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  1. Alemanha e Praga em 4 semanas – maio-junho/2022 Minha passagem para a Alemanha estava planejada para 2020, mas foi cancelada devido à pandemia. Como eu já havia pago algumas hospedagens com tarifa que não permitia reembolso, foi permitido o uso futuro, de forma que acabei insistindo nesse destino para não perder o crédito. Depois de dois anos, finalmente em 2022, com a pandemia já aliviada pelo avanço das vacinas, e com o prazo final para eu usar os créditos das hospedagens, foi possível sonhar com um pouco de pé no chão com essa viagem tão aguardada. Com todo esse tempo de espera, acabei depois incrementando alguns dias adicionais para esticar um pouco a viagem até Praga, dada a proximidade e a facilidade de conexão por trem. Viajei pela Iberia, com ida Guarulhos-Madri-Munique e a volta Praga-Madri-Guarulhos. Todos os demais deslocamentos entre as cidades do itinerário da viagem foram feitos de trem, com passagens compradas antecipadamente no Brasil. No total, foram 4 semanas, distribuídos entre 8 bases de hospedagens, da seguinte forma: 1. Munique: 7 dias (4 bate-voltas: Neuschwanstein, Dachau, Nuremberg, Salzburg) 2. Frankfurt: 4 dias (1 bate-volta: Heidelberg) 3. Trier: 2 dias (1 bate-volta: Luxemburgo) 4. Colônia: 2 dias 5. Hamburgo: 2 dias 6. Berlin: 5 dias (2 bate-voltas: Sachsenhausen, Potsdam) 7. Dresden: 1 dia 8. Praga: 4 dias Sempre bom lembrar que os bilhetes que compramos para os transportes públicos devem ser validados nas maquininhas menores que ficam no caminho antes da gente acessar a plataforma dos trens. Esses bilhetes a serem validados contêm uma indicação de seta e a expressão “Bitte hier entwerten/ Please validate your ticket”. Se ocorrer fiscalização, o passageiro que não validou o bilhete pode ter que pagar multa. Durante todo o meu período por lá, não houve fiscalização para transportes dentro das cidades (metrô, ônibus, tram), somente houve conferência de passagens em trajetos mais longos, via trem, entre as cidades em que me hospedei. Nas viagens de trens mais longas, com baldeação antes de chegar no destino final, houve alguns atrasos que não permitiam pegar o próximo trem no horário agendado no bilhete que eu havia comprado. Achei muito útil ter o aplicativo da empresa de trens da Alemanha (DB) instalado no celular para prever essas situações, já que ele emite notificações quando há atrasos, informando sobre conexões alternativas, quando chegamos após a nossa já ter partido. Claro que isso é possível se a pessoa estiver usando internet no celular. No meu primeiro dia na cidade, ainda no aeroporto de Munique, por onde cheguei, aproveitei para procurar um chip de celular para usar internet durante a viagem. Encontrei uma loja de eletrônicos com chip da operadora Ortel, e escolhi um plano de 7GB por 30 dias por 35 euros e o funcionário já deixou tudo pronto para uso. A Alemanha é um país com grande número de bicicletas, com muitas vias e calçadas com espaços reservados aos ciclistas. É fundamental respeitar esses espaços e ficar atento sempre que precisar atravessar essas passagens, já que os ciclistas podem vir de qualquer dos dois lados do caminho. Na grande maioria das vezes, usar banheiro público tem custo, entre 50 centavos e 1 euro. Os banheiros de lojas, shoppings, estações etc. contam com uma pessoa para cobrar antes da gente entrar, ou então alguns são até mais sofisticados, com uma máquina pra colocar o dinheiro e catracas pra gente atravessar. Resolvi levar poucas roupas na mala na intenção de usar máquinas self-service e tudo funcionou muito bem. A cada semana, procurei pela palavrinha “laundry” no mapa nas imediações do lugar onde eu estava hospedado e sempre tinha algum estabelecimento pertinho para ir a pé. As máquinas funcionam com moedas e a gente pode também comprar um copinho de sabão em pó e de amaciante. Vi que moradores locais também vão para lavar suas roupas nesses lugares e eles levam o próprio sabão e amaciante. Depois da roupa lavada, podemos comprar um tempo na secadora para já sair com tudo pronto para reuso. Algumas pessoas deixam a roupa lavando e voltam depois de um tempo. Esses lugares normalmente ficam abertos à noite, que foi o horário que usei. Em média, o copinho de sabão e amaciante saía 50 centavos cada um; a lavadora 4 euros; e a secadora 2 euros a cada 15 minutos, sendo que a roupa fica realmente seca com 2 ciclos de secagem (30 min). E para quem pretende ir com um dinheirinho extra para compras, eu indico a loja Primark, que tem ótimos preços e produtos que gostei bastante da qualidade. É uma loja de departamentos, com roupas e acessórios, ao estilo C&A, Renner e similares, e está em várias cidades da Alemanha por onde passei. Dia 1 – Munique Após o desembarque em Munique e a retirada de mala, saindo do aeroporto, achei mais fácil pegar o ônibus da Lufthansa para a estação central de trens (Hauptbahnhof). O ônibus tem saídas a cada 20 minutos e custou 11,50 euros, com o pagamento direto ao motorista. Como cheguei num domingo, o trânsito estava tranquilo, com uma viagem de cerca de 40 minutos. Fiquei hospedado a duas estações de distância da Hauptbahnhof e peguei o U-Bahn (metrô) todos os dias. No meu caso, o ticket de transporte de curta distância me atendia por um preço mais em conta (1,60 euros), já que é possível usá-lo se a distância for de até 4 estações. Para deslocamentos maiores, o valor da passagem ficava em 3,40 euros, sendo que todos os tickets comprei diretamente nas máquinas que ficam nas estações. Elas aceitam euros ou cartão e são de fácil manuseio, com os menus em inglês para quem não fala alemão (meu caso). Além disso, no início da minha viagem, a Alemanha anunciou o ticket de 9 euros que abrangia grande parte dos transportes para os meses do verão e eu pude usufruir dele a partir de junho, com uma boa economia. Usei bastante o Google Maps no celular para resolver os deslocamentos e o fato de ter um chip local facilitou bastante. Munique é uma cidade com muitas possibilidades de bate-voltas, por isso foi o lugar que reservei mais tempo para ficar. Mesmo assim, tive que fazer algumas renúncias para não encarecer demais a viagem, já que tinha muitos outros lugares que eu fiquei com vontade de incluir. A própria cidade é muito bonita e vale bastante a pena dedicar um tempinho a ela. Dia 2 – Munique No centro histórico, o ponto de partida foi a Marienplatz, local onde está a nova prefeitura (Neues Rathaus). É possível visitar a torre para ter uma linda vista do alto da cidade, só achei mal sinalizado onde seria o lugar para comprar ingressos. Fiquei procurando e acabei entrando num elevador que vi algumas pessoas e aí sim pude ver