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Fiz uma viagem de férias de 14 dias com minha mãe para Portugal em abril desse ano. Essa foi nossa primeira vez no país e focamos nas cidades mais conhecidas pelos turistas entre Porto e Lisboa. Espero um dia voltar para conhecer a região do Douro e do Algarve, além das aldeias mais pro interiorzão do país. Começamos por Porto, alugamos um carro e viajamos até Lisboa passando em algumas cidades. Acho que ficou bem corrido o roteiro, se fosse hoje talvez faria algumas alterações, mas no geral conseguimos aproveitar os destinos. O que mais gostamos foi da gastronomia, comemos e bebemos muito bem, eu que não gostava de bacalhau voltei com outra opinião sobre esse prato. A simpatia dos portugueses também nos surpreendeu, fomos sempre bem tratados em quase todos os lugares que fomos, sempre foram comunicativos e dispostos, tínhamos aquele preconceito que portugueses são mais grosseiros, mas na realidade são o completo contrário disso. Roteiro dia a dia Dia 19/04 - Sábado - Chegada em Portugal Dia 20/04 - Domingo - Porto Dia 21/04 - Segunda - Porto | Bate-volta para Braga Dia 22/04 - Terça - Porto Dia 23/04 - Quarta - Porto | Bate-volta para Guimarães Dia 24/04 - Quinta - Retirada do carro no Porto | Aveiro Dia 25/04 - Sexta - Aveiro | Coimbra Dia 26/04 - Sábado - Coimbra | Tomar | Fátima Dia 27/04 - Domingo - Fátima | Pia do Urso | Batalha | Nazaré Dia 28/04 - Segunda - Nazaré | Óbidos | Devolução do carro em Lisboa Dia 29/04 - Terça - Lisboa Dia 30/04 - Quarta - Lisboa Dia 01/05 - Quinta - Lisboa | Bate-volta para Sintra Dia 02/05 - Sexta - Lisboa Dia 03/05 - Sábado - Volta para o Brasil Roteiro detalhado Dia 1 - 19 de Abril de 2025 – Chegada em Portugal Embarcamos em Viracopos rumo a Lisboa no dia anterior e chegamos no aeroporto de Lisboa por volta das 6h30. O desembarque foi rápido e logo seguimos para a imigração. Chegando na área de imigração, levamos um susto com o tamanho da fila logo cedo, já estava saindo para fora da área delimitada. Estava bem caótico, havia somente dois ou três guichês abertos, ficamos mais de 3 horas na fila. Depois de finalmente passar pela imigração, fomos pegar nossas malas. Como já havia passado muito tempo desde a chegada do nosso voo, as esteiras já estavam recebendo as bagagens de outros voos, então todas as bagagens não recolhidas tinham sido postas em um canto, por isso perdemos um precioso tempo procurando pelas nossas. Saímos para a área de desembarque do aeroporto e seguimos direto para a estação do metrô. Eu tinha planejado comprar um chip de internet no quiosque da Vodafone do aeroporto, mas por causa do atraso na imigração, decidi deixar para comprar no Porto. Pegamos o metrô até a Estação Oriente (pagamos com o nosso cartão da Wise) e depois fomos até o terminal de ônibus da estação para pegar o ônibus da Rede Expresso para o Porto, mas infelizmente o ônibus já tinha saído. Eu comprei a passagem alguns dias antes da viagem, fiquei com medo de chegar na hora e não ter mais disponível. Eu ainda a comprei com um intervalo de 5 horas entre a chegada do avião e a saída do ônibus achando que seria suficiente, mas não foi. Não conseguimos trocar a passagem e precisamos comprar outra para o próximo horário. Chegamos no Porto às 15h30, pegamos o metrô na Estação Campanhã até o Mercado do Bolhão (também pagamos com o nosso cartão da Wise) e caminhamos até o nosso Airbnb na Rua de Sá da Bandeira. O apartamento é muito confortável, ele tem uma cozinha completa e todas as utilidades que precisávamos. O apartamento está muito bem localizado em um grande complexo de apartamentos recém-construído, dentro do complexo há uma Starbucks, um supermercado Continente e outras lojas. Depois de descansar um pouco, saímos para conhecer o Mercado do Bolhão e a região. Caminhamos pelos corredores do mercado observando as lojas e fomos até a Confeitaria do Bolhão para comer. Pedimos um Pastel de Bacalhau e depois fomos na Manteigaria para provar nosso primeiro Pastel de Nata da viagem. Antes de voltar para o apartamento, caminhamos pela Rua Santa Catarina, compramos o chip de internet na loja da Vodafone do Shopping Via Catarina e passamos no supermercado para comprar o nosso café da manhã dos próximos dias. Dia 2 - 20 de Abril de 2025 – Porto O dia amanheceu chuvoso e bem frio, por isso precisamos comprar um guarda-chuva antes de começar a explorar a cidade. Devidamente protegidos da chuva, fomos até a Avenida dos Aliados para conhecer alguns pontos importantes da cidade. Começamos pelo belo edifício neoclássico da Câmara Municipal do Porto e depois fomos visitar o prédio do McDonald's, considerado um dos mais bonitos do mundo, que funciona no antigo Café Imperial. Depois de caminhar pela avenida, subimos a Rua da Fábrica para ir conhecer a Igreja do Carmo e a Igreja dos Carmelitas, as famosas igrejas que são separadas pela estreita Casa Escondida. Ambas as igrejas são bem bonitas por fora, infelizmente só pudemos visitar o interior da Igreja dos Carmelitas. Saindo da igreja, caminhamos pela região que é bem agradável e interessante. Há muitos restaurantes, lojas e outros pontos importantes da cidade como a Universidade do Porto, a Livraria Lello, a Igreja dos Clérigos e o Centro Português de Fotografia. Visitamos o interior da Igreja dos Clérigos, mas não subimos na torre. Como estava chovendo, acredito que a visão seria prejudicada, além disso há outros mirantes que iríamos visitar no Porto. Depois da Igreja dos Clérigos, caminhamos pelas ruelas da região até a Rua das Flores, uma rua charmosa repleta de prédios históricos, cafés e restaurantes. Resolvemos parar na Fábrica da Nata para comer um Pastel de Nata (não chegou nem perto do pastel da Manteigaria) e beber um café. Visitamos o interior da Igreja de Santo António dos Congregados e depois voltamos a caminhar pela Rua das Flores, paramos em algumas lojas, passamos pela Igreja da Misericórdia e por fim subimos as escadarias até o Mirante da Vitória. Do mirante é possível ver o Rio Douro e Vila Nova de Gaia na margem oposta, a Ponte de Dom Luís e também a Catedral da Sé. Saindo do mirante, começamos a caminhar rumo ao Cais da Ribeira, mas antes visitamos mais três atrações importantes do Porto: o Mercado Ferreira Borges, o Palácio da Bolsa e a Igreja de São Francisco. O mercado é bem pequeno, nesse dia estava rolando uma feira de artesanato, discos de vinil, jóias e roupas. Ao lado do mercado está o Palácio da Bolsa, há visitas guiadas pelo interior e funciona com horário marcado, mas não a fizemos. Colada no palácio está a Igreja de São Francisco, compramos o ingresso na hora na bilheteria que funciona na Casa do Despacho. Começamos a visita pelo interior da igreja que é um dos mais bonitos que já vi, a decoração é dominada pela talha dourada, esculturas em madeira folheadas a ouro que revestem quase todas as superfícies, como pilares, o teto e os retábulos. Segundo a história, foram usados aproximadamente 600 quilos de ouro trazidos (roubados) do Brasil. Continuamos a visita pela Casa do Despacho, lá visitamos a Sala do Tesouro, a Sala das Sessões e um Cemitério Catacumbal. Enfim chegamos no Cais da Ribeira, uma das regiões mais animadas e bonitas do Porto, repleta de restaurantes, bares, lojas de artesanato e claro, turistas. Depois de caminhar bastante pelo cais, paramos para almoçar (já tinha passado das 15h) no Restaurante Porto Escondido. Eu pedi um Bacalhau à Brás, uma mistura de bacalhau, batatas e ovos, e minha mãe pediu um Bacalhau com Natas, camadas de lascas de bacalhau, nata e batatas, gratinadas no forno, e uma taça de vinho verde para beber. Cada um comeu a metade do seu prato e depois trocamos, eu não gostei do Bacalhau à Brás, já o Bacalhau com Natas estava muito mais saboroso. Logo após almoçar, atravessamos a Ponte Dom Luiz pela parte inferior para conhecer o Cais da Vila Nova de Gaia. Caminhamos bastante pelo Cais, observando as caves, os restaurantes, passando pelas diversas lojas de artesanatos, escutando os músicos tocarem e apreciando a bela vista do Porto na margem oposta do Rio Douro. Como o tempo não estava tão bom, pensei em trocar o passeio do barco que estava planejado para esse dia pela visita a uma das caves, mas como já era tarde, as caves já estavam encerrando os tours, então fizemos o passeio de barco. Compramos o Passeio das 6 Pontes na hora no quiosque da Manos do Douro. O nosso barco estava para sair, então fomos até o ponto de partida para garantir um bom lugar. O passeio durou cerca de 1 hora, o barco vai até a Ponte do Freixo, faz a volta e vai até a Ponte da Arrábida antes de retornar para Vila Nova de Gaia. Apesar da paisagem ser bonita, achei o passeio fraco, talvez o tempo ruim tenha prejudicado minha avaliação, mas durante o passeio há somente uma gravação em vários idiomas que fala um pouco de cada ponte, não agrega muito pelo preço pago. Terminado o passeio, fomos até a Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau para provar o famoso Pastel de Bacalhau com Queijo da Serra da Estrela, mas o lugar estava bem cheio, além disso achamos