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Pedal em Serra Negra - SP


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O gosto pela aventura às vezes requer certo sacrifício. Enquanto amigos ao redor da piscina tomavam umas e outras se aquecendo para o Réveillon de 2010, eu estava preocupado em verificar o camelback, equipos e fazer os últimos ajustes para o que posso considerar meu primeiro pedal de Mountain Bike e ainda por cima sozinho. Claro que não é recomendável fazer nenhuma atividade de aventura desacompanhando, mas como já tenho certa experiência em caminhadas e sempre privilegiei a minha segurança ao invés do risco então vez ou outra me dou a liberdade de fazer este tipo de “loucura”.

 

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Acordei cedo e lá pelas 7 da manhã já estava com a bike no carro e saindo de Amparo para o centro de Serra Negra, pra ser mais exato, na prefeitura onde era o ponto de saída do roteiro. Roteiro este, retirado do livro Guia de Trilhas Enciclopédia Volume 4 do Guilherme Cavallari e nomeado como Serra Negra 1. Esta trilha também é conhecida na região por Volta do Macaquinho.

 

Como mencionei anteriormente, por ser o primeiro pedal a adrenalina estava lá em cima e nem senti a primeira subidona que sai do centro de Serra Negra em direção a Amparo, mas que se toma um desvio sentido Bairro Macacos.

 

De lá, basta ir seguindo as placas Macaquinhos Turismo e seguir o trecho asfaltado até o fim. O primeiro trecho de terra é uma piramba abaixo onde aprendi a técnica de “esquiar” com a bicicleta na marra... heheh... Realmente fiquei um pouco tenso na descida, quase tomei um capote, mas depois que se pega o jeito é só relaxar e curtir a descida.

 

O primeiro visual legal da trilha é ao passar pela Fazenda Quintas da Serra onde há um lago, mas infelizmente logo sou expulso pela cachorrada do local. A partir daí começa outro trecho lindo, dentro de mata fechada preservada. O clima fica mais ameno e mais fácil de pedalar.

 

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Este primeiro trecho de terra encerra no acesso a Rodovia que liga Amparo-Itapira. Aqui começa uma descida insana em um asfalto de primeira qualidade. Quando meu velocímetro marcava 65 km/h, dou uma segurada no freio ao tomar um baita susto dado por uma cobrinha cipó que tentara dar um bote em mim quando ela percebera que seria atropelada. Infelizmente eu devo ter passado por cima dela sem querer... =(.

 

Para sair do asfalto, basta seguir a placa do Bairro Pantaleão, onde fica a antiga Estação de Trem Fazenda Pantaleão. O local possui alguns casarões estilo colonial onde claro, paro para tirar algumas fotos.

 

A estrada de terra aqui é bem batida, mas o sol também está forte, o que me faz ter um desgaste maior. Desgaste este recompensado pela hospitalidade local, onde após estacionar a bike em frente à casa de uma “senhorinha” para tirar uma foto, troco um “dedo de prosa” com ela. Elogio sua linda, florida e simples casa e trocamos um feliz 2011.

 

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A trilha continua plana e com poucos desníveis até cruzar novamente o asfalto Amparo-Itapira. Vejo a placa Serra Negra 12 km (em terra) e entro nesta estrada. Conforme vou ganhando altitude, avisto os vales verdejantes lá de baixo. Faço uma pausa para descanso em outra antiga Estação de Trem a qual está bem degradada e com muito lixo no que restou de sua estrutura, uma pena!

 

Neste ponto, o roteiro dá uma opção, se seguisse reto pela estrada em 6 km já estaria no centro de Serra Negra. A outra opção, mais longa e puxada e a que escolhi, foi pelo bairro dos Leais. A bifurcação é a descida após a estação de trem. Vou seguindo sempre reto até chegar ao bairro propriamente dito onde há uma quadra de esporte, igrejas e algumas casas. Ganho o asfalto novamente e encontro um bar local onde decido parar para “bebemorar” uma coca pensando eu que estava em casa já.

 

Mal sabia que o trecho final, aproximadamente 6 km era uma piramba sem fim, aquela que te faz pensar umas dez vezes na picanha que eu podia estar comendo ou então naquela cervejinha estupidamente gelada... mas acho que esses pensamentos que me motivaram a terminar a subida bem no esquema anda um pouquinho, para um pouquinho, descansa um pouquinho e porque não, empurra um pouquinho... heheh...

 

Admito que quando terminei a subida, não havia mais posição que sentasse que não doesse o traseiro, além disso, meus 10 kg a mais pesaram na conta no final e morri no gás. Outro fato que considero crucial, por eu ter relaxado um pouco antes no bar, acho que perdi a pegada e o psicológico foi pras “cucuias”.

 

A descida é bem íngreme e com curvas, vou segurando no freio pra não fazer aquela cagada de última hora. Chego ao centro de Serra Negra novamente, encontro a esposa que veio fazer o resgate e sigo meu caminho.

 

Apesar do sofrimento, cansaço, o sacrifício, se me perguntassem, faria tudo de novo outra vez. Vai entender este gostinho de quero mais que uma aventura dessas lhe proporciona.

 

Resumo da história:

 

Km: 47,26 km

Desnível: 1050 m

Tempo: 4h

Mais fotos em: http://diarionamochila.multiply.com/photos/album/220/Serra_Negra_Pedal

Saldo: Pedal para a próxima semana já marcado, dessa vez com os amigos!

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  • 2 semanas depois...
  • Colaboradores

Rodrigo, essas trilhas do "Guia de trilhas" são bem legais, né?? Uma vez iniciei uma em Piracaia, mas abortei no meio devido o mau tempo e os raios q caiam próximos. Depois disso meu irmão pediu minha bike emprestada pra trabalhar e desde então, nada de pedal...

 

Essas de Serra negra, em especial, parecem ser muito bonitas (ao menos no guia). Quando comprar minha bike, pretendo fazer todas as trilhas que o Guilherme planilhou.

 

 

Abraços!!

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  • Colaboradores

Eu não sei se vou achar agora, mas, deve estar salvo em algum canto aqui no meu pc, um esquema parecido com o do Guilherme, porém, apenas com trilhas no paraná. Também são guias vendidos em lojas de artigos especificos de montanhismo.

Assim que achar posto o link pra vc.

 

Mas, cara, bike é uma das minhas grandes paixões também. Gosto de cada detalhe, tanto da parte mecanica, como de tecnicas de pilotagem, percursos e treinamentos.

Uma pena aqui em São Paulo ser tão dificil e complexo de desenvolver treinos bons, com segurança.

 

Qual bike você esta usando??

 

 

Abraços!

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