que o ingresso para a torre era vendido lá em cima. Somente depois que saí do prédio é que havia funcionários lá embaixo para indicar a visita na torre. Imagino que eles comecem a trabalhar bem mais tarde, apesar de eu ter subido na torre cerca de 11h da manhã. Ali perto estão a Peterskirche (igreja de São Pedro), a Frauenkirche (catedral de Nossa Senhora), a Michaelskirche (igreja de São Miguel), o Karlstor (portão de Carlos), a Karlplatz, além de algumas ruas para pedestres com muitas lojas de todos os tipos e opções de refeições. A gente encontra carne de porco em todos os cardápios de restaurantes, e o salsichão e o schnitzel são pratos bem comuns e gostosos. E para quem gosta de cerveja, pode se esbaldar, que é a bebida mais presente nas mesas. Dia 3 – Munique Reservei esse dia para conhecer o Residenz, que é um palácio enorme e a visita ocupa uma manhã inteira. Comprei ingresso completo, que inclui o combo Residenz + tesouro (Tresuary) + teatro nacional (Cuvilliés Theater). Achei o Residenz lindo e muito suntuoso, com salas magníficas e cheias de detalhes. A visita ao tesouro é bem mais curta e permite ver artigos luxuosíssimos e joias que as famílias abastadas dos regentes da Baviera usaram em períodos remotos. O teatro é pequeno e bonito, mas achei meio difícil encontrar a entrada, já que praticamente não se vê sinalização, além de não ter nenhum tipo de informação pra gente se contextualizar. Eu o comparei ao Teatro Colón, em Buenos Aires, que são parecidos, mas o Colón oferece passeio guiado que enriquece bastante a experiência. Por isso, eu não curti o Cuvilliés. O jardim do palácio (Hofgarten) também está disponível para visita e não é tão grande. Ali perto também está o jardim inglês (Englischer Garten), o maior parque da cidade, onde dá para caminhar um pouquinho no meio da natureza antes de voltar para o hotel. Como nesse dia tinha um pouco de chuva e frio, não explorei o parque como eu gostaria. Dia 4 – Castelo de Neuschwanstein Comprei o bate-volta à cidade de Füssen ainda no Brasil usando o trem regional, que é mais barato para quem viaja a partir das 09h no meio da semana e horário livre no fim de semana. Fui em uma quarta no trem das 09h36 e retornei no trem das 18h17. Indico escolher o Bayern Ticket, que permite pegar o transporte para chegar na estação, além do ônibus em Füssen. Chegando na cidade, basta pegar o ônibus 73 ou 78 do lado da estação para os Castelos, em um trajeto que dura entre 10 e 15 minutos. Todos descem próximo do Ticketcenter, daí basta seguir a indicação das placas para chegar nas bilheterias, que possui fila. Eu não precisei passar por elas porque já havia comprado o ingresso para o castelo de Neuschwanstein, e escolhi a entrada às 13h50 apenas com audioguia (tem opção em português), porque os horários anteriores a esse eram com um guia em alemão. Próximo do Ticketcenter há restaurantes e, como ainda eram cerca de 12h00, já almocei antes de seguir caminho montanha acima para o castelo. Para quem resolve ir a pé até o castelo, são cerca de 20 minutos de subida que cansa um pouco, por isso também há possibilidade de alugar charrete ou ônibus, mas vi que eles não deixam o visitante exatamente na frente do castelo. Próximo das lojinhas de souvenir, há armários para colocar bolsas, sacolas e mochilas, que não são permitidas na entrada. Não há custo para usar os armários, mas eles funcionam com uma moeda de 1 ou 2 euros, que é devolvida quando a gente abre a porta de novo. O horário para entrada no castelo não permite atrasos. Vi pessoas voltando para o Ticketcenter para tentar outro horário por ter perdido a vez deles. Quando fui em maio, a entrada ao castelo de Neuschwanstein só estava sendo permitida com máscara tipo PFF2, sendo barrados outros tipos de máscaras. Na fila do lado de fora do castelo, tenho certeza que vi o ator britânico Sir Ian McKellen, que faz o mago Gandalf nos filmes ‘O senhor dos anéis’. Ele estava à paisana, conversando com amigos, sem grande grupo ao redor, então não seria muito educado chegar para abordá-lo, mas até que fiquei com vontade de ficar esperando se outra pessoa iria fazer isso. A visita ao castelo é pré-determinada e dura cerca de meia hora, com todo o grupo daquele horário fazendo o mesmo percurso. O castelo é bem bonito por dentro e há várias misturas de estilos nos cômodos que o rei louco mandou fazer. Uma pena que não é permitido tirar fotos. Na ocasião da minha visita, a ponte (Marienbrücke) estava em reforma e não permitia acesso para uma das melhores vistas do castelo. Ah, e achei a lojinha dentro do castelo com alguns souvenirs mais baratos do que do lado de fora. A cidadezinha de Füssen é bonita e charmosa, mas fiquei mais nas imediações da estação de trem para facilitar a hora de ir embora. Se tiver comprado o Bayern Ticket, pode até antecipar o retorno e pegar um trem de volta em horário diferente do que está marcado no bilhete. Dia 5 – Nuremberg O bate-volta a Nuremberg já estava comprado com antecedência, com ida às 09h04 e volta às 19h08. Como há atrações na cidade que ficam distantes, comprei na máquina de uma estação de metrô o vale transporte para um dia chamado ‘Tages ticket plus’. Ainda era maio, então o ticket de verão ainda não estava vigente. Infelizmente só fiz bate-volta, mas a cidade é encantadora e ótima para ficar um tempo maior. Saindo da estação de trens, atravessei a muralha da cidade antiga e fui em direção ao castelo, que fica numa região mais alta. A entrada no castelo é indicada por ter sido um importante lugar onde se estabeleceu o sacro império romano, no entanto não há uma extensa quantidade de objetos da época ali por causa da destruição causada pela guerra, por isso não é uma visita tão demorada. Do alto da torre Sinwell a gente tem uma linda visão panorâmica da cidade, e também dá pra visitar também os jardins do castelo. Saindo do castelo, podemos encontrar ali perto a Hauptmarkt, praça central da cidade com barraquinhas de produtos diversos, inclusive comidas rápidas. Nesse lugar também estão os bonitos prédios da antiga prefeitura (Altes Rathaus), a fonte Gänsemännchenbrunnen, do século 16, a Igreja de St. Sebald, iniciada no século 13, a Frauenkirche, do século 14, a fonte Schöner Brunnen, do século 14. Nesta última, está o anel metálico que os turistas giram para um dia retornar à cidade. O palácio da justiça de Nuremberg (Nürnberg Justizpalast) possui o memorial dos julgamentos dos condenados após a 2ª guerra, com ingressos que permitem visitar a sala de julgamento (Schwurgerichtssaal 600), além de outros andares com muitos painéis explicativos. O visitante pode retirar audioguia na entrada pra ter acesso a informações que enriquecem bastante. O