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Colômbia (Bogotá, Medellin, Cartagena, San Andres, Zipaquirá) – 2 semanas


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Depois de três viagens seguidas para a Europa, era hora de retornar à América Latina. A ideia inicial era um tour por alguns países da América Central, mas os preços dos deslocamentos aéreos desmotivaram, e a opção pelos longos deslocamentos terrestres – dado o pouco tempo disponível – sepultaram a ideia.

 

Então pensei em Panamá e Colômbia. No fim das contas, acabei cortando o Panamá por conta dos absurdos custos de passagem aérea entre os dois países (dado que estamos falando de um voo de apenas 1 hora). Lendo vários bons relatos sobre a Colômbia aqui no mochileiros.com, montei um roteiro pelo país, que foi se modificando até o formato final.

 

Quando

Duas semanas, de 16 a 30 de Nov/2012

 

O roteiro

Dia 1 – (Rio) – Bogotá

Dia 2 - Bogotá

Dia 3 – Bogotá (voo à noite para Medellin)

Dia 4 - Medellin

Dia 5 – Medellin (voo à noite para Cartagena)

Dias 6-8 - Cartagena

Dia 9 – Cartagena – (voo à tarde para San Andres)

Dias 10-12– San Andres

Dia 13 – San Andres (voo à tarde para Bogotá)

Dia 14 – Bogotá/Zipaquirá (voo à noite para o Rio)

 

Leituras de viagem

- Muitos relatos do mochileiros.com

- Lonely Planet - Colômbia

- Wikitravel, blogs diversos

 

Onde ficamos

[cidade - lugar - valor diária]

Bogotá – Ibis – 71.400 COP

Medellin – Ibis – 71.200 COP

Cartagena – Casa Abril II – 130.000 COP

San Andres – El Viajero Hostel – 130.000 COP

Bogotá - Casa Bellavista Hostel – 70.000 COP

 

Em todos os lugares ficamos em quarto de casal com banheiro privado. Todos eles foram bons. Únicos “poréns” seriam o Casa Abril II, em Cartagena, porque a TV pifou na 3ª noite e não foi consertada nem na 4ª noite (felizmente não ligamos muito pra TV, mas é o tipo de coisa que deveria ter sido sanada) e o El Viajero, que achei o custo-benefício um tanto fraco.

 

Os Ibis foram reservados via Accor.com, e só fiquei no de Bogotá por conta de uma baita promoção de 40% de desconto para o feriado de 15/Nov. Os outros foram reservados via booking.com. Todos atenderam às expectativas.

 

Em Bogotá eu queria ficar mais próximo da Candelária, em Medellin o Ibis tinha um preço na mesma faixa de outras opções econômicas (então fui de Ibis mesmo), em Cartagena eu queria ficar dentro da cidade murada (mas não em Getsemani). Em San Andres eu tentei reservar uma das pousadas sugeridas por aqui (Cli’s, Mary Inn), mas a comunicação via e-mail era inexistente ou incrivelmente ruim (demorada e/ou sem responder ao que perguntei), então fechei com o El Viajero.

 

Os transportes entre cidades

[trecho / cia / custo por cabeça]

Rio – Bogotá / Avianca / 1.013 BRL

Bogotá – Medellin / Avianca / 137 COP

Medellin – Cartagena / Avianca / 135 COP

Cartagena – San Andres / Copa / 700 BRL

San Andres – Bogotá / Copa / 690 BRL

Bogotá – Rio / Avianca / 1.013 BRL

 

O trecho Rio – Bogotá – Rio nós compramos numa promoção que descobrimos via Melhores Destinos. Infelizmente tivemos de cortar dois dias da viagem para atender ao período da promoção (e pagar metade do preço!). Os trechos internos da Copa nós compramos logo a seguir. Aí, cismado com os preços altos do site brasileiro da Avianca, fui checar o site colombiano deles. Resultado: cheio de promoções! Comprei lá os outros trechos internos.

 

Relato

 

Dia 1 – Bogotá

O vôo da Avianca atrasou um pouco, mas achei o serviço muito bom. Chegando em Bogotá, pegamos o taxi conforme instruções prévias: guichê indicando para onde iríamos, tripinha impressa com o valor a pagar (21 COP até o Ibis) e pronto. Assim fomos.

 

Largamos as coisas no Ibis e fomos explorar a cidade naquele fim de tarde. Caminhamos em direção à Candelária pela Carrera 7, que estava fechada para carros em boa parte do trajeto.

 

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Plaza Bolivar

 

Entramos em algumas igrejas no caminho, com destaque para a de Igreja de São Francisco. Passeamos pela Plaza Bolivar (bela, mas achei bem degradada, sobretudo pelas pichações nos monumentos), demos a volta no Palácio Presidencial – estava rolando alguma parada, que eu acho que era a troca de guarda, bem interessante.

 

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Desfile militar nos arredores do Palácio Presidencial

 

Seguindo nosso passeio sem roteiro pela Candelária, chegamos na região cultural na Calle 11. Entramos no Museo Botero (grátis). Achei sensacional, adoro Botero! Logo do lado tem a Casa de La Moneda (grátis), onde apenas passamos rapidamente.

 

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Museu Botero -- lá pode fotografar!

 

Já á noite noite, fomos ao Bogotá Beer Company na Carrera 4 pra fechar. Experimentamos todos os tipos disponíveis, gostamos de vários.

 

 

Dia 2 – Bogotá

Era dia de irmos ao Cerro Montserrat. Subida custa 7.700. Compramos só de ida, porque a ideia era descer a pé. Passeamos por tudo lá em cima. Boas vistas panorâmicas da cidade. Muita gente subindo a pé, parece ser local de exercício dos locais, ao menos nos fins de semana.

 

Os locais de lanche que ficam no final, depois das lojinhas, são incrivelmente caros – mais até que as lanchonetes ao lado das estações! Para piorar, comemos uma arepa com queijo que foi a pior (e mais cara) de toda a viagem.

 

Li muita gente falando que é necessário levar um casado, que lá faz frio e tal. É verdade, a temperatura é ainda mais baixa que no centro da cidade. Ainda assim, o casaco fica a critério de cada um. Em toda a viagem, só usei casaco quando choveu.

 

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Vista do alto do Cerro Montserrat (repare a chegada do caminho de pedestres no canto)

 

Descemos o cerro a pé mesmo. São uns 2 km, ótimos para testar a resistência dos joelhos, eheheheh. Acho, sinceramente, que é melhor subir do que descer.

 

A seguir passamos na Quinta de Bolivar, que estava em reforma e, portanto, nada nos cobrou para entrar. Também não havia muito o que ver, a não ser pelos jardins.

 

Começou a chover, então seguimos rapidamente para o Museo de Oro (3 COP), que é qualquer coisa de extraordinário! Enorme, um baita acervo, você pode passar horas e horas lá dentro, se for do seu interesse e se tiver disposição. Para nós, pouco mais de uma horinha já bastou.

 

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Museo de Oro

 

Retornamos à Plaza Bolivar, entramos na Catedral – tinha muito, mas muito cocô de pombo na fachada, não sei porque aqueles lances anti-pombos que vejo em todo canto da Europa não pegam por aqui. Entramos também na Igreja de Santa Fé (2 COP, única igreja paga na cidade), que tem um lindíssimo interior.

 

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O belo interior da Igreja de Santa Fé

 

Em seguida fomos conhecer o Museu da Policia (grátis), que era recomendado em vários cantos. Mas não achei lá tão interessante assim, talvez por conta da expectativa criada. De qualquer forma, o interior do prédio é interessante.

