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Um Casal na Europa (17 dias) - Amsterdã, Madrid, Andaluzia e Paris


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Segue o relato de uma viagem de 17 dias por três países: Espanha (Madrid e adjacências; região da Andaluzia – Sevilha, Granada e alguns pueblos blancos), Holanda (Amsterdã) e França (Paris). Depois de muito mochilar pela América do Sul/Caribe, resolvemos partir para a Europa, numa viagem estilo casal. Ou seja, a idéia era aproveitar mesmo, não economizando principalmente em hotéis. Mas o espírito mochileiro ainda segue presente, então estou estimando por alto que o gasto total para duas pessoas (incluindo tudo: passagem, hotel, alimentação, transportes e gastos diários) tenha sido de R$9.600,00, com alguns souvenirs e sem considerar as compras mais caras (vinhos, terno, roupas, cremes femininos, etc.) Comprometo-me a tão logo chegue no Brasil anexar planilha com gastos totais. Assim como as fotos, que serão redimensionadas para carregarem rápido. Espero que aproveitem as informações e sintam-se livres para perguntas.

 

PLANEJAMENTO

 

Começamos o planejamento desta trip com mais de seis meses de antecedência. Com essa antecipação, conseguimos bons preços de passagens aéreas e reservas em hotéis que, em alguns casos, estavam o dobro do preço semanas antes da viagem (caso de Madrid, por exemplo). Dessa forma fica a primeira dica que julgo relevante: planejem e se antecipem; consultem diariamente os hotéis e companhias aéreas; cadastrem-se ou consultem sempre sites que divulgam promoções; façam inicialmente reservas que possam ser canceladas; usem bastante a internet.

 

No caso da passagem aérea, comprei com mais de seis meses de antecedência. A companhia holandesa KLM faria sua estréia em vôos diretos do Rio de Janeiro para Amsterdã, e estava oferecendo um preço muito bom pelo porte da companhia e sua conhecida excelência no atendimento: US$709. Mas o melhor mesmo é que eles permitiam que realizássemos stopovers tanto na ida quanto na volta. Achei isso o diferencial. Ou seja: comprei uma passagem Rio – Madrid – Rio, com conexão em Amsterdã, mas que na verdade me permitia fazer (1) Rio – Amsterdã (pois seria a “conexão” antes de Madrid); dias depois, (2) Amsterdã – Madrid, terminando assim a primeira perna; agora o pulo do gato: a volta, ao invés de fazer Madrid – Amsterdã, pude fazer (3) Madrid – Paris, pois a KLM é do mesmo grupo da Airfrance, e então Paris seria a “conexão” da volta; e, por fim, dias depois, (4) Paris – Rio. Tudo pelos mesmos US$709, sem voar em companhias low cost nos trechos internos da Europa. Segue, portanto, mais uma dica: procurem os stopovers; busquem roteiros interessantes e que permitam realizar este tipo de estratégia; busquem países cujas companhias operam em associação (tipo KLM-Airfrance). Comprei a passagem com cartãso Platinum, o que também é uma boa estratégia, pois garante o seguro saúde necessário para entrar na Europa. Se informe no seu banco sobre essa possibilidade.

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31/03 e 01/04 – Rio – Amsterdã e Amsterdã

 

O vôo estava marcado para as 20:05h no Galeão. Chegamos por volta das 17:45h, com o tempo fechando – nuvens carregadas que me fizeram lembrar um cenário de trevas – e encontramos uma fila gigantesca, que na verdade fazia parte de dois vôos – o meu e o Rio-Paris da associada Airfrance. Demorou demais: cerca de 1h, e de nada adiantou termos feito o check-in online antes, já que a fila de entrega de bagagem era a mesma de quem não havia feito ainda. Sugiro portanto que, quem quiser dar uma olhada nos preços do freeshop, chegue bem cedo. Isso porque após a fila da bagagem ainda tem outra fila enorme do controle de passaporte. Dica: tinha uma funcionária da Polícia Federal que, ao perceber que havia muitos brasileiros na fila, começou a nos chamar. Parece que o trâmite de saída de brasileiros é mais rápido. Fique atento a uma dessas funcionárias que de repente ela pode passar você na frente. Não sei se isso é regra, mas foi a impressão que tive.