lugar fica distante, sendo necessário usar o transporte público. Outro ponto que também isso é necessário é o centro de documentação nazista (Dokumentationszentrum Reichsparteitagsgelände), mas quando eu cheguei nele já era final do dia e não dava mais para visitar. Dia 6 – Dachau Dachau está na zona M-1, por isso comprei o single ticket para essa zona (5,30 euros), que vale para utilizar todo o transporte durante todo o dia na região central e zona M-1. Saindo da estação central, o trem é o S2 com destino a Peterschausen, descendo na estação Dachau. Perto da estação, tem um ponto de ônibus e a gente pega o de número 726, até a parada “KZ- Gedenkstätte”, em um trajeto que leva entre 10 e 15 minutos. A entrada no centro é gratuita, mas indico pagar para retirar um audioguia (3,50 euros quando fui). O visitante deve deixar um documento até a devolução do audioguia (não vale o passaporte) ou pode deixar um depósito de 10 euros, que é devolvido ao final da visita. Dachau foi o primeiro campo de concentração nazista, construído em 1933, e teria sido um “modelo” para os campos que vieram depois dele. O lugar guarda muita informação sobre um período devastador e é difícil sair dali insensível. É uma visita que toma boa parte do dia e eu acho que não combina marcar muitas coisas para esse mesmo dia, principalmente por causa do clima pesado que é visitar um lugar como esse. Dia 7 – Salzburg A passagem de trem para Salzburg já estava comprada desde antes da viagem, em um sábado, com ida às 07h56 e volta às 19h15. Como eu comprei o Bayern Ticket, já estava incluído o metrô para chegar na estação central de Munique. Chegando na estação central de Salzburg, a primeira providência foi comprar o Salzburg Card (30 euros) para visitar as principais atrações e ter acesso ao transporte público. Iniciei o passeio pela fortaleza Hohensalzburg, do século 11, pegando o funicular (FestungsBahn) para chegar lá no topo, já incluído no cartão turístico. É uma subida bem íngreme, mas bastante rápida. A área externa do castelo já permite uma linda vista da cidade, além de possuir uma torre bastante cobiçada para uma visão 360º lá de cima. Pertinho da descida do funicular estão a Kapitelplatz, com uma enorme esfera dourada com a escultura de um homem em cima; a Residenzplatz, praça da residência dos arcebispos, com uma imponente fonte barroca, obra de um italiano; a Mozartplatz, com uma estátua do século 19 em homenagem a Mozart, nascido na cidade; a catedral (Dom zu), do século 17. A casa do músico Mozart que virou museu fica na rua comercial de pedestres Getreidegasse. Essa rua ainda traz placas com ícones na fachada de algumas lojas representando a atividade desenvolvida ali, tal como na idade média, quando não havia muita gente que sabia ler. Saindo do centinho histórico, está a ponte Makartsteg, em que passam somente pedestres e com uma enorme quantidade de cadeados colocados por casais nos dois lados dela. Um pouco além, está o lindo Mirabellgarten, um jardim barroco muito bem cuidado e com uma enormidade de esculturas espalhadas ao longo do caminho. No meio da tarde, verifiquei se tinha passeio de barco incluído no cartão turístico, mas foi dito que somente em horário mais cedo no dia seguinte. Então fica a dica que, se alguém quiser fazer o passeio de barco incluído no Salzburg Card, é bom consultar os horários ao chegar na cidade. Como eu não fiz o passeio de barco, resolvi antecipar um pouco o horário do retorno para Munique, já que estava usando o Bayern Ticket. Não sei se ocorre com frequência, mas no meio do caminho, em uma estação fronteiriça entre Áustria e Alemanha, o trem ficou parado bastante tempo esperando fiscalização da polícia, com alguns guardas entrando nos vagões e escolhendo um ou outro passageiro para mostrar passagem e documentos. Dia 8 – Frankfurt Iniciei a visita à cidade pelo centro antigo (Römerberg), onde está a Paulsplatz e as várias construções coloridas ao seu redor com arquitetura típica no estilo enxaimel. Ali perto está a catedral de Frankfurt (Kaiserdom), mas nas duas vezes que passei por lá, estava acontecendo missas, não sendo possível explorar melhor a igreja e a torre. Um pouco mais distante, mas fácil chegar a pé, está a casa onde nasceu o escritor Goethe (Goethehaus), com ingressos que incluem também o museu dedicado ao movimento artístico do romantismo, que fica do lado. Dia 9 – Frankfurt Fui conhecer a ópera (Alte Oper), um bonito prédio do século 19 com uma fonte em frente. Na bilheteria, informaram que não tem visita por dentro, podendo conhecer apenas se assistir algum espetáculo. Ali perto, segui na direção ao Hauptwache, um edifício que já foi casa da guarda e prisão, que foi desmontado e deslocado para a construção do metrô, hoje abrigando um café. A rua de pedestres Zeil leva ao modernoso shopping MyZeil, e de lá podemos seguir rumo ao prédio da Eurotower, onde funciona o Banco Central Europeu e está o símbolo do euro. O mirante Main Tower está próximo, mas não há muitas indicações sobre sua localização (algo já recorrente). Comprei o ingresso por 9 euros e subi de elevador, com o último lance por escadas. De lá do alto, a gente tem uma linda vista da cidade, podendo ficar quanto tempo desejar. Frankfurt é uma cidade grande para negócios, com bastante comércio de imigrantes de origem árabe. Tendo Munique como comparativo, Frankfurt é mais suja e caótica, com um ou outro atrativo que gostei, mas que podem ser visitados em uma permanência mais curta na cidade. Dia 10 – Heidelberg Com meu bilhete de trem bate-volta já comprado desde antes da viagem, cheguei na estação de Heidelberg e, com ajuda do Google Maps, peguei ônibus para o centro histórico. A principal atração na cidade é o castelo, mas todo o centrinho antigo é uma graça. A subida ao castelo é um pouco cansativa, com bastante escada, mas vi que também é possível pegar funicular. A vista lá do alto é muito bonita, com uma bela visão panorâmica da cidade. Além dos grandes jardins, o castelo possui o museu da farmácia, com muitas curiosidades interessantes sobre o desenvolvimento de produtos farmacológicos mais rudimentares para o bem estar da família real. Descendo o castelo, as ruazinhas da cidade são muito bonitas, onde podemos passar pela praça Kornmarkt, com uma escultura da madona do século 18, simbolizando a conversão dos protestantes ao catolicismo após a contra-reforma. Na Marktplatz, estão algumas construções históricas, como a câmara municipal, a fonte de Hércules, a igreja do Espírito Santo (Heiliggeistkirche) e o Hotel Zum Ritter, que resistiu a muitos bombardeios. Ali próximo também está a Karlplatz e a bonita e minimalista igreja dos jesuítas (Jesuitenkirche). Nas margens do