o pastel um pouco caro, então só observamos a arquitetura da loja que é bem bonita e resolvemos voltar para o nosso apartamento. Atravessamos a ponte novamente pela parte inferior e pegamos o Funicular dos Guindais até o Largo da Batalha, de lá fomos caminhando até o apartamento. Passamos no Supermercado Continente e compramos uma garrafa de vinho verde e uma pizza pré-assada para jantarmos no apartamento. Dia 3 - 21 de Abril de 2025 – Porto e Braga Fomos bem cedo para a Estação São Bento para pegar o trem para Braga, compramos as passagens de ida e volta na bilheteria (nosso cartão da Wise não foi aceito nos totens de autoatendimento) e enquanto esperávamos nosso trem, aproveitamos para observar o belo trabalho de azulejaria no saguão principal. Antes de entrar no trem é importante lembrar de validar a passagem. Chegamos em Braga e pegamos um Uber na saída da estação para ir ao Santuário de Bom Jesus do Monte, ele nos deixou na parte alta do mosteiro, na altura da igreja. Visitamos a igreja, os jardins e o lago do Parque Bom Jesus. Vimos ainda um grande coreto acima de um gruta, um mirante com uma ótima vista de Braga, a fonte Casa do Freixo, além de belos prédios como a Casa das Estampas e os hotéis do santuário. Depois de visitar a parte alta, descemos as famosas Escadarias do Bom Jesus parando algumas vezes para observar a igreja lá no alto e as diversas fontes e capelas no caminho. Quando chegamos na base das escadarias, pegamos um Uber para voltar ao centro histórico. Descemos na agradável Praça da República e visitamos algumas atrações importantes nas proximidades como a Basílica dos Congregados, a Igreja da Lapa e a Igreja dos Terceiros de São Francisco. Continuamos a nossa caminhada pela região, e passamos ainda pela antiga Torre de Menagem, pela florida Avenida da Liberdade, pelo Theatro Circo e pelo Palácio do Raio, uma antiga casa de um rico comerciante, com arquitetura barroca do século XVIII. Próximo ao palácio, visitamos outro ponto importante e muito bonito da cidade, o Largo Carlos Amarante, é aqui que está o letreiro de Braga, além disso a praça é repleta de bares e restaurantes. A Igreja de São Marcos e a Igreja de Santa Cruz são os destaques da praça, visitamos somente o interior da Igreja de Santa Cruz. Continuamos nosso passeio pelo Largo São João do Souto e caminhamos rumo à Catedral da Sé. Infelizmente a catedral estava fechada para visitação, ela só iria abrir para uma missa às 17h. Então fomos almoçar no Pregos da Sé, na rua logo a frente da catedral, para provarmos o tradicional sanduíche do norte de Portugal. O Prego é um sanduíche bem simples feito com uma carne bem fina, queijo e molho de mostarda no pão, com batatas fritas. Depois do almoço fomos visitar a Rua do Souto, uma das principais ruas do centro histórico, passamos por diversos restaurantes e lojas de artesanato, conhecemos o Largo do Paço e a Praça Municipal, e visitamos o Jardim de Santa Bárbara e a Igreja do Pópulo antes de voltar para assistir à missa na Sé. Conseguimos entrar na Sé, dessa forma tivemos a oportunidade de pelo menos conhecer o interior da igreja. Há visitas regulares e pagas pela igreja, além do interior, é possível visitar o tesouro-museu, o coro alto e as capelas, mas esses infelizmente não pudemos visitar. Saímos um pouco antes do fim da missa e voltamos caminhando para a estação para pegar o trem de volta para o Porto. Validamos a passagem e entramos no trem que estava prestes a sair. Também é importante mencionar que a passagem é válida para qualquer horário nesse trajeto. Chegando na Estação São Bento no Porto, caminhamos até o nosso apartamento, e passamos mais uma vez no supermercado para comprar comida e fazer a janta no apartamento. Dessa vez compramos uma sopa de abóbora e um vinho tinto Esteva do Douro da Casa Ferreirinha. Dia 4 - 22 de Abril de 2025 – Porto Com o céu limpo e ensolarado, saímos cedo para visitar a Capela das Almas, famosa pelo exterior repleto de azulejos azuis e brancos pintados com imagens sobre a vida de santos. Depois de visitar o interior da capela, caminhamos pela Rua Santa Catarina até o Largo da Batalha. No largo, visitamos o interior e o pequeno museu da Igreja Paroquial de Santo Ildefonso, vimos o bonito prédio do Teatro Nacional São João e caminhamos pela feirinha que estava rolando na praça, aproveitamos para comprar uma ginjinha em uma das lojas. No outro extremo do Largo da Batalha, visitamos o interior da Igreja de Santa Clara, um dos mais bonitos do Porto, assim como a Igreja de São Francisco, o interior é ricamente ornamentado com a talha dourada. Compramos o ingresso na bilheteria da igreja, e além do interior, visitamos o Coro Alto, espaço reservado para os membros mais relevantes do convento. Saindo da igreja, fomos ao Terreiro da Sé para admirar as belas vistas do Porto proporcionada pela sua posição elevada, ainda vimos o Paço Episcopal e o Pelourinho e depois visitamos o interior da Sé do Porto. Compramos os ingressos na bilheteria da catedral, após poucos minutos na fila. Começamos a visita pelo interior da igreja que se parece mais com uma fortaleza e depois caminhamos pelo belo claustro gótico. Visitamos ainda o tesouro-museu e subimos na torre que nos proporcionou uma vista de 360° da cidade. Depois da Sé, descemos uma escada que liga o terreiro a Rua das Aldas, ali há outro mirante com boas vistas do Porto e da Igreja de São Lourenço. A partir da Rua das Aldas começamos a descida até o Cais da Ribeira, passamos pelo Largo da Pena Ventosa, pela Igreja de São Lourenço e refizemos o caminho do primeiro dia até Vila Nova de Gaia. Neste dia, tinha duas opções de restaurantes para almoçar, ambos eram indicações de amigos, o Sancho Panza e a Taberninha do Manel, mas infelizmente estavam fechados. No fim acabamos parando para almoçar no Micha, minha mãe e eu pedimos o Bacalhau com Natas que estava super delicioso, foi o melhor que comi na viagem. Saímos muito satisfeitos de lá e fomos até a Cave Adriano Ramos Pinto para comprar o ingresso para o tour pela cave. Compramos o tour com degustação de 3 vinhos que começaria dentro de 1 hora, e para passar o tempo, fomos conhecer o Mercado Beira Rio e paramos para comer um doce e beber um café. Voltamos para a cave uns 10 minutos antes do nosso horário e logo nossa guia portuguesa nos chamou para iniciar o tour. Começamos visitando os escritórios da cave, a guia nos contou um pouco da história da vinícola e do seu fundador, de como eles cresceram exportando para vários países, inclusive para o Brasil, e também mencionou a importância que eles davam para o design dos seus rótulos. Antes de descer para a cave, visitamos o escritório particular do Adriano Ramos Pinto, onde ele recebia os clientes mais importantes. A visita continuou pela cave, entre os diversos tonéis armazenados em incontáveis fileiras e terminou no Centro de Visitas com a degustação em porções generosas dos vinhos da categoria Reserva, o Adriano White Reserva, o Collector Reserva e o Adriano Tawny Reserva. A guia nos contou sobre como cada vinho que experimentamos era envelhecido, com que tipo de alimento cada um harmonizava e no fim nos deixou à vontade para prová-los no nosso próprio tempo. Gostamos muito de todo o tour, os vinhos são ótimos, e no fim ainda compramos alguns para trazer para casa. Depois da visita à cave, subimos de teleférico para o Jardim do Morro, e de lá caminhamos até a Igreja do Mosteiro da Serra do Pilar. O Miradouro da Serra do Pilar na minha opinião tem a melhor vista do Porto entre todos os mirantes que visitamos. Voltamos para o Jardim do Morro para ver o pôr do sol, achamos um espacinho livre para nos sentar, compramos algumas cervejas do vendedor ambulante e esperamos. Apesar de algumas nuvens atrapalharem, o pôr do sol foi legal de se ver, a luz alaranjada refletindo no rio e nas casas deixou a cidade ainda mais bonita. Continuamos no jardim e esperamos anoitecer por completo para ver a cidade do Porto iluminada, a Igreja do Mosteiro da Serra do Pilar e as Muralhas Fernandinas ficam bem bonitas iluminadas. Atravessamos a Ponte Dom Luís, desta vez pela parte superior, e caminhamos até o nosso apartamento. Passamos no Starbucks e compramos uns salgados para jantarmos no apartamento. Dia 5 - 23 de Abril de 2025 – Porto e Guimarães Fomos bem cedo para a Estação São Bento para pegar o trem para Guimarães, o processo foi o mesmo do dia que fomos para Braga, compramos as passagens de ida e volta na bilheteria, validamos e entramos no trem. Chegamos em Guimarães e fomos caminhando para o Largo do Toural, é aqui que está parte da antiga muralha da cidade com o letreiro “Aqui Nasceu Portugal”. Guimarães é considerada o berço de Portugal, pois foi lá que nasceu e cresceu D. Afonso Henriques, que viria a ser o primeiro rei de Portugal. No largo, também visitamos o interior da Basílica de São Pedro. A partir do Largo do Toural começamos a explorar o centro histórico de Guimarães. Depois de caminhar por algumas das ruelas do centro chegamos no Largo das Oliveiras, local de uma das atrações mais importantes da