 

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Dentro do Museu da Polícia

 

Fomos então para a Zona Rosa, calle 82, sob chuva. (15 COP de taxi). Katia queria ver uma loja específica (!!), e queríamos também jantar no André Carne de Res. Assim fizemos.

 

O Andre Carne de Res é bem interessante. É caro em relação a outros preços que vi na Colômbia, mas num patamar relativamente semelhante a muito restaurante que vejo por aqui no Rio. Comida muito boa. Cardápio parece um relatório de tão longo. Cerveja muito cara (na faixa de 10 COP as comuns locais; consumi apenas a cerveja da casa).

 

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Andre Carne de Res

 

De lá fomos tomar saideiras no Palos de Moguer, outra cervejaria local de Bogotá, que fica nos arredores do Clube Andino. Gostei mais das cervejas do BBC.

 

Pegamos um taxi para hotel (10 COP), mas paramos antes porque vimos, no caminho uma decoração natalina muito maneira num parque. Era o Parque Nacional Metropolitano, conforme o taxista nos falou. Fomos lá mesmo debaixo de chuva. Parque vaziaço, bem ermo, e os dois turistas lá fotografando decoração sob chuva. Mas o efeito da chuva era bem bacana.

 

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Enfeites natalinos noturnos no Parque Nacional

 

 

Dia 3 – Bogotá

Fizemos check-out e fomos conferir a feira de domingo de Usaquen. 20 COP de taxi até lá. Chegamos cedo, umas 9hs, ainda tava meio que começando. E começando lentamente, porque tava chovendo. Passeamos nos arredores (bairro bem legal!), tomamos café da manhã na feirinha, com direito a deliciosas empanadas (cafés + empanadas na feirinha custaram menos que uma arepa do Cerro Monserrat!), e seguimos nosso roteiro. Fomos descendo as ruas em direção à Zona T, longa caminhada.

 

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Feira de domingo de Usaquen, ainda cedo pela manhã, começando...

 

Passamos pela Hacienda de Sta Bárbara, que foi uma antiga fazenda e hoje é apenas um shopping. Demos apenas um tempo (tava tudo fechado naquela hora da manhã) para a chuva diminuir e seguirmos nossa caminhada. Passamos por algumas agradáveis áreas residenciais nos arredores da Hacienda.

 

Tava rolando corrida de rua de lá, com a Carrera 7 fechada e áreas delimitadas para bicicleta em alguns cantos – bem parecido com o que rola em São Paulo em domingos e feriados, com uma galera responsável pela sinalização para carros e ciclistas.

 

Depois de longa caminhada, chegamos ao Parque Museo Chicó, bem legal, mas com o museu fechado no domingo.

 

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Museu Chicó

 

Segumos para o Parque de La 93, área nobre de bares e restaurantes, uma praça bacana e limpa. Descemos para a Zona Rosa/Zona T passando por áreas residenciais bem maneiras. Demos uma pausa para recarga num pub estilo irlandês a Zona T, mas que servia BBC.

 

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A Zona T, duas ruas cheias para pedestres que se cruzam, formando um T

 

Pegamos um taxi (12 COP) para a Torre Colpatria (3,5 COP). Não tinha quase ninguém. Belas vistas, bem bacana. Felizmente tinha parado de chover (choveu acho que toda a manhã)!

 

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Do alto da torre colpatria

 

Passamos pelo Parque Independência e seguimos para conhecer a Plaza de Toros. Não estava oficialmente aberto, ao que tudo indica. Mas tinha uma galera do Bogotá Bike Tours lá dentro. Perguntei ao segurança se podíamos entrar e ele disse que sim. E então ouvi uma frase que mais tarde ouviria outras vezes na viagem: “La propina para mi es voluntaria” Entendido? :)

 

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Plaza de Toros

 

Lá dentro é bem legal, mesmo para quem não curte touradas (nosso caso).

 

Seguimos para a nossa última atração antes de pegar o voo para Medellin, o Museo Nacional. Achei o museu espetacular para quem se interessa pela história colombiana e/ou latino americana. Era domingo, a entrada foi grátis.

 

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Corredores do Museo Nacional

 

Almojanta na região gastronômica da La Macarena, que fica perto do Ibis. Tinha um BBC lá, mas optamos por comer num mexicano, La Verdad. Achei meio mais ou menos. Pegamos taxi no Ibis para o aeroporto (25 COP).

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Na chegada em Medellin, rola o esquema descrito aqui. De fato, sai bem mais barato o esquema de busum pra cidade. Além dele, existe sim o taxi compartilhado – mas você precisa verificar a questão de destino comum. Até tentamos, mas tava demorando a sair e acabamos optando mesmo pelo esquema patrão, já era tarde da noite. Facada de 58 COP (tarifa fechada) até o Ibis, menos de 1h até lá. Fui trocando ideia com o taxista, basicamente sobre a fama de Medellin – que até hoje está nas cabeças de muita gente pelo mundo afora – e o fato de hoje a cidade ser modelo para o Rio de Janeiro em termos de transporte e atendimento à população.

 

No Ibis apenas tomamos umas cervejas no hotel mesmo, só pra celebrar a chegada à cidade.

 

Dia 4 – Medellin

Acordamos cedo e fomos explorar a cidade. A ideia era sair andando até o centro da cidade, percorrendo alguns roteiros que eu tinha impresso. Isso revelou-se um erro: em Medellin, é melhor pegar um transporte a fazer longas caminhadas pela cidade. Do Ibis até o centro passamos por um monte de áreas nada a ver (região de oficinas de carro!). Veja bem, não eram áreas inseguras, estávamos bem tranquilos. Mas eram áreas de atração e interesse absolutamente ZERO! Enfim, chegamos à Plaza Mayor e a coisa melhorou.

 

Na Plaza Mayor paramos num balcão de informações turísticas para pegarmos um mapa e fomos recebidos de forma extraordinária por uma menina, que nos explicou tudo o que precisávamos e muito mais. Nota dez mesmo, recomendadíssima.

 

Dali, de mapa nas mãos, seguimos para o Parque dos pés descalços, uma área com areia reservada para a galera andar sem sapatos – mas que infelizmente estava em manutenção. Parece legal. Fica na região que tem o prédio inteligente que controle (quase todos?) os serviços públicos da cidade.

 

Seguimos para a Plaza Cisneiros e a rua de pedestres (Carabobo, se não me engano). Muita muvuca, muito comércio de rua, bem Saara (RJ), 25 de março (SP) e afins.

 

Passamos pelo famoso monumento “La Gorda” no Parque Berrio e chegamos na Plaza Botero, um lugar muito maneiro. Diversas obras do Botero espalhadas pela praça, com a galera curtindo de várias formas. Passamos um bom tempo lá e depois entramos no Museu Antioquia (10 COP), também muito maneiro – sobretudo pelas obras do Botero. É lá que está o (último?) quadro que ele pintou e o famoso quadro retratando a morte de Pablo Escobar.

 

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Pablo Escobar morto, na obra de Botero -- Museo de Antioquia

 

Uma coisa interessante da Plaza Botero é que, num canto dela, onde há inclusive alguns hotéis guerreiros, é meio que uma zona de prostituição de muito baixo nível, tipo Praça Tiradentes, no Rio. Não é uma zona degradada, todos convivem numa boa, ao menos naquelas horas matinais em que estivemos por lá.

 

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Vista geral da Plaza Botero

 

Depois do museu, pegamos o metrô. A catedral estava na lista para conhecermos, mas como entramos em algumas igrejas nos arredores do Parque Berrio e não achamos nada muito interessante, optemos por pular. Fomos direto para o Jardim Botânico. Paramos num café logo na entrada para recarga, e depois fomos passear pelo Jardim Botânico (grátis). Muito legal, havia algumas peças de arte espalhadas, acho que por conta do Natal. Deve ser bem bonito à noite, quando elas ficam iluminadas. Havia também um pequeno mariposário e uma estrutura enorme, que eles chamam de orquideorama. Tudo bem legal.

