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Menos de um mês depois de ir ao Umbigo do Mundo (Ilha de Páscoa), fui para o Fim do Mundo, Ushuaia...

A idéia nasceu da vontade de passar o carnaval de 2008 em Buenos Aires e daí pensei: por que não esticar um pouco mais e ir até a Patagônia?

Meu pai e minhas irmãs até brincaram que eu estava doida. Que carnaval combinada com sol, cerveja gelada... e não com pingüins e frio... Mas existe gosto para tudo. Imagina se todo mundo gostasse das mesmas coisas e lugares? Muita gente se sentiria no paraíso na agitação de Salvador. Eu queria algo bem oposto a isso. O paraíso para mim seria um local onde quem manda é a natureza. E a Patagônia é isso. O homem é coadjuvante, fez pouco e quase sempre, errado. As cercas das estâncias são tortas, vergadas pelo vento constante; a cordilheira é terra para condores e geleiras, não para humanos; na costa, os barcos dependem do humor do clima para sair ao mar (“O porto está fechado, o mar está instável”, fala o guia os turistas). A Patagônia é terra para quem gosta de horizonte, de quietude, de estrelas, de tons inimagináveis, de vento. Para mim, o lugar ideal para passar um feriado, independe de ser carnaval (ou talvez principalmente por isso).

Malas prontas, no dia 31 de janeiro fomos para São Paulo, onde fizemos câmbio para peso argentino, que estava a R$0,66. De lá pegamos um vôo para Buenos Aires, chegando nessa cidade às 23hs... Fomos direto para o hotel. Saímos apenas para comer. Aliás, experimentamos um escalope de carne divino! Eu, que quase não gosto de batata, fiquei com a batata assada ao creme... delicioso também!

Na manhã seguinte, pouco mais de onze horas, dirigimo-nos para El Calafate, com rápida parada em Bariloche. Em Calafate, a temperatura era de 16°, mas a sensação térmica estava inferior a isso, pois ventava muito.

Calafate é uma cidadezinha linda, aconchegante, com 10.000 habitantes e ótima infra-estrutura, com excelentes hotéis e restaurantes. Ficamos na Pousada Sierra Nevada, que possui um jardim lindíssimo e uma boa localização. Deliciamo-nos com um maravilhoso cordeiro patagônico! O nome da cidade vem de uma frutinha, de cor roxa, azedinha, mas da qual se fazem doces, geléias e licores. Segundo soube, a cidade era produtora de lã de ovelha e os produtores necessitavam levar a lã para a capital e, para isso, marcavam um ponto de encontro para saírem juntos. Nesse ponto, havia um arbusto de Calafate, e quando eles combinavam de se encontrar diziam: "Vamos nos encontrar no Calafate", por isso o nome da cidade.

Nosso dia 02 de fevereiro foi simplesmente incrível! Fomos para o Glaciar Perito Moreno, localizado a 80 km de El Calafate, no Parque Nacional Los Glaciares, que possui uma área de 724.000ha. O caminho até o Parque Nacional Los Glaciares é asfaltado, sendo que nos primeiros 40 quilômetros percorre-se a estepe patagônica. A viagem nos surpreende pela beleza indescritível da paisagem até chegar ao acesso ao Parque que é a porta de entrada a um dos mais belos espetáculos da natureza. Periro Moreno possui 30Km de longitude e 195Km2 de superfície. Sua frente possui uma altura média de 60 metros sobre o nível do lago. Declarado Patrimônio da Humanidade e já foi chamado de “Oitava Maravilha do Mundo”. Confesso que ficamos um pouco frustrados porque não conseguimos fazer o Big Ice ou minitrekking, caminhada de 1h30min a 4h30min, respectivamente, no Perito Moreno utilizando grampões, num circuito preestabelecido. Mas apenas 15 pessoas por dia podem fazer o passeio, sendo que não conseguimos vaga para os dias em que ficaríamos em Calafate.