cidade, a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira. Visitamos rapidamente o interior da igreja e vimos o Padrão Comemorativo da Batalha do Salado, na frente da igreja. Além da igreja e do monumento, o Largo da Oliveira está rodeado por vários restaurantes e lojas de souvenirs. Em uma das extremidades estão os Antigos Paços do Concelho, que liga o largo à Praça de São Tiago, atravessamos sob os arcos dos Antigos Paços do Concelho e conhecemos essa praça charmosa que também está cheia de restaurantes. Paramos para almoçar no Restaurante Solar dos Arcos, na Rua de Santa Maria, aos pés do Arco do Amor. Eu pedi um prato com Lulas Grelhadas e minha mãe pediu um Salmão Grelhado, para beber pedimos uma garrafa de vinho rosé Mateus. Depois do almoço, continuamos caminhando pela Rua Santa Maria, passamos pelo belo Antigo Convento de Santa Clara, pela Igreja de Nossa Senhora do Carmo, e seguimos até o Paço do Duque e o Castelo de Guimarães. Compramos o ingresso combo para conhecer o paço e o castelo na bilheteria do paço. O Paço dos Duques de Bragança foi a residência medieval construída por D. Afonso. A visita oferece uma visão do estilo de vida luxuoso da nobreza portuguesa no século XV, durante o percurso visitamos a Sala de Armas, o Salão dos Banquetes, a Capela, entre outros ambientes. Saindo do paço, no caminho do castelo, passamos pela Igreja de São Miguel do Castelo, uma igreja medieval simples. Depois da igreja, visitamos o Castelo de Guimarães, construído no século X, é considerado o local de nascimento de D. Afonso Henriques. Não há muito o que ver, o castelo consiste em um pátio com uma torre de menagem ao centro e as muralhas que a rodeiam, só caminhamos por toda a extensão da muralha do castelo, onde dá para ver um pouco da cidade do alto. Caminhamos em direção ao Largo da Condessa Mumadona Dias, aqui há uma grande parte da muralha medieval ainda preservada. Subimos na muralha e caminhamos por ela até a extremidade oposta, próxima ao Largo da Oliveira. Esse trecho da muralha é gratuito e rende boas fotos. Descemos da muralha e seguimos para o Jardim do Largo República do Brasil, uma bonita praça, cheia de flores, e com a Igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos ao fundo, forma uma bela paisagem. Caminhamos até a igreja e visitamos o seu interior, é possível visitar a varanda da igreja pagando ingresso, de lá é possível ter uma vista por outro ângulo do jardim e da cidade, mas optamos por não pagar. Voltamos para a Rua Santa Maria e fomos à Casa Costinha para provar o Toucinho do Céu e a Torta de Guimarães, dois doces típicos de Guimarães. O Toucinho do Céu é um bolo denso feito com ovos, açúcar, amêndoas e tradicionalmente com banha de porco, já a Torta de Guimarães é um pastel com massa folhada e recheio de ovos, amêndoas e doce de abóbora-gila. Depois de provar os deliciosos doces com um café, voltamos caminhando para a estação para pegar o trem de volta para o Porto. Chegamos em cima da hora e na pressa esquecemos de validar a passagem, e justo nessa viagem a fiscal passou conferindo as passagens. Quando a fiscal conferiu nossas passagens, ela nos deu uma bela bronca, nos falou da multa, como deveríamos pagar, mas nos devolveu o bilhete e foi embora sem dizer mais nada. Ficamos super chocados no primeiro momento, mas passado o susto, percebemos que ela não tinha nos dado nenhum recibo ou algo parecido, uma brasileira que estava sentada no banco ao lado nos tranquilizou e nos avisou que ela não aplicou a multa, e ainda que tivemos sorte pois eles costumam ser bem rigorosos. Muita sorte, afinal seriam duas multas. Chegando na Estação São Bento no Porto, caminhamos até a Praça dos Poveiros para jantar na Casa Guedes e experimentar a tradicional Francesinha, que é um sanduíche de prato composto por fatias grossas de pão de forma, presunto (fiambre), linguiça, salsicha, bife e queijo. O sanduíche é então coberto com mais queijo, levado ao forno para derreter e por último é adicionado um molho levemente picante, pode acompanhar um ovo frito e batatas fritas. Pedimos somente um, minha mãe e eu dividimos pois o prato era bem grande e estava muito bom, voltamos para o apartamento bem satisfeitos. Dia 6 - 24 de Abril de 2025 – Porto e Viagem para Aveiro Acordamos bem cedo e fomos para o Mercado do Bolhão comprar alguns presentes e depois no supermercado para comprar mais um vinho. Voltamos para o apartamento para arrumar as malas e seguir para o próximo destino. Pegamos um Uber para ir a loja da Budget próximo a Casa da Música, nós alugamos um carro para viajar por 5 dias até Lisboa. Vou falar como foi o processo de aluguel, da retirada a devolução, ao fim do meu relato. Já com o carro, saímos do Porto em direção a Albergaria-a-Velha, fomos lá para encontrar uma amiga. Chegamos na casa dela e entramos para tomar um café, conhecemos o marido dela e a filhinha deles. Minha amiga Clara, minha mãe e eu saímos juntos para ir conhecer Aveiro e região. Começamos pela Costa Nova, estacionamos o carro na avenida principal e caminhamos pela Ria de Aveiro, é aqui que ficam as casas coloridas típicas da Costa Nova. Depois de caminhar bastante pela região, fomos almoçar no Restaurante Clube da Vela. Comemos um Peixe Frito com o tradicional Arroz de Tomate, e para beber pedimos uma jarra de sangria. A comida estava muito saborosa, o peixe era fresco, retirado direto dos aquários do restaurante. Saindo do restaurante passamos no quiosque do Zé das Tripas para provar o doce típico da região, as Tripas de Aveiro, que são feitas com uma massa fina e crocante, recheada com chocolate, ainda é possível adicionar morango, doce de leite, entre outros recheios conforme o gosto do freguês. Pedimos a tradicional e fomos comendo enquanto caminhávamos pela Praia da Costa Nova, e depois voltamos para pegar o carro e seguir viagem. Nossa próxima parada foi na Fábrica de Cerâmica Vista Alegre em Ílhavo. A fábrica está localizada em uma antiga fazenda com belos prédios históricos e uma capela. É possível visitar a fábrica-museu pagando ingresso, mas como tínhamos pouco tempo na cidade, resolvemos visitar somente a capela e a loja oficial, mas para quem tem mais tempo em Aveiro, é um ótimo lugar para ser visitado. Então seguimos para a cidade de Aveiro, estacionamos o carro no estacionamento do Fórum Aveiro (pago) e exploramos a cidade a pé. Começamos pelo Canal Central, passamos pela Ponte dos Laços de Amizade e o Largo do Rossio, onde compramos o Passeio de Moliceiro pelos canais da Ria de Aveiro. O passeio foi muito interessante e muito informativo. O guia era ótimo, ele explicou muito bem a história de Aveiro e a relação com os canais em várias línguas, e ele falava com muito entusiasmo diretamente com você ou com seu grupo, e não de forma genérica e mecânica. O passeio durou cerca de 50 minutos, o barco sai do Largo do Rossio e vai até o Cais da Fonte Nova, depois o barco dá a volta e segue pelo Canal Central até entrar no Canal de São Roque, o barco passa pelo Cais dos Botirões e vai até quase o final do canal antes de retornar para o ponto de partida. Fizemos o passeio com a Aveiro Emotions, indicação da Clara. Após o fim do passeio, fomos presenteados pela Clara com alguns Ovos Moles da Confeitaria Peixinho. Os Ovos Moles de Aveiro são um doce tradicional português, feito de gemas cruas de ovo e calda de açúcar, eles são tradicionalmente envolvidos em uma massa fina, como o das hóstias, em formato de conchas e peixes. Depois de comer e caminhar um pouco mais pelas ruas de Aveiro, voltamos para pegar o carro e ir até a Feira de Março. A Feira de Março de Aveiro é um grande evento que ocorre todo ano, ela conta com exposições de produtos e serviços, parques de diversões, shows musicais e uma enorme variedade de comidas típicas. O recinto de exposições de Aveiro estava superlotado, rodamos muito tempo até conseguir estacionar o carro. Quando enfim conseguimos entrar na feira, fomos direto provar o Sanduíche de Leitão à Bairrada, um prato típico da região da Bairrada, no qual um leitão é assado inteiro no espeto até a pele ficar crocante e a carne macia. Nos reencontramos com o marido da Clara e a filhinha deles na fila para comprar o sanduíche, que estava bem grande, depois de um tempo, conseguimos comprar os nossos e nos sentamos em uma das poucas mesas disponíveis para comer. E para a sobremesa, fomos em outra barraca para provar a Fartura, que é a versão portuguesa do nosso churros. Já era bem tarde e estávamos bem cansados, acordamos cedo e andamos bastante nesse dia, e ainda nem tínhamos feito o check in no hotel, então nos despedimos da Clara e sua família e fomos para o hotel. Estacionamos o carro no Telpark do Mercado Manuel Firmino (pago) ao lado do hotel e fomos para o nosso quarto. A recepção já estava fechada, porém como havia avisado o hotel que chegaríamos tarde, eles gentilmente nos instruíram para entrar por uma porta dos fundos usando um código que eles forneceram. Ficamos uma noite no Hotel Mercado, o hotel é bem simples, o quarto é pequeno, mas bem confortável. Dia 7 - 25 de Abril de 2025 – Aveiro e Viagem para