Membros de Honra rodrigoschemes Postado Junho 16, 2007 Membros de Honra Compartilhar Postado Junho 16, 2007 [t1]Travessia PN Caparaó - Pico da Bandeira[/t1] No feriado de Corpus Christis, aproveitando a brecha de 4 dias a Roberta e eu decidimos embarcar para destinos um pouco mais longínquos, nos subtivemos a 13 horas de viagem e noites mal dormidas em ônibus para o simples prazer de estar próximo ao teto do nosso país, o Pico da Bandeira com 2891m. De quebra fizemos a travessia do PN Caparaó que compreende a divisa entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, além do mais conhecemos outros picos entre os Top 10 do Brasil, Cristal e o Calçado. Para esta aventura, devido a recente greve do Ibama, pudemos confirmar a trip só em cima da hora, após a garantia de reservas e de que o parque estaria aberto no feriado. Juntaram-se a Roberta e eu mais meu irmão Amarildo e dois companheiros de caminhadas Patagônicas, o Galassi de Taquaritinga e o Guto de BH, onde com ambos fizemos o Circuito completo do Torres del Paine e também os circuitos de El Chaltén. 1º dia - São Paulo / Espera Feliz / Pedra Menina / Casa Queimada Voltando a trip, partimos de Sampa na quarta feira às 20:30 no Itapemirim carro extra com direção a Espera Feliz, o qual chegaríamos 13 horas depois as 9:30 onde combinamos nos encontrar com o Guto e o Galassi que vieram de carro de BH na outra noite e pernoitaram em Espera Feliz. Chegamos em Espera Feliz e mandamos um café da manhã bem completo por R$3,00 na mesma pousada perto da rodoviária onde nossos amigos haviam de hospedado. Voltamos a rodoviária e tratamos de providenciar nossa passagem de volta, a opção disponível foi a volta por Carangola, cidade vizinha a Espera Feliz no busão de sábado às 18:30. Com a volta garantida tomamos nosso rumo a portaria do parque lado Espírito Santo, situada no vilarejo de São Raimundo, tomamos o ônibus as 11 horas e pouco mais de 1 hora descemos no bairro de Pedra Menina onde já começamos a andar pela estradinha de terra que sobe até a portaria distante 8 km. Nesta estrada tem bastante água caso necessite encher os cantis, 2 horas de meia depois enfim chegamos a portaria onde fizemos nosso almoço enquanto pagávamos a taxa de R$15,00 pela entrada e dois pernoites. Diferente de outros parques nacionais o Caparaó tem um excelente estrutura o que facilita a chegada de turistas mas mesmo assim não estava lotado o parque. Curioso notar que os guardas barraram uma caminhonete que estava com alguns ispores de cerveja e nossas cargueiras passaram em branco na revista. Pegamos o mapinha do parque, tiramos mais algumas dúvidas com os solícitos guarda-parques e rumamos pela estrada até o camping Casa Queimada. Pra subir até o camping é uma piramba danada, tanto que em 1 hora havíamos andando somente 2km. Imagina para completar os outros 6km. Passamos pelo camping Macieira, excelente infra, até com chuveiro quente e uma cachoeira bem pertinho. A noite havia chegado e com ela veio o frio e nada de chegarmos no camping, colocamos fleeces, anoraks, tocas e continuamos a subir e chegar enfim lá pelas 19:30. Fomos recepcionados pelos guarda parques que sinalizaram no rádio da portaria que alí estávamos. Montamos nossa barraca e preparamos o jantar nas mesinhas, mandamos ver um macarrão alho e óleo pra mais tarde tomamos o já tradicional cházinho de hortelã do Guto, este fator responsável para encarar o frio da Patagônia e também agora do Caparaó onde o termômetro já anunciava 4º enquanto observávamos as galáxia e suas constelações. 