logo posto o restante, falta só a parte de Santa Marta e do Parque Tayrona. Santa Marta em si não é tão espetacular, mas o Parque Tayrona vale muito a pena; Bogotá recomendo uns 5 dias, tem bastante coisa pra fazer, Medellín foi uma cidade que me surpreendeu, fiquei uma semana de boa, mas se quiser dá pra ficar uns 4, Cartagena sinceramente tirando a parte murada e a Playa Blanca não tem muito o que fazer, uns 4 dias no máximo tá de bom tamanho.

Com relação à grana, sem contar os aéreos gastei uns R$ 3500,00 em um mês, mas no esquema econômico, acredito que os 7000 pra duas pessoas dê sim, embora ache que San Andrés seja um pouco mais caro.

Qualquer dúvida pode perguntar que eu te respondo. Beijo

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  • 4 semanas depois...
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Salve galera, desculpem minha demora em postar o relato todo, ando na correria aqui me preparando pra próxima, mas antes tarde do que nunca, então vamos lá!

 

DIA 21 – 29/09 

 

Apesar da bebedeira, eu imaginei que acordaria bem tarde, mas eram 6h30 já estava sem sono, tava muito calor e com uma sede absurda.

Levantei, fiz um último café da manhã (com minhas coisas, lógico) e enquanto tomava café ficava pensando na noite anterior, se havia aprontado algo, afinal não lembrava de nada a não ser os flashes que narrei ::essa::. Ainda bem que era meu último dia, se fiz alguma merda ficaria por ali mesmo. Mas apesar de tudo até que eu estava bem, sem dor de cabeça ou gosto ruim. :-D

Arrumei minhas coisas, não tinha muita pressa, pois quando fui ao terminal eles me informaram que saia ônibus para Santa Marta o dia todo e de hora em hora, se não me engano.

Resolvi chamar um Uber para ir até a rodoviária, mas o raio da Internet resolveu cair e não conseguia conectar. O problema só foi resolvido quando fui até a recepção e acabei conseguindo um sinal de Wifi que estava liberado de algum lugar da rua, e consegui fazer o chamado.

Recolhi umas coisas que tinha na geladeira, me despedi do pessoal, fiz o check out e aguardei o carro na porta.

Rapidamente ele chegou e fomos sentido à rodoviária. O cara gostava de uma conversa e fomos batendo papo todo o caminho, mas notei que o caminho que ele fazia era diferente, ele disse que naquele horário havia muito trânsito e faria um caminho mais rápido. Papo vai, papo vem, percebi que ele havia saído da cidade, pois primeiro passamos em um pedágio e segundo passamos por aquele lugar ao qual me referi que parecia Cubatão, ficava na entrada da cidade, ou seja, era o mesmo caminho que fiz quando cheguei à Cartagena.

Depois de um baita role, chegamos à rodoviária, e comprei uma passagem para um ônibus que sairia dali a 10 minutos.

Era um ônibus pequeno, bem mais ou menos, era um pouco apertado (e nem sou um cara tão alto), mas tinha ar e WiFi pelo menos. E tinha também TV, e mesmo com a imagem meio ruim, deu pra ver que um furacão havia atingido a fronteira da Colômbia com a Venezuela e feito um grande estrago. Era o furacão Matthew (aquele que arrasou o Haiti ano passado), mal sabia que esse filho de uma égua ia azedar meu role...

A viagem durou 5h, com direito a uma rápida parada em Barranquilla e algumas paradas no caminho para pegar passageiros, e chegamos à rodoviária de Santa Marta, ela fica bem afastada da cidade. Peguei um táxi, e o interessante é que lá eles são tabelados, o valor fica para o Centro é o mesmo pra qualquer carro: 6000 pesos.

Levou uns 20 minutos mais ou menos até o hostel que reservei, era o Masaya, uma rede famosa que tem em Santa Marta e Bogotá, como havia conseguido economizar bem durante a viagem decidi ficar em um hostel mais topzinho ::otemo::. Ele tem uma cara de hotel mesmo, tem duas piscinas, um terraço onde ficam a cozinha compartilhada e o bar, e sempre tem alguma festa que vem gente de fora.

