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Treze dias entre Bariloche e Pucon


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Eu e meu marido decidimos fazer o roteiro Bariloche – Puerto Varas – Valdívia – Pucon, do dia 17/02/07 a 02/03/07.

Como sou uma apaixonada por vulcões, escolhemos esta região do Chile. Resolvemos ir por Bariloche por que nossa intenção era alugar um carro na Argentina, que é bem mais barato, e de lá partir para Pucon.

Somos de Florianópolis e compramos as passagens aéreas pela GOL para Buenos Aires. De Buenos Aires pegamos um ônibus para Bariloche pela empresa VIABARILOCHE. Apesar da viagem durar 18 horas, o ônibus é dez, melhor que o avião. Ônibus do tipo cama-executivo, muito confortável, servem todas as refeições acompanhadas de refrigerantes, vinhos e até champanhe.

Chegamos na rodoviária de Bariloche dia 18/02 às 11:30 horas e a empresa que alugamos o carro já estava lá nos aguardando. Depois de tudo acertado, rumamos para Puerto Varas.

Detalhe: Fiz tudo pela internet, compra de passagens aéreas, passagens de ônibus e aluguel do carro. Portanto, tudo já estava previamente acertado.

Saímos de Bariloche e passamos por Villa La Angostura (uma cidade muito bonita), almoçamos e fizemos algumas compras no supermercado (na Argentina é mais barato), pois iríamos acampar no Chile. Compramos só produtos industrializados pois sabemos que a entrada no Chile é bastante restrita quanto aos alimentos.

Seguimos caminho e nos deparamos com um imprevisto. Apesar de eu ter pego muitas dicas aqui no mochileiros, não sabíamos que a fila de carros era tão grande e demorada na fronteira entre a Argentina e o Chile.

Resultado: Perdemos 5 horas só na fronteira, e chegamos em Puerto Varas às 22:30 horas. Tivemos que ficar num hotel antes de nos instalar num camping.

No dia seguinte fomos para Ensenada e achamos um camping muito bom às margens do lago Llanquihue com o Vulcão Osorno bem ao lado. Pagamos 3.000 pesos por pessoa.

Fizemos o nosso rango e fomos até os saltos do rio Petrohué, muito bonito, vale a pena, com suas águas de uma cor verde maravilhosa.

O céu começou a ficar mais azul e as nuvens estavam desaparecendo. Pegamos o carro e fomos para o vulcão Osorno que nos aguardava para fotos sensacionais. Subimos o teleférico e ficamos maravilhados por estarmos próximos ao cume do Osorno com seus 2.661 metros de pura beleza. Realmente o Osorno é de tirar o chapéu! Dali em diante foi só fotografia do Vulcão Osorno, pois os dias estavam perfeitos.

Dia 20/02 partimos para Pucon, mas com muita tristeza de deixar aquele paraíso chamado Ensenada, com o Lago Llanquihue e o Vulcão Osorno como cartão postal.

Na estrada para Pucon, resolvemos entrar para almoçar em Valdivia e visitar o Mercado de Pescados local, famoso por seus leões marinhos, gooordos, só esperando a comida que vem a toda hora sem esforço, oferecida pelos feirantes. (Esta dica de passar em Valdivia eu também peguei aqui no Mochileiros) Valeu a pena!

Pegamos a auto estrada novamente e de longe já se avistava o vulcão Villarica (2.840 m).

Chegamos em Pucon e ficamos num camping super legal chamado “La Poza”, fica a duas quadras do centro e tem uma infra- estrutura muito boa, e a dona do camping é muito simpática. O camping fica localizado numa baía também chamada “La Poza” e que rendeu ótimas fotos do vulcão Villarica.

Depois de instalados, fomos ao centro agendar a subida ao Villarica. Fomos na agência Trancura (43.000 pesos).

Meu marido programou para o dia seguinte a subida. Minha intenção também era subir, mas fui desaconselhada pela moça da agência, pois exigiria muito esforço físico e principalmente, eles não iriam devolver o dinheiro caso eu não chegasse a cratera. Como eu não queria morrer com 80 dólares... Só meu marido agendou a subida, já que ele já está acostumado e tem preparo físico pra este tipo de aventura.

Ele esperou ainda dois dias até o dia ficar totalmente limpo para poder subir. Mas valeu a pena a espera, pois no dia da subida o céu estava totalmente limpo, o que possibilitou que ele tirasse fotos incríveis da cratera e da vista a partir do cume do Villarica. Fez também belas filmagens do vulcão.

A subida não é fácil mesmo, exige bastante preparo físico, foram 5 horas de subida, e muitas pessoas ficaram pelo caminho, ás vezes faltando apenas 50 minutos para chegar ao cume. Teve um brasileiro que se feriu na subida, uma pedra enorme rolou, atingindo-o, rasgando as duas calças que vestia e causando um ferimento sério na perna. Teve que descer antes de chegar a cratera.

