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Argentina underground sem Tango (Abril / 2016) Fotos.


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Saudações, mochileiros!

Tudo bom?

 

Escrevo aqui o relato de meu segundo mochilão internacional. Essa viagem pelas cidades de Buenos Aires (capital e província), Tigres e Lujan durou uma semana e foi motivada quando eu percebi que dois shows internacionais de Hard Rock / Heavy Metal aconteceriam na mesma semana. Férias que começaram a ser planejadas quatro meses de antecedência, saindo de Varginha / MG, desse mochileiro de quase 34 anos anos passeando sozinho pela América do Sul.

 

Ainda que com algumas dificuldades, foi fantástico ver shows do WALTER GIARDINO TEMPLE (banda solo do guitarrista do RATA BLANCA), junto com o ex-DEEP PURPLE, RAINBOW e MALMSTEEN Joe Lynn Turner, além dos espanhois dos BARÓN ROJO. Por ajuda dos amigos que já tinha no país de outros Rocks, pude conhecer as bandas, bastidores e bares noturnos que não são costumeiramente visitados por turistas. Ademais, também fiz muitos passeios típicos e passei por situações clássicas de quem vai à capital portenha. Doravante, passo meu relato intendo ajudar @s amig@s do site que para lá pretendem viajar.

 

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00. Introdução

 

De fato, Buenos Aires, assim como as outras cidades argentinas, é belíssima. As ruas são amplas e limpas. Algo que facilita muito é que cada quarteirão conta 100 números de endereço. Então, se torna mais difícil se perder por lá, já que se você está no número 115 e precisa chegar, por exemplo, no 350, sabe que ele fica à duas quadras; pois onde se está vai até o duzentos, o seguinte não passa de trezentos e assim vai. Os argentinos se localizam pela rua principal e com outra a cruza, assim, à guisa de exemplificar, eles vão lhe dizer que tal endereço fica no quarteirão da Av. Rivadavia com Av. de Mayo, não necessariamente na esquina.

 

Ainda que tenham me recomendado muito cuidado com trombadinhas e "mãos leves", achei a cidade muito mais segura que capitais de estilo semelhante, como Belo Horizonte ou Rio de Janeiro. De fato, é bem comum, em plena madrugada ver senhores andando pelas calles do centro, indo dos teatros à cafés etc. A cidade é muito animada pela madrugada, e não só os jovens tomam o espaço público.

 

Ainda que o policiamento seja brando, paradoxalmente, os policiais reclamam se você estiver andando bebendo uma cerveja na rua. É recomendável segurar a lata / garrafa com um saco de papel para não "ostentar"; todavia, há gente que fuma mais que tabaco na porta dos bares (em muitos não se pode fumar nada dentro) e os "homi" falam nada.

 

Nos mercados é cobrados é AR$ 0,50 pela sacolinha de compras. Nos kioskos e demais tienda tal prática inexiste. Existem os kiokos, nossas vendinhas ou lojinhas, que comercializam desde águas, refrigerantes, doces, panchos, empanadas e até vendem o cartão do Subte. Você vai comprar neles, risos!

 

No geral, existem muitos brasileiros morando em BA's, a grande maioria cursando a faculdade particular de medicina que você entra sem fazer vestibular. Existe então, uma ideia falsa na cidade que todo conterrâneo nosso por lá seja playboy ou turista com grana para soltar. Todavia, isso não é regra e pouco se aplica, mesmo nos lugares turísticos. Eu fui super bem tratado, em especial pela galera headbanger e rocker em geral. Já tinha amigos do meio, porém fiz muito mais e amizades que se construíram facilmente.

 

Se você gosta de futebol, terá muito assunto, pois quando dizia que era de Minas Gerais, já me perguntavam se eu era Cruzeiro ou Atlético.

As pessoas lá também gostam muito de falar de política e não faziam rodeio de perguntar se eu tinha votado na Dilma e reclamavam muito do Estado Neoliberal que está sendo, infelizmente, re-implando por Macri; a quem comparam ao Menem.