Os quartos são temáticos, tem o quarto Shakira, Juan Valdez (que apesar de ser apenas uma figura fictícia, é um nome muito popular na Colômbia), Valderrama, Botero, Juanez, Falcão Garcia, sempre algum colombiano famoso, o meu era um cantor que não recordo o nome. A localização também era muito boa, bem no centro da cidade, tem tudo perto: mercado grande, casa de câmbio, farmácia, fast food, uma loja da Juan Valdez (o Starbucks colombiano), umas 3 quadras da praia, na avenida ao lado passam todos os ônibus que precisa.

Feito o check in e guardadas as coisas, sai pra fazer um reconhecimento do terreno, estava sol, e logo percebi o caos que era aquele lugar. As calçadas lotadas de ambulantes, e o trânsito digno de lugares como Bolívia, Índia e São Vicente, era um manicômio automobilístico. ::dãã2::

Parei num quiosque pra comer um hambúrguer mesmo, tava com preguiça de caçar restaurante. No caminho, ainda parei num cara que vendia uns espetinhos e comi um só pra garantir, e decidi voltar logo pro hostel, ainda tinha um final de tarde e aproveitei para estrear a piscina.

À noite, ainda me aproveitando da economia que consegui, decidi pesquisar voo de Santa Marta para Bogotá, pois de estrada seriam umas 16h e eu teria uma maratona para voltar ao Brasil. Fui no site da tal Viva Colômbia, e mesmo pagando franquia de bagagem (essa empresa é uma low cost, e por conta disso para levar mala acima de 12 Kg tem que pagar a parte) e uma taxa para fazer o check in on line saiu 129.900, de ônibus eu gastaria se não engano algo em torno de 100.000 a 110.000, valeu muito a pena.

Ah, e fuçando meu e-mail, vi o recibo do Uber e o valor da corrida caro em relação ao valor estimado, porque justamente ele fez o que imaginei: deu a volta por fora da cidade, e ainda recebi a cobrança do pedágio, no final saiu mais caro do que sairia um táxi. Lazarento! :-x

 

GASTOS DO DIA

 

Uber: COP 25.600 (cartão)

Ônibus para S. Marta: COP 20.000

Salgadinho no ônibus: COP 2.500

Táxi até hostel: COP 6.000

Hostel (check in): COP 175.000

Hamburguer e Coca: COP 3.000 e COP 2.000

Espetinho: COP 2.500

Coca no hostel: COP 3.000

Passagem p/ Bogotá: COP 129.990 (cartão)

 

 

Continua...

Editado por alexandresfcpg
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DIA 22 – 30/09

 

Sabadão ensolarado, sai pra dar um peão pela cidade, fui conhecer o calçadão. No caminho, passei pelo Parque Bolívar, uma enorme praça próximo do hostel, depois cheguei no calçadão, é conhecido como Paseo Bastidas, é o lugar onde Felipe de Bastidas atracou, pra quem não sabe Santa Marta é a cidade mais antiga da América do Sul (embora exista uma no Peru mais antiga) e portanto é um lugar historicamente importante. Antes de atravessar, avistei uma galera e vi que estava endo uma promoção do Refrigerante Postobon, uma espécie de Dolly deles, é aquela marca que patrocina o Nacional de Medellín (pra que manja de futebol), era tipo uma competição em que duas pessoas ficavam pedalando numa bike parada e quem vencia ganhava um kit do refri (boné, camisa, refrigerante, algo assim). Quem estava por lá ganhava uma pulseira, e peguei uma sem compromisso, mal sabia que aquilo me seria muito útil no Parque Tayrona.

A praia não é muito extensa, de um lado acaba no porto e no outro numa marina, onde ficam uns iates e, assim como em Cartagena, não é uma praia muito interessante.

