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1ª Viagem destino: Colômbia-Equador-Perú-Bolívia em 26 dias - Relato em andamento (com fotos)


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Aqui o relato da 1ª viagem de três mochileiros...

 

Nada melhor que saber qual foi o trajeto, portanto a figura abaixo mostra as cidades que passamos/conhecemos.

 

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Pegamos vôos em Curitiba e em Florianópolis para desembarcar em Bogotá, pela Gol no dia 30/12/2010 (R$950,00).

 

Colômbia:

 

Dica: Se você pretende viajar de ônibus pelo país no final do ano, compre antecipadamente as passagens, realmente não tem como comprar na hora!

 

Chegando em Bogotá estranhamos bastante, pois agora somente escutavamos espanhol, sem ter tido muito contato com o idioma por aqui.

O carro que nos pegaria no aeroporto e nos levaria até a cidade de Pereira, onde um amigo colômbiano nos esperava, não estava nos aguardando.

Emprestamos um celular para ligar pra ele e em pouco tempo ele chegou (por sinal a telefonia móvel na colômbia é muito barata se comparada à do Brasil).

Não ficamos na cidade de Bogotá, mas pelo que presenciamos, tivemos a impressão de ser uma cidade com um trânsito bastante caótico.

O motorista nos contou que na colômbia, por muitos anos devido as guerrilhas, não houve muito turismo. Não sei se este foi o motivo, mas o país pareceu bastante receptivo com os turistas.

O trajeto de Bogotá à Pereira levou em torno de 11h, devido ao trânsito, o motorista ter se perdido em alguns lugares e a travessia de uma serra. A altitude no trajeto incomodou um pouco.

 

Chegando em Pereira, na casa de nosso amigo onde iríamos ficar 8 dias, fomos bem recebidos com uma cerveja com tequila e sal.

A foto abaixo mostra o momento.

 

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Passeamos pela cidade de Pereira, bastante bonita por sinal, compramos casacos para neve, câmeras fotográficas (muito baratos por sinal) e nos preparamos para a virada do ano.

Nos contaram que é comum a queima de bonecos com roupas antigas, para que se deixe o velho para trás e que venha o novo, pelo país inteiro.

Outro costume são as lentilhas que não são comidas, mas colocadas nos bolsos, jogadas uns nos outros e afins.

Foi aqui que experimentamos pela primeira vez a aguardente deles (tem gosto de anís)

Como este é um relato de viagem vou começar a deixar relatos como os acima citados de fora para que não fiquei muito extenso.

 

Conhecemos as Termales de Santa Helena (Termas com água vulcânica natural), cidade perto de Pereira, realmente um lugar fantástico.

 

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Outro atrativo perto da cidade de Pereira é no Nevado del Luiz, em Manizzales. Abaixo umas fotos do lugar:

Primeira experiência com neve e o chá de coca na altitude (realmente ajuda).

 

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Claro que como bons brasileiro não poderíamos deixar nossos amigos colombianos sem um churrasco brasileiro no espeto e sal grosso (tudo no improviso) com caipirinhas:

 

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Saímos para a noite em Pereira, analisando que a região possui um povo diferente do que vemos no Brasil, mas bastante bonito.

 

Dia 6/01 partida da Colômbia

 

Não conhecemos muita cidades na colômbia, porém conhecemos bem cada local e fizemos amizades, agora era hora de partir.

Saimos de Pereira com destino Calí, para pegar um ônibus para cruzar a fronteira da colômbia (Ipiáles) com Equador, sem muitas dificuldades, fazendo a travessia durante o dia (importante fazer as travessias de fronteira durante o dia, após será feito um relato de uma travessia tensa durante a noite).

 

Conforme sugestão da Letícia, continua aqui mesmo o tópico

 

EQUADOR:

 

Após cruzar a fronteira (foto abaixo). fomos para Tulcan (existem vans que ficam na fronteira e que fazem este trajeto por um preço amigável, porém é necessário dólares para o pagamento destas) para pegar um ônibus para Quito.

 

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A Van nos deixou na rodoviária local, com nossa chegada sendo turbulenta, pois segundo as 5 pessoas que estavam lá (ônibus não pertencente à rodoviária) este já iria sair e não faria paradas desnecessárias, chegando rapidamente em Quito.

