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  1. Ola pessoal, depois de muito tempo estou escrevendo novamente um relato de viagem. Viajamos para a Patagonia Argentina entre 01/05/24 e 10/05/24. Dessa vez fomos de aviao, ao contrario das nossas outras viagens pela Argentina e foi uma excelente experiencia. Fomos eu, minha esposa e nossa filha de 1 ano e 5 meses. Moramos em Florianopolis, mas encontramos passagens mais em conta saindo de Curitiba, de onde iniciamos a nossa viagem. Nosso roteiro foi o seguinte: 01/05/24 - Curitiba -> Buenos Aires -> El Calafate 02/05/24 - El Calafate - Visita ao Glaciar Perito Moreno 03/05/24 - El Calafate - Dia livre 04/05/24 - Bate e volta ate El Chalten 05/05/24 - El Calafate -> Ushuaia 06/05/24 - Ushuaia - Dia livre 07/05/24 - Ushuaia - Visita ao Parque Nacional Tierra Del Fuego e Glaciar Martial 08/05/24 - Ushuaia - Visita ao Tren del fin del mundo e passeios pela cidade 09/05/24 - Ushuaia - Passeio pela ruta 3 e pela cidade 10/05/24 - Inicio do retorno - Ushuaia -> Buenos Aires -> Curitiba Como viajamos com uma bebe, fizemos uma viagem bem calma, sem tentar visitar e explorar todos os pontos turisticos. Dia 01/05/24 O primeiro dia foi apenas de deslocamento, saimos de Curitiba as 09:40hs e chegamos em Buenos Aires em torno das 12hs. Aguardamos ate as 15hs e pegamos o voo para El Calafate, onde chegamos as 19hs. Nesse voo, ganhamos um upgrade de assento e nos colocaram na primeira fileira, onde havia mais espaco para a gente e para a bebe. Ponto para a Aerolineas Argentinas, que nos surpreendeu pelo excelente atendimento. Durante a parte final do voo para El Calafate, pegamos um lindo por do sol. O terreno abaixo estava todo branco de neve e ao fundo era possivel ver o Fitz Roy na chegada a El Calafate, foi simplemente demais! Deu um certo trabalho retirar o carro alugado, porque meu cartao de credito nao tem os numeros impressos nele e estavam relutando em aceitar pegar os numeros pelo app do cartao. Tive que tirar uma foto e mandar para eles. Pegamos um Etios Sedan, estava bem rodado, mas nao tivemos problemas. Alugamos tambem cadenas, por precaucao, porque estavam pedindo elas para entrar no parque Nacional Los Glaciares. Saimos do aeroporto perto das 20hs, uma escuridao total, mas ao olhar para o ceu, outro espetaculo. Ceu limpo e estrelado, sem nenhuma nuvem, porem devia estar uns -2c naquele momento. Dirigimos por uns 20 min ate a cidade, paramos em um posto ypf onde pegamos sanduiches, agua e medialunas para o cafe da manha do dia seguinte e logo chegamos no airbnb que alugamos. Foi um dia cansativo, mas deu tudo certo. Nossa bebe se comportou muito bem nos dois voos e foi bem tranquila a viagem. Algumas fotos: Aeroporto de Curitiba Decolando... Buenos Aires ao fundo Por do sol com o Fitz Roy ao fundo Apreciando a paisagem Muita neve! Mais neve!
  2. Ushuaia e Canal de Beagle vistos do Mirador del Beagle Início: Hotel Altos Ushuaia Final: autódromo de Ushuaia Distância: 10,1km (caminhei mais 2,5km do centro de Ushuaia ao início da trilha no Hotel Altos Ushuaia e 5,7km do final da trilha no autódromo ao centro de Ushuaia) Maior altitude: 317m Menor altitude: 78m no autódromo de Ushuaia Dificuldade: fácil, apesar do desnível positivo de 199m desde o início da trilha no Hotel Altos Ushuaia O Glaciar Martial é a trilha mais próxima do centro de Ushuaia e a primeira caminhada da maioria dos que visitam a cidade. Quando fui conhecê-lo (relato aqui) descobri em certo momento da subida uma trilha que saía para a esquerda (oeste) da estrada de asfalto. Um painel com mapa mostrava o trajeto e tinha o nome de "Senderos Miradores del Glaciar Martial" (trilha dos mirantes do Glaciar Martial) por passar por três mirantes. Naquele dia não havia tempo para explorar esse outro caminho, então reservei este dia sem previsão de chuva para percorrê-lo. Vale dizer que essa caminhada não chega ao glaciar e nem mesmo ao estacionamento dele, a saída para essa trilha está bem abaixo. 