Após umas boas batidas de pernas de uma ponta a outra, passei pelo Parque dos Noivos (nada demais) e decidi ir até a Quinta de San Pedro Alejandrino, uma espécie de fazenda que fica na entrada da cidade e é o local onde Símon Bolívar viveu seus últimos dias até morrer.

Perguntei a um vendedor de limonada (que me deu até um chorinho quando tomei o copo) como chegava lá e ele me disse que dava pra ir à pé. Oi?::lol4:: À pé eu sabia que não dava, era muito longe (ficava até próximo da rodoviária), agradeci e perguntei mais adiante, um cara me indicou qual ônibus pegar e lá fui. O rolê demorou mais ou menos uns 30 minutos e o motorista me deixou na porta, até porque o GPS do meu celular resolveu dar pau e por um momento fiquei meio desorientado, sem referência. Aliás, antes de falar da Quinta, um capítulo sobre os ônibus. Todos eles são micro-ônibus, azuis e muito velhos, bem judiados, funcionam como as lotações aqui no Brasil, mas tem bastante opção e vão pra todas as direções, é a melhor forma de se deslocar por lá.

Sobre a Quinta, é uma antiga fazenda, o lugar é enorme, você passa a bilheteria e tem um caminho longo até a entrada mesmo. Existe um esquema de visita guiada onde no final você paga uma “propina” de acordo com o que achar que valeu, ou nem paga, vai do seu critério, mas todos pagam porque é bem legal a explicação, aliás, são dois guias, um complementa o outro. Você conhece todas as dependências do lugar e ouve as histórias, e vê a cama onde Bolívar morreu. Tem também algumas exposições no lugar e um imenso jardim. A vista levou entre 1 e 2 horas, não lembro exatamente, mas é bem legal, o lugar é bem bonito. ::otemo::

Na saída, procurando o ponto do ônibus, acabei encontrando um restaurante barato e já almocei ali mesmo.

Na volta, o busão veio bem cheio mas como a viagem era rápida foi de boa, parei no mercado pra fazer umas compras e resolvi curtir o resto da tarde na piscina, mal sabia que tão cedo não veria a cara dela. :-|

De noite, veio um DJ se apresentar e o terraço ficou cheio, mesmo com a garoa que resolveu cair, que já anunciava o que viria pro dia seguinte. Junto com o DJ, tocou um grupo de jazz que estava hospedado no hostel, foi bem interessante. Estava calor e fiquei um pouco na piscina de noite.

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GASTOS DO DIA

 

Limonada: COP 1.000

Quinta de San Pedro Alejandrino: COP 20.000

Propina do guia: COP 2.000

Almoço + refrigerante: COP 5.500 + COP 2.000

Ônibus: COP 1.400 (2x)

Mercado: COP 24.364

Cerveja: COP 4.000 (2x)

 

 

Continua...

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DIA 23 – 01/10 

 

Se na sexta tava um baita sol, no sábado a coisa mudou, acordei umas 8h cheio de planos, pensei em ir à Taganga e a Rodadero, duas praias que ficam um pouco afastadas do centro mas quando olho pela janela, uma puta chuva, um céu fechado, um vento absurdo e bastante frio ::putz::. Que sacanagem, miou meu rolê. :cry:

Fiquei um bom tempo na Internet entediado pensando no que fazer, e perto da hora do almoço sai na rua pra dar uma olhada  e achar algum lugar pra comer, tinha muitos pontos de alagamento, em alguns lugares os caras faziam o seguinte: quando o sinal fechava, eles corriam e colocavam paletes para o pessoal atravessar sem ter que enfiar a perna na enchente, claro que cobrando uma propininha. Como eu estava de chinelo e não tava afim de pagar, fiquei por perto mesmo e andei por onde não tava tão cheio.

Acabei entrando no Exito e almoçando lá, era o que tinha pra fazer, porque estava tudo quase fechado por lá.

Na volta, passei no Juan Valdez (que tinha WiFi livre) e mandei um bom cappuccino e voltei pro hostel, já me conformado com o sábado perdido.

Assisti a um jogo do Peixe (contra o Atlético Paranaense), afinal, domingo era dia de eleições municipais aqui e a rodada foi toda antecipada para o sábado.

