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40 dias pela América do Sul: Patagonia, Peru e Colômbia - set-out/ 2015 - sozinha


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Buenos Aires, Ushuaia, El Calafate, El Chalten, Lima, Paracas, Ica/Huacachina, Arequipa/Canon del Colca, Puno/Los Uros/Taquile, Cusco/Machu Picchu, Medelin, Cartagena, San Andres, Bogotá

começando em 03/09/15.

 

Veja mais fotos:

instagram @viagensdaleticia - segue lá!

http://viagensdaleticia.tumblr.com

https://www.facebook.com/viagensdaleticia - curta a página e fique por dentro de mais aventuras

 

ARGENTINA

 

Buenos Aires: 3 dias

 

hospedagem: Milhouse Hipo Hostel - ótima localização, boas instalações

transporte: Aerolineas Argentinas

 

Cidade linda, pra onde eu quero voltar e passar uma semana explorando seus museus, parques, bares, restaurantes e baladas.

Comida ótima, bons vinhos, cervejas, e uma atenção especial a todas aquelas gostosuras de chocolate e doce de leite, seja nas massas folhadas ou nos famosos alfajores.

 

Apesar de estar meio decadente devido aos problemas econômicos, com muita gente morando nas ruas e ativistas reclamando seus direitos, Buenos Aires me pareceu organizada, cidade planejada, arquitetura bem construída e bonita pra todo lado, fácil de se deslocar de ônibus e com muitas opções de atividades.

Fiquei hospedada na região central, toda infra estrutura em volta e fácil acesso aos pontos turísticos, seja de táxi, a pé ou de ônibus (compre o cartão, fácil de achar e de recarregar). Não cheguei a utilizar o metrô.

Visitei os pontos mais tradicionais: monumentos, Casa Rosada, Recoleta, Florida, Puerto Madero, Caminito, San Telmo, ...

Não consegui ir para Colonia del Sacramento. Para isso, veja os horários do Buque Bus com antecedência, organize e compre pelo site. É fácil, mas em cima da hora só a primeira classe estava disponível.

Dinheiro: o câmbio negro ainda é a melhor opção. Nas casas de câmbio pagavam cerca de 9 pesos por 1 dolar, e nas ruas o valor chegava a 15. Na Rua Florida tem muitas pessoas oferecendo. Cuidado com as notas falsas. Isso está muito comum na Argentina. Tem bons tutoriais em blogs para reconhecer dinheiro falso. Carregar uma caneta especial pra isso também ajuda.

Viajando sozinha, trocar dinheiro era a parte mais difícil para mim, em se tratando desse cãmbio negro. Depois de uma experiência que me deixou com medo com alguns bolivianos nos arredores da Florida, acabei optando por trocar dólares num restaurante na esquina do meu hostel, que pagava um pouco menos mas era mais seguro e confiável.

Não achei nada barato. Como nosso real não está valendo nada, os preços de Buenos Aires estavam como os de São Paulo - caros!

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USHUAYA

 

hospedagem: Hostel Cruz del Sur

transporte: Aerolineas Argentinas

 

Pra quem nunca tinha visto neve, comecei muito bem! Geladinho e muita neve nas montanhas. Linda desde o avião. Toda a patagonia me surpreendeu muito. Paisagens incríveis, cada lugar com sua beleza.

Se fosse hoje, teria feito meu roteiro em ordem inversa. Eu não precisava conhecer a neve no inverno. Podia ter deixado pro final da viagem. Acabei deixando de fazer alguns passeios porque no inverno eles não acontecem, acabei não visitando, como a "pinguinera" e algumas lagoas que estavam congeladas. Mas valeu o resto, lógico.

A Patagônia é em geral um passeio caro. A hospedagem é cara, os passeios, os restaurantes. Mas vale cada centavo.

Não costumo cozinhar em hostel, mas na patagônia eu cozinhei e carreguei muito sanduíche na mochila pra comer durante o dia.

 

Na verdade Ushuaia é uma cidade grande. Tem muitos restaurantes, cafés, lojas, hotéis, ... Teoricamente lá é uma zona franca, mas não vi nada, nada a bom preço.

Não deixe de tomar uma chocolate quente no Tante Sara, que é delicioso, nem de fazer uma baladinha no pub irlandês mais famoso da cidade.

O hostel Cruz del Sur é ótimo. O pessoal de lá é muito legal e atencioso. É de fácil acesso e tem tudo perto.

