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Cachoeiras do Escorrega e do Salto em Itariri


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Trilha feita em 09/08/2013.

 

Album com todas as fotos estão em:

 

https://picasaweb.google.com/110430413978813571480/CachoeirasDoSaltoEEscorregaEmItariri?authuser=0&feat=directlink

 

Ainda estava escuro qdo lá estava eu, saindo de SP em uma madrugada fria de inverno para desbravar mais uma trilha mapeada, cujo destino dessa vez seria as entranhas da Serra da Juréia em Itariri que faz parte da reserva ecológica Juréia-Itatins. Serra essa que já estive alguns meses atrás, qdo desbravei o Morro do Peruíbe, mais conhecido erroneamente como Pico do Itatins. Assim como sua imponente vizinha serra do mar, possue diversas cachus, picos e mirantes prontos para serem descobertos e explorados.

 

As 5:40h, ganho a imigrantes e logo a descida da serra, para então acessar a Padre Manoel da Nobrega a direita. O Céu estava livre de qualquer vestígio de nuvem e o dia prometia ser ensolarado. Depois de 2 horas e meia de viagem, com uma parada em Itanhaém para abastecer e tomar um café da manhã reforçado, es que finalmente as 8:25h, chego a pacata cidadezinha de Itariri, que recém despertara para seu último dia útil de trabalho da semana.

 

Após algumas infos aqui, ali, acolá, es que finalmente mergulho na estrada do azeite e sigo por cerca de 4,5km até uma ponte a direita, onde viro e vou seguindo por um trecho de paralelepipetos em concreto até que caio em outro grande rio dessa vez pelo lado direito do vale da Serra da Juréia. Nesse vale, descem 2 grandes rios do alto da serra, que se juntam em um só qdo chegam ao trecho de planície. Casas e sitios compõem o cenário no meio do vale dessa serra com picos que lembram muito a da serra dos orgãos no RJ, com direito até a um "Dedo de Deus", visto do Pico do morro do Peruíbe (mais conhecido como Pico do Itatins).

 

Meu objetivo era chegar as cachus do Escorrega e do Salto. Fui seguindo numa estradinha de terra com o rio do seu lado direito. Há várias trilhas na região, mas as que levam para as cachoeiras, são um pouco distantes, portanto se for a pé, prepare-se para andar vários quilometros, pois as ditas cachus ficam distantes do centro de Itariri. Melhor mesmo é seguir de carro/moto, afim de otimizar o percurso.

 

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Estrada de terra que leva até o inicio da trilha

 

Segui pela estrada mais larga que acompanhava o rio a direita, ignorando as demais bifurcações. Logo após passar por uma ponte pencil (tb do lado direito) e pelas últimas casas da região, a mesma mergulha na floresta e começa a subir. Ela passa por mais uns 2 sítios e termina em um descampado, onde deixei a motoca. Logo a frente, inicia-se a trilha para a cachoeiras do escorrega e do salto.

 

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Piscina natural do rio que fica ao lado da estrada de terra....

 

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Ponte pênsil

 

Após 10 minutos pela trilha, passei por uma bifurcação a esquerda que parecia que iria dar numa plantação de bananal. Na hora fiquei na dúvida, então tive que escolher qual das 2 iria ir, já que estava explorando e nas infos coletadas com moradores, nada me foi dito sobre essa bifurcação. Segui reto, ignorando a bifurcação a esquerda em favor da direita, erro esse que só iria descobrir qdo chegasse ao final da trilha.

 

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Ponto de referência. Se chegar aqui, é porque está no caminho certo e basta apenas seguir em frente, sempre com o rio a sua direita, ignorando as bifurcações a esquerda.

 

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Rio das Pedras (vista do alto da ponte pênsil)

 

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Na trilha

 

Após alguns minutos de caminhada, a trilha passa por uma ponte sobre um grande rio de pedras (que na hora imaginei ter cachoeiras lá para cima) e segui reto. Não tardou, e a trilha ficou mais íngreme, o sol e o calor estavam castigando e eu não via a hora de chegar em alguma das cachus para um tchibum. Após 15 minutos de subida, a trilha dá uma curta nivelada, mas logo volta a subir, dessa vez ainda mais íngreme, o que exigiu bastante das pernas. As 10:20h, em meio aos ziguezagues da picada, fiz um breve pit stop afim de recuperar o folego e molhar a goela com um bom isotônico geladão!