Dia 24/02 seguimos de volta para Bariloche, pois teríamos que entregar o carro no dia 25. Neste caminho, muito bonito (50 Km de “rípio” ), chegamos a base do Vulcão Lanin (3.776 m), 30 minutos de caminhada até a base e, para variar, o tempo estava maravilhoso!!! Muitas fotos, um lanchinho, e pé na estrada outra vez. Passamos por Junin de Los Andes e dormimos em San Martin de Los Andes.

No dia seguinte pegamos a estrada novamente com destino a Bariloche pela Rota Sete Lagos (Linda!).

Dia 25/02 chegamos em Bariloche, devolvemos o carro e no dia seguinte, pegamos um ônibus para Pampa Linda para acampar aos pés do Cerro Tronador.

Como já conhecíamos Bariloche, resolvemos ficar dois dias em Pampa Linda. E o tempo, ainda colaborando, com céu azul sem nenhuma nuvem. Caminhamos até o Vetisquero Negro (16 km ida e volta), vale a pena a caminhada.

No dia seguinte meu marido subiu até o Refugio Otto Meiling. Uma subida de 4 à 6 horas, mas que recompensa com visual que se tem lá de cima.

Ficamos mais um dia em Bariloche, para umas comprinhas e voltamos para Buenos Aires para pegar o avião de volta ao Brasil – Floripa.

Enfim, o Chile vai deixar saudades!!!!

São lugares como este, onde a natureza é tão bela e exuberante, que faz com que a gente se sinta insignificante diante de tanta força e beleza.

Espero que vocês gostem de meu relato, pois peguei muitas dicas neste site, que considero um dos melhores sites de ajuda aos viajantes, mochileiros ou não.

 

ALGUMAS FOTOS DA VIAGEM:

 

http://ricascia.wixsite.com/billkitrip

 

GASTOS DESTA VIAGEM (para duas pessoas):

 

Transportes: R$ 2.298,87 (Aéreo, ônibus, aluguel de carro e outros)

Alimentação: R$ 248,00 (Restaurantes, supermercados, etc)

Hospedagem:R$ 446,00 (5 dias em Hotéis e o restante em camping)

Combustível: R$ 156,00 (1.400 Km rodados)

Diversos: R$ 589,00 (Presentes, passeios, entradas nos parques, etc)

TOTAL (para duas pessoas): R$ 3.737,87

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Cascia,

 

As fotos estão lindas... foi uma bela viagem. Tenho uma dúvida sobre a locação do carro. Pelo que entendi você alugaram o carro na Argentina e depois foram para o Chile, para isso vocês precisaram providenciar alguma documentação especial para cruzar a fronteira com o carro alugado, se sim quanto tiveram que pagar?

Pergunto iso pois até onde sei quando você sai do Brasil com um carro alugado você precisa de carta de autorização da locadora reconhecida no consulado para entrar na Argentina e Chile.

No ano retrasado eu fui para o Chile e aluguei um carro lá, e perguntei se poderia cruzar a fronteira para conhecer Mendoza e também fui informado que precisava da tal carta autorizando e na época a locadora queria me cobrar mais de 500 reais para fazer a tal carta...um absurdo.

 

Abs

Caio

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Olá Caio!

 

Em Bariloche, todas as locadoras que consultei já tinham um documento especial para entrada no Chile, e o preço não mudou nada. Somente se perdessemos o tal papel é que teríamos que pagar alguma coisa, que não lembro agora qual o valor(que também não era muito). Então foi tranquilo, na fronteira eles carimbavam o tal papel da autorização, junto com os documentos do carro.

Consultei várias agências de aluguel de carro (peguei tudo no site www.interpatagonia.com) e optamos pela APUrent a car, que era a mais em conta.

 

Abraços

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Cascia,

 

Obrigado pela informação. Vou entrar em contato com as locadoras para conseguir maiores detalhes.

Estou planejando uma viagem para Machu Pichu passando pelo atacama e talvez uma alternativa seja iniciar a viagem de carro em salta em vez de ir com o meu saindo daqui.

 

Caio

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Oi Cascia,

 

Também moro em Florianópolis e estou terminando meu roteiro para Chile e Argentina, para final de julho/07 - 20 dias. Vou fazer Santiago, Viña del Mar e Valparaíso, Pucón, Valdívia, Puerto Varas, Frutillar, Bariloche e Buenos Aires. Já peguei muitas dicas tuas. Será que dá fazer a subida ao Vulcão mesmo no inverno??

Tuas fotos ficaram lindas!!

 

Abs, Célia

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  • Membros

Oi Célia,

 

Acho que dá pra subir no inverno, sim. A única diferença é que vc vai pegar mais frio e mais neve. Mas de qualquer forma, dá uma olhadinha no tópico sobre Pucon que vc terá com certeza esta informação.

Abraços e aproveite bem a viagem!

Qualquer dica que eu puder te dar, estou a disposição.

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