Coimbra Depois de tomar um ótimo café da manhã no hotel, fizemos o check out, levamos nossas malas para o carro e saímos para explorar um pouco mais da cidade de Aveiro. Começamos visitando o Mercado Manuel Firmino, caminhamos pela rua ao longo do Canal Central, passamos pela Praça das Arcadas e visitamos a Igreja de Nossa Senhora da Apresentação. Caminhando despretensiosamente pelas ruas, encontramos uma loja de um casal brasileiro que personaliza os azulejos típicos portugueses. Minha mãe sempre teve vontade de fazer um com o nome da nossa família, e por sorte encontramos essa loja. Escolhemos o formato do azulejo, o design da moldura e a tipografia para o nome Freitas, e eles montaram a arte na hora, junto com a gente. Depois de aprovar o design eles enviaram para produção, enquanto esperávamos ficar pronto, fomos caminhar pelo Mercado do Peixe e pelo Cais dos Botirões, passamos ainda pela Capela de São Gonçalinho antes de voltar para a loja, que se chama Azulejus. Saindo da loja, caminhamos até a Praça General Humberto Delgado e depois pela Rua de Coimbra e a Praça da República, onde está localizada a Câmara Municipal. Paramos para almoçar na Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau e finalmente provar o famoso Pastel de Bacalhau com Queijo da Serra da Estrela. Depois de comer, voltamos ao estacionamento para pegar o carro e seguimos para Coimbra. Chegamos em Coimbra e fomos direto para o Hotel Oslo, fizemos o check in e estacionamos o carro no estacionamento do hotel. Gostamos bastante do hotel, os funcionários foram atenciosos e o quarto é bem confortável. Começamos o passeio pelo Mosteiro de Santa Cruz, é possível visitar o claustro e os túmulos reais pagando ingresso, mas optamos por visitar somente a igreja que é gratuita. Depois da igreja fomos até a parte de trás do mosteiro para conhecer o Jardim da Manga, um claustro com paredes amarelas e que antigamente pertencia ao mosteiro. A cidade estava muito animada, as ruas bem cheias de turistas e estudantes, estavam rolando várias manifestações e apresentações culturais ao redor do mosteiro. Presenciamos uma batalha de rap, assistimos um coral de estudantes da Universidade cantando músicas típicas, e até uma grande passeata contra a ditadura, contra o fascismo e pelo fim das guerras. Dia 25 de abril é feriado nacional, essa data comemora a Revolução dos Cravos, um levante militar e popular que aconteceu em Portugal, em 1974, e que encerrou o longo período de ditadura salazarista. Depois de assistir essas manifestações, caminhamos pela Rua Ferreira Borges, uma das principais ruas do centro histórico de Coimbra, até a Praça do Comércio. Conhecemos rapidamente a praça e voltamos para rua principal para começar a subida até a Sé Velha e a parte alta da cidade. Atravessamos a Torre de Almedina e subimos a Rua Quebra Costas, cujo nome já entrega a dificuldade que foi subir até a Sé. Infelizmente a catedral já estava fechada, então resolvemos parar em um boteco ao lado para descansar e beber umas cervejas. Devidamente descansados, continuamos a caminhada pela parte alta da cidade, passamos por alguns dos prédios da Universidade de Coimbra, como o Laboratório Chímico, os prédios da Faculdade de Medicina e da Biblioteca, além das Escadarias Monumentais. Depois de caminhar pela região, atravessamos a Porta Férrea e entramos no Paço das Escolas, o espaço mais famoso e bonito da Universidade. O paço é quase todo cercado por belos prédios, como o Palácio Real e a Torre, na extremidade oposta ao palácio, há um terraço com lindas vistas da parte baixa da cidade e do Rio Mondego. Saindo do paço, voltamos para a parte baixa da cidade, caminhamos por pequenas ruas e ladeiras até o Largo da Portagem, uma florida praça nas margens do rio e rodeada de belos prédios. Fomos jantar no Restaurante Solar do Arco, pedimos um Bacalhau à Lagareiro, que consiste em uma posta de bacalhau assado e regado de muito azeite, acompanhado de batatas ao murro, e para beber pedimos uma garrafa de vinho verde. O restaurante é bem grande e fomos muito bem atendidos, eu gostei do prato, mas achei muito forte de azeite, ficou um pouco enjoativo no final. Terminamos o jantar e voltamos para o hotel, subimos ao terraço, onde há um área de convivência com cadeiras e uma bela vista da parte alta da cidade. Dia 8 - 26 de Abril de 2025 – Coimbra e Viagem para Tomar e Fátima Depois de tomar o café da manhã no hotel, fomos novamente para o Paço das Escolas para visitar o interior dos prédios da Universidade de Coimbra. Compramos os ingressos com antecedência e com hora marcada para visitar a Biblioteca Joanina, a capela, o palácio e os demais prédios podem ser visitados a qualquer momento do dia. Começamos a visita pela Biblioteca Joanina, e na hora marcada, entramos no primeiro piso onde antigamente funcionava a Prisão Acadêmica, essa parte da visita é bem rápida e não há muito o que ver. Depois de uns 10 minutos o acesso ao piso intermediário é liberado, essa sala foi usada como apoio aos guardas que vigiavam a prisão e depois como depósito de livros, hoje a sala é reservada para o trabalho de limpeza, restauro e catalogação dos livros antigos. Mais uns 10 minutos se passaram, e finalmente pudemos acessar o Piso Nobre, o principal e mais bonito da biblioteca. O espaço é composto por três salas revestidas por estantes de dois níveis e com varandas, ornamentadas com lindas talhas douradas, a comunicação entre as salas é feita através de arcos de madeira pintados de tal forma que aparente ser mármore. A beleza da sala realmente impressiona, o teto também é lindamente decorado, a Biblioteca Joanina é um daqueles lugares que você entra e fica sem reação, impactado por tanta beleza. Infelizmente (ou não), fotos são proibidas e o tempo dentro do Piso Nobre é limitado. Saindo da biblioteca fomos direto para a Capela de São Miguel, a capela é bem pequena, mas muito bonita, ela era usada como oratório privativo do antigo Palácio Real. Por fim, visitamos o antigo Palácio Real, construído no final do século X, foi a primeira residência real portuguesa. Começamos a visita pela Sala de Armas, utilizada para guardar as armas da antiga Guarda Real Acadêmica e depois na Sala Amarela, que funcionava como uma sala de reuniões onde os membros da universidade discutiam os mais variados assuntos. Continuamos pela Sala dos Atos Grandes, a sala mais importante da Universidade de Coimbra, foi a Sala do Trono na época do Palácio Real, e com a instalação da Universidade no palácio, este espaço se tornou o local onde se realizam as cerimônias mais importantes da vida acadêmica. Terminamos a visita pela Sala do Exame Privado, antigo aposento do rei, essa sala foi convertida no local onde os licenciados realizavam as suas provas. Nas paredes da sala é possível observar os retratos de 38 reitores, do século XVI ao século XVIII. Há outros prédios que podem ser visitados com o ingresso, mas como tínhamos pouco tempo na cidade, optamos por visitar somente esses três mais importantes. É uma visita imperdível, o ingresso valeu cada centavo. Visitamos ainda a Sé Nova e depois passamos rapidamente pelo pátio interno do Museu Nacional Machado de Castro, antes de visitar a Sé Velha. Compramos o ingresso na bilheteria da Sé Velha e visitamos o claustro e o interior da catedral, que assim como a Sé de Porto, se parece mais com uma fortaleza. Voltamos para hotel, fizemos o check out e pegamos o carro no estacionamento, ainda demos uma volta por algumas ruas da cidade antes de seguir para Tomar, passamos pelo Mosteiro de São Francisco, pelo Mosteiro de Santa Clara-a-Velha e pelo Mosteiro de Santa Clara-a-Nova. Chegamos em Tomar e estacionamos o carro no Largo da Várzea Grande. Caminhamos até a Praça da República e exploramos um pouco da cidade, foi uma visita bem superficial, mas pelo pouco que vimos, achamos a cidade bem agradável e bonita. Seguimos pela Rua Serpa Pinto e paramos em um café para comer um lanche rápido, já que ainda tínhamos muitas atividades planejadas para esse dia. Depois de comer, subimos a pé até ao Castelo de Tomar, a sede da Ordem do Templo em Portugal. O castelo foi construído em 1160 por D. Gualdim Pais, mestre templário e fundador da cidade de Tomar. O castelo é gratuito, lá dentro, caminhamos pelos jardins, dali é possível observar as paredes externas dos claustros e da Charola do Convento de Cristo, e depois subimos nas muralhas que proporcionam ótimas vistas de Tomar. Saindo do castelo, seguimos para o Convento de Cristo. Com a extinção da Ordem do Templo em 1319, decretada por bula papal, D. Dinis transformou-a em Ordem de Cristo, integrando também grande parte dos seus bens, assim o Castelo de Tomar deu lugar ao Convento de Cristo. Compramos os ingressos na bilheteria do convento e começamos a visita pelo Claustro da Lavagem e pelo Claustro do Cemitério, logo depois seguimos para o espaço mais bonito de todo o convento, a Charola, o oratório privativo dos Cavaleiros. A Charola é uma obra de origem românica e é uma das poucas igrejas europeias de planta centrada, em formato octogonal. O interior impressiona, as