Ir para conteúdo

Pesquisar na Comunidade

Mostrando resultados para as tags ''lisboa''.

  • Pesquisar por Tags

    Digite tags separadas por vírgulas
  • Pesquisar por Autor

Tipo de Conteúdo


Fóruns

  • Faça perguntas
    • Perguntas Rápidas
    • Perguntas e Respostas & Roteiros
  • Envie e leia Relatos de Viagem
    • Relatos de Viagem
  • Compartilhe dicas de Roteiros Gastronômicos
    • Roteiros gastronômicos
  • Encontre Companhia para Viajar
    • Companhia para Viajar
  • Encontre companhia, faça perguntas e relate experiências em Trilhas
    • Trilhas
  • Tire dúvidas e avalie Equipamentos
    • Equipamentos
  • Outros Fóruns
    • Demais Fóruns
    • Saúde do Viajante
    • Notícias e Eventos
  • Serviços com Desconto
    • Seguro Viagem
    • Reservar Hospedagem
    • Cupom de Desconto

Encontrar resultados em...

Encontrar resultados que contenham...


Data de Criação

  • Início

    FIM


Data de Atualização

  • Início

    FIM


Filtrar pelo número de...

Data de Registro

  • Início

    FIM


Grupo


Sobre mim


Ocupação


Próximo Destino

  1. Em setembro fiz uma viagem de 23 dias pela Europa com minha namorada. Nossa primeira cidade foi Paris (ficamos lá 7 dias). Voamos com a Azul, saindo de Viracopos e chegando em Orly. Estada: AirBNB - €881 para 7 noites. 11º arrondissement, ao lado do metro Charonne. Transporte: Metrô e ônibus, com o cartão NAVIGO Alimentação: Café da manhã e jantar preparados no apto. Para o almoço levávamos um lanche preparado antes de sair. Almoçamos e jantamos fora apenas uma vez. Dinheiro: Para cada cidade que íamos visitar calculamos um valor diferente para gastar por dia. Paris, que seria a mais cara delas, calculamos €125 por dia para o casal. Levei cerca de 90% no cartão WISE e 10% em cash. Dia #01 - Sexta-feira, 08 de Setembro de 2023 Chegada em Orly Chegamos por volta das 15h em Orly. Havia pesquisado os valores das conduções para o centro da cidade. Como era a primeira viagem internacional da minha namorada e tínhamos encarado 4h de carro até Viracopos + 11h de voo até a França, achamos melhor pegar um táxi. Os táxis funcionam assim: há 2 valores fixos, dependendo de que lado do rio você vai ficar. São €35 para a margem “gauche” (esquerda) e €41 para a margem “droite” (direita). Ficamos no 11.º arrondissement que fica na margem direita. Pegamos um pouco de trânsito e o trajeto levou uns 45 min. Ao pagar, dei uma nota de €100 para já conseguir trocá-la. Mas o taxista não tinha os €59 de troco e falei pra ele me devolver €55 que estava certo (por fim paguei €45 na corrida). Chegada no AirBNB Tínhamos que aguardar até as 19h, quando o nosso apto estaria liberado. Como estávamos cheios de malas, não tinha muito o que fazer senão sentar em um bar/restaurante e esperar. Primeiro fomos ao Duke e tomamos 2 cervejas lá (€ 8,50 cada). Mas como eles não ofereciam wifi, fomos para o bar da frente, o Le Rouge Limé. (estava sem chip europeu e dependia de wifi aberto para me comunicar com a nossa anfitriã). Tomamos mais 2 cervejas (€7,90 cada) e recebemos a mensagem falando que nosso apto estava pronto. Deixamos nossas malas e saímos para fazer compras. Nosso bairro Compras Fomos ao supermercado comprar comida (€44) e na estação de metrô comprar o cartão NAVIGO. O cartão custa €2 e se comprar 10 passagens paga €18,90 (ao invés de €23). Queijo e vinho Ficamos no apto, tomamos um vinho e comemos uns queijos. Para jantar fizemos um tipo de um escondidinho que compramos no mercado. Total gasto:€159 Distância caminhada: 2,6km Dia #2 - Sábado, 09 de Setembro de 2023 • Torre Eiffel Descemos na estação TROCADÉRO do metrô, onde temos uma belíssima vista da torre. Depois de desviar de vários vendedores ambulantes conseguimos fazer algumas fotos. Passamos pelos JARDINS DE TROCADERO e não vimos nada pq estavam em reforma. Descemos ao leito do rio para tirar mais fotos. Lá dá se esquivar dos centenas de turistas que fatalmente vão sair nas fotos tiradas em Trocadero. Fomos para a fila comprar ingresso. Fazia um calor ESCALDANTE! Torre vista de Trocadero Vista do alto da torre Por baixo Depois de uns 50min conseguimos comprar entrada até o topo ( €28,3 cada). Lá na torre há mais filas para pegar os elevadores (tanto para subir quanto para descer), então preparem-se! Passamos pelo andar intermediário antes de chegar no ponto mais alto. No total ficamos cerca de 2 horas lá. • Campo de Marte Depois de encher nossa garrafinha de água umas 3x numa fonte que fica ao pé da torre, seguimos até o Campo de Marte. Compramos uma coca 500ml (€5).Achamos uma sombra e estendemos uma canga na grama. Comemos nosso lanche de almoço e demos uma descansada. Caminhamos até a outra extremidade onde fica a ESCOLA MILITAR. • Hôtel des Invalides Caminhamos por uns 10min até o Hotel de Invalides, um museu militar que está a tumba de Napoleão. Para ver a tumba tem que pagar €15 então decidimos ver apenas o acervo gratuito, que é OK. Pátio do museu Escadaria do museu • Esplanade des Invalides Seguimos andando (no caminho passamos em frente ao Museu Rodin (€13), mas decidimos não entrar) até a Esplanade des Invalides. O parque tem gente tomando sol e passeando com cachorro. Não achei nada de mais. • La Defense Chegamos na estação Invalides e pegamos o metrô até La Defense. Na saída do metro já cai dentro de um enorme shopping center. Achamos um mercado e compramos 1 água 1,5l (€1,15), 1 pacote de salgadinho (€1,65) e 1 cerveja (€2). Subimos até a praça do GRANDE ARCHE e fizemos um lanche rápido lá. Passamos por uma DECATHLON e fomos embora. La Defense Arco de La Defense Na volta pra casa passamos no mercado para comprar umas coisas e cerveja (€ 35) Total gasto:€101,4 Distância caminhada: 11,5km Dia #3 - Domingo, 10 de Setembro de 2023 • Hotel de Ville Pegamos o ônibus 76 e em 15 min estávamos chegando no Hotel de Ville, que é a Prefeitura de Paris. Em frente havia umas decorações sobre as Olimpíadas de 2024. Hotel de Ville • Catedral de Notredame Caminhamos 5min até a Notredame, que está fechada para reforma. Fizeram uma arquibancada em frente dela para quem quisesse ficar admirando sua bela arquitetura. Notredame • Pont Archevêché A famosa “Ponte dos Cadeados” não tem mais cadeado algum. Mas demos uma passada nela de qualquer maneira. Vale a pena, a caminhada é bem agradável. • Rue du Chat Qui Pêche É a rua mais estreita de Paris. Nada de mais, mas se estiver pela região, vale uma foto. Passamos em frente a SAINT CHAPELLE e CONCIERGE mas os ingressos para visitá-las (€18,5) tinham que ser comprados antecipadamente. Rue du Chat Qui Pêche • Praça du Vert-Galant Pequena praça na pontinha da ilha do Rio Sena. Haviam muitas pessoas passeando com seus cachorros, além de alguns bancos e boas sombras. Ótimo local para uma pausa de descanso. • Colonnade de Perrault É uma das partes do Museu do Louvre. Passando por ela chegamos ao COUR CARRÉE, que é um grande pátio no meio das alas do museu. Cour Carrée • Pirâmide do Louvre Cruzamos o pátio e chegamos até a famosa Pirâmide do Louvre. Decidimos passar antes de visitar o museu para tirarmos fotos com calma. No dia da visita não teríamos tempo. Pirâmide • Carrousel du Louvre É um shopping subterrâneo praticamente abaixo do museu. Havia uma praça de alimentação com várias opções de comida e banheiro (mas tinha que pagar €1,5 e só aceitava cartão!). Compramos 1 coca 500ml (€3,95) e comemos nosso lanche preparado antes de sair de casa. • Jardim das Tulherias Caminhamos pelo jardim onde há várias fontes e pássaros. Tem uma fonte de água potável bem no meio dele. Passamos também pelo Musée de l'Orangerie (€12,5) mas não entramos. Jardim das Tulherias • Place de la Concorde Seguimos até a praça onde havia a VILLE DE RUGBY, pois a França estava recebendo a Copa do Mundo de Rugby. Era um espaço para os fãs do esporte mas não entramos primeiro pq não somos fãs e segundo pq estava fechada. • Centre Pompidou Pegamos um metrô na estação Concorde e voltamos ao Hotel de Ville. De lá caminhamos até o Centro Pompidou. No caminho entramos num mercado e compramos uma cerveja (€1,65). A entrada é gratuita e paga apenas para ver algumas exposições. Andamos por todo centro e o que me chamou a atenção foi que as mesas da bibliotecas estavam todas lotadas, e era domingo! Grafitti Centre Pompidou Vista do Centro Biblioteca Saguão do centro • Église Saint-Merri Saindo do centro passamos na igreja onde estava tendo uma belíssima apresentação de um tenor, acompanhado por um piano. A igreja em si também é muito bonita e vale visitar se estiver pela região. Eglise Saint-Merri • Westfield Forum des Halles Seguimos andando até esse shopping subterrâneo, mas não descemos nele. Ao lado, visitamos a IGREJA DE SANTO EUSTÁQUIO, que é bem alta e imponente. Passamos em outro mercado e compramos 1 cerveja e 1 salgadinho (€4,45). Igreja de Santo Eustáquio Restaurante na região Voltamos para casa e no caminho passamos no mercado para comprar o jantar (€14). Antes de dormir comprei 2 ingressos para a Ópera Garnier no dia seguinte (€10 cada). Total gasto:€47 Distância caminhada: 13,4 km Dia #4 - Segunda-feira, 11 de Setembro de 2023 • Printemps Haussmann Pegamos o metrô e descemos na estação HAVRE. Era 9h30 e estava tudo fechado. Caminhamos pelo bairro até 10h, quando a loja de departamento abriu. Subimos até seu terraço para tirar fotos. Tem uma vista legal de lá. Vista da Printemps • Galerias Lafayette Haussmann Outra loja de departamentos ali perto. Várias roupas e perfumes de grife. E tudo caro. Teto da galeria • Opera Garnier 11h entramos na Ópera, que é simplesmente maravilhosa. O tour não tem guia. O átrio de entrada tem uma belíssima escadaria e tem uma sala com vários candelabros e um teto muito decorado. Em uma das laterais há um corredor com pinturas e uma biblioteca com estantes cheias de livros. Infelizmente a parte principal, onde acontecem os espetáculos, estava fechada. Não sei se provisoriamente ou permanentemente. Reserve ao menos 1h para a visita. Teto de uma parte da ópera Escadaria Escadaria Biblioteca • Igreja Saint Madeleine Caminhamos uns 10min até a igreja e pegamos o finalzinho de uma missa. Saindo da igreja passamos em uma farmácia em compramos 1 pomada para assaduras (€10,50) e 1 álcool gel (€1,45). Igreja Saint Madeleine Interior da igreja • Restaurante Midi 12 (almoço) Ficamos passeando pelo bairro até as 14h quando fomos almoçar. Havia lido algumas boas referências desse restaurante e fiz uma reserva pelo APP The Fork (não tinha desconto, apenas a reserva). Pedimos um “Galette du jour” que é a panqueca do dia. De sobremesa pedimos crepe de Nutella. Tomamos 1 coca cada e a conta deu €45. O lugar é agradável e o atendimento foi muito bom. A comida estava boa, mas pelo valor pago esperava algo mais “farto”. Galette du jour • Moulin Rouge Deixamos o restaurante e pegamos o ônibus 40. Descemos e caminhamos uns 5 minutos até o Moulin Rouge. Tiramos umas fotos e seguimos. O "Moinho Vermelho" • Muro “Eu te amo”. Caminhamos até esse muro que fica em uma pequena praça e que está escrito “eu te amo” em vários idiomas. É muito difícil tirar uma foto sem um turista aparecer nela. Je t'aime • Praça du Vert Do muro até essa praça é só ladeira acima. Passamos por 2 escadarias: uma de 86 degraus e outra de 93. A praça é bem simpática, com vários artistas fazendo caricaturas, cada um com um traço diferente. A maioria da praça está tomada por mesas de restaurantes que a circundam. Subidinha de leve • Rue de l'Abreuvoir 300m da praça está essa rua que em uma extremidade tem o LA MAISON ROSE e no outro o BUSTO DE DALIDA (cantora francesa). Vale a pena passar por lá. Se tiver uma máquina boa e o tempo colaborar, dá pra fazer umas fotos legais. Início da rua Final da rua • Sacre Couer Conhecemos o interior da igreja que é muito bonito e depois ficamos do lado de fora. Haviam 2 caras tocando e cantando ao pé das escadarias em frente uma galera sentada nos degraus curtindo o som e a bela vista. Ficamos um tempo lá fomos ver um jardim que tem atrás da igreja. Descemos até a estação Anvers e fomos embora. Interior da igreja Cadeados Vista da praça de trás da igreja Sacre Couer Passamos no mercado e compramos o jantar e algumas cervejas (€ 10,80). Total gasto:€68 Distância caminhada: 13 km Dia #5 - Terça-feira, 12 de Setembro de 2023 Passamos no metrô e carregamos nossos cartões com mais 10 passes cada (€16,90) • Jardins de Luxemburgo Descemos na estação Raspail e caminhamos uns 10min até o jardim. Andamos por ele todo, vimos várias árvores, flores, pássaros e estátuas (tem uma “Estátua da Liberdade” lá!). Por volta das 12h30 começou a chover. Fomos até um local coberto e comemos nosso lanche do almoço. A chuva parecia que não ia parar tão cedo, então decidimos ir ao Museu D’Orsay. Fomos até um McDonald 's próximo e acessei o wifi para ver qual ônibus pegar. Fonte no jardim Estátua • Museu D’Orsay Pegamos o ônibus 84 e descemos 2 quadras do museu. Olhei no google maps pra ver como chegava e ele não devia estar bem “calibrado” então nos mandou para uma rua errada. Caminhamos uns 10min na chuva até chegar. Havia uma fila enorme e totalmente descoberta. Fomos até um mercado próximo para esperar e ver se a chuva passava. Compramos 1 cerveja e 1 pacote de bis (€3,36). A chuva deu uma trégua e pegamos 40 min de fila (€17 cada entrada). Durante a fila comprei 2 ingressos para Louvre no dia seguinte (€14 cada). O museu é bem legal e vale conhecer! Vimos várias esculturas e outras obras de arte. Mas ficamos mais tempo na exposição dos pintores impressionistas, apreciando obras de Manet, Cézanne, Monet e outros. A obra “Noite estrelada” do Monet estava com tanta gente que mal dava pra vê-la. Relogio na entrada do museu Entrada Relógio com vista pra fora Quarto de Van Gogh em Arles Deixamos o museu por volta das 18h e voltamos pra casa. No caminho, passamos numa adega para comprar um vinho de presente pra minha amiga que ia nos hospedar em Londres (€14,7) e mercado novamente (€11,80). • Jantar no La Baraque Às 20h30 fomos jantar no La Baraque, uns 100m do nosso apto. Reservei pelo APP The Fork e tivemos 50% de desconto, excluindo bebidas. O local é bem legal e tem uma pista de dança no subsolo. Para beber pedimos um Cosmopolitan e um Mojito (€12 cada) e de entrada uma burrata (€10), que estava OK. O prato principal foi 1 Steak au Poivre c/ fritas para cada (€24 cada). A carne estava meio sem gosto mas deu pra comer. Pedi uma cerveja (€10) e fomos embora. Total da conta: €63 Entrada Prato principal Voltamos para casa e antes de dormir comprei no Get Your Guide 2 passeios de barco pelo rio Sena (€16 cada). Total gasto:€188 Distância caminhada: 10 km Dia #6 - Quarta-feira, 13 de Setembro de 2023 • Arco do Triunfo Chegamos pouco depois das 9h e já estava cheio de turistas. Usamos a passagem subterrânea e fomos até ele. Fotos embaixo e fotos dele na Champs Elysées e seguimos. Passei em uma Decathlon próxima para comprar um óculos de sol (€20) pq o meu tinha quebrado. Minha namorada comprou um relógio (€15). Arco do Triunfo • Champs Elysées Descemos a famosa avenida e passamos pela loja da Apple e Galeria Lafayette (só olhamos, não compramos nada pq estava tudo muito caro). • Petit Palais Chegamos a essa galeria de arte que é um palácio muito bonito e cheio de adornos. Há muitas peças lá como pinturas, esculturas, vasos, móveis. Ficamos cerca de 1 hora lá pq tínhamos que ir ao Louvre, mas eu sugiro mais tempo pra ver tudo com calma. Fizemos um lanche por lá mesmo e seguimos. Petit Palais Interior do Petit Palais Interior do Petit Palais Escadaria Esculturas • Museu do Louvre Chegamos às 14h, horário exato que eu tinha comprado nossos ingressos no dia anterior. Fomos direto ver a Monalisa e estava completamente abarrotado de gente. Ficamos uns 15min pra conseguir chegar perto e malemá tiramos umas fotos. Depois fomos para a ala do Egito onde tem muita coisa pra ver (“zeramos” essa parte pq minha namorada é fissurada). Passamos pela ala dos pintores (via apenas 1 quadro de um dos meus pintores favoritos, o Turner) e ao chegar na Sala de Napoleão vimos que estava fechada. Passamos por outras diversas alas e vimos “A Liberdade guiando o Povo”, “Vênus de Milo”, “A Vitória de Samotrácia” e outros. Deixamos o museu às 17h. Corredores do museu Monalisa Teto de um dos corredores A Vitória de Samotrácia A Liberdade guiando o Povo Na volta pra casa passamos no mercado novamente (€16). Jantamos e fomos dormir. Total gasto:€51 Distância caminhada: 13 km Dia 07 - Quinta-feira, 14 de Setembro de 2023 Acordamos, tomamos café e saímos. Passamos numa confeitaria e compramos 2 croissants (€1,40 cada). Pegamos o metrô e às 8h20 estávamos em Trocadero. Antes de sair do Brasil havia comprado uma excursão para Giverny e Versalhes, no mesmo dia. Pagamos €159 (cada) e valeu muito! • Jardins de Giverny Às 9h em ponto a excursão estava saindo rumo à Giverny. Durante todo o caminho a guia foi falando (em inglês) da vida de Monet. Por volta das 10h chegamos aos jardins. Primeiro fomos ver a casa de Monet (apesar da guia ter falado pra ir primeiro ao lago, mas não vimos as placas). Não entramos e seguimos para o lago. Casa de Monet ***DICA: As placas de direção são bem discretas e às vezes ficam cobertas por plantas, então não é tão fácil avistá-las. Vimos o pequeno lago com os lírios d'água, as pontes e diversos tipos de plantas e flores. Voltamos para casa e agora entramos. Lá dentro há várias pinturas do pintor e cada cômodo tem uma cor predominante. Lago Ponte Cômodo da casa Deixamos os jardins, comemos nosso lanche e voltamos para ônibus • Palácio de Versalhes Chegamos em Versalhes por volta das 14h. A visita foi guiada (em inglês) e nosso guia foi explicando muita coisa a cada cômodo que entrávamos. Falou dos reis Luis XIV, XV, XVI, Maria Antonieta, etc. O palácio é de cair o queixo! Cheio de pinturas e obras de arte. Por volta das 16h30 o guia nos deixou. Vimos mais um pouco do palácio por conta própria e seguimos para o jardim. Detalhe de pintura Pintura Parte do palácio visto de fora Um dos corredores do palácio • Jardim de Versalhes O jardim é imenso e tem até uns carrinhos (tipo aqueles de golf) para alugar e andar por ele. Mas sinceramente não acho que vale a pena perder muito tempo nele. Acho que uns 30 min é suficiente. Reserve mais do seu tempo para ver o palácio. Jardim 17h45 saímos do jardim e compramos uma água (€2). 18h deixamos o local e às 18h40 chegamos de volta a Paris. • Passeio de barco pelo Sena Fomos ao Bateaux Parisiens, que fica ao leito do rio bem em frente à Torre Eiffel. E decidimos pegar o das 19h30. Enquanto esperávamos tomamos 2 cervejas e comemos 1 salgadinho (€19). O barco seguiu sentido Museu do Louvre e depois de uns 30min retornou, totalizando 1h. O passeio foi bem legal e na volta, como já tinha anoitecido, a torre estava iluminada. O ticket vale para o dia todo e tem barcos saindo a cada 30 minutos. Saida do passeio Chegada do Passeio Torre "piscando" Voltamos para Trocadero e esperamos até as 21h para ver a torre “piscando”. Chegamos em casa 21h30, arrumamos nossas malas, comemos queijos e jámon, tomamos algumas cervejas. Depois jantamos e fomos dormir. Lanchinho antes do jantar Total gasto:€22,80 Distância caminhada: 10,7 km Dia 08 - Sexta-feira, 15 de Setembro de 2023 Ida para Londres Compramos nossas passagens do Eurostar com 4 meses de antecedência e o valor foi £84,5 cada. Acordamos 5h30 e deixamos o apto 6h05. Não sei pq raios meu cartão Navigo, que ainda tinha 1 passagem, não passou na catraca do metrô (o da minha namorada, sim)! Não tinha absolutamente ninguém na estação então fui comprar mais um bilhete na máquina automática (€2,10). Gare du Nord Chegamos na estação 6h40 e tivemos que passar por duas catracas apresentando o ticket do metrô. Portanto, não jogue fora seu ticket assim que passar pela primeira catraca! Imigração A agente perguntou que fazíamos no Brasil, qual o nosso itinerário e se era a 1a vez na Inglaterra. 7h26 pegamos o trem para Londres. (mas no email de confirmação falava que era 7h30). Total gasto em Paris: €1.836,2 ou € 918 por pessoa. Considerações finais: • Apesar da fama da cidade, não vimos nenhum rato; • Nos sentimos muito seguros em todos os momentos. Às vezes alguns vendedores ambulantes faziam uma abordagem mais “direta” mas é só ignorar (eles vão tentar acertar sua nacionalidade e, mesmo que acertem, ignore); • Muitas escadarias, principalmente em praças ou as que acessam os leitos do rio, têm um forte odor de urina; • Aprenda a falar “Je ne parle pas français. Parlez-vous anglais?, que significa: “Eu não falo francês. Você fala inglês? (ou outra língua que você domine). Isso ajuda muito na comunicação com os locais!; • Compre seus ingressos com antecedência. TUDO TEM FILA; • Há muitas fontes de água potável pela cidade (dizem que tem até água com gás, mas não achamos). Pode encher suas garrafinhas d’água sem medo!; • Vendedor de sutiã passa fome em Paris. Próximo relato: Londres.
  2. Fala galera, faço abaixo relato da minha primeira viagem à Europa, um total de 14 dias (incluindo períodos de viagem) que distribui entre Lisboa - 3 dias, Amsterdã - 4 dias, e Paris - 7 dias. O relato ficou um pouco longo, pois acabei detalhando o roteiro dia a dia da viagem. Mas vamos lá, sempre válido praquela pesquisada. Para começar, algumas informações úteis/dicas iniciais: - Visto: até então não é necessário visto para Europa, mas o que circula é que a partir de 2024 será necessário emitir on-line o ETIAS (Sistema Eletrônico para Autorização de Viagem), uma espécie de autorização de isenção de visto. Pelo que vi, terá um custo baixo (cerca de 7 euros) e válido por 90 dias. Logo, necessário atentar a isso no futuro. - Seguro viagem: embora não me tenha sido questionado na imigração, aparentemente é necessário um seguro viagem válido aos membros da área Schengen, com valor mínimo do seguro de 30.000 euros. Mesmo não tendo sido questionado, não recomendo viajar sem um seguro viagem, para evitar maiores dores de cabeça em caso de imprevistos. Emiti o do cartão visa infinite que atende as condições, já que comprei as passagens usando o cartão. - Dim dim: usei muito pouco dinheiro em espécie, mas sempre importante levar algum valor. Resolvi levar 200 euros em espécie, e o restante na conta multi-moeda Wise (afinal, muito mais cômodo andar com cartão do que ficar preocupado com grana em espécie, além do que há lugares que nem recebem dinheiro hoje em dia). Eu particularmente indico bastante a Wise, e felizmente nunca tive problema nas viagens que fiz em questão de segurança (por exemplo, de cartão ser clonado). Além disso, ao abrir a conta, você recebe o cartão físico de forma gratuita em poucos dias em casa, e pode emitir cartões virtuais no aplicativo para compras online. E quanto a aceitação nas máquinas, sempre foi sem dores de cabeça em minhas viagens. Nesta viagem, em Lisboa e Paris seguiu 100% de aceitação; APENAS em Amsterdã que não consegui passar em alguns estabelecimentos de auto-atendimento (por exemplo, nas redes de mercado Albert Heijn e Mc Donalds), assim como em algumas poucas lojas ou cafés (a grande maioria não tive problema, mas nestes casos que não passou, inclusive eles comentavam: não sei qual o problema, mas este cartão da américa do Sul nunca pega nestas máquinas haha). Foram poucos casos, mas sempre importante ter um cartão de crédito por segurança, como plano B. A quem interessar e que não tenha ainda conta Wise, deixo aqui meu link para abertura de conta: https://wise.com/invite/ihpe/maximilianowilliamd (DICA: não abra conta sem links de indicação como este, pois perderá a primeira transferência no valor de até 3 mil reais sem taxas, na moeda que você quiser abastecer sua conta). - Chip de internet: resolvi testar um chip virtual da Airalo com 3GB de dados e funcionou super de boa, gostei. A vantagem é chegar no lugar e já ter um pacote de dados móveis disponível. Como é um chip virtual, não precisa tirar o seu chip físico pra colocar outro. Como fiz o cadastro com link de um colega, tive 3 dólares de desconto na compra do primeiro chip, então me saiu 10 dolares por este pacote de dados de 3 GB e que funcionava em cerca de 39 paises da Europa (você consegue ver qual a rede disponível para roaming em cada país, e conectá-la assim que chegar lá, não é complicado, basta ver o vídeo tutorial de ativação). Naturalmente, se você deseja um pacote de dados móveis maior (ex: 10 GB ou mais), possivelmente comprar um chip local na Europa deve sair mais em conta. Mas no meu caso, esses 3 GB foram suficientes, usando wi-fi nos lugares que fiquei hospedado para evitar maior consumo dos dados móveis. A conexão à internet móvel nestas três cidades com o Airalo foi super boa. A quem interessar, deixo aqui meu link para cadastrar no Airalo e ganhar o desconto de 3 USD na compra do primeiro chip virtual: https://ref.airalo.com/eVPc Code MAXIMI5863 - Hospedagem: tirando Lisboa que ficamos em um Ibis, em Amsterdã e Paris pegamos AirBnb. Viajei com um amigo, então nas minhas pesquisas saiu melhor custo-benefício pegar airbnb que hotel nestas duas últimas cidades (que são mais caras). OBS: fazia pesquisas pelo Booking, Airbnb e Hostelworld para as comparações. - Língua: nenhum de nós falava francês, mas deu para desenrolar em Paris com um inglês nos estabelecimentos (restaurantes, bares, pontos turísticos) considerando que era basicamente uma viagem para turistar foi de boa, mas os franceses não são muito de falar inglês (e não parecem ter muito interesse também não rs). Em Amsterdã, 100% de inglês, então bem de boa. A nossa entrada foi por Lisboa, o que facilitou na imigração. - Ingressos para atrações turísticas: quase tudo comprei antecipado no Brasil, usando o cartão Wise para pagar (de modo a evitar taxas de spread e IOF maior de cartão de crédito). Além do mais, há atrações que idealmente é melhor mesmo comprar antecipado, como a casa de Anne Frank em Amsterdã (esgota rápido), Museu do Louvre em Paris, etc. Vale lembrar que no primeiro domingo do mês há museus gratuitos em Paris, mas que também tem que reservar pelo site (logo, quanto mais rápido o fizer, maior chance de pegar uma vaguinha). Agora vamos aos dias:
  3. Considerações Gerais: Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, preços, hotéis, meios de transporte e informações adicionais que eu achar relevantes. Nesta época eu ainda não registrava detalhadamente as informações, então preços muitas vezes vão ser estimativas e albergues, hotéis e meios de transporte poderão não ter informações detalhadas, mas procurarei citar as informações de que eu lembrar para tentar dar a melhor ideia possível a quem desejar repetir o trajeto e ter uma base para pesquisar detalhes. Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade. Informações Gerais: Meu objetivo era fazer uma peregrinação. Por isso procurei ficar em albergues associados à peregrinação durante o caminho. Mas aproveitei também para conhecer Madrid e algumas cidades de Portugal. Obtive a credencial de peregrino e muitas informações na Associação de Confrades e Amigos do Caminho de Santiago (https://www.santiago.org.br). Não me preocupei com conforto nem com luxo. Minhas paradas foram mais ou menos as seguintes com as respectivas distâncias caminhadas, salvo algum esquecimento (não tenho mais a credencial para confirmar, doei-a para a Associação de Amigos do Caminho): 4.a 28/3: Saint-Jean-Pied-de-Port a Roncesvalles - 30 km 5.a 29/3: Roncesvalles a Villava - 30 km 6.a 30/3: Villava a Pamplona - 4 km Sáb 31/3: Pamplona a Cirauqui - 30 km Dom 01/4: Cirauqui a Los Arcos - 32 km 2.a 02/4: Los Arcos a Torres del Rio - 14 km 3.a 03/4: Torres del Rio a Logroño - 18 km 4.a 04/4: Logroño a Nájera - 27 km 5.a 05/4: Nájera a Redecilla del Camino - 30 km 6.a 06/4: Redecilla del Camino a San Juan de Ortega - 35 km Sáb 07/4: San Juan de Ortega a Burgos - 23 km Dom 08/4: Burgos a Tardajos - 11 km 2.a 09/4: Tardajos a Castrojeriz - 30 km 3.a 10/4: Castrojeriz a Carrion de los Condes - 45 km 4.a 11/4: Carrion de los Condes a Sahagun - 38 km 5.a 12/4: Sahagun a Mansilla de las Mulas - 36 km 6.a 13/4: Mansilla de las Mulas a Leon - 18 km Sáb 14/4: Leon a Villadangos del Páramo (?) - 20 km Dom 15/4: Villadangos del Páramo (?) a El Ganso - 39 km 2.a 16/4: El Ganso a Molinaseca - 32 km 3.a 17/4: Molinaseca a VillaFranca del Bierzo - 27 km 4.a 18/4: VillaFranca del Bierzo a Alto de Polo - 36 km 5.a 19/4: Alto de Polo a Sarria - 31 km 6.a 20/4: Sarria a Ligonde - 36 km Sáb 21/4: Ligonde a Arzúa - 37 km Dom 22/4: Arzúa a Monte do Gozo - 33 km 2.a 23/4: Monte do Gozo a Compostela - 5 km Eu não sou cristão. Meu objetivo não era a instituição Igreja, mas sim a vivência espiritual que transcende as instituições religiosas e remonta à Natureza mais profunda do Universo. A rota que escolhi foi o Caminho Francês, saindo de Saint-Jean-Pied-de-Port. São cerca de 800 Km. Foi muito fácil achar informações sobre esta peregrinação. Ela é muito conhecida e há muitos brasileiros que a fazem. Pode-se encontrar informações em https://www.santiago.org.br, https://www.eurodicas.com.br/caminho-de-santiago-de-compostela, http://www.caminhodesantiago.com.br e http://www.melhoresdestinos.com.br/caminho-de-santiago-roteiro-dicas.html. Para hospedagem veja: http://caminodesantiago.consumer.es/albergues/#camino-frances Em Madrid e Portugal obtive mapas e roteiros turísticos gratuitos das cidades . Durante o Caminho geralmente fui muito bem tratado e muita gente, incluindo agricultores, ofereceu gratuitamente ou a preços reduzidíssimos alimentos, como maças e outros produtos, que em geral recusei, procurando não ofender os ofertantes, para deixá-los para quem estivesse em dificuldades. Foram raras as pessoas rudes durante o Caminho. A sinalização pareceu-me muito boa. Em raríssimas ocasiões fiquei em dúvida devido à falta de sinalização. Além disso, quase todos conheciam o Caminho e estavam quase sempre dispostos a auxiliar . Houve alguns trechos em que a peregrinação seguia por rodovias, o que fez com que fosse necessário ficar bastante atento para evitar acidentes. Houve muitos atrativos naturais, culturais, históricos e religiosos ao longo do caminho, como rios, parques, bosques, montanhas, igrejas, santuários, construções antigas (da Idade Média e da Idade Moderna principalmente), centros culturais, itens da cultura local, etc. Achei que as igrejas, apesar de espetaculares, geralmente tinham um astral carregado, com muitas imagens com aspecto de sofrimento. Em conversa com um padre sobre o assunto, ele me disse que isso se devia a serem de uma época em que houve muitas dificuldades, pestes, doenças, guerras, etc, que as pessoas pensavam serem castigos de Deus. Havia muitas igrejas e santuários enormes, com muitos ornamentos, em localidades pequenas. Em muitas havia símbolos do poder do Estado, provavelmente das idades medieval e moderna. A maioria absoluta das minhas refeições foram feitas com compras de supermercado, padaria ou similares. Pizza, pão, queijo, vegetais, frutas e eventualmente algum doce (eu sou vegetariano). Raras vezes fui a restaurantes ou pedi o menu do peregrino. Achar água potável ao longo da peregrinação foi razoavelmente fácil em alguns poucos trechos. Havia fontes que as pessoas disseram ser confiáveis e de que bebi. Minha mochila estava razoavelmente leve. Cerca de 7 kg, mas às vezes ficava mais pesada devido a comida e água que eu carregava. Em algumas vezes houve chuva e nos primeiros dias houve neve ❄️. Estas estiverem entre as situações mais difíceis durante o trajeto. 😟 Havia muita gente fazendo o Caminho. Encontrar peregrinos era muito fácil e era possível estar em grupo todo o tempo se fosse desejado. Algo que me surpreendeu foi a quantidade de cruzes e respectivas dedicatórias devido a pessoas que aparentemente morreram fazendo o caminho. E algumas delas ficavam em locais tranquilos, em que era difícil imaginar algum acidente ou cataclisma. Mas nunca se sabe o que pode acontecer, ainda mais considerando as diferentes condições de saúde dos peregrinos e o imponderável. Achei as espanholas lindas. Várias vezes fiquei admirando sua beleza. Acho que é meu padrão favorito de beleza. A circulação entre Espanha, França e Portugal foi livre, sem nenhuma checagem de documentos. Não tive nenhum problema de segurança durante o Caminho nem em Madrid nem em Portugal. Porém a Cidade do Porto e Lisboa pareceram-me não ter a mesma tranquilidade de segurança do que as outras. A Viagem: Minha viagem foi de SP (Guarulhos) a Madrid em 18/3/2007. A volta foi de Madrid a SP (Guarulhos) em 4/5/2007. Na ida e na volta fiz conexão em Buenos Aires. Os voos foram pela Aerolíneas Argentinas (https://www.aerolineas.com.ar/pt-br) A passagem de ida e volta custou aproximadamente US$ 995.00, incluindo todas as taxas. Brasileiros não precisavam de visto para entrar na zona Schengen, que inclui a Espanha, a França e Portugal. Era necessário um seguro de saúde, mas a Associação dos Amigos do Caminho me disse que bastava um documento do Ministério da Saúde dizendo que eu era coberto pelo SUS, pois existia acordo de reciprocidade de atendimento entre Brasil e Espanha. E foi o que eu levei, obtido no escritório do Ministério em SP. Porém o agente da imigração não me pediu nada além do passaporte, perguntou o que eu iria fazer, e quando respondi que pretendia fazer o Caminho de Santiago, disse que não era perigoso, era divertido, prontamente carimbou meu passaporte e autorizou a entrada sem nenhum problema . Cheguei em Madrid na 2.a feira 19/3. Minha bagagem não havia chegado . Perguntei aos funcionários do aeroporto e disseram que talvez chegasse mais tarde, pois poderia estar havendo algum tipo de operação contra terrorismo islâmico. Disseram para que eu deixasse o endereço e telefone que levariam lá, caso chegasse. Mas eu não sabia em que hotel iria ficar e não tinha telefone. Então disseram-me para voltar mais tarde para ver se havia chegado, que foi o que eu fiz. Passei no escritório de turismo do metrô, que era integrado ao aeroporto e peguei mapa e roteiros turísticos a fazer na cidade, além de sugestões de hospedagens baratas. Depois de muito procurar opções, fiquei hospedado no albergue da juventude (provavelmente era o da Calle Mejia Lequerica, 21). Depois de tudo ajeitado, voltei ao aeroporto, já no fim da tarde, e a minha mochila estava lá. Fiquei num quarto coletivo com um dançarino argentino, um japonês, franceses e outros, que foram mudando ao longo da minha estadia. Gostei muito de Madrid . Para as atrações veja https://www.esmadrid.com/pt, https://www.tudosobremadrid.com, https://www.spain.info/pt_BR/que-quieres/ciudades-pueblos/grandes-ciudades/madrid.html e https://www.lonelyplanet.com/spain/madrid. Os pontos de que mais gostei foram os parques, praças, monumentos (eram muitos, mas as Cibeles agradaram-me especialmente), os palácios públicos, os museus (principalmente Reina Sofia e Prado, com destaque para a sequência de Guernica), as igrejas, as vias arborizadas (como Paseo de Recoletos e Paseo del Prado) e a Gran Via. Procurei conhecer todos os locais a pé. Segui vários dos roteiros que havia ganho no escritório de turismo. Eles me pareceram muito úteis e bem apropriados, pois tinham muitas atrações próximas, indicando ainda algumas opcionais, além das que eu descobri por mim mesmo. A população em geral foi muito gentil dando informações sobre os locais . Em uma ocasião um homem de uns 60 anos me falou para falar para o Ronaldo (jogador, acho que na época no Real) que eu tinha ido visitar o urso e o madronho. Fiquei quase um dia todo conhecendo a Gran Via. Os palácios e as igrejas pareceram-me grandiosos. Achei muito bela a estação de Atocha, onde haviam ocorrido os atentados. Gostei dos parques e praças, especialmente a Praça de Espanha e o Retiro, um dos poucos locais em que fiquei com alguma preocupação referente à segurança. Em cada um dos museus Prado e Reina Sofia também fiquei quase o dia todo. Fui no final de semana, em que eram gratuitos. As alamedas próximas a eles pareceram-me locais muito agradáveis para se caminhar. De um modo geral achei a cidade bonita, muito bem organizada e limpa. Os monumentos eram limpos, sem estarem pichados e bem conservados. No sábado à noite achei que havia esquecido meus chinelos no albergue da juventude e fui a pé até ele. Voltei mais de 11 horas da noite e a cidade parecia tranquila, sem a menor preocupação com segurança. No início estava frio , chegando até a nevar um pouco numa tarde. Como consequência, como eu não protegi adequadamente o rosto, minha face, e especialmente minha boca, ficaram queimadas de frio 🤕. Precisei trocar de hospedagem na 6.a feira ou sábado porque não renovei minha estadia a tempo e o hostel era muito concorrido. Fui para a Pousada Sudamericana, que uma atendente me informou num guichê. Lá conheci brasileiros e italianas. Paguei US$ 40.61 pelas duas diárias. Fui muito bem tratado no geral. Os únicos locais em que me lembro de ter sido mal tratado foram a Igreja de San Isidro e um mercado de chineses. No final de semana tive um pouco de dificuldade de encontrar locais abertos para fazer compras de alimentos. Tive que recorrer a mercados de chineses, que não gostaram de eu pegar os produtos para ler detalhes das embalagens. Fiz a maioria das refeições com compras de supermercados e comprei um garrafão de água que foi suficiente para uma semana. Procurei usar o supermercado Lidl (https://www.lidl.es), que o argentino me sugeriu como tendo melhores preços. Perto do fim conheci um restaurante vegetariano muito barato chamado Maoz, perto da Praça Maior (http://maoz.com.br), mas que acho que fechou. Conheci vários brasileiros, alguns lá legalmente e outros não. Um pintor, que estava lá como ilegal, falou-me que estava muito sofrido e não estava compensando. Ganhava 1.300 euros por mês e achava que não valia a pena a distância da família e o que estava conseguindo enviar ao Brasil. Outra ocasião em que andava pela rua encontrei um brasileiro que estava vindo de Portugal para tentar emprego. Nos albergues havia uma jogadora de futebol do Brasil e outra brasileira que riu de eu ter queimado o rosto de frio. Fiquei em Madrid uma semana. Na 2.a feira 26/3 de manhã peguei um ônibus para Pamplona da Continental Auto por US$ 33.31 e de lá outro para Roncesvalles por US$ 6.11 da Autobuses Arieda (http://www.autocaresartieda.com), ambos pagos com cartão de crédito. Na viagem conheci a mineira Patrícia que morava em Estella, namorava um espanhol e estava um pouco triste, pois não poderia ter sua profissão reconhecida legalmente lá e o namorado não poderia ter a profissão dele reconhecida no Brasil. Espero que tenham conseguido ficar juntos. Cheguei a Roncesvalles no fim da tarde. O chão estava coberto de neve e o clima era bem mais frio . Fiz os procedimentos para me hospedar no albergue e fui dar uma pequena volta nas redondezas e também conhecer a igreja. Fiquei um pouco assustado com a quantidade de neve e o clima. À noite jantei junto com outros peregrinos comendo o menu do peregrino, que era um prato de entrada, um principal (macarrão) e pães para acompanhar. Acho que tinha uma garrafa de vinho também. Já no quarto conversei com os peregrinos que estavam iniciando o caminho e um que já vinha de outras etapas. O espanhol que já vinha de outras estava de bicicleta e falou sobre caminhos que não eram pela estrada, mas não era o Caminho de Napoleão (que foi a rota usada pelo exército Francês para invadir a Espanha no início do século 19, contexto que provocou a vinda da família real para o Brasil). Todos comentaram que o Caminho de Napoleão poderia ser perigoso, devido à neve. O espanhol falou também de um albergue 24 h em León e que na França havia albergues privados. Eles me sugeriram não ir a Saint-Jean-Pied-de-Port porque o tempo estava ruim e não valeria à pena. Um outro espanhol, Nazco (ou um nome semelhante), estava indeciso sobre ir ou não. Eu estava convencido e decidi ir assim mesmo. Antes de dormir ainda tomei banho quente. No dia seguinte, 3.a feira 27/3, resolvi ir a pé para Saint Jean. Após o café da manhã, saí caminhando. Estava muito frio, com neblina, havia uma pequena garoa ou neve fina. Caminhei até o início da estrada e pensei comigo: "Esta empreitada é grande demais para mim. Vou desistir" . Eu não tinha experiência nem equipamento nem roupas adequadas para neve. Estava de fleece e anorak leves, mas com tênis de pano. Mas resolvi ir um pouco mais para ver melhor a