Não troquei dinheiro em Ushuaia, mas conversei com pessoas que conseguiram melhor câmbio lá do que em Buenos Aires.

Passeio pelo Canal de Beagle: pelo jeito todas as empresas são meio iguais. A variação de preço é o tamanho do barco, tamanho do grupo e o que é servido no café da tarde do passeio.

Parque Tierra del Fuego: passe lá o dia todo, o quanto aguentar. Pode levar um lanchinho na mochila ou comer nos restaurantes, é só se organizar pelo mapinha. As trilhas são fáceis, é tudo muito bonito.

Glaciar Martial: uma linda montanha, de onde se tem uma vista maravilhosa da cidade. Acabei indo sozinha, acho que cheguei muito cedo no local. Foi meu primeiro contato direto, a neve e eu. Fui pra lá de táxi, subi a montanha, o teleférico não estava funcionando. Na descida tomei um chocolate caliente e depois voltei pra cidade andando. Não lembro quanto tempo demorou e foi uma oportunidade ótima de apreciar ainda mais a linda paisagem.

 

Pra fechar minha parada em Ushuaia, nevou no dia de ir embora. Nevou mesmo. Vi a cidade ficar linda, toda branquinha, e depois vi tudo virando um caos quando a neve começou a derreter. Foi difícil pegar um táxi pro aeroporto, andar na rua era muito escorregadio e os voos estavam todos atrasados porque tinha muita neve na pista.

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EL CALAFATE

 

Hospedagem: hostel América del Sur - boas instalações, chuveiro quentinho, vista pro Lago Argentino

Transporte: Aerolineas Argentinas

 

Diferente de Ushuaia, El Calafate tem aquele ar de cidade turística, toda bonitinha, com lojinhas e restaurantes e atrativos pros visitantes na avenida principal.

Do aeroporto para a cidade, tem transporte que deixa na porta do hostel (Ves patagonia shuttle).

Lagoa Nimes: uma tarde para apreciar os pássaros do local, percorrer as trilhas em volta lagoa, ver o azul fantástico do Lago Argentino ali do lado.

Perito Moreno: imperdível, lógico. Com mini trekking. Simplesmente maravilhoso.

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Torres del Paine: o bate e volta é cansativo, afinal são muitas horas de viagem, é longe e as aduanas, tanto do Chile quanto da Argentina demoram. Mas se assim como eu, esta for a única opção para apreciar esse lugar, não pense. Vá! Frio intenso, vento absurdo, paisagens estonteantes.

 

Tem muitos outros passeios por aí, pra todos os gostos e bolsos.

Dinheiro: câmbio com melhor valor do que Buenos Aires numa loja de roupas, super tranquilo.

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EL CHALTEN

 

Hostal Rancho Grande - calefação e chuveiro quente. A cozinha é bem precária de utensílios; também é restaurante

Transporte: ônibus Calafate-Chalten

 

Lugar que resume a Patagônia. Em Chalten é possível ver todo tipo de paisagem exuberante: montanhas, montes glaceados, lagoas, caminhos, vegetação, miradores, lagos, glaceares. Lugar para muito trekking.

O trajeto de Calafate a Chalten de ônibus é uma paisagem imperdível, que não se sabe pra onde olhar. A distância não é longa, mas sei lá porquê o ônibus é lento.

A cidade é bem pequena e parece deserta durante o dia. Os mercados tem horários estranhos, bem como os.guichês da rodoviária.

Os passeios são de graça. Pegue seu mapinha, preste atenção à sinalização das trilhas e curta a paisagem dentro do seu limite.

Acabei não aproveitando tudo que gostaria por estar frio demais. Lagoas estavam congeladas. Acho que vale passar mais dias em Chalten do que em Calafate. Tem muitas opções de lugares pra ver e mais barato.

Tem transporte direto para o aeroporto de Calafate, mas são poucas opções de horário.

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LIMA

 

Devido a um pequeno atraso de 7h no meu voo Aerolineas Argentinas de Buenos Aires para Lima, minha estada na cidade foi um tanto prejudicada. Os 2 dias programados viraram praticamente um, então resolvi pegar leve e praticamente só fiquei em Miraflores. O que foi uma boa experiência.