 

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Jardim Botânico Joaquin Antonio Uribe

 

Voltamos ao metrô novamente, a ideia era conectar com o ônibus e ir para o Cerro Nutibara. Só que, para isso, precisávamos ter o “Passe Cívico”, que é um cartão magnético que permite essas transferências entre metrô e ônibus. Legal que o cara do metrô fez para a gente com os números dos nossos passaportes (!!). Com o Passe Cívico (ou tarjeta cívica, algo assim) você inclusive paga menos por passagem e é grátis fazê-lo. Fica a dica para quem for usar o transporte público em Medellin.

 

Fizemos o esquema metrô + ônibus e descemos perto do Cerro. Subimos a pé. Estava calor, era meio de tarde, mas a subida é rápida. O Cerro tem uma ampla área com boas vistas de cidade e tem também o Pueblito Paisa, uma pequena área que remonta uma época mais antiga. É bacaninha, visita rápida. Há também um pequeno museu da cidade (grátis).

 

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Vista do Pueblito Paisa, no Cerro Nutibara

 

Descemos o cerro pela trilha das esculturas (não achei grande coisa) e saímos em outro lado. Queríamos ir na cervejaria artesanal Três Cordilleras, que eu tinha visto no site que fazia visitas guiadas com provas e etc. Depois de andar novamente por áreas nada a ver, pegamos um taxi, que nos deixou na cervejaria (taxi lá é bem barato, vale a pena também; além de não ter a paranoia de Bogotá -- ou seja, você pode pegar um tranquilamente na rua mesmo).

 

Chegando na cervejaria, eis que somos informados de que naquele dia ela estava aberta, mas somente para um evento de um grupo fechado. Nada de visita guiada, nem mesmo provar as cervejas. Enfraqueceu.

 

Já era fim de tarde, então embicamos para El Poblado, especificamente no Parque Las Lleras, o centro gastronômico da área. Andamos um pouco novamente naquela região bizarra (bizarra para turistas, que fique claro) de oficinas, pegamos um taxi e, meros 6 COP depois, estávamos no Las Lleras.

 

Assim que chegamos na praça, nos deparamos com o Medellin Beer Factory, lugar que eu tinha listado para provar cervejas locais. Paramos lá para curtir o fim de tarde e relaxar. Lá tinha as cervejas Apóstol e também a Tres Cordilleras, ambas da região.

 

Depois da pausa, andamos um pouco pelos arredores e logo escolhemos onde jantar: onde havia bandeja paisa, o prato pesadão local. Foi na praça mesmo, numa esquina. Um preço razoável (menos de 20 COP) e saboroso. Só não me lembro do nome, mas era um restaurante de comida colombiana.

 

Dia 5 – Medellin

Fizemos o check out logo cedo, largamos as mochilas e nos mandamos em direção ao metrô. A ideia era pegar o metrocable e seguir até o Parque Arvi. A conexão metrô + metrocable é gratuita, mas só foi possível graças ao nosso Passe Cívico.

 

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Na estação do metrocable

 

O esquema do metrocable serviu de exemplo para o Rio de Janeiro. De fato, atende uma enorme favela (a que era do Escobar!) – mas há uma diferença: na de lá, os carros chegam até bem alto, ela me pareceu bem melhor planejada/desenhada que as favelas cariocas.

 

Ao fim do metrocable, compramos a passagem para o outro teleférico (4 COP), que nos deixaria no Parque Arvi. E assim fomos. A maior paz no caminho, era cedo de manhã e havia praticamente ninguém indo! O trajeto é bem legal. Depois da favela, vem uma enorme área verde e o teleférico vai praticamente na horizontal.

 

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Subindo a favela de metrocable...

 

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...depois de um tempo o panorama se altera e o teleférico vai praticamente na horizontal sobre uma área verde

 

Chegando ao Arvi, você é recebido por monitores que lhe repassam rapidamente informações e orientações (com mapa) sobre o parque. Você pode escolher inclusive alguma(s) trilha(s) guiada(s) para fazer, dependendo, claro, do seu interesse, tempo e horários de saída. Tudo é grátis!

 

Há um pequeno mercado local, ao ar livre, com produtos locais a bons preços. Tomamos um café da manhã por lá (1 COP), com frutas locais (copinho de uchuva a 1 COP) e água (2 COP).

 

Escolhemos a primeira trilha guiada que sairia em poucos minutos, a “trilha da flora”, mais para sentir o lugar. Foi interessante, durou cerca de uma hora.

 

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Trilha guiada no Parque Arvi

 

No fim da manhã, pegamos o transporte de volta (teleférico, metrocable, metrô) para nossa segunda parada do dia, o Parque Explora. Antes, aproveitamos para experimentar um Buñuelo numa lanchonete por meros 1,3 COP por um par! Saboroso. Foi nosso almoço. :)

 

O Parque Explora (18 COP) é programa para horas, muito legal. Eu esperava algo do tipo Museu de Ciências e Tecnologia, de Porto Alegre, que é espetacular. O Explora é na mesma linha, bem parecido. Com um diferencial: tem um aquário que é muito maneiro! E vários monitores dispostos a nos ajudar quando não entendemos bulhufas do que se tratam as paradas que manuseamos. Passamos a tarde toda lá (quase 4 horas!) e retornamos ao hotel para seguir viagem. Antes, paramos para recarga num barzinho ao lado.

 

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Parque Explora

 

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Dentro do Explora, dentre várias outras atrações, vc tem um belíssimo aquário...

 

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...e tb uma interessante área externa.

 

O taxi do Ibis para o Aeroporto era a mesma facada da vinda, na faixa de 60 COP. Até pesquisei com outros taxistas, mas eles sempre falavam em tarifa fechada de 58 COP. Assim fomos. Em uma hora estávamos no Aeroporto Internacional de Rio Negro, seguindo viagem para Cartagena.

 

Geral sobre Medellin: acho que (turisticamente falando, e a não ser que você fique hospedado no centro) não vale a pena fazer longas caminhadas pela cidade, melhor pegar o ótimo transporte público (sobretudo o metrô, que é conectado com ônibus e metrocable) ou os taxis, que são bem baratos (e não tem aquela paranoia de Bogotá).

 

Na estação Universidade você tem logo ao lado o Parque Explora, o Jardim Botânico e o Planetário – essas três atrações são praticamente um programa de dia inteiro. Da estação Industriales você anda alguma coisa e chega ao Cerro Nutibara. Na estação Parque Berrio, você está ao lado da Plaza Botero e Museu de Antioquia. Fora isso, vale tomar o Metrocable (que também é conectado ao metrô) e seguir até o Parque Arvi.

 

Parque Lleras é um ótimo lugar para comer e/ou beber (talvez tenha lojas também, mas esse não é meu foco de viagem, nem vi).

 

Achei muito interessante o desenvolvimento da cidade e o investimento na divulgação turística, sobretudo se compararmos com o que a maioria das pessoas ainda tem na cabeça quando se fala em Medellin.

 

Se eu tivesse mais dois dias, teria ido a Guatapé e Santa Fé de Antioquia – aliás, era o que eu faria se não tivesse cortado dois dias da viagem.

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cla0608,

Obrigado.

Guatapé ficou para uma próxima vez -- sempre gosto de deixar algum coisa para uma próxima vez. :)

 

samucabh_67,

Obrigado.