situação e tentar um pouco mais. Subi um pouco pela estrada e avistei uma pequena casa, que parecia ser uma capela. Fui até lá, abri a porta com dificuldade, pois estava bloqueada pela neve, e vi que era muito simples, com uma imagem de Maria. Gostei muito da capela e resolvi ir um pouco mais. Logo a seguir a estrada começou a descer e a neve no caminho a diminuir. Aí definitivamente decidi ir. E fui, sem grandes problemas, apesar de alguns cachorros bravos (ou pelo menos que latiam bastante) no trajeto 🐕. Conforme descia o clima melhorava, a garoa passou e a neve no entorno da rodovia ia ficando cada vez menor. Encontrei Nazco no caminho subindo e ele parecia feliz por ter escolhido ir. Pegou carona até Saint Jean, disse que ficou olhando para ver se me via para oferecer carona, e agora já estava voltando para dormir novamente em Roncesvalles. Achei muito belas as vistas , cruzei a fronteira, procurei um posto de imigração para saber se precisava realizar algum procedimento, mas não encontrei. Cheguei a Saint-Jean-Pied-de-Port no meio da tarde. Fui para o albergue oficial da peregrinação, onde Jeanine, de 72 ou 81 anos, recebeu-me muito bem. Perguntei por Madame Debrill, citada no livro "Diário de Um Mago" de Paulo Coelho, mas ela disse que ela já havia morrido e comentou que muitos perguntavam por ela. Ela me tratou muito bem e até fez um bom jantar para mim por 2 euros. Enquanto isso eu fui dar uma volta para conhecer a cidade, que me pareceu interessante, apesar de pequena. O quarto estava cheio de peregrinos durante a noite, vindos de muitas partes diferentes do mundo, a maioria europeus. Na 4.a feira 28/3 comecei a peregrinação. Inicialmente fui com um francês (acho que se chamava Gregorian ou um nome semelhante). Juntos ficamos em dúvida num certo ponto e no meio da estrada fizemos sinal para uma mulher de carro na estrada, que imediatamente parou para nos dar informações . Pensei que seria uma cena altamente improvável em São Paulo. Seguimos e ele achou que eu estava muito lento, querendo ver muitas coisas, conversamos e ele decidiu ir na frente. Tentei ir pela rota fora da estrada e um pouco à frente havia a entrada do Caminho de Napoleão. Havia uma placa dizendo que era proibido seguir aquele caminho fora da temporada de verão, com dizeres alertando sobre o risco em caso contrário. Eu pretendia tentar ir por lá, mas após todas as conversas que havia tido no Brasil e lá sobre aquele trecho, resolvi aceitar o que a placa dizia e ir pela estrada. A subida era um pouco longa, mas aceitável, com as mesmas vistas espetaculares da descida. Os cachorros continuavam lá, latindo bravios. Lembrei-me dos cachorros narrados no livro do Paulo Coelho. Já perto de Roncesvalles encontrei Gregorian parado do lado da estrada. Estranhei e fui cumprimentá-lo. Ele me cumprimentou alegremente e disse que estava sentindo dores nas pernas e os outros peregrinos que ele havia encontrado já tinham ido. Falei para ele que esperaria ele se recuperar para irmos juntos. Ele me disse que não precisava, não queria me atrapalhar. Eu disse que não me atrapalharia em nada, ficamos conversando um pouco e depois ele começou a andar vagarosamente. Acompanhei seu ritmo. Ele me perguntou se eu achava que ele tinha ido muito rapidamente. Respondi que cada um tinha seu ritmo. Estávamos chegando perto da capela e lhe disse que iria visitá-la (novamente), o que daria tempo para ele descansar, mas que se quisesse seguir ficasse à vontade, pois já estávamos próximos da cidade. Fui e a porta estava ainda mais difícil de ser aberta devido à neve no chão e a mochila nas costas dificultava a minha entrada. Mas consegui entrar e apreciá-la de novo. Quando voltei ele já tinha ido. Fiquei feliz, pois significava que havia conseguido. Registrei-me no albergue e fui assistir a Missa do Peregrino, que não havia assistido no primeiro dia em que cheguei em Roncesvalles. Gregorian esperou-me para jantar e jantamos o menu do peregrino sozinhos perto de 20:30. Os outros peregrinos haviam jantado perto de 19 horas. Continuava frio em Roncesvalles, mas o albergue possuía aquecimento interno, o que proporcionou uma ótima noite de sono. Conhecemos vários outros peregrinos, muitos alemães, um americano e outros. Na 5.a feira 29/3 parti rumo a Pamplona. Continuava a chover. A impermeabilização do meu anorak já não estava muito boa, então eu acabava me molhando um pouco. Havia levado um plástico improvisado de casa para proteger a mala, que serviu na maioria das ocasiões. No caminho encontrei um casal de coreanos, que iria fazer o caminho devagar, estimando em 45 dias. A mulher viu que eu estava um pouco molhado e me ofereceu uma capa , que gentilmente eu recusei, pois achei que dava para ir com o que eu tinha. Como não sabia se os albergues estavam abertos em Pamplona, resolvi ficar em Villava, a poucos quilômetros de lá. Jantei com compras do supermercado Eroski City Villava (https://www.eroski.es/localizador-de-tiendas/supermercado/navarra/villava-atarrabia/eroskicity-villaba) por US$ 5.24 pagos com cartão de crédito. Foram cerca de 40 km entre as localidades. Na 6.a feira 30/3 parti e logo cedo cheguei à Pamplona. O albergue da igreja estava fechado naquele período. Só encontrei um albergue aberto dentre os que constavam no meu guia, porém ele só aceitava alemães. Mesmo assim fui até lá, toquei a campainha e, quando a dona, uma alemã típica, atendeu, peguntei-lhe se poderia ficar aquela noite lá. Ela disse que eles estavam abrindo justamente naquele dia e que me aceitava, mesmo eu não sendo alemão . Porém deveria voltar mais tarde, pois ainda iriam arrumar as instalações para os hóspedes. Então eu aproveitei para ir conhecer a cidade. Gostei muito de Pamplona . Para suas atrações veja https://www.enforex.com/espanhol/fazer-pamplona.html, http://www.turismo.navarra.es/esp/organice-viaje/recurso/Localidades/2513/Pamplona.htm, https://www.lonelyplanet.com/spain/aragon-basque-country-and-navarra/pamplona e http://www.euskoguide.com/places-basque-country/spain/pamplona-tourism. Os pontos de que mais gostei foram as construções antigas, os monumentos, os parques, a catedral, as igrejas, a muralha medieval e conhecer o jogo de Pelota Vasca. Como era uma cidade relativamente grande no caminho, programei-me para ficar mais tempo e poder conhecê-la com mais detalhes. Passeei bastante, ficando muito na área em que são feitas as corridas de touros, onde ficam as construções antigas e na muralha medieval. No fim do dia fui assistir jogos de pelota vasca de juvenis no ginásio da cidade 👍. Assisti alguns, mas não pude ficar até o fim pois não quis chegar muito tarde no albergue. Vários outros peregrinos não alemães estavam no albergue e eu acabei ficando no quarto com os alemães. Talvez por ser de tão longe mostraram-se interessados em conversar e saber sobre o Brasil. Quando o assunto foi para a questão da violência, tentei explicar-lhes como funcionava o PCC. Ficaram surpresos, quase incrédulos. Comentaram rindo também que eu estava precisando trocar de tênis, pois o calcanhar estava começando a quebrar devido a tanta neve e chuva, mas eu disse que iria com ele até o fim. Ensinaram-me algumas expressões em alemão referentes ao caminho . No sábado 31/3 descobri que havia um peregrino (acho que americano) que já estava no albergue e iria ficar mais, pois havia tido algum tipo de problema de saúde, talvez nas pernas. Eu não ouvi, mas os alemães me contaram que durante a noite houve muito barulho, um casal (talvez alcoolizado) chegou pedindo para ficar, mas o dono do albergue não aceitou porque eles não tinham a credencial de peregrinos. Após bom café da manhã, parcialmente ofertado pelo albergue, agradeci por terem me recebido e parti. Ainda fiquei boa parte da manhã visitando a cidade. Depois fui rumo a Cirauqui. No caminho um casal de franceses falou-me do jeito incorreto pelo qual eu estava carregando a mochila nas costas. Achei que falaram e demonstraram de um jeito um pouco grosseiro, mas realmente a sugestão que deram melhorou a carga e diminuiu a dor nas costas que estava começando. No fim da tarde ainda encontrei em Puente de la Reina um americano que havia conhecido em Roncesvalles, que disse que eu era "a brave man" por continuar naquele horário e depois cheguei a Cirauqui. Pela minha aparência, acho que a dona do albergue pensou que eu era um peregrino típico e me deu um prato de macarrão . Não deu tempo nem de eu recusar. Como não tinha almoçado, comi o macarrão e depois comi o que havia levado (eu como muito ). Conheci uma francesa que pediu auxílio com o computador, pois estava com dificuldades de entender configurações em espanhol. Tentei ajudá-la um pouco. Ela me mostrou fotos da subida da serra (acho que era a Serra do Perdão) e comentou do cansaço para a subida. Conheci também um francês que tinha começado o caminho bem antes de Saint Jean (acho que de Le Puy). Ele comentou que na França havia muitos caminhos a percorrer e as igrejas ficavam abertas para visitar, fato que até aquele ponto na Espanha nem sempre era verdade. No domingo 01/04, meu aniversário, fui para Los Arcos. Foi um dos melhores dias da caminhada . O tempo estava bom, as dores nas costas haviam sumido, passei por uma fazenda que tinha um dispositivo que oferecia alguns goles vinho aos peregrinos (somente para experimentar). Pela manhã em Estella, reencontrei uma alemã de cerca de 60 anos que tinha conhecido em Roncesvalles. Ela estava sentada numa escada e quando fui cumprimentá-la começou a chorar nos meus ombros. Disse que seus joelhos não estavam aguentando e que não conseguia acompanhar os mais jovens . Eles tinham ido comprar algo e na volta iria decidir se continuaria com eles ou não. Procurei ouvi-la e fazer ponderações para acalmá-la, fiquei com ela algum tempo até que se animasse e quando uma de suas amigas estava voltando, prossegui viagem. Cheguei a Los Arcos no fim do dia. Não tinha alimentos para o jantar e tudo estava fechado. Falei sobre isso com os holandeses que estavam à mesa e eles muito aborrecidos ofereceram-me parte de seu jantar, que eu recusei. Depois de perguntar e procurar orientações descobri um local aberto e pude comprar comida. Durante a madrugada esfriou muito e, como não havia aquecimento interno, precisei levantar algumas vezes e colocar agasalhos. Na 2.a feira 02/04 pretendia ir a Logroño. Foi o dia mais difícil da peregrinação . Teria sido melhor eu ter ficado dormindo . Um peregrino que dormiu no mesmo quarto que eu comentou que durante toda a noite havia chovido. Estava chovendo quando fui tomar café. Após o café preparei-me, coloquei a capa na mala e o anorak em mim, peguei o guarda-chuva e fiquei esperando a chuva passar ou diminuir (era de média intensidade). O francês que havia partido de Le Puy falou-me sorrindo que eu iria esperar bastante. Depois de cerca de meia a uma hora, vendo a hospitalera belga limpar a frente do albergue com um rodo ou vassoura, decidi partir. O tempo estava bem hostil, chuva, frio, vento. Conforme foi avançando a hora esquentou um pouco e houve alguns momentos em que a chuva diminuiu e quase parou. Mas depois voltou forte 🌧️. Quando fui cruzar um curso de água numa área rural, que parecia uma enorme enxurrada, não avaliei bem a força da correnteza nem a profundidade. Quando dei um passo no meio, afundei mais do que a cintura, perdi um pouco do equilíbrio e quase caí para trás na correnteza com o peso da mochila . Tive que fazer força na perna e no joelho, o que talvez tenha me custado caro para depois. Na hora não senti nada. Depois disso decidi parar em Torres del Rio. Achei que não valia a pena continuar naquelas condições. Estava ensopado, hipotérmico e cansado . Pouco antes de mim chegou um casal de Murcia. À noite, começou uma enorme dor na minha perna direita , a mesma que havia forçado no curso de água. Eram fisgadas, principalmente quando apoiava a perna no chão. Fui mancando comprar a comida para o jantar. Conheci uma alemã, que comentou que poderia ser porque eu tinha ficado com os pés molhados por muito tempo. Talvez fosse algum tipo de dor reumática. Ela estava com os pés machucados. Progredi bem menos do que eu pretendia. Cheguei a pensar que não conseguiria continuar ou pelo menos não conseguiria terminar no tempo necessário para ir a Portugal. Na 3.a feira 03/04 fui para Logroño. Fui devagar, pois havia momentos em que doía muito a perna. Com o tempo eu fui achando uma posição em que doía menos, mas periodicamente voltavam algumas fisgadas. Após chegar, mesmo com um pouco de dor, mas sem a mochila nas costas, fui dar uma volta na cidade. Gostei também . Embora menor do que Pamplona, pareceu-me bem interessante. Em alguma destas paradas conheci um espanhol, que iria parar temporariamente o Caminho para encontrar os pais e disse que gostaria de me reencontrar mais para frente, algumas alemãs, que fizeram uma disputa de Liga dos Campeões para ver quem cozinhava mais rápido e muitas francesas, que me ofereceram espaguete que haviam feito, que gentilmente eu recusei. Também havia conhecido um casal de holandeses, cuja mulher era enfermeira. Quando ela me reencontrou, perguntou o que havia ocorrido com minha perna. Eu contei e ela me sugeriu andar menos em cada dia e mais devagar. Num outro episódio, um homem falou-me "Bom Dia!" e eu respondi com a mesma expressão, achando que pudesse ser português ou que tivesse percebido que eu era brasileiro. Talvez ele fosse da Galícia, em que se usa uma expressão parecida no dialeto local. Ele me chamou para conversar e me ofereceu trabalhar na sua companhia, que era algo como um circo itinerante. Pensei no pintor que havia conhecido em Madrid e me interessei em saber detalhes. Disse que pagava 200 euros, mais hospedagem, alimentação e tabaco. Se soubesse dirigir pagava mais 100 euros. Pensei comigo que isso era trabalho escravo . Ri, agradeci, mas nem continuei na conversa, pois era um quarto do que o pintor brasileiro ganhava em Madrid. Na 4.a feira 04/04 estava melhor, mas ainda havia dor de vez em quando. Decidi ir para Nájera, mas se não desse, pararia antes. Mas consegui. Cheguei a Nájera no meio da tarde. Lá encontrei um homem de uns 70 anos que vendo que eu era peregrino, convidou-me a conhecer a igreja de sua família (acho que era do século 15). Achei-a espetacular e fiquei surpreso com uma igreja particular daquele tamanho. No Brasil só havia visto igrejas particulares (que não fossem da Instituição Igreja) dentro de fazendas e eram bem menores. Dei uma pequena volta pela cidade e fui descansar. Não fui conhecer as tumbas dos reis porque estava um pouco cansado e para não forçar a perna, que estava melhor. Na 5.a feira 05/04, sentindo a perna bem melhor, resolvi tentar ir um pouco além. Fui até Redecilla del Camino. No caminho passei por Santo Domingo de la Calzada, onde parei para conhecer alguns pontos, principalmente os históricos e religiosos, que havia visto nos guias. No caminho uma espanhola me ultrapassou e depois nos encontramos no albergue à noite, quando falou que o mais importante era não ter mais chuva. Num dos dias conheci um espanhol chamado Angel, a quem ofereci parte do meu jantar, mas ele disse que iriam comer muito bem, pois estavam cozinhando. Em outra ocasião, a alemã que estava com os pés doendo perguntou-me sorrindo se eu já havia comido algo diferente de pizza. Reencontrei o americano que tinha passado em Puente de la Reina, ele se surpreendeu e me disse que quando eu o passei na estrada, esperava não mais me encontrar. Falei para ele que tinha ocorrido um problema com minha perna. Em um dos locais voltei a comer o menu do peregrino (novamente foi macarrão o prato principal) por 7 euros. Na 6.a feira 06/04 fui para San Juan de Ortega, um lugar bem frio . No caminho, por querer seguir estritamente as setas, acabei entrando num bosque cheio de vegetação e espinhos. Quando cheguei na margem do rio, achei melhor não atravessar e voltar para a estradinha, pois aquela água fria na perna que ainda não estava 100% poderia ser desastrosa. Quando fui voltar, acabei tropeçando em algum cipó ou tronco e caí com a mão, o pulso e um pouco do braço em cima de espinhos (parecia ser do tipo Coroa de Cristo). Eles entraram na minha carne. Doeu . E não foi só na hora. O incômodo que eles causaram durou por quase uma semana. Por coincidência era sexta-feira santa. Eu que sempre achei que Jesus espiritualmente estava muito acima da violência que sofreu, pude sentir na carne um infinitésimo do que foi aquela violência. No fim da tarde cheguei a San Juan de Ortega e o padre, já um pouco idoso, estava recebendo os peregrinos e fornecia uma pequena sopa simbólica. Um suposto americano me disse que não havia nenhum local para se comprar comida lá, mas acho que ele tinha entendido errado e os locais estavam fechados somente naquele horário. De qualquer modo, com esta informação, como eu não tinha levado comida, comi a sopa do padre com prazer e pensando que seria meu jantar. Depois descobri que havia um restaurante, em que mais tarde fomos jantar. Reencontrei o casal de Múrcia, que riu quando perguntei ao dono do restaurante como era a salada e ele respondeu que era verde. Conversando com o americano, ele disse que era médico, era irlandês mas vivia há muito nos Estados Unidos. Conversamos sobre a busca espiritual e ele parecia estar descobrindo um novo mundo . À noite passei muito frio , pois só havia um cobertor muito fino e lá era frio e úmido. No sábado 07/04 fui para Burgos. Gostei muito de Burgos . Para suas atrações veja https://www.lonelyplanet.com/spain/castilla-y-leon/burgos, https://www.spain.info/pt_BR/que-quieres/ciudades-pueblos/otros-destinos/burgos.html, http://www.aytoburgos.es/turismo-en-burgos e https://www.inspirock.com/spain/burgos-trip-planner. Os pontos de que mais gostei de burgos foram a catedral, as áreas naturais, as construções históricas e religiosas, os monumentos e o rio. Fui recebido no albergue com uma azeitona no palito de cortesia. Programei-me para poder ficar razoável tempo e conhecer a cidade. No domingo 08/04, Páscoa, fiquei visitando Burgos quase o dia inteiro. Pela manhã reencontrei o casal de holandeses e a enfermeira me disse que minha perna parecia bem melhor ao observar meu caminhar, ao que eu respondi dizendo que sim, tinha melhorado muito. No fim da tarde reencontrei a alemã de cerca de 60 anos e ela parecia bem e feliz . Narrou-me que havia assistido bem de perto a celebração de Páscoa e ficado bem próxima ao bispo ou responsável pela celebração. Fiquei feliz. No fim do dia fui para Tardajos, um local bem próximo, pois saí tarde de Burgos. Eu jantei e após admirar o céu, fui dormir. A mesma alemã estava lá e ficamos no mesmo quarto com outros peregrinos. Não a vi mais depois disso. Na 2.a feira 09/04 fui para Castrojeriz. Encontrei à noite no albergue o casal de jovens alemães que havia se formado no primeiro dia da viagem em Roncesvalles, com uma garrafa de vinho. Sentei com eles e perguntaram se não me importava que fumassem (acho que era maconha), ao que respondi que não. Ofereci-lhes parte do jantar e aceitaram e no fim pediram uma parte do chocolate preto que eu tinha. Dei-lhes. Ofereceram-me um pouco de vinho e, para não gerar uma situação embaraçosa e também para experimentar, aceitei um pouquinho. O hospitaleiro zangou-se conosco (ou com eles), disse que não era adequado ficar bebendo e fumando maconha numa peregrinação. Este não era bem o tipo de caminhada que eu desejava, eu não pretendia ser um turista, mas sim um peregrino. Na 3.a feira 10/04 pedi desculpas ao hospitaleiro pelo dia anterior, mas ele disse que o problema não havia sido comigo. Saí com o propósito de andar bastante. Perto da hora do almoço encontrei o casal de alemães da noite anterior e a moça ofereceu-se para pagar algo para eu comer. Mas eu não costumo parar para almoçar durante as caminhadas, então agradeci e delicadamente recusei. Prossegui até Carrion de los Condes. Num pequeno empório da cidade comprei os pães que restavam e depois ouvi os fregueses reclamando que não havia pão. O próprio dono veio comentar comigo para aproveitar bem o pão, pois havia acabado com seu estoque. Pensei até em devolver alguns, mas eram poucas peças grandes e ficou inviável . Lá conheci um alemão (Matiah - não sei se é assim que se escreve) e um francês. Ficamos apenas nós 3 num albergue pequeno, jantamos juntos e compartilhamos parte do jantar . Conversamos sobre o caminho, atualidades europeias e várias outras coisas. O meu sono foi muito bom. Na 4.a feira 11/04 fui até Sahagun. Na 5.a feira 12/04 fui até Mansilla de las Mulas. Numa das paradas fiquei num albergue com alemãs, sendo uma luterana, que não se conformava com as regras que o padre do albergue tinha feito para os hóspedes. O padre irritou-se com ela e se desentenderam durante à noite, mas nada grave. Foi para ele que perguntei sobre o astral das imagens nas igrejas. No dia seguinte reencontrei a alemã parada descansando. Ela me disse que tinha algum problema na perna e tinha que andar devagar. Fiquei comovido pela expressão dela e lhe desejei boa sorte. Na outra parada reencontrei o francês e ele me disse rindo que havia encontrado Matiah perto de 20 h e este ainda iria para uma localidade à frente. Num dos albergues encontrei italianos de Verona, falei-lhes sobre o titulo italiano do início da década de 1980, com Briegel, algo que muito os surpreendeu que eu lembrasse. Numa ocasião conheci sulafricanos, comentei da minha passagem por Johanesburgo e concordaram comigo de que não havia um relacionamento amistoso entre negros e brancos. Quando eu disse que era do Brasil, a mãe deles citou Maradona, que seu filho rapidamente corrigiu. Em outra ocasião, um dos hospitaleiros me ofereceu uma bota , quando falei que minha perna não estava muito boa, mas eu delicadamente recusei. Certa vez, estava cantando e um alemão apareceu, perguntou de onde eu era, falou do Pelé, eu tirei o agasalho e mostrei a camisa do Santos, time do Pelé. Paradas à frente, ele comentou com outra peregrina que enquanto muitos caminhavam reclamando, ele me havia visto cantando . Como eu não seguia exatamente os horários dos europeus, começava mais tarde e parava mais tarde, em alguns albergues hospitaleiros pediram-me para acelerar. Em um deles, um nem me deixou tomar café. Acabei de usar o banheiro e ele me falou para partir . Em Carrion de los Condes as faxineiras municipais encontraram-me tomando café quando chegaram para limpar o albergue . No meio de um trajeto duas peregrinas espanholas pediram para tirar uma foto comigo, que aparentava um peregrino do caminho. Quando o clima esquentou e o sol começou a ficar mais forte, comecei a ficar queimado, principalmente nas orelhas ☀️. Meu protetor solar estava fora de validade e acho que não estava me protegendo adequadamente. Procurei colocar toalhas nos pescoço e nas orelhas e plásticos nos braços e mãos. A questão do pescoço e das orelhas foi resolvida, mas acho que os plásticos fizeram concentrar suor e me geraram alergia . Quando eu entrei numa pequena igreja, muito antiga, em que estava sendo feita limpeza por faxineiras, percebi que elas pararam surpresas com a minha aparência, com tudo aquilo, talvez achando que eu era um peregrino das antigas . Na 6.a feira 13/04 fui até Leon. Levei bastante tempo entre a chegada às bordas de Leon e a chegada ao albergue. Percebi como a cidade era grande, com um ampla zona comercial ou industrial. Fiquei hospedado no albergue das Irmãs Carbajalas. Nem procurei o albergue 24 h, pois imaginei que teria ambiente turístico, com pouco silêncio para dormir. Como cheguei no meio da tarde, saí para conhecer um pouco a cidade. Fiquei bastante tempo comendo, cerca de 1 hora (eu não tinha almoçado), do que uma hospitaleira fez piada . À noite fomos a uma pequena celebração na igreja das irmãs. No sábado 14/04 fui conhecer um pouco mais León. Gostei da cidade . Para as atrações veja http://www.turismoleon.org, http://www.turisleon.com/es e http://www.leon.es. Numa igreja, quando fui entrar numa sala para conhecer, o padre assustado me perguntou aonde eu ia. Quando lhe disse que iria somente ver o que havia, ele me disse que não havia problema e só tinha me chamado porque as pessoas vão entrando e não se sabe para onde vão. À tarde fui para alguma cidade próxima. Acho que era Villadangos del Páramo. No domingo 15/04 aproveitei para andar bastante e fui para El Ganso. Achei este lugar tranquilo e meio afastado, exatamente do tipo de que gosto. No caminho passei por Astorga (http://turismoastorga.es), em que fiquei algum tempo para conhecer as obras arquitetônicas e históricas. Achei-a uma localidade muito bela . Numa ocasião, vi um homem velho parado numa pequena povoação, era a única pessoa visível ali, cumprimentei-o, ele respondeu sério, e continuei. Acabei caindo em pensamentos e perdendo a atenção e iria errar o caminho, quando ouvi gritos ao longe. Era o homem alertando-me para o erro. Voltei um pouco e reencontrei as setas e o caminho correto. Isso foi providencial, pois estava ameaçando chuva e eu não queria correr o mínimo risco de voltar a dor na perna. Fiquei feliz e quando olhei de volta para agradecê-lo, ele havia sumido. Impressionante como ele foi rápido, pois havia uma larga extensão para ele andar até eu não poder mais vê-lo. A aparência frágil dele enganou-me . Em outra situação um hospitaleiro comentou que achava que alguns peregrinos eram bon vivant e aproveitadores e parecia aborrecido com isso, apesar de depois completar que havia alguns pelos quais valia a pena se sacrificar. Na 2.a feira 16/04 fui até Molinaseca. Entre El Ganso e Molinaseca passei por Foncebadón e pela Cruz de Ferro, um ponto bem alto com uma cruz em que os peregrinos deixam pedras das localidades de onde vêm. Achei Foncebadón muito interessante, medieval, com suas antigas construções de pedra. Entrei numa pequena igreja de pedra para conhecê-la. Estava havendo uma missa. Não havia ninguém assistindo. Dois padres estavam rezando, um em latim, que só olhava para baixo, e outro em espanhol, que olhava para a igreja vazia. Eu estava com toalha no pescoço e orelhas e plástico nas mãos. O padre que rezava em espanhol olhou para mim como quem estava vendo um extra-terrestre . Delicadamente eu comecei a admirar a igreja e conhecer suas partes, procurando atrapalhar o mínimo a celebração. Quando eu já ia indo, chegou a hora do Pai Nosso. O primeiro padre começou em latim, o segundo repetiu em espanhol e eu repeti em português. Acho que aí o primeiro padre teve certeza de que havia mais alguém na igreja e passou a esperar um tempo a cada frase para que eu pudesse repeti-la em português. A cara do padre que rezava em espanhol ficou ainda mais espantada . Quando acabou o Pai Nosso eu acenei com a cabeça cumprimentando-o e o agradecendo e me fui. No meio da tarde, após longa subida, cheguei à Cruz de Ferro. Cumprimentei dois peregrinos que lá estavam, sem perceber que um deles chorava, parecendo estar sob emoção profunda. Logo saí para conhecer os arredores para deixá-lo em paz em sua aparente homenagem a alguém. Após algum tempo olhando os arredores, quando ele se afastou um pouco da cruz, voltei para observá-la. Peguei uma pedra de lá que minha prima Bernadeth havia pedido. Depois me arrependi, pois poderia ter pego de muitos outros lugares, e peguei justamente de um local para onde as pessoas levam suas pedras para depositar por suas crenças. No fim do dia cheguei a Molinaseca, onde já na entrada vi uma propaganda da Casa do Elias, que dizia ser o amigo dos peregrinos. Fiquei meio desconfiado com a propaganda, mas fui lá e realmente ele atendeu muito bem . Em seu empório ele tinha muitas coisas, e comprei queijo de ovelha misturado com vaca e mais algumas coisas. À noite no hostel reencontrei Gregorian, que parecia bem e estava viajando com os alemães, um dos quais havia falado de Pelé. Reencontrei as francesas que me haviam oferecido espaguete e me haviam visto com a perna dolorida. Elas ficaram muito contentes, gritaram e me cumprimentaram efusivamente . Acho que pensaram que eu não conseguiria prosseguir na situação em que me viram. Gregorian convidou-me para uma cerveja, mas eu recusei, fui tomar banho e jantar. Como já era tarde, acabei ficando só na sala de jantar. Quando voltaram das cervejas, vários me cumprimentaram em voz alta e os que estavam dormindo pediram silêncio . Na 3.a feira 17/04 fui para VillaFranca del Bierzo. A alergia melhorou, mas ainda incomodava. Minhas mãos e braços ficavam muito inchados, provavelmente pelo calor dos plásticos. Passei por Ponferrada (https://www.ponferrada.org/turismo/en), em que achei o Castelo Templário espetacular . O albergue de VillaFranca era todo estilizado, preocupado com o meio ambiente e sustentabilidade e com inclinação esotérica. Numa das paradas, por um hospitaleiro que anteriormente tinha sido guerrilheiro (acho que do ETA ou alguma organização semelhante), fiquei sabendo que no dia em que eu havia tomado aquela chuva, que me custou aquela enorme dor na perna, um inglês (portanto provavelmente alguém acostumado à neve) havia optado por seguir o Caminho de Napoleão no início do caminho em Saint Jean, só que como lá era muito mais alto, ao invés de chuva ele pegou neve, provavelmente se perdeu, caiu num buraco, acabou tendo hipotermia e, mesmo sendo socorrido após algum tempo, não resistiu e morreu. Por alguns dias de diferença eu escapei desta nevasca . Em outra ocasião, ao ir comprar alimentos, a dona do estabelecimento ofereceu-me gratuitamente uma maça, mas quis pagar por ela, aí a mulher achou muito o que eu dei e colocou mais itens. Na 4.a feira 18/04 fui até Alto do Polo. No início da tarde, na base da subida para o Cebreiro, encontrei o alemão que me falou de Pelé, e ele já tinha parado num albergue e me falou que era melhor subir para o Cebreiro pela manhã, quando se está descansado. Seu amigo explicou-me o significado de herzlich willkommen, como vindo do coração. Logo a seguir, perto de 14 hs encontrei um brasileiro, dono de um albergue, que me falou que a subida até o Cebreiro levaria cerca de 5 ou mais horas, e que eu pegaria os albergues lá em cima lotados chegando tarde. Mas eu decidi ir assim mesmo, só que fui preocupado. Fui tão concentrado, que acabei subindo em 2:45 hs. Mesmo assim ainda parei algumas vezes para desfrutar da paisagem . No caminho encontrei outro peregrino conhecido (acho que era alemão ou do leste europeu) pegando água de uma fonte. Perguntei se era confiável, ele disse que sim, e resolvi experimentar também. Havia um cemitério logo no início daquele povoado de origem celta. Como ainda era cedo, agora sem a pressão do horário, resolvi seguir um pouco mais. A vista lá de cima era espetacular . Fui até Alto de Polo, onde fiquei num albergue que era também bar ou restaurante. Fiquei só. Quando a dona me disse que tratava bem os peregrinos, perguntei-lhe quanto era a contribuição padrão ou sugerida e ela me disse 5 euros. Em frente havia outro hotel ou restaurante, pedi para ver o menu, para ver se achava algo mais barato, mas não achei e resolvi jantar no local em que estava hospedado, até como forma de pagar algo mais a elas. Porém neste hotel em frente reencontrei o francês que havia conhecido junto com Matiah junto com uma amiga. Conversamos até o prato deles chegar e eu voltei para jantar no albergue em que estava. A moça (provavelmente filha da dona) fez o menu do peregrino para mim, incluindo um copo de vinho. Fiquei sozinho no albergue. A noite foi muito boa 👍. Peguei alguns cobertores adicionais de outras camas, pois achei que estava um pouco frio. Na 5.a feira 19/04 fui até Sarria. O albergue em que eu tinha ficado não tinha pães ou similares, que eu pudesse ir comendo enquanto caminhava. Fui ao hotel restaurante em frente e o dono, aparentemente aborrecido, disse-me que eu o havia feito mostrar todo o menu no dia anterior e não tinha comprado nada. Falou-me para ir procurar em outro lugar, como o albergue em que havia ficado. Segui sem tomar café. No caminho eu o vi dirigindo um trator para trabalhar na terra. Seguindo, encontrei uma mulher aparentemente dando pequenos pães, mas quando perguntei disse-me que era 1 euro. Achei-o muito fino para pagar 1 euro. Ela disse que poderia levar de graça, mas agradeci e segui sem levar. Mais à frente uma mulher de aparentemente mais de 60 anos estava no meio do caminho com um carimbo perguntando aos peregrinos se desejavam que colocasse seu selo na credencial. Eu disse rapidamente que não e a reação dela pareceu-me ser de decepção . Talvez ela ficasse feliz em alegrar os peregrinos com seu carimbo. Poderia ter dito não de modo melhor, com um sorriso nos lábios e pondo a mão em seu ombro. Desci, achei um local para comprar o café almoço, mais à frente pedi para sentar numa mesa de uma lanchonete para comer, mas a dona me disse rispidamente que havia muitos locais públicos em que poderia sentar. Então mais à frente achei um e fiz minha refeição. No fim da tarde cheguei a Sarria. Numa determinada ocasião um velho perguntou-me sobre meus pais e quando lhe disse que meu pai havia morrido com 76 anos, disse-me que meu pai havia morrido cedo. Acho que ele tinha mais do que isso. Numa parte do caminho encontrei um francês com quem caminhei algum tempo. Ele falava de como tinha optado pelos ramos do caminho mais rurais, ao invés dos urbanos, e como tinha gostado da chuva que veio em um dos dias. Nesta chuva eu tinha me atrapalhado um pouco, mas nada grave, bem diferente daquelas no início do Caminho. Estava bem mais quente. Depois de algum tempo, falei-lhe que dali para frente continuaria um pouco sozinho, para poder entrar em contato mais profundo com o Caminho. Numa das noites, encontrei uma família de espanhóis num albergue, cujo filho adolescente estava em dúvida sobre que direção profissional tomar. Falei-lhe da minha experiência profissional, mas ele pareceu confuso com minhas explicações. Sua mãe estava na mesa conversando com outras mulheres. Os maridos estavam lavando louça, mas participavam da conversa também. No dia seguinte reencontrei-lhes e lhe desejei boa escolha do caminho a seguir. Eles só iriam até aquela cidade e continuariam a peregrinação em outra ocasião, fato comum entre os espanhóis. Na 6.a feira 20/04 fui até Ligonde. Antes de sair porém, fui procurar pelo local do Estádio de Sarriá, palco da derrota brasileira em 1982. Eu me lembrava que era numa cidade grande, que não era o caso de Sarria, mas estava meio confuso com o nome. Perguntei a um velho, que me disse que era em Barcelona. Aí eu me lembrei que realmente era e tinha sido demolido. No sábado 21/04 fui até Arzúa. Um dia encontrei um espanhol num albergue que ficou indignado pelo fato do albergue ser cobrado (6 euros). Disse que se conseguisse um carro iria pegá-lo para ir para outro que sabia ser gratuito. Em outra ocasião, quando falei para uma responsável por um albergue que a situação econômica do Brasil não estava muito boa, ela sensibilizou-se e disse que poderia retirar meu nome da lista de hóspedes e eu não precisaria pagar nada. Surpreendi-me, não concordei, disse que não havia problemas em pagar e que não seria justo eu não pagar e usufruir das doações sem estar em necessidade. Ela havia perdido a mãe há pouco e parecia num estado muito sensível. No domingo 22/4 cheguei a Monte do Gozo, última parada antes de Compostela. Poderia ir até o albergue de Santiago, mas decidi ficar ali e me hospedar em Compostela na manhã seguinte. O hospitaleiro ofereceu-me grão de bico, que experimentei um pouco , mas preferi deixar para quem não tivesse conseguido comprar comida e comi a minha. Fui dar uma volta nos arredores e vi um monumento aparentemente de peregrinos num gramado próximo. Fui lá apreciá-lo e vi que as estátuas olhavam para algum ponto. Então fiquei na posição delas e focalizei o ponto para que olhavam. Surpresa!!! Era a Catedral de Santiago de Compostela, o ponto final de chegada. Não pude conter uma enxurrada de lágrimas 😭 e me lembrar de tudo o que havia acontecido, desde o pensamento de desistir no início, da morte do inglês, de quase cair na enxurrada, da enorme dor na perna, de novo pensar em desistir, da queda nos espinhos, das queimaduras, da alergia, do frio, de todas as pessoas que havia conhecido, com um pouquinho de suas histórias e de tudo mais. Depois de vivenciar aquele momento, resolvi ir procurar o albergue em que ficaria em Compostela. Andei bastante, mas como era domingo, muito estava fechado. Não encontrei o albergue do Seminário Menor. Mas pude ter uma noção do que era a cidade. Não quis ir até a catedral. Deixei para o dia seguinte. Na 2.a feira 23/04, logo de manhã, hospedei-me no albergue, que permitia que se ficasse até 2 ou 3 noites. Nos outros albergues do Caminho, só se podia ficar uma. A atendente me disse que ainda estavam limpando e não tinham aberto, mas eu poderia deixar minha mochila e voltar depois. Pedi um cobertor a mais, ela foi pegar e disse "Esses brasileiros, sempre com frio!" . Depois fui até a Catedral e após contemplar sua frente um pouco, fui assistir a missa de encerramento da peregrinação. Nela havia um ritual diferente, o Botafumeiro, em que um incensário balançava pelo corredor central espalhando fumaça 👍. Na missa avistei o francês que preferia os caminhos rurais. Terminando a missa fui novamente admirar a frente da catedral e passear um pouco pela cidade para conhecê-la. À tarde voltei para ver o local onde ficam os restos mortais de Tiago, atrás do altar, que muitas pessoas tocam, abraçam e beijam. Gostei de Compostela 👍, mas a achei muito povoada por comércio turístico, bem diferente do clima da peregrinação que eu tinha feito. De qualquer modo, havia também várias atrações vinculadas à religiosidade e à espiritualidade. Para as atrações de Compostela veja https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/santiago-de-compostela e https://www.lonelyplanet.com/spain/cantabria-asturias-and-galicia/santiago-de-compostela Na 3.a feira 24/04 continuei passeando pela cidade, descobri que havia um ônibus para o Porto no meio da tarde e o peguei. Perguntei se era necessário algum procedimento para entrar em Portugal, mas me disseram que não. Antes de partir reencontrei o alemão que havia me explicado sobre herzlich willkommen e Gregorian, que parecia bem. Falei-lhes do Museu do Peregrino, que havia visitado, de que havia gostado e que era gratuito. Eles haviam falado de Finisterre, o fim da terra, que é uma continuação tradicional do Caminho, para deixar tudo que usou na peregrinação, e pretendiam ir até lá. Eu não fui com eles, pois se fosse não teria tempo de ir até Portugal. Passei também no local que dava certificado aos peregrinos, para registrar meu nome, mas não quis o certificado. Enquanto caminhava, parei numa casa para perguntar para uma velhinha onde era o Seminário Menor e ela voltou com um punhado de moedas e me deu. Devolvi e lhe disse que estava pedindo informações e não dinheiro. Cheguei ao Porto no fim da tarde (havia uma hora de fuso). Fiquei no albergue da juventude. Já na chegada percebi que a língua não era tão igual assim e os portugueses procuravam prestar muita atenção para entender o que eu falava e vice-versa. Fiquei lá até 6.a feira 27/4. Gostei muito do Porto . Para suas atrações veja http://www.visitporto.travel/Visitar/Paginas/default.aspx, https://www.tudosobreporto.com, https://www.feriasemportugal.com/porto e http://portoportugalguide.com/porto-portugal-pt.html. Os pontos de que mais gostei foram as pontes, o rio, o mar, as construções históricas, as igrejas, os equipamentos culturais, os parques, a arquitetura dos estádios e a visita com degustação de vinhos gratuita (naquela época) no alojamento Graham. Na 4.a feira 25/04, feriado nacional da Revolução dos Cravos, fui conhecer a parte central e histórica. A cidade estava bem deserta, cheguei até a ficar com um pouco de receio, mas conforme a hora foi avançando, as ruas foram ficando mais povoadas. Não tive problemas de segurança. Num beco as pessoas pareciam tensas quando me viram observando as construções. Quando me dirigi a elas falando que o pneu de um carro lá estacionado estava furado, um homem sorriu e seu semblante ficou mais leve. Quando estava conhecendo a parte histórica, inadvertidamente fiquei em cima da linha férrea olhando o mapa. Repentinamente ouvi um barulho de buzina. Olhei para a frente e vi o bonde lentamente vindo em minha direção. O