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Mendoza x Bariloche x Buenos Aires – 12 dias!


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Relato de uma viagem marcante...

Primeiro mochilão, primeira viagem internacional, primeira viagem sozinha (a lazer)... quantas estréias!

 

O pré-mochilão...

Final de 2009, ao marcar minhas férias, a idéia surgiu. Escolhi época de baixa temporada, quando é possível conhecer os lugares como eles realmente são. As cidades não estão abarrotadas de turistas e os preços não estão exorbitantes. O mês de maio era ideal. Só não era perfeito por um motivo: 100% dos amigos e familiares estariam atarefados com trabalho/estudos e eu provavelmente viajaria sozinha... o que não me intimidou, mantive minha opção pelo mês de maio. Em seguida, comecei minhas pesquisas para definir o destino. É aí que minha história com o Mochileiros.com começa....

Ao pesquisar na web os possíveis destinos, me deparei com um relato de viagem fantástico. Aquele texto me encantou e o roteiro tinha tudo a ver comigo. Logo abri uma conta no site e longos meses de pesquisas, conversas e esclarecimentos de dúvidas se passaram... O relato (escrito por Leocaetano) foi a fonte inspiradora para meu tão sonhado mochilão. Tirei várias dúvidas com ele e com outros colegas do site. Até que decidi o roteiro: Mendoza x Bariloche x Buenos Aires.

Em seguida, iniciou-se outro processo: escolha e reservas dos hostels, compra das passagens de uma cidade para a outra e definição das atividades/passeios/visitas/rotas a serem feitos em cada lugar. Afinal, eu tinha 12 dias e não queria ter nenhum segundo desperdiçado...

 

1º dia (18/05 – terça-feira)

Cheguei em Buenos Aires às 13:45hs. Ao sair da sala de desembarque, logo à direita, é possível visualizar o Banco de La Nación, onde troquei todo o dinheiro em espécie (Reais) que eu tinha. A cotação é uma das melhores. Após longos meses de pesquisa, concluí que, entre as várias opções de ter dinheiro na Argentina (Travel Money, Traveler’s Check, etc.) a melhor é levar dinheiro em espécie (o Real é bem aceito) e trocar lá. Realmente foi um bom negócio.

Com dinheiro no bolso, segui para a rodoviária de Retiro, onde embarcaria para Mendoza. Viajar de ônibus na Argentina não é nenhum sacrifício. Os ônibus são mega confortáveis e o serviço de bordo é excelente. Durante a viagem eles oferecem jantar, café-da-manhã e ainda tem um bingo, onde distribuem brindes... a viagem não é nada monótona! =)

 

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[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100611004255.JPG 375 500 Bodegas Lopez]2º dia (19/05 – quarta-feira)

Como previsto, às 9hs a.m. estava desembarcando em Mendoza. Dei de cara com um balcão de informações ao turista, onde ganhei um mapa da cidade e o funcionário me mostrou onde estávamos e onde estava o hostel em que eu me hospedaria. Taxi? Que nada! Encarnei o espírito de mochileira e resolvi ir andando até lá.

Ainda estava tímida com meu espanhol, mas os staffs do hostel eram muito amigáveis e logo me soltei. No próprio hostel eles forneceram informações sobre os passeios/esportes/atividades que poderiam ser feitos na cidade. Como já saí do Brasil bem informada, tinha certeza de duas coisas que não poderia deixar de fazer: a rota do vinho e a ida ao Aconcágua.

 

Cheguei no hostel aproximadamente 10hs. Como já tinha perdido metade da manhã, não tinha muitas opções... Resolvi fazer a rota do vinho, que ocuparia toda a tarde. No próprio hostel conheci 3 brasileiros que chegaram no mesmo dia que eu, quase na mesma hora. Também optaram pela rota do vinho... Conhecemos duas vinícolas e um olival (produção artesanal de azeite). Experimentei um dos melhores vinhos da minha vida... mas, para meu futuro arrependimento, não comprei a garrafa...

A noite andei pela cidade. Mendoza é uma cidade pequena e muito charmosa!!

Não demorei muito na minha caminhada, precisava de uma boa noite de sono pois, além de descansar da viagem, tinha que estar bem para enfrentar o trekking que faria no dia seguinte...[/picturethis]

 

3º dia (20/05 - quinta-feira)

Às 6hs eu e dois dos brasileiros já estávamos de pé para fazer o Trekking Vallecitos... uma estação de esqui em plena Cordilheira Frontal. Viajamos por algumas horas e lá estávamos, aos pés da Cordilheira. De cara, uma subida beeem íngreme... era só o começo de uma longa jornada. No total, foram 6 horas de caminhada, mas a vista, há 3.850 metros de altura compensou qualquer cansaço ou dor no pé. É sensacional!