 

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Se chegou nesse ponto, onde a trilha sobe forte em zigzag e com trecho erodito....

 

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....Ou nesse, pode voltar, porque você errou o caminho.....Mas calma, nem tudo está perdido

 

Retomei a caminhada 10 minutos depois, após a subida tediosa e meio cansativa, cheguei a um trecho de bananal, onde a mesma mergulha no meio delas. Até dei uma olhada para ver se não havia alguma banana madura nos pés, mas em vão....

 

Continuei seguindo e a partir desse ponto, a trilha chega ao topo e nivela, para alivio das pernas.....Ao lado direito, se ouvia uma grande queda que parecia ser uma cachu próxima, mas nada de trilha até ela. Fui seguindo em frente, onde a mesma passou a descer levemente até um pequeno vale, onde havia uma casa e 2 cães passaram a latir a minha presença. Infelizmente não vi ninguém na casa para pedir informações. Então, segui em frente.

 

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Após a exaustiva subida (mais por conta do forte calor), chega-se nesse ponto. Com sorte, pode-se conseguir uma banana num desses pés....... ::mmm:

 

15 minutos depois, agora em nível, cruzo com um riachinho (onde aproveito para abastecer meu cantil), e mais 10 minutos, com outro. As 11:30, chego ao que parece o final da trilha, em um sitio no meio do nada, no alto da serra, onde encontrei um senhor que me informou que o final da trilha era ali e que para frente não havia mais nada. Perguntei das cachoeiras e ele me disse que ali não tem cachoeira alguma, que eram lá para baixo, o que me gerou uma certa frustração, afinal, havia subido tudo aquilo e andado 1 hora desde a bifurcação que ignorei lá embaixo até ali. Bem, bora retornar tudo..... ::mmm:

 

Já era quase meio dia e eu ainda não havia chegado sequer na primeira cachoeira das 3 mapeadas, mas como não sou de voltar para casa sem ver nada, coloquei na cabeça que encontraria tais cachoeiras. E assim, após um breve pit stop para beber algo e descançar, retomei a pernada de volta até aquela bifurcação, afim de ver se é era a trilha que leva as cachoeiras. Afinal, ainda na estrada de terra, a info que me deram, é que as mesmas estavam perto, a cerca de 20 minutos de trilha. Valeu pelo mirante que me proporcionou uma vista bonita do vale do Rio do Azeite.

 

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Em uma casa a direita (esquerda se estiver subindo), com uma rede, sai uma discreta bifurcação que desce até essa pequena cachu sem nome.....

 

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Seguindo para direita da cachu e cruzando um trecho estreito desse rio alguns metros abaixo, se chega a outra cachu de outro rio descendo de outro canto da serra.

 

Água não é problema tanto nessa trilha, qto na outra, pois ambas cruzam vários riachinhos e afluentes....Em um trecho de subida erodita e qdo a trilha faz um zig zag da encosta da serra, uma discreta bifurcação a esquerda ao lado de uma casa sugere que pode ser ali o caminho para alguma cachu. Segui por ela e logo cai no rio, onde havia 2 pequenas cachoeiras. Pausa para cliques e apreciação, claro. Não eram as cachus do Salto e Escorrega, mas pelo menos fez valer a pena o tempo de caminhada na trilha.

 

Retomei o caminho de volta e logo me vi cruzando o enorme rio por uma discreta ponte feita com 2 troncos, onde reencontrei a bifurcação que havia desprezado as 13:28. Depois que adentrei nela, notei que seguia na direção desejada. Logo no começo, a picada passa ao lado de uma pequena area de reflorestamento com um grande morro de pés de banana a esquerda. Assim que passa por esse trecho, a picada mergulha na floresta logo a frente.

 

Assim que adentra na floresta, em poucos minutos cheguei a cachu do Salto as 13:35 para um merecido descanço e cliques. Voltei a trilha e vi que a mesma continuava rio acima, então, após mais 5 minutos de subida leve, cheguei a cachu do escorrega, que é uma bela cachoeira formada por um tobogan e uma poção natural.