condutor, de cerca de 60 anos buzinava nervoso, enquanto sua assistente bem jovem, ria . Saí imediatamente da frente e o bonde passou. No fim do dia comprei uma garrafa de vinho do Porto. Foi uma marca barata, mas me arrependi e deveria ter seguido a sugestão de uma portuguesa no supermercado e comprado uma marca tradicional. À noite encontrei alguns brasileiros que haviam chegado ao albergue, um deles morava em Lisboa e falou sobre a cidade, com sugestões de hospedagens e locais. Outro era ligado a Cinema e viajava pela Europa. Havia também um americano que viajava pela Europa e gostava muito de conversar. Num dos dias fui à praia e pedi para deixar minhas roupas sob a guarda de um bar lanchonete. Havia placas dizendo para se tomar cuidado com o choque térmico devido à diferença de temperatura entre a água do mar e o corpo. Quando entrei até a canela senti a água muito fria . Acabei desistindo de mergulhar. Não pude entrar em nenhum dos estádios, o Dragão estava fechado e o do Boa Vista estava tendo um treinamento que não se podia assistir. Tive dificuldade em achar banheiros públicos, assim como em Lisboa. Acabei usando o de igrejas, empresas de ônibus e até o rio e áreas verdes na sua margem. Na tarde do último dia, meu último programa foi ir a uma visita com degustação de vinhos no alojamento Graham, de que muito gostei. Quando cheguei, havia um casal de americanos ou ingleses na frente, então as explicações foram em inglês, devido à maioria. Chegaram duas portuguesas, mas aí já era tarde para mudar a língua. Depois de toda a visita e explicações, foi oferecida degustação de diversos tipos de vinho, incluindo um vintage, que achei maravilhoso . Saímos de lá um pouco trôpegos, pois eu (e acho que elas também) não estou acostumado a beber álcool. Mesmo assim fui a pé até o ponto de saída do ônibus para Fátima. Peguei o ônibus no fim da tarde e cheguei em Fátima no início da noite. Fui até o centro de peregrinos Pão da Vida. Havia um peregrino na minha frente que tinha subido a serra a pé (se bem me lembro estava descalço) e falava de dores nos pés. O responsável perguntou-me se eu tinha vindo a pé. Disse-lhe que não, porém que havia feito o Caminho de Santiago. Então ele me aceitou como hóspede. O albergue era gratuito, entretanto aceitava doações. Fiquei em Fátima até domingo 29/04. Gostei muito . Para as atrações de Fátima veja https://pt.wikipedia.org/wiki/Fátima, https://www.dicasdelisboa.com.br/2016/03/santuario-de-fatima-em-portugal.html# e https://www.feriasemportugal.com/fatima. Os pontos de que mais gostei foram o Santuário e a rota de peregrinação para conhecer a vida dos pastorinhos e as aparições. Nos diversos dias fui até o Santuário, que tinha uma cerimônia de velas à noite, que achei bastante interessante 👍. Havia bastante gente, principalmente nas celebrações. Achei o clima bastante inspirador para espiritualidade e autoconhecimento. No início da tarde do domingo peguei um ônibus para Lisboa. O motorista, que acho que não conhecia bem Lisboa, não soube me indicar onde era o Parque das Nações, onde eu tinha informação de que era o albergue da juventude. Assim sendo, acabei ficando no ponto final, que depois descobri ser bem longe de lá. Voltei tudo andando a pé, mas não havia vagas. Fui então ao albergue que o brasileiro que tinha conhecido no Porto e morava em Lisboa tinha indicado, que era em Almada. Fui muito bem tratado e consegui vaga sem problemas. Achei espetacular a vista de Lisboa a partir dele , tanto diurna como noturna. Reencontrei o brasileiro ligado a Cinema que havia conhecido no Porto. Fiquei em Lisboa até 5.a feira 03/05. Gostei de Lisboa 👍. Para as atrações veja https://pt.wikipedia.org/wiki/Lisboa, https://www.visitlisboa.com/pt-pt, https://www.dicasdelisboa.com.br/# e https://guia.melhoresdestinos.com.br/lisboa-157-c.html. Os pontos de que mais gostei foram a vistas do rio, as construções e monumentos históricos, especialmente o Padrão dos Descobrimentos e o mapa no chão com os locais até onde os portugueses foram, os bairros típicos locais, a arquitetura dos estádios de futebol, as áreas verdes, a ponte e a vista a partir de Almada. Na 3.a feira 01/05 tive dificuldade em conseguir ônibus para voltar, pois no feriado a quantidade e frequência dos ônibus era menor. Como começou a chover fraco, esfriou e a situação ficou ainda mais inóspita . Quando fui visitar a Praça do Comércio, veio um rapaz me perguntar se eu desejava haxixe . O brasileiro que morava em Lisboa havia previsto que isto iria acontecer quando nos encontramos no Porto anteriormente. Em certa ocasião cruzei com um carro de polícia, que estranhou o fato de eu estar indo em direção a um campo de futebol, que eu não sabia estar abandonado. Quando voltei do campo, o carro novamente cruzou comigo, pediu para que eu parasse e pediu meus documentos. Depois de verificar tudo e ver que estava regular, perguntou o que eu tinha ido fazer naquele campo. Talvez fosse local de consumo de drogas. Eu expliquei que gostava de futebol e não sabia que estava abandonado. Falei que pretendia ir conhecer a Faculdade de Arquitetura e me sugeriram almoçar lá. Num dos dias, chegou um português (aparentemente um filólogo) à noite no quarto do albergue em que eu estava e começou a querer conversar sobre filosofia, após eu lhe responder que tinha ido fazer o Caminho de Santiago. Mas como eu já estava dormindo, acabei não me envolvendo muito na conversa. Aí chegou o brasileiro ligado a Cinema, espantou-se em me ver acordado ainda, posto que sempre que chegava eu já estava dormindo, e conversou com ele por algum tempo, até a madrugada. Vi muitos motociclistas brasileiros (provavelmente que exerciam a profissão em São Paulo) trabalhando em Lisboa. Na 5.a feira 03/05 peguei um ônibus da ALSA (https://www.alsa.es) de manhã para Madrid e cheguei no fim da tarde. Durante o trajeto conheci um viajante do leste europeu, que falava fluentemente Português e comentou sobre as riquezas da Rússia. Em Madrid fiquei no albergue Los Amigos (Sol ou Ópera, não me lembro) na região central. Como era um dia só achei mais prático, posto que o preço não era tão maior do que a Pousada Sudamericana. No dia seguinte, 6.a feira 04/05, tive uma ligeira indisposição estomacal e deitei no chão da área de entrada do banheiro por um instante. Nisso entrou uma japonesa que levou um susto . Reencontrei no café da manhã novamente o brasileiro ligado a Cinema, que me disse sorrindo que eu o estava seguindo. Como ele só tinha um dia, sugeri-lhe os Paseo de Recoletos e Paseo del Prado. Ainda dei um passeio por Madrid e fui conhecer o Estádio Santiago Bernabéu por fora, que eu não tinha tido tempo. Interessante como sua localização era central. Perguntei numa empresa de recrutamento qual era o salário anual de um desenvolvedor ou engenheiro de software sênior, que era minha profissão, só por curiosidade, pois não pretendia me mudar. Achei que seria um pouco melhor. Descobri que poderia ser inferior ao do Brasil e confirmei que é muito inferior ao dos EUA. Passeei ainda por outras áreas de que havia gostado e algumas que não tinha podido conhecer. No fim do dia peguei o metrô para o aeroporto. No voo conheci um brasileiro de Goiás que trabalhava em obras gerais na Espanha como ilegal também e estava voltando ao Brasil para visitar a família. Passei novamente por Buenos Aires e cheguei em São Paulo no sábado 05/05 de manhã, após belo sobrevoo pelo litoral brasileiro , sendo que consegui reconhecer o fim do litoral paranaense e todo o trecho do litoral paulista.
  4. E aeeee galera mochileira! Saudades de escrever um relato! Essa foi uma viagem muito planejada e muito esperada, afinal seria minha primeira viagem à Europa. Era pra ter ocorrido em maio de 2020, o que não ocorreu por motivos óbvios. Enfim, novamente planejada pra setembro de 2022. E setembro foi uma ótima escolha, fim de verão, início de outono, peguei clima favorável em 19 dos 20 dias da minha viagem, com exceção do segundo dia de viagem com chuva fina e muito nevoeiro em Sintra. No mais, sol e temperatura agradável, máximas em torno de 25 graus nos meus dias de Portugal, 28° a 30° nos dias de Madrid, de 22° a 25° em Barcelona e 29° em Sevilha. Esse é meu estilo de viagem, ando muito, faço muitas coisas no mesmo dia e meu ritmo é um pouco acelerado pois sou um viajante solitário que anda muito rápido e às vezes nem eu mesmo dou conta de me acompanhar Meus relatos sempre são nesse estilo diário de bordo pois acho que facilita a noção de espaço, tempo e deslocamento pra quem lê e pra mim mesmo como forma de recordar minha viagem no futuro. Comentários e sugestões são sempre bem-vindos! Os preços relatados são só pra vocês terem uma base, já que se lerem daqui a 10 anos tudo já vai ser diferente. E um adendo, talvez meu maior equívoco nessa viagem fosse pensar que o custo das coisas era equivalente ao Brasil. Exemplo: eu achava que, se aqui um café com leite é 3 reais e o Euro tá 5 reais, então encontraria lá café com leite de padaria por €0,60…Que tonteria!! NADA É MENOS DE 1 EURO. NÃO SE COMPRA NADA POR MENOS DE 1 EURO! O café com leite era em torno de €1,30, o dobro do que eu esperava encontrar. Daí já supõem que eu tive que apelar muito mais pro cartão do que esperava. Eu levei 1000 euros pois eu já os tinha desde 2019 (afinal essa viagem era pra sair em 2020) então levei a maior parte do que eu ia gastar em espécie. Mas tenho um cartão internacional da Nomad, desses que a conta é em dólar e você só paga o IOF de 0,38% quando deposita seus reais na conta investimento, depois passa seu dinheiro pra conta corrente e lá quando você paga no débito ele faz a conversão do euro pro dólar na cotação do dia sem nenhuma taxa extra, então é ótimo. Mesmo esquema do Wise e outros por aí. Ao menos pra economizar, a água da torneira é potável👍 então pelo menos com água não precisei gastar 1 centavo. Vamos ao relato!!! Dia 11, domingo – Lisboa Meu voo chegou em Lisboa às 8 da manhã. Imigração rápida, uns 15 minutos de fila, o cara só me perguntou o motivo da viagem, se eu conhecia alguém lá, se eu tinha as reservas das hospedagens, se eu tinha passagem de volta… só perguntou, não pediu pra ver nada! A primeira coisa que eu fiz foi comprar o LisboaCard de 72 horas que custa €44 e comprei no balcão de turismo do aeroporto, bem visível quando você sai no desembarque. Com o LisboaCard você tem acesso liberado a TODOS os transportes (metrô, ônibus, elétricos, trem de Sintra, aqueles elevadores que turistas adoram… tudo!) e libera entrada também na Torre de Belém, Mosteiro dos Jerônimos, Arco da Rua Augusta e desconto em outros lugares. Ou seja, se você fosse pagar tudo isso em 3 dias de Lisboa, ia gastar bem mais que 44 euros, logo, sim! Lisboa Card compensa muito! Já estreei meu Lisboa Card (e consequentemente comecei a contagem das 72h nele) pegando o metrô até a estação Restauradores que fica colada na estação do Rossio onde está o hostel que me hospedei, o Lisbon Destination, que fica dentro mesmo da estação do Rossio. Achei uma localização fantástica pra explorar a cidade. Ainda nem eram 11 da manhã e eu já comecei a bater perna. Saí do hostel, atravessei a Praça do Rossio onde tem a estátua de Dom Pedro IV que aqui é conhecido como Dom Pedro I e cheguei na Praça da Figueira de onde sai o elétrico 15 e mesmo do ponto inicial já sai muito cheio. Desci na parada do Largo da Princesa que é a mais próxima da Torre de Belém, datada de 1515. A bilheteria é bem antes da torre, numa beirada da praça e a fila pra validar o LisboaCard só tinha 4 pessoas. Quem não tem LisboaCard tem que pagar €8 e ainda enfrentar uma fila enorme pra comprar. Ponto pro LisboaCard! Depois de subir na Torre, fui andando pelo calçadão à beira do Tejo até o Padrão dos Descobrimentos, um monumento de 50m de altura construído em formato de caravela. O LisboaCard não dá acesso livre a ele mas dá um desconto. O preço da entrada é de 6 euros mas com o LisboaCard fica em 4,80. Mas eu não paguei!😁 Tinha uma fila bem grande, fiquei mais de meia hora na fila. Na hora que cheguei na bilheteria, o cara me agradeceu por ter esperado e me deu uma entrada de criança! Grátis!❤️Achei muito legal essa empatia dele pela minha espera, nem sei se ele tava liberando a entrada pra geral ou se era porque viu que eu tava sozinho ou falava português, enfim...entrei na faixa! E gostei demais da vista lá de cima, acho que a mais linda de Lisboa, você vê a Rosa dos Ventos lindona lá embaixo, mesmo que você tiver que pagar a entrada eu acho que vale demais, vista muito melhor que a da Torre de Belém. Depois que desci ainda passei pela rosa dos ventos no centro da praça mas nem parei muito por causa da horda de turistas ocupando o espaço. Segui caminho atravessando a avenida por uma passagem subterrânea até o outro lado onde está o Mosteiro dos Jerônimos que é grátis com LisboaCard ou paga €10. É uma construção muito bonita, com seus arcos, o jardim interno e obras de arte. Ao lado do mosteiro tem a catedral que tem entrada livre com um órgão muito bonito, belos vitrais e onde está o túmulo de Vasco da Gama. Fechando o roteiro, ali pertinho tem a famosa loja dos Pastéis de Belém. Tem uma porta só para quem quiser comprar pra levar e outra pra quem quiser entrar pra comer. Eu resolvi que queria entrar pra comer e aí tem uma fila pra esperar liberar uma mesa. Não demorou muito, mas eu me senti incomodado por ocupar sozinho uma mesa de 4 lugares. Acho que falta ali um espaço com mesas para menos pessoas ou mesmo um balcão onde alguém sozinho possa se sentar sem ocupar tanto espaço. Cada pastel custa €1,20. Eu comi 4. Apesar de não ser fã de doces, eu gostei da casquinha crocante e o recheio quente e cremoso. Uma delícia Ainda era cedo, umas 16h, e já tinha visitado o que queria ali e peguei de novo o elétrico 15, dessa vez mais vazio e desci no Mercado da Ribeira, que achei um mercado comum de cidade grande, mas era domingo a tarde então a galera tava toda na área de alimentação, as bancas de peixe e etc. já tinham fechado. Depois fui pra Praça do Comércio, onde fiquei um tempo curtindo o momento. Eu ainda estava em êxtase, ainda processando a ideia que enfim eu estava pisando pela primeira vez em terras europeias! Aproveitei o acesso do LisboaCard e subi o Arco da Rua Augusta, que custa €3 pra quem não tem LisboaCard. A vista ali é bacana demais, o formigueiro das pessoas na Praça do Comércio e na Rua Augusta e uma visão do casario da Alfama. Segui depois pela rua Augusta, super movimentada no fim da tarde de domingo. E ouvia todas as línguas do mundo! Percebi que o mundo está em Lisboa! Sei que a Europa é um ovo mas desde a Plaza de Armas de Cusco não sentia a vibe de um lugar onde o mundo parecia estar reunido como senti ali em Lisboa. Uma energia muito boa! Já era hora de comer e parei no Buffet do Leão, que fica perto do hostel, e que tem self service livre por €9,90 e um dos poucos lugares onde se pode comer feijão. Ali já percebi que além do mundo estar em Lisboa, quem te atende nos restaurantes é brasileiro ou angolano… Enfim fui fazer check-in no hostel, tomar um banho e apesar de ter virado a noite acordado no voo, não estava cansado e ainda fui subir ao Bairro Alto, o point da noite lisboeta. Parei num bar e pedi um gim de €5. Ao menos era uma taça bem grande. Precisava celebrar meu primeiro dia de mochilão. Dia 12, segunda – Sintra Peguei o trem 08:40 para Sintra. O trem está incluído no LisboaCard. O tempo virou, o dia estava nublado e ameaçando chuva. Mas mesmo assim Sintra é muito fotogênica e cinematográfica. Com uma bruma envolvente se acercando então, fica ainda mais mística. Cheguei em Sintra e fui tomar café. Passei de fora da famosa Piriquita e não estava muito cheia, pedi um café com leite €1,60, um pastel de bacalhau €1,30, outro de nata €1,30 e o famoso Travesseiro de Sintra €1,60, que é recheado de doce de leite. Tudo deu €5,80. Pela fama do lugar eu até achei o preço razoável e o atendimento muito bom. Depois fui andando até a Quinta da Regaleira que custa €8 com o desconto do LisboaCard. O tempo deu uma piorada, vez ou outra vinha uma chuva mas eu tava de boa com guarda-chuva e a chuva não atrapalha muito a visita na Regaleira. O primeiro lugar que eu fui foi no Poço Iniciático, o ponto mais emblemático de lá. Desci a torre em espiral e lá embaixo tem um túnel pra saída que leva até a parte de trás de uma cascata maravilhosa. Depois fiquei andando pelo imenso jardim, entrei no Palácio da Regaleira mas o top mesmo é o espaço aberto onde tem muita coisa bonita pra ver e mesmo com tempo nublado ou chuva fraca, não atrapalha. Depois da visita na Regaleira, voltei pro centro também a pé e aí cometi o maior erro de toda viagem O tempo estava bem fechado, com muito nevoeiro lá pra cima, mesmo assim arrisquei pegar a linha 434 faz a rota Castelo dos Mouros e Palácio da Pena. Paga o motorista €7 e vale pro dia todo. O jeito é ir de ônibus mesmo, é um pouco longe e só subida, acho que não rola ir andando. Essa foi a maior burrada que eu fiz na viagem. Você iria ao alto do Cristo Redentor num dia nublado, com nevoeiro lá em cima tapando tudo? Você sabe que chegando lá não vai ver nada né...Chegando lá em cima, o tonto aqui viu que tava uma baita cerração, não dava pra ver quase nada, mesmo assim ainda paguei €7,50 da entrada aos jardins do Palácio da Pena. Se quiser entrar dentro do palácio aí a entrada sobe pra €14 mas eu tinha lido alguns relatos que diziam não ser assim tão surpreendente lá dentro. Mas devido às péssimas condições climáticas talvez tivesse sido mais inteligente e aproveitável de minha parte fazer a visita interna, já que lá dentro não ia ter nevoeiro... Resultado, fiz umas caminhadas no meio da bruma envolvente, tirei umas fotos borradas, escondi da chuva que começou do nada e ainda veio um vendaval repentino destruindo o guarda-chuva de todo mundo...Maior rolê errado!😝 Castelo dos Mouros nem perdi meu tempo de ir por causa do tempo péssimo. Peguei o próximo ônibus e desci. Perdi tempo e dinheiro! Não sejam idiotas como eu! Castelo dos Mouros e Palácio da Pena, só se o tempo estiver bom, senão nem arrisque! No meio da bruma envolvente... Voltei pro centrinho de Sintra, só nublado, sem nevoeiro, almocei num buffet livre com bebida por 12 euros. Andei um pouco olhando a cidade, vi uma loja do Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa, que também tem em Lisboa e que nem dá pra descrever, quem já viu sabe como é engraçada e bonita, colorida e clássica, arrumadinha e atraente e vale muito entrar numa quando você se deparar com elas por lá. Depois fui ao Palácio Nacional de Sintra que com desconto do LisboaCard custa €9. Gostei da visita principalmente quando cheguei na cozinha e descobri que o que eu pensava que eram as torres do palácio, na verdade são as chaminés da cozinha! Já passava um pouco das 18h, o sol até ameaçou aparecer e a cerração deixou ao menos por uns minutos eu ver as muralhas do Castelo dos Mouros lá em cima, mas logo tudo ficou tapado de novo. Por volta de 19h resolvi encerrar meu rolê por Sintra, que foi bom pela Quinta da Regaleira mas no geral foi zuado pelo péssimo tempo num lugar que era muito esperado por mim pelas vistas bonitas que esperava encontrar no alto do Castelo dos Mouros e do Palácio da Pena. Cheguei no hostel por volta de 20h e mais tarde subi de novo ao Bairro Alto, o movimento tava até grande pra uma noite de segunda-feira nos bares. Parei num Irish Pub pra tomar umas Guinness e depois numa baladinha ao lado que tava bombando no reggaeton. Repito, noite de segunda-feira...Eu amei a noite do Bairro Alto Dia 13, terça – Lisboa O dia era pra conhecer e andar a esmo por Lisboa. Comecei indo ao Parque Eduardo VII. Era só 2 estações do metrô de onde eu estava mas fui de metrô aproveitando o LisboaCard. Subi até a parte mais alta do parque e depois fui descendo pelo parque que estava cheio de barraquinhas armadas pra uma feira de livros. Segui pela Avenida da Liberdade, cheia de árvores e lojas de marcas famosas, com uma cara mais “europeia” assim digamos. E logo estava de volta na Praça dos Restauradores. Peguei o Ascensor da Glória já que tava incluso no LisboaCard e subi naquele troço que todo turista adora em direção ao Bairro Alto. Fui descendo a pé e passei pela Praça de Camões e depois pra esquerda em direção ao Chiado, passando pela estátua de Fernando Pessoa de fora do Café A Brasileira Seguindo a rua Garrett, entrei na Livraria Bertrand só pra ver e depois no Armazéns do Chiado que é uma construção histórica por fora e um shopping por dentro. Dali peguei a Rua Nova do Almada, passei de fora do Museu do Dinheiro que é grátis mas só abre de quarta a domingo e logo já estava de novo na Praça do Comércio. Como já tinha aproveitado a praça um bom tempo no domingo, só passei reto e segui andando até a Casa dos Bicos que é a Fundação José Saramago na Rua dos Bacalhoeiros e é uma construção cheia de detalhes pontiagudos. Ela tem uma parte gratuita onde dá pra ver escavações do período romano. Depois fui até a igreja onde nasceu Santo Antônio, que tem um museu do santo ao lado e atrás dela a Catedral da Sé de Lisboa. Essa foto é muito clássica! Em frente a Sé, peguei o eléctrico 28 na hora que passou um mais vazio. Eles vem quase que um atrás do outro, tipo a cada 2 ou 3 minutos e como são pequenos e mega turísticos, estão sempre cheios. Estão incluídos no LisboaCard, só validar o cartão e pronto. Subi todo o bairro da Alfama e desci no Largo da Graça de onde fui a pé pro Miradouro da Senhora do Monte, o mirante mais alto da cidade. Tava uma ventania absurda mas a vista era super legal. Tinham várias pessoas lá, mas me parece que não é um ponto muito frequentado pelos turistas em geral. Voltando passei pelo Largo da Graça, um bar chamado Desgraça e depois na igreja de São Vicente de Fora. Entrei na igreja e ao lado tem um museu mas que não está incluído no LisboaCard, então não entrei. Ao lado da igreja de São Vicente de Fora, atravessando um arco, cheguei no Campo de Santa Clara, e como era terça tava tendo a Feira da Ladra, mas achei bem fraquinha, não eram muitas barracas e as coisas não eram muito atrativas Depois de atravessar a feira, pra baixo na praça, está o Panteão Nacional (incluso no Lisboa Card ou 4 euros se for pagar). É um prédio bonito, sua finalidade é homenagear portugueses ilustres, tem uma parte onde estão os túmulos do jogador Eusébio, Amália Rodrigues e outros portugueses importantes além de túmulos fictícios de outras personalidades como Vasco da Gama, que está enterrado lá na igreja ao lado do Mosteiro dos Jerônimos. O mais legal é o terraço que tem uma vista muito bonita e vale a pena. Uma boa pernada e fui até de fora do Castelo de São Jorge mas eu não estava com intenção de entrar. Ele não está incluso no LisboaCard e não me animei a pagar 10 euros pra vê-lo por dentro. Gosto mais de vistas panorâmicas e achei que ali não teria nada muito animador, e teria oportunidade de ver outros castelos pela frente. Só dei uma olhada no movimento das pessoas pra entrar e desci pro Miradouro das Portas do Sol, que tem uma vista muito bacana dos telhados das casas portuguesas da Alfama. Pouquinho mais pra frente tem o Miradouro de Santa Luzia mas não é tão legal quanto o anterior. Descendo a pé, cheguei de volta na Sé de Lisboa, que é grátis pra entrar na parte da igreja, a bilheteria que tem ali na entrada é só se você quiser subir na torre. Mais uma parada pra fotos com os clássicos bondinhos e depois fui comprar quinquilharias nas lojinhas do centro. Tal minha surpresa ao ver que toda loja que eu entrava os funcionários tinham cara de indianos. Quando enfim resolvi comprar, perguntei pro vendedor de onde ele era e ele disse ser de Bangladesh. Parece que todos os imigrantes de lá vieram pra Lisboa trabalhar nas lojinhas de lembrancinhas. Juntando isso aos brasileiros e angolanos nos bares e restaurantes e turistas falando tudo que é língua pelas ruas, acaba que português de Portugal é o que menos se escuta em Lisboa Já quase fim de tarde, barriga nas costas, passei de novo no Buffet do Leão pra fazer jus aos meus quase 10 euros e comer tudo que aguentava e mais um pouco Depois andei ali por perto, fui até a praça de Martim Moniz que tem uns chafarizes bonitos e passei no hostel pra deixar umas coisas e subi pro Bairro Alto à procura de um por do sol mas o tempo tava meio nublado. Parei num quiosque do Largo do Carmo pra provar uma Sagres. A Super Bock já tinha provado. São as 2 cervejas mais populares de Portugal mas a mais consumida é a Super Bock. Eu também elegi a Super Bock como a melhor. Depois passei pela lateral do Convento do Carmo e peguei o Elevador de Santa Justa pra descer. Pra subir a fila sempre era grande mas pra descer era de boa...estranho...E só peguei o elevador porque ele tá no LisboaCard senão nunca que eu ia pagar 5 euros pra descer nem 20 segundos num elevador turístico Mais tarde, mais uma volta pra curtir a noite e me despedir do Bairro Alto Ah como eu amei aquele lugar! Dia 14, quarta – Fátima Já com saudades e um gostinho de quero mais, me despedia de Lisboa. O bom é que como a maioria dos voos do Brasil pra Europa são pra Lisboa é fácil numa viagem futura pra outro país europeu comprar uma passagem com stopover e curtir mais uns dias de Lisboa! Pode ser pela impressão de primeira vista/começo de viagem e aquele encantamento todo, mas Lisboa me conquistou. Eu curti demais a cidade, senti uma vibração e energia muito boa. Lisboa tá bombando! Fiz checkout, juntei minhas tralhas, meu LisboaCard já estava quase vencendo as 72h, mas ainda em tempo suficiente de pegar o metrô. Desci na estação Jardim Botânico que é integrada com a Rodoviária de Lisboa (Terminal 7 Rios) e fui ao guichê da Rede Expressos comprar a próxima saída pra Fátima que era às 09:15 e paguei 13 euros. Se comprar bem antecipado no site consegue até por 5 euros mas como tem vários horários e eu não queria esse compromisso amarrado, preferi comprar na hora na rodoviária. Com 1h30 de viagem cheguei na rodoviária de Fátima e fui deixar minha mochila grande no bagageiro que custa €2,50. Vc paga no mesmo guichê da Rede Expressos onde já aproveitei e comprei a passagem pro Porto às 18h por €18. Sem o peso do mochilão, fui andar em Fátima, que é bem pequena e a rodoviária bem pertinho da praça da igreja. Assisti a missa das 12:30, visitei as igrejas, a antiga que é menor e a nova que fica no lado oposto da praça e é enorme. Depois andei nas ruas comerciais que ficam ao lado do Santuário e onde estão as lojinhas de lembrancinhas religiosas que muito lembram o que vemos em Aparecida (SP). Almocei um bacalhau a Brás por 8 euros e já eram 16h. Não tinha mais nada pra fazer lá. Fátima é muito pequena e tem bem menos atrações se compararmos com Aparecida que nós brasileiros estamos acostumados. Tem um trenzinho turístico que leva o povo pela cidade e vai até a vila onde nasceram os pastorinhos, mas preferi não ir. Fiquei ali naquela esplanada enorme olhando o movimento, achei interessante os vários grupos de turistas estrangeiros, grupos de franceses, ingleses, japoneses, coisa que em Aparecida não vemos. E no mais eu queria mesmo era agradecer o momento. Desde pequeno frequento Aparecida todos os anos, já fui em Guadalupe no México e Fátima não poderia ficar de fora, ainda mais que é caminho do Porto. 17:30 fui pra rodoviária, peguei minha mochila e embarquei pro Porto onde cheguei às 20h no Terminal Campo 24 de Agosto e fui a pé mesmo, uns 10 ou 15 minutos até o Porto Spot Hostel, onde ia ficar.
  5. Pessoal, estou com uma dúvida para meu roteiro em Portugal. >Irei em Ago/23. >Ficarei 4 noites em Lisboa e 4 noites em Porto. >Vou viajar com minha filha de 1 ano e minha mãe e sogras. Estou achando que ficará meio corrido. dia 1 - Voo RJ/Lisboa - Conhecer Centro Lisboa (Se possível, incluir Castelo de São Jorge). dia 2 - Dia livre em Lisboa: Belém pela manha (08 as 10h), oceanário (10 as 13hs), Castelo de São Jorge (16h as 20hs)(caso já tenha visitado, passar a tarde em Cascais). dia 3 - Sintra (Castelo dos Mouros, Quinta da Regaleira, Parque e Palácio Nacional da Pena). Ida a Azenhas do Mar, parada no Miradouro e Jantar em rest. frente ao mar. dia 4 - Bate e Volta: Fátima (1h30) (manha toda e almoço), mosteiro da Batalha (14h as 17hs), Nazaré (Farol - por do sol em AGO/SET~20hs) e Óbidos (Jantar)(retorno: 01h). dia 5 - Ida a Porto, passando por Tomar (1h30): Convento de Cristo e Castelo de Tomar pela Manha, e almoço, ida a Lousã (01h): Talasnau e Castelo de Arouce pela tarde, e chegada em Porto (2hs) a noite. dia 6 - Dia livre em Porto. Conhecer as principais atrações centro e ir a tarde a Gaia Jantar a beira rio. dia 7 - Bate e Volta: Santiago de Compostela/Espanha (2h30). dia 8 - Opção1 - Bate e Volta: Aveiro (01h). Opção2 - Vale D'ouro (Vinículas) ou Opção 3 - Braga/Guimarães. dia 9 - Retorno ao RJ. Faltou algo imperdível? Alguma sugestão/ajustes? Obrigado.
  6. Olá, pessoal! Faz um tempinho que não deixo um relato por aki, mas gostaria de mais uma vez colaborar com vcs, desta vez falando sobre a minha primeira eurotrip!!! Isso aí, finalmente consegui conhecer a tão sonhada Europa e posso dizer que foi incrível demais!!! Quem já acompanhou alguns relatos meus por aki sabe que amo viajar mas sempre de forma super, mega, ultra econômica...rsrs... e desta vez não foi diferente Comecei a planejar minha viagem quase 1 ano antes e posso dizer sem sombra de dúvida que foi a melhor coisa que fiz na vida, pois viajar para o velho continente é caro, ao menos para nós pobres viajantes que não podemos estar sempre por lá, ainda mais com essa disparada do euro, né gente?! Eu escolhi muitas cidades e países para um tempo não muito longo, foram 28 dias, mas como eu disse anteriormente a gente tem que pensar que não é sempre que se vai a Europa...rsrs... sei que tem muita gente que adora criticar quem coloca várias cidades de uma vez em um roteiro, mas posso dizer que apesar de ser realmente cansativo eu não me arrependo de nada e digo, se vc acha que dá, se vc como eu não pode estar sempre viajando pra longe assim, vá... ouça seu coração, seu instinto e apenas vá! Daí tem aquela frase mas a Europa vai continuar lá, pra isso tudo assim? pq eu não tenho grana pra juntar o tempo todo né...rsrs...enfim, sem mais delongas vamos ao roteiro que ficou assim: Viajei no dia 30 de Maio e comprei minhas passagens 10 meses antes, exagero né? Que nada, sou dessas...rsrs! Paguei o valor de R$1.984,00 pela Tap com ida e volta por Salvador, apesar de morar no Rio, por lá saia mais barato e como eu tinha alguns pontos pela multiplus não gastei com valor da passagem interna Rio x Salvador. Então meu vôo foi Salvador x Paris x Salvador e o retorno foi no dia 27 de Junho! Também fiz um seguro viagem pela Allianz (30 dias) por R$245,34, pois consegui um desconto de 40% com um código do Melhores Destinos. Eu estava bem nervosa, pois sempre existe aquele frio na barriga devido a imigração, no caso seria por Lisboa, eu escolhi a Tap justamente por ter conexão la e como não falo inglês, somente o basicão...rsrs... achei melhor chegar por lá, mas foi bem tranquilo, muito mesmo! Eu viajei com mais 4 amigas que conheci aqui pelo mochileiros, eu coloquei aqui que iria viajar e gostaria de cia...então foi bem legal viajar com as meninas. Cheguei por lisboa com uma delas e o cara da imigração não perguntou nada, mas nada mesmo! Levamos uma pastinha com tudo caso ele pedisse e ele apenas pediu o passaporte e nos disse "podem entrar" eu nem acreditei...rsrs! Estava na Zoropa!!! Sobre os euros, bom eu coloquei uma média de 23€ para gastos com alimentação e lembrancinhas. Sei que muita gente vai falar, impossível, como assim só isso? Mas deu e até sobrou, acreditem! Claro que eu levei separado os valores para os transportes internos, ingressos e hospedagens que ainda faltavam pagar, mas a maioria das coisas eu já havia pago e isso me deu muita tranquilidade. Levei no total 1.050€ e também 100£ para 3 dias em Londres e também sobrou...rs! Uma dica sobre hospedagem é que pelo Booking vc consegue receber de volta R$50,00 no seu cartão após o check-out da hospedagem, basta que a reserva seja de no mínimo R$100,00. Não é desconto ou sorteio, é automático, vc realiza a reserva por este link e recebe o valor de volta no cartão que usou, eu recebi e deu tudo certo, fica como dica pra vcs, vale pra usar uma única vez ok! Clica neste link: https://www.booking.com/s/43_8/733e5f83 Meu roteiro completo foi: 31 a 04 Paris 05 a 07 Londres 08 Bruges e Bruxelas 09 Amsterdam 10 Fussen 11 Hallstatt 12 Veneza 13 Verona 14 Milão 15 a 16 Florença / Pisa / San Gigminano 17 a 18 Roma 19 a 21 Zakynthos 22 Atenas 23 Santorini 24 Roma (novamente) 25 Lugano 26 a 27 Lisboa e retorno ao Brasil Vou tentar passar pra vcs os valores e quanto custou este meu mochilão, falando nisso, eu viajei com uma mochila de 70l, que despachei, e uma mochila menor, essas pra note mesmo, pra levar no avião com minhas coisas pessoais e importantes. Os gastos são referentes ao dinheiro que levei, o que eu não incluir é pq já havia pago antecipadamente. Bom, como eu disse antes, fiz o planejamento bem antecipado e vcs verão que isso é muito importante pois me ajudou muito a não só economizar bastante, como também estudar as cidades e lugares que gostaria de conhecer e me sentir segura ao andar por lá. Dia 01 - Paris A imigração foi tranquila, os vôos não atrasaram e como eu tinha conexão de 3h em Lisboa, aproveitei para ir ao setor de desembarque para comprar um chip da Vodafone, pois havia lido sobre alguns e vi que este seria o melhor custo benefício e me atendeu super bem, não precisei gastar mais nada com internet e olha que eu usava muito o google maps!! O chip custou 10€ e possuia 3gb de intenet com rede sociais e whatsap ilimitados + 500min de ligações dentro da europa, mas não utilizei as ligações, aconselho vc a sair pra comprar se tiver um bom espaço de tempo, pois a fila na loja era bem grande!! Cheguei por volta das 18h em Paris, no aeroporto de Orly e encontrei as outras meninas no aeroporto e já aproveitamos para comprar Museum Pass de 4 dias, que custou 62€ e com ele poderíamos visitar todos os museus sem nos preocupar com filas ou em comprar outros ingressos, gostei muito e acho que vale demais pra economizar tempo e dinheiro. Do aeroporto pegamos o Orlybus, que custou 8,40€ e descemos no ponto final, na estação Defense Rousseau onde aproveitamos para fazer o cartão Navigo, para quem não sabe esse cartão vale muitooooo a pena e vou explicar como funciona: Ele vale de segunda a domingo e vc coloca uma carga de 22€ e gasta mais 5€ para pagar pelo cartão, vc pode utilizar no metrô, ônibus, tram e até no Orlybus, como no aeroporto de Orly não vende, pagamos pelo ônibus na nossa chegada, mas fizemos o cartão na primeira estação de metrô. Vc deve também levar uma foto para colar no cartão e escrever seu nome. Lembrando que vale de segunda a domingo e vc pode usar também para ir a Disney e ao palácio de Verssalles! Pra vc ter uma idéia, só o ticket de ida e volta pra Disney custa uns 15€ e pra Verssalles se não me engano uns 8€, então só de vc não se preocupar em pegar o metrô ou bus errado ou com o tempo de val do bilhete ou até a zona em que está, acho muito útil e econômico! Vc pode ficar com o cartão e pode recarregar em uma outra vez que estiver lá! Como era nosso primeiro dia nos enrolamos um pouco no metrô...kkk... mas chegamos no hostel!!! Fiz reserva pelo Airbnb e ele ficava uns 10min do metrô, mas tinha ponto de ônibus em frente que passava na porta do Louvre, por exemplo. Esse hostel foi muito barato, apenas 11,50€ a diária e era um apto com umas 14 camas, mas era espaçoso e limpo. Vc não podia ficar no quarto de 11h as 20h mas isso não foi problema pra gente, já que saíamos cedo e voltávamos tarde...rs! Lá perto tinha uma pizzaria onde comemos todos os dias, pois era barata e gostosa, tipo uma pizza grande custava uns 6€ e sempre comprávamos 2 ou 3 e rachávamos o valor, então por 5 pessoas saia bem em conta. No hostel não tinha café da manhã, e pra economizar comprávamos coisas no mercadinho pro dia seguinte e deu super certo! Neste primeiro dia não fizemos nada, tentamos ir a Torre, nos perdemos e voltamos pro hostel antes do metrô fechar....kkkk! Chegamos por volta de 01h da manhã e no dia seguinte tinhamos reservado pra ir a Disney!!! Gastos do dia: Chip Vodafone = 10€ Ônibus Orly = 8,30€ Museum Pass = 62€ Navigo Decouvert = 27,80€ Pizza + bebida / 4 = 3,90€ Água de 1,5L = 1€ Café da manhã / 4 = 1€ Total: 114€ Dia 02 - Paris Este dia reservamos para conhecer a Disneyland e já havíamos comprado nossos ingressos pelo site, custou 62€ 1 dia nos 2 Parques e valeu demais a pena!!! Aconselho a comprar antes, pois na hora é mais caro! Pra quem tem dúvidas, dá pra fazer 2 parques em 1 dia sim... é cansativo, mas dá!! E por favor, não deixem de ficar pra ver o show Illumination... é lindo demais! Dei uma passada na loja Disney e queria levar tudo...hahaha! Mas como eu tinha um orçamento a manter e ainda estava no início da viagem, comprei apenas 2 chaveiros e 1 Imã de geladeira...pois são coisas que gosto muito de colecionar! Esse dia foi mega cansativo, estávamos acabadas no final do dia e caiu uma chuva de nos deixar enxarcadas....rsrs... mas foi bem divertido e isso de maneira alguma nos desanimou. Na hora de ir embora acabamos seguindo a multidão errada e demoramos a encontrar o lugar pra pegar o trem de volta, quase perdemos o último, mas no final deu tudo certo e foi só risada depois dos perrengues...rs!! Na volta, já de madrugada passamos na nossa pizzaria e depois voltamos pro hostel mega cansadas, porém felizes! Gastos do dia: 2 Chaveiros Disney Paris = 11,98€ 1 Imã de geladeira = 5,99€ Pizza + bebida / 4 = 4,80€ Café da manhã / 4 = 1,30€ Total: 24,07€ Dia 03 - Paris Neste dia acordamos um pouco além do horário que gostaríamos, mas deu pra fazer muita coisa. Esse foi o dia reservado para conhecer alguns museus e pontos da cidade, além claro, da Torre Eiffel!!! Nossa primeira parada foi lá mesmo e foi bem emocionante vê-la de perto e a ficha finalmente cair...rs Bom, depois de tirar milhares de fotos da torre no trocádero, seguimos para conhecer o Museu Rodin, Museu d'Orsay, Museu dos Inválidos e Tumba de Napoleão (tudo usando o Museum Pass e sem fila), Ponte Alexandre III e também passamos em frente ao Petit Palais e Gran Palais. Depois seguimos em direção ao Arco do Triunfo, mas não subimos por estarmos extremamente cansadas...rs, mas ele é bem maior do que eu imaginava! Ficamos alí mesmo pela Champs Elysee e almoçamos no McDonald's, e foi bem baratinho... um trio por menos de 6€!! Depois voltamos pra Torre, pois haviamos comprado os ingressos pra subir perto do pôr do sol... e vale muito a pena comprar antecipado, pois as filas são enormes!! Ficamos até escurecer e no final do dia estávamos destruídas, mas contentes por ter feito muita coisa e o dia ter rendido bastante! Gastos do dia: 2 imãs de geladeira = 5€ 1 Trio McDonald's = 5,65€ Mercado = 6,15€ Café da manhã / 5 = 1,05€ Total: 17,80€ Dia 04 - Paris Acordamos cedo, pois este seria o dia de conhecer Verssalles!! Como estávamos lá no período de greve dos trens, esse foi o único dia q nos preocupamos mais, pois achamos q nem rodaria o RER mas ele estava passando, só que com intervalos maiores e esperamos uns 40min e isso nos atrasou um pouco, chegamos e a fila estava bem grande, mesmo com o ingresso vc pega fila pra revista e nós estávamos com o Museum Pass que também dá direito ao palácio!! Como eu havia dito, vale muitooo a pena! Para acesso aos Jardins, como era final de semana e estava no período de apresentação das Fontes, foi cobrado a parte e pagamos 9,50€ mas ainda bem q tinhamos comprado antecipadamente, pois estava com uma fila considerável e não precisamos passar por ela, apenas mostrar o ingresso (ufa!)