Voltamos a noite para o hostel... mais uma vez andei um pouco pela cidade, mas logo retornei... no dia seguinte tinha mais!!!

 

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4º dia (21/05 – sexta-feira)

Finalmente, um dos dias mais esperados de todo o mochilão: conhecer o Aconcágua! Acordamos cedo, fazia bastante frio nesse dia.

A viagem foi extensa, fizemos paradas importantes. Entre elas, o monumento natural Puente Del Inca... Chegando no Parque Provincial Aconcágua dá para ver, ao fundo, o Aconcágua... não é possível visualizar muita coisa, nem se aproximar muito... Lá que me dei conta que não chegaríamos até ele. A proposta era essa: ver de longe.

Para chegar à base do gigante são necessários 2 dias e para subir até a metade (4000 metros), pelo menos 8. Confesso que para mim foi um pouco frustrante, minha intenção era ir até o Aconcágua e eu estava preparada para isso... Terei que voltar a Mendoza, com mais tempo, e chegar pelo menos até os 4000 metros... ;)

Ao retornar, paramos no refúgio Penitentes... boa estrutura com restaurante, hostel, hotel... Almoçamos um “quase jantar” (era fim de tarde) e fizemos a longa viagem de volta.

 

5º dia (22/05 – sábado)

Último dia em Mendoza. Acordei cedo e fui explorar a cidade. Aproveitei para comprar algumas coisas, mas procurava algo em especial: o vinho branco suave que experimentei na rota do vinho e, na ocasião, não comprei. Rodei toda a Av. Las Heras (centro comercial) mostrando a foto da vinícola nas lojas e perguntando onde encontraria o bendito vinho. Até que finalmente encontrei, pelo dobro do preço, mas encontrei!

Pronto, missão cumprida em Mendoza. Hora de arrumar as malas e partir para o próximo destino: Bariloche. Por coincidência, os brasileiros também iriam para Bariloche e ficariam no mesmo hostel que eu...

 

6º dia (23/05 – domingo)

Cheguei em Bariloche por volta das 13hs. Já instalada, fui explorar a cidade (pra variar! rs...). No Centro Cívico, onde há um posto de atendimento ao turista, peguei algumas informações. Me deram o mapa da cidade e uma lista de agências de turismo onde eu poderia marcar passeios, etc.

Após decidido o que faría nos próximos dias, continuei andando por Bariloche. A cidade é linda, tem um nascer e pôr-do-sol dignos de cartão-postal. Nunca vi tantas chocolaterias juntas... é chocolate que não acaba mais! Também nunca vi tantos brasileiros, onde eu ia ouvia português... Aí pude entender o apelido de "BrasiLoche", faz todo sentido... =)

 

7º dia (24/05 – segunda-feira)

Fui até Villa La Angostura, uma cidadezinha bem próxima a Bariloche. Tão bonita quanto... de lá partimos para San Martin de Los Andes, essa me encantou mais ainda! O estilo é bem parecido com Bariloche, porém eles foram mais rígidos com a preservação da arquitetura das casas, todas as construções seguem um padrão... Passamos 3 horas explorando a cidade. Não é muito grande, mas é tão agradável que, por mim, passaria dias ao invés de horas por lá...

 

A noite, de volta ao hostel, resolvi improvisar meu jantar. Na cozinha haviam três “chicos”. Começamos a conversar sobre várias coisas... a conversa ficava cada vez mais descontraída. Até que um deles (músico) resolveu levar um violão, uma gaita e um tamborete para a cozinha. As pessoas que lá chegavam, ficavam...o ambiente começou a encher, encher e encher... De repente haviam quase vinte pessoas ali conversando, tocando e cantando juntas... gente do mundo inteiro! Vi meu “jantar improvisado” virar uma verdadeira festa!!! ADOREI! \o/!

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100611151329.JPG 500 375 Lago Huapi]8º dia (25/05 - terça-feira)

Esse foi um dos pontos fortes da viagem. Fiz o Circuito Chico para chegar até o famoso centro de esqui Cerro Catedral. O percurso é demais, as paisagens às margens dos lagos Nahuel Huapi (foto) e Moreno chegam a ser inacreditáveis de tão belas....