 

Exceto quando a horário de verão no Brasil, a Argentina segue o mesmo fuso de Brasília.

 

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01 . Passagem, Aeroportos etc

 

Pesquisei voos saindo de Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Conclui que o último aeroporto (Guarulhos) é o que possui o transporte mais barato. Utilizei o site do decolar.com para efetuar as compras e tudo correu como planejado sem atrasos ou outros transtornos. A empresa que fez o voo foi a Gol. Os atendentes falam português e a única reclamação é o escasso "lanche" servido na viagem.

 

O aeroporto de destino, diferente de muitos brasileiros que vão para Buenos Aires, não foi Ezezia, mas o Aeroparque Jorge Newbery. Este fica no bairro de Palermo, cerca de 06 km do centro da cidade. É muito mais prático. Eles tem uma casa de câmbio no próprio aeroporto, mas que NÃO compra pesos, só os vende (na cotação oficial). Lembre de vender seus pesos antes ir ao aeroporto na volta.

 

Para o centro há o ônibus Manuel Tienda Léon, que sai de hora e hora e custava AR$ 175,00 o trajeto. Todavia, um taxi para o mesmo destino (demora cerca de 20 / 25 min) sai por AR$ 200,00. Lembre-se de que quando se chega é melhor atravessar a rua para conseguir taxis mais baratos do que os disponíveis no passeio do aeroporto.

 

O estabelecimento (ainda que "pequeno") também dispões de lojas, alguns lugares para comer etc, todos devidamente mais caros que na cidade. O caminho até o centro, inclusive é bem bonito, passando por Porto Madeira, a Faculdade de Direito e a Flor Mecânica.

 

02 . Idioma

 

Como já tive experiência de conhecer o México, falo bem o idioma castelhano, o que percebi ser uma raridade entre os brasileiros que vão conhecer a terra de nossos hermanos portenhos. Dica, não invente palavras ou fale em portunhol. Isso irrita as pessoas. O ideal é falar alguma modalidade de espanhol (o meu, por ser mexicano tem mais florais). Na alternativa tente o inglês e sem saber a língua a bretã fale em português, mas NUNCAA portunhol.

 

03 . Câmbio

 

O câmbio na Argentina, de fato, é flutuante. A diferença, nessa época, ia de nosso um real comprando de AR$ 3,00 a AR$4,20.

Coisa séria e faz muita diferença.

Eu comprei alguns pesos na Confiance do Conjunto Nacional (Av. Paulista) para não chegar liso, pagar o táxi, o hostel etc. Comprovou pagar melhor que o câmbio do Aeroporto de Guarulhos (um real comprando 3,12 pesos contra 3,06 mais taxas).

 

Alguns estabelecimentos aceitam reais na cotação de três pesos.

Os bancos trocam pela cotação oficial, então de R$1,00 a AR$ 3,60.

 

Na rua Florida, no centro de Buenos Aires, você consegue uma cotação melhor com as pessoas que ficam gritando "câmbio, câmbio". Cuidado com as notas falsas!

Para identificá-las basta segurar a nota contra a luz e ver se aparece um desenho escondido. Apareceu é verdadeira. Não apareceu, é fria. Eles aceitam notas rasgadas ou velhas, desde o código serial esteja legível.

 

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Algumas vezes, os funcionários dos Hostels podem lhe ofecerer câmbio melhor, por sua conta e risco.

Alguns brasileiros residentes na cidade também tem câmbio melhor, mas é necessário falar com eles por Whatasapp, esperar contato, ter alguém que te indicou etc.

 

O que fiz foi cambiar na empresa TDBR Transfer.

É necessário curtir a página da mesma no facebook.

 

https://www.facebook.com/tdbrtranfer/

 

Todos os dias, após o meio-dia, eles soltam a cotação do dia por sua página. Se faz preciso entrar em contato InBox, dizendo de onde vc soube do serviço deles, marcando um horário e indicando a quantidade que se vai cambiar. Eles respondem as mensagens muito rápido. De fato, é o melhor lugar para se trocar dinheiro na Argentina.