! O Palácio estava entupido e foi impossível ver tudo com calma, a multidão ia nos levando, foi terrível e lá dentro é extremamente quente!! Não deu pra ver com calma, e acabou sendo bem desgastante... depois que passamos pelos jardins decidimos ir embora e na volta já tinha um trem na estação e não esperamos muito. É muito fácil ir e voltar por conta própria à Verssalles, bastar pegar o RER C e usamos em todos esses dias apenas nosso bilhete Navigo! Decidimos seguir para conhecer Momatre e foi uma escolha acertada, pois era domingo e o bairro estava lotado, animado e lá é bem diferente da outra Paris que tínhamos visto... eu amei esta parte boêmia da cidade, cada cantinho mais lindo do que outro!! Andamos pelas ruazinhas, compramos souvenirs (lá vc encontra os mais baratos) e subimos até a Sacre-Couer, ficamos um pouco na escadaria curtindo a vibe e as meninas compraram cervejas, estava bem quente...rs! Havíamos comprado um passeio de barco pelo Rio Sena, pagamos R$41,00 pela decolar e foi bem mais barato, pois lá estava custando 15€, e vc poderia agendar p dia e horário, então reservamos para o horário do pôr do sol e foi lindo, pois pudemos ver as luzes da Torre piscando mais uma vez, mas desta vez de outro ângulo. Esse é um passeio típico que vc deve fazer para ver paris de outra forma... Depois voltamos pro hostel mega cansadas, foi um dia bem cheio, assim como os outros! Gastos do dia: Lembrancinhas = 18€ Café da manhã 5 / = 1,60€ Água de 1,5L = 1€ Pizza + bebida / 3 = 2,10€ Total: 22,70€ Dia 05 - Paris Era nosso último dia na cidade, então acordamos um pouco mais tarde, arrumamos nossas coisas e deixamos guardadas no hostel pra depois só pegar tudo e seguir viagem! Neste dia já não poderíamos usar mais o Navigo, então compramos 3 bilhetes de metrô cada uma, pois precisariamos somente disto para o dia todo. Decidimos deixar esse dia pra conhecer o Louvre, não pegamos fila pra entrar pois já tinhamos o Museum Pass, mas pegamos uma fila na revista, mas foi rápida! Gente o Louvre é gigantesco, mas muitoooo mesmo e não dá pra ver quase nada, pq é muito lotado...rs! Consegui ver a Monalisa quase tendo que socar alguém e nunca vi lugar pra ter tanto oriental, é muitoooooo!!! Fui na ala egípcia, pois gosto muito e também na parte subterrânea do museu, mas estava já tão cansada q não demoramos muito por lá... almoçamos no McDonald's (sempre nos salvando...kkk) dentro do museu mesmo e depois seguimos, pois eu queria muito conhecer a Sainte-Chapelle, somente eu entrei pois as meninas estavam sem pique e me esperaram do lado de fora, a entrada também está inclusa no Museum Pass, mas não há fila especial para a revista, porém lá dentro vc entra direto! Os vitrais são muito bonitos, e vale a pena conhecer até pq ela é pequena... de lá fomos para a Notre-Dame e a fila estava pequena e era rápida, vc não paga pra entrar. Ficamos um tempo lá dentro só observando tudo... agradeci por estar lá e ter dado tudo certo! Ainda passamos em frente ao Panteon, depois voltamos pro hostel, tomamos banho, nos arrumamos e seguimos pra comer uma pizza antes de pegar o ônibus pra Londres! Deixamos 1h pra conseguir chegar na estação e chegamos lá faltando 15min pro ônibus sair... a estação ficava em um lugar muito estranho e deserto e chegamos já a noite, mas deu tudo certo! Seguimos viagem em um ônibus q não ia muito cheio e nos jogamos!! Hahaha! Gastos do dia: McDonald's = 5,95€ 3 Moedas comemorativas = 6€ 2 Tickets Metro = 2,80€ Sorvete = 2,50€ Total: 17,25€ Eu havia comprado a passagem de ônibus para Londres antecipadamente pela Ouibus e paguei 25€, tinha visto muitos comentários ruins sobre viajar de ônibus do pessoal dizendo que não valia a pena e tals, mas eu achei muito tranquilo, o ônibus não atrasou e chegou até antes na cidade. Como estava fazendo uma viagem mega econômica, decidi economizar na diária, pois dormiria no buzão e também no transporte, pois é bem mais barato do que trem e vc pode levar qualquer bagagem, diferente do avião que vc paga pra despachar. Fizemos a travessia pelo eurotunel e só descemos para fazer a imigração, que foi muito tranquila também, o fiscal da imigração era bem simpático, eu estava bem nervosa pois falaram que lá era muito chato, mas ele apenas perguntou quantos dias ficaria e se estava de férias e daí carimbou! Me apaixonei por Londres de cara!! Assim que amanheceu e chegamos na cidade, fiquei olhando admirada pela janela do ônibus... que cidade!! Parecia q eu estava em um filme...rs...foi mais impactante do que Paris, ao menos pra mim!! Dia 06 - Londres Assim que desembarcamos, na station bus próximo a estação Victoria, procuramos o local onde vendia o cartão Oyster Card! Na estação Victoria mesmo vc encontra um balcão com varios guichês e pode comprar por 5£ o cartão e inserir a quantidade de créditos. Funciona assim: com esse cartão vc terá um teto diário pra ser descontado, e quando chegar a esse teto ele para de descontar os valores mas vc continua utilizando pra ônibus, metrô etc. Se não me engano o valor do teto diário era 6,80£ e como só aceita múltiplos de 5£ gastamos 30£, pois ficaríamos apenas 3 dias na cidade e seria suficiente, 5 do cartão + 25 da recarga. Caso sobre algum valor vc pode pegar quando for embora e também pegar os 5£ de volta caso devolva o cartão. Valeeee muito a pena! Bom, feito isso seguimos para o hostel, ficamos no PubLove@ The Green man, Paddington e o quarto misto com 9 camas sem café da manhã custou 12,80£ a diária! Eu, particulamente, gostei do hostel por ser barato, limpo, tranquilo e só não gostei por não ter cozinha, mas ficava ao lado de um mercado super barato e nos viramos muito bem por lá. Ele também fica ao lado de uma estação de metrô (literalmente) e a linha te leva pra todo lado, muito fácil! Esse hostel fica em cima de um Pub, mas é bem tranquilo! Chegamos no hostel muito cedo mas deixaram guardar as bagagens até dar o horário do checkin, e fomos logo ao mercado comprar coisas pois a fome estava tensa...rsrs! O mercado que tem do lado nos atendeu super bem, era tudo muito barato e aproveitamos pra comprar várias besteiras...kkkk!! Depois, tomamos banho, nos arrumamos e partimos pra desbravar a cidade, para este dia haviamos reservado a London Eye. Não havia fila, daria pra ter comprado na hora, mas pensando bem, eu só vi que não havia fila pra subir, para comprar não sei como estava, foi bem legal pois a cabine não foi muito cheia e deu pra cutir de vários ângulos bacanas. Muita gente tinha falado que não valeria a pena, mas eu achei o contrário, pois vc pode ter um visual muito lindo da cidade, ainda mais se estiver um dia de céu limpo! Valeu demais, amei! Neste dia também andamos pela cidade e passamos pelo Parlamento, Big Ben (que estava todo tapado com tapumes e foi frustrante...rsrs), esse dia foi mais dedicado a conhecer a cidade e andar sem muito rumo. Á noite seguimos para ver a Tower Bridge iluminada e ela é imensa e simplesmente linda e imponente! Depois seguimos para o hostel e capotamos!! Gastos do dia: Oyster Card (3 dias) = 30£ Mercado = 10,20£ Mercado / 5 = 1,50£ Total: 41,70£ Dia 07 - Londres Começamos cedo este dia, pois era dia de assistir a troca de guarda no palácio de Buckinham e era preciso chegar um pouco mais cedo. Amanheceu um dia lindo e eu que não esperava muito da Troca, achei muitoooo legal, até pq se vc está em Londres, melhor aproveitar tudo que tem por lá né gente? Fica muito cheio e pra pegar um bom lugar é bom ir ao menos 1h antes ou vc fica pra trás...rsrs! Achei lindo e diferente do que estamos acostumadas a ver em qualquer lugar, afinal é a guarda britânica...rs! A área em que o palácio fica também é muito bonita, cheia de flores e o clima estava bem agradável. De lá caminhamos até Tralfagar Square e pegamos o metrô para o museu de cera Madame Tussauds, pois já havíamos comprado os ingressos antecipadamente pelo site, ah, esse ingresso foi um combo junto com a London Eye e saiu bem mais barato comprando os dois juntos, valor de 40£, como estávamos com os ingressos não pegamos fila, entramos direto. Esse foi mais um lugar que muita gente falou que não valeria a pena, mas eu particulamente achei bem divertido e curti. Ficamos um bom tempo no museu de cera e depois seguimos em direção ao Rio Tâmisa para ver a Tower Bridge desta vem de dia e aproveitamos para andar pelos bairros próximos, foi bem bacana! Para este mesmo dia eu havia comprado ingresso para o musical O Fantasma da Ópera, pois eu achava que teria que assistir de qualquer jeito este musical, já que sou fã e foi espetacular assistir ao vivo, gente, sério, é incrível demais!! Senti uma grande emoção ao estar vivendo este momento... aconselho a quem quiser comprar ingressos para assistir a algum musical, ver com antecedência, pois a diferença de preço é enorme, por exemplo paguei apenas 26,80£ no ingressos que costumam ser 40£! Depois do espetáculo voltei pro hostel, comprei algumas coisa no mercado que ainda estava aberto e fui dormir, mas as meninas se animaram e sairam para conhecer a noite londrina, como não curto muito, fiquei pelo hostel, pois no dia seguinte seria o último nesta cidade que já havia me ganhado! Gastos do dia: Mercado 1,97£ Mercado 6£ Total: 7,97£ Dia 08 - Londres Era nosso último dia na cidade, mas confesso que poderia ficar muito, muitoooo mais! Acordamos cedo, arrumamos nossas coisas e deixamos guardadas no hostel, depois seguimos para conhecer alguns museus e outra parte da cidade, que também gostei bastante, aliás, não teve nada que não gostei por lá...rsrs... Bom, começamos pelo mercado pra tomar nosso café da manhã...hehe... depois partimos para o primeiro museu do dia e o que eu mais queria conhecer, o Museu de História Natural!!! Gente, em Londres não é preciso pagar para entrar nos museus, mas vc pode dar algum tipo de contribuição caso assim queira... claro que com a libra nas alturas eu não contribuímos nem com uma sequer...kkkkk!!! Mas voltando ao museu, ele é incrível, a própria arquitetura já impressiona do lado de fora, para um castelo ou algo assim tão imponente! Existem vários setores para conhecer, mas o de maior sucesso é dos nossos amigos Dinossauros, é muito legal!! Depois deste museu fomos ao Science Museum, ou Museu da Ciência que eu confesso esperava bem mais, me decepcionei um pouco, ele estava bem vazio mas valeu a pena conhecer de qualquer forma! Em seguida fomos em direção ao British Museum, que é o famoso Museu Britânico... ele é gigantescoooo e pra vc ver tudo com calma teria que passar muitas e muitas horas lá dentro! Passei pela ala egipcia, da qual gosto muito e outras, mas estava já meio cansada de museus, porém me surpreendi, pois quando vc olha por fora não dá muito por ele! Nossa saga dos museus acabaram e seguimos para o bairro de Camden Town, onde é tudo muito diferente e meio alternativo. Comprei todos os souvenirs lá, pois é a região mais barata para comprar e vc encontra de tudo, adorei a energia do lugar, foi um local que nos surpreendeu, passamos mais tempo lá do que imaginamos e acabou ficando muito tarde e acabou não dando pra conhecer Notting Hill, uma pena, mas ficará para uma próxima, pois Londres é uma cidade que desejo voltar com toda certeza! Quando decidimos voltar para o hostel acabamos pegando o metrô errado, em direção ao aeroporto e ainda bem que ficamos ligadas e deu tempo de voltar para o hostel. Tomamos banho, pegamos tudo e seguimos para o mercado para gastar nossas últimas libras, já que haviam sobrado e comprei mais besteiras e algumas coisas pra comer no ônibus que pegaríamos para Bruxelas, mas o perrengue veio depois... chegamos na estação no horário pretendido, mas foi uó pra encontrar a estação de ônibus certa, pois são várias, cada empresa de ônibus tem a sua estação e já estava quase dando o horário e nada de encontramos, teve uma hora que eu pensei em desistir pois estava com a mochila muito pesada e várias sacolas nas mãos. Faltavam 5 min pro ônibus sair quando finalmente encontramos e corremos como se não houvesse amanhã e minhas pernas já não me obedeciam mais, achei que já tínhamos perdido mas tinha uma fila ainda pra entrar, que sufoco!!! Uma coisa é certa, chegue no horário sempre, pois nenhum dos ônibus atrasaram e se vc demorar perde sim, pois eles não esperam! Olha gente, neste caso em especial, a viagem de ônibus foi péssima, e essa foi a única vez em que nem conseguimos descansar, pois além do ônibus estar cheio tinha um pessoal muito estranho bebendo, fumando e falando alto... o motorista teve que parar o ônibus várias vezes e reclamar com eles dizendo até que ia chamar a polícia e eles pouco ligavam, ficamos até meio assustadas, mas no final deu tudo certo e chegamos quebradas em Bruxelas...rsrs... o que seria de uma trip sem os perrengues né? Essa passagem de ônibus custou 17€ e também foi pela Ouibus! Optamos pelos ônibus tanto pela economia do valor da passagem, quanto economizar na diária em hostels, não precisar pagar para despachar bagagem além deles sempre te deixarem no centro da cidade e não distante como são os aeroportos. No próximo post falo sobre os outros destinos... Dia 09 - Bruges / Bruxelas Como eu havia dito antes, chegamos bem quebradas na cidade, pois a viagem de ônibus foi bem cansativa, mas posso afirmar que esta foi a única vez que nos sentimos assim, pois as outras viagens foram bem tranquilas e deu pra dormir no ônibus de boa. Mas isso pra quem não liga muito né, gente? O ônibus nos deixou na porta da estação Gare du Midi e chegamos bem cedo e como não teríamos hospedagem nesta cidade, decidimos deixar as bagagens guardadas na estação, mas antes esperamos o banheiro abrir para trocar de roupa, dar aquela melhorada no visú e poder realizar nosso roteiro no dia...rsrs... o engraçado que ficou todo mundo olhando pra gente, já que abrimos as bagagens e esparramos tudo por lá...rsrs!! Decidimos fazer um bate e volta à Bruges, pois mesmo sabendo que seria corrido, eu tinha muita vontade de conhecer esta cidade e não me arrependo, pois deu pra andar pela cidade, conhecer um pouco e na metade do dia seguir novamente para Bruxelas e conhecer um pouco da capital. Bruges é uma cidade fofa e encantadora, estava bem frio neste dia e sofremos um pouco, pois não imaginávamos que seria assim, mas isso foi só pela manhã, depois foi esquentando mais. Em Bruges, fomos caminhando da estação até o centrinho da cidade e na volta fizemos a mesma coisa, não gastamos com transporte por lá, pois é tudo muito perto. Também não entramos em nenhuma atração, pois nossa intenção era apenas andar pela cidade sem rumo e como chegamos bem cedinho, pegamos a cidade bem vazia e nos encantamos... achei os valores na cidade também bem baratos e aproveitamos para comprar os famosos chocolates belgas por lá, encontrei 6 caixas de trufas por 10€ e o problema foi que tinha que levá-los até o Brasil e já estava com vários chocolates que tinha comprado em Londres e minhas sacolas foram só aumentando e olha que era apenas o início da viagem....kkkkk!! Bom gente, o valor de ida e volta do trem de Bruxelas x Bruges foi 29,60€ pela Trainline, eu já havia comprado antecipadamente e foi só mostrar os bilhetes. Por volta de meio-dia voltamos para a estação e seguimos para Bruxelas. Gastos em Bruges: Chaveiro + imã = 6€ Armário p bagagem / 5 = 2,20€ Banheiro = 0,60€ Chocolates = 10€ Mercado = 2,68€ Total: 21,48€ Chegando em Bruxelas compramos 2 bilhetes de metrô e usamos 1 para ir e voltar ao Atomium, pois como o bilhete vale por um certo tempo deu pra usar o mesmo bilhete (tudo pela economia...hehe), lá só dá pra chegar de metrô e não é muito longe não, achei que fosse mais, olha que o negócio é grande mesmo gente, achei bem legal, mas não subimos, vimos apenas por fora. Na volta descemos na Grand Place, a famosa praça da cidade e ela realmente é muito bonita e estava bem cheia. Deu pra andar pela cidade com calma, parei pra experimentar a famosa batata frita belga, mas confesso que não gostei, só não sei se foi o lugar que comprei que era ruim mesmo...rsrs. Passamos em algumas lojas e comprei meus imãs e chaveiro, depois pegamos o metrô e seguimos para a estação pra pegar nossa bagagem e ainda ir para a outra estação da cidade, já que nosso ônibus para Amsterdam sairia da Gare de Bruxelles-Nord, mas como havia aquele limite de tempo deu pra usar o mesmo bilhete para ir até a outra estação. Por isso é sempre bom se informar sobre tudo, pois vc pode fazer pequenas economias que se tornarão grandes no final das contas... Gastos em Bruxelas: 2 Tickets Metrô = 4,20€ Batata + Coca = 7€ Água 1,5L = 0,65€ Chaveiro + imã = 4€ Total: 15,85€ Dia 10 - Amsterdam Chegamos em Amsterdam a noite, depois das 22h e o ônibus no deixou em uma estação de trem onde logo procuramos algum lugar para comprar o bilhete de metrô, mas vimos que lá o transporte é caro e valeria mais a pena comprar o bilhete de 24h, pois teríamos que utilizar também no dia seguinte para andar pela cidade e depois para ir embora e foi assim que fizemos, mas confesso que foi a máquina que mais tivemos dificuldade e só poderíamos comprar por ela, pois não havia bilheteria, apenas máquinas mas mesmo nos enrolando um pouco conseguimos...rsrs... Ficamos lá esperando o próximo trem com destino a Central Station e uma das meninas pediu para colocar minhas sacolas em cima da mala dela, pra eu não carregar peso e assim que o trem chegou corremos pra pegar e ela esqueceu as minhas sacolas na estação, assim que a porta fechou ela disse "Cris, suas sacolas ficaram lá..." quase chorei olhando pela janela as minhas sacolas...meus chocolates, minhas lembrancinhas de Paris e Londres, meu Deus, pensei já era... mas mesmo assim resolvi descer na próxima para e voltar pra tentar ver se ainda estariam lá.... o trem demorou a parar e quando vimos o próximo só viria em 10min, me pareceu uma eternidade!!!! Assim que o trem chegou olhei pro outro lado e as sacolas estavam lá...(Ufaaaa) falei pra elas ficarem de olho e se alguém pegasse gritassem pra deixar lá...kkkkk... corri muito!!! Mas quando cheguei vi que tinham revirado a bolsa toda, mas não levaram nada... não sei se alguém da segurança mexeu pra ver o que era, enfim... o importante que minhas coisas estavam a salvo e as meninas até se aliviaram, pois viram como eu estava tensa...kkkkkk!!!! Bom, chegando na estação central deu pra ir andando até o hotel, pois era perto. Eu e uma das meninas ficamos em um hotel, pois sairia mais em conta do que hostel, ficamos no XO Hotels City Centre em quarto Duplo privativo s/café e nos custou 50€ (25€ pra cada). Apesar de ter visto muita gente reclamando do hotel, eu gostei e achei melhor do que pensava, inclusive. Chegamos tão cansadas no hotel que capotamos, nem saímos lá a noite. No dia seguinte tinhamos um dia cheio! Acordamos um pouco mais tarde e arrumamos a bagagem, pois teríamos que deixar guardadas no hotel já que a noite partiriamos para Munique. Comemos algo e seguimos até a Museumplein, onde ficam os museus e também o famoso letreiro da cidade, utilizando nosso passe de 24h. Amsterdam foi uma cidade que também me encantou bastante, pois os canais e sua arquitetura são incríveis e a cidade tem uma energia maravilhosa, porém foi a cidade mais cara de toda a viagem! Gente, uma garrafa de água custava uns 3€ e eu me recusei a pagar, comprei refrigerante....kkkkkk!! O transporte lá também é ótimo, vc pode andar super de boa, pois é bem fácil, mas também é caro, se não me engano um bilhete simples era 2,90€... A cidade também é megaaaaa lotadaaaaa e cada ruazinha esta entupida de gente, nossa, não achei que fosse assim! Muitos jovens, foi a cidade com mais jovens de toda a viagem e todos querendo a mesma coisa né, diversão e experimentar as tais ervas...rs! Mas Amsterdam é bem mais que isso! Caminhamos por essa região da cidade, admirando os canais, os prédios e as ruas tão diferentes... tiramos diversas fotos no letreiro! Depois seguimos a pé mesmo até a Heineken Experience, mas perguntamos se haveria possibilidade de ir apenas até a loja, pois as meninas queriam comprar umas tulipas com nome gravado e tinha uma fila considerável pra entrar, o segurança foi bem simpático e permitiu!! Depois fomos até a Casa de Anne Frank, e já havíamos comprado nossos ingressos pelo site, antecipadamente, e aconselho a fazer isso caso queira visitar, pois é uma das atrações mais concorridas da cidade e os ingressos ficam disponíveis com 2 meses de antecedência e o valor é 9,50€, vc escolhe o dia e horário melhor pra vc. Vale muito a pena visitar a casa, pois vc conhece um pouco da história e de tudo que os judeus passaram, é meio desconfortável e vc até sente um pouco de angústia, o bacana é que eles tem áudio-guias em português e está incluso no valor do ingresso. Final da tarde passamos por outras regiões e passamos pela praça Dam, a mais famosa de Amsterdam, depois nos separamos e cada uma foi conhecer um pouco mais da cidade, parei pra comer e escolhi desta vez experimentar as batatas holandesas, já que há uma rixa com a Bélgica de quem tem a melhor batata frita e olha, posso afirmar que as holandesas são infinitamente melhores...rsrs! Um cone gigante com uma coca custou 6€, consegui comer apenas a metade pois era muito grande, é praticamente um almoço!!! Comprei algumas coisas no mercado, pois como viajaríamos novamente de ônibus, resolvi levar algumas coisas pra comer. Passamos no hotel, pegamos nossas coisas e seguimos para a estação de ônibus, mas chegando na estação de trem descobrimos que nosso passe não valeria para o trem que levaria a esta estação, pois é diferente e tivemos que comprar um outro, mas tudo bem! Chegando lá nos confundimos um pouco, mas encontramos de onde sairia nosso ônibus, ele demorou um pouco mas nada demais. Nossa próxima parada seria Munique, na Alemanha, e essa viagem de ônibus foi bem tranquila, o ônibus não estava tão cheio e deu pra dormir tranquilamente. Essa passagem de Amsterdam para Munique custou 35,90€ pela Flixbus e compramos todas antecipadamente! Gastos do dia: Hotel = 25€ Ticket 24h = 7,50€ Ticket Trem = 3,30€ Batata + Coca = 6€ Chaveiro + imã = 5€ Mercado = 5€ Coca = 2,25€ Total: 54,05€ Dia 11 - Munique / Füssen Chegamos pela manhã em Munique e a rodoviária é pequena e ao lado da estação de trem, então pegamos um trem para a estação central da cidade, pois de lá que pegaríamos o trem para outra cidade que iríamos e também poderíamos deixar nossas bagagens. Usamos o banheiro pra dar um trato no visual e trocar de roupa, se acostumem, pois na Europa quase todo banheiro vc paga pra usar, então tenha sempre moedas...rs! Tínhamos comprado um passe de trem chamado Bavaria-Ticket que servia pra andar de transporte público pela cidade, mas na verdade o compramos para visitar a cidade de Füssen, pois eu queria muito conhecer o Castelo de Neuschwanstein, que inspirou Walt Disney a criar o castelo da Cinderela!! Desde que vi uma foto do castelo coloquei na cabeça que conheceria, assim como a cidade que visitaria depois. Bom, para conhecer o interior do castelo vc precisa comprar o ingresso que custa 13€ e aconselho a comprar antecipadamente, pois na alta temporada as filas são grandes e vc pode não conseguir horário para a visita, com a taxa o ingresso saí por 14,80€ e acho que vale a pena! Vc paga o ingresso na hora que pegar, e não antes. No valor está incluso o áudio-guia em português e vc pode acompanhar a visita, mas não pode fotografar no interior do castelo. Usamos nosso Bavaria-Ticket para grupos de até 5 pessoas e sai mais em conta do que o valor por pessoa, mas mesmo que vc vá só também vale a pena, pois custa 23€ e vc pode usar o trem de ida e volta para qualquer cidade da Bavaria e também para visitar Salzburgo, na Áustria! Vc pode pegar os trens de qualquer horário, contanto que não seja os de alta velocidade (Avi), é uma economia bem bacana!! Com esse ticket vc também usa pra entrar no ônibus que leva da estação de Füssen até a cidade onde fica o castelo, é uma viagem de uns 10min apenas. Mesmo que vc não queira visitar o castelo, vale conhecer essa cidade pois é linda, tem um lago incrível e eu fiquei encantada, uma cidade de conto de fadas mesmo!! Para subir até o Castelo vc pode ir a pé, de charrete ou de ônibus, o bilhete de ida e volta custou 3€ (ônibus). A viagem de trem entre Munique e Füssen demorou umas 2h e por isso acho que vale muito o bate e volta! Voltamos, depois da visita e só as paisagens que vc vê pelo caminho já valem a viagem, são lindas! Comi no McDonald's da estação de Munique, demos uma volta por Munique mas bem rápido mesmo, antes de seguir viagem para Salzburg, pois fizemos reserva em hostel lá, já que no dia seguinte iríamos para outra cidadezinha que eu era louca pra conhecer, só que desta vez, na Áustria! Gente, olha a economia que conseguimos com esse passe: viajamos ida e volta pra Füssen, utilizamos trem, ônibus e metrô em Munique e ainda seguimos para a Áustria com o mesmo passe! É ou não perfeito?! Caso vc vá passar uns dias em Munique utilize este passe e aproveite para conhecer estas cidades próximas, também compensa Salzburgo pois a viagem dura menos de 2h ;)!! Cada uma de nós gastou 13€ com ele e foi uma das melhores economias da viagem. Vc pode comprar nas máquinas ou pelo site da DBahn, vale das 09h a meia noite, então pode usar por todo o dia!! Chegando em Salzburg, seguimos para o hostel já bem cansadas e eu só sai pra comprar uma água...rs! Gastos do dia: Sanduiche + coca = 5,40€ Banheiro = 1€ Armário p bagagem = 3,60€ Castelo Fussen = 14,80€ Ônibus para Castelo = 3€ (ida e volta) Imã do castelo = 3,50€ Coca = 1,84€ McDonald's = 4,58€ Água = 1,30€ Taxa Hostel 1,55€ Total: 40,57€ Dia 12 - Hallstatt Na noite anterior havíamos chegado bem cansadas, já que estávamos vindo de uma noite dormida no ônibus e de um bate e volta de outra cidade só queríamos um banho e apagar, melhor ainda foi chegar no hostel e a atendente conseguir nos encaixar em um quarto só pra gente, já que havíamos feito a reserva para quarto compartilhado, mas como estávamos juntas ela fez esse favor gigante...kkkkk... nem arrumamos nada e foi ótimo ter o quarto só pra nós!! Ficamos no hostel A&O Salzburg Hauptbahnhof e o valor da diária foi de apenas 11,40€ em quarto de 6 camas sem café da manhã, o hostel é ótimo, parece até hotel e adoramos, sem falar que ele fica quase do lado da estação central e isso ajudou muito! Caso fiquem neste hostel aconselho a realizar a reserva pelo próprio site deles, pois é bem mais barato, eu teria pago uns 10€ a mais pelo booking e já deu pra dar uma economizada né...rsrs... Eu havia planejado passar por Salzburg apenas pra fazer um bate e volta até a cidade de Hallstatt, pois desde que ouvi falar sobre esta cidade, fiquei completamente encantada! Vi que a melhor forma seria uma bate e volta por lá, de início eu iria fazer o trajeto ônibus + trem + barco pois todos dizem ser o mais econômico, mas como encontrei passagens de trem em promoção acabei decidindo ir de trem, já que seria menos complicado e mais barato...rs... comprando com 6 meses de antecedência as passagens custaram 9€ ida e 9€ volta pela OBB, os trens são extremamente confortáveis e muito bonitos!! Vc faz uma baldeação no meio do caminho e chegando na estação de Hallstatt vc pega um barco que custa 5€ pela ida e volta, mas esse passeio já vale pois vc fica lá babando pelo lugar... Gente, a cidade é realmente linda! O lago, as montanhas em volta... as casinhas, parece até um lugar cenográfico de tão perfeitinho!! A cidade é bem pequena, mas dá pra passar um dia lá só admirando e conhecendo o lugar, tem alguns restaurantes e lojinhas com preços bem acessíveis!! Como chegamos lá quase 11h aproveitamos pra dar uma volta enquanto as outras meninas não chegavam, pois acabamos não indo juntas por algumas terem comprado passagem para horários diferentes. Depois que elas chegaram paramos pra comer uma pizza e ficar admirando a cidade...rs... Em seguida fomos curtir e decidimos subir o teleférico que leva até o topo da montanha, a vista é incrível e vale a pena, esse passeio custou 16€ e a paisagem compensa tudo! Tem passeios com barquinhos lá também, ou vc pode conhecer a Mina de Sal que fica nessa montanha que subimos. Compramos umas lembrancinhas, andamos pela cidade sem pressa e foi um dia bem bacana! Chegamos lá com sol e na hora de ir embora começou a chuviscar um pouco. Procure ir para o ponto de retorno do barco uns 30 min antes, pois enche e verifique o horário de saída deles assim que vc chegar, pra não ter problemas e vc correr risco de perder o trem...rs! Pegamos o trem de volta e a única coisa chata foi que na hora da troca de trens pegamos um errado, pois estava na mesma plataforma e só nos demos conta quando entramos, explicamos ao fiscal e sorte que ele não cobrou multa, pois lá são bem rígidos com isso, pagamos apenas o valor do bilhete que foi de 8,90€, pois era um trem de outra cia, mas fazer oq né? O erro foi nosso...rs Bom, quando saímos pela manhã do hostel havíamos deixado nossa bagagem guardada e lá eles cobram, mas não nos cobraram pois os armários estavam com defeito e eles deixaram na recepção...deixaram a gente ficar por lá até dar horário do nosso próximo trem, que seria pela madrugada. Eu tinha planejado andar um pouco por Salzburg, mas estava tão cansada que nem sai do hostel, comprei umas coisas e fiquei por lá mesmo pra descansar e as meninas também não quiseram sair... ficamos batendo papo e rindo dos nossos micos até aquele dia...kkkk!!! Por volta da 01h da manhã saimos do hostel, mas achei a cidade bem tranquila e era pertinho pra gente ir caminhando, chegamos na estação e estava deserta...rs...nossa próxima parada seria a cidade de Veneza, na Itália, e seria a primeira vez que pegaríamos um trem noturno e já ouvi tantas histórias...não sabíamos como era... mas conto depois! Gastos do dia: Teleférico = 16€ Barco = 5€ Pizza + bebida = 12€ Imã = 3,70€ Sorvete = 1,70€ Trem errado (DB) = 8,90€ Mercado = 8,89€ Mercado / 2 = 2,60€ Total: 58,79€ Dia 13 - Veneza Foi nossa primeira vez em trem noturno e quando fizemos a compra do bilhete, escolhemos o mais barato, ou seja, eram assentos mesmo e não couchettes como costuma ter e são bem mais caros, lembram que nossa prioridade era a economia? Pois é, e com isso vem sacrifícios né...rs... mas as vezes vc arrisca e dá sorte e foi oque aconteceu conosco (Amém)!! Na compra dos bilhetes, que foi pela OBB e custou 29€ comprando antecipadamente, não tinha como escolher o vagão ou assento, apenas dizer se vc queria janela ou corredor mas era aleatório o número do assento e com isso os nossos foram td em lugares separados, eu fiquei em uma cabine lotada e não dava nem pra esticar as pernas...rs... masssss por sorte as meninas encontraram cabines vazias e conseguimos ficar juntas, 3 em uma cabine e 2 em outra e como o assento vira uma cama conseguimos até dormir (foi maraaaaaa)!!! O fiscal disse que não tinha problema ficar por alí, que beleza! Como sou meio neurótica, não dormi muito a vontade pq toda hora acordava achando que ia perder a parada ou pra vigiar a bagagem...rs... toda hora passavam uns caras estranhos pelos corredores olhando pra dentro das cabines e como a nossa estava sem cortinas na porta eu fiquei cismada (sabem como são brasileiros, né...rs), mas é sério gente, teve um que parou e ficou olhando pra gente dormindo, mas eu estava com um olho aberto...kkk... deu medo, lembrei dos filmes tipo "O Albergue" kkkkk!!! No trem não havia nenhum sistema de som pra avisar qual estação estávamos na hora que o trem parava e eu tive medo de colocar o celular pra despertar e não ouvir pelo barulho do trem...enfim, dormi mas não como queria, mas mesmo assim valeu a experiência e apesar de me sentir cansada, depois que lavei o rosto me senti nova de novo, afinal, estava na Itália, um país que sempre desejei conhecer!! Chegamos em Veneza pela manhã, na estação principal, Santa Lúcia e como havíamos feito uma reserva pelo site da Bagbnb, que indico, pagamos apenas 5€ para deixar a bagagem guardada próximo a estação, pois vi que lá dentro da estação era cobrado por hora e sairia mais caro. Essa empresa que falei existe em várias cidades da Europa e custa 5€ por dia pra guardar sua bagagem, fica a dica ;)!! Fomos ao banheiro nos arrumar antes, como sempre...rs... e depois foi só atravessar o "canale" pois já estávamos em Veneza!!! Não usamos nenhum tipo de transporte na cidade, existem os vaporetos que são como ônibus aquáticos, mas o bilhete é mega salgado, 7,50€, e não é diário não gente, isso um único bilhete pra uma viagem (aff)!!! Mas Veneza não é grande, dá pra fazer tudo a pé, a não ser que vá conhecer outras ilhas como Murano, Burano etc... como não faríamos isso e foi pra passar apenas 1 dia deu super certo pra gente!! Mas olha, quando vc chega na Itália percebe a diferença do restante da Europa, os italianos são, digamos, mais rudes.... mas é o jeito deles mesmo... nós levamos tantos esporros que apenas riamos de tudo...kkkk!!! Tipo, qnd vc entra em uma lojinha ficam te cercando e vendo se vc não vai roubar nada, se vc senta em algum lugar só pra descansar as pernas, tipo uma mureta ou algo mandam vc sair...rsrs... mas levávamos na boa, só ríamos das situações... eles também não tem paciência pra responder muita coisa, enfim... diferente dos outros países que havíamos passado onde sempre eram muito simpáticos e gentis, mas é o jeito deles, vc acostuma... lembrando que foi essa a nossa impressão tá, gente?! Achei Veneza uma cidade bem diferente, bonita e não achei fedida como as pessoas as vezes dizem, mas não foi uma cidade que me encantou, não sei se voltaria, porém não me arrependo de ter conhecido, pois sempre quis muito, mas não me ganhou como outras!! Achei legal mas nada de tão incrível e não é o fato falarem que é pra casal, nem achei isso, pois ela nem me pareceu romântica...rs... é tanta gente passando, muvuca nas pontes, muvuca de gôndolas nos canais e não sei onde isso é romântico, mas cada um com sua impressão...rsrs... Bom, mas uma coisa posso afirmar, foi em Veneza que comi a melhor pizza e tomei o melhor Gellato.. mamma mia!!! De todas cidades da Itália e da viagem, foi a pizza mais gostosa e por incrível que pareça, a mais barata!!! Um pedaço gigante, mas enormeee mesmo custou apenas 2,50€ mas era quase metade de uma pizza familia...kkkk... as lembrancinhas também eram bem baratas. Eu achei Veneza uma cidade barata, pois falam que é cara e tals e não tive essa impressão, acho que hospedagem sim é cara, por isso resolvemos nem pernoitar por lá... Em Veneza existem diversas pontes, igrejas, becos e vc pode até se perder, mas não se preocupe pois todas as placas te guiam para a Piazza de San Marco e o legal é ir conhecendo cada pedacinho da cidade! A praça é super lotada, assim como a Ponte Rialto e todo o comércio próximo dela... tente comprar lembrancinhas ou presentes perto da ponte, são baratinhos!! Ah, foi perto dela também que tomei o melhor Gellato da vida...hehehe! A Praça de São Marcos é linda, a Basílica é rica em detalhes, assim como o museu que fica ao lado, tem também a Torre do Campanário, ou seja, todos pontos mais importantes estão nesta praça e depois de conhecê-la vc pode tentar andar pelos becos mais tranquilos e longe da muvuca pra sentir Veneza de forma mais íntima... Foi um dia proveitoso e não foi corrido, pra nós 1 dia foi suficiente, se alguém tem dúvidas, dá sim pra curtir um pouco da cidade até pra quem pensa em fazer um bate e volta, vale a pena!! No final da tarde seguimos de volta a estação, pois pegaríamos o trem para Verona e já tinhamos nossa passagem comprada antecipadamente, como não sabíamos se nos perderíamos resolvemos voltar 1h antes pra estação pra não correr riscos...rs e demoramos uns 30min andando calmamente pelos becos de Veneza... pegamos nossas bagagens que tinhamos guardado, nos despedimos de uma das meninas que só fez o roteiro com a gente até alí e seguimos pra pegar nosso trem. Nossa passagem de Veneza x Verona custou 9,90€ pela Trenitalia e da próxima vez vou contar como foi conhecer Verona! Gastos do dia: Banheiro = 1€ Armario = 2,50€ Coca + água = 3€ Pizza = 2,50€ Imã + Chaveiro = 3€ Gellato = 3€ Coca = 2€ Total:17€ Dia 14 - Verona Chegamos em Verona no final da tarde e como estávamos extremamente cansadas resolvemos pegar um táxi, essa foi a primeira vez que utilizamos táxi na viagem, até pq não sairia tão caro e tudo que eu queria era um banho e descansar!!! Essa foi uma das poucas vezes que nem todas conseguiram ficar na mesma hospedagem, apenas eu e uma das meninas conseguimos vaga neste hostel... as outras 2 ficaram em lugares diferentes, pois nem conseguiram vaga no mesmo hostel uma da outra... por isso é sempre bom antecipar tudo!! Escolhemos o Protezione della Giovane, um hostel exclusivamente feminino e muito agradável, mas pra quem pretende voltar de madrugada não vale a pena, pois lá existe toque de recolher e as 23h as portas são fechadas e nem adianta insistir...rs...eles já avisam isso na chegada. Lá todo o dinheiro arrecadado com as hospedagens são convertidos para ajudar mulheres que precisam, achei bem legal! O quarto compartilhado com 5 camas custou 22€ e não inclui café da manhã, lembrando que só hospedam mulheres!! Esse hostel fica pertinho de tudo, da Casa de Giulieta, Piazza Brá, Arena de Verona e tudo mais... além de ser super limpo e bem espaçoso, mas se prepare pra muitas escadas, se tiver malas grandes dá um trabalhinho hein! Neste dia de chegada nem fizemos nada, estávamos um bagaço então reservamos nossas energias pro dia seguinte...rs! No dia seguinte acordamos cedo, arrumamos nossas bagagens e deixamos guardadas no hostel. Depois fomos em busca de um mercadinho pra comer algo e me surpreendi, de lavada foi a cidade mais barata de todas, mas muito barato mesmo... fiquei louca....kkkk!! Feita as comprinhas pra comer durante o dia seguimos para o Castelvecchio, fomos caminhando mesmo... todo o roteiro na cidade fizemos caminhando e não foi uma cidade que me deixou cansada, pelo contrário, eu me surpreendi com Verona e me encantei com as pessoas, a cidade, o clima e tudo mais, bem diferente de Veneza e da primeira imagem que tive da Itália... A cidade é antiga, mas tudo é bem conservado, as ruas são agradáveis e as pessoas são gentis. Bom, eu havia comprado antecipadamente o Verona Card, que custou 18€ e vale por 24h, existe também o de 48h mas não lembro qnt custa. Mas olha gente, esse é um passe que vale demais a pena, pois além de vc poder entrar em todas atrações e museus da cidade vc também tem direito ao transporte público ilimitado, então se vc se hospedar um pouco mais longe do centrinho, poderá utilizá-lo pra pegar ônibus sem gastar nada mais. Eu usei ele pra ir ao Castelvecchio, a Casa de Giulieta, a Torre de Lamberti e na Arena de Verona mas existem muitas outras atrações na cidade que vc também entra com ele e tudo sem pegar filas... bem bacana né?! Verona é uma cidade super charmosa e eu confesso que foi uma das minhas preferidas da Itália, depois conto sobre as outras que me conquistaram...rs.. Bom, eu não sabia que iria gostar tanto mas o Castelvecchio me surpreendeu, pois é muito legal já que vc visita o museu e depois pode percorrer todo o castelo e a cada instante descobre uma vista mais incrível do que outra, andar sobre os muros do castelo é muito legal... é algo bem diferente! De lá caminhamos até a Arena di Verona e ela parece um mini Coliseu, mas está muito bem conservada e se não me engano é mais antigo do que o parente mais famoso...rs... a Praça que fica em frente também é bonita e ótima pra dar uma relaxada ou apenas olhar o povo passando...rs! De lá seguimos a piazza brá onde é o melhor lugar pra vc comprar lembrancinhas e outras coisas, pois existem diversas barracas e também onde está a Torre de Lamberti, na qual vc pode subir pra ter uma bela visão do alto da cidade (Vc não paga pra subir com o VeronaCard de escadas, mas pra subir de elevador custa apenas 1€, claroooo que economizei minhas pernocas né...kkkk)! Depois de um tempo por lá caminhamos até a Casa de Giulieta e estava lotada, todo mundo querendo pegar nas "peitcholas" da estátua famosa...kkkkkk!!! Muitos apaixonados deixam suas cartinhas, ou cadeados por lá... vc pode ir só até o pátio onde não paga ou entrar pra conhecer a casa que possui um pequeno museu (daí vc paga), como eu tinha o VeronaCard não paguei e entrei pra conhecer e tirar fotinha na famosa sacada...rsrs!! No final do dia, depois de ter feito o dia render bastante, pegamos nossas coisas no hostel e passamos no mercado de novo (sabe-se lá quando ia ver outro tão barato...rs), comprei muitas coisas já pra ficar abastecida até a noite seguinte, não sou besta né! Pegamos um busão até a estação de trem e encontramos o restante das meninas, de lá seguiríamos viagem até Milão, que na verdade só quis conhecer por estar no caminho e pra conhecer uma das obras mais importantes que lá se encontra e muita gente nem sabe...rs... mas isso é assunto para o próximo post! Gastos do dia: Mercado = 8,57€ Elevador Torre de Lamberti = 