É uma rota muito explorada pelo turismo. São realizadas paradas estratégicas onde há comerciantes prontos para oferecer os mais diversos produtos da região. Por todos os lugares, inclusive na cidade de Bariloche, encontramos nativos exibindo cachorros muito bem cuidados da raça São Bernardo. São lindos e geralmente estão prontos (todos enfeitados) para tirar fotos com os turistas. Aconselho consultarem o preço antes de ”sacar la foto”, eles cobram (e muito) por isso!

.[/picturethis]

Voltando ao passeio...depois das paradas em torno dos lagos (enormes), chegamos em Cerro Catedral. Não se trata apenas de uma estação de esqui. Aos pés da montanha há um vilarejo onde existem restaurantes, lanchonetes, chocolatarias, hotéis e várias lojas de roupas e acessórios oferecendo cursos de esqui, snowboard, esportes da neve em geral. A estrutura é muito boa!

Fizemos a subida à estação por um bondinho e, para ir mais alto, por um teleférico individual.

Nesse dia a temperatura no ponto final do bondinho registrava 5 graus negativos. Mais acima, quase no topo, beirou os 10 negativos. Minha sorte é que, para fazer o trekking em Mendoza, providenciei uma segunda-pele térmica, que usei por quase toda a viagem. A roupa térmica segurou bem o frio que enfrentei nesse dia.

No ponto mais alto da montanha, a paisagem mais uma vez me deixou boqueaberta (foto abaixo). Para completar o visual, começou a nevar...

Melhor impossível! Até aquele exagero de frio ficou bom... :)

 

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9º dia (26/05 – quarta-feira)

Último dia em Bariloche. Acordei bem cedo e fui às compras! Chocolate, chocolate e chocolate (pergunta se algum chegou no Brasil...rs!). Andei mais um pouco pela cidade, caía uma neve bem fininha, que eles chamam ‘nevizca’. Me preparei e fui para o aeroporto.

Começa aí a única parte chata da viagem... Nesse dia nevou bastante e meu vôo atrasou. Estava marcado para as 12:40hs, porém só embarquei às 18hs. Não tenho problemas com atrasos, mas nessa viagem cada segundo era precioso... Outro detalhe que aumentou ainda mais a minha aflição era que minha irmã conseguiu alguns dias de folga e estava em Buenos Aires me esperando... lamentei muito as horas de Buenos Aires que estava perdendo, mas cheguei lá mais elétrica do que nunca, disposta a compensar cada minuto que passei presa no aeroporto em Bari...

Cheguei no hostel, em Buenos Aires, cerca de 21hs. Finalmente encontrei minha irmã...

 

10º dia (27/05 - quinta-feira)

Nos hospedamos no Florida Suítes. Bem localizado, em plena calle Florida. Fica próximo à Casa Rosada, setor bancário, Obelisco... além da própria rua ser um grande centro comercial, com várias outlets, bem conhecida por quem vai às compras em Buenos Aires.

Esse era o dia de explorar a cidade. Compramos duas passagens do bus tour. Trata-se de um tour pela cidade em ônibus turísticos, equipados com sistemas de áudio e vídeo que ilustram e contextualizam todo o percurso. O bom do bus tour é que é permitido descer em qualquer um dos pontos do trajeto. E, de trinta em trinta minutos passa um ônibus em cada um dos pontos. Isso dá certa liberdade ao turista, que conhece e permanece o tempo que quiser, no ponto turístico que se interessar.

Para nós foi uma excelente alternativa de transporte pela cidade.

Fizemos uma parada no Caminito, no bairro La Boca. É um espaço com várias casas coloridas, algumas lojas, restaurantes pequenos e vários dançarinos de tango (tanto homens quanto mulheres) assediando quem passa por por alí para tirar fotos. Embarcamos novamente no ônibus e descemos em Puerto Madero. É um extenso porto cercado por bons restaurantes. O lugar é muito bonito.

A noite jantamos no La Gasona, uma lanchonete gigantesca perto do hostel.

 

11º dia (28/05 - sexta-feira)

Dia de conhecer a famosa Palermo Hollywood (região de lojas e outlets em Palermo) e aproveitar os preços (bastante atrativos) para fazer compras.... Antes, fomos ao Cemitério de Recoleta, onde fica o túmulo de Evita Perón e importantes presidentes da Argentina... Ouvi tanto falar nesse cemitério, tinha que conhecer. Confesso que, nem de longe, é dos meus programas preferidos.