rio, encontramos o portão Brückentor, com a estátua de um macaco segurando um espelho e alguns ratinhos do lado. A estátua representa um macaco que teria existido de verdade e que dava boas vindas aos visitantes. Segundo a tradição, se passar a mão no espelho, traz dinheiro; se tocar na mão do macaco, a pessoa vai voltar à cidade; se tocar nos ratinhos, traz fertilidade. Atravessando a ponte, a gente chega no caminho dos filósofos (Philosophenweg), uma trilha montanha acima que também permite boas fotos da cidade. O caminho é cansativo e dizem que é onde os estudantes iam para refletir e estudar. Dia 11 – Trier Esta foi uma das mudanças de cidade mais longas de todas, com uma viagem de cerca de 3 ½ horas, mas foi o trajeto que achei mais bonito, com muitas cidadezinhas pelo caminho e muitos castelos no alto das montanhas próximas. Trier é a cidade mais antiga da Alemanha, do século 16 a.C., recebendo a alcunha de ‘segunda Roma’ por já ter sido a capital do império romano no ocidente. O passeio começou pela Porta Nigra, que é o grande portal com pedras escuras onde se inicia o centro antigo. Ali próximo está o Hauptmarkt, praça do mercado com uma fonte (Marktbrunnen) do século 16 e esculturas de São Pedro e das 4 virtudes; uma cruz (Marktkreuz) do século 10; o Steipe, prédio do século 15 onde funciona um café e restaurante; a catedral de São Pedro (Dom), iniciada no século 4 pelo imperador Constantino e com entrada gratuita; a igreja de Nossa Senhora (Liebfrauenkirche), do século 13. Trier foi a cidade onde nasceu Karl Marx, tendo a sua casa virado museu e aberta a visitação. Só encontrei o lugar por causa do gps no celular, já que a fachada é muito discreta, quase sem indicação nenhuma de onde ela ficava. Um pouco mais adiante, podemos ver a basílica de Constantino (Aula Palatina), mas não é possível visitar porque ela se tornou uma igreja protestante. Próximo está o palácio eleitoral (Kurfürstliche Palais) com seus belos jardins, por onde podemos seguir em direção a outro ponto bem próximo, as termas (Kaiserthermen), uma enorme estrutura subterrânea onde aconteciam os banhos romanos. Finalmente, um pouco mais distante podemos visitar o anfiteatro romano, do século 2, utilizado para batalhas de gladiadores com animais para entretenimento da população. O lugar fica meio escondido e guarda pouco do que era a estrutura do anfiteatro, já que muitas pedras foram retiradas para outras construções após a desativação dos espetáculos com o fim do império romano. Dia 12 – Luxemburgo Dentre os deslocamentos de trem que comprei antes de iniciar a viagem, esse foi o mais barato de todos, apenas 10 euros ida + volta. O ponto de partida foi a Place Guillaume II, no entanto havia obras no local, não permitindo andar por lá. Pertinho está o palácio dos duques (Grand Ducal Palace), com uma pequena troca de guarda a cada hora, e do lado está a câmara dos deputados. Também ali está a catedral de Notre Dame, igreja do século 17 com mistura de estilos – gótico, renascentista, neogótico, moderno – e com entrada gratuita. A Place d’Armes fica próxima, com uma grande quantidade de restaurantes ao redor. Ali perto podemos ver o Casemates du Bock, fortificações de pedra que serviram para proteção durante a guerra. Na minha visita, vi somente a parte no nível da rua, que estava com acesso livre, mas não havia acesso às partes subterrâneas. Andando um pouco mais, chega-se na Place de la Constitution, onde está o monumento da lembrança (Monument du souvenir), obelisco em homenagem aos mortos na 1ª guerra. Ali está também o mirante Chemin de la Corniche, com vistas lindas da cidade e do Grund (cidade baixa). Na parte baixa está o parque Vallé de la Pétrusse, uma descida com bastante escada e com lindas vistas pelo caminho. A cidade de Luxemburgo foi uma grata surpresa, com um visual deslumbrante e muitos falantes de português. Vi que lá existe uma comunidade muito grande de portugueses e também brasileiros trabalhando. Há muitos restaurantes e pequeno comércios com produtos que estamos habituados, e até mesmo na estação de trem a gente vê funcionários falando português para auxiliar o turista. E a passagem de volta de trem pode ser feita em horário diferente do que está marcado, sem problema. Dia 13 – Colônia O deslocamento para Colônia foi no primeiro fim de semana de junho, já com o ticket de 9 euros válido para os transportes no país. A consequência disso foi um trem muito cheio, com muita gente em pé em boa parte do percurso, dificultando ainda mais viajar com mala. Colônia também estava muito cheia de turistas e deu pra sentir um pouco como deve ser o clima de verão antecipado por lá. O início da visita foi à catedral (Kölner Dom) e a entrada é gratuita. Na porta da igreja vi mulheres com roupa muito curta sendo barrada, então esta pode ser uma dica a se considerar. Por fora, a catedral é muito alta e difícil conseguir tirar foto pegando toda ela de perto, e por dentro ela possui uma quantidade incrível de vitrais coloridos nas janelas. Outros pontos de interesse ali pertinho, como o museu romano-germânico (Römisch-Germanisches Museum), o Praetorium, a prefeitura (Rathaus) estavam todos fechados, parece que passando por reformas. Passei pela Casa Farina, que é uma loja de perfumes com preços indecentes de caros e também onde fazem uma apresentação meio teatral sobre a história do perfume que ficou famoso na cidade, que não me animei nadinha a comprar ingresso para assistir. Na região há bastante comércio, inclusive ruas comerciais muito visitadas para compras, com marcas famosas, além da enorme loja de departamento Kaufhof, com alguns andares de departamentos variados. Andando pelas margens do rio Reno em direção ao modernoso quarteirão Rheinauhafen, há muitos restaurantes no Fischmarkt, bem como ali pertinho, na Alter Markt. Um pouco mais adiante nas margens do rio está o trio de prédios Kranhäuser, parecendo guindastes, e ao longo da caminhada é montada uma feirinha com bancas de artesanato no fim de semana. Dia 14 – Colônia Comecei o segundo dia na cidade pela ponte Hohenzollernbrücke, por onde passa o metrô no meio e pedestres na lateral. A ponte é repleta de cadeados colocados pelos casais e atravessá-la a pé rende uma visão muito bonita da cidade e do rio Reno, com a catedral ao fundo. Do outro lado do rio a minha intenção era ir ao observatório Triangle e ao cable car, mas a chuva que começou atrapalhou explorar esses lugares. Fui para o centro de documentação nazista (NS-Dokumentationszentrum), que é um prédio discreto e que pode passar desapercebido, já que não tem muita indicação do que funciona ali. O lugar já foi sede da Gestapo, polícia secreta nazista, e conserva um memorial alemão