 

LEMBRE-SE que o país está passando uma recessão horrível por conta do neoliberalismo do governo Macri e, portanto, há muita inflação, e tudo está muito caro. Logo, para fazer seu dinheiro valer algo, quanto mais alto o câmbio, melhor.

 

04 . Clima

 

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Na época do ano que fui chovia todos os dias uma garoa fina, que às vezes ia do nascente ao poente. Faz muito mais frio do que onde vivo, em Minas Gerais. Leve capa de chuva, botas, paraguas (guarda-chuva) etc.

 

05 . Água / Alimentação

 

Eis o ponto mais negativo da Argentina.

A água do país tem um gosto doce horrível de se beber. Olha que eu troquei constantemente a marca e o resultado era o mesmo.

Quase tão ruim quanto é a comida no país. Praticamente sem tempero, não existe feijão e quase nunca se acha pimenta. Você só consegue um PF no centro de Ba's, San Telmo, Palermo por cerca de 100 pesos! Caríssimo, mais de R$25,00!

E o que ele é? Um pedação de carne com batata frita ou purê ou salada ou uma porção de arroz.

 

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Sinceramente, o valor nutritivo disso é muito baixo, ainda mais para mim que estou acostumado com a culinária mineira.

O lado bom, é que todos bares e restaurantes costumam ter Wi-Fi para clientes.

 

Muitos mochileiros comem algo chamado Pancho, que é um cachorro quente mais compridinho. Costuma custar AR$ 25,00, ainda que tenha tb pouco valor alimentício.

Eu comi muita barra de cereais, que comprava em mercados por AR$ 8,00.

 

06 . Metro / ônibus

 

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Há quem reclame que o metrô, que os argentinos chamam de Subte, é velho e feio. Acredito que sejam os mais velhos dos continente, e sinceramente, trabalham muito bem. Alguns carros realmente são do século passado, mas as estações são muito bonitas, todas com decoração toda especial, azulejadas, dignas de serem vistas. Elas também cobrem quase todos os pontos turísticos, excepto a Boca.

A passagem custa pouco mais de AR$ 4,00.

O metro tem wi-fi liberado e gratuíto nas estações!

A única coisa ruim é que o último carro da estação Retiro sai pouco antes das 23! O primeiro carro sai às 06:30.

 

Porém, o ônibus em Buenos Aires funciona 24 horas. Eu não peguei buso, ou auto-buso como eles o chamam, de dia, somente à noite quando voltava dos bares etc. A impressão que tive é que todas as linhas funcionam ao menos com um carro de hora em hora. Mesmo na madrugada, eles são seguros. O custo da passagem varia de até onde você vai. Não há cobrador e vc precisa informar seu destino ao motorista. Eles não aceitam dinheiro. Como pagar?

SOMENTE com o cartão, tarjeta, do Subte que você compra em qualquer Kiosko de 20 a AR$30,00.

Para cargar, por crédito, no cartão, eu utilizava as estações de subte.

Sem cartão carregado, você não pega ônibus.

 

Alguns pontos de buso tem wi-fi gratuito.

 

07 . Hostels

 

Eu fiz reserva nos dois Hostels pelo site HostelWorld, pagando 10% no cartão de crédito e o demais para ser pago na chegada. Como de praxe, é necessário mandar um e-mail para os estabelecimentos uma semana antes confirmando a reserva.

 

07 .1 . Circus Hostels

 

Localizado em San Telmo, próximo à estação Independencia, esse é o Hostel com o melhor e mais farto café da manhã que já fui. Ele, conhecido por possuir uma piscina aquecida e mesa de bilhar na área social, é todo limpo e novinho e com atendimento excelente. Fiquei em quarto compartilhado e as beliches são novas, tudo de primeira linha. Aqui se hospedam muito brasileiros.

Duas reclamações:

01 - Banheiros só dentro do quarto

02 - NÃO COMPRE os adaptadores de tomada que eles vendem no Hostel, pois os mesmos não conseguem aderir as paredes. É perder dinheiro, ou arriscar deixar seus equipamentos elétricos carregando no corredor. Prefira os adaptadores que vendem na rua Florida, que são de qualidade muito melhor.