16/02/2020 - Saí do hostel bem tarde, às 10h10. Os dias longos do verão no extremo sul do continente deixam a gente bem relaxado com relação ao horário das caminhadas. Os argentinos por exemplo muitas vezes iniciam as caminhadas no meio da tarde. Há luz do dia até depois das 21h30 nessa época (fevereiro). Do centro de Ushuaia subi pela Rua Juana Fadul até a Avenida Hernando de Magallanes (uma avenida larga, de duas pistas) e a tomei para a esquerda (oeste) às 10h12. Andei 1,5km e virei à direita na Rua Aldo Motter às 10h36. Uma placa na esquina aponta a direção do glaciar. Na pequena Plazoleta Republica del Paraguay tomei a rua que sobe à esquerda em diagonal, continuação da Aldo Motter. Nessa esquina a placa não cita o glaciar mas outra placa subindo a Aldo Motter em diagonal sim. Cerca de 540m depois da plazoleta e 60m antes do Hotel Altos Ushuaia entrei na rua de terra à direita. A trilha "oficial" começa bem à direita desse hotel, com um grande painel com mapa do Sendero del Glaciar Luis Martial. Da outra vez subi por esse caminho e desci por uma trilha alternativa, pela qual subo hoje. O caminho mais curto seria pela trilha "oficial" mas quis variar. Entrando na rua de terra à direita às 11h (há um pequeno estacionamento no início dela, altitude de 118m) em apenas 80m tomei a trilha à esquerda sem sinalização nenhuma. Mas dentro do bosque apareceram os troncos pintados de amarelo e depois uma plaquinha "glaciar". A trilha acompanha a margem esquerda verdadeira do Arroyo Buena Esperanza. Apesar de haver água na trilha recomendo levar sua própria água para beber. Ushuaia e Canal de Beagle vistos do Mirador Pista Wallner Subi bastante e às 11h22 cruzei uma ponte de troncos sobre um profundo cânion. Na bifurcação em seguida tomei a esquerda pois a direita leva ao glaciar. Saí na estrada de asfalto que sobe para o estacionamento do glaciar e continuei para a esquerda. Passei na frente do Hotel Los Acebos e cruzei a estrada, encontrando o painel com mapa "Senderos Miradores del Glaciar Martial". Altitude de 197m. Os mirantes desse percurso são: Mirador Pista Wallner, Mirador Montes Martial e Mirador Beagle. O mapa mostra a trilha só até esse último mirante mas eu pretendia continuar por ela e sair perto do autódromo de Ushuaia. O painel informa ainda a distância dali a cada um dos mirantes, com desnível, tempo estimado e dificuldade. Entrei no caminho largo junto a esse painel às 11h31 e com apenas 30m peguei a trilha saindo para a direita e sinalizada com círculos azuis. Passei pelos fundos do Hotel Las Hayas e reentrei no bosque. Antes de tomar a direção sudoeste para chegar ao primeiro mirante quis explorar uma outra trilha que apareceu. Tomei então a trilha subindo à direita e segui em frente no cruzamento 60m depois. Essa trilha sobe bastante para oeste por 540m e chega a uma bifurcação em T (altitude de 313m). Fui para a direita, a trilha fez algumas curvas e terminou às 12h19 na mesma estrada de asfalto, atrás do Hotel Cabañas del Martial. Pelo caminho encontrei sinalizações diversas, de cores azul, preta, amarela, verde e vermelha, apontando para vários lados, e não tive paciência de tentar decifrar. Essas trilhas são usadas no inverno para ski e caminhada com raquetes de neve. O mais interessante nesse trajeto são as cabanas feitas de troncos finos características dos povos Yámana e Selk'nam. Também notei nas árvores o fungo pão-de-índio. Quando jovens são redondos de cor amarela ou alaranjada, depois secam e concentrados formam uma protuberância no tronco. Têm esse nome porque eram usados como alimento pelos povos originários da região. Parei para um lanche perto da estrada. Às 12h43 iniciei o retorno pelo mesmo caminho, desci até o cruzamento e tomei agora a direita (sudoeste) para o primeiro mirante, Mirador Pista Wallner, aonde cheguei às 13h40. Por ser uma antiga pista de ski uma grande