para as vítimas do regime. São muitas informações em alemão, por isso é indicado pegar o audioguia para facilitar a contextualização. Não longe dali, fui na direção do museu do chocolate (Schokoladenmuseum), que fica bem na margem do rio Reno, e havia bastante gente na região. Não fiz a visita ao museu, mas do lado de fora dele tem uma grande escadaria que é livre para todos que quiserem subir e ter uma boa vista panorâmica da cidade. Dia 15 – Hamburgo Esta também foi uma viagem mais longa, cerca de 3 ½ horas, com bilhete de trem comprado no Brasil. É uma cidade bem grande, que eu usei um pouco mais o transporte público, portando o ticket de verão (9 euros). O centro histórico fica próximo da estação central de trens e dá para percorrer ir de um para o outro a pé. Iniciei pela rua para pedestres Mönckebergstrasse, que começa na estação central, e leva para os principais pontos. Era uma segunda, mas não havia nenhuma loja aberta, daí fui pesquisar e descobri que era feriado de Pentecostes, com todo o comércio fechado, salvo alguma lojinha de souvenirs e restaurante. As igrejas antigas St. Jacobi e Sankt Petri ficam próximas uma da outra, e ali perto também está a prefeitura (Rathaus), um lindo prédio em estilo neorrenascentista, com telhado verde e uma torre central. Os turistas podem entrar no prédio e ir até um pátio interno, com uma fonte muito bonita, que foi construída para servir à população durante uma grande epidemia de cólera. Mais adiante está uma parte do lago canalizado (Inner Alster) e uma galeria de lojas que fica na margem e que tem uma bela visão do lago com a prefeitura ao fundo. Na região próxima também está a rua para pedestres Deichstrasse, com alguns restaurantes, e localizada numa região muito antiga da cidade, com prédios que passaram ilesos ao grande incêndio ocorrido em 1842. Um pouco mais adiante está a igreja de St. Nicolau, que foi destruída durante a guerra e não foi reconstruída, funcionando como um memorial às vítimas. No espaço estava tendo uma exposição em homenagem à Ucrânia, com bastante informação sobre a cronologia da guerra que está ocorrendo. A torre da igreja está de pé e permite subir de elevador para contemplar a cidade do alto. Andando um pouco mais, está o bairro de St. Pauli, um pouco mais agitado e com muitos imigrantes. A avenida Reeperbahn tem muitas casas noturnas, com shows adultos, e foi nessa região que os Beatles começaram a carreira, tocando no início dos anos 1960 antes de ficarem famosos. Na Beatlesplatz podemos ver as esculturas vazadas em metal dos músicos. Dia 16 – Hamburgo No segundo dia na cidade, comecei pelo St. Pauli Fischmarkt, antigo mercado de peixes onde os moradores tomam café no domingo cedo. No meio da semana, não havia essa atividade no local. Em seguida, fui para a Hauptkirche St. Michaelis, igreja com uma torre negra que podemos subir de elevador e ter uma ótima vista da cidade. Próximo da igreja está o bairro português, com uma grande quantidade de restaurantes e falantes da língua portuguesa. Para despedir da cidade, fui para as plataformas do lago canalizado para pegar um dos ferries da Hadag (incluído no ticket de transporte público) e peguei o ferry 62, parando em algumas estações para explorar melhor a área e pegando o próximo ferry para seguir viagem. Ao longo do percurso, desci em Dockland, onde tem uma imensa plataforma com escadarias e podemos subir para ver a região do alto, e Övelgönne, um bonito bairro com pequena faixa de areia nas margens do rio Elba. Dia 17 – Berlin Berlin é uma cidade muito grande e a gente vai usar bastante o transporte público. Fiquei hospedado próximo da Alexanderplatz, que foi o ponto de partida para os passeios. Perto está o antigo bairro Nikolaiviertel, marco zero da cidade criado no século 13, e a prefeitura vermelha (Rotes Rathaus), de frente a uma praça bem ampla e com um visual muito bonito ao redor. Caminhando um pouco mais nas margens do rio Spree, a gente chega na catedral (Berliner Dom). Os ingressos para entrar estavam sendo vendidos na máquina que só aceita pagamento em cartão. Além do interior da catedral, também podemos subir na torre por uma escada bastante extensa e cansativa, mas a vista da cidade é incrível. Do lado da catedral, está a ilha dos museus (Museumsinsel), com vários deles reunidos em um lugar pertinho do outro, mas acabei não visitando nenhum deles. A região é muito bem servida de prédios lindos, grandiosos e imponentes dos séculos 18 e 19, que deixam a caminhada ao ar livre muito inspirada. Seguindo um pouco mais, encontramos o portão de Brandenburg (Brandenburger Tor), um ícone da cidade a céu aberto e sempre cheio de turistas. Do ladinho, fica o memorial do holocausto (Holocaust-Mahnmal), uma grande área com blocos de concreto de alturas variadas representando as vítimas do nazismo. O memorial está de frente para um imenso parque que abriga o memorial de guerra soviético (Sowjetisches Ehrenmal), com um monumento enorme de um soldado ladeado por grandes colunas e um bonito e tranquilo jardim na parte de trás. Pertinho do memorial soviético, está o parlamento alemão (Reichstag, Deutcher Bundestag), que eu agendei com boa antecedência a entrada, que é gratuita. A entrada envolve muito controle de segurança. Levei impressa a confirmação da visita, eles conferem nosso passaporte e passamos pelo detector de metais, daí o grupo é conduzido por funcionários até o interior do prédio. Antes de começar a subida à cúpula de vidro, podemos retirar um audioguia gratuitamente, com opção de ouvir em português. As explicações não são demoradas e é uma visita que vale muito a pena. Dia 18 – Berlin Comecei o segundo dia na cidade pela East Side Gallery, uma grande extensão do muro que dividia Berlin durante a Guerra Fria, e que foi transformado em galeria a céu aberta, com muitas intervenções de artistas diversos. Ao longo do muro está o rio Spree e, em certo ponto, uma grande escultura em metal de dois homens furados que parecem estar brigando (Molecule Man). Em outro ponto da cidade, fui conhecer o Checkpoint Charlie, antigo posto militar de passagem entre os lados oriental e ocidental de Berlin. No lugar podemos ver uma marcação no chão por onde passava o muro e as placas indicativas dos lados ocupados por americanos e soviéticos. Do lado do museu do muro, encontrei uma banca de souvenirs que oferece carimbo para o passaporte e a gente pode pagar qualquer valor livre. Próximo dali está a Topographie des Terrors, que ainda guarda uma parte intacta do muro, além de contar a história do país que culminou em tanta tragédia para o mundo. Dia 19 – Berlin O terceiro dia começou com a visita ao memorial do muro de Berlin (Gedenkstätte Berliner