Aqui, vale a pena falar acerca da formação dos glaciares. Uma geleira ou glaciar é uma grande e espessa massa de gelo formada em camadas sucessivas de neve compactada e recristalizada, de várias épocas, em regiões onde a acumulação de neve é superior ao degelo. O gelo das geleiras é o maior reservatório de água doce sobre a Terra, e perde em volume total de água apenas para os oceanos. As geleiras se formam em áreas onde se acumula mais neve no inverno que a que se derrete no verão. Quando as temperaturas se mantêm abaixo do ponto de congelamento, a neve caída muda sua estrutura já que a evaporação e a recondensação da água causa a recristalização para formar grânulos de gelo menores, espessos e de forma esférica. Este tipo de neve recristalizada é conhecido por nevado. À medida que a neve se acumula e se converte em nevado, as camadas mais profundas são submetidas a pressões cada vez mais intensas. Quando as camadas de gelo e neve têm espessuras que alcançam várias dezenas de metros, o peso é tal que a nevada começa a constituir gelo esponjoso, que dá origem ao gelo glaciar, de massa cristalizada e azulada. De fato é um azul muito intenso, parece artificial, simplesmente indescritível. Sabe-se que o aquecimento climático tem acelerado o degelo dos glaciares, sendo que quase todas as geleiras do mundo estão recuando, perdendo o equilíbrio glaciar (diferença do que se acumula na parte superior e do que se derrete na parte mais profunda). O Perito Moreno é hoje o glaciar mais famoso da Patagônia porque além de ser imponente, encontra-se em equilíbrio, mas sofreu oscilações frequentes no período 1947-1996, com um ganho líquido de extensão igual a 4.1 km. Este glaciar avançou desde 1947, e mantém-se estável desde 1992.

Ainda, por $35 mais $40 de entrada no Parque Nacional, fizemos uma navegação que permite ver o Perito Moreno de frente. É espetacular a vista! Mas mesmo de perto não é possível ter a real dimensão desse gigante gelado. O Perito possui um espetáculo de “luz e som” permanente, com autênticos tiros de canhão que antecedem o despencar de enormes blocos de gelo. De tempos em tempos solta um estrondo, e um pedaço de gelo cai no lago, numa cena que lembra a implosão de um prédio. Mas as explosões do Perito Moreno não são assustadoras: são inesquecíveis.

A 8Km do Perito Moreno há o charmoso hotel “Los Notros”, nome de uma flor vermelha natural dali, original e esquisita. O serviço é encantador, e a vista, exclusiva: todos os quartos dão para o glaciar.

Dia seguinte, decidimos fazer um passeio lacustre, de dia inteiro, pelo Lago Argentino, chamado “Todos los Glaciares”, a $275 por pessoa (pouco mais de R$180,00). Simplesmente maravilhoso! Trata-se de uma navegação pelas águas turquesas do braço norte do Lago Argentino, até chegar aos Glaciares Upsala e Spegazzini e Bahia Onelli. O Glaciar Upsala é o de maior superfície da Patagônia, com seus 595Km2 (quase três vezes o tamanho de Buenos Aires), apesar de ter sofrido um grande retrocesso nos últimos anos. Suas paredes oscilam de 60 a 80 metros. Protagoniza estrondosos espetáculos diários de desmoronamentos. Depois, parecemos crianças, na procura incessante de alguma parte que se rompa.

Desembarcando na Bahia Onelli, caminhamos, por 800 metros, por um bosque típico andino patagônico, chegando na Laguna Onelli, onde se confluem os glaciares Onelli, Bolado e Agasssiz. Devido ao constante desprendimento dos glaciares, a laguna encontra-se repleta de icebergs. Foi possível avistar um verdadeiro espetáculo de arco-íris, dando para avistar todo seu arco, do início ao fim. O Glaciar Spegazzini possui uma característica muito especial, que é a altura de suas paredes, de 80 a 135 metro, o que o torna o glaciar mais alto da Parque Nacional. Aqui foi possível visualizar estrias horizontais que marcam diferentes camadas de gelo e correspondem aos anéis que indicam a idade nos troncos das árvores. A camada superior, de neve recém-pousada, ainda é branca.