Vai a dica: não pense que com o ônibus tendo um bom preço e já estar saindo vc fez um bom negócio. Paramos um zilhão de vezes no caminho, toda hora parava para pegar mais passageiros, entravam vários vendedores ambulantes, pessoas discursando para arrecadar dinheiro, realmente não andava. De acordo com o tempo estimado chegaríamos às 21h na rodoviária, porém chegamos à 1h da manhã, sendo uma viagem extremamente cansativa. Não havíamos ainda feito reserva de um local para ficar, ligamos nos telefones que haviam no nosso manual salvador "Guia criativo para o viajante independente na america do sul" e fomos para o hostel Amazon Inn. Este foi um bom hostel e estavamos a duas quadras do centro de Miraflores (foto abaixo), lugar onde permanecemos mais uma noite.

 

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Dica: não é propaganda, realmente este manual "Guia criativo para o viajante independente na america do sul" nos ajudou muito.

 

No dia seguinte, fizemos um tour completo pela cidade, iniciando no parque da metade do mundo, teleférico e finalizando no centro histórico:

 

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A noite novamente em miraflores, saímos para beber e pela manhã partimos para Riobamba, onde compraríamos a passagem para viajar em cima do Trem que passa pelo desfiladeiro nariz do Diabo.

 

Decepcção ao chegar em Riobamba: A Ferrocarrilles del Equador modernizou os trens, não possibilitando mais a viagem sobre o mesmo. Até ai tudo bem, ainda iríamos de trem até Alausí, mas quando soubemos que o trajeto que faria a descida do nariz del diablo estava em manutenção foi brochante. Decidimos Cruzar a avenida dos vulcões de ônibus. Realmente uma avenida difente do que se vê no Brasil, o vulcão Chimborazo é gigante, sendo o ponto mais próximo do sol na terra (não é o mais alto, mas por estar muito próximo a linha do equador o deixa mais próximo).

 

Partimos para Cuenca, para ficar no centro histórico (muito bonito por sinal) onde existem obras gigantescas como da catedral nas fotos abaixo (sim, a primeira é a porta lateral da catedral e a segunda é ela inteira):

 

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Próximo destino: Perú

 

Fronteira Equador-Perú (momento tenso)

 

Saímos pela tarde de Cuenca, após almoçar para ir até a rodoviária pegar um ônibus para Tumbes. Alguns ônibus optam por passar direto a fronteira sem carimbar o passaporte, mas como achamos que isto seria ruim, pois teríamos que voltar à fronteira para carimbar nossa saída do Equador e entrada no Perú, decidimos parar na fronteira. Já era noite e o ônibus nos deixou na frente da emigração equatoriana, no meio da avenida deserta. Cruzamos a avenida e carimbamos nossa saída, porém pensamos, e agora? não havia sinal de táxi e nem de ônibus na avenida deserta. Esperamos meia hora e um táxi apareceu, dizendo que iria nos levar até a divisa entre os países. Pensamos: Ok, vai nos deixar na imigração peruana, mas não foi bem o que aconteceu. O taxista cumprimentou um policial local, um kilômetro, parou em um local entre os países que parecia mais uma favela, com pessoas mal encaradas, deitadas no chão e que rodearam nosso táxi. O taxista explicou que deveríamos trocar de táxi (um outro estava esperando) porque ele não poderia trabalhar no outro país. Quando saímos do taxi, acertando o valor, as pessoas em volta começaram chegar mais perto, dando a sensação de sufocamento, com uma das mochilas sendo pega por uma delas e já sendo colocada no táxi peruano. Nesta hora nosso amigo Eduardo sem pensar, no reflexo, colocou a mão para que o taxista não fechasse o porta-malas e falou alto "Quanto?" com uma cara de nervoso. As pessoas que nos cercavam neste momento se distanciaram alguns passos, onde o taxista disse o valor e nós entramos no táxi rápidamente, pedindo para que o mesmo já saísse. No caminho ele vinha fazendo gestos e passando sinais para alguns indivíduos, para cada gesto que ele fazia, no mesmo momento interrogávamos perguntando se era um amigo? Por que deu sinal de luz? O que isto significa? Somente então o mesmo parou de fazer sinais.