paredes e os tetos são todos decorados com esculturas, pinturas e talha dourada. Continuamos a visita pelo Claustro Principal e pelo Claustro de Santa Bárbara, é daqui que conseguimos observar a Janela do Capítulo, a janela manuelina do coro é um dos maiores ícones do convento, ela é decorada por diversas esculturas dedicadas às Descobertas e com as insígnias da Ordem. Visitamos ainda os aposentos dos cavaleiros, a cozinha, a sala de refeições e a cisterna no Claustro dos Corvos, que era abastecida pelo Aqueduto do Convento. A visita ao convento é imperdível, foi um dos melhores passeios da viagem. Voltamos para o Largo da Várzea Grande, pegamos o carro e seguimos viagem à Fátima, por sorte conseguimos ver alguns trechos do aqueduto pelo caminho. Chegamos em Fátima bem no horário da missa na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima que minha mãe tanto queria assistir, por isso a deixei no santuário e fui fazer o check in no hotel. Ficamos uma noite no Hotel Avenida de Fátima, o hotel é grande e os quartos são confortáveis, no geral o hotel tem uma ótima estrutura apesar do cheiro de cigarro nos corredores. Após fazer o check in, estacionei o carro no estacionamento do hotel e levei as malas para o quarto, depois fui até o santuário encontrar a minha mãe. Assistimos à missa até o fim e depois caminhamos pelas diversas lojas de souvenirs ao lado do santuário e fomos jantar no Restaurante Arcos de Fátima, perto do hotel. Eu pedi o Bitoque de Vaca, a versão portuguesa do nosso PF, já minha mãe pediu um Salmão Grelhado, e para beber pedimos uma jarra de sangria. Dia 9 - 27 de Abril de 2025 – Fátima e Viagem para Batalha e Nazaré Acordamos bem cedo, tomamos o café da manhã e saímos para comprar alguns souvenirs para o padre poder benzer na missa. Fomos ao santuário e assistimos a missa na Basílica da Santíssima Trindade, e depois ainda pegamos uma parte do rosário na Capelinha das Aparições e o começo da missa no Recinto de Orações, que iniciou com uma procissão carregando a imagem de Nossa Senhora de Fátima. Voltamos para o hotel, fizemos o check out e pegamos o carro para ir a Batalha, no caminho fizemos uma parada na aldeia de Pia do Urso, uma típica aldeia serrana, com várias habitações em pedra. A vila é bem pacata, bonita e pequena, não tem muito o que fazer além de caminhar pela rua principal, mas nesse dia a vila até estava animada pois era o ponto de chegada de uma maratona. Visitamos também o Eco-parque Sensorial, um parque com um conceito interessante, durante o percurso pelo parque há instalações educativas e interativas sobre a fauna e flora local, mas infelizmente o local estava bem malcuidado. Então pegamos o carro e fomos para Batalha, estacionamos no bolsão de estacionamento na frente do Parque de Eventos Santa Maria da Vitória e seguimos até o Mosteiro da Batalha. Caminhamos por algumas ruas próximas ao mosteiro, passamos em algumas lojas de artesanato e paramos em um café para comer um lanche na Praça de Mouzinho Albuquerque. Depois de comer, visitamos somente a igreja do Mosteiro da Batalha que é gratuita. É possível visitar o mosteiro pagando ingresso, mas optamos por não visitar, preferimos seguir viagem e chegar mais cedo em Nazaré. Chegamos em Nazaré e estacionamos o carro na rua atrás do Santuário de Nossa Senhora da Nazaré e saímos para explorar a parte alta da cidade a pé. Começamos visitando a igreja e a Capela de Nossa Senhora da Nazaré, depois fomos ao Miradouro do Suberco, que oferece vistas espetaculares da Praia a Nazaré, e por fim caminhamos pela Estrada do Farol até o Forte de São Miguel Arcanjo, no caminho paramos em mais dois miradouros com ótimas visitas, um deles, o Miradouro das Ondas da Nazaré, tem vistas para a Praia do Norte, mas infelizmente a temporada de ondas gigantes já tinham acabado. Compramos o ingresso para o forte na bilheteria e visitamos a sala que conta a história de alguns surfistas além de uma exposição de pranchas e depois a sala com informações sobre a geografia da região e de como as ondas gigantes são formadas. Na parte de fora, visitamos também uma pequena sala com uma exposição fotográfica e subimos no topo do forte para ver o farol e a vista panorâmica de Nazaré. No fim da tarde, pegamos o carro e fomos até a parte baixa da cidade para fazer o check in no hotel. Levamos as nossas malas para o quarto e fomos estacionar o carro no estacionamento do hotel, que funcionava em um hotel parceiro. Ficamos uma noite no Hotel Mar Bravo, o hotel é muito bom e o quarto bem confortável, o destaque foi para a linda vista que tínhamos da nossa janela. Depois de estacionar o carro, caminhamos por algumas ruas de Nazaré, assistimos ao pôr do sol na praia e fomos jantar no restaurante do hotel. Eu pedi um Bife de Atum com Batata Doce que estava muito bom e minha mãe pediu um Risoto de camarão. Fomos super bem atendidos pela equipe do restaurante que era quase toda brasileira. Dia 10 - 28 de Abril de 2025 – Nazaré e Viagem para Óbidos e Lisboa Depois de tomar um ótimo café da manhã no hotel, fizemos o check out e fomos até o estacionamento pegar o carro para seguirmos viagem a Óbidos. Estacionamos o carro no Estacionamento do Campo da Bola e começamos a visita atravessando a Porta da Vila e caminhando pela Rua Direita, rua cheia de restaurantes, lojas de souvenirs e artesanato, visitamos também a Igreja de Santa Maria de Óbidos e a Igreja de São Pedro. A vila estava bem cheia e animada, o legal de Óbidos é andar sem pressa e sem rumo. Depois de caminhar despretensiosamente pelas ruas, nos deparamos com uma das escadas que dão acesso à muralha, subimos e começamos o percurso que circunda toda a vila. Porém caminhamos somente por um pequeno trecho, precisamos descer pois minha mãe não estava se sentindo segura em caminhar por um caminho irregular e sem muita proteção, apesar da calçada ser bastante larga. Então descemos perto da Porta da Senhora da Graça e continuamos a caminhada pelas ruas de Óbidos. Caminhamos até o Castelo de Óbidos e visitamos a Livraria de São Tiago, que funciona dentro de uma antiga igreja. A livraria estava no escuro, pois não tinha energia, saindo de lá começamos a escutar os boatos que a falta da energia era no país inteiro. Paramos em uma loja de souvenirs para comprar alguns presentes, o funcionário nos confirmou que realmente Portugal inteiro estava sem energia. Nessa hora nossa internet também já não funcionava. Ainda não tínhamos noção do tamanho real do problema, mas caminhando pelas ruas ouvimos de tudo, desde que a falta de energia foi causada por um ataque ciberterrorista até que era culpa do anticristo que estava voltando depois da morte do Papa Francisco (ele tinha morrido 7 dias antes). Por sorte, encontramos um grupo de brasileiros que moravam em Lisboa e nos avisaram que o problema era sério, que o país todo estava parado, semáforos desligados, metrôs paralisados, voos cancelados, um verdadeiro caos. Então resolvemos ir almoçar e comprar água e comida para mais tarde, para pelo menos garantir algo caso o problema não fosse resolvido, pois só estávamos com cartão (tínhamos tentado sacar antes de vir para Óbidos, mas não conseguimos). Entramos em alguns restaurantes e perguntamos se eles ainda estavam atendendo e passando cartão (maquininha com bateria ainda funciona e recebe pagamento mesmo sem energia e conexão com internet), mas quase a maioria nos diziam que não seria possível, alguns até de maneira muito grossa. Depois de algum tempo, entramos no Restaurante 1148 O Restaurador, lá a máquina de cartão ainda estava funcionando e pudemos fazer o pedido, compramos também algumas águas extras para levar e já pagamos a conta por segurança. Infelizmente, o cardápio estava reduzido, pois a falta de energia impossibilitou os cozinheiros de usar o fogão, então eles estavam servindo somente pratos frios, como saladas, sopas e lanches, e mesmo assim, eles precisaram improvisar com alguns ingredientes. Mesmo com todas as dificuldades, fomos muito bem atendidos e no fim eles nos ofereceram salada de frutas e ginjinha de cortesia. Durante o almoço, conversamos bastante com o funcionário do restaurante e com outra família brasileira que estava no restaurante, ficamos sabendo que a falta de energia também tinha afetado a Espanha e o sul da França, que tinha sido uma falha geral na rede de abastecimento da Península Ibérica e que não havia nenhuma previsão para o reabastecimento da energia. Com todas essas informações, resolvemos ir para Lisboa mais cedo. Estávamos com o carro (tínhamos que devolver o carro nesse dia) e não queríamos chegar a noite e dirigir no meio do caos em uma cidade que não conhecíamos. Além disso, estávamos sem GPS (erro meu de não ter baixado o mapa offline), então tivemos que ir para Lisboa à moda antiga, seguindo placas e a intuição. Pegamos o carro no Campo da Bola e saímos em direção a Lisboa, seguimos sempre as placas para o aeroporto, foi bem tranquilo chegar lá, mas acabamos entrando em um grande congestionamento na avenida ao lado do aeroporto. Com tudo parado, imaginamos que a Budget não iria