O embarque estava marcado para começar as 19:05h, mas pelo atraso só foi começar lá pelas 19:45h. Pensei que o atraso do vôo seria gigante, mas por incrível que pareça conseguimos sair no horário. Essa foi a primeira de muitas impressões bastante favoráveis da KLM. O Boeing 777-200 era gigante e imponente – essa foi a impressão que tive, já que estou acostumado a viajar a trabalho em média uma vez por semana nos Airbus 319 e Boeing 737 de TAM e Gol, que parecem miniaturas diante do 777. 318 pessoas para serem embarcadas e uma agilidade e eficiência impressionantes: colocaram toda essa gente pra dentro em 20 minutos. O vôo em si foi espetacular: não sei se as trevas já haviam se dissipado dos céus, mas subimos com tamanha leveza que nem senti (estava tudo escuro). Foram 11h quase sem turbulência. Bebidas servidas com boa freqüência: vinho, cerveja, sucos diversos e refrigerantes. Comida boa: entrada com mais ou menos meia hora de vôo (degustação de algo parecido com amendoim), jantar (frango ou massa), sorvete na madrugada e, pela manhã, omelete para o café. Bebidas à vontade. Com relação à escolha do assento: se você não fizer questão de olhar pela janela – aliás, 80% do vôo se dá sem conseguir ver nada, pois tá tudo escuro – opte por uma poltrona em que você não seja obrigado a pedir licença a outro passageiro para ir ao banheiro, pois as idas em geral são freqüentes.

 

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Chegamos em Schiphol às 12h em ponto. Muito grande o aeroporto. Quem não está acostumado ou não for esperto se perde fácil. Mas muito bem sinalizado em inglês e holandês. Estava tão aflito com a imigração que fomos direto atrás dela – e esquecemos de olhar as lojas do freeshop local. Na verdade nem sei se Schiphol tem freeshop para chegada de voos (o Charles de Gaulle não teve). Aflição por nada. Chegamos juntos num guichê onde a oficial de imigração nem se levantou: pediu os passaportes, perguntou quantos dias em Amsterdã, para onde íamos depois, e tchau e benção. Carimbo garantido.

 

Levamos algum tempo até entender como comprar o bilhete do trem para Amsterdam Centraal (CS), a estação de trens de Amsterdã. Pode comprar em uma das muitas máquinas espalhadas pelo aeroporto – aliás, a automação é freqüente na Europa, em trens, metrô, aeroportos etc – ou diretamente no guichê. A passagem custa €3,80, mas pode-se comprar a que vai pelo trem expresso (pula uma ou duas estações e vai direto para CS) e custa €0,70 a mais. Em cerca de 20 minutos chegamos em CS, uma estação localizada num prédio gigante e muito bonito quando visto de fora. Saindo, a esquerda, está o escritório da GVB, a empresa que opera os trams (uma espécie de bonde elétrico).

 

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O lindo prédio da estação central de trens de Amsterdã

 

Aqui vai uma dica: assim que chegar em Amsterdã, nem pense duas vezes: compre o passe chamado day ticket da GVB. Ele lhe dá direito a usar por alguns dias de forma ilimitada os trams, que certamente serão seu principal meio de transporte na cidade, independentemente de onde você se hospedar, e custam, de forma unitária, €2,70 (válida por 1h, ou seja, nesse horário pode tomar quantos trams quiser). A única opção de não comprar eu acho que é comprar os tickets de museus, que me parece ser bem caros, e acabam dando direito ao transporte. Os preços do passe da GVB que me lembro são: €7,5 (1 dia), €12 (2) e €16 (3). Valem a partir da 1ª utilização. São pessoais e você deve fazer o check-in quando entra no ônibus e o check-out quando sai. As máquinas para checkin e check-out ficam nas portas do transporte.

 

Ficamos hospedados na região do Vondelpark, no EMB Memphis Hotel, e tomamos o tram 2 para ir para lá. Os mapas turísticos de Amsterdã costumam ter a indicação dos trams que passam nas ruas, assim como todos os pontos de parada dos transportes. Depois de algumas horas visualizando aquele emaranhado de ruas, linhas e números, fica fácil transitar pela cidade sabendo exatamente qual tram tomar. Além disso, em toda parada (que são fixas, eles não abrem fora das paradas) tem um mapa e (fantástico!) o horário exato que o tram vai passar, todos os dias do ano, faça chuva ou faça sol. Nos três dias que ficamos em Amsterdã, só um tram se atrasou – cerca de 4 minutos. Além dos horários dos trams, há também o dos ônibus e dos ônibus noturnos. Atenção: o day pass não dá direito aos ônibus, que são de outra empresa (Conexxion), mas sim aos ônibus noturnos, que começam a circular após o fim dos trams, que param a 1h da manhã.