 

07 .2 . Portal del Sur

 

Perto da casa Rosada e ao lado da estação Piedras do subte, esse Hostel é muito bom. Possui um bar na cobertura (onde servem o café da manhã) que funciona até a uma da manhã. Ele já é bem mais velho que o anterior. Sua conservação também não é tão boa e as beliches dos quartos compartilhados tendem a ranger. Na minha estadia, acredito que era o único hóspede brasileiro, mas haviam outros dois trabalhando lá. Falando nisso, o atendimento é excelente. A área social do Hostel fica em frente aos quartos do segundo andar, o que faz que eles não sejam muito tranquilos para quem quer dormir até mais tarde. A cozinha e o banheiro masculino também é lá.

Nesse hostel, as tomadas são universais, então, se vc ficará só nele, não precisa se preocupar com adaptadores.

 

08 . Teatro Vorterix

 

Fica à cerca de sete quadras da estação Francisco Lacrose, no bairro de Colegiales. Os shows internacionais de médio porte como ACCEPT, AVANTASIA etc, costumam ser lá. A casa de show tem excelente qualidade de som, iluminação e palco. Não deixa algo a dever a um Carioca Clube, em São Paulo. Inclusive, sua área de camarins e bastidores é mais extensa.

Na Argentina você pode entrar com mochilas, malas, cintos de bala, arrebite etc nos shows.

Não há guarda-volume.

Em alguns shows há estande de vendas, outros não.

A cerveja Quilmes de um litro custa em torno de AR$ 100,00, preço pelo qual vc bebe uma Patagonia (artesanal) do lado de fora.

Há uma pizzaria e um kiosko ao lado, onde o povo se reune antes e depois dos concertos, que aqui são chamados de recitais.

 

09 . Bares Noturnos

 

Por mais estranho que pareça, aqui os Pubs são chamados de boliches. O nosso boliche se chama Bowling. Há uma lenda urbana que toda "balada" na Argentina só começa às duas da manhã. Ainda que os bares só vão fechar lá pelas sete da matina, seu ápice é às duas da madrugada, mas algo como às 23 já estão todos abertos. Por meu gosto, fui buscar justamente os bares underground mais voltados ao Heavy Metal. Ambos ficavam na Av. Rivadavia, próximo ao hostel Portel del Sur.

 

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09 . 1 . Red Bell

 

Mais voltado ao Hard Rock, esse bar não cobra entrada e não pode fumar dentro, o grande diferencial do boliche é um telão em que o dono se faz vj; colocando vídeos de bandas. Vão desde os anos 70 às atuais, mas o pessoal endoida mesmo nos registros da década de 1980. Isso na parte de cima, na parte de baixo rolam shows, mas ai você precisa pagar para descer. Os shows acabam antes das três da manhã. Há também uma jukebox e um pole dance. A cerveja é vendida em garrafa e se podendo sair para fumar, sempre fica uma galera na porta. Recomendo.

 

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09 . 2 . Primer Piso

 

Boliche que mais lembra os bares brasileiros de show, o Primer Piso cobra entrada, não se pode fumar dentro, mas também se pode sair e entra de novo à vontade. Ainda que possua também um telão com vídeos, o povo vai nesse bar mesmo para ver as bandas que se apresentam no seu sótão. A entrada para o show é incluso no ingresso e a cerveja é vendida em copos plásticos, como nos copões. O pessoal só entra no boliche quando as bandas começam a tocar, ficando nos intervalos, antes e depois no kiosko da esquina comprando cerveja e uns fortes. É legal porque o público é mais Heavy / Speed / Thrash e fica uma profusão de calças apertadas, coletes cheios de patchs - muitos com o V8 estampado - arrebites e cintos de bala. Super recomendo também. Infelizmente, a página no facebook é pouco atualizada, sendo mais fácil saber dos rolês pelas bandas que vão tocar.