conseguir receber o carro, então paramos em um posto de combustível e esperamos o trânsito dar uma acalmada enquanto pensávamos como prosseguir, não queríamos arriscar ir para o hotel com esse trânsito caótico e sem saber o caminho. Ficamos no posto por um bom tempo, pelo menos conseguimos usar o banheiro e relaxar um pouco. E tivemos a felicidade de encontrar dois senhores super simpáticos que estavam voltando para casa do trabalho, e também pararam ali no posto para aguardar o trânsito dar uma diminuída. Conversamos bastante sobre a situação e sobre onde pretendíamos ir, eles nos informaram da situação do centro e nos sugeriram que não seria uma boa ideia ir para lá no momento. Depois de um tempo conversando eles voltaram para o carro deles e nós para o nosso, mais tarde eles voltaram com um papel na mão e nos chamaram, eles tinham desenhado um mapa com a rota para chegar até a Praça Martim Moniz, nos deram várias referências e explicaram detalhadamente o que teríamos que fazer para chegar lá. Nos sugeriu também, pedir mais informações no Hotel Mondial da praça, para poder chegar até o nosso hotel. Já estava quase anoitecendo e o trânsito tinha diminuído bem, então decidimos arriscar, nos despedimos dos nossos amigos portugueses e fomos para a Praça Martim Moniz. Seguimos certinho o mapa, passamos por todas as referências e chegamos na praça em poucos minutos e sem problemas (melhor que o Google Maps). Paramos o carro na frente do hotel e fui atrás de alguém para perguntar o caminho para nosso hotel. Uma funcionária do hotel gentilmente me indicou o caminho com ajuda de um mapa turístico do hotel. Seguindo essas novas instruções, conseguimos chegar finalmente no nosso hotel. Parei o carro na rua do centro histórico e fui até o hotel fazer o check in, meio improvisado pela falta de energia. Ficamos cinco noites no Hotel The 8 Downtown, o hotel aparenta ser recém inaugurado, a estrutura é muito boa e o quarto super confortável e bem grande. Subimos com as malas para o quarto, e depois eu fui tentar estacionar o carro, o pessoal do hotel me indicou estacionar no Estacionamento do Supermercado Pingo Doce Chão do Loureiro, que era bem perto e fácil de achar. Realmente o estacionamento foi fácil de achar, mas a entrada não, acabei passando por ela (duas vezes) e acabei entrando nas ruelas estreitas de Alfama, sem GPS ainda, fiquei preocupado de me perder no meio desses inúmeros becos na encosta da colina do castelo, mas felizmente consegui achar o caminho até a Praça Martim Moniz, aí só precisei refazer o trajeto de mais cedo. Foi nesse momento que a energia voltou, isso me ajudou a acertar a entrada do estacionamento e conseguir finalmente estacionar o carro. Voltei caminhando para o hotel, aproveitei para sacar dinheiro e passar em um mercado para comprar água e algo para comermos a noite. Cheguei no hotel, minha mãe estava me esperando preocupada na recepção, subimos para o quarto, comemos e enfim descansamos, mas não antes de responder às dezenas de mensagens dos familiares e amigos querendo saber o que tinha acontecido. Dia 11 - 29 de Abril de 2025 – Lisboa Acordamos bem cedo, tomamos o café da manhã no hotel e fomos pegar o carro no Estacionamento do Supermercado Pingo Doce Chão do Loureiro (pago) para ir até o aeroporto e devolvê-lo. Fizemos exatamente o caminho inverso do dia anterior, só pegamos congestionamento já perto do aeroporto, devolvemos o carro e pegamos um Uber para voltar ao centro histórico. Vou falar como foi o processo de aluguel, da retirada a devolução, ao fim do meu relato. O Uber nos deixou no hotel e de lá fomos ao Castelo de São Jorge. Subimos o Elevador do Castelo e depois no Elevador do Supermercado Pingo Doce Chão do Loureiro para encurtar o caminho, e de lá caminhamos mais um pouco até a entrada do castelo. No último andar do supermercado tem um terraço com boas vistas para a Baixa e o Chiado. Compramos os ingressos online no dia anterior, o que nos permitiu entrar com mais tranquilidade e evitar a grande fila que se formava na bilheteria. Começamos a visita pela Praça das Armas, um baluarte de defesa construído no período da União Ibérica. Além do monumento a D. Afonso Henriques, a praça conta com uma coleção de 15 peças de artilharia dispostas ao longo das muralhas e uma bela vista de Lisboa e do Rio Tejo. Nos jardins, ainda avistamos vários pavões indianos que caminhavam tranquilamente no meio dos turistas. Depois de caminhar pela praça, entramos no Complexo Museológico do Castelo, instalado no Paço Real da Alcáçova, a antiga residência dos reis portugueses. Nestas salas expõe-se o acervo arqueológico mais representativo das diversas culturas identificadas no decurso de várias escavações arqueológicas dentro das muralhas da Alcáçova do Castelo. Atravessamos o portão principal do castelo, que se encontra protegido pela Torre de Ulisses, visitamos os dois pátios internos e depois caminhamos pelas muralhas. O castelo tem uma planta quadrangular com uma torre ao centro do muro que divide os dois pátios de armas e mais dez torres anexadas à muralha. É possível subir em quase todas as torres, cada uma oferece vistas de diferentes pontos de Lisboa. Em uma das torres funciona a Câmera Escura, no interior da torre há um periscópio que permite observar em tempo real a cidade de Lisboa em 360º, a atração está incluída no ingresso do castelo, mas a entrada é controlada e limitada, nós decidimos não entrar. Por fim, visitamos o Núcleo Arqueológico que apresenta os testemunhos mais antigos da ocupação da colina do castelo, começando na Idade do Ferro, e passando pela época Islâmica, pela Idade Média e pela Idade Moderna. Anexada às muralhas, mas já fora do castelo, visitamos a Igreja de Santa Cruz do Castelo e depois caminhamos pelas ruas de Alfama até chegar no Miradouro de Santa Luzia, famoso pelo seu deck pergolado e florido com lindas vistas para Alfama e o Rio Tejo. Depois de admirar a vista do miradouro, pegamos o Elevador de Santa Luzia e descemos para a parte mais baixa de Alfama, o plano era almoçar no Restaurante Lisboa Tu & Eu, mas como o restaurante tem poucas mesas e estava lotado e com lista de espera, resolvemos procurar outro lugar para comer. Então continuamos nossa caminhada por Alfama e acabamos parando no Restaurante Olá Sardinha, convencidos pelo simpático funcionário que nos mostrou o cardápio. Eu pedi o Frango Piri-Piri, o frango picante assado no churrasco à portuguesa, mas estava bem sem tempero, e minha mãe pediu o Bacalhau à Lagareiro. O atendimento foi bom e rápido, mas a comida deixou a desejar. Saindo do restaurante, visitamos a Igreja de São Vicente de Fora que é gratuita. É possível visitar o mosteiro pagando ingresso, mas resolvemos continuar explorando a cidade. Fomos então até a Feira da Ladra, mas infelizmente muitas das barracas já estavam sendo desmontadas então não ficamos muito, aproveitamos que estávamos perto e passamos pelo Panteão Nacional. Continuamos a caminhada pela Av. Infante D. Henrique, observando os grandes navios de cruzeiro estacionados à margem do Rio Tejo e os belos edifícios de Alfama, até chegar na Praça do Comércio. Andamos bastante pela praça, observando os restaurantes, os monumentos e paramos um pouco no Cais das Colunas para ver o movimento dos barcos no Rio Tejo. Atravessamos o Arco da Rua Augusta e caminhamos pela rua pedonal mais famosa de Lisboa, cheia de lojas e restaurantes e muitos turistas. Paramos na Manteigaria para comer mais alguns Pastéis de Nata e depois seguimos até a Praça do Rossio. Na praça, entramos em algumas lojas de souvenirs, vimos o Teatro Nacional D. Maria II e fomos ao bar histórico A Ginjinha para provar a ginjinha local. Antes de voltar para o hotel, passamos na Praça da Figueira, onde visitamos mais lojas de souvenirs e no supermercado para comprar algo para comer no quarto mesmo, o cansaço da viagem já estava batendo então preferimos descansar mais. Dia 12 - 30 de Abril de 2025 – Lisboa Depois do café da manhã, fomos caminhando para o ponto de ônibus na Praça do Comércio para ir ao Mosteiro dos Jerónimos. Pegamos o ônibus 728, pagamos com o nosso cartão da Wise e saímos na frente do mosteiro. Compramos os ingressos para o mosteiro online e com hora marcada no dia anterior, mas mesmo com hora marcada precisamos enfrentar uma fila gigantesca e na chuva para piorar, entramos cerca de 1h30 após o nosso horário. O Mosteiro dos Jerónimos é oficialmente chamado de Real Mosteiro de Santa Maria de Belém, é uma obra-prima da arquitetura manuelina. Começamos a visita pelo piso superior do claustro e depois continuamos no piso inferior, onde conhecemos o antigo refeitório dos monges. Tanto o exterior quanto o interior do mosteiro são muito bonitos, as paredes e colunas são todas talhadas na pedra, mas lá dentro não há nenhuma informação sobre a história do local e poucas salas podem ser visitadas, pelo valor do ingresso, eu esperava mais. Para visitar a Igreja de Santa Maria de Belém, que é gratuita, precisamos sair do mosteiro e enfrentar outra fila (essa pelo menos foi rápida), infelizmente o interior estava passando