 

hospedagem: Puri Wasi Hostel - cama super confortável, chuveiro mais gelado do que quente, boa localização

transporte: Aerolíneas Argentinas

 

Não descobri qual a melhor maneira de ir do aeroporto para Lima. Assim como Cumbica não é em SP, o aeroporto de Lima não é em Lima. No Peru é difícil saber o que é um táxi oficial porque eles não tem taxímetro e vc combina o valor da corrida antes de entrar no carro. Peguei um "táxi" que me cobrou 50 soles, mas confesso, tive muito medo. A paisagem não é nada acolhedora e mil coisas passaram pela minha cabeça no longo trajeto, principalmente quando o taxista começou a pegar ruas dentro de bairros em vez de avenidas. Mas foi tudo bem. O táxi me deixou na porta do hostel.

Da orla de Miraflores, seja de parques ou de bonitos centros de compras, é possível avistar a praia, bem lá do alto. Mais pro meio do bairro, um imenso centro comercial, com todo tipo de fast food que nós conhecemos e grandes lojas, ao redor do Parque Kenedy. Neste parque tem carrinhos com todo tipo de gostosuras locais, churros, manjares, e algumas frituras. Muitos mercados de artesanias, com produtos bem caros por sinal, e bons restaurantes pra se aventurar na famosa culinária peruana. Ótimos sabores, porém, precinhos não muito camaradas.

Dinheiro: desta vez foi bem fácil cambiar meus dólares. Na rua do hostel tinha casas de câmbio. Diferente da Argentina, o valor oficial era o mesmo do paralelo (ufa!), então foi bem tranquilo. Como o restante da viagem faria de ônibus, já programei pra trocar em Lima todo o dinheiro que fosse precisar praticamente em toda minha estadia no Peru. o valor da casa de câmbio era o mesmo que via pela internet.

Para apreciar a linda e diversa paisagem do Peru, optei por fazer todo meu trajeto de ônibus. Algumas viagens noturnas, mas a maioria durante o dia. Em todos os trechos utilizei a empresa Cruz del Sur e a experiência foi bem boa.

O site da Cruz del Sur é meio ruim. Pra comprar pelo site, vc só consegue um dia antes da data da viagem, e vale a pena. Tem tarifas promocionais que valem super a pena. Senão tem que ir a um ponto de venda, mas também é bem fácil achar.

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A EXPERIÊNCIA AEROLINEAS ARGENTINAS

 

Tudo ia muito bem.

São Paulo - Buenos Aires, Buenos Aires - Ushuaia, Ushuaia - El Calafate, El Calafate - Buenos Aires, até que... Buenos Aires - Lima.

4 trechos viajados, e sucesso! Sempre li muitas críticas a respeito das Aerolineas Argentinas, mas estava satisfeita e até feliz com os pequenos alfajores dos voos.

Meu último voo nela era de Buenos Aires a Lima, saindo de Ezeiza às 19h.

Peguei um transfer com muita antecedência pra não ter nenhum problema no aeroporto. Todo mundo dizia que o trajeto era rápido. Mas... justamente naquele dia tinha uma avenida interditada e o trânsito estava complicado. Tudo bem, afinal quem está acostumada com São Paulo sabe bem o que é isso e eu tinha tempo suficiente pro congestionamento sem maiores dramas.

Chegando ao aeroporto, a van me deixou no que disse ser a área internacional da aerolineas. Porém era um terminal vazio (B). Todo mundo que eu pedia informação me disse para ir ao terminal A, que não era perto. Então lá fui eu. Chegando finalmente no terminal A, no serviço de informações me disseram que lá não tinha embarque da Aerolineas Argentinas. Este era no terminal C. Então lá fui eu atravessar o terminal B novamente e chegar ao terminal C. Chegando ao guichê, a atendente me questiona se eu moro em Lima. Como eu não moro em Lima, ela me pede para mostrar a passagem de saída do Peru, que era um voo da Avianca, e que obviamente, eu só tinha o ticket no celular. Ela não queria. Ela queria o ticket impresso. Falou com seu superior e me mandou tentar imprimir isso no guichê da Avianca, o qual era no terminal A. Mais uma vez fomos eu e minha mala para o terminal A. No guichê de informações me disseram que isso eu deveria resolver no escritório da Avianca, que não era no terminal A, era no corredor. Lá fui eu. Depois de pedir pelo amor de Deus pra uma educada funcionária da Avianca me ajudar, convencê-la a deixar usar o computador dela pra achar o número do meu ticket no meu e-mail, ela conseguiu localizar minha passagem de saída do Peru e de volta a São Paulo, que também era da Avianca e imprimiu tudo isso pra mim.