Durante todo o trajeto vemos inúmeros icebergs (desprendidos dos glaciares), é uma visão mágica, pois formam verdadeiras esculturas de gelo. Parecem desenhadas, de tão perfeitas.

Na nossa última tarde em Calafate, fomos à Laguna Nimez, uma reserva municipal de aves, com aproximadamente 80 espécies. O ingresso é apenas $2 e o horário de funcionamento de 9 às 21hs. É um paraíso para os amantes de fotografia como eu.

Seguimos para Ushuaia no dia 04 de fevereiro, ao meio dia, chegando em uma hora e meia, a uma temperatura de 10°. O hotel, “Del Bosque”, era super charmoso. Na verdade, uma espécie de chalé, com um jardim repleto da flor lupino, típica da Patagônia.

Ushuaia (o s pronuncia-se ç, no espanhol), que significa “baía que penetra até o poente”, é chamada “del fin do mundo”. A expressão é geograficamente literal, pois é a cidade mais austral do planeta. Depois dela, só o mar e a Antártida. Antigamente viviam tranqüilamente por lá os índios yámanas, que foram dizimados e Ushuaia ficou esquecida até que há pouco mais de cem anos recebeu uma colonização penal. O presídio funcionou até 1947 e é bem interessante. Uma visita com guia é acompanhada de histórias horripilantes enquanto são mostradas celas e estátuas de papel machê dos presos mais famosos. Ali funciona também o Museu Marítimo. No pátio há uma réplica do farol que inspirou Julio Verne a escrever “O Farol do Fim do Mundo”.

Ushuaia é guardiã do Canal de Beagle, cercada por montanhas nevadas e permite que de lá se usufrua do mar, das montanhas e da floresta de uma só vez. Esse lugar é único!

Desde Calafate, procuramos saber a respeito de um passeio para a Pinguinheira, com desembarque na ilha onde vivem os pingüins, pois ficamos sabemos que, assim como o Big Ice, tratava-se de excursão para grupo restrito, de 12 a 15 pessoas por dia. Assim, logo no primeiro dia, fechamos o pacote com a PiraTour, única empresa que trabalha com caminhada na Isla Martillo, onde vivem os pingüins. Não é um passeio barato: $295 ou 90 dólares por pessoa. Mas posso garantir que vale cada centavo. No dia seguinte, fomos à citada ilha. No caminho, uma visão curiosa e desoladora: a dos diques. Por volta de 1945, foram levados para Ushuaia 25 casais de castores, acreditando que poderiam servir à indústria de pele. A idéia não vingou, pois o pelo do animal não cresceu como no Canadá. Mas o animal se adaptou perfeitamente. Vale dizer que em Ushuaia não há predadores como no Canadá. Mas não contaram isso aos castores, que continuam construindo diques para se protegerem. Várias áreas são verdadeiros cemitérios de árvores. Hoje estima-se que existam 120.000 mil castores felizes e contentes nessa região, sendo considerados praga por lá. O governo paga 15 pesos (menos de R$10,00) para cada castor morto, não se importando com seu destino. Mas poucos se dispõem a tal tarefa, já que deve ser realizada à noite, a um frio de menos 0º. Acrescenta-se que o animal não é uma boa opção para alimentação, já que sua carne é dura, precisando ficar horas cozinhando no leite para poder ser digerida. Mais uma prova de que o homem não deve interferir na natureza. Se o lugar dos castores é no Canadá, para que leva-lo para Ushuaia?

Ainda no caminho, uma visão mágica! Copas de árvores totalmente inclinadas, vencidas pelo vento.

Na caminhada para o bote rumo aos pingüins, olhar para o chão é uma surpresa de texturas de musgos e pedras.