 

10 . Lojas de Disco

 

Diferente do Brasil, as lojas especializadas em Rock na Argentina vendem muito mais discos de vinil de prensagem atual, com preço variando entre 700 e AR$ 900 do que usados. Há contudo, boas excessões, como a Ureka Records e a Time Machine (Rua Florida, na Galeria Boston), que considerei a melhor loja de discos que conheci no país. Isso considerando, atendimento, preço e tudo.

No mais, assim como aqui, o CD, o DVD, acessórios, brinquedos e outros prevalecem sobre os vinis.

Dois points fundamentais para quem vai procurar disquerias, ou lojas de discos. As galerias às cercanias da Rua Florida e as duas galerias próximas à estação de subte Juramento. Ainda que para mim a melhor loja fique na Florida, as segundas opções são mais variadas e se vc só puder ir em uma, vá para Juramento.

 

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Para ajudar, eis o link de todas as tiendas de discos em Buenos Aires, mas não só as voltadas à Rock / Metal.

 

http://rateyourmusic.com/list/Trick/argentina____donde_comprar__disquerias_de_buenos_aires___where_to_buy__record_stores_from_buenos_aires/

 

11 . Lujan

 

Um dos poucos zoológicos do mundo em que vc pode passar a mão em leão, elefante, tigre, camelos, alimentar um tigre branco. Realmente, é emocionante. A entrada custa AR$ 400,00. Para chegar, se faz necessário pegar um ônibus que custa AR$ 40,00 e sai próximo à estação Plaza Italia.

Como é difícil de encontrar o ponto eis, uma foto.

 

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Se faz necessário dizer ao motorista onde vc vai descer, pois o Zoo é longe da cidade. A viagem demora cerca 1 hora e 45 minutos. Há um ponto bem em frente, então não há problema. Lembre de ter a menos uns AR$ 90,00 carregados no seu cartão de subte antes de viajar para lá.

 

O zoo também dispõe de um extenso museu de carros antigos, banheiros, kioskos de lanches, restaurante (um pouco mais caro do em BAs) e muitos outros animais em jaulas, como um zoo comum.

 

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Há um boato que drogam os animais em Lujan. Pelo que vi, os animais pareciam mais adestrados que drogados. Esses animais mais díficeis não ficam todo o dia à disposição para o visitante entrar na jaula. Por tanto, recomendo, como eu fiz, separar um dia inteiro para poder aproveitar bem. É compreensivél que os leões sintam fome, ou estressem após uma hora de exposição ... e é melhor que descansem! rs! Visita obrigatória, na minha opinião.

 

12 . Tigres

 

Tigres é uma cidade turística que fica há cerca de 50 km de Buenos Aires. Há duas estações de trem para lá. Todavia, eu fui de carro com um amigo. O grande diferencial da cidade é seu porto fluvial e os passeios de catamarã e barcos por ilhas lindíssimas, todas preparadas para receber os turistas etc. A cidade também tem o famoso Parque De la Costa, estilo Hopi Hari e sua entrada possui as bandeiras de todos os países do mundo hasteadas.

 

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Todavia, pelas fortes chuvas no dia, essas três atrações estavam inoperantes.

 

Além do Casino, eu não gosto, outra atração em Tigres uma outra atração massa em Tigres é uma enorme feira à beira rio. Mass, ENORME mesmo. Muita arte, artesanato, coisas do oriente e dezenas de algo mais. Também com alimentação etc. Não deixem de conhecer.

 

13 . O que conheci em Buenos Aires

 

13 . 1 . Centro

 

Há uma réplica "em miniatura" das Cataratas de Iguaçu, o Obelisco, a Rua Florida, a Casa Rosada, a Praça de Mayo, onde ocorrem os protestos políticos. Todos lugares muito legais para se ir andando e conhecer. Em frente ao Centro Cultural Krischiner há uma feira de livros muito legal. Achei com títulos mais interessantes que os livreiros à cercania da Plaza Itália.