clareira está aberta no bosque, o que proporciona vista para a cidade, o Canal de Beagle e a Ilha Navarino (onde estava chovendo, pra variar). Ao lado da pista restos de um teleférico. A continuação da trilha se dá quebrando para a direita e subindo por 100m a antiga pista. Encontrei uma grande clareira boa para acampar - não havia placa de proibido acampar, apenas de proibido fazer fogo. Em seguida, na bifurcação em T fui para a esquerda (a direita me levaria à bifurcação em T anterior, aquela que termina no asfalto). Me deparei com um turbal onde jogaram troncos para poder passar mas o melhor é desviar por uma trilha à esquerda. Turbal (ou turbera) é uma área de turba (turfa em português), que é uma vegetação encharcada e esponjosa composta de musgos, juncos e gramíneas. É bem ruim de caminhar pois afunda e molha os pés, além de cansar bastante. Turbal de las Três Lagunas e Montes Martial vistos do Mirador Montes Martial Apenas 40m após esse turbal, às 14h27, encontrei o segundo mirante, Mirador Montes Martial (ou Mirador del Martial), que, como o próprio nome diz, mira as montanhas e não a cidade e o canal. Mira também o grande turbal (Turbal de las Três Lagunas) e o bosque que antecedem os Montes Martial, bem como o famoso Glaciar Martial. Todas as montanhas estão identificadas no painel. Continuando, com mais 380m a trilha chega a outro turbal, mas não é preciso se molhar pisando nele: o Mirador del Beagle e a continuação da trilha em direção ao autódromo estão ambos à esquerda. Basta escolher na bifurcação: Mirador del Beagle à esquerda e autódromo à direita entrando no bosque. Fui conhecer esse último mirante, que por ficar 160m fora da trilha principal tem a melhor visão dos três. Cheguei às 14h45. Um painel identifica as montanhas a leste de Ushuaia, entre elas o Monte Olívia e o Cerro 5 Hermanos. Apesar do sol tímido, estava bastante frio ali, mesmo assim fiquei mais de 1h admirando a paisagem. Até aí encontrei 8 ou 9 pessoas apenas, caminhando ou correndo. Às 15h50 retomei a caminhada. Voltei 160m até a bifurcação e segui para a esquerda entrando no bosque. Passei por uma velha placa numa árvore escrito "Bosque Hermoso" - concordo! Com 440m desde a bifurcação do mirante apareceu outra bifurcação e fui para a esquerda, continuando em trilha marcada no bosque. À direita sairia do bosque para um caminho largo porém muito pouco pisado e com risco de estar encharcado. Os dois se encontram mais adiante. Às 16h31, já saindo do bosque, topei com um portão trancado mas de fácil passagem. A trilha, que vinha no rumo geral oeste, aqui gira para o sul e desce bastante, se aproximando do final. Com mais 10min outra bifurcação: à direita se cruza um portão e em 140m se chega a um fim de rua poeirenta, à esquerda se cruza uma cerca e se chega a uma rua paralela à anterior mais abaixo. Preferi a esquerda, mas antes descansei um pouco - nessa hora passou um grupo de bicicleta e tomou a direita na bifurcação. Em ambos os caminhos há água corrente. Descendo pela esquerda, passei pela cerca e na rua de terra fui para a esquerda também. Minha direção agora era leste para voltar ao centro de Ushuaia. Nesse mesmo local terminei quase um mês antes um outro trekking que fiz, o Paso de la Oveja (relato aqui). Passei pelo autódromo à minha direita e cheguei à RN3 (que aqui é de rípio) às 17h22 (altitude de 78m). Fui para a esquerda (Parque Nacional Tierra del Fuego à direita) comendo poeira e em 11min cheguei à esquina das ruas Leandro Alem e Hipólito Irigoyen, onde há ponto de ônibus das linhas A e B para o centro. Mas preferi ir caminhando esses últimos 5km para conhecer mais da cidade. Tomei a Leandro Alem à esquerda e depois entrei na 12 de Octubre à direita. Quase ao final dela entrei na Avenida Maipu à esquerda e cheguei à Rua Juana Fadul às 18h49. Rafael Santiago fevereiro/2020 https://trekkingnamontanha.blogspot.com.br