 

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Cachoeira do Salto

 

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Piscina natural do rio

 

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Cachu do Escorrega

 

Não havia ninguém em nenhuma das 2 cachus, então, dono absoluto do lugar, estacionei ali e mandei ver uns sandubas e um belo sucão gelado afim de forrar o estomago, molhar a goela e comemorar o objetivo alcançado: mais 2 cachus que estavam mapeadas, desbravadas. As 2 cachus ficam a cerca de 20 minutos de caminhada do final da estrada de terra. Permaneci na cachu por cerca de 1 hora e iniciei o retorno para Sampa às 14:40, chegando na selva de pedra por volta das 17:00h.

 

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Piscina natural da cachu do escorrega

 

No final, o tiozinho que me deu a info estava certo. Ah, se ele tivesse me dito sobre a tal bifurcação. Mas valeu pela passeio de bosque, o pequeno mirante e as 2 cachus. Itariri de fato tem várias atrações naturais que valem muito a pena a visita. Além das cachoeiras, enormes e profundas piscinas naturais e poções são um convidativo para tchibuns nos dias quentes de verão.

 

A Serra do mar e seus braços, como a da Juréia, reserva muitas surpresas, com trocentas cachus selvagens escondidas em suas entranhas, mtas vezes facilmente acessíveis sem precisar passar pela chatisse da burocracia de parques e nem ter que agendar autorização por semanas nesses pseudos parques estaduais e nacionais. Afinal, só fica refém disso, quem quer.

 

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Como chegar a Itariri:

 

De Carro:

 

Partindo de São Paulo deve-se pegar a rodovia Regis Bittencourt (BR-116) ou a Imigrantes (SP-160). Depois siga pela Rodovia Padre Manuel da Nóbrega (SP-55) até o quilômetro 367, onde fica Itariri.

Distância da Capital (São Paulo): 154 Km

 

De ônibus:

 

Intersul Transporte e Turismo Ltda. Saídas da capital do Terminal Rodoviário da Barra Funda.

 

Mais informações sobre as cachoeiras e outros atrativos de Itariri

 

http://www.itariri.sp.gov.br/index/?page_id=12

 

-> Antes mesmo de entrar na cidade (vindo de Peruíbe), virar a segunda estradinha de terra a esquerda, perguntar por "Estrada do Azeite". Seguindo nela por 4km, vire na primeira ponte a direita e siga por um trecho calçado tb a direita, que irá passar por baixo de um pequeno rio e logo voltará a ser de terra...continue seguindo em frente e logo chegará a outro afluente do rio. Ao visualizar o rio e outra estradinha de terra vindo da direita, vire a esquerda e siga em direção da serra.

 

-> Com o rio a sua direita, vc começará a subir e logo a estradinha de terra terminará num sitio, onde se inicia as 2 trilhas. As trilha que vai para as cachoeiras é a da esquerda, antes do trecho que cruza um rio em uma ponte feita com troncos de madeira. Não tem erro, na dúvida, pergunte para os moradores do sitios próximos ao fim da estradinha sobre as cachoeiras.

 

-> O ponto de referência dessa trilha a esquerda é uma pequena area de reflorestamento e um morro onde olhando para cima, se visualiza uma plantação de bananas. Basta apenas seguir reto pela trilha até que ela mergulha na mata e passa a seguir o rio acima. Em poucos minutios, se chegará as 2 cachus. Sugiro que imprima a página onde está as fotos e os nomes das cachoeiras afim de ajudar na orientação. ::otemo::

Editado por Visitante
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  • 9 meses depois...
  • 1 ano depois...
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Itariri é formidável. Vou sempre que posso e até adquiri um pedacinho de terra lá. Pra quem quiser economizar a caminhada até as cachus do Salto e do Escorrega, tem as opções da Pedra da Moça, lugar que fica bem no começo da estrada, é demarcada por estar entre duas cercas sendo um bananal a direita e um pasto com algumas vacas e bois a esquerda. Lá você encontra um poço um tanto quanto fundo e se tiver chovido na cabeceira do rio fica impossível de entrar na agua pela força da correnteza. Mais a frente próximo da ponte pênsil (que foi levada pela cheia do rio em 2014) dá pra ficar na prainha, próxima de um quiosque. Fica o andendo de que no final de semana esses locais lotam de turistas que não respeitam o meio ambiente e estragam esses lugares. Por isso a prefeitura cobra uma taxa para veículos entrarem nessa estrada.

Vale muito a pena visitar, se alguém for numa segunda feira me mandem uma msg que eu vou junto!

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