 

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Para quem curte quadrinhos, recomendo a loja Elektra na rua Defensa, a mais legal que eu já vi. Os títulos são quase todos os mesmos se comercializam aqui, isso na Marvel / DC e mangás, e mesmo para quem não lê em Espanhol, há brinquedos e etc à preços camaradas.

Eis o contato deles no facebook:

 

https://www.facebook.com/Elektra-Comics-129326257083857/

 

No centro também uma cervejaria restaurante que conheci chamada Antares. Boa cerveja, todo o tipo de porção, comidas, parrilada, excelente. Todavia, o sal que não aparece no tempero dos pratos está no preço, rs!

 

13 . 2 . San Telmo

 

13 . 2 . 1 . Museu do Susto

 

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Ao lado da Eureka Records. O museu é legal, mas é desanimante no museu do susto estarem também Star Wars e Harry Porter (!?!). A maioria das peças são esculturas. Na parte de baixo havia uma exposição sobre Ufologia, indo desde Alf - O etemoiso , A série V, os filmes Alien e Homens de Preto e TAMBÉM casos sérios, como os Chupacabras, Roswell e muitos outros. Faltou, contudo, e faço questão de frisar, o caso de Varginha, minha cidade!!!!

Há uma janela aberta para a rua muito claro, o que quebra o clima.

Na parte de fora há uma loja onde se pode fazer fotos de ataques de zumbis, casas assombradas etc.

 

13 . 2 . 2 . Museu de Arte Moderna MAM

 

Como antropólogo, gosto muito de museus e esse foi meu favorito na Argentina. Claro que a exposição de artes do movimento informalista é impressionante, mas o caso foi a reprodução da obra A MENESUNDA, de Marta Minujin e Rubén Santantonin. Essa obra clássica dos anos 1960, acusada de loucura à época, leva o expectador á passar por várias sensações de confinamento como um túnel de neon, intestino, congelador e outras impressões surreais. Nesse contexto da contra-cultura, várias críticas à sociedade espetáculo e de consumo. Foi de verdade uma experiência!

Para mim, muito mais estimulante que o Parque de La Costa, por exemplo.

 

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Um arquivo em inglês para quem quiser saber mais.

http://www.globalartdaily.com/index.php/2016/02/20/time-travel-la-menesunda/

 

13 . 2 . 3 . Museu de História Nacional

 

Anexo ao parque de Lezama, esse grande museu, como o nome sugere, passa à limpo toda História da Argentina desde o período pré-colombiano ao século XIX.

Muito destaque para a questão indígena. No final, há um ator representando aqueles guardas ingleses que não podem falar.

 

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13 . 2 . 4 . Parque Lezama

 

Muito menor e menos conhecido que os bosques de Palermo, mas no mesmo estilo, eu gostei mais desse parque aberto em meio à aglomeração urbana da cidade. Ele é no caminho para La Boca, então, ""perca"" umas horas nesse Oásis verde de belos passeios e esculturas. Lembra até aqueles cenários onde os imortais do seriado Highlander disputavam pelo Quickning. Risos!

 

O parque tem wi-fi.

 

13 . 2 . 5 . Usina de Arte

 

São dois teatros independentes, em que ocorrem, além das peças, diversas atividades culturais.

 

13 . 3 . Palermo

 

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Palermo não fica na estação Palermo, mas saindo do Metro Plaza Itália. Logo ao lado há o zoológico de Palermo. Seguindo pela avenida começam os bosques. Há muitas pessoas fazendo cooper e outros exercícios físicos. Existe o planetário, mas na ocasião rolava uma amostra de cinema paga (AR$ 25,00) e não a programação normal. Há dois lagos muito bonitos, uma igreja que parece abandonada e, claro, o Jardim Japonês. Muito infelizmente, por causa das chuvas, esse estava fechado.

Enquanto o planetário fica aberto até às 20, o Jardim japonês fecha três horas antes.

Os ponto negativos do bosque é que fica entre as auto-pistas com os carros passando e não tem o que comer lá por lá. Só umas barracas vendendo pancho.