O táxi parou no caminho para irmos na imigração peruana. Saí primeiro e carimbei meu passaporte, com meus amigos esperando no táxi, quando eu voltei, eles foram. Na volta deles o taxista pediu para que os mesmos se apressassem pois estavamos sendo rodeados por motos, que segundo o taxista eram bandidos. Ele nos alertou também para cuidar com a noite de Tumbes, pois se a polícia está em uma esquina, não significa que na outra você não pode ser assaltado. Chegamos a um hotel, onde fizemos o check-in e a sensação de adrenalina baixou um pouco, passando a situação tensa.

 

Perú

 

Tumbes possui praias bonitas, e foi nosso primeiro contato com o Pacífico. Existem muitos mototáxis (foto abaixo) na cidade, deixando o trânsito até caótico com um barulho frequente de buzinas. Optamos por não utilizá-las, mas pode ser um meio de transporte mais barato que o táxi.

 

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É comum no Perú não existir rodoviárias em cidades menores, sendo a passagem de ônibus comprada diretamente nas agências de ônibus, e por ali também o embarque. Compramos a passagem para o meio da tarde para Trujillo. Como teríamos bastante tempo, decidimos ir conhecer uma praia, e como a foto abaixo mostra um garoto passeava com seu bichinho de estimação:

 

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Como ainda tinhamos tempo e sabíamos que Tumbes era famosa pelo criadouro de crocodilos (crocodilo de tumbes) decidimos fazer o passeio pelo manguezal:

 

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Hora de nos despedir da cidade e ir para Trujillo. A idéia em Trujillo era ir até o balneário de huanchaco, porém como chegamos tarde, após 19h de ônibus, decidimos não ficar em Trujillo, mas seguir direto para Lima.

 

Chegando em Lima, ficamos encantados com a cidade, principalmente no local onde ficamos (Miraflores):

 

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Gostamos tanto de Lima que extendemos nossa estadia em mais um dia, para ver o show das fontes (segundo o guiness o maior parque de chafarizes do mundo), e ir à praia (estranha por ser de pedra com água fria) e que realmente valeu a estadia.

 

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Existem várias outras fotos ótimas, mas que não vou postar para o tópico não ficar maior que já está!

 

Hora de sair de Lima e ir para Ica, conhecer um Oásis natural e onde se fabrica o pisco.

 

A chegada em Ica nos pareceu bastante amigável, já fechando um carro, com um bom preço fixo, para nos levar até uma fábrica artesanal de Pisco, onde nos explicaram o processo e fizemos a prova de vários tipos de pisco:

 

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O pisco produzido na região é de uma ótima qualidade devido ao clima onde as uvas crescem, com bastante água no solo e sem chuvas para machucá-las.

 

O taxista que parecia bastante amigável, já não ficou tão amigável quando não compramos mercadorias com medo que elas quebrassem no caminho, coforme uma experiência passada. Também desistimos de um passeio de jeep (que não iríamos ter tempo para fazer) pelas dunas do oásis Huacachinae.

 

Ao final do passeio ele nos deixou no oásis Huacachinae, cobrando um valor maior que o combinado nos deixando um pouco desconfortáveis, contudo realmente ver e estar em um oásis natural é fantástico:

 

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Não pernoitamos em Ica, somente passamos o dia, chegada a hora de partir para Cuzco.

 

Cuzco.

 

A cidade de Cuzco possui diversas atrações noturnas, com a maioria dos pubs não cobrando a entrada, uma cidade quase que inteiramente turística.

Ao desembarcar em Cuzco, fomos abordados por uma moça que fazia pacotes turísticos para Machu Picchu. Geralmente fecham pacotes de 3 dias, pelo valle sagrado (entre os povoados de Písac e Ollantaytambo), uma noite em águas calientes (vilarejo na base de Machu Picchu) entrada para Machu Picchu e translato Cuzco-Ollantaytambo (carro)-Águas calientes (trem)/Águas calientes-Ollantaytambo (trem)-Cuzco(carro ou ônibus), por 200,00 dólares. As entradas para os monumentos arqueológicos do valle sagrado também eram a parte.