A cotação estava na faixa de 1.800 COP/USD. Foi essa a cotação que vi nas casas de câmbio de Bogotá e de Cartagena. No aeroporto de Bogotá estava mais baixa (1.740 COP, se não me engano), na do aerporto de Medellin, por incrível que pareça, estava mais alta (1.860 COP, se não me engano).

[atentar que os valores que coloquei no post estão na casa do milhar, ou seja 1 COP = 1.000 COP na realidade]

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Cartagena de Indias

 

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Para ler o post sobre Cartagena no blog da Katia, com muito mais (muito mais mesmo!) fotos, clique aqui.

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Chegando em Cartagena, logo vimos que o aeroporto está em obras – a coisa parecia meio caótica. Eu tinha informações (que me parecem um tanto defasadas) de que a tarifa do taxi até o centro deveria ser negociada. Até comecei uma parada dessas, mas o taxista foi enfático, dizendo que a tarifa fixa era aquela mesmo: 10 COP. O valor estava dentro do esperado, então fomos. Depois verifiquei que é isso mesmo, ao menos naquele trajeto. Não peguei taxi em Cartagena para outros cantos.

 

Já era tarde da noite, mas tava MUITO calor em Cartagena. Completamente diferente do friozinho de Bogotá. Felizmente nossa pousada tinha ar condicionado – algo imprescindível por lá! Largamos as mochilas lá e saímos para reconhecer a cidade, mesmo tarde da noite. Uma delícia andar por aquelas ruas. Passeamos um pouco, fomos na famosa Praça Santo Domingo (bem cheia) e nas outras praças menores. Basicamente somente Centro e San Diego.

 

Arranjamos um lugar para jantar, mas que não foi legal (o pior da viagem), então passamos numa pizzaria pertinho da pousada, bem na praça, para melhorar o astral gastronômico, eheheheh. Dormimos bem tarde, mas empolgadíssimos com a beleza da cidade.

 

Dia 6 – Cartagena

Agora tinha café-da-manhã incluso. E tinha arepa com ovo, uma coisa típica da cidade! Pareceu mais uma empanada com ovo, mas tava na boa. Comi uma todos os dias. Fora isso, o café era simples. E o hotel parecia tomado de brasileiros, acho que todos via booking.com.

 

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Tiramos o dia para passear exclusivamente dentro da cidade amuralhada, explorar todo e qualquer canto, sem grandes compromissos. Passeamos pelas muralhas e por praticamente todas as ruas do Centro e San Diego. Muitas paradas para admirar o visual! Encontramos um carro do google street view passeando pela cidade – a Colômbia não estava mapeada até nossa viagem!

 

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Descemos para conhecer os bairros de Getsemani e La Matuna, que realmente são áreas bem menos interessantes turisticamente.

 

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Na famosa Calle de Media Luna, em Getsemani, há vários hotéis e albergues a preços baixos. A competição é grande, os preços ficam expostos. A rua é bem barulhenta (é via principal de carros), mas com muita opção de hospedagem para a galera de orçamento mais baixo e alguns bares.

 

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Retornamos para a região central e demos uma pausa na Praça de Santo Domingo para recarga. Tomamos um caríssimo mojito (17 COP!!) na Bodeguita Del Medio, só pra curtir o momento e lugar mesmo. Depois catamos a cerveja mais em conta da praça para pararmos por um tempo maior. Ahahaha, os preços vão de 7 até 4 COP, portanto pesquise. Um monte de gente vai te atraindo para o bar deles. Como só queria sentar e tomar umas cervejas, escolhemos a que nos ofereceu por 4 pratas (que, ainda assim, é um preço alto – mas naquela praça dificilmente sairá por menos).

 

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Depois da pausa, começamos a entrar em lugares. Primeira entrada foi na Igreja e Convento de San Pedro Claver (6 COP). Muito interessante, interior bem bacana. Tem os lugares em que o santo viveu e conta a história dele. Tem também exposições de arte (do Haiti!) e a igreja em si (que, fica a dica, pode ser visitada gratuitamente durante as missas -- antes e depois do horário de vigência da entrada turística do complexo Convento/Igreja.

 

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Fomos para o Palácio da Inquisição + Museu de Cartagena (14 COP). O interior do prédio é bem interessante, e achei que a seção dedicada às torturas dos tempos de Inquisição é o principal do complexo.

 

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No fim da tarde fomos ao muelle para ver o esquema dos barcos para o passeio às Islas Del Rosario e Playa Blanca. De fato, vem um monte de gente te oferecer o passeio. Declinei de todos e vi que você acerta a parada no muelle mesmo, em pequenos stands virados para fora. É bom pesquisar e negociar, porque mais tarde vi que teve gente que pagou mais e menos do que nós! Aliás, no dia nos foi dito que o passeio de lancha rápida sairia por 50 COP e no dia seguinte, no mesmo lugar e com a mesma pessoa, pagamos 45 COP!

 

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Bastante cansados, voltamos ao centro e paramos no El Bistro para relaxar. Era happy hour, cerveja tava mais em conta. Gostamos do lugar (tem bastante estrangeiro, o lugar é de um alemão), acabamos ficando para a janta. Preços aceitáveis (na faixa de 20 COP por prato). Pratos bem saborosos – Katia disse que o dela foi das melhores coisas que ela já comeu.

 

Ainda demos uma longa caminhada pela muralha antes de voltar e finalmente chapar na cama.

 

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Dia 7 – Cartagena – Islas Del Rosário e Playa Blanca

Fomos cedo ao muelle (acho que talvez não precisasse, acabamos esperando um bom tempo até a saída do barco). Como falei antes, no dia anterior o preço que nos foi informado era de 50 COP, na hora nos cobraram 45 COP (almoço – simples, honesto -- incluso). Mas ouvi gente que pagou 40, 60, e por aí vai. Ou seja, pesquise. O importante, do meu ponto de vista, é pegar a lancha rápida, pra perder menos tempo. Mas prepare-se, porque a parada é com emoção. A lancha vai quicando na água, e cada quique não é exatamente confortável (dica: para menos solavancos, fique no fundo da embarcação). Eu não senti qualquer enjoo (o barco parado, para mim, é até pior nesse sentido).

 

Ao longo do trajeto, o tempo foi fechando, fechando, fechando... E a lancha quicando na água... Até que, logo depois de deixar uma galera direto na Playa Blanca, a chuva desceu. Felizmente não foi grande problema.

 

Chegando na Isla Del Rosário (na verdade, numa das ilhas), você tem a opção de ir no Oceanário (20 COP) ou de fazer snorkel (25COP pelo aluguel do equipamento). Já estávamos bem de aquário depois do Explora em Medellin e tínhamos ótimas referências (daqui do mochileiros mesmo) do snorkel. Fomos de snorkel (fica a dica: 25 COP é o preço de um snorkel novo! Compre um antes de fazer esse passeio; fiz isso somente em San Andres).

 

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Chegando na Isla Del Rosario

 

Eu, que não sou mergulhador e não estou habituado a isso, adorei o mergulho. Peixes, corais (vimos até aranhas e lacraias – sejam quais forem seus nomes no ambiente marinho :) -- nos corais), tudo uma maravilha. Se houvesse sol, certamente seria ainda melhor, mas felizmente não estava chovendo. Você mergulha com colete salva-vidas – facilita as coisas, você não fica cansado --, mas fica a seu critério largar a coisa e mergulhar fundo. A coisa toda dura mais ou menos uma hora. Passa muito rápido, é muito legal.