 

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Frente do EMB Memphis Hotel

 

Achei ótima nossa opção de hotel. Primeiro, o bairro é espetacular: ruas arborizadas, tranqüilas, com lojas, cafés e confeitarias muito elegantes. Bem servido de trams – 2, 5 e 16. Achei o centrão de Amsterdã muito tumultuado para uma hospedagem. O hotel em si foi ótimo: paguei €89, sem café da manhã, reservando com uns cinco meses de antecedência. Quarto e banheiro (este o mais importante) impecavelmente limpo, arrumado diariamente, com frigobar e TV LCD grande.

 

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Vista desde o quarto das vizinhanças do hotel

 

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Ótimo quarto a um ótimo preço (para o caro padrão de Amsterdã)

 

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Banheiro impecavelmente limpo

 

No primeiro dia, nos dedicamos a caminhar de forma descompromissada pela cidade, fazendo um reconhecimento dos principais pontos. A cinco minutos a pé do hotel estava a região dos museus, conhecida como Museumplein. Lá está, por exemplo, o Van Gogh e o Riijksmuseum. Em frente deste último está a famosa frase “I amsterdam”, que lota de gente durante o dia. Dica: se quiser “aquela” foto exclusiva, sozinho com a frase, procure ir ao local à tardinha, pois fica mais vazio.

 

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Para conseguir fotos exclusivas como estas, tem que ter paciência...

 

 

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Em geral no final da tarde fica mais tranquilo

 

Quase esquina com a Museumplein está a Leidsenplein, praça e rua lotada de bares e, relevante, onde se concentram boas opções baratas de comida: Won to Walk, de comida asiática – estilo yakisoba; Febo, de comida “gordurosa” – ótimas asas de frango fritas, batatas com maionese e croquete de carne; Mc´Donalds; Starbucks etc. Mais a frente, uma espécie de centro de reuniões da cidade, a praça Dam Square, vizinha à região do Red Light District, mundialmente conhecida pelas prostitutas e coffee shops.

 

Alguns gastos do dia

 

Trem Schiphol – CS: €9,0 (para 2 pessoas com o trem rápido)

Hot Dog no Museumplein: €4,50

Café Machiatto: €2,00

Batata com Maionese no Febo: €2,50

Day Pass de 2 dias: €12,00

 

Seguem algumas informações de utilidade pública mochileira em relação ao preço de comidas:

 

Asas de frango no Febo – 3 por €2,20, 6 por €4,40.

Batata frita no Febo: pequena €1,90, normal €2,20. Com maionese €2,50

Croquete de Carne no Febo: €1,50

Croquete de Carne no pão no Febo: €2,00

 

Pratos do Won to Walk: depende da quantidade de coisas que se coloca na refeição, mas começam em €4,90 e dificilmente passam de €8,00.

 

McFish no Mc Donalds: €2,00

Quarteirão Mc Donalds: €1,95

Hambúrguer Mc Donalds: €1,00

 

Mercado Alberto Heinj: mercado mais popular de Amsterdã (o único? Não sei, mas é onipresente). Saladas (bons pratos, do tamanho de uma refeição): entre €2-€3. Latas de salsicha: €1 - €2. Pães: desde €0,50 dois pães. Frios em geral: desde €1,50. Água: desde €0,90. Cervejas, que no Brasil são classificadas como especiais, desde €0.90 (esse é o preço da Leffe, por exemplo).

 

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No Albert Heinj, ótimas opções de pratos bem econôicos e mais saudáveis que croquetes e afins de Amsterdã

 

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Teve gente que não acreditou: a Leffe custa centavos!! É a Skol deles...

 

Padaria: croissants desde €1,00. Café desde €1,50 (atenção, o copo, em geral, é GIGANTE).

 

Refeições: em geral, os menus do dia (salada, prato principal e sobremesa) giram em torno de €10. Na ausência de uma comida tradicional óbvia, em Amsterdã existem muitos restaurantes de “Parrillada Argentina”. Não provei. Os chopps não achei caro: vão desde €2,40, mais ou menos o preço do Brasil.

O que mais achei de tradicional em Amsterdã em termos de comida fora os stropwaffles (acho que é assim que se escreve): uma massa fina e endurecida recheada com caramelo. Li que aquilo era bom pra tomar com café: coloca ele em cima da xícara (tampando-a), deixa derreter um pouco e come. Nos bares, servem aquilo a preços em torno de €1,50. No supermercado, por esse preço se compra um pacote com uns 20.

