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Uma grande viagem!


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Olá a todos, como estão?

 

Enquanto estive viajando escrevi para um jornal local da cidade onde morava. Vou reproduzir aqui, as reportagens publicadas por lá! Foram um total de 77 dias de viagem e 16 reportagens. Espero mesmo que curtam! Qualquer coisa é só falar!

 

COLUNA 01 - A PARTIDA

 

“Se nossa vida fosse dominada por uma busca da felicidade, talvez poucas atividades fossem tão reveladoras da dinâmica dessa demanda – em todo o seu ardor e seus paradoxos – como nossas viagens. Elas expressam – por mais que não falem – uma compreensão de como poderia ser a vida, fora das restrições do trabalho e da luta pela sobrevivência”. Esta citação do filósofo inglês Alain de Botton, que em um de seus livros estuda a arte de viajar, pode ser considerada o ponto de partida para a aventura que me propus a experienciar nos próximos meses: viajar!

 

Sei que muitas pessoas não conseguem por em prática tudo isso que nos aparenta ser uma das melhores experiências da vida. É muito fácil achar desculpas e mais desculpas para não ir. A maior delas é o dinheiro, sendo que se gastasse um pouco menos aqui e ali sobraria para investir em uma boa viagem. Outra desculpa é a família. Com essa não tem jeito. Se ficar pensando muito, falando muito, te coloca pra baixo. A solução é pegar e sair saindo mesmo. Tem a namorada, os amigos, aquele show que você já viu dez vezes, mas que vai ter de novo esse final de semana. Tem o medo de jogar tudo pro alto e se ausentar por um tempo, seja esse tempo um dia, um mês, anos e mais anos. Desculpas e mais desculpas…

 

Uma coisa boa para começar a entender o porquê de não ir é saber respeitar os destinos e nossas possibilidades de chegar lá. Lógico que muitos vão falar que querem conhecer Paris (não que eu tenha um apreço imenso por Paris, mas me refiro a alguma cidade que você tenha consigo como especial), mas se não podemos estar lá, nos contentemos com aonde nós podemos ir. Independente de qual seja o destino, o grande lance é partir, sair da rotina.

 

Sobre companhias, todo mundo espera o outro para viajar. Se tal pessoa for, eu vou. Ah, se fulano não for, eu não vou. E por aí vai… Consegui me livrar dessas e me acostumei com o fato de viajar sozinho. De fato, viajar sozinho não significa estar sozinho, mesmo que em alguns momentos realmente esteja, o que não é muito ruim, dependendo da situação. Estar sozinho é estar definitivamente instigado a conversar com outras pessoas. Existe a necessidade de se comunicar e contar sobre quem é você e ao mesmo tempo escutar sobre quem seja o outro. É poder ir para onde quiser, na hora que quiser, do jeito que quiser. É agrupar e desagrupar. É estar constantemente pronto pra viver tudo novo de novo. É saber que, possivelmente, você nunca mais vai ver aquelas pessoas, nunca mais vai ver a aquela cidade daquela forma. É tudo um momento, sublime momento.

 

Carrego comigo, mais do que tudo, a busca pelo novo. Uma inquietação que me faz querer ir atrás de novas experiências e aventuras, desbravar fronteiras, superar limites. Nada melhor do que colocar os pés na estrada, caminhar por ruas e avenidas, lugares nunca antes explorados, respirar fundo e curtir toda aquela sensação. Me perder para talvez me achar. Não existe sensação melhor do que conversar com outros povos, mudar de clima, provar outros sabores, ver novas paisagens, fazer as pazes com o tempo, ver o sol nascer e se pôr, a lua chegar, as estrelas brilharem, banho de cachoeira, os pés no chão...

 

Em tese, apesar de apreciar, não sou como um hippie, que consegue se desprender de tudo e de todos e somente ir, no sentido mais literal da palavra. Ainda dependo da minha vida rotineira e do meu trabalho para juntar dinheiro que, na maior parte, é investida numa poupança que reservo para viajar. Outro grande lance é tentar fugir das arapucas de agências de viagens e seus preços baratinhos. Não discrimino quem viaja por agências, mas hoje, principalmente com a internet, se consegue ter informações sobre qualquer lugar do mundo! Como chegar, como ir, o que fazer, o que ver, quanto custa, quanto tempo. Cabe a você filtrar tudo o que quer ir ver (e como isso é diferente para cada um) e mãos à obra pra se criar um roteiro!