 

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Chegando na Playa Blanca (Isla Baru)

 

Fizemos uma breve parada no Oceanário, mais para a galera embarcar e comprarmos alguma coisa pra beber. O barco seguiu para a Playa Blanca. Chegando lá, logo nos foi servido o almoço (peixe ou frango, com arroz caribenho), incluso no preço. Honesto, com direito a um copinho de refrigerante. E a cerveja na praia tem preço incrivelmente justo (3 COP)!

 

Se você quiser alugar uma barraca/cadeira, melhor negociar e verificar ao longo da praia, ouvimos ofertas diversas. Mas queríamos andar, preferencialmente para o lado direito (de quem olha para o mar), que era onde havia menos gente. Teríamos algumas poucas horas para curtir o lugar, então fomos para lá. O tempo deu uma boa trégua, até com alguns focos de sol saindo. Curtimos bastante toda aquela beleza de praia.

 

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Voltando para Cartagena

 

De volta à cidade, passeamos pelas muralhas admirando o por do sol e a bela noite de Cartagena. Deu vontade de comer fast food, então passamos no El Corral. Muito bom!

 

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Dia 8 – Cartagena

Tiramos a manhã para conhecer o bairro de Bocagrande. Já tinha dicas de outros mochileiros sobre o lugar (por exemplo, o assédio incessante na praia) e já sabia antecipadamente que a praia não era grande coisa. Foi exatamente assim.

 

Interessante foi ver como o mar invade as ruas. Várias partes alagadas no caminho do centro histórico até lá. Não há contenção, pelo contrário: há ligação entre o mar e as ruas (!!).

 

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A caminho de Bocagrande

 

A praia é conforme o esperado: areia preta, meio Miami, muita gente vendendo coisa. Não achei atraente, mas não esperava coisa diferente. Passeamos pela praia, voltamos pela rua principal de dentro e demos uma parada no Café Juan Valdez, para finalmente conhecermos o tradicional (e ótimo) café. Voltamos à praia, demos uma parada para observar geral e tomar umas Águilas e seguir de volta ao centro histórico.

 

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Lá, entramos rapidamente no Museu do Ouro (é grátis e tem banheiro!) e seguimos para o Castelo de San Felipe (17 COP).

 

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Museu do Ouro, de Cartagena – interessante, porém bem menor que o de Bogotá

 

A vista do Castelo de San Felipe é muito maneira, além de ser um barato andar por ele e percorrer seus túneis (tem um que vai descendo até chegar numa parte que fica coberta de água). Entretanto, é a atração mais cara da cidade e não tem absolutamente NENHUMA informação. Nenhuma placa, nenhum mapinha, nada. Se você quiser saber alguma coisa, tem de pagar por um audioguide (10 COP) ou entrar num grupo guiado. Uma pena.

 

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Do alto do castelo

 

De volta à cidade, aproveitamos o meio da tarde para almojantarmos no La Mulata, talvez o melhor custo-benefício que encontramos na cidade. Depois disso, ficamos apenas passeando pela cidade e pela muralha. Paramos num bar para recarga e começou uma briga (não física, era uma forte discussão) na rua. Maior galera ao redor e uma meia dúzia de policiais – que não conseguiam mediar o conflito! A coisa se resolveu em cerca de 10 minutos.

 

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Era nossa última noite na cidade, nos demos ao luxo de irmos no Café Del Mar tomar um drinque para celebrar a bela Cartagena e curtir o momento. O visual de lá é mesmo muito maneiro, mas você pode curtir tranquilamente comprando sua cerveja dos ambulantes e ficar na mureta. Muita gente faz isso, nós mesmos fizemos algumas vezes nos dias anteriores. Demos uma longa caminhada noturna de despedida pela muralha.

 

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Para fechar a noite, fomos na pizzaria perto do hotel, a mesma que nos salvou na primeira noite.

 

 

Dia 9 – Cartagena

Era dia de despedida da cidade, tínhamos a manhã livre. Muito calor. Saímos para caminhar pela cidade.

 

Entramos nas duas atrações que faltavam conhecer, a Igreja de Santo Domingo e a Catedral (conseguimos um pacote para as duas por 18 COP). Ambas são interessantes e o ingresso já dá direito ao auioguide.

 

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Dentro da Igreja de Santo Domingo

 

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Dentro da Catedral de Cartagena

 

Fomos para o Aeroporto pegar o voo para San Andres.

 

Geral sobre Cartagena:

- Achei as atrações (igrejas, museus) mais caras do que nas outras cidades. Mas o melhor de Cartagena é curtir as ruas.

- Gabriel Garcia Marquez me fez muita falta. Já li 3 livros dele e, infelizmente, não é a minha praia (só me lembro de ter gostado do livro sobre o Miguel Littin). Mas consta que Cartagena é a cidade mais destacada nos livros do mestre colombiano. Seguramente é uma viagem mais completa para leitores dele.

- Foi raro achar lixeiras nas ruas da cidade amuralhada.

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San Andres

Para entrar na ilha você tem de comprar, antecipadamente, a sua carta de turista. É uma forma de controle de entrada e saída na ilha (e, claro, uma forma de arrecadar), já que há um problema migratório interno. A carta custou 45,6 COP para cada um. Eu sabia disso, mas achava que era somente na chegada à ilha. Não é, você precisa providenciar isso antes do check-in no aeroporto, no nosso caso havia um policial antes da fila que era o responsável pela emissão da carta. Ninguém informou isso antes de chegarmos no balcão da cia., então tivemos de ir, voltar e ir. Aquela coisa.

 

Na chegada a San Andres, rola ainda uma “imigração”. Meio surreal ter isso dentro do mesmo país, mas é assim. Levou uma meia hora de fila (!!) pra isso. Pelo menos a galera que atende é simpática. Importante: mantenha seu papel de turista (você receberá um na entrada) até a sua saída da ilha.

 

Fomos andando do aeroporto até o albergue El Viajero. Coisa de 10 minutos. É raríssimo você andar de qualquer aeroporto para qualquer hotel, ahahaha, achei um barato! Na verdade, se você está de mochila, acho que dá pra andar do aeroporto pra qualquer lugar do chamado centro da ilha. É tudo perto.

 

Feito o check-in e largadas as mochilas, fomos passear pelo centro no que nos restava do dia. Tava ventando MUITO, além de estar bem nublado (nublado foi praticamente o tempo padrão em toda nossa viagem!).

 

A praia central, também chamada de Sprat Bright, talvez seja a mais bonita da ilha. De cara você já vê as cores diversas, características do mar caribenho + corais. Mesmo com a ventania e o céu nublado, as cores estão lá. E, mesmo com aquele tempo, tinha a maior galera curtindo a praia, nadando e tudo mais.

 

Passeamos por quase todo o centro, jantamos, compramos nosso snorkel (25 COP) e fomos dormir.

 

 

Dia 10 – San Andres

 

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Para ler a postagem sobre San Andres no blog da Kátia, com muito mais fotos, clique aqui.

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A ideia era fazer o passeio a Johnny Cay + Acuario, mas logo pela manhã soubemos que Johnny Cay tava fechado. Na verdade, estava fechado há dias, semanas, por conta dos ventos. De fato, ventou muito durante toda a noite.

 

Então, fomos ao Acuario (10 COP). A saída é do Muelle de La Casa de Cultura. Maior galera por lá – pelo visto era a única atração de barco aberta! Enquanto esperávamos, compramos sapatilhas “de mergulho” (10 COP), vimos o sol abrir um pouquinho e a chuva cair, também um pouquinho. Chegando no Acuario, a maior galera lá, num curto espaço de areia + quiosques. E, pra piorar, a chuva desabou assim que desembarcamos.