  3. Ushuaia vista do Cerro Martial Início: centro de Ushuaia Final: centro de Ushuaia Distância: 2,5km do centro de Ushuaia ao início da trilha no Hotel Altos Ushuaia; 6,3km do início da trilha no Hotel Altos Ushuaia à neve do glaciar Maior altitude: 842m na neve do Glaciar Martial Menor altitude: 0m no centro de informação turística; 127m no início da trilha no Hotel Altos Ushuaia Dificuldade: fácil, apesar do desnível de 842m desde a cidade ou de 715m desde o Hotel Altos Ushuaia O Glaciar Martial é a trilha mais próxima do centro de Ushuaia e a primeira trilha da maioria dos que visitam a cidade. Não se alcança a geleira propriamente dita, não se toca no gelo, mas é possível brincar na neve logo abaixo dela mesmo no verão. A maioria dos visitantes sobe de carro até um estacionamento a 323m de altitude e dali caminha 1h30 até tocar na neve. O caminho de carro sobe a montanha num longo ziguezague nada interessante para se fazer a pé. Eu descobri que além dessa estrada de asfalto há também algumas opções de trilha e lá fui explorá-las. Vale a pena dizer que as águas que vertem do Glaciar Martial são a principal fonte de abastecimento da cidade de Ushuaia. 18/01/2020 - Saí do hostel bem tarde, às 11h56. Os dias longos do verão no extremo sul do continente deixam a gente bem relaxado com relação ao horário das caminhadas. Os argentinos por exemplo muitas vezes iniciam as caminhadas no meio da tarde. Há luz do dia até depois das 21h30 nessa época (janeiro). Do centro de Ushuaia subi pela Rua Juana Fadul até a Avenida Hernando de Magallanes (uma avenida larga, de duas pistas) e a tomei para a esquerda (oeste). Andei 1,5km e virei à direita na Rua Aldo Motter às 12h17. Uma placa na esquina aponta a direção do glaciar. Na pequena Plazoleta Republica del Paraguay tomei a rua que sobe à esquerda em diagonal, continuação da Aldo Motter. Nessa esquina a placa não cita o glaciar mas outra placa subindo a Aldo Motter em diagonal sim. Cerca de 600m depois da plazoleta cheguei ao Hotel Altos Ushuaia. À direita do hotel inicia o Sendero del Glaciar Luis Martial com uma grande placa e um mapa mostrando a estrada sinuosa e a trilha-atalho. Arroyo Buena Esperanza A trilha inicia bem larga dentro do bosque e já subindo. Entrei nela às 12h42. Altitude de 127m. A sinalização em cor amarela serve de orientação. Subi 400m e cruzei a estrada junto ao Hotel Las Hayas, continuei pela trilha e cruzei a estrada de novo. Uma placa ali me chamou a atenção para outras trilhas que levam a mirantes, percurso que eu exploraria um mês depois (relato aqui). Passei na frente do Hotel Los Acebos e retomei a trilha, agora já mais estreita. Alcancei uma pequena ponte de madeira sobre um profundo cânion mas não a cruzei, em vez disso tomei a trilha para a esquerda e me aproximei do rio que percorre o cânion, o Arroyo Buena Esperanza, que se origina no Glaciar Martial. A trilha se torna mais ruim nesse trecho junto ao rio, com troncos caídos. Apareceu uma saída para a esquerda mas não a tomei porque desembocava na estrada. Continuei dentro da mata e ainda junto ao rio pela sua margem direita verdadeira. Numa área mais aberta do bosque vi restos de fogueira apesar do aviso de proibição de acampar e fazer fogo. Apareceu outra saída para a esquerda que dava diretamente numa casa amarela, mas continuei no bosque. A partir daí a trilha se alargou e apareceram até passarelas de madeira em bom estado. Saí novamente no asfalto e aí tinha duas opções (na volta descobriria uma terceira opção, a da casa de chá): caminhar pela estrada apenas 360m e chegar ao estacionamento onde todos iniciam a caminhada ou tomar outra trilha que sai à direita da estrada e chega a um local já bem acima do estacionamento. Como sempre, optei pela trilha. Essa trilha da direita mantinha ainda a sinalização amarela e iniciava cruzando uma pequena ponte de troncos sobre o Arroyo Buena Esperanza. Eram 13h49. Uns 60m após essa ponte abandonei o caminho principal e subi à esquerda