 

Eu sou da América do Sul

Há cinco anos planejo esta aventura. Quantas frustrações já me foram impostas, ora por falta de tempo, ora por falta de grana. Hoje tudo está bem. Meu trabalho de conclusão de curso está pronto e consegui por meio dos meus afazeres, levantar o orçamento dessa viagem. Desde Janeiro comprei dois trechos de avião. A partida e a chegada estão programadas. De 14 de abril a 29 de junho. A missão é ir de Campo Grande a Florianópolis contornando Brasil, Bolívia, Peru, Chile e Argentina! Cinco países em 77 dias de viagem, percorrendo, aproximadamente, 30 cidades com um orçamento de R$ 2.500. Pesquiso sobre a civilização inca há bastante tempo. Sempre tive vontade de chegar a Machu Picchu, desbravar o imenso Salar de Uyuni, o deserto de sal. Além do mais, é a oportunidade de percorrer cinco países latinos, que ficam aqui ao lado, mas que ao mesmo tempo estão bem distantes. Será um prazeroso desafio que pretendo compartilhar com vocês semanalmente. Nesta coluna vocês poderão viajar comigo durante o tempo todo. Contarei detalhes sobre os lugares em que estiver, enviando fotos e relatando os acontecimentos.

 

Mas afinal, o que todos os homens desejam conhecer? O que buscamos por meio dessa uma peregrinação ambulante? Na busca por repostas claras e com certeza um tanto complexas, creio que alguma solução se faz presente quando, ao mesmo tempo, afirmamos que cada um busca para si o que chamaríamos de “peças de seu repertório”. Todos, sem exceção, temos e levamos sempre conosco um conjunto de conhecimentos originados de coisas que já passaram por nossas vidas, mas que são completamente relativas de acordo com a freqüência, a intensidade e a precisão com a qual absorvemos para dentro dessa coleção, qualquer acontecido.

 

É também esse conjunto que vem dizer o que somos. Dentro do nosso repertório encontram-se os pilares das nossas maiores crenças, afinal, está ali tudo aquilo que já vimos ou ouvimos falar; o que você simplesmente colocou como parâmetro para alguma coisa da sua vida. Isso em todos os aspectos seja financeiro, pessoal, familiar, religioso…

 

Como então acreditar e confiar plenamente em nossas próprias concepções se possuirmos provas concretas de que, na verdade, não conhecemos nada? O mundo é muito grande e a geografia não nos deixa mentir. Quando temos a real concepção do quanto isso é complexo, chegamos à conclusão de que não sabemos nada; que temos muito que viver e aprender.

 

Logo, se nos mantivermos estagnados, presos apenas aos fatos da nossa vida cotidiana, abriremos mão de conhecer o outro, sem saber ao menos como este será; sem saber se este poderá ou não mudar nossa mais íntima percepção sobre algo qualquer. Todas as coisas podem tanto perder quanto receber um valor imensurável de maneira inesperada. Temos que ter em mente que o que hoje é bom, amanhã poderá não o ser, mas também, poderá ser ainda melhor. Vai depender da maneira como você vê as coisas, catalogando assim, as peças de “seu” repertório.

 

Em suma, todos nós temos curiosidade pela busca constante de conhecimento, de aprendizado; em diferentes proporções, é claro, mas que no fundo são fragmentos de um único e infinito repertório contido em cada um de nós. Chegou a hora de partir. Você vem comigo?

 

COLUNA 02 - PRIMEIRAS IMPRESSÕES

 

Logo que cheguei a Campo Grande descobri no balcão de informações turísticas do aeroporto, que não era o único a seguir para Bonito em alguns instantes. Por lá, com muita boa vontade da atendente do local, tentamos ver uma van, olhamos com a cooperativa de táxi, mas a opção do ônibus acabou sendo a nossa escolha. Juntos, dividimos uma corrida até o Novo Terminal Rodoviário de Campo Grande (R$40). Estávamos eu, um casal de Brasília e uma mulher que já estava a alguns dias na estrada. O taxista só reclamava do governo, da cidade... Chegando ao nosso destino, o valor foi repartido por nós quatro.

 

Compramos os bilhetes pela viação Cruzeiro do Sul (R$49) e depois de umas 6h de viagem, desembarcamos em Bonito. Ali, conversamos mais um pouco e cada um seguiu seu caminho.