Por sorte, decidi tomar banho mais cedo (aliás, um banho de morno pra frio, e pro frio que tava foi osso ::Cold::), umas 16h e parece que adivinhei o que estava por vir: uma meia hora depois...PUF, a luz se foi.

Achei que seria rápido, mas o tempo passava e nada, até que me informaram que a luz só voltaria lá pra umas 20h. Tudo ali próximo estava sem luz, foi geral o negócio.

Pensa no tédio que eu estava, sem nada pra fazer e nem mesmo Internet, tava foda.

Mais ou menos no horário previsto a luz voltou, e fui fazer minha janta, estava com bastante fome, mas quando estava começando a cozinhar...PUF, a luz foi pro saco de novo. Completei o serviço com uma lanterna e depois de jantar desci para ver os caras da companhia elétrica trabalhando na rua, mas duas coisas me fizeram voltar pro quarto logo: primeiro, enquanto olhava o serviço, uma mulher brota do meio da escuridão e me diz: La ordem? Oooiiii??? :shock: Explicando, la ordem é como eles dizem o nosso “pois não”, geralmente os vendedores falam isso quando vão te atender. O problema é que não tinha nada pra vender ali, simplesmente ela surgiu e disse isso. Mudei de lugar indo pra outra esquina mas aí foi a vez de um moleque brotar do nada de bike e perguntar do nada se eu queria “mari” ou coca (maconha ou cocaína). Agradeci e voltei pro hostel, eu hein kkkk

Fui para o quarto e como tenho um leitor de  livro digital, fiquei lendo até dormir, mas por volta de 1h acordei com o ventilador ligando e luz acendendo, a luz tinha voltado, mas caiu em uns 5 minutos.

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GASTOS DO DIA

 

Almoço + refrigerante = COP 5.990 + COP 2.500

Capuccino: COP 6.500

 

Continua...

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DIA 24 – 02/10

 

O cenário no domingo era o mesmo do sábado: tempo feio, chuvoso, frio, com vento e o tédio imperando. Sentei em um dos computadores e comecei a mexer na Internet um pouco, e resolvi aproveitar o “tempo livre” para começar a rascunhar esse relato, mas do nada a energia caiu de novo e voltou depois de uns 10 minutos (e óbvio que não havia salvo o que fiz) ::putz::. Tava difícil a coisa.

Desisti de escrever e resolvi, mesmo com o tempo ruim, dar um peão, o tédio era grande e aproveitei para caçar algum lugar para comer que não fosse o Exito, não tinha curtido muito o rango de lá.

Era domingo, o tempo tava ruim e pra piorar naquele dia estava ocorrendo o plebiscito nacional sobre o acordo de paz com as FARC, resultado: tudo fechado por lá.

Achei um restaurante aberto, era de comida chinesa, mas ao pegar o cardápio quase enfartei, o lugar era muito caro, e continuei andando. Dessa vez fui mais esperto e sai com minha bota impermeável, conseguia encarar os lugares alagados de boa e sem precisar pagar propina pelos colocadores de palete. ::otemo::

No final das contas acabei entrando num Subway mesmo, mandei um daqueles de 30cm e dei mais um rolê, acabei entrando no Juan Valdez e tomando um cappucciono e depois um café colombiano pra passar o tempo, pois se voltasse pro hostel não teria nada pra fazer.

Mais uma caminhada e decidi provar o tal sorvete de arequipe (como eles chamam o doce de leite lá) do Mc Donalds (tédio me dá fome, coisa de gordo)

Voltei e fiquei moscando o resto do dia, a luz ia e voltava toda hora.

Terminei de assistir Narcos, li um pouco e como aqui no Brasil estavam acontecendo as eleições municipais, fiquei acompanhando a cobertura pela Internet.

O fim de semana foi relamente um porre, basta ver o tamanho do relato dos dois dias, se segunda continuasse assim acho que surtaria.