1€ Imã + chaveiro = 4,50€ Hospedagem Verona = 22€ Taxi / 2 = 5,50€ Total:41,57 Dia 15 - Milão Chegamos em Milão por volta das 19h da noite, mas ainda estava bem claro, então decidimos ir andando até o hotel, ficamos no Guest House Brianza Room e o quarto duplo c/ banheiro compartilhado saiu por R$165,66 que já havíamos pago, e a taxa de turismo de 3€ por pessoa que pagamos na hora, e incluía café da manhã, como foi dividido por 2 pessoas não saiu caro, fiz a reserva pelo site da Expedia! Este hotel ficava uns 10min andando da estação Central e isso claro já ajudou bastante! As outras 2 meninas preferiram ficar com a gente e conseguimos ficar todas no mesmo quarto, pois haviam 4 camas. As meninas queriam muito sair pra jantar e conhecer a noite da cidade, pois tinham ouvido falar bem mas eu resolvi ficar no quarto e dormir, nem vi quando elas voltaram mas depois me disseram que não acharam nada demais...rs Pela manhã tomamos café, arrumamos nossas coisas e seguimos em direção ao metrô, onde compramos apenas 2 bilhetes para utilizar pelo dia todo e foram suficientes. Começamos o dia indo até a igreja Santa Maria delle Grazie, onde se localiza a obra mais famosa de Leonardo da Vinci, depois da Monalisa, a pintura da Última Ceia!! Um dos ingressos mais concorridos para compra é este e vc não consegue comprar na hora mas sim com 3 meses de antecedência, assim que liberam as vendas as vezes acabam no mesmo dia e por isso se vc quiser visitar deve ver com bastante tempo. Ele é difícil pela visita ser controlada e só entram 15 pessoas por vez e só podem ficar lá admirando a obra por 15 minutos apenas, esta pintura se encontra na parede no Cenáculo Viciano, que fica ao lado da igreja e se vc passar por Milão acho que deve aproveitar a oportunidade de ver ao vivo uma das obras mais importantes do mundo! O ingresso com a taxa custa 12€, e como fizemos a reserva antes já estava pago. Depois passamos pela igreja pra conhecer e de lá seguimos caminhando para o Castelo Sforzesco, que fica bem pertinho, demos uma volta por ele mas não visitamos o museu, pois era pago e decidimos não entrar. Em seguida fomos também andando até a Piazza del Duomo para ver a Catedral e ela é realmente impressionante, simplesmente fantástica e giganteeee...rsrs... gigante também estava a fila da revista pra entrar e não tivemos coragem de enfrentá-la... também não teríamos muito tempo, pois tinhamos que voltar pro hotel pegar as coisas e seguir pra estação de trem, mas ainda deu tempo de entrar na Galleria Vittorio Emanuele II, que é um luxo e linda demais!! Nosso trem partiria as 14:50, então só passamos metade do dia em Milão e até que deu pra aproveitar bastante! Pegamos o metrô e seguimos para o hotel pra pegar as bagagens e depois fomos caminhando para a estação central, chegando lá passei no McDonald's (sempre ele pra ajudar...kkk) e "almocei" por lá! Nossa próxima cidade italiana seria Florença e eu estava bem animada pra conhecer, pois de lá ainda aproveitaríamos pra fazer 2 bate-volta! Nosso bilhete pela, Trenitalia, custou 9,90€ e também já havíamos comprado antecipadamente. Próximo post, a cidade que respira arte: Florença! Gastos do dia: Taxa de Hospedagem = 3€ 2 Tickets metrô = 3€ 1 Gellato = 2,50€ Imã + Chaveiro = 5,40€ McDonald's = 7,90€ Total: 21,80€ Dia 16 - Florença Chegamos em Florença no final do dia, e como não foi pela estação principal compramos um bilhete de trem e descemos na estação seguinte. Todas nós ficamos em hostels diferentes, mas 2 meninas ficaram em hostels na mesma rua e achei a localização ótima, praticamente ao lado da estação e pertinho de tudo! Fiquei no Hotel Paola e o quarto feminino compartilhado com 8 camas custou 12,50€ a diária, sem café da manhã! O hostel era bem simples, ficava no último andar de um prédio de 3 andares sem elevador...rs... mas achei o preço ótimo, era limpo, tranquilo e muito bem localizado então valeu super a pena! Assim que chegamos saímos em busca de um mercado e compramos algumas coisas, levei tudo pro hostel e não saí mais neste dia, depois do banho capotei na cama e não vi mais nada... sempre dormia cedo pra tentar guardar energia, pois o cansaço estava batendo forte durante a viagem... No dia seguinte acordei cedo, pois havia agendado horário pra visitar alguns museus e seria um dia cheio, mas foi um dos melhores dias da viagem pois consegui fazer muita coisa e tudo no meu tempo, sem falar que amei Florença, é uma cidade realmente incrível e tem muita coisa pra ver e fazer!! Este foi um dia que fiz tudo sozinha, pois as meninas aproveitam pra fazer outras coisas e cada uma fez coisas diferentes... e elas não estavam afim de visitar museus ou igrejas...rs! Fui caminhando do hostel até a Galleria dell Accademia, onde se encontra o Davi, de Michelangelo, já que começaria por lá e olha aconselho fortemente a comprar o ingresso pelo site, pois as filas em todos os museus são bem grandes, mesmo que vc pague as taxas, vale a pena pois vc economiza muito tempo! O ingresso custou 12€ e vc agenda o dia e horário melhor pra vc, só trocar o voucher e entrar! Vale muito visitar o lugar, que é pequeno e a visita pode demorar no máximo 1h se vc quiser ver tudo, mas a grande estrela é o Davi!!! Gente, ele é imenso e cheio de detalhes que impressionam, fiquei um bom tempo admirando... como fui cedo não estava cheio e foi bom ter espaço. Ainda percorri outras salas do museu, depois de satisfeita fui em direção a igreja Santa Maria del Fiore também caminhando, pois é tudo bem pertinho!! Eu havia comprado o ingresso para subir a Duomo também pelo site, mas lembrando que para entrar na igreja não paga, porém caso vc queira subir até a Duomo pra ter uma vista 360° da cidade é preciso pagar, são mais de 460 degraus mas confesso que achei que seria pior, a subida cansa, mas não é nada assustador!!! Bom, esse ingresso dá direito a visitar outros lugares como o Museo dell'Opera del Duomo, Batistério de San Giovanni, Campanário de Giotto entre outros... o ingresso custou 18€ e vc pode usar por 3 dias (mas só entra uma vez em cada lugar). A vista que se tem do alto compensa toda a subida, pois é incrível ver toda a cidade! Depois ainda fui ao Batistério e também ao Museu do Duomo, este último confesso que me surpreendeu muito, é incrível e só ele já valeria o ingresso e nem é tão comentado o que é uma pena, mas talvez seja por ser novo... gente, não deixe de conhecer esse museu!! Lá estão as verdadeiras "portas do paraíso" e é tão rica em detalhes e confesso que fiquei perdida com tanta coisa fascinante... esse museu nem é muito cheio, dá pra ver tudo com calma e vc vai se surpreender, fica a dica!!! No meio da tarde eu havia marcado horário para a Galleria degli Uffizi, onde pelo site o ingresso custou 24€ e eu já tinha trocado o voucher antes quando fui no primeiro museu, ver o Davi... a Ufizzi estava lotada e algumas salas estavam entupidas de gente, como a sala do quadro Nascimento de Vênus, de Bocelli, que vale dizer que é fantástico né?! Além disso o bom que vc pode ver bem de pertinho e apreciar os detalhes... adorei também as pinturas de Michelangelo e Rafael!! A Galleria é enorme e possui diversas obras, dá pra ficar um bom tempo por lá!! Não deixe de conhecer também este que é um dos museus mais importantes do mundo!!! Depois do meu roteiro recheado de arte e cultura caminhei um pouco pela cidade, fui até a Ponte Vecchio e terminei o dia comprando alguns souvenirs e comendo um pedaço de pizza...rsrs... também passei no mercado pra comprar algumas coisas e segui pro hostel, pois estava cansada, porém muito feliz por ter conseguido fazer tanta coisa neste dia!!! No dia seguinte teria 2 bate e volta pra fazer então não dormi muito tarde, tomei banho e já deixei as coisas arrumadas, pois iria embora no dia seguinte, após os passeios! Gastos do dia: Ticket Trem = 1,20€ Mercado = 4,94€ Imãs + chaveiro = 3€ Mercado = 7,15€ Coca + Pedaço de pizza = 3,30€ Total: 19,59€ Dia 17 - San Gimignano / Pisa Neste dia eu e mais uma das meninas haviamos combinado de conhecer 2 cidades próximas. Meu hostel cobrava 10€ (absurdoooo) pra deixar a bagagem guardada mas como das meninas não cobrava nada, pedi que ela guardasse minha mochila lá e ela conseguiu...rs... passei em uma lachonete e comprei um pedaço de pizza pra comer no caminho até a estação... por volta das 08h já estávamos na estação rodoviária de Florença, que fica ao lado da estação central, parece mais uma garagem...rs.. A primeira cidade seria San Gimignano e eu já tinha comprado meu ticket, que custou 6,80€ pela empresa Tiemme Toscana, mas vc pode comprar na hora sem problemas. Não existe ônibus direto, vc precisa descer em Poggibonsi e lá fazer baldeação para outro ônibus, caso vc prefira também pode ir de trem e descer na estação de mesmo nome pra pegar esse ônibus, leva-se o mesmo tempo mas o trem é um pouco mais caro e vc precisa pagar pelo ônibus, sendo que indo de ônibus vc paga um único valor pelos 2!! Chegamos cedo, ainda não estava muito cheia e a cidade é linda! Típica cidadezinha medieval, um charme e é tudo encantador... a cidade é muito pequena e vc pode conhecer tudo em pouco mais de 1h! Ela é toda murada e a vista é para toda a Toscana e com visual incrível... Eu amei conhecer esse lugar, pois parece que voltamos no tempo! Lá vc também pode conhecer a sorveteria que já ganhou o prêmio de melhor sorvete do mundo, a Gelateria Dondoli, imperdível pra quem ama gellatos, como eu...hehehe Depois de andar, tomar sorvete e curtir o lugar, resolvemos seguir nosso roteiro e desta vez partir pra Pisa! Muita gente só faz o bate e volta pra Pisa, mas resolvi incluir esta cidade por ter lido sobre ela e me encantado. Pegamos o ônibus de volta pra estação e Poggibonsi e pegamos o trem pra Pisa, não há trem direto, tivemos q fazer uma baldeação e apesar de ter demorado um pouco deu tudo certo! Chegando em Pisa vc pode ir andando até a Torre ou pegar um ônibus, que custa 2€ ida e volta mas q vc precisa usar em até 1h e 30min, como estávamos cansadas resolvemos pegar o ônibus mesmo...kkkk... ele deixa em frente a entrada da cidade e vc já vê as barraquinhas, a muvuca e tudo mais... assim que vc atravessa a entrada vê a Torre ao longe, ela é maior do que eu pensava mas achei que seria mais inclinada....kkkkkkk! Ficamos lá fazendo mil poses para as fotos e depois paramos em uma sombra e tomamos sorvete, daí ficamos só observando o povo também pagando mico...rsrs... estava um dia muito, muito quente e ficamos um bom tempo lá a toa... depois fomos para segunda sessão de fotos....kkkk!!! Acabamos perdendo o prazo pra usar o bilhete do ônibus e tivemos que comprar outro na volta, mas antes dei uma passada no banheiro do McDonald's e até lá é cobrado pra entrar, é mole? Kkkkk!!! Nas barracas do lado de fora da cidade é tudo muito baratinho, se puder compre souvenirs por lá! Na estação comprei o bilhete de volta pra Florença, custou 8,40€, e chegando de volta a cidade passei no mercado pra comprar algumas coisas, pois chegaríamos umas 22h no nosso próximo destino e já seria um pouco tarde pra comprar algo. Eu adorei conhecer a Toscana, é um lugar que voltaria com toda certeza! Florença é uma cidade maravilhosa que vale muito a pena conhecer! Eu gostaria de ter feito mais coisas por lá, pois há muito oque ver, não deixem de reservar no mínimo 2 dias para Firenzi!!! Próximo post, a última cidade italiana!! Gastos do dia: Coca + Pedaço de pizza = 5,40€ 2 Sorvetes = 5,50€ Imã + Chaveiro = 5€ Sanduiche + Coca (máquina) = 3,60€ Sorvete = 2€ Banheiro = 0,50€ 2 Ticket Ônibus = 3,40€ Trem Trenitalia = 8,40€ Mercado 5,38€ Total: 39,18€ Dia 18 - Roma Chegamos em Roma já um pouco tarde, mas como sabíamos que os hostels eram perto, decidimos ir caminhando... Havíamos comprado nossas passagens pela Italo Treno e custou a bagatela de 9,90€ em trem rápido, a viagem durou um pouco mais de 1h30!!! Eu e mais uma das meninas ficamos no Locanda Hotello, e as outras em hostels diferentes por não ter mais vagas neste. Paguei 32€ para 3 diárias em quarto feminino com 5 camas e incluía um pequeno café da manhã na lanchonete que havia embaixo, que na verdade consistia em um croissant e um café ou suco, mas por ter pago bem barato achei ótimo, fiz a reserva pelo Hostelworld e já tinha pago uma parte! Em Roma também é necessário pagar uma taxa turística por noite em qualquer hospedagem e custava 3,50€ (carinho né?). Achei o prédio do hostel bem estranho, pois é muito antigo, mas o hostel era bem limpinho e arrumadinho, tinha uma pequena cozinha que vc podia utilizar e vários banheiros! Mas o melhor de tudo é que ficava em frente ao Termini, tanto que a vista da janela era pra ele...rs! Isso nos ajudou muito na hora de nos locomover, pois de lá tem transporte pra todo lado, gostei muito de me hospedar nesta região!!! No dia seguinte acordamos cedo e já tinhamos planejado começar o dia pelo Coliseu, compramos 2 bilhetes de metrô e confesso que achei o metrô de Roma muito simples por ter apenas 2 linhas, é muito fácil se locomover pela cidade! Esse bilhete vale por 100min e vc também pode utilizar para tram e ônibus, e usar a vontade por esse tempo, mas o metrô vc só pode utilizar por 1 vez! Bom, já tinhamos comprado nosso ingresso do Coliseu pela Internet e aconselho vc a fazer isso ou comprar o Romapass, só não achamos vantagem em comprá-lo pois sairia bem mais caro e não vi vantagem no transporte com ele já q vc faz muita coisa a pé na cidade, nosso ingresso custou 14€ pelo site e gastamos apenas 3€ com transporte, então faça as contas pra ver se vale a pena pra vc!! O Coliseu estava lotado e o dia estava muito quente, muito mesmo! Lembre-se de levar com vc uma garrafinha pra encher nas diversas fontes que há pela cidade, inclusive nas atrações turísticas! Mesmo com ingresso em mãos pegamos fila por causa da verificação de segurança e demorou um pouco, e como tem aqueles espertinhos cara de pau que adoram furar fila, demorava mais ainda... fiquem ligados!! Visitamos primeiro o andar de baixo e só depois subimos, mas é incrível estar alí dentro, vc sente algo diferente, ele é grandioso mesmo! Ficamos lá um bom tempo e resolvemos não entrar nos Fóruns, pois estava estupidamente lotado e acabamos indo almoçar em uma das ruas próximas, encontramos um restaurante muitooooo barato e que recomendo, chama-se Ciard e uma pizza grande + coca de 1L custava apenas 7€ e se vc quisesse só a pizza era 5,50€!! Pedimos 3 e rachamos o valor, então ficou super em conta!! Fica a dica De lá passamos em uma lojinha pra comprar souvenirs e depois seguimos caminhando até o Monumento Vittorio Emanuele, que realmente é imenso e me surpreendi! Na rua ao lado conseguimos ver os Fóruns e achei bem interessante, pois víamos de cima e deu pra ter uma ótima noção! Passamos em um mercadinho pra comprar algumas coisas e continuamos nosso passeio até a Piazza Navona, que achei linda e depois fomos até o Panteão, que é absurdamente imenso, aliás, tudo em Roma é muito grande e em cada esquina vc dá de cara com algo histórico... há muito o que ver por lá, é um museu a céu aberto e vc pode visitar muita coisa sem pagar nada! Bom, entramos no Panteão e depois de um tempo por alí seguimos para uma igreja que eu queria muito conhecer, pois ouvi falar muito bem, se chama San Inácio de Loyola, e olha é realmente maravilhosa, pois ela tem umas pinturas no teto em 3D incríveis e também o desenho que faz vc pensar que há uma cúpula e na verdade não é real... vale demais visitar essa igreja que fica bem pertinho do Panteão, confiram e não vão se arrepender!! Como era dia da estréia do Brasil na Copa, decidimos combinar todas de assistir em algum lugar e acabamos ficando em um Pub alí por perto mesmo e encontramos mais uma menina que conhecemos no hostel e outros brasileiros lá mesmo. O pessoal era bem animado e foi engraçado assistir ao jogo longe de casa...rs...no final foi 1x1 (aff!) E como estávamos com a camisa do Brasil ouvimos alguns zoarem e outros darem apoio....kkkkk!!! Depois seguimos para a Fontana de Trevi e ficamos por alí com o pessoal, umas meninas seguiram novamente pro barzinho e eu e outras voltamos pro hostel de metrô, foi um dia super cansativo mas bem divertido! Um pouco mais tarde bateu fome e descemos pra comer algo alí por perto, eu comi uma pizza e a minha amiga pediu macarrão, depois subimos e capotamos, pois o dia seguinte também seria cheio! Gastos do dia: 2 tickets do metrô = 3€ Pizza + Coca = 5,25€ Souvenirs = 5,25€ Sorvete = 2,50€ Mercado = 5,95€ Pub = 2€ Pizza = 6€ Hostel = 36€ Total: 79,20€ Dia 19 - Vaticano Neste dia fiz questão de acordar bem cedo, pois era o dia de conhecer o Vaticano e dizem que vc deve ir bem cedo pra não pegar a fila gigante que se forma pra entrar... compramos novamente apenas 2 bilhetes de metrô e por volta das 08h já estávamos no Vaticano! Assim que descemos na estação de metrô vimos uma banca com muitos souvenirs, terços e tudo com ótimo preço, é uma banca gigante e se puder compre lá, pois foi a mais barata que vi! Eu super aconselho vcs a irem o mais cedo possível, pois pegamos tudo vazio e foi ótimo visitar a Basílica sem tumulto, não pegar nenhuma fila pra entrar e aproveitar tudo com calma!! A Basílica é realmente enorme e rica em detalhes, impressiona bastante! Eu resolvi subir até a Cúpula, mas as meninas preferiram esperar... pra subir tudo de escada vc paga 8€ ou pode pagar 10€ e subir uma parte de elevador e depois mais de 300 degraus a pé, optei pela segunda opção...rs... afinal era uma diferença baixa, não havia fila pra comprar o ingresso, a subida vai acompanhando a cúpula e as paredes vão entortando, e quem sofre de claustrofobia não aconselho fazer essa subida, pois há janelas apenas em raros trechos e são minúsculas... a vista é para toda praça de São Pedro e vc consegue ver muita coisa lá de cima, acho que vale a pena ver a cidade do alto e ter essa visão fantástica!! Quando desci tinha uma fila já grande, então vá cedo!! Depois encontrei as meninas, tiramos algumas fotos da Praça e de lá seguimos a pé para o Museu do Vaticano, que fica pertinho! A fila estava imensa, muito surreal, mas ainda bem que tinhamos comprado nossos ingressos antecipadamente pelo site e custou 21€ (taxa de 4€ inclusa), esse ingresso inclui a Capela Sistina, tá gente? Olha, não sei explicar como estava o Museu, era algo insano de tão lotado... éramos levadas pelas pessoas, e olha que chegamos cedo, meu Deus! Todas nós nos sentimos muito mal, pois estava lotado e lá não tem ventilação direito, estava muito quente e era sufocante!! Não consegui ver nada direito, só queria sair de lá...rsrs! Infelizmente não pude aproveitar muito e fiquei bem chateada, deve ter sido azar de justo naquele dia estar tão lotado, acontece né?! Como estávamos nos sentindo péssimas, só queríamos logo chegar na Capela Sistina e parecia que nunca chegaria, sempre mais e mais corredores, escadas e salas... até que vimos a porta da capela (aleluia!!). Posso dizer a vcs que só esse lugar já vale o ingresso, é de cair o queixo mesmo... gente, é lindaaaa, maravilhosa, impressionante!!! Michelangelo estava realmente inspirado!!! Lá dentro não pode tirar fotos, mas tirei uma escondida...rsrs!! Se vc não é do tipo fã de museus, tudo bem, mas vá ao menos pra se deslumbrar com essa obra incrível, não deixe de conhecer a Capela Sistina!!! Saímos do museu e procuramos um lugar pra comer, decidimos por um restaurante em uma das ruas próximas e rachamos umas pizzas. Eu havia reservado horário para visitar a Necrópole do Vaticano, então me separei das meninas aqui e voltei para o Vaticano sozinha. Esse passeio é pouquíssimo divulgado e muito difícil de conseguir, mas se vc se antecipar muito conseguirá um encaixe! Ele consiste em poder conhecer a Necrópole que fica abaixo do Vaticano, e visitar o túmulo de São Pedro... é uma experiência muito incrível e mesmo que vc não seja católico ou religioso, é algo bem diferente, pois vc passa por lugares que pouquíssimas pessoas possuem acesso. Não é muito divulgado para continuar sendo algo mais restrito, a visita deve ser agendada com o envio de um email em italiano para o vaticano dizendo os dias que vc estará na cidade e que deseja realizá-lo, vc poderá informar também o idioma que prefere da visita guiada, escolhi português e consegui!! Dura umas 2h toda a visita e é muito interessante, caso tenha disponibilidade pra vc eles enviam um link pra que vc efetue o pagamento, que custa 13€! É proibido tirar fotos ou filmar lá embaixo.... Se alguém se interessar em fazer essa visita só me falar aki o email que envio mais detalhes de como fazer certinho e tudo mais ! Bom, depois dessa visita incrível, vc acaba encerrando o passeio no lugar onde existem os túmulos dos papas, que fica no andar abaixo da Basílica e pode entrar novamente na igreja, caso ainda não tenha ido. Quando terminei a visita, assim que sai mesmo começou a cair uma tempestade, era muita chuva mesmo!!! Parecia coisa de filme...rsrs... todo mundo correndo, ventania, trovões e todos entraram na Basílica pra se proteger, a chuva começou a entrar até lá e tinha muita gente apavorada e eu só admirando...sabia que estava segura...rs... foi algo bem surreal! Passada a tempestade o sol abriu novamente e resolvi voltar pro hostel, não queria arriscar de pegar outra chuva assim...rs! Antes dei uma passada no mercado e comprei algumas coisas pra jantar e fazer um lanche no aeroporto no dia seguinte! Depois arrumei tudo, pois sairia logo pela manhã e desta vez partiríamos para o lugar mais aguardado da nossa viagem, a Grécia!!! Gastos do dia: 2 tickets metrô = 3€ Coca = 2,50€ Souvenirs = 14€ Cúpula Basílica de São Pedro = 10€ Pizza + coca/3 = 6,66€ Mercado = 10,57€ Total: 46,73€ Dia 20 - Zakynthos Chegamos ao dia mais aguardado da viagem, finalmente conhecer as ilhas gregas...rs! Desculpa gente, mas quem não sonha em conhecer a Grécia? Eu nunca pensei que poderia ir, ainda mais em uma viagem que incluia várias outras cidades caras, como Paris, Londres e outras, mas com um bom planejamento tudo é possível sim! Bom, neste dia acordamos cedo pois agora não pegaríamos mais ônibus ou trens, onde as estações costumam ficar bem no centro e não há problemas pra chegar, aeroportos são sempre distantes e sendo assim, combinamos de nos encontrarmos na estação do Termini, pois nosso ônibus até o aeroporto sairia de lá! Antes, passamos em um hotel próximo pra deixar nossa bagagem guardada, foi a melhor coisa que fizemos pois viajamos super leves e sem as bagagens maiores, já que as meninas estavam com malas grandes e eu com uma mochila de 70l que já estava bem mais pesada, devido as comprinhas que vamos fazendo durante a viagem...rs! Usamos o serviço da Nannybag e super indico, 5 dias para guardarem a bagagem saiu por 24,70€ e com isso pudemos viajar tranquilas sem nos preocupar com os vôos lowcost, pois pra adicionar bagagem sai mais caro né?! Levei apenas a mochila básica com tudo que usaria na Grécia e foi ótimo! Nosso vôo sairia do aeroporto Fiumicino e compramos o bilhete pela Terravision que custou apenas 5€, pelo site! Recomendo demais, o ônibus foi pontual e chegamos tranquilamente no aeroporto, mas lembre-se de sempre sair com uma boa antecedência para o caso de ocorrer algum problema, né! Uma das meninas atrasou e não conseguiu pegar o mesmo bus que a gente, mas conseguiu pegar outro e chegar a tempo no aeroporto!!! Viajamos pela Vueling e a passagem Roma x Zakynthos custou 51€ com 8 meses de antecedência, isso mesmo, comprei 8 meses antes e foi um ótimo preço, além de o vôo ser direto e não precisar fazer conexão em Atenas!! Chegamos lá a tarde e já tinhamos reservado um carro pelo site da Greeka.com, que eu não conhecia mas que indico bastante por ter sido tudo super certo, o preço foi ótimo também, 51€ para 3 diárias (não por dia, mas o total das 3 diárias foi esse)!!! Como estávamos em 4 saiu super em conta rachar o valor, mesmo pagando mais 5€ cada uma pra adicionar o seguro do carro!! Gente, quem vai a Zakynthos super recomendo alugar carro, pois a ilha é muito grande e não dá pra fazer nada sem agência ou de táxi, pois tudo é longe e não há transporte público, somente no centrinho, na parte mais sul da ilha... Bom, chegando lá e pegando o carro resolvemos abastecer logo e depois seguimos para comprar algumas coisas no mercado, depois ligamos o gps do celular (bendito google maps!!), e seguimos em direção ao hotel, que ficava ao Norte da ilha! Nos hospedamos no Kozanos II, fiz a reserva pelo Hóteis.com e o preço total para 2 diárias foi de 66€ em quarto privativo para 3 pessoas, sem café da manhã, então a diária saiu a 11€ pra cada e já havíamos pago antecipadamente!!! O quarto era ótimo com tv, ar, frigobar, tudo novo e tinha uma mini cozinha, além do banheiro que era bem espaçoso e uma varandinha pra relaxar... o hotel possui piscina e fica a menos de 5min a pé da praia, sem falar de um mercadinho ótimo em frente! Gostamos de tudo e a moça que cuidava de tudo era um amor de pessoa!!! Uma das meninas não tinha conseguido fechar o mesmo quarto que nós, então reservou um só pra ela, mas acabamos ficando 2 em cada quarto, sem problemas!! Neste dia estávamos bem cansadas e acabamos apenas dando uma volta na praia pra conhecer e depois saímos pra comer, eu escolhi uma pizza e confesso que foi a pior pizza da vida...kkkk!!! Era muito estranho o sabor, nossa, me senti frustrada...rs.. mas a senhora do restaurante era tão boazinha que nem reclamei, falei q estava tudo muito gostoso....kkkkk!! Dormimos cedo neste dia e recarregamos as energias!! Gastos do dia: Taxa hotel = 0,50€ Gasolina / 4 = 2,50€ Aluguel carro = 8,25€ Mercado / 4 = 7,10€ Mercado = 8,47€ Pizza + coca = 5,50€ Total: 32,32€ Dia 21 - Zakynthos Acordamos cedo, preparamos uns sanduíches, água, bebidas, biscoitos e jogamos tudo no carro, pois passaríamos o dia conhecendo as praias e com gps ligado, seguimos em direção ao mirante da famosa praia do Naufrágio (Navagio Beach), estávamos mega empolgadas!!! Mas no meio da estrada percebemos que não havia nada...rs...só estrada mesmo e ficamos com medo do combustível não dar, então voltamos bastante pra procurar um posto e isso nos atrasou um pouco pela manhã, mas depois de abastecidas lá fomos nós de novo... aconselho bastante o uso do GPS, pois é tudo em grego nas placas e confunde um pouco...kkkk!!! Quando chegamos, noooossaaaa que visual, é realmente impressionante e muito alto também...kkkk! Estava com vários ônibus de passeios e tinha muita gente na plataforma tirando fotos e até com fila, mas não é alí que vc conseguirá o melhor ângulo, continue caminhando por uma trilha pela direita e tenha cuidado, pois tem muitas pedras e podem machucar os pés... lá na frente vc terá um visual incrível e de tirar o fôlego, e a cor do mar é surreal... um azul esplendoroso!!! Mas muito cuidado hein gente, pq é muito alto e confesso que eu fiquei apavorada, pois tenho medo de altura...rsrs... e não há nenhum tipo de corda, ou grade... nada, mas vale demais a pena, com toda certeza!!! Ficamos lá um bom tempo batendo muitas fotos, muitas messsmooo...hehehe...depois voltamos pro carro e seguimos em direção ao porto Vromi, o lugar mais perto até a praia de Navagio, pois a praia só é acessível através de barcos, mas a praia do porto é uma beleza a parte, confira na foto!!! Existem diversos barquinhos que fazem esse passeio, encontramos um que nos cobrou apenas 10€ por pessoa pelo passeio de 3h e não estava muito cheio, foi um excelente preço, já que costumam cobrar de 25 a 30€ por esse passeio, por isso aconselho a fazer o passeio saindo deste lugar, pois além de mais barato é mais rápido pra chegar na praia!!! Antes de chegar até Navagio, paramos nas Blues Caves e só de passar por lá já impressiona bastante a cor da água!!! Como o barco era pequeno ele conseguia entrar nas cavernas, diferente dos grandes que só conseguem te mostrar por fora... depois de um tempo por lá, seguimos para Navagio e ao nos aproximarmos já nos deslumbramos com a cor do mar... é lindo demais!!! A praia não estava muito cheia, ficamos por lá por 1h e deu pra aproveitar bastante! A água é gelada, igual as praias do Rio, então achei de boa, mas a maioria dos turistas não entravam na água, ficavam só tomando sol...rsrs... eu aproveitei bastante!! Fiz meu lanchinho na areia e foi perfeito, por isso aconselho a levar algo pra comer e beber, pois lá não tem nada!! Voltamos pro Porto e seguiríamos pra outra praia, mas nos perdemos, pois o gps nos levou pra uma estrada que nem tinha como o carro passar e nisso perdemos muito tempo e acabamos voltando pro hotel e passamos o resto do dia na piscina relaxando... Gastos do dia: Gasolina / 4 = 7,50€ Lembrancinhas = 3€ Mercado = 1,55€ Água = 0,50€ Passeio Navagio = 10€ Total: 22,55€ Dia 22 - Zakynthos Era nosso último dia na ilha, então fizemos o checkout e deixamos nossas coisas guardadas no hotel e como nosso vôo sairia somente a noite, decidimos conhecer as praias do sul da ilha... seguimos até a praia de Laganas, que estava bem cheia e é onde a maioria das pessoas se hospedam, pois há toda variedade de comércio, onde fica o agito e também de onde saem vários tipos de passeios, se vc não usar carro, aconselho a ficar nesta parte da ilha!! A praia não é bonita... a areia é escura e a praia é comum, mas alí vc encontra de tudo!!! Bom, pesquisamos muito pois os valores estavam bem altos para um passeio que consistia em visitar a ilha que ficava em frente a esta praia, a Marathonisi, mas finalmente encontramos um preço razoável e pagamos 12€ cada, todos estavam cobrando 20€ (absurdo)!!! O barco era com vidro embaixo e o condutor ainda conseguiu nos levar pra ver as tartarugas careta-careta que são gigantes e muito lindas!! Depois ele percorreu por algumas Caves parecidas com as que tem perto da Navagio e só depois desembarcamos na Marathonisi!!! Ficamos lá por umas 2h e a ilha é bem pequena, um lado estava lotado e o outro tinha bem menos pessoas... fiquei longe da muvuca, claro...rsrs!! Lá vc já encontra lugar pra comprar comida ou bebida, mas como levei minhas coisas não comprei nada e fiquei só curtindo o lugar, bem bonito também!!! Depois voltamos pra Laganas, mas ninguém quis ficar por lá e resolvemos voltar pro hotel pra descansar, como estávamos em final de viagem o cansaço pesava um pouco, pois era uma viagem bem intensa e sabe como é final de viagem, o corpo vai pedindo arrego...rs... chegando no hotel ficamos na piscina relaxando, tomando sorvete e comendo as coisas que sobraram do mercado...rs... A moça do hotel liberou um quarto pra gente usar pra tomar banho e nos arrumar antes de ir embora, isso ajudou muitooo!! Ela foi uma fofa!! Seguimos para o aeroporto, devolvemos o carro e aguardamos nosso vôo com destino a Atenas!!! O vôo Zakynthos x Atenas custou 41,47€ pela Olympic Air, e comprei com 6 meses de antecedência... vc também pode ir de balsa + ônibus e acho que custa uns 35€, se não me engano, como a diferença era mínima, optei pelo aéreo!! Chegando em Atenas, pegamos um ônibus que leva até o centro, pois pelo horário os táxis estavam bem salgados, esse ônibus custa 6€ e vale a pena, pois te deixa na praça syntagma que é o lugar mais central, de lá pegamos um táxi que cobrou 10€ pra nos levar até o hostel, então foi bem baratinho ;)!!! Gastos do dia: Cocas e água = 3,60€ Passeio Marathonisi = 12€ Mercado = 2,55€ Ônibus Aeroporto de Atenas = 6€ Táxi / 4 = 2,50€ Total: 26,65€ Dia 23 - Atenas Nos hospedamos no Sparta Team Hotel, o quarto duplo com banheiro compartilhado sem café da manhã custou 21€, então ficou 10,50€ pra cada uma, fiz a reserva pelo Hóteis.com e já havia pago antecipadamente. Mas não indico este lugar, pois fica em uma rua muito estranha, inclusive o taxista que nos levou disse pra tomarmos muito cuidado, pois alí era perigoso, de dia acho que não tinha problemas, mas a noite era assustador!! Apesar de ser perto da região central, o lugar era estranho mesmo e o hotel é muito ruim também! Vc pode encontrar lugares muito melhores na cidade, por pouca diferença de preço!! Pela manhã decidimos já levar nossas coisas pra não ter que voltar até o hotel, pois ficaríamos apenas 1 dia na cidade e a noite seguiríamos para o aeroporto novamente!!! Fomos caminhando do hotel até a Acrópole, era perto, o que matou foi a subida...rs...pois estava bem quente, mas ainda bem que pegamos o caminho mais curto, pois a subida pelo museu da Acrópole é mais puxada e é onde a maioria dos turistas sobem, foi oque disseram, e nós subimos pelo outro lado, fica a dica!!! Chegando lá não havia nenhuma fila para a compra de ingressos e pagamos 20€ para entrar, tente ir cedo pois a cidade é bem quente e não há sombra quando vc percorre as ruínas... Eu senti algo especial quando cheguei lá, pois é muita história alí, algo q não dá pra explicar... semprei sonhei em estar alí e demorou pra ficha cair...rsrs!! Eu estava pisando em um lugar emblemático, realmente algo que me fez acreditar que nossos sonhos podem sim se realizar!!! Caminhei sozinha e fiquei pensando em tudo, em como cheguei até lá... olhando aqueles monumentos fantásticos e só contemplando tudo aquilo... A Grécia, sem dúvidas, foi um país que me conquistou demais!!! Depois de percorrermos tudo e tirar muitas fotos, foi hora de descer pois neste dia seria o segundo jogo da seleção e queríamos assistir em algum lugar, então procuramos um restaurante legal e pedimos uma pizza e ficamos lá torcendo, foi bem legal e os gregos estavam torcendo com a gente...hehehe!!! No final do jogo pedimos a conta e vimos que estavam cobrando pela água, que eles haviam dito ser cortesia e questionamos, eles corrigiram e como desculpas ainda nos deram uma sobremesa!!! (Chato isso né?!) Kkkkk!!! Depois caminhamos pelas lojas e comprei várias lembrancinhas, vimos muita coisa e depois ficamos relaxando e fugindo do calor que estava insuportável!!! Acabamos desistindo de ir até o museu da Acrópole pq estávamos muito cansadas, mas teria dado tempo então se me perguntarem se 1 dia é suficiente para Atenas, eu digo que sim, pois não fizemos mais coisas por ter ficado assistindo jogo e ter passado tempo pelas lojas também!! Pegamos o metrô para ir até a praça syntagma e acabamos pegando a linha errada, vi que a direção era errada, descemos e perguntei a uma senhora q só falava grego, mas por incrível que pareça consegui entendê-la, até hj não sei como....kkkkkk.... entramos na linha certa e descemos na praça e estava lotada, pois rolava alguma manifestação pacífica, pegamos o ônibus até o aeroporto, onde ficamos fazendo hora... acabei "jantando" no McDonald's e depois pegamos nosso vôo. Paguei 35,57€ no vôo Atenas x Santorini pela Ryanair e comprei com 6 meses de antecedência, vc também tem a opção de ir de balsa, mas não sei o valor... chegamos depois da meia noite e por isso pegamos um táxi até o hotel, pagamos 25€, sendo que o hotel queria nos cobrar 40€ pelo transfer (É mole? aff!), ainda bem que não fechamos com eles!!! Gastos do dia: Acrópole = 20€ Pizza / 2 = 4,50€ Água = 0,50€ Coca = 1,40€ Lembrancinhas = 13€ Metrô = 1,40€ Ônibus para o Aeroporto = 6€ McDonald's = 6,80€ Total: 53,60€ Dia 24 - Santorini Nos hospedamos no Porto Castello, o quarto duplo sem café da manhã custou 41€ e como dividimos não ficou caro, fiz a reserva pelo Hóteis.com e paguei antecipadamente, haviam hosteis mais baratos na ilha, mas ficavam muito distantes e como só teríamos 1 dia na cidade, optamos pela localização pra ganhar tempo, sem falar que esse hotel tinha transfer gratuito para o centro e ficava ao lado da praia e também tinha piscina!! Por volta do meio-dia (ficamos até o limite do checkout...kkkk) pegamos o primeiro transfer para o centro já com nossas bagagens, pois não voltaríamos para o hotel e descemos próximo ao terminal de ônibus, de lá pegamos o ônibus até Oia, parte mais famosa da ilha e passamos todo o dia por lá, já chegamos procurando um lugar pra comer e decidimos por um restaurantezinho ao lado da estação de ônibus, optamos em experimentar o Pita Gyro e que negócio gostoso, nossa, muitoooo bom e super baratinho, pedi ainda uma porção de batata e um refri e tudo custou 6,80€ pra uma ilha como Santorini eu achei muito em conta!! Depois caminhamos pela cidade e seus becos, que lugar lindo!! Exatamente como eu imaginava, e a vista pra caldeira? Nossa, é uma pintura.... Santorini é de ficar babando!!! Sério, é muito linda!! E também muito cheia, um mar de gente passando o tempo todo!! Estava muito calor, sol a pino e muita gente procurando uma sombra. Ainda visitei a igreja da praça, minúscula, mas bem diferente!! Quando já estava entardecendo voltamos pro restaurante pra comer novamente, dessa vez eu quis só o Pita gyro, ainda tomamos um sorvete e pegamos o ônibus de volta para o centro da ilha, mas estávamos tristes pois não veríamos o pôr do sol, já que não daria tempo, pois tinhamos que pegar o vôo de volta pra Atenas, achávamos que só de Oia que era bonito, mas chegando no centro decidimos dar uma olhada subindo uma rua e pra nossa surpresa estava lindo demais!!! Tinham várias pessoas assistindo e rolava até uma comemoração com música e dança, foi bem legal, só depois que o sol se pôs que decidimos ir pro aeroporto! Quando chegamos na estação descobrimos que só teria ônibus pro aeroporto em 2h e não daria pra gente esperar, pois arriscaria perder o vôo, decidimos pegar um táxi, mas quem disse que passava algum? Nada, nenhum, zerooo!! Começamos a nos preocupar, a hora estava passando... até que resolvemos pedir informações e um português nos falou onde era o ponto de táxi e fomos pra lá, tinha um pessoal lá também esperando e nada de aparecer táxis... ficamos um bom tempo até aparecer um, mas havia se formado uma fila e depois de uns 3 táxis é que pudemos pegar o nosso, custou 20€ até o aeroporto. Chegamos no aeroporto e estava lotadooo, ele é minúsculo e as filas estavam dando voltas...surreal, uma bagunça!!! Vários vôos estavam atrasados e chegando cada vez mais pessoas, não tinha lugar pra todos sentarem, ficou todo mundo aglomerado, um calor danado, crianças chorando, pessoas reclamando... olha, foi horrível!!! Nosso vôo atrasou bastante e quando apareceu no portão de embarque foi um alívio, não aguentava mais... Comprei Santorini x Atenas pela Aegean Airlines e custou 19,55€ com 6 meses de antecedência!! Chegamos em Atenas apenas para passar a noite e depois pegaríamos um vôo pela manhã de volta a Roma. Nos hospedamos no Apartaments Tina, pagamos 21,25€ cada e incluía transfer de ida e volta para o aeroporto, além de um pequeno café da manhã, pequeno mesmo tá...kkkk... uma torrada, um café e um bolinho!! Acho que vale a pena para quem quer apenas dormir perto do aeroporto, era um quarto pra 4 pessoas confortável, com ar, tv, cozinha mas bem longe do centro... fiz a reserva pelo Booking.com!! Vale pra vc descansar e pq inclui transfer, assim economiza com transporte ! Chegamos super cansadas, então foi banho e capotar na cama, apaguei!!! Gastos do dia: Taxi / 4 = 6,25€ Água + coca = 2,50€ Ônibus ida e volta Oia = 3,60€ Souvenirs = 4€ Almoço = 6,80€ Sorvete = 5€ Táxi / 4 = 5€ Pita gyro + coca = 4€ Hospedagem em Atenas = 21,25€ Total: 58,40€ Dia 25 - Roma Acordamos cedo, pegamos o transfer do hotel, que já estava incluso, e seguimos para o aerorto de Atenas. Dessa vez chegaríamos pelo aeroporto de Ciampino, que fica mais próximo do centro de Roma! O vôo foi pela Ryanair e a passagem custou 29,50€ com 6 meses de antecedência. Chegando no aeroporto, mais uma vez usei o ônibus da Terravision que custou 5€ e eu já havia pago pelo site antecipadamente. Esse aeroporto é bem pequeno e muito fácil identificar onde ficam os ônibus. Estávamos de "pasagem" por Roma, já que a noite seguiríamos para Milão de trem, então aproveitamos para conhecer alguns lugares que ainda não havia passado. As meninas seguiram para ver lojas e eu aproveitei para ver alguns pontos e combinamos de nos encontrarmos no Termini no final do dia. Fui caminhando da estação até a Basílica de San Pietro In Vincoli, onde há o Moisés de Michelangelo e as Correntes de Pedro, essa igreja fica meio escondida, mas valeeee muito a pena conhecer, pois é uma das igrejas mais importantes de Roma!! Depois segui caminhando pela cidade e cheguei até a Fontana de Trevi, pois só tinha visto a noite, e ela estava lotada, mas deu pra tirar algumas fotos...rs... fiquei por lá um tempo!!! Continuei minha caminhada pela cidade e acabei parando na Basílica di Santa Maria degli Angeli e dei martiri, que me impressionou bastante, e até assisti a uma missa e uma apresentação de órgão, que é gigantesco!! Foi um momento de paz e reflexão... foi o momento de me despedir da cidade também, pois ela fica bem pertinho do Termini, na Piazza della Reppublica! Depois passei em um mercadinho, comprei algumas coisas e encontrei as meninas e fomos buscar nossa bagagem que havíamos deixado em um hotel antes de ir para Grécia, lá tinha banheiro e usamos para nos trocar e só então seguirmos para a estação onde pegaríamos o trem noturno para Milão!!! Nosso trem saiu de outra estação e não do Termini, foi o único momento que usei um bilhete de metrô neste dia, pois dá pra fazer muita coisa a pé na cidade, fica a dica!!! Gastos do dia: Mercado = 13,42€ Água = 1,50€ Total: 14,92€ Dia 26 - Lugano Muita gente deve estar perguntando, mas pra quê vc voltou pra Milão? Bom, na verdade, eu voltei pq tinha muita vontade de conhecer a cidade de Lugano, uma cidade Suíça que fica pertinho de Milão e o vôo de Milão para Paris estava bem mais em conta do que de outras cidades, já que eu voltaria por lá uni o útil ao agradável!!! Bom, paguei no trajeto Roma x Milão a bagatela de 7,90€ pela Trenitalia, e como o trem era noturno ainda economizei em hospedagem para este dia...rs... comprei essa passagem com 2 meses de antecedência pelo site! Já havia comprado a passagem de ônibus para Lugano e paguei 8€ pela Flixbus com 3 meses de antecedência, então foi bem vantajoso!! Chegamos em Milão totalmente quebradas e cansadas, pois além de estarmos no final da viagem, dormimos no trem, que não é a mesma coisa de dormir em uma cama confortavelmente...rs... as meninas pareciam bem desanimadas pra conhecer mais uma cidade e enfrentar mais 1h de ônibus e confesso que até eu estava...rs... pegamos o metrô até a estação que pegaríamos o ônibus e a viagem foi bem rápida mas chegando na cidade o ônibus nos deixou no meio do nada, no meio de uma estrada e nem tinhamos francos suíços pra pegar transporte, decidimos andar até um ponto de ônibus e tinha uma máquina pra comprar bilhetes que aceitava euros.... modernidade é outro nível né gente!!! Hahahaha!!! Estávamos na Suíça!!! Acabamos comprando o bilhete errado, mas o motorista viu que éramos brasileiras e viu que foi erro mesmo e não má vontade e ele era português e falou na nossa lingua que estava tudo bem, que era só pra prestarmos atenção na volta e até ficou batendo papo conosco e nos desejou um ótimo passeio pela cidade!! Descemos na estação central da cidade, trocamos alguns euros por francos suíços na casa de câmbio da estação e deixamos nossa bagagem nos armários de lá e fomos caminhando para o centro... Quando chegamos no centro todo o desânimo foi embora, ficamos de boca aberta com a cidade, com o clima, com as ruas, com o lago, com tudo! Ficamos completamente encantadas com Lugano, uma cidade linda e que impressiona... vale muito a pena fazer um bate-volta na cidade caso vc esteja por Milão, afinal, onde mais vc vai ver lindos cisnes nadando em um lago completamente cristalino? Sério, não deixem de conhecer!! Sem falar nos chocolates, nossa, comprei vários, já estava no final de viagem e foi perfeito....rsrs!!! As lojas aceitam euros, mas lhe devolvem o troco em francos, caso sobre... então veja se vale a pena, paguei algumas coisas em euros e utilizei o restante dos francos no mercadinho pra lanchar no caminho de volta... Ficamos sentadas comendo na beira do lago e foi uma paz tão grande, deu pra dar uma recarregada nas energias e foi uma cidade que nos surpreendeu muito, amamos Lugano!! A tarde voltamos para a estação pegar nossas coisas, e desta vez voltamos de trem, então foi bem mais fácil, porém o trem é bem mais caro que o ônibus, a passagem custou 24€ pela Trenitalia, ao qual eu já havia comprado pelo site, e nos deixou na milano central... ao lado desta estação ficam os ônibus para o aeroporto e vale a pena pelo valor, apenas 8€ pela Terravision, mas cuidado, pois existe mais de 1 aeroporto na cidade, então veja direitinho qual ônibus vc deve pegar, o nosso era o aeroporto de Malpensa e pegamos um bom transito devido a um acidente na estrada, ainda bem que saímos com bastante antecedência e deu tudo certo!!! Chegando no aeroporto pegamos o vôo de volta a Paris, o valor da passagem foi de 25,83€ pela Vueling, com 8 meses de antecedência e paguei mais 17€ para despachar minha bagagem, foi a única vez que paguei por bagagem em toda viagem, mas estava ok, pois estava indo para o último trecho da viagem e minha mochila estava bem grande e dobrou de peso desde o início da viagem...rsrss!!! Se vc voar de Milão a Paris não deixe de admirar o belo visual dos Alpes pela janela do avião.... é lindo demais!! Chegamos em Paris já bem tarde e como nosso vôo para Lisboa sairia bem cedinho, resolvemos não pagar hospedagem, pois gastaríamos com táxi também por ser muito cedo e decidimos passar a noite no aeroporto, nem sabiamos se poderia, pois o aeroporto de Orly fecha mas ficamos por lá e deu tudo certo, vimos muitas pessoas ficando por lá pra passar a noite também... tinha um mercadinho dentro do aeroporto e comprei algumas coisas pra passar a noite Gastos do dia: Metro = 1,50€ Ônibus = 1,80€ Chocolates e souvenirs Lugano = 30€ Armário = 4,50€ Mercado = 4€ Mercado aeroporto Orly = 7,92€ Total: 49,72€ Continua... Obs: Vou atualizando aos poucos, pois é muita informação, mas prometo tentar fazer isso semanalmente ou até menos. Não esqueçam da dica pelo Booking vc consegue receber de volta R$50,00 no seu cartão após o check-out da hospedagem, basta que a reserva seja de no mínimo R$100,00. Vc realiza a reserva por este link e recebe o valor de volta no cartão que usou, vale pra usar uma única vez ok! Clica neste link: https://www.booking.com/s/43_8/733e5f83 Postei um vídeo com algumas imagens dos locais que passei, então vcs podem ver o que vem por aí neste relato! Caso surjam dúvidas, podem me chamar no insta: @viajacris 😉