Voltei ao terminal A, fiz check in mostrando o papel da passagem de saída do Peru e achei que podia finalmente respirar aliviada.

Faltando poucos minutos para as 19h, a Aerolineas Argentinas resolveu anunciar que o voo das 19h seria remarcado para mais tarde. Esse mais tarde apareceu bem depois no painel com previsão para 21h30. Por volta das 21h15, já havia uma grande fila esperando o embarque para Lima. E muita gente reclamando da falta de informações, pois o painel avisava um voo para o Rio de Janeiro. Eis que as 21h55, a Aerolineas anuncia que o voo estava cancelado temporariamente e que, possivelmente só sairia as 2h da manhã. Então todos os passageiros poderiam apresentar seu cartão de embarque no restaurante e jantar.

Eu não quis entrar na briga, não quis me estressar. Afinal nada ia mudar. Sim, o voo aconteceu finalmente as 2h da manhã. E eu completei 10h no aeroporto de Ezeiza. Cheguei a Lima 5h da manhã, perdi minha noite de sono e paguei a toa aquela noite no hostel.

E assim terminou minha experiência com a Aerolineas Argentinas.

Resumo: ela funciona super bem, mas pode desmarcar seu voo a qualquer momento.

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PARACAS

 

hospedagem: Hostel Kokopelli - cheio de design, boa cama, bar animado, bons drinks e boa comida; pé na areia. Fortemente recomendo!

transporte: Cruz Del Sur - Lima-Paracas

 

Iniciei aqui meu passeio de bus pelo Peru. Os ônibus da Cruz del Sur são bastante confortáveis e dependendo do horário tem até serviço de bordo.

Não tinha grandes expectativas em relação a Paracas. Adorei! As islas Ballestas são surpreendentes.

Recomendo o passeio de barco pelas Islas Ballestas e pela reserva de Paracas. Pra quem tiver mais tempo, vale passear pela reserva de bicicleta e apreciar sem pressa as lindas praias.

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ICA - HUACACHINA

 

hospedagem: Banana's Adventure Hostal

transporte: ônibus Cruz del Sur - Paracas - Ica

 

Ica é uma cidade grande e cheia de trânsito. Cheguei bem na hora do rush! Mas rapidinho consegui um táxi por 10 soles e cheguei fácil ao oásis de Huacachina: um lugar para descansar! Depois de toda Patagônia, das horas de espera em aeroporto e da correria pra conhecer Lima em um dia, foi um descanso merecido.

Não há muito o que fazer. Deitar na rede, tomar um pisco sour ou uma cerveja, curtir o dia na piscina. O passeio de buggy e o sandboard só acontecem no fim do dia, então vale aproveitar o ócio e a charmosa paisagem do oásis antes de se encher de areia no deserto.

O deserto é lindo, o passeio de buggy divertido e adorei fazer sandboard! Até eu, que sou péssima nesses esportes consegui aproveitar.

Contratei o passeio+sandboard no hostel mesmo, foi bem sussa, e a noite parti de ônibus noturno para Arequipa. Ouvi de alguns amigos que esse trajeto pra Arequipa é lindíssimo tb, mas em algum momento eu ia ter que perder a paisagem de dia.

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AREQUIPA

 

hospedagem: The Point Hostel - boa localização, mas um pouco desorganizado e não muito limpo

Transporte: ônibus Cruz del Sur - Ica - Arequipa

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La ciudad blanca! O centro histórico de Arequipa tem arquitetura belíssima. Vale fazer um tour caminhando, guiado ou não. De vários pontos da cidade se avista o vulcão, o que completa a paisagem.

Aproveitei o dia pra conhecer o máximo caminhando, já que cheguei cedinho, e terminei vendo o por do sol no mirador, uma parte alta da cidade com boa vista pro vulcão também.

Parecia ter boas baladas, mas acabei não aproveitando porque já emendei o passeio do Canion del Colca, que saia de Arequipa umas 3h e pouco da manhã.