 

 

GASTOS DO DIA

 

Subway + refrigerante: COP 14.500

Juan Valdez: COP 4.700 + COP 3.300

Mercado: COP 5.180

Sorvete do McDonalds: COP 2.000

 

Continua...

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DIA 25 – 03/10

 

Ao contrário do final de semana, o dia amanheceu ensolarado e eu já ia me animando, mas decidi dar uma olhada no noticiário local para saber o tamanho do estrago do final de semana e foi aí que descobri o que tinha acontecido: vocês devem se lembrar daquele furacão Mathew, que fez aquele baita estrago no Haiti ano passado. Pois bem, antes de causar aquela desgraça por lá ele deu um rolezinho de final de semana pela costa colombiana (relatei inclusive que vi noticia dele causando na fronteira com a Venezuela no caminho para Santa Marta), passou há uns 300 Km da costa, muito longe, mas o suficiente para fazer estrago, matou gente na região inclusive. ::ahhhh::

Dei um pulo até a praia de Rodadero, uma praia que fica há uns 15 ou 20 minutos do centro, basta ir na esquina da Carrera 4 com a Calle 22 e pegar um ônibus que vem escrito Rodadero (dica, se alguém quiser ir para o aeroporto de ônibus, é nesse mesmo lugar que pega o ônibus), a minha intenção era conhecer o aquário de Rodadero, que fica em alto mar e dizem ser bem legal. Mas para a minha alegria, quando cheguei lá no lugar onde comprar o tíquete (barco + ingresso) na loja que fica na avenida a beira-mar, descobri que ainda não era possível, pois o mar ainda estava muito agitado e os barcos não podiam sair para o mar. Fui até a praia e vi um barco da guarda-costeira andando de uma ponta a outra quase no raso impedindo as pessoas de entrarem no mar. Que raiva da peste, seria mais um dia sem fazer nada.

Também soube que o Parque Tayrona, que era meu principal objetivo na cidade estava fechado, o que me preocupava, pois minha intenção era ir pra lá na terça-feira (ou seja, no dia seguinte) e tinha medo que ele não abrisse até o final da semana, que é quando eu partiria para o Brasil.

Voltei para o hostel, dei uma lida nas noticias sobre o furacão pra saber como estaria o tempo nos próximos dias, e depois decidi ir à praia de Taganga, que fica colada à Santa Marta, mas do outro lado, oposta à Rodadero. Para ir até lá, basta ir até a Carrera 5 que passa vários micro-ônibus para lá.

A viagem dura uns 15 minutos talvez, basta atravessar um morro e ela fica do outro lado. É uma vila de pescadores onde muita gente fica hospedada por ser mais tranquila, tem uma orla bem pequena e muitos barcos ficam parados lá, inclusive as lanchas que levam pro Parque Tayrona. O visual quando desce o morro é bonito, dá pra ver a praia toda.

Você desce numa avenida e anda umas 2 quadras pra chegar na praia, mas por conta do furacão a praia estava imunda, tanto a areia quanto à água, que já não é muito limpa por conta do óleo dos barcos. Dei uma caminhada rápida pelo lugar, parei numa barraquinha pra comer um salgado de iuca, uma espécie de farinha típica deles, e depois voltei pro centro de Santa Marta.

Estava entediado, apenas caminhava pelas ruas, e acabei encontrando um restaurante pequeno e simpático chamado Medelin, onde tinha almoço por 9000 com suco incluso. A comida era boa e farta.

Voltei pro hostel e fiquei na piscina o resto da tarde, era o jeito. No final da tarde, resolvi ir ver o pôr do sol no calçadão, o mar estava bem violento e as ondas batiam bem forte no calçadão.

À noite, descobri na Internet que havia um escritório do Parque Tayrona na praça em frente à Catedral e resolvi ir lá de manhã para saber mais sobre o lugar.

Como não tinha nenhum evento à noite por lá e estava meio parado (muita gente foi embora), acabei dormindo cedo mesmo.