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02/04 – Amsterdã

 

Dormimos bastante, pois a travessia transatlântica nos deixou exaustos. Eu, que tenho medo de avião, não preguei o olho um minuto, apesar do vôo tranquilo. Dormimos cedo mas acordamos cedo, pois havíamos comprado via internet a visita a Casa de Anne Frank para aquele dia, às 10:40h (custou €8,50). Após uma pequena confusão com os transportes, chegamos no local – no bairro Jordaan – em cima da hora. A decisão de comprar via internet foi crucial: furamos uma fila enorme e entramos por uma porta (mal sinalizada) pela lateral. O museu em si eu não achei grandes coisas, mas é bastante informativo e, para quem leu o livro e gostou, vale bastante à pena. Eu achei o livro um porre, mas minha esposa adorou. Ao lado da Casa de Anne Frank há uma bela igreja com uma linda torre (Westerkerk) – parece que é ou foi a maior igreja protestante da Europa durante muitos anos.

 

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Westerkerk

 

Após a visita procuramos uma cafeteria, pois minha esposa já estava entrando em crise de abstinência (de café...). No Starbucks de lá, peça o café pequeno: é uma jarra. Melhor ainda, o leite fica disponível e sai de graça – tem um leite cremoso delicioso. Comemos acompanhado de waffle com nutella, comprado numa das muitas lojas de doces e pães da cidade. Em geral, há boas lojas de pães e doces em Amsterdã, assim como em toda Europa que visitamos (em especial Paris). Após, fomos em direção ao Red Light District em busca da biblioteca pública da cidade, e descobrimos que na verdade ela fica ao lado da CS. O lugar é um verdadeiro achado!! Nossa intenção não era a biblioteca em si, mas sim subir até o último andar, onde há uma vista linda da cidade e free. Acabou que descobrimos um restaurante ótimo por lá, espécie de buffet self-service com diversas opções (saladas, sanduíches, grelhados, sopas etc.) a bons preços. Tomamos sopa de legumes com cerveja. Em geral, Amsterdã nos deixou com essa impressão: comida barata (come-se bem em termos de quantidade com €5) e as coisas são fartas. A água é de graça nos bares e restaurantes. Depois de uma estadia por lá, fiquei com a real impressão de que o custo de vida no Rio de Janeiro (no Brasil em geral) está realmente estratosférico.

 

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Difícil se segurar em meio a tanta perdição...

 

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Ótimas vistas desde a biblioteca

 

Após a visita e almoço na biblioteca, fomos ao passeio Canal Cruise, pelos canais de Amsterdã. Compramos em uma das muitas lojas Tickets and Tour da cidade, que vendem entradas para diversos passeios. Saiu por €11, mais barato do que comprar direto com a empresa. Nessas lojas se vendem também combos de passeios: por exemplo, dois quaisquer por €30. Se não me engano, nessas lojas o Madame Toussaud sai a €18. O passeio durou 1h – tem outro que é mais longo e custa um pouco mais, e permite descer e subir em diversas estações ao longo dos canais – e passou pelos principais canais da cidade, com explicações dos pontos em quatro línguas (inglês, holandês, francês e espanhol). Achei que valeu muito a pena. Interessante ver, ao longo dos canais, as diversas “casas flutuantes” de Amsterdã. Algumas inclusive possuem jardim cuidados com muito esmero pelos moradores!!

 

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Uma ds muitas casas flutuantes de Amsterdã

 

Após o Canal Cruise fomos ao Museu do Sexo. Esse só valeu a pena pelo baixo custo (€4). É bom para rir um pouco,tirar umas fotos engraçadas, mas não repetiria se conhecesse.

 

Após, terminamos o dia num lugar espetacular para os amantes das cervejas artesanais: pegamos o tram 10 para uma região fora do centro histórico e fomos na cervejaria Browerij´t ij, que fica aos pés de um moinho. Muito bom!! Vários chopps feitos no local a módicos €2,30, com jarra de amendoim a €1 ou queijos e salame (€2) para acompanhar. O teor alcoólico dos chopps varia de 5% a 9%. Bebe-se ao ar livre, em mesas coletivas, ou do lado de dentro, pra quem não tolerar o frio. Nos finais de semana e sextas-feiras, eles oferecem visita guiada ao local de produção da cerveja. É uma boa alternativa ao Heineken Experience, caríssimo e me pareceu bastante turistão. Depois de muitos copos, ainda tivemos tempo de dar uma rodada no Red Light District – para ver as moças nuas nas vitrines, hahahaha – e uma saideira na Leidsenplein, forrando a barriga com Febo!!