por reformas então não conseguimos ver muita coisa além dos túmulos de Luís de Camões e Vasco da Gama, e um pedaço do altar. Saindo da igreja caminhamos em direção à Torre de Belém. A torre já estava fechada para restauração, portanto só pudemos observá-la por fora, logo depois seguimos para o Padrão dos Descobrimentos. O Padrão dos Descobrimentos foi construído em comemoração aos 500 anos da morte do Infante D. Henrique. O monumento tem a forma de uma caravela estilizada, levando à proa o Infante D. Henrique e alguns dos protagonistas da expansão. É possível subir até o topo pagando ingresso, mas resolvemos não entrar e aproveitar melhor a região que é bem agradável. Depois do padrão, atravessamos o Jardim da Praça do Império e fomos finalmente provar os famosos Pastéis de Belém. Na entrada da confeitaria, precisamos aguardar para nos levarem até nossa mesa, mas foi bem rápido, o lugar é imenso, são diversas salas com diversas mesas. Para matar a fome pedimos alguns salgados e um café e depois pedimos alguns Pastéis de Belém, nosso pedido veio rápido apesar da alta demanda, mas a educação não era o forte da garçonete que nos atendeu. E o nosso veredito? Gostamos mais do pastel de nata da Manteigaria, a massa é mais crocante e o creme mais saboroso, no ponto certo, o de Belém achamos mais forte e enjoativo. Continuamos o passeio pelo Jardim Vasco da Gama, passamos pelo Pavilhão Tailandês e caminhamos até o MAAT, uma antiga estação termoeléctrica situada na região ribeirinha da zona histórica de Belém, que foi revitalizada e hoje abriga o MAAT: Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia. Não visitamos o museu, mas a bela arquitetura do museu à beira do Tejo já faz valer a pena ir até lá, ainda aproveitamos o terraço acima do museu para observar a região do alto, com destaque para a Ponte 25 de Abril. Nossa próxima parada foi o LxFactory, um antigo complexo industrial que hoje abriga algumas galerias de artes, lojas de artesanato e restaurantes. A caminhada do MAAT até lá foi bem longa, então depois de andar mais um pouco pelas galerias e lojas, paramos em uma cervejaria para descansar e aproveitar o happy hour. Descansados, pegamos o ônibus perto da LxFactory e fomos até a Praça do Marquês de Pombal, de lá caminhamos pela Av. da Liberdade, a avenida das lojas de grife de Lisboa, muitas vezes comparada à Champs-Élysées de Paris, até a Praça dos Restauradores. Na praça, tiramos fotos no letreiro de Lisboa, nos bondes do Elevador da Glória e caminhamos pela Rua das Portas de Santo Antão, uma rua muito movimentada, cheia de restaurantes e lojas de souvenirs. Nessa mesma rua, provamos a ginjinha da Ginjinha Sem Rival. Caminhamos bastante pela região, entramos em bastantes lojas de souvenirs para comprar presentes e terminamos o dia jantando na Tapas Mia Pizzaria, pedimos uma pizza para dividirmos, que estava ótima, e duas taças de vinho, o atendimento também foi muito bom. Dia 13 - 01 de Maio de 2025 – Lisboa e Sintra Saímos bem cedo do hotel, e como ainda não tinha iniciado a servir o café da manhã, compramos um café e um croissant na Starbucks e comemos enquanto caminhávamos para a Estação do Rossio. Compramos a passagem de ida e volta para Sintra na bilheteria e fomos para o nosso trem. Nessa viagem não precisamos validar o ticket, só passamos na catraca mesmo. Chegamos em Sintra junto com milhares de outros turistas, a saída da estação parecia o metrô de São Paulo em horário de pico, era uma multidão espremida no corredor lutando por espaço. Mal saímos da estação e fomos abordados por várias pessoas vendendo tours. Nosso plano era pegar um Uber até o Palácio Nacional da Pena, mas uma senhora brasileira nos abordou e resolvemos escutar a oferta dela, mas ela falava tanto que não conseguimos despistá-la. Eu estava ficando bem nervoso e preocupado com o horário, precisávamos chegar logo no palácio para não perder nosso horário marcado. Eu não sabia se iria encontrar um Uber ou ainda se ele iria demorar para chegar, e a mulher não parava de falar, no fim acabamos sendo vencidos pelo cansaço e fechamos com ela para nos levar até o Palácio Nacional da Pena por 20 euros. A viagem até o palácio demorou uma eternidade, o tráfego de carros em Sintra é limitado, então acredito que nossa motorista precisou fazer um caminho alternativo para escapar da fiscalização. Ela foi tagarelando a viagem inteira, falando sobre sua vida (alguns fatos eram difíceis de engolir) e como ela foi parar em Portugal, de vez em quando ela contava algum fato interessante sobre Sintra e os lugares que passamos. Quando finalmente chegamos na portaria do palácio, mostramos nossos ingressos na entrada e fomos até o ponto de embarque do ônibus que leva os turistas até o palácio. Compramos os ingressos online, com hora marcada e com alguma antecedência. É importante mencionar que a hora marcada é para a entrada no palácio e não na portaria do Parque da Pena, nós não conseguimos chegar antes do nosso horário, mas felizmente nos deixaram entrar na fila para conhecer o interior do Palácio Nacional da Pena. Começamos a visita pelo Claustro Manuelino, depois visitamos a sala de jantar e nos aposentos reais, conhecemos ainda o salão nobre, o gabinete da rainha, a capela e algumas outras salas antes de sair para o exterior. Há um audioguia que explica a função de cada sala e alguns fatos importantes que ali ocorreram, mas foi muito difícil de acompanhar, pois não podemos caminhar livremente por cada sala, precisamos seguir a rota estabelecida e a quantidade de turistas faz com que você seja obrigada a seguir em frente involuntariamente. Já do lado de fora, caminhamos pelos terraços e varandas para observar a fachada do palácio e a vista de Sintra e região. Depois voltamos andando para a portaria principal e pegamos um Uber para ir ao centro histórico. O palácio é bonito, principalmente a decoração da fachada, mas quem já visitou outros palácios, acho que não vai se surpreender muito, principalmente com o interior. Minha experiência visitando o Palácio Nacional da Pena não foi tão boa, foi estressante chegar lá e caro, além de estar sempre muito cheio de turistas. O Uber nos deixou bem perto do Palácio Nacional de Sintra e de lá conhecemos o agradável e charmoso centro histórico de Sintra. Caminhamos pelas ruas, entramos em algumas lojas de souvenirs e visitamos a Igreja de São Martinho antes de parar para almoçar no Restaurante Bacalhau na Vila. Eu pedi uma Caldereta de Bacalhau que consiste em um ensopado de bacalhau com camarão, legumes e muito azeite e minha mãe pediu um Bacalhau à Brás. Depois do almoço fomos até a Casa Piriquita, uma das confeitarias mais tradicionais de Sintra, para provar alguns dos doces mais típicos da cidade, os Travesseiros e as Queijadas. O Travesseiro de Sintra é uma massa folhada com recheio de amêndoas, ovos e canela, já a Queijada é uma torta feita de queijos frescos, ovos e canela. Pedimos para viagem e comemos enquanto caminhávamos para a Quinta da Regaleira. Assim como no Palácio Nacional da Pena, compramos os ingressos online, com hora marcada e com alguma antecedência, mas dessa vez chegamos na Quinta da Regaleira antes do nosso horário de entrada. A Quinta da Regaleira é uma vasta propriedade construída no início do século XX pelo empresário luso-brasileiro António Augusto Carvalho Monteiro, a propriedade é uma fusão de estilos arquitetônicos, incluindo o neomanuelino, gótico, renascentista e clássico e foi concebida como um espaço com forte simbolismo, refletindo os interesses de Monteiro por esoterismo, filosofia, maçonaria, alquimia e a Ordem dos Templários. Começamos a visita pela Gruta da Leda e pela Torre da Regaleira, é possível subir na torre e de lá ver o centro histórico de Sintra, o Castelo dos Mouros e um pedacinho do Palácio Nacional da Pena. Depois passamos pelo Portal dos Guardiões e fomos até o Poço Iniciático, a principal atração da Quinta da Regaleira. O Poço Iniciático é uma galeria subterrânea com uma escadaria em espiral, constituída por nove patamares, invocando referências à Divina Comédia de Dante, por onde se desce até o fundo do poço. A fila para visitar o poço estava bem grande, porém não demoramos muito para entrar, lá dentro uma funcionária gritava incessantemente para os turistas não pararem e continuarem andando, então você é meio que obrigado a seguir em frente e não sobra muito tempo para observar os detalhes e tirar boas fotos. O poço está ligado por várias galerias e túneis a outros pontos da Quinta, assim que chegamos na base do poço seguimos pelos túneis e passamos pelo Poço Imperfeito, pelo Lago da Cascata e saímos pela Gruta do Oriente. Continuamos a visita pela Fonte da Abundância e pela bela Capela da Santíssima Trindade antes de visitar o piso nobre do Palácio, o edifício principal da Quinta. A Quinta é bem grande e é quase impossível ver tudo em um dia, mas gostamos bastante do que vimos. Se eu precisasse escolher uma só atração para visitar em Sintra, seria a Quinta da Regaleira. Saindo da Quinta, voltamos caminhando para a estação de trem de Sintra para pegar o trem