 

 

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Mar ainda agitado

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GASTOS DO DIA

 

Ônibus p/ Rodadero: COP 1.400 (2x)

Ônibus p/ Taganga: COP 1.400 (2x)

Salgado + suco: COP 5.000 (seriam 5.500, mas não tinha troco)

Almoço: COP 9.000

Hostel: COP 35.000

 

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DIA 26 – 04/10

  

Acordei cedo e como tinha adiado a ida para o Parque Tayrona para o dia seguinte, resolvi ir à Minca, uma cidadezinha na região que tinha uns picos da hora pra conhecer, mas lendo o noticiário local desanimei: por conta das fortes chuvas a estrada estava interditada. Tava difícil desse jeito!

Tava sol e sai pra dar umas voltas, resolvi ir até o escritório do Parque Tayrona localizado na praça da Catedral me informar sobre as condições do lugar. Além de ficar sabendo que o Parque já havia reaberto naquele dia, ainda peguei algumas informações importantes, como valores de entrada, como é a estrutura do lugar, o que pode levar e o que não pode, enfim, sai mais animado e lá.

Dali, dei mais um pulo na praia de Rodadero pra saber como estava o mar e se já era possível ir para o Aquário, mas apesar do mar já estar liberado para as pessoas entrarem, ainda estava fechado para a navegação, mesmo o furacão já estar castigando a Jamaica se não me engano. Dei umas batidas de perna pela praia, almocei, tomei uma limonada de coco e voltei pro centro de Santa Marta, dei uma passada no hostel e sai pra almoçar, entrei num restaurante na rua de trás e mandei um rango bom (exceto que serviram aquela limonada com açúcar mascavo de novo, nem tomei) e barato, e voltei pra o hostel, o jeito era curtir a piscina de novo, só que dessa vez na do andar térreo, porque a de cima estava em manutenção, o hostel estava bem vazio, o que foi até bom, pois estava descascando muito, e a piscina de baixo não pegava tanto sol.

Ainda dei mais um peão de final de tarde pelo calçadão, passei no mercado para comprar algumas coisas pra levar pro parque, como pães, frutas, água, voltei pro quarto e arrumei minhas coisas, fiz minhas últimas pesquisas sobre o parque e fui me informar na recepção se eles guardavam a mochila, pois voltaria do parque para lá, eles cobravam uma taxa de 5000 por 24 horas, achei caro pois a maioria dos hostels guarda de graça, mas tive que aceitar pois não tava a fim de procurar outro hostel.

 

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GASTOS DO DIA

 

Mercado: COP 9.910

Cocada: COP 1.200

Espeto: COP 2.500

Limonada: COP 2.000

Ônibus p/ Rodadero: COP 1.400 (2x)

Limonada de côco: COP 5.000

Almoço: COP 7.000

 

 

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DIA 27 – 05/10

 

Acordei bem cedo e logo parti para pegar o ônibus, pois era uma caminhadinha, ele passa na Calle 11 depois da esquina com a Carrera 10, vem escrito Rioracha na frente, é o destino final dele, fora que eles já vem falando “Parque Tayroooona” pois muita gente pega ele para ir pra lá.

A viagem leva pouco mais de 1h, ele ainda para no caminho para pegar algumas crianças que estudam em escolas rurais ao longo do trajeto, elas pagam 500 pesos, seriam centavos para nós.

Chegando na porta (lembrando, existem duas entradas para o parque, uma antes chamada Calabazo, que acessa ao Pueblito, mas faz um caminho muito mais longo; e El Zaino, a principal, onde desci) o motorista avisa e todos descem, antes de chegar na portaria eles nos mandam assistir um vídeo sobre o parque e depois um homem dá algumas instruções, mas confesso que o cara falava tão baixo que não entendi nada.

Após comprar a entrada e passar pela catraca, ficam umas vans paradas esperando para levar o pessoal até a primeira entrada, custa 3000 e se você preferir pode ir a pé, mas é uma caminhada de uns 40 minutos. As vans em geral são velhas e apertadas, mas melhor de camelar, pois ainda tem a trilha pra fazer.

Após encher ela parte, é rápido, uns 15 minutos acho, no caminho passamos por um casal que ia a pé (boa sorte!!!!)