 

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Para os amantes da boa cerveja, um lugar especial, de muito fácil acesso

 

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Mesas ao ar livre e confraternização entre os viajantes

 

Alguns gastos do dia:

 

Dois cafés no Starbucks: - €3,80

Waffel com nutella: €3,00

Cruzeiro nos Canais: €11

Almoço: €7,65

Museu do Sexo: €4,00

Coca-cola e água no mercado: €4,25

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03/04 – Amsterdã

 

Acordamos exaustos e saímos para conhecer a região do Vondelpark. Compramos algumas coisas no mercado Albert Heinj e fomos tomar café no parque. Confesso que esperava um pouco mais do lugar. É um local de prática de cooper, caminhadas e de passagem. Assim como por toda cidade, hordas de bicicletas a todo momento cruzam seu caminho – na hora de saída do trabalho, lá pelas 17-18h, as ruas ficam lotadas de trabalhadores com suas bicicletas voltando pra casa.

 

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Vondelpark

 

Novamente caminhamos sem rumo pelas vielas da cidade, que acho a melhor forma de curtir Amsterdã; compramos diversos souvenirs; optamos por não conhecer os dois principais museus da cidade, pois preferimos deixar a febre de arte para Madrid e Paris, pois não somos exatamente amantes das pinturas; essa decisão me pareceu acertada, pois acredito que Amsterdã tem tudo a ver com bares, cerveja, ver o tempo passar pelos canais da cidade, contemplar suas pontes, jardins, etc. A noite, buscamos um pub no Red Light District, o De Bekeerde Suster, que fica bem ao lado de uma coffee shop. Tomamos deliciosos chopps locais (na faixa de €3). Após, a janta foi no Wok to Walk.

 

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De Bekeerde Suster, mais um bom local para tomar ótimas cervejas em Amsterdã

 

Seguem algumas observações finais sobre Amsterdã:

 

- sistema de transportes excelente. Num lugar desses, realmente não faz muito sentido ter carro ou, caso tenha, usá-lo diariamente;

- me pareceu acertado a hospedagem fora do centrão da cidade;

- comida barata e farta: come-se fácil com menos de €10/dia;

- não me fez falta os museus (depende de cada um). Amsterdã ao ar livre foi a grande atração;

- cruzeiro pelos canais de dia é melhor para conhecer a cidade que os noturnos;

- ótimas opções de compra nos mercados;

- por fim, incrível notar como aparentemente TUDO funciona corretamente na cidade. Acho que isso é uma característica importante do “mundo desenvolvido”: as coisas são tão certas que os caras devem se estressar muito menos.

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Finalizei a contabilização dos gastos com a trip. No total, foram R$9.720,00 para o casal, sem contar compras de roupas, perfumes, cremes etc. e incluindo souvenirs.

A média de gasto diário por país: Espanha, R$153,00; Holanda, R$190,00; e França, R$168,00.

Quem quiser a planilha em excel com mais detalhes, pode me solicitar.

Daqui a pouco começo a enviar os relatos da Espanha.

 

Abs

 

Marcelo

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04/04 – Madrid

 

Levantamos as 4h. Aqui, um erro estratégico: ao desenhar os vôos, tentei colocar a chegada o mais cedo possível na cidade de destino para poder aproveitar o dia restante. Mas me esqueci de levar em conta o deslocamento dentro da cidade de saída, que me forçaria a acordar quase 3h antes do vôo marcado. Havia escolhido sair de Amsterdã as 07:10h. A KLM remarcou o vôo para as 6:50h. Resultado: fui forçado a acordar beeeeeem cedo. Às 4h, o frio era forte e não havia trams rodando em Amsterdã ainda. Já havia verificado antes e o táxi até Schiphol sairia em torno de €35. Minha idéia era pedir um táxi até CS (nas minhas contas, uns €15 no máximo) e então pegar o trem (mais uns €8 para duas pessoas). Mas, àquela hora, fui convencido pelo carinha do hotel a chamar o táxi a €35, o que me pouparia tempo e, segundo ele, não sairia tão mais caro assim (na argumentação , ele inflacionou o trecho hotel – CS para pelo menos €20). Aceitei. Teve o lado bom e o lado ruim. O bom: andamos numa Mercedes-Benz última geração, alto luxo, com banco de couro, GPS, DVD, teto solar e mais o que se puder imaginar de novidade, e o cara colocou 180km/h na estrada ::ahhhh:: – o que, aliás, é imperceptível para quem não olha para o velocímetro. Chegamos em Schiphol em 15min. O ruim foi que dei uma de mané e não perguntei o preço antes pro camarada. Ao contrário do que o cara do hotel falou, o percurso nos custou €40. ::grr::