Mauer), localizado em uma região da cidade que preserva a marcação de onde passava o muro por uma grande extensão no chão. Em vários painéis ao ar livre, há informações sobre os impactos que a divisão trouxe para os moradores, com vários relatos sobre as inúmeras tragédias após tentativas de passar para o outro lado. Peguei o trem para ir até o palácio Charlottenburg, em uma região mais distante e que abriga um lindo palácio real do reino da Prússia, com entrada paga e que rende boas horas de visita. Nos fundos do palácio tem um amplo e bonito jardim, que pode ser visitado livremente sem ingresso. Para finalizar o dia, fui conhecer a Kaiser Wilhelm Gedächtniskirche, igreja destruída pela guerra e que não foi reconstruída, mas ainda preserva uma grande torre. Ao redor da igreja há uma grande barreira postes metálicos de proteção, já que em 2016 ocorreu um ataque terrorista que deixou várias vítimas. Poucos dias antes de eu ir no local, também ocorreu um acidente numa esquina bem pertinho que deixou vítimas. A rua Kurfürstendamm, que passa ali do lado da igreja, possui um comércio muito intenso, com shoppings e galerias diversas e para todos os bolsos. Além de ser um lugar muito bonito, é uma ótima opção para quem deseja ir às compras. Dia 20 – Sachsenhausen Em um sábado, peguei o trem regional RE5 para ir até o campo de concentração, e mais uma vez o trem estava pra lá de lotado, com todo mundo usando o bilhete de verão. Desci na cidadezinha de Oranienburg e vi que os ônibus que vão para Sachsenhausen demoram bastante a passar, daí fiz o caminho a pé, cerca de 2 km. A entrada é gratuita, mas para pegar o audioguia pagamos 3 euros, com opção de idioma em português, o que é muito recomendado. A estrutura de Sachsenhausen não contém tantos prédios em pé como em Dachau, e de maneira geral as informações que estão disponíveis no audioguia não possuem tantos elementos visuais pra gente contextualizar melhor. Por isso, achei que Dachau me pareceu mais completo e suficiente para esse tipo de visita. Dia 21 – Potsdam Esta é uma cidade que fica a cerca de 45 minutos de Berlin, para a qual peguei o trem S7. Potsdam serviu como casa da família real da Prússia até início do século 20 e tem como principal atração o palácio de Sanssouci (que significa, em francês, “sem preocupação”, tipo “hakuna matata”). O parque do local contém lindos jardins e é gigantesco, dá pra passar muito tempo por ali. Muita gente acaba indo passar o dia e leva o seu lanchinho para um piquenique, já que não há muitas opções de refeições por perto. Eu não fiz visita ao interior dos prédios, já que os imensos e bonitos jardins tomam bastante tempo, além de eu não ter levado nenhum lanche para que pudesse permanecer por mais tempo. Acabei explorando na parte da manhã até cerca de 13h e tive que ir embora quando a fome bateu. Há restaurantes no centro da cidade, cerca de 30 minutos caminhando. O centro da cidade também é uma graça e é muito gostoso perambular um pouco por lá, onde a gente pode ver o outro portão de Brandemburg, chamado também de portão de Berlin, e as suas imediações. Dia 22 – Dresden Cheguei a Dresden para permanecer apenas por uma noite, por isso preferi deixar minha mala nos guarda-volumes da estação de trens. O locker está disponível na maior parte das estações e funciona sem intervenção de funcionários, bastando a gente inserir moedas, trancar e levar a chave. Quando estive lá, o locker menor, que cabe uma mala pequena, estava custando 3 euros; o intemediário, que cabe uma mala média, 5 euros; e o grande, 7 euros, valores cobrados para cada 24 horas. Pode ficar até 72 horas, pagando a diferença posteriormente. Esse seria o tempo máximo de utilização, mas nada impede que a pessoa vá lá antes desse prazo para abrir e trancar a porta novamente, fazendo novo pagamento para renovar o período. Dresden é uma das mais lindas surpresas que encontrei na viagem, uma cidade que merece um pouco mais de tempo para ser melhor explorada. A prefeitura (Neues Rathaus) possui uma cúpula com uma enorme estátua de Hércules. Pertinho está a igreja Kreuzkirche, com uma torre de onde se tem uma bela vista da cidade, com subida por escadas. A antiga praça do mercado (Altmarkt) está também ali do lado, bem como o palácio Zwinger, que é um dos pontos altos da cidade. Ele ocupa uma grande área, com muros pelos quais podemos andar para observar melhor as esculturas que estão distribuídas ao longo dele. A área de baixo contém jardins, mas estavam em reforma durando a minha passagem. Pertinho dali está a Theaterplatz, com a escultura ao centro do rei Johann montado em seu cavalo, e ao redor da praça há muitos prédios lindos que faz todos competirem pelo espaço. Ali perto estão o palácio real (Residenzschloss), a casa de ópera (Semperoper), a catedral (Hofkirche). Caminhando um pouquinho além, encontramos o enorme mural da procissão dos príncipes (Fürstenzug), referente a uma procissão a cavalo dos governantes da Saxônia, ocupando uma parede de 100 metros a céu aberto. A barraquinha de souvenirs em frente tem um alemão que disse ter morado no Brasil nos anos 1990 e que fala português. A nova praça do mercado (Neumarkt) está ali pertinho também, onde está a igreja de Nossa Senhora (Frauenkirche). É uma praça com muitos restaurantes e opções de compras. Perto dali está o Brühl’s Terrace, que é uma pracinha alta com algumas esculturas, lugar de onde se avista o rio Elba lá embaixo e a parte da cidade do outro lado do rio. Pegando um tram, resolvi ir conhecer a loja mais bonita do mundo, segundo o Guiness Book, chamada Pfund’s Dairy. Ela fica na região do outro lado do rio, região menos turística, com paredes todas revestidas em azulejos estilo português, estilo casinha de bonecas, acho que meio anos 1970, uma graça. A loja funciona como padaria, com degustação de queijos e vinhos, além de também vender souvenirs. Dia 23 – Praga Praga está a pouco mais de 2 horas de trem de Dresden. A estação de trens fica próxima do seu centro histórico. No meio de junho, a cidade estava cheia e o clima foi de bastante sol todos os dias. Uma coisa a se prestar atenção é no dinheiro que a gente troca nas casas de câmbio, já que li muitos relatos de repasse de notas falsas para os turistas. Eu dei preferência a fazer câmbios em uma das casas indicadas (Alfa Prague, Praha Exchange, Exchange Centrum, Xchange Grossmann, dentre outras) e particularmente não tive nenhum problema. Na praça da cidade antiga (Staroměstské náměstí) está a igreja Nossa Senhora Diante de Týn, com o seu relógio astronômico que reúne turistas ao redor para ver o ritual a cada hora exata. O ingresso à igreja dá direito a subir na torre, que é uma subida fácil por rampa em espiral, além