 

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Chegando ao Acuario

 

Fomos para Haynes Cay, ilhota que fica logo ao lado e que parecia estar mais vazia. De fato, não tinha quase ninguém por lá. Demos uma volta na ilha, a chuva parou, e começamos a curtir. Tomamos uma cervejas (em San Andres é normal a cerveja importada ser mais barata que a nacional!) e batemos um bom papo com um cara bem gente boa de um dos quiosques. Mergulhei um pouco, mas lá não tem peixes, então logo retornamos ao Acuario.

 

Lá sim, tem peixe pra caramba! Muitos! Mesmo com um monte de gente, os peixinhos ficam por lá, sempre perto das pedras. Não é á toa que o lugar se chama Acuario (embora pareça óbvio, claro), é muito legal – lembrando que eu não sou mergulhador e que não estou acostumado a toda aquela beleza. Mesmo com as tais sapatilhas de mergulho, escorreguei e tomei um belo estabaco nas pedras. Doeu pacas na hora, e o que eu mais torcia era para que não tivesse rasgado a perna (o que poderia significar o fim adiantado das férias). Felizmente, quando tirei a perna da água, vi que foram apenas alguns arranhões e pequenos cortes. Fica a dica: muito cuidado nas pedras, evite andar sobre elas.

 

Curtimos muito o lugar! Não choveu mais, mas o tempo permaneceu nubladaço.

 

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A galera curtindo o aquário natural

 

Voltamos no começo da tarde e decidimos alugar um carrinho de golf para percorrer a ilha.

 

Quando estive em Santorini, na Grécia, eu quis alugar um ATV para andar por lá, mas me disseram que não era possível alugar sem eu ter carteira de motorista (não tinha levado a minha). Dessa vez eu levei. E ninguém pediu, ahahahaha! Aliás, nem passaporte pedem. Apenas perguntam o nome, onde estou hospedado, pagar adiantado e pronto, toma a chave. :)

 

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No carrinho de golfe

 

Fechei em 50 COP pelo resto do dia. Paramos na praia de cocoplum, uma praia calma com a ilhota Rocky Cay, logo à frente e o famoso navio naufragado. Andamos um pouco pela praia e retornamos ao carrinho para seguir o passeio pela ilha. La Piscinta estava fechada, com plaquinha de “não trabalhamos aos domingos” (!!). Hã??

 

West View até estava aberto, mas a moça da entrada informava que não podia mergulhar. Não entramos. Fomos até a Caverna do Morgan, curtindo a ilha e os belos visuais. Dar a volta (não necessariamente completa) na ilha é um passeio bem legal. De lá, retornamos, curtindo a orla.

 

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Dando uma volta pela ilha

 

O Hoyo Soplador era o único lugar cheio de gente. E cheio do que me pareceram ser flanelinhas (!!). Passamos batidos.

 

Paramos num restaurante (El Paraiso) na praia de San Luis para curtir um pouco o lugar. Depois paramos na Cocoplum novamente, onde ficamos curtindo até o fim da tarde. Devolvemos o carrinho umas 18hs.

 

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Rocky Cay, parada final do dia

 

Naquela noite fomos jantar num restaurante todo enfeitado de anos 80, Interstate 80s. A decoração é um barato, a comida é boa. Passeamos pelo centro e fomos dormir.

 

Dia 11 – San Andres

Ventou bem menos durante a noite, mas o tempo seguia nubladaço. Imaginamos que tudo estaria fechado novamente. Estávamos passeando pela praia central quando um barqueiro nos perguntou se queríamos ir para Johnny Cay. Hã?? Tá aberto? Ele disse que sim, depois de 10 dias fechado, estava liberado. A Kátia ainda deu um zoom na ilha pra comprovar (turista desconfiado é assim mesmo) e, de fato, tinha barracas na ilhota. Fomos! Saiu por 10 COP (barco) + 4 COP (taxa da ilha). Ah, o barqueiro pediu 15 COP inicialmente...

 

Johnny Cay também é muito maneiro! Água cristalinha, tipicamente caribenha. Peixinhos pra observar – chegamos a ver duas arraias! Uma delas foi pra longe, a outra ficou o tempo todo num cantinho, eu voltei várias vezes lá pra ver se ela ainda estava.

 

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Mar de cor azul-piscina

 

A ilha tem um bom tamanho e é lar de belas iguanas também. Mas achei que veria mais – só vi duas delas.

 

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Um nativo

 

E o mais maneiro do dia: São Pedro nos presenteou com alguns minutos (sim, foram apenas minutos) de sol, o que torna tudo ainda mais bonito!

 

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Um raro, e por isso valorizadíssimo, momento de (algum) sol

 

Em JC, você pode levar seu farnel e curtir a praia do seu jeito. Ou então alugar cadeiras e beber nos bares. Tem almoço (não comemos), tem cerveja (4 COP). Tal qual as praias no Brasil. Negociamos uma cadeira por 4 COP pra servir de base. O problema é que eu não queria ficar parado, ia toda hora ver os peixinhos.

 

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Ficamos em JC praticamente o dia todo. Pedimos para voltar no último barco e voltamos literalmente no último, junto com toda a galera que trabalha na ilha e alguns poucos turistas. O legal é que eles limpam toda a praia, recolhendo a sujeira que infelizmente alguns turistas largam na areia.

 

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Mar de várias cores

 

De volta à cidade, saímos para jantar. Dessa vez alargamos um pouco o orçamento e fomos no Gourmet Shop Assho, restaurante que tem um ambiente bem bacana. Escolhemos um vinho e jantamos muito bem.

 

 

Dia 12 – San Andres

Choveu pacas de madrugada, inclusive com trovoadas sinistras que chegaram a me acordar (e perder o sono). Acabamos acordando um pouco mais tarde que o habitual. O tempo de manhã era o de sempre, nubladão. Era nosso último dia cheio e sabíamos que Cayo Bolivar ainda estava fechado. Então alugamos uma scooter para percorrer a ilha.

 

Há uns 20 anos (!!) que eu não pilotava algo do tipo, ahahaha. Nem sabia ligar a parada, o que fez com que o cara desconfiasse. Ele ainda perguntou: “Tienes carta, si?” “Si, claro”. Ninguém pede documento algum! :)

 

Foi tranquilo, fechei por 50 COP pelo dia todo.

 

Seguimos para conhecer o bairro de La Loma, numa região mais central da ilha (o chamado “centro” fica na verdade no nordeste da ilha) que ainda guarda bons resquícios de tempos passados. Paramos na igreja batista, possivelmente a maior referência local. Lá é possível subir até um mirante (uma torre dentro da própria igreja), de onde se tem uma boa vista da ilha de San Andres.

 

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A igreja batista em La Loma

 

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Visão do alto da ilha

 

Seguimos viagem e, passando por La Piscinita, vimos estava aberta. Fomos checar se estava podendo mergulhar e... sim! O cara disse que, depois de semanas fechado, naquele dia estava reaberto! Viva!

 

Custa 1,5 COP pra entrar, e você recebe meio pãozinho de forma para dar aos peixinhos. Havia muito pouca gente no local quando chegamos, mas foi chegando uma galera aos poucos.

 

Sobre o lugar, muito maneiro!! Muito mais peixes que no Acuario e JC, todos concentrados numa área, todos esperando as migalhas que a galera fica jogando. O barato é você mergulhar no meio deles e admirar de snorkel toda aquela beleza. Ficamos lá um bom tempo e, quando encheu de gente, seguimos adiante.