Ao nos aproximarmos da ilha, não acreditei no que via. Vários pontinhos pretos cobriam a praia e aos poucos foram se tornando mais nítidos até se mostrarem como milhares de pingüins. Era muitos pingüins de magalhães (magallanico – Spheniscus magellanicus) e alguns pingüins papua (Pygoscelis Papua), que possuem o bico bem alaranjados. Pudemos ver vários filhotes... Todos são fofos! Dá vontade de levar pra casa... rs...

O pinguim de magalhães é uma ave de médio porte, com cerca de 70 centímetros de comprimento e 5 a 6 kg de peso. A sua plumagem é negra nas costas e asas e branca na zona ventral e no pescoço. A maior parte dos exemplares tem na cabeça uma risca branca, que passa por cima das sobrancelhas, contorna as orelhas e se une no pescoço, e uma risca negra e fina na barriga em forma de ferradura. Os olhos, bico e patas são negros. Durante a época de reprodução, que vai de setembro a fevereiro, os pinguins formam casais monogâmicos que partilham a incubação e cuidados parentais. Os ninhos são construídos no chão à superfície ou em pequenas tocas. A fêmea põe dois ovos que levam entre 39 a 42 dias a incubar. As crias são alimentadas pelos pais durante os dois meses seguintes, tornando-se independentes logo de seguida.

O pinguim papua é a ave mais rápida do planeta debaixo de água. Mede de 75 a 90 cm de altura. Os ninhos são feitos de pedras empilhadas numa formação circular e atinge os 20 cm de altura e 25 de diâmetro. Estes são geralmente alvo de barulhentas disputas que chegam, frequentemente, à agressão. Tal é a importância que estas aves dão ao ninho que um macho pode conseguir favores de uma fêmea só pelo fato de lhe dar uma boa pedra. Os ovos pesam 500 g e os pais partilham a sua incubação, eclodindo entre o 34º e o 36º dias. As crias permanecem nos ninhos por trinta dias até formarem creches entre os 80 e os 100 dias já vão para o mar.

Almoçamos na Estância Haberton. Um lugar fantástico!

Para ir à pinguinheira, precisamos desistir do passeio incluso no nosso pacote: lagos Escondido e Fagnano. O primeiro tem águas geladíssimas e cristalinas e montanhas em volta. O Lago Fagnano, 100 km ao norte de Ushuaia, é grande e de águas escuras. Lá pode-se ver os cães Huskies, que no inverno puxam trenós.

No último dia em Ushuaia, pela manhã, saímos para uma excursão pelo Parque Nacional da Terra do Fogo, passando pela Bahia Enseñada, Lago Roca, Laguna Negra, chegando à Bahia Lapataia, ponto final da Rodovia Panamericana que começa no Alasca (Rota 3). Fizemos, ainda, um pequeno passeio no “Trem do Fim do Mundo”, que revive a história do trem dos presos, a bordo de uma locomotiva a vapor. Como o dia estava chuvoso não pudemos apreciar a paisagem a contento. Creio que foi o sono mais caro de toda a vida do Átila. Pagamos $70 (quase R$50,00) por pessoa e ele dormiu durante toda a “viagem”.

Almoçamos no “Tia Elvira”, delicioso restaurante, e fomos para o passeio dos lobos marinhos. Pensamos até que não iríamos, pois o tempo não estava bom e as águas estavam agitadas. Devido a isso, e considerando que o barco era pequeno, não pudemos fazer o passeio contratado por $135 (aproximadamente R$90,00) por pessoa, na empresa “Patagônia Adventure Explorer”. Tratava-se de um passeio para um grupo reduzido de, no máximo, 16 pessoas, o que nos dava mais tranqüilidade para apreciar as belezas e fotografar. Por causa do tempo, acabamos indo em um catamarã. Fiquei um pouco chateada quando me disseram que o que mudaria seria o número de pessoas, mais de cem. Tamanha foi minha surpresa (e alegria) quando percebi que o catamarã enorme estava saindo apenas com o nosso pequeno grupo de 16 pessoas! Fomos à Isla Alicia para ver uma colônia de lobos marinhos, após, à Isla de los Pájaros, onde ficam cormorões roqueros e imperiales. Pelas fotografias, vendo os cormorões ao lado dos lobos, muitos se assustam por acreditar se tratarem de pingüins... rs... Na Isla de los Lobos encontramos exemplares de um e dois pelos. Chegamos ao Farol Les Eclaireus, construído em 1919 e é um autêntico símbolo da cidade de Ushuaia. O passeio com o barco menor nos possibilitaria, ainda, um desembarque na Isla Bridges para realizar uma caminhada, contemplando histórias dos aborígines Yámanas.