de poder fazer um tour guiado pelos subterrâneos do prédio, basta pedir para entrar no próximo grupo. A ponte Carlos (Karlův most) é um lugar em que a gente passa diversas vezes, já que a cidade oferece atrações turísticas dos dois lados do rio Moldava. A ponte é somente para pedestres e reúne diversas esculturas de santos, e a tradição diz que, para voltar à cidade, a pessoa deve passar a mão na estátua em São João Nepomuceno (8ª à direita). No entanto, atualmente foi instalada uma grade alta ao redor dele, tornando-o inacessível para ser tocado. A região próxima da ponte Carlos possui um muro cheio de grafites em homenagem a John Lennon, com espaço na frente dele para poemas de pessoas que queiram enviar para o projeto. Dia 24 – Praga O segundo dia na cidade foi para explorar o castelo de Praga. Ele fica numa parte mais alta da cidade, com uma subidinha por escadarias, mas não é cansativo. Na entrada para a região do castelo, tem esquema de segurança com detector de metais e revista nas bolsas, mas é bem rápido, não peguei fila. O complexo oferece uma visão do alto da cidade que é de encher os olhos. Os jardins e as ruazinhas charmosas são áreas abertas e gratuitas que a gente pode explorar por um bom tempo. Indo na direção da catedral de São Vito, a gente passa por um segundo controle de segurança, também rápido. Pertinho da catedral, comprei o ingresso para o circuito básico (250 coroas tchecas), e já iniciei pela igreja. Ela possui uma área gratuita que não precisa de ingresso, mas com ele a gente pode ultrapassar a catraca e conferir além do meio dela, contornando o altar. Além de monumental por fora, a igreja é muito bonita por dentro também. O ingresso para o circuito inclui alguns outros pontos, como o velho palácio real, a basílica de São Jorge e a rua dourada. Esta última é uma pequena rua com casinhas apertadinhas lado a lado, onde moravam trabalhadores que serviam ao castelo na idade média. O lugar me lembrou uma rua de hobbits. Indo em direção à saída, podemos entrar em um calabouço, que ainda guarda alguns instrumentos de tortura para os prisioneiros da época. Dia 25 – Praga Este foi o dia de visitar o bairro judeu (Josefov), que fica bem próximo do centro histórico da cidade. O ponto de partida foi a sinagoga velha-nova (Staronová synagoga), que oferece o combo de ingressos para várias outras atrações do bairro, como o cemitério judeu (Starý židovský hřbitov) e a sinagoga espanhola (Španělská synagoga). Peguei o ingresso apenas para a primeira sinagoga, que é um espaço bem pequeno mas cheio de história. Os demais lugares que compõem o museu judaico ficam ali próximos. Ali próximo também está a rua Pařížská, que contém as lojas de grifes mais caras e com mais seguranças por metro quadrado. Andando um pouco mais, chega-se na torre de pólvora (Prašná brána) e na casa municipal (Obecní dům), que chamam atenção pelo contraste do antigo com o moderno lado a lado. Não muito longe, está a casa dançante (Tančící dům), prédio modernoso e “acinturado”, como sendo puxado pela cintura numa dança. A entrada no prédio é gratuita e pode subir até o 7º andar onde tem um bar que fica no terraço. Para ter direito a acessar o terraço, é necessário consumir alguma coisa no bar. Eu pedi uma cerveja e fiquei ali um tempinho contemplando uma vista muito bonita da cidade do alto. Dia 26 – Praga No último dia na cidade, fui conhecer o castelo de Vyšehrad, que fica um pouco mais fora do circuito turístico. Na região próxima à fortaleza não encontrei nenhuma placa indicativa, só mesmo com a ajuda do Google Maps para localizá-lo, e mesmo assim demorei um tempinho para saber onde era a sua entrada. O lugar fica no alto de um monte, mas quem olha de baixo só vê árvores cobrindo toda a vista. Subindo as ruazinhas do monte, começa a despontar a estrutura do lugar, que é cercado por uma enorme muralha, por onde podemos transpassar para ver uma espécie de pequeno bairro, com amplos jardins, algumas esculturas enormes, dentre outras construções. A basílica de São Pedro e São Paulo, do século 11, se destaca pela sua imponência e suas portas coloridas que são muito bonitas. A entrada é paga e o visual no interior é muito bonito mesmo, com todas as superfícies coloridas apesar de um espaço bem pequeno. O cemitério atrás da igreja é de circulação livre, com muitos túmulos das mais variadas épocas. E o mais importante: andando pelos jardins, a vista que se tem lá de cima vale muito a pena, que a cidade é linda de todos os ângulos. Ao término da viagem, peguei o ônibus Airport Express na rua superior da estação de trens (rua Wilsonova), em um percurso de cerca de meia hora. O aeroporto da cidade é pequeno, com 2 terminais, mas que ficam ligados com um acesso de pouquíssimos minutos andando por dentro. Os guichês para despachar as malas são de uso comum a todas as empresas aéreas, podendo deixar as malas no máximo 2 horas antes do vôo. E há restaurante com refeição completa no terminal 1 com preço mais em conta do que no centro da cidade. Talvez por causa do calor que fazia do lado de fora, o voo saindo de Praga em direção a Madri foi tenebroso, com perdas de altitude repentinas e sacudidas violentas. A barriga esfriava o tempo todo e teve tampa do porta bagagens se abrindo, deixando todos bastante assustados. Foi o voo mais tenso que já fiz na vida, e no final da viagem era perceptível o alívio de todos ao finalmente chegar no solo.
  2. 📷 Texto original com fotos aqui Hamburgo é uma cidade moderna, mas tem aquele charme europeu e uma identidade forte que vem das águas! É banhada pelos rios Alster e Elba, sendo esse último a porta de entrada para o imenso Porto de Hamburgo. Ao longo de sua história, a cidade passou por períodos críticos de destruição e mortes, sendo os mais relevantes o grande incêndio de 1842 e os bombardeios no período da Segunda Guerra Mundial. Embora seja a segunda maior cidade da Alemanha, atrás apenas da capitalBerlim, é possível conhecer relativamente bem Hamburgo em 2 ou 3 dias. A cidade é bem plana e simples de ser explorada a pé, mas se for preciso o metrô também funciona muito bem. Para chegar do aeroporto ao centro, o jeito mais simples é pegar o trem (S1 – Direção Hamburg-Blankenese) até a Estação Central (Hauptbahnhof). O valor do bilhete é 3,30 € e a viagem dura cerca de 25 minutos. Veja aqui mais informações sobre o transporte publico de Hamburgo. Acabamos ficando hospedados em dois hotéis diferentes. A primeira noite em uma das unidades do Novum, próximo à Estação Central e o resto dos dias no City Hotel Hamburg Mitte. O primeiro é mais barato, tem boa localização e um café da manhã eficiente, mas recomendo mais o segundo! Apesar de ter o café da manhã