A van para onde fica o estacionamento e dali só é possível seguir a pé, e lá vamos nós!

Estava muito calor e eu transpirava muito, pelo menos o repelente me deixou protegido dos insetos que atacam sem dó. A primeira parte da trilha é tranquila, o caminho é fácil e existem umas escadas suaves, esse trecho dura até a primeira praia no caminho, Canaveral, onde tem um mirante e um simpático vendedor de sorvete. Dali pra frente começa um puta areião que cansa de andar.

Após outra praia, Arrecifes, começa um trecho bem enlameado, pois tinha chovido muito naqueles dias (maldito furacão), e escorregava muito.

Desde o início da trilha eu caminhava junto de umas gringas, e íamos nos orientando pelo meu GPS, que até que pegava lá. Tava difícil caminhar ali, tinha uns trechos com lama funda, o pé enterrava lá, fora atravessar as pedras que também escorregavam. As gringas caiam toda hora, era engraçado. ::lol4::

Teve uma hora que eu estava um pouco a frente delas e chegou um ponto em que parecia acabar a trilha e segui um caminho à esquerda, mas comecei a estranhar, quando olho pra trás vejo as gringas passando pelo ponto onde parei, não reparei numa passagenzinha, quase me perco lá. Ao contrário do que li, o lugar não é bem sinalizado, aliás nem vi nenhuma sinalização, no máximo era meu GPS e alguns caras que passavam de cavalo e nos confirmavam o caminho.

Finalmente avistei a placa de “Bem vindos a Cabo de San Juan”, AEEEEEEE PORRAAAAA, ::otemo::::hahaha:: cheguei vivo depois de 1h50 exatos, a roupa totalmente encharcada, a bota coberta de lama, cansado, mas feliz. Corri até onde fazia o check in, mas só começava às 13h, e mal eram 11h.

O que fazer nessa hora? Descobri onde ficavam os lockers, que ficavam a disposição, guardei minhas coisas e tratei de cair naquele mar horroroso, um azul-esverdeado limpo onde era possível ver os pés, uma coisas pavorosa, nem recomendo ir lá, dá até medo... Ah, detalhe, quando guardei minhas coisas, tranquei com cadeado que levei (lá não tem cadeado, se esquecer terá que comprar na vendinha de lá, mas deve ser bem caro), e as chaves, como faz? Simples, lembram que quando estava em S. Marta e estava tendo aquele evento da Postobon, que havia pego uma pulseira? Prendi as chaves nela e entrei no mar de boa, sem me preocupar em perder ou ter que deixar em algum lugar pra serem roubadas.

Estava muito calor e sol, nem dava vontade de sair daquela água. Pensei num lugar lindo, puta que pariu, que paraíso, compensa qualquer trilha, perrengue, que recompensa estar ali. E quando olho pra areia vejo três moças de topless. Oooooiiiii!!!!???? Isso mesmo, colado à nossa praia tem uma praia de nudismo e as moças resolveram dar um pulo lá sem a menor cerimônia. Como eu tava odiando aquele lugar... ::otemo::::otemo::::otemo::

Quando deu a hora fui fazer o check in, mas quando chego tava uma puta fila e comecei a ficar com receio de que não teria barraca ou rede pra mim, pois tinha muita gente na fila, eu devia ter ficado por ali esperando pra garantir, imagina chegar cedo e perder lugar pra alguém que chegou depois.

Pra piorar, o sol começou a se esconder entre nuvens, e outra nuvem, a de mosquitos, começou a fazer a festa ali. A fila demorava pra andar, até que chegou a minha vez, o rapaz perguntou se queria barraca ou rede, respondi barraca (diferença era pequena, a rede era 20.000 e a barraca pra 1 era 25.000) e ainda tinha, paguei, peguei a pulseira que davam e fui direto pra barraca, era bem pequena, tem a de dois lugares também, pra mim tava ótimo. Uma coisa que me chamou a atenção é que em todas as barracas tinha uma enorme lona preta atrás, o cara disse que á noite sempre chove e elas servem pra proteger as barracas.