de volta para Lisboa, no caminho passamos novamente pelo centro histórico e pela Fonte Mourisca. De volta em Lisboa, fomos jantar no Restaurante Moderna, pedimos duas taças de vinho e duas Sardinhas Grelhadas, mas não estavam muito saborosas. Quando a conta chegou, levamos um susto com o valor do couvert, estávamos acostumados a pagar entre 2 e 4 euros, neste restaurante pagamos 8 euros, quase o valor das Sardinhas (para ser justo, os valores do couvert estavam no cardápio, nós que vacilamos em aceitar sem verificar). Depois de jantar, voltamos para o nosso hotel. Dia 14 - 02 de Maio de 2025 – Lisboa Depois do café da manhã, fomos caminhando para a Igreja de Santo António de Lisboa, considerada o local de nascimento do santo. Visitamos o interior da igreja, o pequeno museu e depois descemos até a cripta, há também uma pequena loja vendendo terços e artigos religiosos relacionados ao Santo António. Logo ao lado da Igreja de Santo António de Lisboa, visitamos a Sé de Lisboa. Compramos os ingressos na bilheteria da igreja e visitamos o interior da igreja que se parece muito com o interior da Sé Velha de Coimbra, lá dentro visitamos as várias capelas, o batistério e a sacristia. Depois subimos o elevador até o segundo piso da igreja, e visitamos o coro alto, deste lugar é possível ver toda a nave central até a capela-mor, além de observar a enorme rosácea que ornamenta a fachada. Ainda no segundo piso, visitamos a Sala do Capítulo e o Tesouro. Saindo da Sé de Lisboa, pegamos o famoso Elétrico 28 no ponto ao lado da catedral, pagamos a passagem em dinheiro direto ao motorista e nos esprememos no único espaço livre disponível, apesar da lotação conseguimos aproveitar o percurso até a Praça Luís de Camões. Descemos na praça e caminhamos bastante pela região, começamos visitando a Igreja de Nossa Senhora da Encarnação de Lisboa e a Igreja de Nossa Senhora do Loreto, depois caminhamos até a Rua da Bica de Duarte Belo para observar a rua famosa dos bondinhos, passamos pelo Café A Brasileira e tiramos foto com a Estátua de Fernando Pessoa, e visitamos a Livraria Bertrand, a mais antiga rede de livrarias de Portugal. Depois seguimos para o Largo do Carmo, lá caminhamos pelos arredores do Convento do Carmo e fomos até a plataforma de observação do Elevador de Santa Justa, onde é possível ter ótimas vistas da Baixa e principalmente do Castelo de São Jorge. Continuamos o passeio caminhando em direção ao Miradouro de São Pedro de Alcântara, mas antes visitamos a Igreja de São Roque e já bem tarde paramos para almoçar no Restaurante Faz Frio. Fomos nesse restaurante para provar o Bacalhau à Zé do Pipo, mas infelizmente eles tinham tirado do cardápio (segundo o garçom nos informou, o Bacalhau à Zé do Pipo entra no cardápio somente em alguns meses do ano). Então eu pedi um Pica-Pau de Atum, um prato feito com cubos de bife de atum selados na frigideira com um molho de azeite, alho, vinho branco e mostarda, e um Croquete de Alheira com Mostarda, um croquete tradicional com recheio de alheira, que é um embutido defumado típico de Portugal, ambos estavam uma delícia. Foi uma das melhores refeições que fiz na viagem. Já minha mãe pediu um Bacalhau à Lagareiro. Após o almoço, finalmente fomos conhecer o Miradouro de São Pedro de Alcântara, nos sentamos em um dos bancos e ficamos por lá descansando e contemplando a bela vista de Lisboa, aproveitamos essa pausa para comprar o ingresso para o show de Fado a noite e comprar a passagem de ônibus de Campinas para Ribeirão Preto no dia seguinte. Então descemos até a Praça dos Restauradores pela Calçada da Glória, vimos os bondes históricos do Elevador da Glória e paramos para tirar algumas fotos. Já na praça, passamos em algumas lojas de souvenirs para comprar uma mala de cabine, então voltamos ao hotel para tomarmos banho antes de ir ao show de Fado. Compramos o ingresso para o show das 19h30 no Lisboa em Fado. A casa de show é bem pequena, com capacidade para um pouco mais de 40 pessoas, quando entramos recebemos um copo de vinho como boas-vindas e fomos nos sentar. O espetáculo começa com um vídeo sobre as origens do Fado e sobre os grandes fadistas e depois os músicos começam a sua performance. A apresentação é intercalada com outros vídeos sobre a guitarra portuguesa e clássica, além de comentários dos artistas sobre as músicas tocadas. Nós gostamos muito do show, tanto os fadistas quanto os guitarristas são muito talentosos, o ambiente mais intimista contribuiu também com a experiência, o preço é bem justo e é uma ótima opção para quem não quer ir naquela apresentação mais tradicional com jantar que fica bem mais caro. Saindo do Fado, caminhamos pelas ruas da Baixa, pela Praça do Comércio e pela Rua Augusta, paramos em algumas lojas de souvenirs e fomos comer na Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau e depois nos despedir dos Pastéis de Nata na Manteigaria. Dia 15 - 03 de Maio de 2025 – Volta para o Brasil Acordamos por volta das 5h da manhã para terminar de arrumar as malas e fazer o check out no hotel, e por volta das 6h pegamos o Uber para o aeroporto de Lisboa. Chegando lá fomos direto para o guichê da Azul, e apesar de poucas pessoas na fila do check in, demoramos uma eternidade para sermos atendidos. Depois de fazer o check in, passamos pela segurança sem problemas e fomos para a imigração. Novamente a imigração de Portugal nos deu dor de cabeça. Como nossos passaportes têm chip, pudemos passar pelo controle automático de passaporte, porém somente o da minha mãe passou, depois de tentar passar o meu em outros scanners sem sucesso, a funcionária me mandou para a fila da imigração humana, que estava super cheia. Eu fiquei mais de uma hora na fila, quando finalmente passei pelo oficial, fui direto para o portão de embarque encontrar a minha mãe. O embarque já tinha começado, então só consegui ir ao banheiro, beber um café antes de entrar no avião. Saímos de Lisboa por volta das 10h30 e chegamos em Viracopos por volta das 17h (do mesmo dia). A imigração foi rápida, passamos pelo controle automático de passaporte, aqui o meu passou sem problemas, e depois de pegar as malas fomos até a Rodoviária de Campinas de Uber para pegar o ônibus de volta para Ribeirão Preto. Alugando carro em Portugal Alugamos o carro na Budget pela Rentcars alguns dias antes da viagem, pegamos um carro da categoria compacto por 5 diárias, com quilometragem ilimitada, proteção do veículo, proteção contra roubos e proteção contra terceiros, e pagamos por volta de R$ 1.000 parcelado no cartão de crédito. Chegando na loja, eu mostrei o voucher da reserva e usei o meu cartão da Wise para pagar os 256 euros do depósito de segurança (esse valor foi debitado da minha conta). O processo foi rápido, o funcionário me explicou as proteções do veículo e como solicitar ajuda na estrada caso precisasse, me explicou sobre o combustível e nos liberou para sair com o carro. Eles nos disponibilizaram um Audi Q2 manual bem judiado e riscado, no documento entregue estava detalhado todas as avarias no carro, mas fotografamos tudo por segurança, além disso o carro estava sujo, cheio de cagadas de pombo. Mas de resto o carro era ótimo, bem confortável e gostoso de dirigir. Para devolver o carro, fomos até o estacionamento do aeroporto de Lisboa, ao lado da estação de metrô, cada agência tem um espaço para receber seus carros, estacionamos o nosso na vaga da Budget e esperamos o funcionário vir para fazer a checagem. Ele fez uma checagem rápida pelo exterior do carro e depois conferiu o combustível e a quilometragem. Ele fez os cálculos e nos mostrou somente o valor total no celular dele, nos disse que a fatura detalhada chegaria em até 72 horas no meu e-mail, porém não chegou. Foi erro nosso não conferir certinho com ele na hora, mas depois do caos do dia anterior, estávamos loucos para encerrar essa etapa da viagem, devolver o carro e começar logo o passeio por Lisboa. Sobre o combustível, na retirada do carro no Porto, o funcionário nos informou que não era obrigatório devolver o carro com o tanque cheio, pois eles cobram um valor fixo por litro. Ele nos mostrou o contrato de locação onde estava o valor e nos deixou livres para escolher qual seria a melhor forma para nós. O valor deles era bom, estava na mesma faixa de preço da maioria dos postos de combustíveis que vimos, então preferimos não ter esse trabalho. Rodamos quase 550 quilômetros e gastamos quase um tanque durante toda a viagem, não precisamos abastecer no caminho e entregamos o carro com o tanque entrando na reserva. Sobre a fatura, entrei com uma reclamação pelo site da Budget no dia 12 de maio, mas eles só me responderam com a fatura no início de julho. Antes disso, no dia 21 de maio a Budget debitou 26 euros da minha conta da Wise e no dia seguinte debitou mais 122 euros, só fiquei mais tranquilo no dia 24 de maio, quando eles estornaram os 256 euros. Quando recebi a fatura descobri que os débitos eram referentes ao pedágio (26 euros) e ao combustível + a taxa da Via Verde (122 euros), o tag da Via Verde é necessário para passar nos pedágios sem parar.