 

Como já havia deixado combinado com o pessoal do albergue, um carro estava a minha espera na rodoviária. Em poucos minutos, já me encontrava instalado em meu quarto. Que coisa boa, que sensação maravilhosa. Um sentimento muito especial esse no primeiro dia de viagem. Depois do banho, conheci meus companheiros de quarto: Michel, Pedro e Felipe, cada um de uma cidade mais todos de São Paulo.

 

Era aniversário e chá de bebe da mulher do Paulo, funcionário do hostel. Fomos todos a um bar e cachaçaria artesanal da região. Lugar super legal, noite bacana ao som da banda Onix. Ao nosso grupo, se juntaram a Vanessa do Rio, Priscila do Maranhão e duas inglesas.

 

Bem vindo a Bonito!

O primeiro e verdadeiro sentimento que se tem ao chegar a cidade é que o turismo realmente o ponto forte da região. Milhões de agências, diversos passeios, preços astronômicos. Quem vem pra cá é bom conferir direito as informações, orçar alguns programas pra não se enrolar financeiramente depois.

Como fiquei dois dias na cidade, optei por fazer apenas um passeio, mesmo assim num custo benefício, e no outro dia, aluguei uma bicicleta e pedalei até o balneário municipal da cidade.

 

Apesar de não ter desvendado os mistérios de Bonito, pois são muitas opções e conheci só uma, se tem uma atração que vou indicar a qualquer um, é que façam a Flutuação no Rio da Prata (aprox. R$150 com almoço e transporte)

 

O programa começa na sala de equipamentos com cada um dos participantes recebendo macacão e botas de neo-premium, máscara e snork. Após 2km de caminhada, chegamos a nascente do rio Olho D’água onde por mais ou menos 30min ficamos ali nos adaptando aos equipamentos e as muitas regras antes de descer rio abaixo. É proibido o mergulho em quase todo o percurso. Existe o pedido para evitar bater os braços e pernas, não é aconselhável também tocar nas pedras e no fundo para não se machucar. Algumas coisinhas em nome da preservação e sustentabilidade para os seres que vivem por lá.

 

Quando a flutuação realmente começa, vamos um a um como fila indiana sendo lançados ao rio com a correnteza a nos levar. Experiência maravilhosa, avistando peixes por todos os lados, grandes, pequenos, azuis, amarelos... A água é cristalina e a viagem segue até desaguarmos no Rio da Prata e sentirmos na pele e na mudança de temperatura, o encontro das águas.

 

Depois de três horas de muita energia, o passeio termina com um delicioso e grandioso almoço na fazenda. Um redário (um punhado de redes) é a pedida para um café e para a digestão.

 

Novos rumos

Ao chegar de volta ao Hostel, o Pedro que iria seguir pra Belém, decide dar novos traços ao seu planejamento e seguir viagem junto comigo, vamos descobrir juntos a força e todo potencial da América do Sul. Uma correria atrás de dólares e do cartão de vacina.

Assim, compramos as passagens pro nosso próximo destino. O sol já começava a nascer quando pegamos o ônibus pra Corumbá. Eram 6h da manhã depois de uma noite de muito álcool e muita agitação no Etílico Bar.

 

Com o corpo e a mente cansados decidimos por permanecer em Corumbá e atravessar a fronteira somente no dia seguinte. Pela cidade, uma volta no porto municipal e uma pausa para assistir num verdadeiro reduto rubro negro, a derrota do Flamengo para o Botafogo no Campeonato Estadual do Rio. Agora é concentrar na Libertadores!

 

Bem, na próxima semana vocês acompanham nossa chegada ao território boliviano e o embarque no Trem da Morte rumo a Santa Cruz de La Sierra...

 

COLUNA 03 - MUCHO GUSTO BOLIVIA!

 

Que semana intensa minha gente! Muitas cores, muita luz, muita confusão! Como tudo é confuso! O trânsito, as pessoas, os lugares, o dinheiro deles… Muita altitude e chá de coca!

 

Nossa jornada pelo território boliviano começa após atravessarmos a fronteira de Corumbá(BRA) e Puerto Quijarro (BOL). Depois do passaporte* carimbado, cambiamos nossos primeiros bolivianos e pagamos ainda em reais o táxi até a estação ferroviária da cidade!

 

Por 115 bolivianos embarcamos na classe Pullman** no temido trem da morte rumo a Santa Cruz de La Sierra. Mais de 20 horas de viagem com um monte de paradas para embarque e desembarque de passageiros em pequenos povoados e para o comércio ambulante das cholas bolivianas. Era só o trem parar que os vagões eram invadidos por mães, filhas, avós, todas elas a gritar: Limonada, Assaditos, Empanadas, Café!