por uma trilha estreita mas com marcação amarela. Cruzei uma ponte improvisada de dois troncos e numa abertura da mata pude ver o Canal de Beagle para trás. O solo nesse local é de turfa (turba, em espanhol), encharcado e parecendo uma esponja ao pisar. A trilha terminou às 14h37 junto à estação terminal do teleférico que existia nessa montanha até 2014. Dali tomei outra trilha em forma de escadaria de pedras que me levou a um nível acima da trilha principal que vai do estacionamento ao glaciar. Mas logo os dois caminhos paralelos se juntaram. Foi então que saí do bosque e pude visualizar a montanha em que está pendurado o Glaciar Martial, com seus quatro circos principais, bem como a trilha em diagonal na encosta que leva até ele. Cerro Martial Avançando mais um pouco as últimas moitas de lenga ficam para trás, cruzo um riacho e inicio a subida da encosta por um caminho de pedras em ziguezague. A visão para o canal se amplia e é possível ver perfeitamente a península onde está o aeroporto de Ushuaia. Alcancei a neve às 15h20, numa altitude de 842m. Ali a visão se abre para a porção leste do Canal de Beagle com as montanhas da Ilha Navarino, território chileno, à direita. Iniciei a descida às 16h07 e decidi fazer o caminho do estacionamento para ver como era. Mas antes de chegar à estação final do teleférico resolvi percorrer o Sendero del Filo, apesar da placa de "cerrado". Caminhei 950m em 17min por essa trilha, que corta a encosta do Cerro Godoy, até um local em que há uma grande queda em direção a um vale. A montanha do outro lado do vale é o Cerro Roy. Uma placa indica o final da trilha. Valeu pelo visual mais amplo do canal e também desse grande vale aos pés de imponentes montanhas. Voltei ao ponto onde inicia essa trilha às 17h25 e continuei em direção ao estacionamento pelo caminho largo, uma estradinha mesmo, porém logo apareceu uma trilha à esquerda e preferi caminhar por ela, junto ao Arroyo Buena Esperanza. Mais abaixo ela estava fechada por uma tela e tive de voltar ao caminho largo. Passei pela antiga estação inicial do teleférico. Ao chegar ao estacionamento às 17h56 me surpreendi com a quantidade de carros. Há um café ali. Altitude de 323m. Cruzei o estacionamento para a esquerda (sentido oposto ao da estrada de asfalto) à procura de uma outra trilha. Passei pela casa de chá La Cabaña e desci por uma estradinha ainda dentro da área particular mas me deparei com um portão fechado. Já estava vendo que teria que pular a cerca de madeira quando o portão se abriu automaticamente... Esse caminho pela casa de chá então é a terceira opção que eu teria naquele ponto da subida em que me deparei com duas opções. Do portão caminhei apenas 100m pelo asfalto e retomei a trilha por onde subi. Na bifurcação depois da casa amarela tomei a trilha da direita, muito enlameada no começo mas melhor do que o caminho junto ao rio com troncos caídos. Cruzei a ponte sobre o cânion profundo passando a fazer um caminho diferente da ida, mas também com marcações amarelas. Desci pelo bosque até a altitude de 148m, quando quebrei para a direita. Notei nas árvores ali os fungos pão-de-índio. Quando jovens são redondos de cor amarela ou alaranjada, depois secam e concentrados formam uma espécie de inchaço no tronco. Têm esse nome porque eram usados como alimento pelos povos originários da Patagônia e Terra do Fogo. A trilha se estreitou num trecho bastante íngreme e me aproximei do Arroyo Buena Esperanza de novo. Sem cruzá-lo desemboquei às 19h numa estradinha de terra e fui para a direita. Uns 80m depois alcancei um estacionamento que fica bem próximo ao Hotel Altos Ushuaia, onde iniciei a trilha de subida. Do estacionamento peguei a Rua Aldo Motter para a esquerda e refiz o mesmo trajeto até o centro de Ushuaia, chegando às 19h45 à Rua Juana Fadul. Rafael Santiago janeiro/2020 https://trekkingnamontanha.blogspot.com.br
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