  7. LISBOA fica instalada nas colinas ao norte do rio Tejo, é rica em história e convidativa a ser visita a pé. Preparei um roteiro de 3 dias que permite ver todos os points turísticos interessantes de Lisboa. Fiquei na verdade quatro dias em Lisboa para deixar um dia só para compras, uma vez que era o período da liquidação de verão! É claro que de acordo com o seu tempo disponível e interesse você poderá fazê-lo em menos tempo ou em quatro dias. Sempre que viajamos gosto de comprar o Guia da Folha de São Paulo, mas como Portugal é mais fácil por ser a mesma língua, comprei apenas o Guia de bolso, também da Folha de São Paulo, é bem mais prático para carregar na bolsa. O Guia divide a cidade a cidade em 4 regiões, mas acho tranquilo dividir em 3 dias. Antes tudo, para fazer este roteiro a minha dica é se hospedar no Hotel Ibis Centro Saldanha, pois fica 1,2 km do centro de Lisboa. Mas, o essencial é que a estação de metrô é muito próxima e todas as vias passam pela estação Saldanha, logo, é possível fazer baldeação para qualquer lugar de Lisboa, sem falar que é uma rede com um preço muito bom! PRIMEIRO DIA – CENTRO HISTÓRICO No primeiro dia deverá sair cedo do Hotel, pois é o dia com mais lugares para visitar, ou caso queira, transforme em dois dias. Sugiro começar o passeio pelo Parque Eduardo VII. A maneira mais fácil de chegar ao Parque é saindo na Estação de Metro Marques de Pombal (Linha Azul/Amarela) ou Estação Parque (Linha Azul). Suba a colina e vá até a parte mais alta do parque para ter uma vista privilegiada do Miradouro sobre toda a cidade de Lisboa. Você conseguirá ver a famosa estátua do Marquês de Pombal (diplomata iluminista responsável pela reconstrução da cidade após o Grande Terremoto de 1755); do lado esquerdo o Castelo de São Jorge; do lado direito o famoso Bairro Alto; e ao fundo o Rio Tejo. O Parque recebeu este nome em 1903 para homenagear o Rei Eduardo VII do Reino Unido, como forma de celebrar as relações entre os dois países. No miradouro ainda existe o polémico monumento ao 25 de Abril (data do golpe de Estado militar, em 1974, que depôs o regime ditatorial) por ter uma sua estrutura fálica que jorra água para a fonte. Depois desçam até a rotunda (rotatória) do Marques de Pombal e prepare-se para uma caminhada pela Avenida da Liberdade, a principal da cidade. As calçadas em toda a extensão da avenida são feitas das típicas pedras portuguesas, com desenhos muito bonitos. Na Avenida da Liberdade estão as lojas de grandes marcas como Emporio Armani, Luis Vuitton e tantas outras. O percurso pela Avenida da Liberdade (até a Praça dos Restauradores) tem pouco mais de um quilômetro e é uma caminhada muito agradável. Mas, se você não estiver com disposição ou tempo para andar este pedaço, pode apanhar o metro na estação de Marques de Pombal e descer na estação de Restauradores, ambas na linha azul. Chegamos assim a Praça dos Restauradores , que se destaca por esse vistoso obelisco erguido em 1886 para celebrar a libertação de Portugal do controle espanhol em 1640, daí o nome Restauradores (da Liberdade e da Independência). As imagens de bronze no pedestal retratam a Vitória e a Liberdade. Os nomes e as datas nas laterais do monumento homenageiam os soldados que lutaram na Guerra da Restauração. Nesta praça está também o famoso Hard Rock Café Lisboa, o Antigo Teatro Eden e o Elevador da Glória. Apanhe o Elevador da Glória, que é um bonde elétrico que faz o trajeto colina a cima, que é muito ingrime, ligando assim a “baixa lisboeta” ao Bairro Alto. Não me recordo o preço do bilhete, mas comprei só a ida diretamente dentro do Elevador. Para os mais corajosos e bem dispostos, o trajeto é ingrime, mas é curto, por isso pode-se fazer a pé. Este “elevador” foi construído em 1885 e está funcional até hoje, por isso é uma experiência tipicamente lisboeta. Saindo do elevador, vire logo à sua direita. Você encontrará o Jardim e Miradouro de São Pedro de Alcântara. Daqui você terá uma vista magnífica sobre a baixa lisboeta e o espaço é excelente para um descanso. Saindo do miradouro, entre pela rua estreitas logo atrás do Jardim (Travessa da Cara). Bem-vindo ao Bairro Alto, um dos bairros mais antigos de Lisboa. É aqui o grande point da noite portuguesa, cheio de bares, restaurantes, adegas de vinho e boates (disco). Durante o dia o Bairro Alto é muito parado e você encontrará algumas lojas mais “alternativas”, de roupas, cabeleireiros, cafés e produtos diferentes. A noite, se você tiver ânimo, o Bairro Alto é uma excelente experiência para uma saída. Está sempre lotado, principalmente quando se aproxima o fim-de-semana. Para além disto, o Bairro Alto é um lugar que dá excelentes fotos, pois representa a Lisboa antiga, com os velhos candeeiros na rua, as roupas estendidas do lado de fora das casas e os prédios centenários no meio das suas estreitas ruas de pedra batida. Dentro do Bairro Alto não há um trajeto certo a seguir. Deixe-se perder. É uma experiência que cada um constrói de acordo com as lojas e espaços que vai encontrando pela frente. Aconselho apenas que siga sempre a descer (pela Rua Atalaia, Rua do Norte, Rua do Diário de Notícias, Rua da Rosa ou Rua das Gáveas). Qualquer uma destas ruas irá levá-lo para “fora” do Bairro Alto diretamente para a Praça Luís de Camões. É aqui que acontecem inúmeros eventos e manifestações e é o ponto de encontro para os amigos que vão seguir para o Bairro Alto. Também é nesta praça que está a Consulado brasileiro. Um quarteirão logo abaixo da Praça de Camões (basta atravessar a rua seguindo o fluxo dos turistas) você encontrará o Largo do Chiado. Um dos espaços mais míticos da cidade de Lisboa. É aqui que encontrarão a estatua do poeta Chiado, homenageado da Praça; a mais famosa cafeteria lisboeta: a Brasileira (fundada em 1905 e que se tronou um cenário intelectual, artístico e literário); e a estátua em bronze do escritor Fernando Pessoa, que era presença constante d’A Brasileira. Neste largo está também a saída do metro “Baixa-Chiado”, que é a estação mais profunda de toda a rede de metro, cerca de 45 metros da superfície (são quatro lances de escadas-rolantes e mais dois lances de escadas normais túnel a baixo). Continue a descer pela Rua Garrett e na segunda rua logo abaixo do Largo do Chiado vire à esquerda (Calçada do Sacramento). A subida é um pouco ingrime, mas o levará diretamente para o Largo do Carmo. Neste largo estão as ruínas do Convento do Carmo, construído no século XIV, que foi parcialmente destruído pelo Grande Terremoto de 1755 e onde se encontra atualmente o Museu Arqueológico do Carmo. Siga por uma pequena calçada (passeio) que surge ao lado do convento e que dá acesso ao Elevador de Santa Justa, que liga o Largo do Carmo à Baixa Pombalina. Este Elevador foi inaugurado em 1902 e tem cerca de 30 metros de altura. No alto do Elevador existe um Miradouro fantástico que dá as melhores fotos de toda a Baixa-lisboeta, do Castelo de São Jorge e do Rio Tejo. Após descer o Elevador você sairá na Rua de Santa Justa. Siga em frente e depois de dois pequenos quarteirões você cruzará com a Rua Augusta, a famosa rua que foi, durante séculos, a principal entrada de Lisboa e tem na sua extremidade o Arco da Rua Augusta. A Rua tem elevada concentração de comércio, com diversas lojas de suveniers e de grandes marcas internacionais. Vamos virar à esquerda, sentido contrário ao arco, na Rua Augusta em direção à Praça do Rossio. Esta grande Praça bem no centro da cidade de Lisboa, chama-se na verdade Praça de Dom Pedro IV. Essa Praça foi durante seis séculos o centro de Lisboa. Ali eram realizadas touradas, comemorações e execuções de hereges à fogueira. Ao centro destaca-se a estátua de Dom Pedro IV de Portugal que é na verdade Dom Pedro I para os brasileiros. Há duas grandes fontes de água (uma em casa extremidade). No lado norte da praça fica o imponente Teatro Nacional Dona Maria II, em homenagem à filha de D. Pedro. Há, ainda, o Café Nicola e o Café Suiça. Ao lado esquerdo do Teatro D. Maria II está a incrível Estação Ferroviária do Rossio. De volta a Praça do Rossio, atravesse a rua entre os prédios (próximo ao Café Suíça). Ao atravessar por este caminho você sairá na Praça da Figueira. Esta praça já foi um Hospital antes do grande Terremoto e depois albergou um Mercado Municipal. Nos anos 50 deu origem à atual praça da Figueira com a sua estátua negra de Dom João I, montado em seu cavalo. Em um dos lados desta praça está ainda a Cafetaria Nacional, fundada em 1829 e pertence à mesma família há cinco gerações, com toda a doçaria tradicional portuguesa. A partir daqui vamos entrar em Alfama (o bairro mais antigo de Lisboa), para chegar ao Castelo de São Jorge. Para isso há 2 hipóteses, que você pode escolher. A primeira é pegar o pequeno ônibus (autocarro) nº 737, que o leva diretamente até ao Castelo e custa 1,75 €. A segunda opção é pegar o típico eléctrico nº 12 (E12), também ali na Praça da Figueira, que custa 2,85 € (por viagem) e deixa-o muito próximo do Castelo (basta seguir as placas indicativas). Eu preferi o autocarro nº 737. Seja qual for a sua escolha, pelo caminho você passará ainda pela Igreja da Sé de Lisboa, mandada construir em 1150. Aqui foi batizado Santo António (o nosso conhecido santo casamenteiro). Quem tiver interesse poderá descer e conhecer a Igreja por dentro. Chegamos ao Castelo de São Jorge. O bilhete normal custa 7,50, meu filho pagou apenas 4,00. A vista do alto do Castelo é fantástica e poderá tirar fotos com canhões, estátuas e ter acesso ao alto das torres. Este castelo é da época islâmica, construído em meados do século XI. O Castelo tinha como função albergar a guarnição militar e, em caso de cerco, as elites que viviam na cidadela. Não tinha uma função de residência como a maioria dos Castelos da Europa. Depois de descer do Castelo de volta para o centro histórico de Lisboa faça o percurso a pé para conhecer um pouco mais de Alfama, você com certeza sairá pelas ruas que o levarão de volta à Rua Augusta. Desça a Rua Augusta até atravessar o Arco Triunfal que funciona como um “portão” para a parte baixa e sairá na enorme Praça do Comércio, bem a beira do Rio Tejo. É também conhecida como Terreiro do Paço. Ufa! Terminamos o primeiro dia. É só voltar de metrô para o hotel Ibis Saldanha. SEGUNDO DIA – BELÉM Para chegar em Belém você poderá pegar o Eléctrico nº 15 na Praça do Comércio (ou na Praça da Figueira) e descer na paragem “Belém”, que custa 2,85 €. Você sairá em frente à Praça Afonso de Albuquerque, onde está situado o Palácio Nacional de Belém, a residência oficial do Presidente da República Portuguesa. Caso você goste de história e política, poderá visitar o Museu e o próprio Palácio de Belém, o bilhete custa 5,00€ e há descontos para estudantes e grupos. Eu optei por não visitar o Museu Do lado direito do Palácio de Belém, está situado o Museu Nacional dos Coches, onde estão as antigas carruagens das famílias reais portuguesa e de outras personalidades, como a carruagem do Papa. Este é um museu lindo demais e o mais visitado de Portugal! Custa 5,00€, lembrando que em praticamente todos os museus há desconto para jovens. Saindo do museu, siga pela Rua Belém, passando novamente em frente ao Palácio da presidência. Você andará pouco mais de 100 m e provavelmente verá uma enorme fila no meio da calçada. Você estará na famosa Pastelaria de Belém, que vende os famosos, típicos e únicos Pastéis de Belém. Parece a ONU com gente de todo o mundo! Sem dúvida, o doce mais famoso português, produzido pela mesma família (geração a geração) e no mesmo local desde 1837. Atualmente, apenas três mestres pasteleiros da Oficina do Segredo são detentores da receita e assinam um termo de responsabilidade e fazem um juramento em como se comprometem a não divulgar a receita. Cada pastel custa cerca de 1 €. Seguindo em frente, pela rua que o levou à pastelaria, você já verá o imponente Mosteiro dos Jerónimos. A arquitetura manuelina do Mosteiro é linda! A Igreja é maravilhosa e a entrada é gratuita, você verá lá dentro os túmulos de Vasco da Gama, Luís Vaz de Camões e de outros reis e rainhas portugueses. Dentro do claustro está também o túmulo de escritor Fernando Pessoa, mas para entrar no Claustro tem de pagar. Em frente ao Mosteiro está a fantástica Praça do Império, um jardim muito bonito e cuidado, com uma enorme fonte, e também o Centro Cultural de Belém, onde acontecem eventos artísticos e culturais. Na extremidade da Praça você entrará uma escadaria para um túnel que passa por baixo da movimentada avenida e da linha do trem para chegar até o Padrão do Descobrimentos. Este monumento foi inaugurado em 1960 para homenagear os elementos envolvidos no processo dos Descobrimentos portugueses. O preço de ingresso no Padrão é de 3,00 € e permite o visitante subir de elevador até ao topo do monumento, a 50 metros de altura, e ter uma vista fantástica de Belém, da Ponte 25 de Abril e do Rio Tejo. Em frente ao Padrão dos Descobrimentos existe uma rosa-dos-ventos de 50 metros de diâmetro, desenhada no chão, uma oferta da África do Sul em 1960. Local sempre cheio de turistas tirando fotos em cima dos seus países de origem. Continue a caminhar pela avenida principal, beira-rio, até chegar ao enorme jardim, um pouco mais a frente, onde está a Torre de Belém que foi construída dentro do rio Tejo. A Torre foi concluída em 1520 e era utilizada como um forte de vigia que impedia que embarcações não autorizadas entrassem na cidade de Lisboa. O bilhete individual custa em torno de 5 €, pode ser comprado juntamente com a entrada do mosteiro. Optei por não entrar na Torre. É possível chegar perto dela e tirar belas fotos. TERCEIRO DIA – PARQUE DAS NAÇÕES O Parque das Nações é o atual nome da região onde houve a grande Exposição Mundial de 1998. Tudo o que se vê no Parque das Nações foi construído de propósito para a realização da Expo 98, criando assim uma Lisboa moderna e que contrasta totalmente com o turismo das zonas históricas da cidade. A sua arquitetura contemporânea e todo o projeto de urbanização trouxeram nova dinâmica à zona oriental da cidade de Lisboa que, em 1990, ainda era uma zona industrial. Comece o dia saindo na Estação de Metro “Oriente” (Linha Vermelha). Lembre que na estação metrô de Saldanha passam todas as linhas de metrô. Quando sair, logo irá se deparar com a magnífica estação Gare do Oriente (que abriga o metrô, a rodoviária, a estação ferroviária e os pontos de táxi). Em frente à estação está o Centro Comercial Vasco da Gama , que também tem uma arquitetura muito bonita, simbolizando um barco de Cruzeiro. Eu adoro o tema velejar, depois explico em outro post. Atravessando por dentro do Centro Comercial, você vai sair em um parque com as bandeiras de todos os países do mundo hasteadas (Parque das Nações). Siga em frente sentido ao Rio Tejo. À beira–rio você terá uma excelente vista da Ponte Vasco da Gama e da Torre Vasco da Gama. Siga pela direita, à beira-rio, você poderá andar por um deck de madeira sobre o rio Tejo. Você verá, à sua direita, um grande prédio quadrado com designer futurista, este é o Oceanário de Lisboa. O preço do bilhete é de 13,00€, mas a experiência vale a pena. É o segundo maior do mundo! O oceanário tem um aquário central gigantesco com espécies de vidas marinhas dos cinco oceanos, vivendo harmonicamente. Há ainda cenários que reproduzem na perfeição uma mata tropical e um ambiente ártico com os respectivos animais. É também no Parque das Nações que está o Casino Lisboa, o mais famoso da cidade. Ainda sobrou um tempinho para visitar o Pavilhão do Conhecimento-Ciência Viva, um Museu dedicado à ciência com obras interativas, meu filho adorou! Sugiro, por fim, dar uma volta no Teleférico da Expo sobre o rio Tejo, e que atravessa o Parque das Nações de uma ponta a outra, com uma linda vista panorâmica lá do alto, por um percurso de quase um quilômetro, que custa cerca de 6,00 € (ida e volta). Lembrem-se de que qualquer roteiro pode ser adaptado ao seu tempo e bolso! Veja esse e outros roteiros com as fotos no meu blog http://europaemdetalhes.blogspot.com.br/2015/04/lisboa-em-3-dias.html Você vai encontrar roteiros para outras cidades de Portugal, Espanha e Itália, além de muitas dicas de viagem! Curta minha fan page para receber as dicas no seu face https://www.facebook.com/EuropaemDetalhes?fref=ts Boa Viagem!
  8. Olá, aqui vai o relato de nossa viagem para Europa com um bebê de 1 ano. O fórum Mochileiros ajuda nossa família desde 2005, então me sinto quase na obrigação de contribuir de volta para a comunidade! Nossa aventura com bebê começou muito antes do embarque, com um minucioso planejamento, desde roteiro, vôos até escolher como faríamos com a alimentação dela, até marcar no mapa todos os hospitais pediátricos nas cidades que visitaríamos. O relato foi feito em parte no word, em parte em mensagens de whatsapp, e tem dois dias faltando, mas foi o que deu pra fazer!! Concluindo: não poderíamos ter feito escolha melhor do que a de viajar com nossa filha. O trabalho é árduo, mas o prazer é muito maior, e as lembranças ficarão em nossos corações pra sempre. Não tenham medo de viajar com seus filhos. Roteiro: Madri - Paris - Dijon - Avignon - Nice - Milão - Veneza - Lisboa. Total 28 dias. 07/09/2019 (sábado)- Madri (Victor) Voo Belém - Lisboa (que saiu 22:35 do dia 06/09) tranquilo. Maria Inês dormiu durante todo o trajeto. Dormi algumas vezes e Nem senti o tempo Passar. Chegamos em Lisboa às 10h locais. Fomos ao fraldário trocar a MI e depois procuramos o espaco familia. Era um playground e MI lanchou e brincou por bastante tempo. Tentamos comer algums coisa, mas nâo encontramos nada de interesssnte. Wendy acabou morrendo num sanduíche de queijo e tomate. O voo para Madri atrasou meia hora. Mas que bom que dura somente 50 minutos. Neste voo Mi não quis saber de dormir. Mas a Galinha Pintadinha salvou a pátria e a menina se aquietou. Em Madri, pegamos o ônibus expresso que vai do aeroporto atè a estaćão de trem Atocha ( meros 5 EUR). Ali tivemos que pegar metrô e haja subir e descer escadas carregando nosso malão de 25kg mais o carrinho da MI. Finalmente chegamos a nossa hospedagem. A anfitriã, Pilar, foi bem simpática e nos instruiu sobre a estadia em seu apto. Após nos acomodarmos, fomos ao Carrefour abastecer a casa para a semana. Compramos um jamón delicioso e uma tábua de queijos gouda trmperados (sabor pesto, molho de tomate e outro que não reconheci) que também estava muito boa. As 22h MI foi dormir junto com Wendy ( que reclamou de dor nas costas). 08/09/2019 (domingo)- Madri Saindo do aeroporto, pegamos o ônibus 203 que leva até a estação atocha. De lá, pegamos o metrô linha 1 até nossa estação : tirso molina, apenas 3 paradas. Fica numa praça, e de lá caminhamos pro apartamento. Chegamos em casa Maria estava com muito sono. Dei pêra e coloquei pra dormir. Nos ajeitamos pra sair pro supermercado. Maria acordou, mas continuava sonolenta. Vestimos, e saímos. Tem um Carrefour muito próximo, na praça. Tava lotado, eu estava muito muito cansada, Maria também.. tive que pensar rápido no que levar pra fazer comida no dia seguinte; café etc. Demoramos um pouco pq não conhecíamos o supermercado, pagamos e voltamos pra casa. Dei ovo frito com pão e queijo pra Maria, pq fiquei com medo de dar a comidinha que levei de casa. Victor ficou fazendo diário de gastos e de bordo. Depois dormiu. Maria estava inquieta, chorando toda hora... quando deu 6:30 ela acordou, tinha vazado pipi. Depois dormiu até 10h, direto sem chorar. Eu acordei 8h, Victor levantou desde cedo, fez comida da Maria e café da manhã. Depois arrumei as mochilas do dia, tomei banho, e aí acordamos a Maria Inês. Demos banho nela, dei o café, ela não quis comer muito. Arrumamos e saímos. Chegamos atrasados na missa em latim, sorte que tinha uma missa nova logo em seguida. Assistimos. Saímos andando da igreja pro Platea Market, onde demos o almoço dela e trocamos fralda de coco. Agora vamos almoçar. São 15:30. O platea market é um mercado moderno, novo; que foi construído num antigo teatro. Lá tem 3 andares, um com restaurantes internacionais, outro com bares de tapas e outro um restaurante com estrela Michelin. O Platea Market ( @plateamad ) é um mercado novo que fica num antigo teatro em Madri. Com esse nome, “mercado”, eu imaginava que era um mercado estilo feira de bairro, com os feirantes vendendo seu peixe etc! Nada a ver! Hahahaha. Na entrada, parecia que estávamos no lugar errado, pois a fachada parece uma galeria de lojas. Fomos entrando meio desconfiados, meio fugindo do sol, e voilà. Encontramos esses oasis. São 3 andares, um com restaurantes internacionais, outro com bares de tapas e outro um restaurante com estrela Michelin. Há varios pequenos shows de hora em hora, e isso também nos surpreendeu positivamente! Pra quem já estava confirmado em não assistir nenhum tango, as intervenções no meio do restaurante foram excelentes. Muito acessível, o local tem elevador, trocador e cadeirão pra bebê, basta pedir! Comemos tapas de bacalhau e uma sangria, no bar de tapas, e costelas de porco no restaurante. Estávamos sem muitas expectativas, e foi uma ótima surpresa. Muito acessível pra bebês, lá tem trocador e cadeirão pra bebê. Infelizmente na afobação, sentamos nos bares e tapas, não pedi cadeirao e dei o almoço dela na agonia, Com ela no meu colo, andando etc. Depois que ela almoçou, ficamos mais tranquilos e resolvemos ir pros restaurantes. Lá eu pedi o cadeirão, ela ficou sentada vendo galinha pintadinha enquanto nos comíamos. Quando terminei de comer dei banana pra ela. Depois do mercado, íamos continuar nosso passeio até a puerta do sol e plaza mayor. Ela começou a chorar, era sono. Fiz ela dormir, coloquei no carrinho, cobri com um pano pq estava muito sol. Fomos pela sombra, mas depois paramos pra tomar um frape, ela acordou, comeu pera, e continuamos. Tiramos foto nas praças, as igrejas que íamos visitar estavam fechadas, seguimos pra casa. Ela jantou, tomou banho, e agora está mamando pra dormir. 09/09/2019 - Madri Hoje acordamos 6:45, Victor levantou logo pra fazer o frango e o café da manhã e eu fiquei ainda fazendo a Maria esticar o sono. Tomei banho, dei o banho dela, dei o café, e tomei o meu. Nos arrumamos, e saímos de casa. Hoje optamos pegar ônibus pois é muito mais cômodo e rápido pra quem tem carrinho de bebê. O ponto fica na praça tirso Molina, bem próximo ao nosso apto. Logo o ônibus chegou, teve engarrafamento mas rápido chegamos ao parque del retiro. Entramos pela puerta Del anjo caído,paramos no parquinho pra Maria brincar e depois ela lanchou. Continuamos o passeio, paramos no palácio de cristal, depois no lago central. Maria ficou vendo os patos nadando no lago. Voltamos pra porta Del anjo caído e fomos pro museu reina sofia. Maria tirou a primeira soneca, no colo do papai. Já eram 12h, o sol começava a esquentar e queríamos um passeio protegido. Chegando lá, ela acordou, trocamos fralda e resolvi dar o almoço. Nós aproveitamos pra comer também. Fomos no café do museu, pedimos um brunch e dividimos. Vinha com: pão com ovo mole e jamon, pasteries, frutas, iogurte, suco de laranja e café com leite. Nesse café, pedi cadeirão pra bebês, e pedi um prato pra aquecer o almoço da nenem. Muito cômodo para famílias! Ela almoçou direitinho e foi uma paz. Visitamos as principais sala do museu, guernica, Dali e Miró. Depois fomos pro museu Del Prado. Lá, começamos pelas exposições temporárias: Fra angélico e vermeer, rembrandt e velasquez. Maria dormiu logo no fra angélico. Acordou no final da exposição seguinte. Demos lanche e trocamos fralda. Nos museus têm fraldário e e muito cômodo pra nós. Depois, fomos pra coleção principal. Vimos El greco, el bosco, velasquez, tintoreto, tiziano, Rafael, Rubens. . Infelizmente não deu tempo de ver goya nem caravaggio. Eram 18h e tínhamos que ir pra casa. Paramos no bar el gatos, comemos tapas de jamon com queso, bacalhau e sardinha, tomamos sangria. Maria comeu pêra. Depois seguimos pra casa. Mamãe wendy deu banho e jantar, enquanto papai victor foi ao supermercado. Tomei banho e em seguida coloquei nenem pra dormir. 10/09 - terça-feira Maria acordou 6:30. Tentamos esticar o sono e não conseguimos. Beleza, fui tomar banho, fiz o café dela. Victor foi trocar a fralda e tal. Na hora de comer ela não quis. Estava com sono! Victor pegou no colo e ela dormiu de novo.. e nós tbm kkkk Havia faltado energia. Estávamos no escuro. Acordamos de novo 9h, nos arrumamos (tínhamos tomado café cedo), aí ela acordou, comeu apenas ovo. Não quis abacate. Vestimos varias camadas nela, e saímos de casa 10h. Antes de sair, falei com a proprietária Pilar, que apenas ligou o disjuntor que tinha disparado. Depois descobrimos que não dá pra ligar varios aparelhos ao mesmo tempo. Estávamos com ar, fogão de indução e exaustor ligados. Primeiro Fomos na basílica de São Miguel depois no mercado de São Miguel. Ficam bem perto do nosso apto. No mercado, Não tinha mesas. O mercado é bem pequeno, com balcões com restaurantes, bares de tapas, cafés. Queríamos um local com mesas e cadeiras. Entramos num restaurante fora do mercado, já eram 11h. Pedimos um café brunch, cadeirão, maria Inês comeu banana. Saímos, comprei um croissant e dei pra ela comer. Ela gostou. Andamos até a igreja de san andres de gines, conseguimos entrar e visitar. depois seguimos pro mosteiro das descalzas, onde não pudemos entrar, só poderia com tour guiado as 13h. Continuamos pra igreja de san Antônio de lós Alemanes, passando pela gran via, a times square de Madri! A igreja é considerada a capela sistina de Madri. Muito bonita, cheia de afrescos. Cá estamos. Maria dormiu no caminho pra cá. Seguimos pela calle de pez e depois Calle de lós reyes, até chegar na Plaza de Espanha. Plaza de Espanha fechada para obras. Não pudemos entrar. Continuamos caminhando pro Palácio real de Madri. Lá, vimos a troca da guarda e tiramos foto. O sol estava forte, Maria acordou, resolvemos procurar um restaurante pois era hora do almoço dela. Vagueamos pela Ópera, até que decidimos entrar no La Traviata (rs). Menu del dia 13,95, dois pratos; sobremesa e bebidas. Pedimos lasanha, espaguete ao jamon e alho, que estavam deliciosos, e depois dois tipos de carne, que estavam ruins. Sangrias (uma com a comida e outra no final, vinho rosé. Mas o atendimento foi muito bom, garçons super simpáticos e prestativos. Nos deram cadeirão pra Maria Inês, levaram a comida dela pra esquentar e ainda lavaram o pote. Colocaram meu celular pra carregar. E me deram um copo de plástico pra levar a sangria que eu não sabia que estava inclusa no menu. Também conversamos bastante com uma inglesa simpática na mesa ao lado, encantada com a Maria Inês. 15h saímos do restaurante, voltamos pro palácio, mas antes paramos pra fotos e brincar no parquinho. Finalmente, lá chegando… fechado para evento oficial. Tiramos foto por fora do palácio, estava ventando muito e o tempo fechando, ia chover. Colocamos a capa de chuva do carrinho e entramos na catedral de la almudena, Maria mamou e dormiu (demorou, mas dormiu). Mais à frente, entramos na basílica de San Francisco el grande. Maria acordou, comeu banana. Saímos de lá, continuava ventando muito e com cara de chuva. Sentimos pingos. Paramos no supermercado pra comprar banana e queijo, e caminhamos de volta pra casa. Ficamos em dúvida se parávamos pra esperar o tempo melhorar, mas vi que estávamos bem perto de casa, então resolvi ir direto pra casa. Chegamos 18:30 em casa. Maria vai tomar banho e jantar. Amanhã vamos pra Toledo, espero que consigamos ajustar o fuso horário dela e acordar cedo pra sair cedo. Maria estava muito danada e agitada, o jantar demorou demais. Só foi dormir às 21h, de novo! Fizemos a comidinha de amanhã. Frango, arroz, lentilha, brócolis, batata e cenoura. 12/09/2019 - quinta-feira Acordamos 7:00, tomamos banho, recolhemos as últimas coisas, Maria acordou, trocamos a fralda e colocamos a roupa dela. Almoço e jantar, lanches na lancheira, saímos 8:15 de casa. Pegamos o metrô 8:24 e em 5 minutos chegamos em atocha. O ônibus do aeroporto tinha acabado de chegar, subimos e às 9:25 chegamos no Barajas. Despacho de malas, segurança, fomos pra área de embarque. Maria tinha comido banana no ônibus e agora comia pão com queijo, num café do aeroporto onde mamãe e papai também fizeram o desjejum. Depois, trocamos a fralda, tinha popô. Renovada, brincou no playground até que o portão de embarque foi anunciado. Seguimos pro embarque. Tudo é uma pernada... no embarque, tratamento vip 😁 sempre embarcamos antes de todo mundo, por causa da Maria Inês 🤣 Antes de decolar Maria dormiu. Porém acordou logo após a subida!!! Dormiu pouquíssimo. Passou o voo inteiro “no 12”. Chegamos no aeroporto charles de gaule às 14:15. Ainda no avião, ela fez um popô FEDERAL. tava podre demais. Não aguentávamos mais o _futum_. Assim que descemos da aeronave corremos pro fraldário. Impestou o local. Trocamos até a roupa pq vazou. Saindo de lá, pegamos a mala e maaaais uma pernada pra chegar no RER, trem de acesso à Paris. Compramos o ticket, entramos no trem. Em 20 minutos estávamos na estação Châtelet. Nos enrolamos pra descobrir que o mesmo ticket dava acesso ao metrô também. Trocamos então pra linha 14, rumo à estação olympiades. Lembrando que tuuuudo é longe. Até que enfim chegamos. Mais uma caminhada de 10 minutos até o nosso novo apartamento, que foi fácil de encontrar. O airbnb é de um quarto privado em um apartamento onde mora uma família. Quem nos recebeu foi a sra Anita, mãe da anfitria do airbnb. É indiana. A casa parece um Maracá de baiana KKKKKK tudo bem ajeitadinho, bem arrumadinho, com vasos de flores artificiais, paninhos, bibelôs, posters, uma infinidade de enfeites. O quarto tem uma cama de casal. Ela nos forneceu um Moisés de carrinho pra Maria dormir. O banheiro é separado da sala de banho. A sra Anita é muito simpática. Nos instalamos, tomamos banho e saímos pra conhecer a Bercy Village. Uma caminhada de 20 minutos;. Demos uma volta por lá olhando os restaurantes e decidimos entrar num que tinha comida francesa. Pedimos hambúrguer e carne com alligot. Uma delicia e nos empanturramos. Maria jantou sua comidinha. Tomamos sorvete na sorveteria Amori. Voltamos a pé, paramos no supermercado pra comprar mantimentos para amanhã. Chegamos em casa, Maria tomou banho, se arrumou e dormiu. Papai lavou o pijama de popô. Amanhã cozinharemos. Amanhã também haverá greve geral de transporte em Paris. Sexta feira 13 👻 13/09/2019 - sexta-feira Paris Fizemos hoje Museu do Louvre, Jardim das Tulhérias e Museu de l’Orangerie. Jantanos no Bistror des Victories, na região do Louvre, onde comemos um magret de canard excelente. A greve dos transportes não nos afetou, pois a linha de metrô próxima ao nosso apto é 100% automatizada. Infelizmente, algumas salas do Louvre estavam fechadas. No louvre, Maria Inês revezou entre carrinho, colo e andar. Fomos nas salas que mais nos interessavam, e fugimos da Gioconda. A fila é surreal de grande, ocupando vários andares do museu. Demos o almoço dela sentados num pufe entre as seções do museu. Durante o passeio, vimos diversos casais com bebês e crianças, bebezinhos quase recém nascidos, até crianças maiores. Quem vai com carrinho tem alguns perrenguinhos. Nem todas as salas são adaptadas e cada sala tem um tipo de adaptação diferente. Mas nada demais, super tranquilo. Aproveitamos o passeio, tiramos fotos. Saindo do museu, fomos almoçar num dos melhores restaurantes da viagem. Indicação de algum blog. Comemos canard e tomamos vinho. Neném jantou. Seguimos para nossa odisseia de volta pra casa. 14/09/2019 - sábado Paris Hoje acordamos 7h, tomamos banhos, nos arrumamos, demos o café da Maria e fizemos a comida dela. Saímos 9:45 de casa, rumo à notre dame. Paramos no caminho pra tomar café e croissant. Notre dame toda fechada para reforma. De lá fomos pra saint chapelle. Perrengue pra trocar fralda de cocô: não tinha trocador nem bancos nem cadeiras. Trocamos no carrinho. O banheiro era muito inacessível pra lavar o bumbum. Em seguida, saímos d ela é paramos na frente do panteão mas não entramos. Entramos no restaurante comptoir du pantheon pra dar o almoço da Maria e lanchar. Depois, seguimos pra igreja de Santo Eustáquio. Fez coco de novo. Trocamos no carrinho de novo, dessa vez lavei o bumbum na pia do banheiro da igreja. Partimos pro jardim de Luxemburgo. Lindo!! Maria fez piquenique com os amiguinhos franceses, penetrou num aniversário de 1 ano, tiramos muitas fotos, passeamos, vimos pôneis, mas ela não podia andar, depois tirou soneca. Já eram 18h, caminhamos uns 20 minutos até um restaura recomendado, chegando lá estava fechado. Mais 20 minutos pra chegar no outro. Valeu a pena, a costela estava deliciosa. Acompanhada de purê e tutano. Quando abri a vasilha do jantar da Maria ela espocou e saiu um gás de dentro. Estava borbulhando. Estragou!! Não sei como!! Provei e tava horrível, cuspi. Dei purê de batata,pão e banana. Chegamos tarde em casa. 15/09/2019 - domingo Passamos o dia em casa pois Maria Inês teve febre desde as 2h da madrugada. Ela dormiu bastante, de11:30 às 15h. E nós também. Acredito que todos estavam muito cansados. Não conseguimos ir à missa. Às 16:30 saímos para tentar almoçar/jantar. Comemos num restaurante na rue Tolbiac, Victor começou moules frites e eu um joelho de carneiro. Paramos na nossa boulangerie e compramos tartelete de chocolate com amêndoas. Deliciosa!!! A melhor tartelete da vida! Paramos no supermercado rapidinho e voltamos pra casa. A febre voltou. 