 

13 . 4 . Recoleta

 

Ao lado da recém inaugurada estação Las Heras da Linha H começa esse maravilhoso bairro para se passear. As atrações são todaas próximas, fazendo um lugar ideal para se passear uma tarde e ver tudo.

 

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13 . 4 . 1 . Cemitério

 

Seguramente um dos mais famosos do mundo, se não for o mais, o cemitério é enorme e com arquitetura belíssima. Eu que nem me ligo em arte católica, fiquei horas e horas viajando pelas esculturas e desenhos dos túmulos. Há muitos gatos circulando por lá. Há tumbas de chefes de Estado, como o Raúl Afonsín, mas de longe o mais famoso e único florido é a de Eva Péron, nossa querida Evita para os íntimos.

 

A entrada é franca e há um mapa para que os visitantes não se percam lá dentro. De fato, só vi turistas, ninguém das famílias parecia estar visitando as esquifes dos entes queridos.

 

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13 . 4 . 2 . Centro Cultural

 

Seguindo a rua do cemitério, após a igreja, há esse centro cultural enorme e muito divertido. De entrada também gratuíta, na acasião haviam seis exposições principais muito de meu gosto. Para cinéfilos e demais amantes da arte, esse é obrigatório mesmo!!!!

 

- O fantástico mundo de Eugene Tssui: enaltecendo a obra do artista marcial, plástico e arquiteto responsável por obras surreais na engenharia civil.

- A obra hidro espacial de Kosice: o argentino que criou a iluminação em neon.

- Aardman: animador inglês responsável pelo desenho Wallace & Grammit; não conhecia, mas foi legal ver.

- Divas do cinema argentino: uma geral na carreira de Graciela Borges & Mirtha Legrand.

- A arte de Criterion: companhia estadunidense que desde 1984 faz arte para filmes recentes, além de relançar e redescobrir clássicos. Os posteres estavam expostos.

- Fábian Bielinsky: cineastra argentino famoso pelo filme Las nueve Reinas, que em 2004 foi refilmado nos EUA sob o nome de Criminal. Quer um conselho? Assista o original que é bem mais legal! Enfim, a mostra pega toda carreira do diretor, desde quando era câmera, assistente etc. O único demérito foi a loja do Centro Cultural estar vendo uma biografia dele, e não os dvd's.

 

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13 . 4 . 3 . Hard Rock Café

 

Seguindo o mesmo calçadão do centro cultural há a entrada subterrânea de um shopping, com wi-fi de verdade liberado, e indo em frente se chega a uma loja de camisetas que dá entrada - através de uma escada - para o Hard Rock de Buenos Aires. Na ocasião, algumas peças de memorobilia estavam expostas na filial de Madrid. Ainda assim, havia a parede de David Bowie, do Jimi Hendrix Experience, THE WHO, guitarras do pessoal do DOKKEN, WARRANT etc.

Há um palco profissional para shows.

Sob a comida fico pobre para comentar, pois estava lá mesmo só para ver as obras expostas.

 

13 . 4 . 4 . Florais

 

Lindos bosques estilo Palermo, logo abaixo do Hard Rock Café, no caminho da Flor Mecânica e da Faculdade de Direito. Infelizmente, na minha vez foi o dia de chuva mais pesada, não pude aproveitar muito.

 

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14 . Lugares para uma próxima vez

 

Caminito, Boca Juniors, Retiro, a Flor Mecânica na Recoleta, Feira de São Telmo aos Domingos, Jardim Japonês etc....}

Como se percebe, mais uma semana não seria suficiente, risos!

 

15 . Final

 

Em suma, finalmente e encerrando, excepto pelo clima frio e a comida, se você procurar a definição de lavar a égua no dicionário encontrará viagem do Willbão pela Argentina em 2016!

Quanto ao Tango, bem, no que pese sua importância histórica, meu negócio é Heavy Metal e se, e quando, voltar continuarei seguindo essa tendência, risos!

Valeu por acompanharem esse relato. Espero que ele as e os ajude em suas futuras viagens! Como dizem os argentinos para se despedir: Suerte! Dalle!

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