De volta à água, notei que havia alguns brasileiros no mar e logo me enturmei, era uma mina de São Paulo chamada Aline e dois caras que acho que eram mineiros, não lembro bem. Mesmo com o céu encoberto e a ameaça de chuva, estava gostosa a água, fora que só um temporal me tiraria dali.

Aproveitei para dar umas voltas pela praia, tem uma espécie de quiosque que fica no alto onde tem umas redes (lá é mais caro pra dormir) e acaba virando um mirante, e divide a praia em duas.

Mesmo com o céu meio encoberto, pensa num pôr-do-dol foda! Todo mundo foi para o mirante e ficou observando, tirando fotos, filmando. Caraca, que lugar era aquele! Um dos lugares mais lindos que conheci na minha vida.

Após o pôr-do-sol, todo mundo foi tomar banho, são apenas dois chuveiros, o Box tem uma cortininha bem mequetrefe e é naquele esquema de um cano e água fria, mas tava calor, era de boa. Quando termina o banho, você sai de toalha e vai num lugar onde você pode por a roupa, enquanto o próximo já entre no chuveiro.

Quando fui pegar a roupa pra trocar, vi que estava toda encharcada por conta do suor da trilha, não tinha outra muda de roupa então coloquei o próprio calção que usei (lavei ele no chuveiro) e deixei secar no corpo, e coloquei a camisa molhada mesmo, com o tempo ela ficou apenas úmida.

Nessa praia tem um restaurante e uma vendinha bem simples, pelo isolamento do lugar até que não é tão caro quanto imaginava, eram uma sete ou oito horas, sei lá, e fui jantar. Lá encontrei a brasileira que estava na água, a Aline, e ela chamou para sentar com ela. Fiz meu pedido e fiquei aguardando, eles chamam através de uma senha, ficamos conversando, o tempo foi passando e nada de me chamarem, comecei a estranhar até que a Aline disse que eram apenas os 2 últimos números da senha (tinha 4 no total), e percebi que o meu já havia passado ::putz::. Fui até o garçom e mostrei a senha, ele fechou a cara e reclamou que havia me chamado umas 3 vezes, meu prato estava lá na cozinha. Resultado: o rango tava gelado, o bife tava à la Charles Bronson (frio, duro e com nervos de aço) e tive que comer assim mesmo.

Após terminar, decidi ir dormir, estava muito cedo mas não havia nada pra fazer, fora que estava ameaçando chover forte, então tratei de cobrir minha barraca com a lona, ajudei a Aline com a dela (estava na barraca vizinha à minha) e cai pra dentro. Não deu meia hora veio um senhor temporal, daqueles de assustar, com direito a raios e tudo. Pensa no cagaço que eu tava de entrar água na barraca, a sorte é que fiz uma amarração muito boa na lona. Encostei os pés na “porta” da barraca pra sentir se entrava água, mas resistiu bem, o problema era o vento e os raios. Uma hora caiu um que acredito que foi na praia ::ahhhh::::ahhhh::::ahhhh::, porque o clarão foi muito forte e o trovão foi quase simultâneo (fora a intensidade do barulho), e também tremei tudo na hora. Que cagaço da porra!

O temporal deve ter durado mais ou menos 1h, 1h e meia no máximo, mas foi foda. Ficou apenas uma chuvinha bem fraca, mas já deu pra tranquilizar. O problema agora era o calor, pois com a barraca toda coberta ficou abafado, mas e o medo de tirar a lona e arriar outro pé d’água.

Deixei apenas uma fresta aberta pra arejar um pouco e acabei conseguindo pegar no sono.

 

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GASTOS DO DIA

 

Guardar mochila: COP 5.000

Ônibus p/ Tayrona: COP 7.000

Entrada: COP 42.000

Van no Parque: COP 3.000

Coca: COP 4.000

Barraca: COP 25.000

Cerveja: COP 5.000

Janta: COP 19.000 (era 18.000 mas o cara não tinha 1.000 pra me dar de troco)

 

 

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