 

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La Piscinita

 

Seguimos viagem e logo a seguir paramos no West View, que também estava reaberto. Viva, mais uma vez!! Lá a estrutura é bem melhor que na Piscinita, e o valor cobrado também é maior: 3 COP. Tem escorrega (toboágua) e trampolim pra entrar na água, além das escadinhas. A área para nadar é maior que na Piscinita, as cadeiras são melhores, o bar é melhor. Se você tem dúvidas entre um e outro, não hesite: pague um pouco mais para ir no West View (mas o principal da Piscinita, os peixes, são igualmente lindos!). Em ambos há snorkel e colete para alugar.

 

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Nadar em meio aos peixinhos...

 

Em West View, nadando numa área mais distante encontramos uma estátua de Netuno no fundo do mar, que provavelmente é atração dos Aquanautas (não fomos). Ficamos por lá um bom tempo. Quando chegou um galerão de ônibus, seguimos viagem.

 

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Nadar em meio aos peixinhos...

 

Paramos no Hoyo Soplador. Ignorei os flanelinhas (ou seriam agenciadores dos restaurantes? realmente não sei), só queria matar a curiosidade de ver os jatos de água e/ou ar que o mar provoca na abertura da rocha. É bem interessante. Fica sempre um mundo de gente fazendo fila pra tirar foto na hora do jato. Acho que valeu a parada rápida.

 

Seguimos para a praiazinha em frente a Rocky Cay, que foi nossa última parada do dia, curtimos novamente o fim de tarde por lá. Dessa vez fui até a ilhota (você vai andando no mar, por um banco de areia), mas não vi muita atração por lá. O mar tava turvo para ver peixes.

 

Devolvemos a motinha e fomos jantar no Miss Celia, restaurante mais simples que tem comida típica colombiana. Fui novamente de bandeja paisa! Saboroso, custo-benefício muito bom.

 

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Jantar no Miss Celia, lugar simples e saboroso

 

 

Dia 13 – San Andres

Ficamos passeando pelo centrinho de San Andres, nosso voo era no meio da tarde. Demos um tempo na bela praia, entramos nas lojinhas (!!), fugimos da chuva e almoçamos. Depois fomos (andando!) para o aeroporto.

 

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Zoom em Johnny Cay no último dia; e o chamado mar de sete cores

 

Aliás, um ótimo esquema para curtir a praia por lá: compre cerveja nas lojinhas e leve para a praia (é só atravessar o calçadão!). As cervejas importadas (geladas, pero no mucho) custam a bagatela de 1-1,5 COP no mercado!!

 

Geral sobre San Andres:

- Novembro é o pior mês para visitar a ilha: chove e venta muito mais que qualquer outro mês. Algumas atrações chegam a fechar nesse período, por conta do vento e do mar mais agitado. Mesmo assim, foi muito legal.

 

- Durante toda nossa estadia na ilha, vi duas pessoas pilotando moto com capacete, em meio a centenas. A regra é não usar. O oposto de Bogotá, onde não vi ninguém sem capacete.

 

- Em vários lugares de San Andres vimos plaquinhas escritas à mão com “No al fallo de Haya” (algo como “não à decisão de Haya”). É que dias antes a Corte Internacional de Justiça decidira que uma parte do mar (ilhotas inclusas) ao leste de San Andres é da Nicarágua. Questão de fronteiras marítimas, que ainda não está plenamente sanada porque a Colômbia não aceitou a decisão.

 

- Um causo: uma vez estávamos numa loja ali no centrinho e, quando começamos a falar com a vendedora, ela veio com essa:

“ah, pensei que vcs fossem brasileiros!”

“mas... nós somos brasileiros!”

“ué, mas vcs falam espanhol... eu nunca entendo o que os brasileiros falam, preferia que eles falassem inglês, que eu entendo.”

Depois a conversa desenrolou mais ainda e a minha conclusão é que a galera manda português na lata, esperando que os outros entendam. Muita gente entende, mas isso não é regra (já vi muita gente aqui no Brasil que também tem sérias dificuldades para entender o que nossos hermanos latino-americanos falam). Acho que sempre vale a pena tentar – nem que seja o clássico portunhol.

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Bogotá

Chegamos umas 19hs em Bogotá (teve atraso). Pegamos um taxi (21 COP) até a Plaza Chorro de Quevedo, onde ficava o albergue onde nos hospedamos. Região legal, com vários bares e restaurantes.

 

Saímos para passear pela Candelária e aproveitamos para jantar no Mama Lupe, lugar tradicional e de bons preços perto da Plaza Bolivar. Experimentamos ajiaco e frijoles com alguma coisa de que não me lembro. Saborosos. Estranho é que tudo fecha meio cedo (umas 20:30) por lá.

 

Encerramos a noite num barzinho bem aconchegante na nossa rua mesmo, provando todas as bebidas com nomes diferentes (canelazo e afins) que havia no cardápio.

 

Em grande contraste com San Andres e Cartagena, a temperatura em Bogotá era bem mais fresca. Nosso quarto não tinha calefação e era bem friozinho – mas bem aconchegante. No inverno talvez seja meio perrengue.

 

 

Dia 14 – Zipaquirá

Último dia de viagem foi dedicado a visitarmos a famosa Catedral de Sal de Zipaquirá. Fizemos o esquema tradicional para chegar lá: pegamos o transmilênio B74 (1,4 COP) na estação do Museu do Ouro em direção ao Portal Del Norte (que é a parada final), de onde pegamos o primeiro ônibus (3,9 COP) que iria para Zipaquirá. É simples, qualquer dúvida basta sair perguntando.

 

A viagem até Zipaquirá foi com emoção: o motorista do nosso ônibus fechou outro ônibus, que revidou e os dois ficaram um tempo jogando um ônibus contra o outro, ahahahah. Em plena estrada. Passageiros reclamaram e a coisa logo esfriou.

 

Pedi ao cobrador (esqueça o modelo brasileiro, lá o cobrador é o cara que vai recolhendo o dinheiro ao longo da viagem, além de catar passageiros na rua) pra nos avisar onde descer perto da Catedral, no centro histórico de Zipaquirá. Na hora certa, ele nos chamou a avisou qual caminho tomar. Não tem erro.

 

Passeamos um pouco pelo centro histórico. Tem uma rua de pedestres e uma bela praça (Plaza de los Comuneros) com catedral (Catedral Diocesana) e um palácio (Palacio Municipal) que valem a vista.

 

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A Plaza de los Comuneros, com a Catedral ao fundo

 

De lá, seguimos para a Catedral. É fácil de chegar caminhando, mas é bom ter em mente que é subida. Chegando lá, há várias combinações de bilhetes para comprar e todos incluem a catedral com suas atrações internas (basicamente o direito a uma visita guiada, o espelho de água e um show de luzes e som). Optamos pelo A3 (26 COP), que nos dava direito a conhecer também a Ruta Del Minero.

 

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Plaza del Minero, que é onde ficam a bilheteria e as lanchonetes da Catedral de Sal

 

Fizemos o passeio guiado mesmo (mas você pode se descolar do grupo quando quiser, ou mesmo fazer por conta própria), é interessante. Achei as representações da via sacra todas mais ou menos iguais (mas minha sensibilidade artística é curta), gostei mais foi de passear pelos corredores e salões. É enorme, monumental mesmo. No ano passado nós estivemos a mina de sal de Wieliczka, Polônia. São diferentes.

 

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Belos efeitos na entrada da Catedral

 

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Uma enorme cascata interna de sal

 

Depois do tour, nos encaixamos na Ruta Del Minero, que é um passeio guiado que você faz para ver como era a extração. Rola andar no escuro tateando as paredes, rola de escavar a pedra, etc. Interessante também, e divertido.

 

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Picaretando a rocha, tal qual os mineiros faziam

 

Achei o espelho de água um barato, muito interessante mesmo. Já o show de luzes eu achei dispensável.