 

Uma rodada por Schiphol confirmou uma impressão que eu já levava comigo: realmente estamos há anos-luz em infraestrutura aeroportuária (e muitas outras) dos europeus. As instalações são gigantescas, moderníssimas e com alta eficiência; a limpeza é extrema; recolhimento automático de bagagem: você mesmo coloca para pesagem, etiqueta e despacha em uma espécie de máquina recolhedora. A agilidade que se ganha com isso é imensa. Tivemos nossas malas de mão revistadas duas vezes no raio-x, e depois seguimos para as diversas lojas do free-shop – conseguimos dois perfumes ótimos (Lacoste e Hugo Boss) a €49 os dois. ::otemo::

 

O vôo foi bom. Mas confesso que dessa vez o serviço de bordo me fez sentir saudade da TAM rssssss.... O café com leite era praticamente gelado e a comidinha bem ruim para meu paladar (doce). Chegamos em Barajas – outra monstruosidade de aeroporto – em meio a uma chuva fina e, após uma olhada nas lojas, seguimos para procurar transporte para a cidade. Já sabia que poderíamos ir de duas formas: de trem ou por um novo serviço de ônibus da municipalidade de Madrid, o Línea Exprés. No balcão de informações, me pareceu que as atendentes estavam orientadas a sugerir o ônibus. E realmente ele é muito mais prático: custa €2 e pára em três lugares: estação O´Donnell, Plaza Cibeles e estação Atocha-Renfe. Outra coisa boa: tem wi-fi grátis. Descemos em Cibeles, bem próximo do centro nevrálgico de Madrid (Puerta Del Sol). Como minha esposa estava num daqueles dias de humor beeeeeeem agradável, as malas estavam pesadas e havia caído uma chuvinha fina, entramos num metrô (estação Banco de España, na Plaza Cibeles) para nos poupar de uma caminhada de dez minutos e saímos na estação Sol, bem próximo do hotel Negresco.

 

A primeira impressão do hotel, reconheço, é estranha. Tinha sido o hotel mais barato da viagem – a diária foi €43, o que, com impostos, fez nossa estadia de 4 noites custar €180. O quarto é bem apertadinho e no que fiquei, a janela é virada pra dentro. E a vista é péssima – é virada para outros apartamentos, devassado, com vista do interior das casas em meio ao monte de roupas estendidas nos varais. Enfim, horrível. Mas como estava frio e ela ficou fechada o tempo todo, acabou que virou um problema menor. De bom (muito bom, aliás): banheiro bem limpo, quarto impecavelmente arrumado diariamente, frigobar, boa TV, boa cama e, principalmente, ótima localização. A rigor, não precisaríamos tomar o metrô para quase nenhum lugar se o objetivo fosse ficar apenas no centro histórico da capital. Com uma chuva fina caindo, resolvemos fazer um rápido reconhecimento de alguns pontos ao redor, para o lado do Palácio Real: Puerta Del Sol, Plaza Mayor (com bastantes torcedores do Apoel, do Chipre, que naquele dia jogaria com o Real Madrid), Mercado San Miguel, Palácio Real, Catedral de Almudeña.

 

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Palácio Real, nas proximidades da Plaza Mayor

 

Mas o que nesse dia realmente nos encantou foi o Museo del Jamón: não sei se já comentei, mas a comida para nós é um dos principais atrativos de um lugar. Ela não precisa ser luxuosa, mas deve ser pitoresca e numa quantidade e preços justos. Lá me parece que encontramos isso: foi um dos únicos lugares que realmente serviram tapas a moda antiga fora da Andaluzia – pedimos dois chopps no balcão e levamos uma boa paella de tapas – e nos deliciamos com bocadillo de calamares, ou sanduíche de lula frita.

 

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Museo del Jamón: comida simples; prefira sempre o balcão (preços mais baratos, chopp a €1). Na foto, sangria e bocadillo de calamares

 

Sobre as tapas: poucos foram os lugares em que encontramos bares onde as tapas eram servidas conforme consta no nosso imaginário: senta, pede uma bebida e vem a tapa junto. A única exceção foi Granada. Em geral, as tapas custam pouco: €2 a €3, mas é um prato pequeno – em alguns lugares mais cheio, outros menos. Numa bodega de Madrid, pedimos bebida, pedimos uma tapa de tortilla (paga) e só então nos foi servida a tradicional tapa de graça. Em outros, ficamos a ver navios. Não sei se o fato de sermos reconhecidamente turistas foi determinante para isso. Mas o ir de tapas parece que vem sendo substituído, pelo menos em Madrid, pelas tapas a preços baixos e pelos pinchos – pequenas porções também a preços baratos. Além das tapas e pinchos, há as raciones e media raciones, que são pratos maiores e mais cheios, parecidos com os petiscos que estamos acostumados a comer nos botequins e bares do Brasil.