Cumpre aqui relatar um momento de desespero. Encantada com os lobos e entusiasmada com fotografia, tirei as luvas e fiquei fora do barco tirando fotos. Depois de quase uma hora, minhas mãos perderam a sensibilidade e percebi que meus dedos estavam roxos nas pontas. Só após muito tempo voltei a sentir minhas mãos.

Aconselho aproveitar a característica do lugar para ir arás do que é único: centollas. É uma carne de caranguejo gigante, pescada no canal de Beagle. Ou a merluza negra, um peixe de águas profundas, com sabor que lembra o bacalhau.

Ushuaia é uma cidade que encanta, apesar do frio. O que percebi é que se você estiver bem agasalhado, com o vestuário correto, não sentirá frio. No verão, às 23h ainda tem sol. Por isso dá para aproveitar bem o dia!!!

Durante toda a viagem pudemos contar com a companhia de simpáticos paulistas, em especial, Bárbara, Jetro e --.

Saímos de Ushuaia no dia 07, chegando em Buenos Aires no final da tarde. Despedimo-nos de nossos companheiros, que voltariam para o Brasil, e seguimos para o hotel.

Buenos Aires é uma capital muito charmosa. Puerto Madera é o mais novo bairro da cidade, uma atração a parte. Uma ótima seleção de restaurantes em um ambiente bastante agradável, com vista aos diques do Rio de la Plata.

Há muitos lugares que vale a pena conhecer. Vou citar alguns.

Recoleta é um elegante e sofisticado bairro de ruas arborizadas, onde as principais atrações são seus cafés e restaurantes, antiquários, um complexo cultural e o Cemitério da Recoleta, um dos mais bonitos e visitados do mundo. Suas tumbas guardam os restos de famílias tradicionais argentinas, além de grandes personagens históricos. Evita, apesar de protestos por suas origens humildes, conseguiu ser enterrada lá.

A Plaza de Mayo e a Avenida de Mayo representam a independência argentina em maio de 1810. Lá encontramos a Casa Rosada, sede da Presidência da República, em cuja sacada foram feitos os mais importantes pronunciamentos da história argentina. Apenas o museu está disponível para visitas públicas. Ainda, há a Catedral Metropolitana, num padrão arquitetônico de igreja sem torres e com 12 colunas representando os apóstolos. Do lado direito da Catedral se encontra o Mausoléu com os restos do herói libertador argentino, o Gral. San Martín.

A Avenida 9 de Julio, a Avenida Corrientes e o Obelisco, no cruzamento de ambas, representam o cartão-postal clássico do centro portenho. Caminhar pela avenida Corrientes é quase uma obrigação.

O Teatro Colón é um grande orgulho para Buenos Aires, por ser um dos melhores teatros líricos do mundo.

Buenos Aires possui também inúmeros museus e centros culturais, como o Museu Nacional de Belas Artes, o mais importante da Argentina, contando com variadas obras de artistas nacionais e internacionais. Pode ser visitado de terça a domingo de 12h30 a 19h30. Há visitas guiadas às 16h, 17h e 18h e a entrada franca.

Bosques de Palermo é a maior área verde da cidade e reúne diversas atrações, além de ser também um ótimo lugar para relaxar. Aqui fica El Rosedal, um belo jardim com várias espécies de rosas, localizado no coração do parque. Aberto diariamente de 12 a 19h.