 

Já em Santa Cruz desembarcamos acompañados da Claudete, brasileira, que a 25 anos vive por lá. Conversamos bastante durante a viagem, ela também muita solicita, nos ajudou a escolher uma companhia de ônibus para seguirmos para Cochabamba, onde acabamos chegando pela noite. Fechamos uma espelunca para passar a noite, jantamos um belo prato de bisteca e bebemos uma Paceña para fechar o dia, era hora de dormir.

 

Levantamos cedo e rapidamente estávamos embarcando rumo a La Paz. É por meio de estradas entre as montanhas e descendo o vale que se chega a cidade. De imediato se percebe a intensidade do lugar mas após uma volta sem compromisso pelas calles e peatonais, ou deixar-se jogar em um dos bancos da Plaza Murillo aposto como a capital do país passa uma energia diferente. Vale atenção no trânsito, que consegue ser mais confuso que no Rio de Janeiro!

Por toda a cidade se encontra empresas que organizam passeios que podem ser realizados em um dia como a visita as ruínas de Tiahuanaco ou a subida ao Chacaltaya incluindo uma visita ao Valle de La Luna. Mais uma vez por economia e por preferir entrar em contato com os incas no Peru, fizemos a segunda opção.

 

As 8h30 já estávamos aguardando a van na porta do hostel. Depois de cortarmos La Paz no meio e começamos a subir entre suas encostas, o guia pede ao motorista para fazer uma parada onde a gente desceu e tirou algumas fotos. Subindo cada vez mais fomos aos poucos no longo caminho de chão tendo contato com as llamas e um visual indescritível. Devia ser por volta de 11h30 quando estacionamos na sede do Clube Andino, era hora de começar a caminhada rumo ao topo da montanha. Altitude é realmente uma coisa muito louca, logo te falta ar, tem que parar a todo momento. Uma boa é ir mascando folhas de coca, ajuda bastante! Mas lá do alto que tudo fica realmente belo! A esta altura enquanto estávamos conversando com um casal de Santa Catarina que também participavam da excursão, veio um sublime momento onde a neve começou a cair sobre nós.

A descida acabou sendo mais tranquila e depois nos foi servido um chá de folhas de coca restaurante da sede. Tudo certo era hora de seguir ao outro lado de La Paz para visitar o Valle de La Luna, região desértica e de esculturas esculpidas somente por fenômenos naturais, onde dizem a paisagem ser semelhante a da Lua. No fundo, não é nada demais, nem tem muita graça, mas tudo bem, valeu a visita!

 

Nossa missão continua com o encontro do imponente Lago Titicaca, diz a lenda, que de dentro dele tenha surgido o primeiro inca, o Deus do Sol, Manco Cápac. Hasta luego hermanos!

 

COLUNA 04 - O LAGO QUE PARECE MAR

 

Depois de sair da confusa La Paz logo se começa a avistar o que seria a paisagem para o resto da viagem até Copacabana. A estrada margeia durante praticamente todo o percursso, o lago navegável mais alto do mundo, o Titicaca. Local sagrado para muitos povos do altiplano boliviano, segundo a lenda, lá foi o berço da civilização inca, quando o Deus Sol, ao observar que os seres humanos viviam como animais selvagens, enviou dois de seus filhos, que viriam a ser os primeiros incas, Manco Capac e Mama Ocllo, para que difundissem as leis sábias entre os homens.

 

Copacabana é uma cidade pequena e tranquila, então por todo tempo o deslocamento é feito a pé. Entre suas atrações está a Catedral de la Virgen de la Candelaria, um dos grandes templos religiosos da Bolívia. É de lá também que partem os barcos rumo a Isla del Sol, passeio obrigatório para qualquer viajante. Sentar a beira do lago é um grande exercício de contemplação a toda história que ele possa oferecer. É realmente impressionante a dimensão do azul no horizonte principalmente iluminado pelo pôr-do-sol.

 

Por lá, conhecemos e conversamos muito com Robério, nordestino que está a viajar pela américa com sua companheira espanhola, Cristina. Foi super legal escutar os relatos do casal que estão viajando a muito tempo vendendo seus artesanatos e capturando materiais para criarem outras peças peças em mais de cinco países. Dei uma cópia do meu filme a ele que em retribuição me deu uma de suas obras como lembrança.