 

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Mercado San Miguel, ao lado da Plaza Mayor

 

Talvez o melhor local de pinchos que encontramos foi o Mercado San Miguel. Realmente é um lugar muito agradável e altamente convidativo para quem gosta tanto de comida como nós. É uma espécie de mercado público que foi transformado num centro gastronômico, como muitos que temos espalhado pelo Brasil. Diversos boxes bem charmosos vendem pinchos aos turistas e nativos, cada um com sua especialidade.

 

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Exemplo de pinchos no mercado San Miguel

 

A maior quantidade é de mariscos e frutos do mar, mas tem de tudo (paella, salgados, sopas, jamónes, bocadillos etc.). O mais interessante me pareceu comprar uma taça ou uma garrafa de vinho e ficar circulando pelo mercado, que possui alguns balcões e mesas espalhados no centro e extremidades.

 

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Compre uma taça de vinho e circule pelos boxes do mercado, que servem pinchos deliciosos!!

 

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Exemplo de pincho. Esse não foi no mercado San Miguel, mas numa pintxeria próximo da Plaza Santa Ana

 

Alguns gastos do dia:

 

Táxi Amsterdã – Schiphol: €40

Ônibus Línea Exprés Aeroporto – Madrid: €2,00

Metro Madrid: €1,5

10 tickets do metro Madrid (não é pessoal, pode ser dividido com outra pessoa): €9,30

Ônibus ida e volta para Toledo: €9

Almoço para 2 pessoas no Museu Del Jamón: €14

Chopp no Museu del Jamón: €1

Chopp em outros locais: entre €1-€2

Taça de vinho no mercado San Miguel (vinho da casa): €3

Ración de lula frita nas proximidades da Plaza Mayor - €8,5

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05.04 – Madrid

 

Acordamos bem tarde, afinal isso também é férias, e férias significam descanso também – principalmente para um casal com três filhos. A chuva persistia, e saímos em busca de um bom café com croissants. Aliás, como são bons os croissants por essas bandas!! Muito diferente do Brasil, fundamentalmente por causa da massa fina. Encontramos um nas proximidades da Puerta del Sol – nos custou €5 dois cafés e dois croissants. Caminhamos dessa vez no sentido oposto do dia anterior: rumo a Plaza Cibeles e Puerta de Alcalá, dois pontos bem conhecidos de Madrid. Descobrimos ali em Cibeles o Palácio Cibeles, um centro de informações e cultura, com um belo mirador da região: sobe-se de graça e se tira ótimas fotos.

 

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Visão desde o Palácio Cibeles. Boa vista e free

 

Depois tomamos o metrô e seguimos em direção a estação Moncloa para ver uma exposição permanente do Museu da América, sobre a história da colonização espanhola no continente – vale a pena e é barato (€3). Voltamos para almoçar na Plaza Mayor, e descobrimos que sentar nas mesas é MUITO mais caro que comer na barra, ou balcão: um chopp, por exemplo, que pode sair a €1 na barra, custa quase €3 nas mesas. Depois disso já era quase 17h e fomos aproveitar o período grátis do Museu do Prado. Uma dica: para quem não é aficcionado, me parece uma ótima estratégia economizar os €12 de entrada do Prado e aproveitar as 2hr gratuitas (que acho que são diárias). Vale também pagar os €3,50 do áudio guia, que deixa a visita menos maçante. Leve um fone de ouvido que o áudio pode ser dividido pelo casal. O Prado é grande, com diversas obras de diversos autores, e para os não aficcionados sugiro pegar o papel de informações do museu, que tem uma seleção das obras mais importantes e conhecidas (até quem não curte muito reconhece várias delas) e a indicação das salas onde estão. Acho que tem umas 30-35 obras indicadas. Eu só não deixaria de visitar, é bem interessante. Mas se eu tivesse que optar por um deles, optaria pelo Reina Sofía.

 

Na saída do Prado, a chuva ainda era incessante. Caminhamos em direção ao hotel e paramos para comer churros com chocolate – uma ótima pedida em Madrid. Aliás, o churro não é doce como em sua maior parte no Brasil. À noite, fomos curtir uma outra região boêmia de Madrid, a Plaza Santa Ana. Pareceram mais interessantes as ruas em seu entorno do que especificamente a Plaza. Aliás, foi ali que comemos a única tortilla realmente boa da viagem – aliás patatas bravas, um misto de ovos com batatas recheados com um molho picante. Só não lembro do nome do bar...