O Jardim Zoológico, um dos mais visitado do mundo, além da grande variedade de animais provenientes da Argentina e de outros países, está muito bem cuidado e sempre tem atrações para as crianças. Aberto de terça a domingo de 9h30 a 18h.

No Jardim Botânico, mais de 8000 espécies vegetais de todo o mundo, sendo que uma estufa subtropical foi criada para abrigar as variedades mais exóticas.

Há, ainda, o Jardim Japonês, com arroios, lagos artificiais com peixes, oásis de pedras, numerosos bonsais, venda de plantas e A Grande Casa de Chá. É preciso pagar entrada, mas a beleza do jardim compensa.

O Planetário possui um museu, que destaca fotografias de constelações e o equipamento astronômico. Nos fins de semana acontece uma Viagem pelas Constelações (para crianças acima de 7 anos).

E, é claro, os shows de tango, clássicos de Buenos Aires, sendo o mais indicado pelos guias “Esquina Carlos Gardel – Cena e Tango Show”. O jantar e o show saem, por pessoa, $250 (aproximadamente R$165,00) e apenas o show $170 (por volta de R$112,00).

Chegamos ao Brasil no final da tarde do dia 09 e posso concluir que viajar pela Patagônia significa visitar lugares mágicos, belos, lagos azuis, brilhantes, glaciares milenares, montanhas eternamente branca. É um território onde os rigores e contrastes nos alertam para a força da natureza. Um lugar que marca a vida para sempre.

Minha agente de viagens, Karina, super atenciosa (recomendo: karina@adventureclub.com.br), me perguntou se tinha algo que não gostei na viagem. Respondi que sim: ter que voltar.

Já quiseram que eu dissesse de qual local gostei mais: Deserto do Atacama, Ilha de Páscoa ou Patagônia. Impossível dizer. Todos tão maravilhosos e tão diferentes! Amei cada um deles.

E de repente fiquei com uma dúvida: ou sei escolher bem os locais para onde vou, ou gosto tanto de viajar que todo lugar é perfeito, ou o mundo é todo maravilhoso mesmo, cada lugar com sua singularidade, características e belezas.

 

Fico por aqui!

Até a próxima viagem, que, espero, seja Bolívia e Peru, em julho!

 

Geni Maria Peres Lobato – Abril/2008.

 

FOTOS PODEM SER VISTAS NO SITE montanha.bio.br

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  • 3 meses depois...
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Ola Geni

 

So complementando seu excelente relato , fui em Maio para Ushuaia e realmente a paisagem é exuberante ,todas as montanhas em torno da cidade com neve , a regiao do cerro castor tinha muita neve .

Pelos relatos que ouvi entre Novembro a Marco as montanhas nao estao cobertas de neve por isso a paisagem nao é tao bonita como agora entre maio e julho .

Comer uma merluza negra (90pesos) no Gustino é a comida dos deuses, o Chez Manu tambem nao fica atras ...o cordeiro fueguino no Las Cotorras (50pesos) com a paisagem tambem é dimais da conta !!!!

Entre novembro e marco é a alta temporada ...mas na Antartida ..Ushuaia fica cheio de turistas mas como ponto de embarque para a Antartida ...por isso dois colegas meus que foram em Dezembro e Janeiro nao se impressionaram muito !!!

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  • 3 meses depois...
  • Membros

Ola Geni

Muito bom tua descrição sobre El calafate e Ushuaia. Como vou para lá no final do ano gostaria de tua sugestão: devo chegar na Patagonia dia 28/12 pela manha e sair dia 3/1 a tarde em direção a Buenos Aires e depois Porto ALegre.

Ou seja, terei 1 tarde + 5 dias interios + 1 manha para estar em El Calafate e Ushuaia.

O que recomendas: o

Onde estar na noite de ano novo?

Quantos dias ficar em cada uma das duas cidades?

Agradeço receber teus comentários!

Abraço

Sérgio

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