Não nos demoramos muito e logo caminhamos em direção à Palermo Hollywood, mais precisamente av. Córdoba, onde se concentram as outlets.

A caminhada foi extensa. Quando lá chegamos, não havia mais energia para percorrer a avenida, muito menos conferir as milhares de lojas. Almoçamos e logo voltamos ao centro. Fizemos duas reservas para o show de tango no Café Tortoni, tradicionalíssimo em Buenos Aires. O espaço é enorme e muito requintado.

Nos apressamos para ficar prontas, afinal nossas reservas para o show estavam marcadas para as 20hs.

Chegando lá, duas filas grandes. Uma para quem foi assistir ao show e outra para quem queria tomar um café. O lugar é muito procurado e as filas fazem parte da rotina.

O show de tango é 100% teatral. Há todo um contexto envolvendo dança e interpretação dos bailarinos. Eles contam uma história através do tango. É emocionante... gostei muito!

 

12º dia (29/05 – sábado)

Chovia bastante. Ficamos pela calle Florida mesmo. A rua é enorme, passamos o dia todo de loja em loja. Com aquela chuva, não tinha como ser diferente.

Jantamos e voltamos para o hostel. Logo desci para o bar, onde o pessoal do hostel se reúne para ir ao “el boliche porteño”, ou seja, a noitada de Buenos Aires! Finalmente conheci a noitada argentina. Durante toda a viagem meus programas foram diurnos, ao menos um dia tinha que agitar por lá...

O “boliche porteño” começa quando a ‘noitada brasileira’ está na metade, às 2 horas da manhã. E termina cerca de 8 horas... uma loucura!

Nesse dia fomos à Pacha. Existem várias aqui no Brasil: em Búzios, em São Paulo, Florianópolis... até hoje não conheci nem a de Búzios, mas tudo bem.. pelo menos a de Buenos Aires pude conferir! rs...

O espaço é grande, a música é boa... é a maior boate de Buenos Aires. Eu voltaria mais vezes, sem dúvida!

 

13º dia (30/05 – domingo)

Minha irmã acordou (eu não precisei porque não dormi.. haha!) e fomos ao aeroporto. Meu vôo era às 11hs, o dela às 15hs... chegamos em cima da minha hora de embarque, uma correria! Não aproveitei muito o Free Shop da volta, mas só de passar por ele percebi o que perdi... é muito maior e melhor que o da vinda... esse vou ter que deixar para a próxima!

Cerca de 14hs desembarquei no Rio e voltei à realidade! =)

Editado por Visitante
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Olá!!!

Que bom que gostou do relato!

Em Mendoza há muitas agências de turismo que oferecem o passeio pelas vinícolas. Não é muito difícil encontrar....

Acertei todos os passeios que fiz no próprio hostel (Campo Base). Lá eles me passaram todas as informações e me deram as opções para cada dia...

Fizemos a rota durante a tarde, se não me engano paguei 60 pesos pelo passeio... percorremos 2 vinhas e um olival.

Fiz o passeio num microonibus, mas também tem rotas que são feitas de bicicleta. Não fiz, mas deve ser show de bola!

As vinhas foram: Bodegas Lopez e Família Cecchin

O vinho branco suave que tanto gostei experimentei na vinícola da Família Cecchin (foto abaixo). O vinho é muuuuito cheiroso e é o melhor que já provei....

 

 

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  • 3 semanas depois...
  • 2 semanas depois...
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Olá Felipe!

Me hospedei no Tangoin Downtown. Excelente hostel, ótima localização e ótimos preços. Fiquei no quarto feminino (08 bed female), paguei 45 pesos por dia, no total de 3 noites, paguei 135 pesos. Além de tudo o hostel é super limpo. Eu recomendo!

 

 

LIS!!!

Com hospedagem, como disse, gastei 135 pesos (03 dias) e com os passeios gastei na faixa de 200 pesos (fiz os 07 lagos que inclui Villa la Angostura e San Martin de Los Andes. Fiz também o Cerro Catedral). Com lembrancinhas gastei cerca de 600 pesos. Isso porque, além de pequenas lembranças, comprei dois casacos caros e muuuito chocolate... é possível gastar menos!

Com alimentação devo ter gastado uns 100 pesos.

 

Recomendo que conheça Cerro Catedral... é uma estação de esquí belíssima!!! San Martin de Los Andes também é linda!!

 

 

Bem, é isso... qualquer outra dúvida é só falar!!!

 

Abraços!

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