 

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Parece espelho, mas é água

 

Encerrada a visita (acho que ficamos umas 3 horas por lá), quando saímos da mina estava chovendo. Voltamos ao centro, comemos arepas e empanadas bem caseiras (e bem baratas) e pegamos uma buseta de volta no mesmo lugar onde saltamos. A volta foi mais rápida, mas a buseta ficou lotada (de gente em pé).

 

Era quase a hora do rush e não havia qualquer indicação sobre qual ônibus tomar (aliás, acho que faltam mais e melhores informações sobre o sistema para usuários esporádicos), mas basta sair perguntando. Pegamos o B72.

 

O passeio todo de ida/volta desde La Candelária durou umas 7 horas, e cerca de metade desse tempo foi nos ônibus.

 

De volta a Bogotá, fomos nos despedir da cidade, e da viagem, onde paramos na primeira noite: Bogotá Beer Company. Depois jantamos no excelente El Corral Gourmet, que fica no CCGarcia Marques.

 

O albergue chamou um taxi para nos levar ao aeroporto e, no caminho, o motorista começou a vibrar. Era gol do Tigre, que jogava a semifinal contra o Millionarios. Ele era torcedor de um time rival do Millionarios, se não me engano o Santa Fé. Muito divertido.

 

E assim encerrou-se nossa viagem.

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Considerações gerais sobre a Colômbia

 

- Polícia: Muita polícia nas ruas. Vimos isso em toda a Colômbia. Mais em Bogotá, (muito) menos em San Andres. Se não em todas, praticamente em todas as estações fechadas de transportes públicos em Bogotá e Medellin havia policiais. Até mesmo ao longo da descida do Cerro Montserrat (mas era domingo) havia grupos de policiais! Pedi informações a eles em várias ocasiões, e em todas as vezes eles foram solícitos e prestativos. Indicaram inclusive onde trocar dinheiro. Além disso, acho que todos os estabelecimentos (restaurantes, bares, hotéis, museus) de Bogotá tinham seguranças privados identificados como tal -- alguns deles armados.

 

- Taxi em Bogotá: rola muita recomendação, precaução (paranoia?) quanto aos taxis em Bogotá. Do tipo “jamais pegue um simplesmente na rua”. O lance recomendado é sempre chamar um pelo telefone, aí você tem de dar a senha, que são os dois últimos números do telefone que chamou e etc. Como eu não uso telefone no exterior, o jeito era pedir sempre para que algum estabelecimento chamasse um pra mim. E nisso rola um outro esquema, que vi algumas vezes: o taxista dá uma gorjeta para o cara que chama e, eventualmente, para o segurança local (!!). O Ibis tinha um sistema de transporte próprio, com tarifas fechadas e levemente superiores aos dos taxis. Usamos esse esquema algumas vezes. Em Medellin peguei taxis tranquilamente na rua.

 

- Celular: Lá rola um aluguel de celulares nas ruas. Muito interessante essa coisa. Em toda a Colômbia havia gente alugando celulares a 150, 200 COP por minuto. No Montserrat chegava a 400 COP.

 

- Atrações: Achei as atrações em Bogotá (museus) bem mais baratas do que em outras cidades. E em Cartagena as atrações foram as mais caras da viagem – mas repito, o barato de Cartagena é simplesmente andar pelas ruas do centro histórico.

 

- Busetas: Uma das coisas divertidas nos ônibus locais (busetas) são suas decorações bizarras. Acho que só nos demos conta disso em Cartagena, quando começamos a fotografar alguns.

 

- Assédio a turistas em Cartagena: é incrível e constante, muito superior às outras cidades. Aliás, não me lembro de assédio em Bogotá e Medellin. San Andres ainda tem algum, mas nada da forma como ocorre em Cartagena. Em Cartagena você tem vendedores de tudo quanto é coisa, tem massagistas na praia de Bocagrande, tem garçons e agenciadores de restaurante te chamando para entrar e ainda tem taxistas buzinando quando passam por você pra saber se você quer taxi. Como regra, nos desvencilhamos de todos rapida e cordialmente.

 

- Povo: Em regra fomos muito bem atendidos e recebidos por lá. Sempre que buscávamos informações -- pessoas nas ruas, policiais, funcionários do metrô ou ônibus, todos foram prestativos. Claro que tem uns malandragens, mas basta deixar o radar ligado.

 

- 10% de serviço: Em Bogotá, Medellin e Cartagena, os 10% de serviço nas contas de bares e restaurantes, quando inclusos (várias vezes nos foi dito que “La propina es voluntaria”), incidem geralmente sobre os valores SEM impostos -- ao menos foi assim conosco. Ou seja, sai por menos de 10%. Isso não se aplica a San Andres, onde sempre os 10% incidiam sobre o total da conta.

 

Sobre as cervejas colombianas:

1) As mais comuns, nacionais:

- Aguila: a mais facilmente encontrável pelo país. É parecida com as brasileiras (tipo Itaipava, Skol), mais aguada, mais barata.

- Club Colombia: também é encontrada com facilidade, mas bem mais saborosa que a Aguila (sobretudo a CC Roja).

- Poker: menos encontrada, e pior que as duas acima.

- Redd’s: uma parada doce, praticamente um refrigerante.

 

2) As locais de Bogotá:

- Bogotá Beer Company: tem diversos tipos de chope (acho que meia dúzia) e ainda o chope do dia. A franquia está espalhada pela cidade, mas você também pode degustar a cerveja em outros bares. Muito bom.

- Palos de Moguer: não me disse muita coisa, com exceção da Negra, que era muito boa.

- Tem ainda a cerveja do Andre Carne de Res, que é interessante.

 

3) As locais de Medellin:

- Apostol: interessante, melhor que a Palos, mas abaixo da BBC.

- Tres Cordilleras: achei um pouco abaixo da concorrente, mas com uma stout *muito* boa.

 

Preços das cervejas em bares: dificilmente conseguimos uma comum por menos de 2,5 COP. O normal era entre 3-4 COP. Club Colombia geralmente era um pouco mais cara que as outras. As artesanais geralmente ficavam entre 7-10 COP. Importadas geladas (pero no mucho...) compradas em lojas de San Andres saiam a 1-1,5 COP!!

 

Importante: em lugares quentes, como Cartagena e San Andres, não rola muito isso de saborear a cerveja. Nesses lugares o negócio é refrescar e, para isso, a cerveja precisa estar muito gelada. E nem sempre é fácil encontrar cerveja muito gelada.

 

- Refrigerantes colombianos:

- Kola Roman: refri vermelhão que via sempre em Cartagena. Provei e gostei, a ponto de sempre comprar um pra tomar no quarto antes de dormir, aahhaha.

- Manzana Postobon: é rosa, e de maçã. Interessante, mas não é minha praia.

- Colombiana: também é da Postobon, acho que é meio que a coca-cola colombiana. Se não tinha Kola Roman, eu comprava esse. :)

 

Lá como cá:

=> coisas que vi por lá que são muito semelhantes ao que vivemos no Brasil:

- Celular-radinho: não foi incomum ver gente ouvindo música no viva voz do celular nas ruas. Aliás, vi em Cartagena um indivíduo fazendo isso em pleno museu! Sem noção!

 

- Galera parada na porta: tanto no metrô de Medellín quanto nos ônibus de Bogotá, a galera fica estacionada nas portas (o que evidentemente dificulta o fluxo de entrada e saída de outros passageiros).

 

- Trânsito: motoristas não dão prioridade ao pedestre.

 

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Obs.: Todos valores expressos nesse post em COP (pesos colombianos) devem ser considerados na casa do milhar (1 COP = 1.000 COP, na realidade). Habitualmente já se cortam os zeros.

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