 

A verdade sobre o Canon del Colca e Mirador de los condores

 

Acreditei nos folders e em informações da Internet sobre fazer o tour de 2 dias e uma noite. Observação dos condores, trekking para descer o canion, dormir uma noite lá embaixo num refúgio-oásis e trekking no dia seguinte, com parada nas termas na volta. O carinha do hostel me disse que não era pesado e que com certeza eu faria de boa. Não foi bem assim. Na verdade a trilha do Colca não é fácil, é longa e ainda tem o agravante da altitude. Se você não está acostumado a caminhar em montanhas, não vá. Faça o passeio de um dia e aprecie feliz a paisagem.

A van passou no hostel por volta das 3h30 da manhã. Foram muitas horas de viagem até chegar no local de desajuno, que era bem pouca comida. Madrugada bem fria. Paisagem incrível pelo trajeto. Dá pra ver muitas terrazas e montanhas com picos nevados e se encantar com a paisagem. Chegada ao Mirador de Los Condores por volta das 8h da manhã. E... Cadê os condores??? Uma multidão aguardava há tempos e nada. A vista para a canion é muito boa, mas demorou pra aparecerem apenas 3 condores. Na região a altitude ultrapassa 3 mil metros, era meu primeiro dia na altitude e qualquer meia dúzia de degraus me faziam entender que tinha que pegar leve.

Porém eu não tinha ideia do que estava por vir.

Por volta das 10h a van adentrou a reserva onde tinha que pagar 40 soles para entrar (40 soles para MERCOSUL e 70 para o resto do mundo. Leve seu passaporte e fique esperto, pq o guia não me passou o preço certo). Neste ponto o grupo se dividiu em partes menores e começou a caminhada. A descida tem aproximadamente 14Km, cerca de 1200m abaixo do ponto inicial. O trajeto é muito bonito, um caminho em ziguezague, cheio de pedras e extremamente seco, com sol escaldante e sem quase nenhuma sombra. Leve cerca de 2L de água (eu não levei), em alguns pontos do caminho tem gente vendendo água por 5, 10, 15 soles. O preço normal na civilização é 2 soles. Protetor solar e chapéu ou boné são essenciais. A descida força bastante os joelhos. Meu problema foi com as subidas. Devido a altitude, eu não aguentava caminhar nada. Um minuto de subida e já tinha que descansar. Sendo assim me distanciei bastante do grupo, e demorei um tanto a mais pra chegar nos destinos, tanto no almoço (comemos sopa e alpaca saltada; tem bebidas a venda) quanto no refúgio onde passamos a noite. O refúgio é bastante simples. É servido jantar (sopa de entrada, macarrão ao sugo e mate), não tem energia elétrica, e obviamente o banho é frio. Leve lanterna. No dia seguinte, a trilha consistia em cerca de 7Km de pura subida. Eu acabei optando pela alternativa que me dava mais medo, já que o guia me apavorou dizendo que só teríamos pouco mais de 2h para estar lá em cima ou perderíamos o transporte: subir o cânion de mula! Essa aventura extra me custou mais 60 soles. Foram quase duas horas de medo. As mulas saiam 1h mais tarde do que os caminhantes, quando o dia já estava claro. Meu novo grupo então, tinha 5 mulas com turistas, uma mula de carga e um guia. Li sobre uma turista brasileira que sofreu um acidente fatal, ela e a mula, nesta trilha. Por isso eu não estava nada tranquila em subir a trilha de mula. Acho que o trajeto sobre a mula durou menos de 1h30, mas eu só tive coragem de tirar fotos quando estava quase lá no topo. Foi tenso a cada passo da mula, afinal a mula é mula, e ela não faz as curvas grudadinha na montanha, como eu faria a pé, ela chega na beira do penhasco muitas vezes. Mas correu tudo bem. Apesar da tensão e do meu medo, o trajeto foi tranquilo.

 

Finalmente lá em cima, os grupos se reencontraram e fomos tomar o desajuno num lugar lá perto. Depois fomos de van para Chivay, onde teve tempo para o almoço. eu não quis almoçar no restaurante indicado pelos guias, achei muito caro, 28 soles. Acabei indo ao mercado local, comprei frutas e pão e gastei uns 4 soles. Depois do almoço ainda fizemos parada para fotografar a paisagem incrível e também num parque de águas termais e tirolesa. Custava mais 30 soles, mas eu nem tinha biquini, então fiquei só descansando.

 

De volta à Arequipa por volta das 17h, não tive forças para já pegar o ônibus e continuar a viagem. Resolvi descansar uma noite inteira e dormi por lá mais uma noite. No dia seguinte peguei o ônibus para Puno as 14h.

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