pago a parte (que achei caro e não experimentei), os quartos são bem modernos e dos andares altos tem-se uma super vista da cidade! O entorno do Lago Alster é uma das regiões mais fotogênicas da cidade, e um bom ponto de partida para explorá-la. O cenário com as altas torres das igrejas atrás do conjunto de prédios que circundam o lago dão a impressão de estarmos em uma ilustração de lata de biscoitos. No inverno, adicione o fato de o lago estar quase congelado e o resultado é uma vontade de ficar ali olhando aquela paisagem até que o frio não permita mais sentir as mãos, hora de encontrar um lugar quentinho! Caminhando por essa região super sofisticada, cheia de lojas de grife e hotéis caríssimos, me deparei com o simpático Big Fat Unicorn, que já me ganhou pelo nome! O café, todo fofo, serve sanduíches coloridos e outras delícias para encher a barriga e o feed do Instagram. A poucos minutos de lá fica a Rathaus – o prédio da prefeitura, um dos cartões postais de Hamburgo. O edifício é lindo, uma imponente construção de arquitetura neoclássica que domina a Rathausmarkt, praça onde está localizado. É possível acessar gratuitamente o hall de entrada. Nas ruas ao entorno, especialmente na Mönckebergstrasse, há muitas lojas, cafés e restaurantes. Embora existam diversas igrejas em Hamburgo, foram duas as que me chamaram mais atenção. A primeira é a St. Nikolai, que na verdade hoje funciona como um memorial, tendo preservada apenas sua torre e algumas ruínas. A igreja foi bombardeada pelos ingleses durante a Segunda Guerra Mundial em um ataque conhecido como “Operação Gomorra”. Na área externa há algumas obras de arte como a escultura “The Ordeal“, onde um homem está sentado tristemente sobre os tijolos originais do campo de prisioneiros deSandbostel. A torre, que já foi a mais alta do mundo, hoje ocupa o quinto lugar entre as maiores torres de igreja. A subida ao topo é feita através de um elevador e a vista lá de cima deve ser fantástica! A outra igreja que achei diferente do comum é a St. Michaelis. Seu interior, de tonalidades claras e detalhes dourados, parece muito um ambiente de teatro, com um auditório no mezanino e grandes janelas envidraçadas onde imaginei camarotes reais. A entrada na igreja é grátis, mas também há ingressos para quem quiser subir na torre. À noite tive que ir conhecer a tão falada Rua Reeperbahn, famosa por ser um pouco como o Red Light District de Amsterdam. É aquele lado meio caótico da cidade, onde os letreiros em neon atraem já embriagado turistas e hamburgueses. Tanto a via principal quanto as adjacentes tem opções de “entretenimento adulto” para todos os tipos de público. A região, chamada St. Pauli, ganhou essa fama por ser próxima ao Porto de Hamburgo, se tornando então o local de diversão dos profissionais do mar.Mas St. Pauli também não é só sacanagem. Há quase 60 anos, quando os Beatlesainda estavam no começo da carreira, eles fizeram ali algumas das suas primeiras apresentações fora da Inglaterra. Por sua história com a cidade, ganharam há alguns anos uma homenagem: a Beatlesplatz! A praça fica no final da Reeperbahn e tem esculturas dos integrantes da banda Mas o que eu gostei mesmo naquela região foi a Cervejaria Astra, pertinho da Beatlesplatz. O espaço é enorme, com uma decoração meio industrial e uma mesa de pebolim (pra jogar de graça)! Essa cerveja é bem comum em Hamburgo, mas lá é possível experimentar os diferentes tipos, como a IPA e a Stout. Vale a pena pegar o kit degustação. A comida também é deliciosa e bem variada, das tradicionais salsichas à pratos vegetarianos. A bagunça de St. Pauli é legal, mas como estava em uma vibe mais intimista, fomos até o Cotton Club, um bar de jazz pequenininho e aconhegante. Não é a opção mais barata, mas o lugar é único e a banda era incrível, liderada pelo sueco Bent Persson. Valeu cada centavo! Uma das regiões mais peculiares de Hamburgo é a Speicherstadt, um bairro inteiro ocupado por antigos armazéns. Pode não soar muito interessante, mas os prédios, todos em tijolinhos avermelhados, ficam lindos espalhados pelos vários canais que cortam esse pedaço da cidade. Hoje alguns desses edifícios são ocupados empresas e museus, como o Miniatur Wunderland e o Museu Marítimo. Quando avistar uma grande e ousada silhueta à beira-rio, chegou a Elbphilharmonie! O monumental prédio mistura o estilo industrial dos antigos armazéns com formas e materiais modernos. Em seu interior funcionam duas salas de concerto, alguns bares e restaurantes e até um hotel! Há um espaço aberto ao público que oferece uma ampla vista da cidade. A entrada é gratuita se retirar o ingresso na hora (disponibilidade mediante lotação), mas também é possível reservar pelo site. Nesse caso há um custo de 2€ por pessoa. Apesar do clima frio e molhado, a caminhada pela borda do Elba até o Fish Market é agradável. Um pequeno desvio para as ruas do bairro Portugeisenviertel nos faz pensar que estamos em Portugal! Se quer trocar a salsicha por um bacalhau, siga para ruas como a Rambachstraße e a Ditmar-Koel-Straße, onde há diversos restaurantes de comida portuguesa. Há também alguns italianos, espanhóis e até brasileiros, mas o foco mesmo é a culinária lusitana. O antigo mercado de peixes atualmente funciona só aos domingos e até as 09:30. Eu como estou longe de ser uma pessoa matutina, só conheci mesmo por fora. Mas dizem ser tradição passar por ali saindo dos bares e baladas da Reeperbahn para comer sanduíche de arenque ou outros peixes. Falando em comida, duas coisas bastante típicas por lá são o Currywurst, uma salsicha com molho de tomate e curry e o Franzbrötchen, um pãozinho doce com gostinho de canela que é simplesmente delicioso (aliás, pão é uma coisa que os alemães sabem fazer muito bem)! Além disso, não dá pra ir à Alemanhae não comer um Apfelstrudel, né? Se tiver mais de dois dias, vale a pena fazer um bate-volta em Lübeck. Essa pequena cidadezinha medieval fica há aproximadamente 50 minutos de trem de Hamburgo e é encantadora! 📷 Texto original com fotos aqui
  3. Olá! Farei viagem com minha esposa chegando no dia 15/10/19 em Frankfurt e partindo de Berlim no dia 27/10/19. Pensei no seguinte roteiro: Frankfurt- Colônia- Dusseldorf- Hamburgo e Berlim. Minhas dúvidas : 1. Incluiria mais alguma cidade ? 2. Quantos dias ficar em cada cidade? Pensei na seguinte programação : Dias 15 (chegada) e 16- Frankfurt Dias 17 e 18 - Colônia Dia 19- Dusseldorf Dias 20 e 21 -Hamburgo Dias 22, 23, 24, 25, 26: Berlim. Dia 27: vôo de volta 3. Faço tudo alugando carro ou tem algum trecho que seria melhor ir de trem ? É facil encontrar estacionamento nessas cidades? Obrigado pela atenção !
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