 

Alguns gastos do dia:

 

Água e sabão sólido no mercado - €4

Almoço - €15

Chocolate com churros - €5,00

Água com gás - €1,50

 

06/04 – Madrid

 

Acordamos bem cedo – era escuro ainda – e saímos para pegar o ônibus em direção a Toledo. Optamos por ir de ônibus, mais barato e que sai da estação de metrô Plaza Elíptica, pela empresa Alsa (€8 ida e volta). Levamos 45 minutos para chegar em Toledo (acho que de trem leva 30min). A rodoviária fica ao pé da cidade, e para chegar lá pode-se ir a pé pelas ladeiras ou de ônibus – deve-se tomar o ônibus 5 e descer na praça Zocodover. Dica: não compre mapas que se vendem na estação de ônibus. Eles são distribuídos de forma gratuita no centro de informação da cidade velha. Outra dica: quase nada em Toledo abre antes das 10h, aí incluso o centro de informação. Por menor que seja o lugar, eu não consigo conhecer uma cidade sem um mapa na mão (sou viciado neles). Então, não programe-se para chegar muuuuuito antes de 10h. A cidade velha é pequena, o que faz com que o percurso possa ser feito de forma rápida. O que dificulta mais são as constantes subidas e descidas.

 

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Vista da cidade velha de Toledo desde a rodoviária

 

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Cidade murada

 

Várias visitas guiadas pela cidade são oferecidas em Toledo, a maior parte girando em torno de €10-20. Seguimos sem guia inicialmente pelo Alcázar, imponente e gigante ao pé de uma colina. Ali ao lado há um ponto de ônibus turístico, que roda por Toledo e o turista pode saltar e entrar a qualquer momento. Custa €8. Não me parece uma boa, pois o melhor de lá é caminhar pelas ruazinhas apertadas do entorno, que obviamente não são acessíveis de ônibus. Toledo ainda mantém quase toda a cidade antiga envolta em muralhas, o que deixa as paisagens ainda mais belas. Depois seguimos em direção a Catedral (que estava fechada por ser Semana Santa) e a Sinagoga de El Tránsito, no antigo bairro judeu de Toledo. Resolvemos entrar para conhecer um pouco da história dos judeus em Toledo (€3). Descobri, filando um guia que falava para uns gringos, que a convivência dos judeus sob o domínio árabe da região foi bem pacífica, inclusive com eles se estabelecendo numa área privilegiada (bem protegida) da cidade, ao contrário dos cristãos, que se estabeleceram numa área mais exposta aos ataques. Depois seguimos para uma das muitas portas das muralhas (Puerta del Cabrón) e empreendemos o caminho de volta, não sem antes almoçar na bodega Wamba, da calle comercio 1, a €9, um delicioso filé com fritas. Antes de ir embora, encontrei uma pechincha em Toledo: um terno super 100 de dois botões muito bonito com taxfree a €99, e algumas camisas sociais a €18.

 

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Catedral de Toledo

 

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Traços característicos da arquitetura de Toledo e de toda Andaluzia - Sinagoga El Transito

 

À noite, resolvemos experimentar um outro clássico madrileño: a Cervecería 100Montaditos. Ao contrário dos bocadillos – que em geral são sanduíches grandes feitos com pão francês – os montaditos são menores e muitas vezes são servidos como tapas em bares. Nesse bar escolhem-se os montaditos pelo número – são 100 opções, em diversos tamanhos e mesclas de números, paga-se e espera que chamem pelo nome. A comida é simples mas ótima para quem não quer uma refeição inteira, apenas petiscar com uma cerveja ou vinho. Os montaditos variam de €1 a €2. Depois, fomos tomar churros com chocolate na famosa Chocolatería San Ginés. O chocolate de lá é especial e vem muito bem servido a um ótimo preço – ou seja, vale a pena esperar a fila gigantesca que se forma por lá a qualquer hora da noite. O local também é bem típico. A especialidade é o chocolate com churros, sendo que esses são servidos em porções de seis, ou em porra de churros, que são dois churros bem grossos. Custam €3,70 e vem acompanhado de uma caneca grande de chocolate.

 

Alguns gastos do dia:

 

Cafezinho - €2,00

Almoço Toledo - €9 (menu do dia)

Ônibus urbano Toledo - €1,40

Chocolate com churros em Toledo - €2,80

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