2º dia - Casa Queimada / Pico Calçado / Pico da Bandeira / Terreirão Dormi e acordei meio mal, passei um pouco de frio a noite.. acho que era devido a febre, dor de garganta e nariz entupido na noite. A madrugada havia sido movimentada no camping, pois muitos grupos sobem as 3 da manhã para ver o nascer do sol no Bandeira. Pelo meu estado decidi ficar no camping mesmo e guardar energias para a travessia. Mandamos ver o café da manhã sem pressa e saímos do camping lá pelas 10 horas, a trilha vai subindo em direção a Pedra 2 irmãs ou Pedra Gêmeas, ali saímos num platô onde já é possível observar o Calçado ao norte, Cristal ao oeste o imponente Bandeira atrás do Calçado. É bom subir com água, pois para reabastecer só há um riachinho aos pés do calçado, quase 3 horas depois do camping. Neste trecho, após o riacho é onde encontra-se a bifurcação para o Cristal, trilha não demarcada mas que toma a crista ao sentido contrário do Bandeira. O Galassi foi o único que se atreveu a ir a subir ao pico, o restante de nós ficamos lanchando e continuamos a subir para o Calçado. Bem que eu tive vontade de ir até o Cristal pois trata-se de um top ten nacional mas tive que respeitar meus limites, meu corpo já não estava legal devido a forte gripe e então tive que me concentrar somente na travessia e não desperdiçar energia. O Amarildo e o Guto foram na frente, a Roberta e eu um pouco mais atrás, sem pressa observando o visual enfim chegamos ao cume do Calçado, parada para fotos e terminamos o resto da subida para o Bandeira onde já havia muita neblina e sabíamos que visual mesmo ia ter muito pouco. Na chegado ao cume é triste ver a depredação dos monumentos históricos como o cristo sem as mãos e a cruz toda pixada, além do lixo que a galera mal educada deixa por lá. Infelizmente essa é a maneira que o brasileiro cuida do seu patrimõnio. Preparamos nosso almoço no cume, fazia um frio intenso e muito vento, nos protegemos entre as pedras enquanto aguardamos a chegada do Galassi. Ainda esperamos por hora mas nada da névoa passar e pior, chegou ao ponto que não conseguíamos mais nem ver o cristo a 30m na nossa frente. Visto isso, optamos por bem descer pois já passava das 16 horas. Na descida constatei que o visual da subida pela Casa Queimada é bem mais bonito que pelo lado de MG. Não via a hora de chegar no camping Terreirão e desabar, pois estava mal mesmo. Lá chegando no camping colocamos nossas barracas longe da muvuca na intenção de se isolar um pouco mas lá havia gente de todo tipo de como não se comportar em um camping. O transporte de mulas garante todas as regalias e este pessoal que vêm equipados de rádios estéreos e tudo mais. Após tomar uns remédios e dormir uns 10 minutos já estava mais disposto, a Roberta bem que tentou alugar o abrigo por R$10,00 mas eu preferi continuar no camping mesmo. Jantamos um risoto de frango e mais chazinho pra fechar a noite. 3º dia - Terreirão / Tronqueira / Alto Caparaó / Alto Jequitibá / Carangola No último dia de travessia, nos limitamos a arrumar as coisas e começar a caminhada descendo a portaria de MG. A trilha sai atrás da Casa de Pedra e em hora e meia já havíamos chegado no camping Tronqueira. Lá é fácil descolar um transporte para terminar a descida e nos deixar em Alto Caparaó onde almoçamos e tomamos umas brejas pra comemorar e esperar o ônibus das 13 horas com destino a Alto Jequitibá para lá depois ainda tomar um para Carangola as 14:30, nos despedimos de nossos companheiros Guto e Galassi que ficaram no trevo de Espera Feliz. Infelizmente perde-se um dia todo com deslocamentos. Chegando em Carangola esperamos até as 18:30 numa pracinha bem agradável e com um pouco de atraso lá pelas 19:30 chegou o nosso bus para São Paulo. Viagem esta nada fácil para quem estava com a fuça em ordem, não era meu caso mas o restante sofre com o fedor do banheiro. Felizmente as 9:30 chegamos em sampa e pudemos descansar o restante do domingo. Enfim, para os mais dipostos o Caparaó ainda é uma excelente opção de travessia e belos visuais. O prazer de se estar a quase 3 mil metros é recompensador e faz valer a pena cada desconforto. Possíbilita mais do que uma grande aventura uma chance de fazer e reaproximar amizades, coisas que só esse tal de Montanhismo consegue explicar. Segue o link das fotos: http://diarionamochila.multiply.com/photos Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Posts Recomendados
Participe da conversa
Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.