 

Isla del Sol

Os barcos rumo a ilha partem da cidade em dois turnos: o primeiro as 8h30 e o segundo as 13h30. Podem ser feitos passeios de um dia inteiro, saindo pela manhã ou somente de meio dia, saindo pela parte da tarde. A melhor opção no entanto é pernoitar na ilha, o que decidimos fazer, pegando o barco pela tarde e desembarcando após umas 2h30 de viagem na parte norte realizando no dia seguinte a trilha com 9,5 km de extensão até o povoado localizado no sul da ilha.

 

Foi uma sensação realmente indescritível esta noite por lá. Havia bastante pessoas acampadas também, segundo um casal de Buenos Aires, vieram para ficar um dia e já estavam lá a mais de uma semana. Pela noite, apesar de esfriar bastante conversamos bastante a luz da fogueira e ao som das águas do imponente Titicaca. Uma hamburguesa com papas fritas foi nosso jantar, acompanhados de uma garrafa de rum para esquentar o corpo.

 

Pela manhã, rapidamente estava de pé a fim de iniciar o trajeto até o outro lado da ilha. O Pedro acordou meio doente e resolveu voltar de barco mesmo. Após umas 4h de caminhada com diversas paradas para admirar o local e a imensidão do lago, cheguei ao alto do povoado de Yumani, que por sinal já conta com muito mais infra-estrutura do que Challapampa. Enquanto a parte norte contava com poucas opções tanto para hospedagem quanto pra alimentação, o que se ve na parte sul é um acúmulo de comércios, restaurantes e muitos hotéis. O barco pela tarde partiu as 15h30 e num instante estava de volta a Copacabana, última cidade nessa passagem pela Bolívia.

 

Semana que vem conto um pouco das aventuras em território boliviano. Algumas curiosidades, histórias e um pouco dos custos em viajar pelo país. Até lá!

 

COLUNA 05 - BOLIVIA TE ESTRAÑO

 

Sinceramente ainda nao sei direito o que dizer sobre esse país maluco que é a Bolivia. Tudo é uma loucura, tudo é motivo para confusao! As pessoas sao bastante fechadas, gente de muito trabalho e pouco papo, as cholas mostram ser um bom exemplo disto.

 

Um tempo corrido mas muito agradavel foi o que passei por esta terra de extremos. Da desgastante viagem de trem até Santa Cruz de La Sierra, subindo a Cochabamba, passando em seguida pela caótica La Paz e chegando na tranquila Copacabana. Tempo de aprendizado, de poder presenciar costumes diferentes, ouvir suas historias, mesmo que atraves de poucas palavras. Belezas naturais foram as grandes atracoes, como chegar ao topo do Chacaltaya ou apreciar a imensidao do belo Titicaca. Daqui a alguns dias, ainda estarei de volta a Bolivia, vindo do deserto chileno pelo grandioso Salar de Uyuni que parece ser sem duvida alguma, mais uma grande atracao.

 

Pouco conhecida por nós brasileiros, que acabamos por ter uma ideia deturpada criando uma relacao ao trafico de drogas, greves ou ate mesmo aos políticos como Evo Morales (por quem se fala em todo país!) acabamos deixando de lado qualquer vontade que possa existir de ir conhecer nossos vizinhos. Pois digo, que o facam, que possam ir ver e tirar suas proprias conclusoes. No minimo, se vivera uma experiencia incrivel e ao mesmo tempo inesquecivel.

 

Custos

Uma coisa boa por lá é conseguir comer bem e barato. Um prato com frango (“pollo” se acha em qualquer esquina!) arroz, salada e batata frita sai na média por 10 bolivianos. Um achado em Copacabana, foi um belo prato por 8 bolivianos. Os refrigerantes, ou “gaseosas”, servidos na maioria em temperatura ambiente fica por volta de 5 Bol uma garrafa de 500ml.

 

Transporte também está bem em conta. De onibus percorri trechos longos, como 12h de viagem pagando apenas 30 bolivianos. É claro que tudo depende do tipo de onibus, mas quase sempre se equivalem. Vale lembrar que nenhum deles tem banheiro!

Hospedagem em alojamentos e abergues podem ser conseguidos de 20 – 40 bolivianos, dependendo muitas vezes, do quarto e o banheiro serem compartidos.

 

O cambio estava 1 dólar = 7 bolivianos.

 

Agora é hora de sair da Bolivia rumo ao Peru! Um novo país, uma nova moeda, novos destinos! Nos vemos na semana que vem!

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