Decidimos, por falta de tempo e um dos amigos não estar bem de estômago na viagem, não fazer o valle sagrado, mas ir direto à Machu Picchu. Fechamos um pacote translato - Cuzco-Ollantaytambo (carro)-Águas calientes (trem)/Águas calientes-Ollantaytambo (trem)-Cuzco(carro ou ônibus) e entrada em Machu Picchu (estudante) por 160 dólares.

A seguir fotos do trajeto: 1ª Cuzco-Ollantaytambo (carro) - 2ª Ollantaytambo-Águas calientes (trem):

 

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Chegamos em Águas calientes e estavamos sendo aguardados na estação de trem pelo pessoal do hostel, um hostel bastante amigável, perto das termas (bem pequenas). Logo em seguida apareceu um agente da empresa de turismo para pegar os dados, para que eles comprarem nossa entrada para o parque, e então saimos para comer. Os preços praticados em Águas Calientes não eram tão diferentes dos praticados em Cuzco.

Em toda a viagem a primeira vez que nos perguntaram se éramos brasileiros, diretamente, foi em Águas Calientes.

O agente nos trouxe as entradas e nos alertou que caso tivéssemos interesse em subir até Huayna Picchu (montanha mais alta) deveríamos pegar os primeiros ônibus que sairiam às 5h da manhã. A fila começa a se formar às 4h, portanto se é de interesse subir até Huayna Picchu (limitado em 400 acessos diários) é necessário entrar no começo desta.

Para nossa surpresa quando os primeiros ônibus chegaram a fila já estava imensa, sendo que quase não conseguimos autorização para entrada (nº389). Conseguimos carimbar para a entrada no segundo horário da manhã, pois já havíamos nos informados previamente que se pegássemos o horário das 8h para entrada, poderíamos correr o risco de não ver nada devido a neblina, sendo que no horário das 10h o passeio com o guia já haveria acabado (também fazia parte do pacote).

 

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Voltamos a Cuzco e após seguimos viagem, pela manhã após o café da manhã, para Puno.

 

Em Puno optamos por fazer o passeio pelas ilhas dos Uros - Ilhas artificiais flutuantes (feitas de junco) no lago Titicaca, um passeio bastante tranquilo e bom de se fazer:

 

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Chegado o momento de partir do Perú e ir para a Bolívia. Continuo sobre a entrada e a estadia na bolívia a seguir...

Editado por Visitante
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  • Membros de Honra

Oi Daniel,

 

Legal seu relato viu! Estive na Colombia este ano e realmente vale muito a pena.

Se voltar vou ver se dou um pulo em Manizalles! Gostei do Nevado!

 

Sugiro que poste seu relato todo aqui mesmo! Fica muito mais fácil pra todo mundo acompanhar.

 

Abraços!

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  • 1 mês depois...
  • Membros

Adorei...seu relato...eu já fiz Bolivia, Peru e Argentina...mas tiveram vários lugares que eu pulei...agora quero voltar, e fazer o mesmo trajeto que vc, mas ao contrario...e Salar do Uyuni é meu principal objetivo, Machu Picchu fia as trilhas incas...simplesmente adoreiiii...e na Bolivia eu fiz a viagem de Puerto Quijaro a Santa Cruz no trem de La Muerte, 20h de trem...um calor dos infernos, a pior classe...mas novos amigos que fiz brasileiros, franceses e espanhóis...mta risada e diversão...foi a melhor coisa q já fiz

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  • 1 ano depois...
  • Membros

Nossa Daniel,

adorei o seu relato!! Estou aqui começando a esboçar meu roteiro e está mais ou menos igual!

Quero também começar de cima pra baixo, apenas acrescentando algumas cidades como Cartagena na Colombia, Oruro/Potosí/Uyuni na Bolívia.... tenho a pretenção de fazer essa trip em 30 dias, mas como vcs conseguiram fazer em 26...acho que dá com folga!

 

Tô aguardando as cenas do próx capítulo!!

 

Abraços!

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  • 5 meses depois...
  • 6 meses depois...
  • 1 ano depois...

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Visitante
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