16/09/2019- segunda-feira - Paris Passamos a madrugada inteira acordando pra verificar a febre. Ela tomou banho morno umas três vezes. Às 2h, com a febre espaçando em apenas 4/4h, contactos o seguro pelo WhatsApp. O médico só poderia vir em casa apos o amanhecer. E as clínicas particulares eram muito longe. Fui dormir 3h, acordei às 5h. Demos banho morno novamente, nos aprontamos e saímos de casa pra clínica. Chamei um Uber. Ele demorou uns 15 minutos. Tivemos que andar pra outra rua, pois na nossa não passava carro. Quando ele finalmente chegou disse que não poderia nos levar pois Maria não tinha cadeirinha de carro. Chorei pedindo que nos levasse e ele disse não. Fiquei puta da vida e amaldiçoei até a 5-a geração daquele indiano safado. Saímos andando procurando um táxi 7h da manhã em Paris. Paramos num café, perguntei e por sorte tinha um ponto perto da tartelete de ontem. Chegando lá, só o telefone e nenhum motorista. Telefonei. Não sei se fui atendida mas passou um táxi de luz verde e eu fiz sinal. Depois de toda essa confusão finamente conseguimos um táxi. Ele nos levou pro Hospital público pediátrico de Paris. deu 15 euros. Chegamos no hospital, entramos pro setor de pediatria. Não tinha filas. Uma técnica fez nosso cadastro, perguntou os sintomas, dados,. Tudo isso no francês inglês. Pediu a carteira de vacinação da Maria mas eu esqueci em belem. Após o rápido cadastro, ficamos esperando a triagem. Logo a enfermeira nos chamou, ela examinou a Maria, perguntou os sintomas. Pediu pra colher urina. Lá vem aquele saquinho de colher urina, de novo… eu já estava visualizando o que viria a acontecer. Maria estava há 12 horas sem fazer pipi. Não ia urinar, a enfermeira ia mandar hidratar, iríamos esperar em torno de 2 horas pra ela fazer xixi, fora o risco de vazar pra fora, como sempre acontece… na minha cabeça, iríamos passar o dia inteiro ali com a Maria. Graças a Deus eu estava errada. Em menos de 10 minutos Maria Inês fez um xixizão, que foi completamente aparado pelo saco coletor. Corri pra enfermeira, que pegou o saquinho e levou pra exame. Mais uma vez fui surpreendida. O exame é feito e dá o resultado imediatamente! Gente! Nada de esperar 1h30 pelo resultado!! Eu já tinha ouvido falar disso, uma amiga que mora na Suíça disse que a obstetra fazia o exame de sangue e urina dentro do consultório médico, nas consultas de rotina da gravidez. O resultado sai na hora. Enfim, exame de urina normal, infecção urinária descartada. Voltamos pra sala de espera, pra aguardar o médico. Esperamos um pouco, uns 20 minutos l, pois era troca de plantão. Até que chamaram. A médica Justine Zizi. No consultório, pediu pra tirar toda a roupa da Maria , exceto a fralda. Fez uma série de perguntas, e estranhou quando dissemos que ela tomava domperidona. Na França, só adultos tomam. Dissemos da alergia à dipirona pra enfermejra, e ela nem conhecia. Não é comercializada na França. Ela apalpou toda a Maria, olhou a pele, o ouvido (tirou muita cera do ouvido kkkk) até que chegou na garganta. Estava vermelha e irritada, nas palavras dela, com placas brancas. Disse que a febre era devido a isso. Ufa… encontramos o diagnóstico. Ela disse que era viral, e que não havia necessidade de antibióticos. Que a febre poderia durar até quarta-feira, e que se não passasse, deveríamos procurar o médico de novo. Fez um relatório do atendimento é uma receita de paracetamol e soro fisiológico pro nariz. Deu recomendações sobre alimentação: não dar muito quente e dar o paracetamol antes, coordenar com a febre. Saímos de lá mais tranquilos, satisfeitos com o atendimento público de saúde da França. Paramos num café pra comer e dar de comer pra nenem. O café ficava numa esquina próxima ao hospital, com cadeiras na calçada, e fomos atraídos pelo “menu dejeuner”, que incluía cafe, jus d’orange e un croissant, por preço módico muito inferior aos do centro da cidade. Com dificuldade entramos com o carrinho de bebê, nos acomodamos e fomos atendidos por uma garçonete espevitada. Assim que começamos a falar, ela nos perguntou se éramos portugueses… bem, sim, somos! Mas não! Somos brasileiros, de fato. Ela também era brasileira. Mas não ficamos de conversa, pois ela estava muito atarefada. Ao nosso lado, dois típicos operários franceses tomavam também seu café no balcão. Maria dormiu no meu colo e tomamos um café tranquilo. Saindo de lá, pesquisei no google e decidimos pegar um onibus pra casa. A linha 64 para na frente do hospital e nos deixa bem próximo de casa (lembrando que nossa rua é peatonal, não passam veículos. O ônibus era elétrico, ou seja, não fazia nenhum “pio”, super silencioso. Aquela tremedeira e aquele ronco do ônibus de belém? jamais. Além disso, as pessoas silenciosas. Caladas ou conversando bem baixinho. Um sonho, o paraíso para mim… Durante o percurso, sentei numa cadeira e Victor ficou em pé no local reservado para les poussettes com a Maria Inês que dormia no carrinho. Mais um carrinho subiu e se alojou do lado deles. Em seguida, outro. Um pouco mais na frente, mais um. E finalmente, hegou o 5º carrinho de bebê, este de gêmeos, que atravessou o ônibus sem cerimônia, dificultando um pouco a passagem. Eles que lutem! Mães e bebês têm preferência. Chegamos em casa tranquilamente, Maria acordou no meio do caminho. Temperatura segurou até umas 14h, começou a subir de novo. Demos banho. Baixou a febre. Voltou a subir, quando chegou em 38 demos o paracetamol, Às 15h. Agora 16h já suou e baixou a temp. Tínhamos encontro marcado com a fotógrafa Alexia na Torre Eiffel. Saímos pra ver a torre Eiffel e depois voltamos. Ela já estava melhor, sem febre... e já havíamos contratado uma fotógrafa. O ensaio foi legal, fomos nos soltando, ela vai instruindo que poses fazer. Nas fotos de casais, fica reparando nossos pertences e a bebê. Maria riu bastante no ensaio de fotos. Depois do Trocadero, fomos pro Carroussel, e lá Maria Inês conquistou um casal que fazia piquenique. Ganhou um balão! Voltamos pra casa, o metrô lotado, a viagem longa. Jantou e agora está dormindo. Chegamos na Torre Eiffel, demos “oi” e fomos embora. Muita expectativa, muita animação, felicidade e gratidão por estar em Paris com a minha família. E razões para voltar… de novo! 17/09/2019 - terça-feira - Paris - Dijon Acordamos cedo, catamos nossas coisas previamente arrumadas na noite anterior, fizemos uma revisão e nos despedimos da Anita, anfitriã do airbnb. Uma pessoa sui generis que depois copio a avaliação. Pegamos o trem para Dijon. Chegamos em dijon pontualmente às 11:58. A anfitriã do airbnb que alugamos não me respondia desde março, eu havia perguntado se poderia fazer o check in antes do horário previsto. Ainda no trem telefonei a ela, sem sucesso. Mandei mensagens no app do airbnb e nada. Resolvi pedir ajuda pro suporte da empresa. Eles entraram em contato com ela, e ela respondeu a eles que não poderia nos receber antes das 18h. Ocorre que, pra mim, ela respondeu dizendo que havia um problema de infestação de insetos no colchão da cama, e que por isso ela ia providenciar pra nós ficarmos hospedados no apartamento de amigos dela, próximo ao dela, que também eram anfitriões no airbnb. Isso cheirou a perrengue! Informei essa maracutaia dela pro suporte do app e disse que não estava confortável, pois enfim, eu não tinha segurança nem respaldo algum caso aceitasse ficar na casa de terceiros. O suporte cancelou a hospedagem, me deu um reembolso integral, e começou a me sugerir novas opções de hospedagem. Parênteses. Tudo isso rolando graças ao chip com internet que comprei em Lisboa, e ao mesmo tempo em que procurávamos um local pra guardar a nossa pequena mala de 25kg, depois um local pra comer, tirávamos fotos, dando almoço pra Maria, trocando fralda, depois saindo do restaurante sem eira nem beira nem o ramo da figueira, fomos pro jardim público zanzar à sombra das árvores fugindo do sol e esperando Deus providenciar um teto pra gente dormir. Voltando. Eu disse pro airbnb que não aceitaria local pior, nem pagaria mais por isso. Vai em cima vai embaixo, o suporte me mandava quartos muito afastados, ou um muito ruins, alguns não aceitavam a reserva pra tão em cima da hora. Até que uma aceitou. Olhei as fotos e não gostei, resolvi procurar por conta própria. Meu celular com 10% de bateria. Encontrei um loft inteiro no centro de dijon, mandei mensagem e o anfitrião respondeu na hora. Aceitou, o check poderia ser naquele momento mesmo. A essa altura já estávamos na catedral, e era muito perto do loft dele. Mandei pro suporte e eles confirmaram. Fiz a reserva. Fomos buscar as malas, voltamos pro loft, fizemos o check in com a mãe do anfitrião. Voilà. Graças a Deus encontramos um bom local pra ficar. Na verdade, excelente! Valor bem acima do que estávamos gastando e tudo por conta do Airbnb. Ufa! Agora sim eu estava tranquila. Que perrengue. A tensão estava me consumindo, planos B, C e D já prontos pra serem postos em execução. Ah. No meio disso tudo a primeira anfitriã ainda me ligou? Pediu mil desculpas e fez a oferta do quarto do amigo dela. Eu disse que tinha cancelado a reserva e pedi pra ela me mandar o link do anúncio do amigo. Ela nunca mandou. Não sei qual era a treta dela... mas to feliz em ter me livrado. Nos instalamos e saímos pra passear pelo centrinho de Dijon. 18/09/2019 - quarta-feira - Dijon Acordamos hoje às 7h, Maria Inês parece que já ajustou definitivamente o seu fuso horário. Depois de uma noite calorenta, ficamos de preguiça na cama até que resolvemos levantar pra tomar banho e nos arrumar. Victor foi na frente, depois Maria Inês e eu. Enquanto eu arrumava a pequena, ele fez o ovo do café da manhã. Tentei dar mas ela não quis comer. Resolvemos sair e dar a comidinha dela no mercado onde havíamos programado tomar café da manhã. Saímos de casa já 9h. Ruas desertas, lojas e cafés fechados. Parece que saímos cedo demais! Chegando no mercado, tudo fechado! Caminhões de abastecimento estavam manobrando na área externa, mas dentro do mercado não tinha naaada. Muito vento gelado, eu e Victor escolhemos as roupas erradas. Eu morta de frio. Mas a nenem estava bem protegida com camisa de mangas compridas, jaqueta moletom e casaco corta vento por cima. Tentei colocar a capa de chuva mas ela não deixa ficar. Arranca tudo. Saindo do mercado, o estômago urrando de fome... caça a um café com mesas e cadeiras. Todos fechados, a única coisa que encontrávamos eram boulangeries (padarias), que não tem mesas e assim dificulta muito o processo de dar comida pra Maria Inês. Até que encontramos uma boulangerie com duas mesinhas pequenas. Entramos. Pedi croissant pra Maria, que antes comeu 1/3 de banana e poucas colheres de ovo. Depois comeu um pedaço de croissant. Ela anda meio sem apetite. Resolvemos pegar um trem para Beaune, tínhamos lido que era uma cidadezinha próximo a dijon interessante de se conhecer e provar excelentes vinhos. Não havia mais muito o que fazer em dijon pois já tínhamos matado quase toda a programação (sem entrar nos museus). Pegamos o trem das 10:23, chegamos 11h em Beaune. A cidade é fofa, bem arrumadinha, pequena, muitas flores, casario antigo. Todo dia de quarta tem um mercado que funciona na praça de Halles. Fomos vagando pela cidade, vimos o antigo hospício da cidade, que é um museu e tem o telhado todo pintado e trabalhado em cores primárias, mas não entramos, fomos na catedral, e depois paramos nas informações pra pegar indicação de degustação de vinhos,mas não quisemos ir. Era meio longe. Já estava na hora da Maria Inês almoçar. Entramos num restaurante que parecia bom pq estava lotado. Pedimos a formule do dia. Meio sem graça, ficamos decepcionados pois estamos na capital gastronômica da França... Valeu a pena pra dar o almoço da Maria no cadeirão, trocar a fralda e saber que Beaune não vale a pena. Voltamos no trem às 14:26. Maria estava muito tola e chorona... trocamos a fralda no Change bébé da gare de dijon e resolvemos ir pro jardin de l’arquebuse, pra ela se distrair e brincar. Passeamos, ela viu os patos, brincou no playground, fez amiguinhos, o jardim tem roseiral, laguinho, muitas árvores e flores. Tudo dourado do outono. Depois lanchou, fomos no museu de arqueologia que fica lá mesmo, e ela dormiu no pepei. Aproveitamos que ela dormia e resolvemos ir ao museu de belas artes. No caminho, parei pra comer um kebab, tem muitas lojas aqui e eu fiquei com vontade. Depois de muito andar pelas ruas de dijon, Victor descobriu que estávamos indo pro caminho oposto... andaram andaram andaram andaram... 1 hora depois finalmente chegamos no museu de belas artes. À essa altura, Maria já estava acordada, chorando pedindo pepei e eu muito cansada e sugada. Não quis entrar no museu, fomos na igreja de São Miguel que fica ao lado. Ela mamou um pouco, mas logo em seguida quis ir pro chão andar e saçaricar. Pura tolice... ela tá demais. Saindo da igreja paramos num restaurante na place de la liberacion. Quis ficar dentro e não nas mesas de fora pq venta muito em dijon e eu já estava com frio. Eram 18:30, pedimos duas taças de vinho, cadeirão e demos o jantar. Ela comeu um pouco e começou a cuspir. Cansei. Resolvi apelar pra galinha... comeu o resto do jantar e os remédios assistindo a pintadinha. A tolice e o chororô não nos deixaram aproveitar direito o passeio de hoje. Voltamos pra casa, que é bem perto, dei uma arrumada na mala pra partir amanhã, procedimentos de dormir. Amanhã vamos no trem das 9:40 para Avignon. Esperava mais da capital da Borgonha, pensei que ia tomar uns vinhos alucinantes de incríveis aqui. 19/09/2019 - quinta-feira - Dijon/Avignon Acordamos, nos arrumamos, fizemos o café da Maria e saímos rumo à estação de trem. Nos despedidos do nosso maravilhoso flat com vista pra catedral de dijon e patrocinado pelo airbnb kkkk. Eu tinha esquecido como era bom viajar pra cidade pequena... enquanto em Madri e Paris nosso dia quase não rendia nada, mesmo que em Madri tivéssemos ficado muito próximo do centro, em Paris ficamos relativamente perto também, mas as distâncias fazem o dia mais corrido, mais agitado. São muitas atrações também, vontade de ver tudo; muita foto foto foto. Quando chegamos em dijon matamos quase todas as atrações logo na chegada. Pudemos passear sem pressa, olhando a cidade com mais atenção. A quantidade de turistas também é menor, tudo menos tumultuado. Enfim muito mais agradável. Sensação de férias mesmo. Fomos com calma pra estação de trem, compramos café da manhã na Paul (croissant e quiche e café com leite) nos dirigimos pra Voie de embarque. Logo o trem chegou, nos instalamos com uma pequena confusão. Vou explicar. Na plataforma (Voie) de embarque, por mais que os assentos sejam já marcados, não tem uma fila propriamente dita pra entrar no trem. Onde a porta do trem para, a galera se acumula e vai entrando. Pra conseguir lugar pra guardar a mala temos que ser os primeiros a entrar, igual como acontece no avião e as malas de mão. Logo que o trem chegou nos posicionamos bem na porta, seríamos os primeiros a entrar. Porém depois De uns 5 minutos parado e sem abrir as portas o trem se movimentou pra frente. Ficamos pra trás.. entramos muito depois, o local de guardar malas já estava cheio e não tinha nenhum buraco que coubesse a nossa modesta mala de 25kg. Victor foi empurrado pra dentro do trem com mala e cuia pela horda de franceses e turistas que entravam. Mas ninguém passava pq o corredor é estreito. Embolou tudo. Foram passando por cima. Quando folgou, voltamos pra entrada e ficamos contemplando o bagageiro cheio. Eu havia guardado um espaço com a mochila da Maria, mas não era grande o suficiente. Resolvemos rearrumar as malas dos outros pra caber a nossa. Um bom samaritano se compadeceu de nós e ajudou o Victor a carregar o maletão pra cima do bagageiro. Tudo certo. Todos rimos no final 😂 Sentamos, tomamos nosso café com a Maria hiperativa, depois coloquei no peito e ela dormiu. Passou a viagem toda dormindo. Aleluia!! 🙌🏽🙌🏽🙌🏽🙌🏽🙌🏽 Chegamos em Lyon, desce tudo, estação lotadaaaaaa, não tinha nem espaço pra andar. Paramos no starbucks pra sentar e dar lanche dela. A hora passou rápido e já estava acontecendo o embarque. Corremos pra plataforma e entramos no trem que iria pra Avignon. Maria dessa vez foi acordada mas tudo tranquilo. A viagem foi rápida. Chegamos em Avignon gare TGV. Pegamos o trem pro centro da cidade. Chegando lá, tudo pequeno e fofinho. Fomos andando pro nosso airbnb, a estação central dá direto na rua principal de Avignon que finda na place de l’horloge que por sua vez leva rapidamente ao palácio dos papas e à catedral des doms. Chegamos no airbnb, o anfitrião nos esperava lá. Graças a Deus pq o apartamento fica no 1o andar, e a escada era em caracol super estreita e sem corrimão. 💀 Ele subiu com o nosso maletão, eu com a malinha (MI) e o Victor com o carrinho. O apto é pequeno, um cômodo só com sofá cama, pia, fogão, frigobar, e o banheiro. Muito funcional e até confortável, exceto pelo colchão que me deu dor nas costas. Mas tinha todas as amenidades necessárias. Deixamos as coisas, demos o almoço da Maria, e depois ela dormiu. Saímos com ela dormindo. Fomos direto pro palácio dos papas. Pegamos o pior caminho (obrigada Google maps 🙄). Uma rua toda de pedras muito difícil de andar com o carrinho. Ruelas muito estreitas, com turistas. Parece que de qualquer canto da cidade dá pra avistar o palácio dos papas. É um muro enorme desproporcional ao tamanho das ruelas. E MI seguia dormindo. Chegamos na praça, fotos fotos fotos depois ela acordou, mais fotos. Muitos turistas ali. Entramos no palácio às 17h. Ele fechava às 18h. Victor fará a descrição do local. Saímos e fomos pra catedral des doms que fica ao lado. Ela já estava fechada então continuamos o passeio pela escadaria da catedral que dá acesso ao morro des doms. Uma rampa leva até o topo de uma colina que tem uma vista linda da cidade, do Rio Rhone, e da ponte de Avignon. Maria tava muito enjoada e tola. Não conseguimos tirar Foto dela. Lá em cima também tem um lago com patinhos, cisnes eum café. Maria se distraiu com os patos. O sol estava lindo e o céu limpo. Demos sorte, pois no dia seguinte estava tudo nublado e a paisagem não tava bonita. Descemos e paramos no restaurante l’epicerie para jantar. O restaurante fica numa de muitas pracinhas que têm em Avignon, na frente da basílica de São Pedro. Maria não comeu direito, acho que já estava com sono. Como estava quente e sem vento, sentamos numa mesa exterior. Comemos rápido e fomos embora. Paramos no supermercado, que ficava tbm bem próximo de casa. Chegamos no apto, coloquei ela pra dormir e dormimos tbm. Deixamos pra cozinhar no dia seguinte. Como não conhecíamos a cidade, estávamos meio confusos e perdendo muito tempo olhando o gps. Depois percebemos que não tinha muito mistério a cidade e tudo era realmente muito próximo. 20/09/2019 - sexta - Avignon Acordamos, eu com dor nas costas, banho e papai foi fazer a comida. Arrumei a nenem, dei café da manhã. Saímos tarde, com ela dormindo. Seguimos pro Petit palais, museu ao lado do palácio do papas. Fomos por outro caminho mirabolante do Google maps kkkkkkkk. Aff. Mas serviu pra conhecer toda a cidade. Acabou que “buiamos” à beira do rhones e com uma vista pra ponte de Avignon. Fotos. Continuamos seguindo o mapa até o palácio. A entrada era gratuita uhul visitamos o museu que tinha pinturas italianas e renascentistas, de boticelli e algumas obras que ganharam do louvre, esculturas medievais, arquitetura romana. Era pequeno e um andar estava fechado. Depois voltamos pra praça do horologio, paramos num restaurante pra dar o almoço da nenem e tomar um vinho com queijos, fazer hora pra esperar o museu calvet abrir de novo (os museus fecham 13h e abrem as 14h). A praça do horologio tem muitos restaurantes e árvores, as mesas ficam no centro da praça cobertas por guarda sois e a sombra das árvores. Seguimos pro museu. Lá tinha brughel e bosch, uma salinha com 3 tumbas egípcias (o resto estava fechado), pinturas italianas e francesas, e até arte moderna. Saindo do museu pegamos um caminho pra sorveteria amorino, e descobrimos a 25 de março de Avignon. Kkkk La Braderie é um festival de liquidação de todas as lojas de Avignon, que colocam os produtos na calçada e dão descontos de até 80%. Voltamos pra catedral des doms, pra visitar por dentro. Achei super sem graça lá dentro. Não valeu a pena voltar pra lá. A nave principal é toda em branco e tem um altar redondo com poucos detalhes. Parece uma igreja anglicana. Saímos de lá e fomos atrás de um restaurante que estava marcado no planejamento. Chegando lá não gostamos, fomos procurar outro. Topamos com um restaurante corsa (da Córsega). Pedimos uma lasanha de brócolis e espinafre e um prato que era tipo um escondidinho de carne e salsicha de porco corsa. Acabou que a comida veio maravilhosa! O vinho era muito bom também. Demos comida pra Maria e comemos também. Ficamos pesquisando sobre a Córsega e descobrimos que é uma ilha que faz parte da França, e lá tem um movimento separatista e nacionalista. A decoração era toda referente à Córsega, cerveja Córsega, a charcuterie toda Córsega. E tinha cartazes de protesto contra a prisão de um revolucionário Corsa, que foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato do prefeito da Córsega. Nos demos conta que estávamos num restaurante nacionalista corsa, que provavelmente é lavagem de dinheiro do movimento revolucionário, já que só aceitam pagamento em espécie. Kkkkkkkkkkkk Chegamos em casa cedo, fizemos a comida, fechamos a mala, demos banho e colocamos a nenem pra dormir. Dormimos. Cansados! No dia seguinte partiríamos às 9:40 para Nice. 21/09/2019 - Avignon / Nice Saímos 8:40 de casa pra pegar o trem para Nice. Ainda não tínhamos comprado as passagens. O percurso pra gare de Avignon centre é curto, chegamos, compramos o bilhete na máquina, pois já estamos habituados. Compramos um café e croissants, e fomos pra plataforma de embarque. O trem chegou, entramos logo pra ter onde colocar as malas e pegar um bom lugar. Como íamos de TER, não há lugares marcados. Tudo tranquilo. Maria dormiu. Chegando em marseille ela acordou. Descemos pra fazer a conexão pra Nice. Paramos num café da gare pra dar lanche pra Maria. Logo em seguida fomos em busca de um banheiro pra troca-lá. A gare de marseille estava apinhada de gente, muito difícil transitar. É só tem um único banheiro. Estava lotado, inclusive o trocador de bebês. desistimos, fomos logo pro trem, pois apesar de ainda faltar 15 minutos pra partida, achei melhor ir logo. Chegando lá quase não tinham mais assentos “bons” mas conseguimos pegar um mais espaçoso. Trocamos fralda de cocô 💩 no banco do trem. Maria estava agitada, danada... ficou tirando o sapato, sentando levantando, chorando, querendo pegar no lixo, querendo fazer tudo o que não podia. Foi uma longa viagem (2:40) até Nice. No caminho, o trem passa varias vezes pela beira do oceano e a vista é bonita. Porém estava nublado. Chegando em Nice, saímos da gare em busca do ponto de ônibus. Rodamos um pouco depois parei no office de turisme. Descobri que o ônibus que queríamos pegar não existe mais. A estação d tram era a 10 minutos a pé. O apto ficava a30 minutos a pé Estava choviscando... decidimos pegar táxi. 15 euros até o airbnb. Chegamos e o anfitrião estava fazendo a faxina. Deixamos as malas e fomos procurar o que comer, e aproveitar pra passear na promenade des anglais. A avenida, que fica à beira mar, tem um calçadão espaçoso, duas vias para carros, ciclofaixa compartilhada com pedestres, e prédios neoclássicos. A cor do mar é impressionante... azul turquesa, mesmo com o céu nublado! Ficamos boquiabertos e caiu a ficha: estamos na côte d’azur! Muitos turistas também passeavam pela orla. Maria Inês, porém, estava tola e chorona, mas tinha que ficar dentro do carrinho por causa do chuvisco. Resolvemos entrar logo num restaurante qualquer, já que os “nossos” eram distante. Paramos no le cocodile, numa mesa com vista pro mar. Pedimos ostras e uma massa com frutos do mar. A massa não estava al dente, mas o sabor era bom. As ostras estavam boas, eu acho, não comi, só o Victor. Tomamos um vinho branco honesto. Maria continuava danada. Colocamos na galinha pra ela sossegar um pouco. Após comer, fomos ao supermercado e voltamos cedo pra casa. Ela jantou e 19;15 já foi dormir. Aproveitamos que estava cedo e descansados, fizemos a comida do dia seguinte, arrumei um pouco a mala, coloquei duas levas de roupa na máquina de lavar e estendi, arrumamos o apto. Fizemos seleção de fotos e dormirmos. A previsão do tempo no dia seguinte era chuva... 22/09/2019 - domingo - Nice Acordamos antes das 7:00, tomamos banho. Maria acordou só 8:00. Tomei café em casa, enquanto Victor dava a comida da nenem. Colocamos o macarrão e o brócolis no fogo. Ontem fizemos só picadinho. O airbnb é muito completo, parece que estamos em casa. Tem tudo! Nos arrumamos, pegamos comida e lanche, saímos 9:20 pra missa das 10h. Estava choviscando. Aff!!!!! Colocamos a capa de chuva no carrinho, ela odiou. Foi chorando no caminho todo. Eu com o paninho da mamãe na cabeça e um casaquinho. Andamos pela promenade des anglais até a igreja, que fica na Vielle Nice, uns 30 minutos. Mesmo com chuva, muitos turistas na rua, e muitos corredores fazendo corrida. Uns franceses bem magrelos e já na 3a idade, correndo na chuva kkkk casais de gordinhos. Casais judeus. Jovens. Todos correndo na chuva. O mar continuava azul turquesa. Ficamos besta de ver um pessoal tomando banho de praia, 9 da manhã com chuva 😂 mais à frente, estava tendo era uma competição municipal de natação, e haja francês nadando!! A chuva aumentou, andamos mais rápido ainda até que chegamos na igreja. Pensei que a Maria fosse dormir, mas nada. Passsou a missa toda perambulando e fazendo danação. No final da missa trocamos a fralda no banco da igreja pois estava feita cocô. Depois dei peito pra ver se dormia. Enquanto isso as luzes iam apagando mas algumas pessoas ainda estavam dentro da igreja. Entendi que a igreja ia fechar mas não me apressei pq ainda tinha gente. Eu queria fazer a Maria dormir e sair de lá com ela na adormecida, procurar um restaurante com calma, pra nos abrigarmos da chuva e dar o almoço. Uma velhota francesa me abordou dizendo que tínhamos que sair. Que ali não era berçário pra dar de mamar. 😡 Eu respondi “Pardon, mais ici c’est la maison de Dieu”. Continuei dando mamar, e sem pressa arrumei as coisas pra sairmos. Fiquei mt aborrecida. Saímos de lá com Maria berrando por estar presa no carrinho. Todos os restaurantes que havíamos selecionado no planejamento estavam fechados. Só abrem segunda ou terça. E os que estavam “abertos” , só abriam mesmo 12h. Que cidade estranha!!!!! Tamanho domingo e tudo fechado! Cidade lotada de turistas! Eu hein! Entramos na catedral, que era perto, dei mamar, nenem dormiu, procuramos com calma um resto no Google. Selecionamos um que dizia estar aberto. Chegando lá, fechado. Decidimos procurar pela rua mesmo. A Nice velha é muito fofa, ruelas estreitas quase todas de pedestres, casas , janelas e portas antigas, coloridinhas de cores pastel e algumas janelas mais forte. Muitas lojas e cafés e restaurantes, mas ficamos receosos de cair em armadilha pra turistas. Aqui claramente se vê a transição entre a França e a Itália. Tem muito da Itália, nos restaurantes principalmente. Paramos no Chez Theresa, pensávamos que era restaurante mas era lanchonete. Comemos aquela pizza de cebola e fomos pra outro. Escolhemos um que tinha boa avaliação no Google. Lá, o atendimento foi estranho e a comida sem graça e cara. a sensação de desapontamento aumentou ainda mais. Dia chuvoso, comida sem graça... Continuava chovendo, fomos pro museu massena. No caminho, passamos pelo jardim de albertier 1e, meio feioso e sem graça também. No museu A entrada era grátis HOJE em razão da Journée du patrimoine. Pelo menos isso. Acervo sem graça, nada demais. Os museus de avignon eram melhores. Saímos do museu e paramos num café pra dar lanche pra nenem. O café também meio ruim. Kkkk. Que zica! Decidimos ir em outro museu pois ainda chovia. No caminho, pela promenade des anglais, parou de chover e ficamos admirando a praia. Descemos, tiramos foto. Desistimos do museu. Passeamos, passeamos. Resolvemos parar num restaurante pra dar o jantar da nenem e tomar um vinho. Já estávamos perto de casa e paramos em um outro rest qualquer, pega turista, mas na beira mar. Quando entramos, o garçom anfipático nos deu uma mesa ruim. Pedi outra mesa, com vista pro mar. Ele negou e virou as costas. Agradeci e disse que o serviço ali era ruim, fomos embora. Eu hein. Andando pra casa, todos os bares e restaurantes estavam fechados. Chegamos cedo de novo, demos janta, nenem dormiu.. Espero que amanhã a zica vá embora, o sol saia, as nuvens Vão embora e consigamos comer uma comida gostosa em Nice!!! 23/09/2019 - segunda-feira - Nice Acordamos empolgados com o sol!! Nos arrumamos e saímos, sem tanta pressa pois o dia amanheceu um pouco nublado e o sol iria sair só após as 10h. Paramos no supermercado e num café pois mamãe wendy teve um “imprevisto feminino”. Chegamos na promenade des anglais... que lindo!!!! O mar estava ainda mais lindo com o sol!!! 😍😍😍 Paramos e tiramos muuuitas fotos. Depois descemos pra praia e maaais fotos. Mamãe e papai tiraram os sapatos e foram colocar os pés no mar mediterraneo. Água geladinha. As pedras da praia de Nice doem nos pés, Victor não curtiu essa parte. As pedras de mosqueiro são fichinha perto delas kkkkk pois em mosqueiro são alguns aglomerados de pedras, já em Nice é uma praia toda de pedras. Seguimos o passeio pela promenade rumo ao elevador do castelo, um elevador que leva ao topo de uma colina, mas o sol já estava quente demais. Entramos na old Nice pra caminhar à sombra. Pelo caminho, passamos pelo cours de saleya, uma espécie de feirinha ao ar livre. Restaurantes de um lado e de outro com lagostas, peixes e caranguejos expostos em aquários. Mas tinha cara de pega-turista. Aliás, deles tinham muitos. Maria dormiu sozinha sentada no carrinho. Fato inédito, e único, nunca mais aconteceu 😂 Chegando no elevador, subimos. A vista de lá é linda!!! Maaais fotos. Do mirante, avistamos toda a old Nice,igrejas, a promenade des anglais, até o hotel negresco. Demos uma volta pela colina; que tem árvores e um parque é um café no centro. Como Maria dormia, não brincou no parquinho. De lá de cima, em outro mirante, admiramos também o porto de Nice. Embarcações pequenas atracadas e cruzeiros mais distante, no mar. Descemos e já era hora do almoço. Ficamos em dúvida se entrávamos em um dos restaurantes do cours de Saleya ou se íamos para outro, marcado previamente nas nossas pesquisas. Hesitamos e eu decidi ir pra outro. Escolhemos certo. Fomos bater num restaurante italiano embrenhado pelas ruelas da old Nice. Comemos um spaguetti com camarão delicioso. Maria almoçou também. Saindo do restaurante, ficamos na indecisão sobre o que fazer no resto do dia. Ir a Mônaco? Ou villefranche-sur-mer? Ou um passeio de barco? O passeio era 18 euros por pessoa, Mônaco não estava nos empolgando muito... decidimos ir a villefranche, que tinha praia de areia. Colocamos o caminho no Google. Pegamos um ônibus e 20 minutos descemos numa parada no meio do nada kkkkkkkj Gente, o Google dá os piores caminhos. E olha que sou macaca-velha de Google. Eu tinha percebido que era cilada, mas deixei o Victor liderar. Ele anda estressadinho e não quis contrariá-lo. Fomos seguindo o caminho esquisito do Google. Entramos na propriedade do que parecia ser um hotel, uma estradinha de ladeira pequena que ia fazendo zigue-zague até a praia. Nenhuma viva alma... só nós. Fomos descendo até que chegamos no estacionamento da praia, que tinha umas mesas de piquenique. A praia logo abaixo, seguia a orla até uns prédios e o centro, estação de trem, mais afastados. Sentamos numa mesa sob as árvores, aproveitamos a brisa, a vista, e dei o lanche da Maria. Uvas. Caminhamos até chegarmos à parte principal da praia. Entramos num restaurante que ficava na faixa de areia, pra sentar e tomar um vinho olhando o mar. Tirei o sapato e levei a Maria pra pisar na areia e na água. Ela estava assustada com as ondas, chorou mas depois se acostumou. Tiramos fotos. Já era hora de voltar pra casa. Subimos uma escada e uma ladeira para chegar na estação de villefranche compramos o bilhete de trem, ficamos perdidos sem saber onde era a plataforma, se do lado direito ou esquerdo. Não tem placas, não tem funcionários. Fui perguntando e encontrei. Sentamos pra esperar o trem. Até que foi anunciado que o próximo trem tinha sido cancelado. O seguinte era dali a 15 minutos. Ok, esperamos. Quando o trem passou, estava lotadissimo. Apinhado de gente, muita gente. Turistas e franceses. Gente com aquele CECE azedo. Putz. Maria dormia no meu colo. Me espremi por la, sentei no degrau do trem. Ainda bem que a viagem era rápida. Chegamos em Nice na estação central, compramos logo a passagem pra Gênova. Saída às 8:01. Caminhamos até a promenade des anglais, paramos no hard rock café. Pedimos duas entradas, um camarão e um trio de mini hambúrgueres. Victor pediu errado os sabores do meu hambúrguer e vieram super apimentados. Pense numa mulher com raiva 🙄 Maria jantou na cadeirinha. Apreciamos o por do sol em Nice. Saímos do hardrock após detonar o tradicional brownie com sorvete. Chegamos em casa, arrumamos as coisas e dormimos. 24/09/2019 - Nice-Genova -Milão Acordamos 6h com despertador. Victor estava nervoso pois o trem sairia às 8:01 para Gênova, tínhamos que sair antes das 7h, e não sabíamos direito se íamos de ônibus, Taxi, Uber ou a pé. Mas eu já tinha pesquisado números de telefone de táxis em Nice pra pedir. Sabia que a pé não ia dar certo... íamos demorar muito e cansar muito. Ônibus também não tinha por perto. Ele tomou banho, depois eu, Maria já acordada. Fechamos a mala, tiramos o último lixo, guardamos a louça da noite anterior, tiramos a roupa de cama e banho - tudo orientações do anfitrião do airbnb. Telefonei pro Taxi (em francês, cof cof), que chegou em 5 minutos. Coloquei um casaco e sapatos na Maria, deixamos a chave de casa na mesa e fechamos a porta... não deu tempo de fazer revisão minuciosa. Espero não ter esquecido nada. O táxi já estava aguardando lá embaixo. Um rapaz simpático, conversou conosco perguntamos de onde vínhamos, e depois elogiou meu francês e perguntou onde eu havia aprendido. Cof cof. Descemos na gare de nice ville, fomos checar a televisão que dá as informações dos trens. Tudo ok. Nos acalmamos e fomos nos despedir da França tomando um café crème et croissants na Paul. Normalmente preferimos patisseries locais e artesanais, mas a paul tem o melhor croissant de todos. E olha que eu testei vários, comi croissant todo dia. Logo deu 7:30, a plataforma de embarque já estava disponível. Corremos pra lá, pra garantir lugar pra mala. Embarcamos. Maria Inês ficou espoletando entre as cadeiras, e nós abestados com a paisagem. A viagem inteira foi margeando o mar Mediterrâneo. Foi lindo! De vez em quando entrávamos num túnel ou passávamos por alguma cidade, mas a maior parte do trajeto foi na beira mar. Vimos praias, prainhas, casas bem defronte pro mar, pescadores. Très belle la côte d’azur!!!!! No trem os anúncios eram feitos em francês e em italiano. Acompanhamos pelo Google maps nossa localização, depois de cruzar a fronteira França - Itália, os avisos passaram a ser em italiano e depois francês. Maria cochilou 40 minutos, e logo acordou. Ainda no trem percebi que as mulheres italianas são mais “presença”. Não lembro de, na França, alguma mulher ter chamado minha atenção. No trem, as italianas não passaram despercebidas. Postura, trajes, cabelos, Acessorios. Elas são belas e imponentes! Resolvi me aprumar mais pra não ficar “por baixo”. Coloquei meu óculos escuro e arrumei o cabelo. Victor colocou a camisa pra dentro da calça. Maria tirou o pijama e trocou de roupa. Chegamos em Gênova com atraso de 20 minutos - coisa que nunca aconteceu na França. Guardamos a mala e saímos da estação passeando pela beira mar/zona portuária de Gênova. Os prédios e construções antigas, muitos camelôs na rua, estávamos numa parte meio esquisita da cidade. Meio suja e desleixada, muita gente estranha na rua. Logo chegamos no Porto Antico, passamos defronte ao aquário de Gênova. Entramos no centro histórico, encontramos uma igrejinha que o Victor visitou e eu não pois tinha uma escadaria e não quisemos fechar o carrinho. O restaurante era em próximo e tinha acabado de abrir. O menu dava direito a 2 pratos, vinho e água. Pedimos: massa ao molho pesto, massa com um camarão estranho italiano, um hambúrguer de peixe com salada e salada de lulas. O pesto estava muito bom, super suave e delicado. A massa de “camarão” também estava gostosa, Com bastante alho e azeite. Victor não curtiu muito. Os outros dois pratos eram sem graça, poderia ter ficado sem. Maria almoçou sua comidinha. Saindo do restaurante voltamos pela rua paralela à beira mar, pela sombra. Ainda na região Porto, varios boxes com lojinhas de comércio informal. O aspecto de sujeira e falta de segurança permaneciam. Nada disso vimos na França. Continuamos o caminho de volta pra estação de trem caçando um gelato e uma focacia. Na rua que pegamos tinham vários departamentos da universidade de Gênova. Vários prédios diferentes, antigos, um ao lado do outro, todos pertencentes à universidade. Passamos pelo campus de ciências sociais, departamento de direito público e processual e de jurisprudência, dentre outros. Encontramos o gelato e a foccacia de queijo recco no HB. Ambos deliciosos. Pedi gelato de 3 chocolates e de baunilha com cookies 😁 Chegamos na estação de trem às 14:50. Compramos o bilhete pra Milão no trem das 14:19, que estava 5 minutos atrasado. Fomos buscar a mala que estava no locker... quando chegamos lá, o local estava fechado!! Bateu o frio na barriga. Por sorte tinham polizeis no meio da estação. Fui na mesma hora falar com eles, pois não tinha informação turística na estação. Expliquei o ocorrido. Destacamos toda a brigada policial - 3 polícias e 2 das forças armadas. Chegando no local, já estava aberto. “Fumare!” A polizei me explicou. Ah tá!! O responsável pelo bagageiro tinha saído pra fumar.😬🤷🏽‍♀️ Resgatamos a mala, peruamos pela estação até encontrar o caminho pra plataforma, e o trem já 15 minutos atrasado. Depois mais atrasos e de 14:19 saímos apenas 14:40. Muita gente viajando pra Milão, o trem está lotado. Maria fez popô... depois de nos instalarmos nos assentos, trocamos a fralda no banco do trem. Coitado do chinês que viaja do nosso lado. Já passamos do Piemonte. As paisagens foram de Campos verdes e montanhas ao fundo. 26/09/2019 - quinta-feira - Milão Acordamos 7:15, com a Maria Inês. Ficamos de chamego na cama depois papai tomou coragem e foi pro banho. Mamãe Wendy levantou com a nenem e foi preparar o café da manhã. Tomamos café, nos arrumamos, e saímos. Colocamos o pé pra fora e surpresa. O que é isso? Chuva? Nublado? Era neblina. Olhei no Google pra confirmar. O dia estava todo fechado, mas não chovia. Ufa! Victor adorou. Estava gostoso, nem calor nem frio. 18 graus. Nossa primeira parada era bem próximo de casa. Castelo Sforzesco, primeiro o parque, depois o museu. O parque é meio sem graça, não tem nada demais. Algumas árvores, um lago bereré e sujo com uns patinhos, poucas flores. Mas chamou atenção o forte perfume que vinha delas. Acho que são primas do jasmim. Íamos caminhando entre elas e o aroma era perceptível. Entramos no castelo, compramos o bilhete sem filas, mas já era mais de 10h, então antes de ver o museu sentamos no café pra dar a merenda da nenem e tomar um capucco. Maria comeu uma tangerina inteira mais um pedaço de croissant do papai. Após o lanche, ficamos peruando parece lesos procurando a entrada do museu. Pergunta de lá e de cá, os italianos dando informações estranhas e nós sem saber italiano pior ainda. Até que descobrimos e começamos a visita. Maria mamou e dormiu logo no início. O museu também é sem graça... tem peças decorativas de igrejas antigas tipo colunas, esculturas, tapeçarias. A melhor parte é a sala del asse, uma sala que foi toda pintada de afrescos por Leonardo da Vinci. Ele morou em Milão, no ducado de Ludovico, il Moro. Foi contratado pelo duque pra fazer a decoração do castelo. Dentre outros trabalhos que ele fez, esse foi o mais importante. Ele começou a pintar a sala, mas a invasão do exército francês o interrompeu, ele foi embora e ficou inacabado. Os soldados passaram uma camada de um tipo de tinta branca por cima de tudo. Em 1860, aproximadamente, o afresco foi descoberto. Um artista foi chamado pra fazer o restauro. Já nos anos 1970, decidiram retirar o restauro, a camada de tinta branca, pra tentar alcançar o afresco original. Em 2013 passou por novo tratamento. O museu fez um vídeo interativo muito interessante pra explicar tudo isso. Terminamos a visita e seguimos pro 1o andar, para a pinacoteca. Também sem graça. Tinha uma exposição de móveis bereré também. Saímos do castelo umas 12:30, seguimos pra basílica de Santo Ambrosio, onde se encontra o corpo inicorrupto do santo. No caminho, procurávamos um café pra sentarmos e dar o almoço da Maria. Todos os pequenos restaurantes que encontrávamos estavam com filas e muito lotados. Estávamos numa área comercial, tinham muitos italianos de terno e gravata saindo pra almoçar. Paramos num café restaurante pequeno também com fila, mas com mesas lá dentro. Fechamos o carrinho, sentamos na minúscula mesa e eu fiquei na fila pra pedir. Pedimos dois pedaços de uma pizza quadrada. O italiano que aparentava ser o dono do estabelecimento fez sinal para eu me sentar e sair da fila, mandou eu pedir pro “ragazzo”. Me sentei, tirei as comidas da Maria e fui pro balcão esperar uma oportunidade, no meio da confusão, pra pedir que esquentasse no microondas. Ele me mandou sentar e esperar. Kkk fiquei em pé, sem entender direito o que ele dizia. Mas continuei em pé no balcão. Esperei pacientemente. desafogou um pouco, ele me deu um prato e esquentou o almoço da nenem. E nada do nosso pedido. Esperamos muito, até que o ragazzo (um garçom ) veio na nossa mesa, reiterei o pedido. Demorou mais ainda. Até que a comida chegou. Maria estava quase terminando de almoçar. Pelo que entendi, ele atende primeiro os pedidos pra levar e depois os pedidos nas mesas. 🤷🏽‍♀️ Saímos daquela confusão, chegamos na basílica, visitamos. Vi o esqueleto do santo! 💀 Voltamos pelo mesmo caminho e paramos em outra igreja, uma meio despintada, mas que é considerada a capela sistina de Milão. Muito bonita mesmo. Toda pintada com afrescos. De lá fomos pro cenáculo, não tínhamos ingresso (tentei comprar pelo telefone, ainda do Brasil, e nunca consegui. Não sei qual o macete pra conseguir esses ingressos, eles esgotam muito rápido) nem conseguimos comprar na hora. Não entramos. Visitamos a igreja ao lado, que tem uma obra do caravaggio. Li que naquele local originalmente tinha uma obra de tiziano, roubada e que hoje está no louvre. Fiquei me perguntando se não há nenhuma regra, acordo ou ética internacional sobre esses roubos, porque continuam nos museus em vez de serem devolvidos pros donos originais? Tentamos visitar a casa do Leonardo mas também estava com ingressos esgotados. Ficamos meio triste. Eram 16:40, Maria dormiu. Andamos de volta pra casa na esperança de parar num restaurante e tomar uma taça de vinho. Os outros pontos turísticos de interesse eram muito afastados e queríamos chegar cedo em casa pois amanhã é dia de deslocamento. Nos perdemos e quando nos achamos já tínhamos desistido do vinho. Viemos direto pra casa. Jantar, banho, arrumar mala, dormir. Amanhã vamos pra Veneza no trem das 8h. 27/09/2019 - sexta-feira - Milão / Veneza Acordamos atrasados. Em vez de 6h, só despertamos 7h. Tomamos banho apressados, guardamos pijama e necessaire, colocamos o sapato na pequena e saímos pra stazione Milano Centrale. Chegamos lá 8:36. O trem que queríamos pegar saiu 8:25. Tudo bem, ele custava só 20 euros mas levava 4 horas pra chegar em Veneza. Pagamos mais caro no trem das 9:45, o Frecciarossa que leva 2:26 pra fazer o mesmo trajeto. Enquanto esperávamos, tomamos café na estação. Capuccino e croissants. Maria comeu abacate, croissant e quis tomar capuccino conosco. Agora ela quer comer tudo o que comemos. Gelato, capuccino, massa. Tudo o que ela vê a gente comendo, abre a boca também pedindo pra comer. Daí a explicação daquela foto de boca aberta e o gelato. Assim que a plataforma foi informada, levantamos acampamento e seguimos pro embarque. No trem, estávamos em cadeiras separadas. Creio que por termos comprado a passagem em cima da hora, sobraram só lugares distantes um do outro. Pedi pro passageiro que ia ao lado do Victor pra trocar de lugar comigo. Ele disse não. Fiquei com raiva e comecei a bolar planos de vingança👿 Levantei da minha cadeira com a Maria e levei pra trocar, no colo do Victor. Infelizmente não tinha popô. Na fileira ao lado, uma família com uma filha e um filho, de 6 e 4 anos respectivamente. Maria, que adora fazer amigos, se animou e foi interagir. Fiquei em pé com ela, conversando com os pais e as crianças. A mãe, Eleonora, é tradutora italiano -inglês/russo. O pai Michele acho que é jornalista. As crianças, Niccolo Roberto e Martina. São de Bira, no sul da Itália. Martina adorou a nenem e ficou brincando com ela. No final, já estava protegendo a cabecinha da quina da mesa, dizendo “não” quando ela ia pegar algo do chão, levando pra passear e trazendo de volta kkkkk Eles iam pra um parque de diversões estilo Disney, que tem aqui próximo a Verona. No final, a despedida foi longa. Muitos “ciaos”, praccere em conhecere, beijos e abraços, e mais ciaos. Convites para ir a Bira e a Belem. Nossos amigos foram embora, Maria continuava elétrica. Resolvi colocar o iPad com galinha pintadinha. Troquei de lugar com o Victor, e sentei ao lado do italiano insensível que não quis trocar de lugar. Pelo que percebi, ele estava se preparando pra uma apresentação de power point, pois vi as impressões dos slides e ele lia e relia e falava sozinho. Coloquei a galinha pintadinha num volume baixo, pra quem estava longe. Ele começou a falar em voz alta e repetir as coisas pra si mesmo, como se esforçando pra manter a concentração. Ri sozinha. Minha vingança havia se completado. HUA HUA HUA. 😈 30 minutos depois, nenem se enjoou do iPad. Mamou e dormiu. Chegamos em Veneza, ela se acordou na saída do trem. Logo pegamos o trem seguinte para Spinea, cidade vizinha a mestre, onde estamos hospedados. A casa fica logo atrás da estação de trem. Quando descemos, pegamos o caminho errado e demos uma volta desnecessária. O Google da o endereço errado, o que eu já sabia. Ficamos vagando em busca do N. 33, até que achamos, de fato, atrás da estação. Percebemos que tínhamos andado demais, sem necessidade. Kkk A casa estava toda fechada, com correspondência acumulada na caixa de correio. Eu estou sem créditos no celular, sem internet. Tentei telefonar para a anfitriã mas escutei uma mensagem em Itáliano, não entendi o que dizia. Presumi que era uma mensagem avisando da falta de créditos e que a ligação não havia sido completada. Fiquei tentando decidir o que fazer, bolar os planos B, C e D... Um senhor de bicicleta chegou na casa ao lado, então o abordei perguntando se conhecia a pessoa que morava ali na casa 33. Ele não falava um pingo de inglês. Disse que o portão da garagem ficava sempre aberto, e que era estranho estar fechado. Perguntei se era a “Donna” Sonia que morava Ali; ele disse que sim. Me perguntou se eu havia telefonado, eu tentei explicar que meu telefone não funcionava. Ele pediu o numero, ia ligar do celular dele. Nessa hora, a tal Sonia me liga dizendo que chegaria em 5 a 10 minutos. Ufa!! Já estava tensa. Uns 15 a 20 minutos depois ela chegou, abriu a casa. O check in estava marcado pras 15h, e ainda eram 12:45. O quarto estava ainda desarrumado, outros hóspedes haviam desocupado recentemente. Ela disse que ia preparar o quarto, e que era pra esperarmos na sala. Deixei nossas tralhas no quarto, demos o almoço da Maria, trocamos fralda, e saímos no trem das 14:14. Nessa estação, spinea, o trem passa sempre aos 14 e aos 41 minutos de cada hora. Chegamos em Veneza, linda! Fomos logo tirando fotos, depois seguimos pro restaurante antico Gaffaro, onde jantamos também na nossa chegada em Veneza, em 2016. Fizemos o mesmo trajeto, vimos os mesmos locais e ficamos lembrando da nossa chegada em 2016, a noite, -2ºC. Achamos o restaurante, sentamos e pedimos a comida. Eu estava urrando de fome. Pedi carbonara e Victor, amatriciana. Maria novamente mostrou interesse na comida, bem enfaticamente na verdade, ela praticamente exigia comer também. Eu comia uma garfada e dava uma outra pra ela. Nos deliciamos num dos melhores almoços da viagem. Pedimos meio litro de prosecco da casa. Aproveitei pra dar o lanche da Maria, pois já eram 15:30. Saímos do restaurante de alma leve... Veneza está lotada, apinhada de turistas. Fomos caminhando com dificuldade pelas ruelas, em direção à praça de São Marcos. Tomamos gelato, o qual também foi dividido com a Maria Inês, que abria a boca e só fechava quando colocávamos a colher suja de sorvete na boca dela. “Uma pra mamãe, uma pro papai, uma pra nenem”. Tive que me esconder com o sorvete pra ela não pedir mais. Andamos, andamos, andamos até a praça. Chegando lá, mais turistas. Dificuldade em tirar fotos, de tanta gente. Fotos fotos fotos, Maria andou, perseguiu os pombos, caiu, levantou, chorou, fez popô. Fomos em busca do banheiro público pra trocá-la. Chegando lá, era pago, 1,50 euros. Não quis pagar, trocamos no carrinho mesmo. Dei peito e ela dormiu. Fomos em busca de um bar a vins. Encontramos, mas estava aberto só para jantar. Desistimos. Já eram 18:00, decidimos voltar pra estação Santa Lúcia e ir pra casa. Andamos de volta, desviando de turistas, chinas etc. paramos no supermercado, não tinha frango nem picadinho, nada de carne. Não encontramos outro super. Chegamos em Santa Lúcia as 19:15. Pegamos o trem das 19:40. Dei o jantar da nenem dentro do trem. Chegamos em casa, procedimentos de banho e dormir. Eu estava muito cansada da maratona. Pra passear com a Maria, temos que carregar o carrinho em todas as pontes. Minha mão ficou cheia de Calos e eu cansei demais. Não gostei... no dia seguinte vou levar o canguru. Os turistas são chatos, me incomoda demais. Em dezembro de 2016 a cidade estava vazia, transitável, apesar do frio de rachar. Agora é turista pra todo lado, eles são mal educados, não tem sensibilidade com os bebês nem com as famílias. 28/09/2019 - sábado - Veneza Hoje nosso dia começou todo enrolado, saímos atrasados de casa porque nos enrolamos fazendo a comida da nenem, o trem atrasou, enfrentramos uma fila enorme pra pegar o vaporeto pra Murano, com direito a “barraco” que quase chegou às vias de fato com um turista que, tentando atravessar a fila do vaporeto que cruzava toda a calçada, se aborreceu e empurrou o carrinho da neném (no sentido contrário ao das rodas, ou seja, com real risco de tê-lo derrubado com a criança sentada nele). Saí esbravejando atrás do cara, e tive que ser contida por outros turistas. Victor ficou parado na fila, segurando o carrinho e achando graça. Fiquei ensandecia e tremia de raiva.Enfim. Chegando em Murano, nos perdemos um do outro, depois nos encontramos, e andamos muito tempo pra encontrar a estação do vaporeto pra Burano, e quando encontramos, adivinha? Uma fila ainda maior. Depois de tanta tensão, seja pelo barraco com o velho, seja por ter me perdido do Victor, tudo isso sob um sol de lascar: Desistimos... voltamos tuuudo de novo pra Veneza. Chegamos exaustos e com a sensação de um dia perdido. Fomos almoçar no Chat Qui Rit, um bistrot sofisticado, caro, bom atendimento, comida conceitual, pouca, até gostosa mas não me convenceu. Mais sensação de derrota. Após o almoço, ainda no restaurante, eu decidi trocar a fralda da Maria Inês. Descobri que havia esquecido de colocar fraldas descartáveis na mochila. Desespero bateu de leve… Comecei a procurar uma farmácia por perto. Por providência divina, havia uma farmácia a 1 minuto de distância. Fui, comprei um pacote de fraldas quanse chorando de felicidade. Em Veneza tudo é distante, com muitos turistas, difícil de transitar. Já estava imaginando ter que andar muito pra encontrar essa fralda, e depois retornar ao restaurante, o transtorno que seria.. Veneza apinhada de gente, difícil de transitar entre os turistas, ainda mais com carrinho de bebê. Eu estava cansada, suada, com calor, insatisfeita com o dia e questionando minha escolha de vir a Veneza. Logo eu, que amo tanto a cidade... Decidimos levar a bebê pra brincar no giardino, andamos bastante, graças a Deus as pontes da margem a partir de St. Market têm rampas. Quando chegamos no jardim a bebê já tinha dormido. Ficamos descansando. Decidimos tomar uns drinks em alguma osteria pelo caminho. Estávamos, à essa altura, no bairro de Castello. A quantidade de turistas já havia diminuído significativamente 🙌🏽 pudemos caminhar com tranquilidade e calma, e a sensação boa de estar na “nossa” Veneza voltou. Sentamos num bar à beira do canal, pedimos bruschetas de bacalhau e marguerita e prosecco e aperol. Divino! Repetimos! Ficamos observando os casais que chegavam à beira do canal. Crianças no andar superior de uma casa estavam se fantasiando e vinham à janela acenar pros transeuntes. Fiquei acenando de volta. Ufa! As coisas começavam a dar certo, finalmente. O sol já tinha esfriado, quando saímos do bar demos de cara com ele, ali todo pomposo. O fim de tarde estava lindo e tivemos oportunidade de assistir ao pôr do sol de “camarote”, em Castello. Que presente! O pôr do sol foi um dos mais incríveis que já vi na vida e ficará na memória pra sempre. Fiz time lapse, muitas, muitas muuuuuuuuitas fotos. Voltamos à ferrovia de vaporetto e fomos admirando o show de cores no céu, após o anoitecer. Ele ia mudando de cor, de laranja para lilás. Gratidão 🙏🏽 29/09/2019 - domingo - Veneza e Pádua Último dia em Veneza! Acordamos, nos aprontamos, pegamos o trem de Spinea para Veneza. Iríamos assistir à missa Tridentina numa igreja defronte à estação Santa Lucia, na Chiesa de San Simeon Piccolo. Chegamos um pouco cedo para a missa, então resolvemos tomar café em algum lugar. Saímos procurando onde sentar, havia uns hóteis pequenos que serviam café nas mesas do lado de fora, mas achei os preços salgados demais. Seguimos andando meio sem rumo pelas redondezas, cruzamos uma ponte bem pequena e resolvemos parar num local que tinha preços melhores e ficava à beira do canal. Pedimos o tradicional café, suco de laranja e croissant. O croissant estava horrível, mas o café e suco de laranja, ótimos. Maria ficou zanzando por lá, revezávamos eu e Victor pra acompanhá-la. Pagamos e fomos pra missa. Pensei que ela iria dormir durante a celebração, mas não rolou. Ficou muito sapeca durante toda a missa e acabou cativando o casal que estava sentado no banco de trás. Após a missa, seguimos para a ponte de Rialto, onde iríamos realizar um último desejo em Veneza: almoçar à beira do canal. Escolhemos almoçar no mesmo restaurante que papai e mamãe haviam passado no ano anterior, “Al Buso”. Andamos muito, seguindo as placas amarelas que indicavam o caminho “per Rialto”, acompanhados de muitos turistas. Finalmente chegamos no restaurante. Conseguimos uma pequena e espremida mesa para duas pessoas, mais o espaço para o carrinho. Infelizmente a mesa não estava exatamente à beira do canal, ficamos separado dele por uma outra mesa, que logo vagou e foi ocupada por um casal de chinas. Mas tudo bem. A vista estava ótima, a comida saborosa, realizamos nosso desejo. Não pude deixar de me incomodar com a quantidade absurda de turistas que se amontoava ao redor do cordão de proteção que o restaurante coloca na calçada para delimitar seu espaço. Ocorre que ali ao lado, bem “rente” tem um popular ponto de tirar foto com a ponte. Mas tentei abstrair e me alegrar e aproveitar ao máximo aquela experiência. O garçom esquentou a comida da Maria Inês, ela comeu, depois eu comi. Meu prato estava super apimentado, depois pedi pra trocar com o Victor. Saindo de lá, fomos trocar fralda da Maria Inês. Paramos num dos banheiros públicos da cidade, e lá chegando havia um grande cartaz informando que menores de 6 anos não pagavam a entrada no banheiro. Pedi a entrada para a bebê, e a servente me cobrou 1,50 para a minha entrada. Expliquei que eu não iria usar o banheiro, somente a criança. Ela insistiu que eu deveria pagar. Eu respondi que não estava entendendo, pois o cartaz dizia que era grátis. Ela partiu pra ignorância. Começou a falar em italiano, perguntou se eu falava italiano, ao que respondi que não. Então começou a me dizer que eu se eu viajava para a Itália, deveria falar italiano. Não fiquei calada, respondi em português mesmo um monte de coisas. Desci, abri o carrinho e troquei a fralda lá na frente mesmo. Seguimos pra estação Santa Lucia, pegamos o trem para Padua, onde iriamos visitar a capela do Giotto. Na estação de Padua, bem pertinho, fomos ao banheiro trocar a fralda da nenem, não pagamos nada e depois o funcionário ainda me deixou usar o banheiro de graça. Andamos até a capela. A cidade estava muito diferente do que havíamos visto em dezembro! Passamos pela ponte, pelo parque, que estava todo dourado do outono. Chegando no museu, compramos o ingresso, tomamos um café, dei lanche pra Maria, assistimos a apresentação mutimídia que antecede a visita, depois fomos para a fila pra entrar na capela. A entrada é muito burocrática por conta da preservação dos afrescos. Lá dentro pudemos contemplar a riqueza e a singularidade das obras de Giotto. Ficamos embasbacados com a beleza e a histórioa do local. Tiramos fotos enquanto tentávamos conter a bebê que estava bastante danada. 15 minutos depois, nosso tempo terminou. Saímos do museu e fomos pro jardim. O sol estava se pondo, mais ou menos igual à nossa visita em 2016. Tentei reproduzir a mesma foto que fiz na época, agora no outono e já com um rebento no colo. O jardim estava animado, com barraquinhas de comida, música e várias famílias e jovens por ali. Sentamos, Maria Inês dormia. Victor foi buscar prosecco e pizza para nós. Nossa despedida da Itália não poderia ter sido melhor! Voltamos de trem para Spinea. Maria Inês jantou, dormiu, arrumamos nossas coisas pra viagem do dia seguinte, rumo à Lisboa. 30/09/2019 - segunda-feira - Veneza/Lisboa Acordamos cedo, pegamos nossas coisas e saímos sem tomar café. Maria tomou café no trem e nós no aeroporto, quando chegamos. Pegamos um trem para Mestre e de lá, depois de nos enrolar um pouquinho, pegamos o ônibus para o aeroporto. Estava meio ansiosa para a viagem de avião. Chegamos extremamente cedo e com muita antecedência no aeroporto Marco Polo. Sentamos num cafe, comemos e ficamos por ali. Depois, despachamos a bagagem, fizemos o check in e entramos no embarque. Pegamos o avião para Lisboa, lá chegamos, tentei colocar créditos no meu chip sem sucesso. Compramos um ticket de ida e volta da linha de ônibus do areo, que nos deixou bem perto do nosso airbnb em Lisboa. Nos acomodamos e resolvemos sair para jantar num restaurante que já havíamos pegado recomendação e tínhamos planejado ir em 2016, mas a visita foi frustrada por conta do nosso atraso de vôo na época. Era o restaurante Laurentina, o Rei do Bacalhau. Saimos de casa e fomos andando pela Av. Fontes Pereira de Melo rumo ao Parque Eduardo VII. Eu estava mole e febril. Tomei remédio. Paramos num café do parque para lanchar. Maria tomou suco de laranja e eu fiz amizades com duas mães que estavam ali no parque brincando com seus bebês. Seguimos pelo parque acima, tiramos fotos no monumento no topo da colina. Seguimos pela rota do google maps até o restaurante. Lá, pegamos uma mesa. Eu pedi um bacalhau cremoso e Victor um bacalhau com batata. Maria Inês jantou sua comidinha. Voltamos a pé por outro lado do parque, paramos no supermercado, compramos alguns mantimentos e fomos pra casa. Maria Inês dormiu no carrinho. Chegando em casa, transferi pra cama, tomei banho e dormi. Victor ficou cozinhando as refeições da Maria dos próximos dias. 01/10/2019 - terça-feira - Lisboa Acordamos, tomamos café, nos arrumaomos e saímos a pé pela Av. Pereira de Melo, chegamos ao monumento do Marquês de Pombal e seguimos na Av. da Liberdade. A avenida é larga, tem vias principais no meio e menores nas laterais. É toda encoberta com árvores e o calçadão de pedras, com banquinhos e coretos, além de lojas de grifes e marcas famosas. Lembra muito o estilo da praça da República. Chegamos no final da avenida, paramos pra comer pastel de nata, e seguimos passeio. Desembocamos na praça do Monumento dos Restauradores, depois pela praça DOm Pedro IV e finalmente na rua Augusta. Paramos novamente para mais um pastel de nata. No fim da rua Augusta tem o Arco da Augusta, que dá vista para a praça do Comércio e o Tejo. Não tiramos foto na praça nem no Tejo pois o sol já estava escaldante. Subimos uma íngreme ladeira para o Museu de Santo Antonio de Lisboa, e em seguida para a Catedral. Quando chegamos ao topo, demos lanche pra neném, num banco da praça, e descobrimos que ela havia feito popô. Na hora de trocar, adivinhem. Mais uma vez eu havia esquecido de colocar fraldas descartáveis na mochila. Tivemos que descer TUDO pra rua Augusta, onde tinha uma farmácia. Compramos a fralda, trocamos e subimos DE NOVO para o museu. Depois do almoço, descobrimos que tinha lá perto o elevador de Santa Justa, que teria poupado nosso sacrifício. Visitamos o museu de Sto Antonio, que é a casa onde ele nasceu, que enfatiza bastante como o Santo é na verdade de Lisboa e não de Padua. De lá, fomos pra Catedral. O ponto alto dela é… o alto! O andar superior da Catedral dá pra uma linda vista do Tejo. Saindo da Igreja, zanzamos muito em busca de um restaurante. Eu já estava urrando de fome. Maria estava dormindo. Paramos num boteco, pedi sopa pois já estava cansada das comidas de restaurante. Victor pediu ….. Maria acordou, comeu. De lá seguimos para o Castelo de São Jorge. Pegamos o elevador, caminhamos mais um pouco e lá chegamos. Mais uma vez nos aproveitamos, justamente, da prioridade da Maria, e logo entramos no castelo. Tiramos fotos, tomei sorvete, apreciamos a vista, seguimos visitando o castelo e terminamos tomando um café. Surpresa: no café tem vários pavões que sobrevoam e ficam pendurados nas árvores. Voltamos pelo elevador para a parte baixa e descemos pra praça do Comércio. O sol estava brando e tiramos fotos à beira do Tejo. Finalizamos o dia no Time Out Market, mercado da Ribeira. Um mercado moderno e novo, que reúne o melhor da gastronomia portuguesa e também internacional. Ele estava lotadíssimo, com dificuldade encontramos uma mesa. Demoramos muito na fila para pedir nossa comida, primeiro o Victor, depois eu, para não perder a vaga. Ele pediu.. e eu comi um hamburguer de uma das mais famosas hamburguerias de Lisboa. A comida estava deliciosa. Tomamos refrigerante e vinho branco. Demos também a janta da Maria Ines. De lá, pegamos um ônibus para casa. 02/10/2019 - quarta-feira - Lisboa Acordamos e decidimos tomar café numa padaria próximo de casa. Chegamos, comemos, o capuccino não é a mesma coisa que na Itália. Frustrante. Mas já sabíamos essa lição. Em Portugal, coma pastel de nata. Na Itália, tome capuccino. Na frança, coma croissant. Não tem erro. Houve um pequeno incidente na padaria. Deixei a neném “solta” para andar e brincar. Ela bateu a testa numa das mesas. Ia ficar tudo ok, se não fosse um casal que estava próximo e fez um escândalo. Ela chorou, eles ficavam gritando “cadê a mãe dessa criança?????????” e eu sentada observando a cena, decidindo o que ira fazer. Peguei a neném, acalmei. Tomamos nosso café. Saindo de lá, paramos de volta em casa pra passar uma pomada no dodoi e depois fomos pro ponto esperar o ônibus que nos levaria até Belém. Depois de uma looooooooooooooooooooonga viagem que serviu de city tour, chegamos em Belém. Descemos num ponto antes do destino final, paramos numa padaria para comer mais um pastel de nata, brincamos com a maria ines numa praça e depoois num parque que tinha no meio do caminho, até que chegamos no Mosteiro dos Jerônimos. Lá ficamos super perdidos, entramos numa fila sem saber que era só pra visitar a Catedral, depois tivemos que sair e comprar o ingresso do outro lado da rua, e depois votlar pra entrar no Mosteiro. A hora ja estava avançada e o sol de lascar. Visitamos o Mosteiro, dei lanche escondido e acobertada por uma das funcionárias, sentada no chão com a neném. Tiramos fotos, o sol realmente estava muito mas muito quente. Saímos de lá e fomos procurar algum lugar pra almoçar. Catei um wi-fi grátis e encontrei um restaurante ali próximo. As ruas estavam desertas o que deixou tudo meio estranho. No restaurante, que estava lotado, comemos e demos o almoço da neném. Saindo de lá, seguimos no sol para a torre de Belém. Eu estava com tanto desconforto pelo sol que desisti de ir na Torre. Victor foi sozinho e eu fiquei com a Maria Inês aos pés da ponte, na única sombra que havia no local. Dei de mamar e ela dormiu. Fiquei descansando até ele voltar. De lá, voltamos pro Mosteiro e pegamos o ônibus para o Oceanário. Muita gente faz o mesmo percurso, e o ônibus estava lotado. Fomos em pé. Maria dormindo a maior parte do trajeto. Depois de uma também longa viagem, chegamos ao Oceanário. Fizemos um pit stop no restaurante, demos o lanche da neném e começamos nossa visita. O Oceanário é muito legal! Vale muito a pena para adultos e crianças! Eu me encontei com os peixes e animais marinhos, e também a bebê aproveitou. Primeiro teve medo, mas depois foi se habituando. Fez amizade com um bebe francês. Terminamos o passeio e queríamos jantar por ali, que é uma região mais moderna de Lisboa. Seguimos para um shopping, rodamos por lá em vão, o shopping é péssimo e não achamos lugar nenhum para comer. Fiquei aborrecida com isso. Pegamos o metrô de volta, demos o jantar da neném já tarde. Pedimos KFC pelo iFood. Fiquei bastante aborrecida com Lisboa por causa disso. 03/10/2019 quinta-feira - Fátima Acordamos cedo para ir para Fátima. Eu queria desistir e ir ao zoológico, pois estava ainda empolgada com a vibe do oceanário. Mas Victor não deixou, insistiu em ir para Fátima. Tivemos certa dificuldade para encontrar a rodoviária e depois para comprar o ticket, pois não aceita cartão, só dinheiro. Conseguimos e embarcamos na viagem de 2h30. Chegamos lá, fomos direito pro Santuário. Estava na hora do almoço e resolvemos primeiro forrar o estômago, depois visitar. Pegamos indicação de restaurante em um blog, e resolvemos segui-la. Deu certo. A comida era saborosa e o atendimento foi fantástico, um garçom super simpático que nos deixou felizes. Depois de almoçar e dar o almoço da Maria, fomos pro Santuário. O sol estava muito forte. Visitamos a Igreja e a Capela onde houve a aparição. Em torno da Capela ficam bancos, ela é coberta, e sempre está tendo algum tipo de cerimônia ou celebração, ou adoração, ali. Na Igreja, tem os tumulos dos pastorinhos. Tudo meio modernoso, meio feioso… para quem não curte as coisas modernas. De lá, fomos na igreja nova que é pior ainda. Um auditório. Estava tendo missa e não entramos. Voltamos para a rodoviária e ficamos esperando o ônibus de volta pra Lisboa. Chegamos e íamos pra casa arrumar nossas coisas pra viagem do dia seguinte. Mas estava muito cedo… ainda no ôniubs, que tinha wifi gratis, começamos a procurar um rooftop bar em Lisboa e eis que encontramos o Limão Rooftop, que era num hotel bem próximo de casa, com avaliações boas. Resolvemos arriscar! Demoramos um pouco pra chegar porque tinha uma escada (Lisboa tem essas escadas estranhas), mas chegamos lá! Apesar de estar bem cedo, não tinha mais mesas e ficamos num sofá esperando. Enquanto isso, tomamos vinho verde, petiscamos uns peticos MARAVILHOSOS e Maria Inês ganhou um kit infantil para se divertir e se distrair. Tomamos várias taças de vinho e degustamos vários petiscos. Demos o jantar dela ali mesmo. No final, desistimos da mesa que vagou, pois já estávamos bem acomodados no nosso sofá, com a vista que queríamos. Foi um belo e excelente fechamento da nossa viagem. Tiramos fotos incríveis do por do sol com Lisboa ao fundo, e depois Lisboa à noite. Voltamos pra casa, colocamos a nenem pra dormir e arrumamos as coisas pra viagem do dia seguinte. 04/10/2019 - sexta-feira - Lisboa / Belém Preparativos finais para o retorno. Dei falta do iPad. Procuramos em todo lugar e nada. Resolvemos ir até o Rooftop da noite anterior. Eu estava bastante tensa. Chegando no hotel, o bar estava fechado. Informei o caso e a atendente prontamente voltou de lá com meu iPad. O vinho verde faz isso! Na volta pra casa, tomamos café no mesmo local do primeiro dia, que era uma delícia. Voltamos pra casa, juntamos nossas coisas, que deu um trabalho enorme, pois apesar de não ter comprado absolutamente NADA de souvenirs - exceto uns 5 sabonetes de lavanda - a mala parece que não queria mais fechar. Provavelmente a falta de organização. Pegamos o ônibus pro aeroporto, e na hora do check in, a atendentente de mau humor e rabugenta resolveu frescar com o peso da nossa mala. Tiramos algumas coisas até chegar a um peso aceitável - mas ainda superior ao que tínhamos comprado. Check in feito, resolvi me presentear com maquiagens da Inglot. Eu merecia. Victor ficou dando frutas pra nenem enquanto eu comprava. Seguimos pra imigração, controle, etc etc. Esperamos bastante pra embarcar. Fomos pro playground e trocar fralda da neném. Ali percebemos que estava quente… febre. Houve um estresse e tensão pois não conseguia encontrar o frasco de paracetamol dela. Depois de muito procurar e tentar manter a calma, consegui. Demos o remédio e ela ficou brincando. Almoçamos Mc Donalds, depois embarcamos finalmente. Durante a viagem, novos picos de febre. Foi medicada, porém não baixou e logo subiu de novo. Tivemos que fazer compressa morna com a ajuda da aeromoça, que depois deu a dica - que sabíamos mas tinhamos esquecido - de tirar as roupas dela para ajudar a febre baixar. Deu certo. Chegamos no Brasil com ela dormindo no canguru - foi acordada por gritos estridentes. Em casa, ficou brincando até mais tarde. Dormiu tarde e acordou no horário habitual: 6h. Um dos meus receios e insegurança era ela não se adaptar ao fuso. Quanto a isso não tivemos problema algum. Na ida, ela acordava tarde e isso não era problema. Na volta, acordou e dormiu normalmente no dia seguinte. Ah, a febre passou também no dia seguinte.
  9. Esse é o relato da viagem que eu e meu marido fizemos pela Península Ibérica, entre janeiro e fevereiro deste ano, durante 22 dias - 8 em Portugal e 14 na Espanha. Tínhamos bastante vontade de conhecer a Espanha, e Portugal era meio que um "já que é ali do ladinho mesmo"... Mas conforme fomos lendo a respeito para planejar a viagem, fomos nos encantando pelo país! Muitos lugares lindos, diferentes opções para todos os gostos: lugares históricos, castelos, praias, turismo religioso, serra com neve, e por aí vai. Foi realmente difícil escolher o que entraria no nosso roteiro, e com certeza muita coisa boa ficou de fora. Eu diria que os 22 dias que passamos lá poderiam tranquilamente ser passados somente em Portugal (assim como somente na Espanha). Voltamos encantados! E a Espanha correspondeu a todas expectativas, simplesmente demais! VISÃO GERAL DA VIAGEM ROTEIRO Dia 1 – Chegada em Lisboa Dia 2 – Lisboa Dia 3 – Bate-volta Sintra Dia 4 – Lisboa Dia 5 – Bate-volta Évora Dia 6 – Ida para Porto (trem) Dia 7 – Bate-volta Braga e Guimarães Dia 8 – Porto Dia 9 – Porto / Ida para Barcelona (avião) Dia 10 – Barcelona Dia 11 - Barcelona Dia 12 – Bate-volta Montserrat Dia 13 – Barcelona / Ida para Madri (trem) Dia 14 – Madri Dia 15 – Bate-volta Segóvia Dia 16 – Madri Dia 17 – Bate-volta Toledo Dia 18 – Ida para Granada (trem) Dia 19 – Granada Dia 20 – Ida para Sevilha (trem) Dia 21 – Bate-volta Pueblos Blancos Dia 22 – Sevilha Dia 23 – Retorno PASSAGEM AÉREA Vínhamos acompanhando o preço das passagens, e os trechos Porto Alegre / Lisboa + Porto / Barcelona + Sevilha / Porto Alegre estavam sempre na faixa dos R$3300 por pessoa. No final de julho teve uma promoção da TAP e compramos exatamente os voos que queríamos por R$2633. HOSPEDAGEM Lisboa: Hotel Turim Suisso €195 (5 diárias) – localização excelente, a um minuto da Praça Restauradores. Bom hotel, aparenta ter sido reformado, o quarto é todo novinho. Café-da-manhã, wi-fi, cofre inclusos. Porto: Hospedaria Almada €75 (3 diárias) – localização muito boa, fica pertinho de uma estação de metrô e da estação de trens São Bento. Bem simples. Quarto de bom tamanho, com móveis antigos porém bem conservados. Banheiro todo novo. Proprietária simpática e prestativa. Wi-fi incluso. Barcelona: Hostal Girona €140,60 (4 diárias) – bem localizado, a 5 minutos da Plaça Catalunya. Bom quarto. Recepcionistas prestativos. Wi-fi incluso. Madri: Hostal Buelta €136 (5 diárias) - Localização nota 10, a uma quadra da Estação Atocha. Bom quarto. Tipo uma companhia aérea low-cost, todo serviço extra era cobrado: café-da-manhã, cofre, guardar bagagens após check-out... O wi-fi era incluso. Granada: Hostal Mesones €60 (2 diárias) – bem localizado junto ao centro histórico, mas a uns 20 minutos de caminhada da estação de trens. Ótimo atendimento da proprietária. Café-da-manhã e wi-fi inclusos. O wi-fi em teoria seria somente na área comum (há uma sala de convivência junto à recepção), mas no nosso quarto havia sinal a maior parte do tempo (o quarto ficava logo acima da sala de convivência). O único dessa viagem com banheiro compartilhado. Sevilla: Hotel Zaida €96 (3 diárias) – necessário pegar um ônibus da estação de trens Santa Justa, mas próximo às atrações turísticas. Próximo do ponto final do Aerobus. Bom quarto, banheiro com banheira. Wi-fi incluso. Todos foram reservados pelo Booking, com exceção do Girona que tinha um preço melhor no próprio site (pagamento antecipado com cartão de crédito). GASTOS TOTAIS Após bastante leitura e planejamento, estabelecemos que queríamos fazer essa viagem gastando até 80 euros por dia por pessoa, incluindo tudo que não fosse a passagem aérea. Tudo mesmo: hospedagem, alimentação, trechos de trem e outros transportes, atrações turísticas, souvenirs... E conseguimos! Nossos gastos tiveram média de €79/pessoa/dia! Isso inclui alguns gastinhos maiores que tivemos, como uma diária de aluguel de carro, jogo do Real Madri e algumas garrafas de vinho que trouxemos na bagagem (cinco para ser mais exata). Só excluí desse cálculo algumas comprinhas de roupas que fizemos no Freeport de Lisboa e no El Corte Inglês de Barcelona. Janeiro e fevereiro é a época das liquidações de fim de inverno, vale a pena dar uma conferida!
  10. Olá pessoal, essa foi minha primeira viagem para o inesquecível Velho Continente, a Europa. E coloco aqui como foi a viagem e, principalmente, a preparação - meu amigo sempre me "cobrou" para que eu apresentasse para os outros o planejamento. Portugal e Espanha – Parte 1 – O Planejamento O planejamento dessa viagem começou em junho de 2017, com a emissão dos passaportes – era um sonho viajar para fora, assim como o é de milhões de pessoas. A ideia de Portugal, por óbvio, era a fama de ser um país desenvolvido barato e a conveniência do idioma. Mas, assim como é a nossa vida, o planejamento não foi tão lógico quanto deveria ser. Passaportes emitidos, era o momento de pesquisar o voo – um baita abacaxi! Não tinha ideia ainda de preços de voos e só encontrava a superiores a 4 mil reais – bateu o desespero. Como ia pagar 4 passagens a esse preço fora o que eu ia gastar lá e que eu ainda não tinha a menor ideia de quanto seria?! Ficava a percepção que a Europa era exclusivamente para a classe média alta e a nós, simples mortais, a América Latina era o sonho, com o limite máximo representados pelos Estados Unidos – e fui pesquisar os voos para visitar o Donald Trump. Estavam bem mais baratos que os da Europa e, mesmo com o custo da emissão do visto americano, ficava ainda viável. Me animei e já estava pesquisando sobre a Costa Leste Americana – entretanto essa diferença de preços de voos ainda me intrigava. Felizmente, eu estava errado (para alegria geral da família). Falei com um amigo meu que conhecia um colega de trabalho que tinha ido para a Europa – e descobri que ele tinha pago, anos antes, 1500 reais – me animei! Traçando novas formas de pesquisas, mesmo assim a passagem para Portugal (Lisboa ou Porto) ainda ficava mais de 4 mil reais – mas tinha encontrado para a Espanha (Madrid) por 2200 reais! (depois incidiu o IOF do cartão de crédito e subiu o preço para 2364 reais – governo brasileiro sempre atrapalhando) – e mala despachada inclusa. Passagens compradas em 1º de setembro, com o voo programada para 23 de novembro – era iniciada a contagem regressiva para a viagem dos sonhos. Só que tinha um problema: e agora? O que tinha de pesquisar? O que tinha de planejar? Qual era ordem de pesquisa (passeios, hotel, ônibus, carro, trem)? O que tinha de saber antes de chegar na Europa? Devo dizer que essa viagem foi, de longe, a mais difícil, por ser marinheiro de primeira viagem mas pelo que também conseguimos fazer. O primeiro ponto é que o desejo da viagem era Portugal, mas íamos descer na Espanha. Achei um simulador de viagens para a Europa (mas não só para ela) e simulei nele o deslocamento entre os dois países (ônibus, trem e avião). O avião, na versão mais barata de low-cost, apresentava um problema – mala despachada encarece [muito] a passagem e aquela eterna dúvida – e se o avião atrasa? Percebi que o avião ia trazer mais dor de cabeça do que benefícios e desisti. O ônibus, para um trajeto de 600 km, tinha por vários horários e preços competitivos – estava mais barato do que o ônibus que paguei de São Paulo – Rio de Janeiro no Carnaval. Já o trem custava um pouco mais de 100 reais por pessoa e meio lento – demorava 10 horas para percorrer as 2 cidades – saía no final da tarde de Madrid e chegava no começo da manhã para Lisboa (era evidente que servia para economizar 1 diária de hotel). As 2 opções, ônibus e trem, considerei válidas. Só que... Como primeira viagem para a Europa, a expectativa (muito bem recompensada) explode e tem a tendência natural de obter tudo quanto informação possível. E nessa procura de informações, vamos atrás de quem já teve a experiência. Um amigo do meu pai tinha alugado um carro e dirigido por alguns países europeus. E lá fui eu saber como era dirigir, como funcionava o aluguel, quais dificuldades encontradas. Até meu corretor de seguros me deu dicas – tinha viajado alguns meses antes e tinha feito roteiro semelhante (fui até visitá-lo na casa dele; coitado, devo tê-lo deixado doido com tanta pergunta – a gente tem de saber de TUDO!). Só que... como meus pais viram a praticidade e facilidade de alugar carro, foi decidido de fazer a viagem inteiramente de carro. Ou seja, todos os modais anteriormente pesquisados de deslocamento (ônibus, trem e avião) não seriam usados, mas perfazem conhecimento para demais viagens (nada pesquisado é inútil). Além de escritor desse texto, eu também teria que ser motorista. Apesar de dirigir ser simples e na Europa Ocidental eles costumam facilitar (na Espanha e Portugal eles aceitam a nossa Carteira Nacional de Habilitação), deve-se lembrar que está sob a jurisdição do país deles. Cabia, então, estudar as regras de direção europeias – e fui pesquisar as boas práticas de direção da Europa e, principalmente, a sinalização do continente, que alguns casos diferem bem da nossa (se você estuda para fazer a prova para obter a CNH, porque acha que não deveria estudar o de lá?). E nessas pesquisas encontrei um arquivo de recomendação práticas para motoristas portugueses (e para mim) para dirigir na Espanha e em Madrid. O arquivo dizia sobre velocidade, boas práticas, das rodovias, dos feriados na Espanha e da área de restrição em Madrid. Assim como em São Paulo temos a zona de rodízio veicular, em Madrid tem restrição – mas muito pior. Na área delimitada, ninguém pode dirigir, só moradores e eventuais pessoas cadastradas (ou acha que vai dirigir o carro na principal rua da cidade? – até pode, pagando a multa salgada). Fui pesquisar o aluguel de carros – e qual carro deveria escolher? E de qual empresa? O ato em si de alugar o carro é muito simples – alguns cliques de botão do computador, um cartão de crédito (sai mais barato pagar no cartão mesmo com o IOF do que pagar em dinheiro no balcão da empresa) e voilá! Mas, como diz o ditado “O diabo mora nos detalhes”, fui ver cada detalhe que podia representar um problema no aluguel. Existem algumas empresas de aluguel bem baratas, denominadas low-cost de locação. Mas considerei que se na aviação qualquer detalhe é justificativa para aumentar o preço, na locação de veículo não seria diferente – li relatos de que estas empresas fazem exames minuciosos sobre o veículo e qualquer motivo é razão para cobrança adicional (acho que essas empresas são para especialistas, consumidores “macacos velhos” – como primeiro aluguel não seria meu caso). Deste modo, fui pesquisar nas empresas tradicionais. Outro detalhe era se aceitava a viagem da Espanha para Portugal ou tinha que ficar delimitado no país (e podia “sair” mediante pagamento de taxa). E mais um era da quilometragem específica ou livre (achei melhor livre – vai saber por onde vai querer visitar). Ocorreu também de empresa que, apesar do governo espanhol admitir a CNH brasileira, só aceitava a Permissão Internacional para Dirigir. A locação em aeroportos é mais cara, porém como tinha descoberto que poderia ser feriado quando devolvesse o carro – e as lojas dentro da cidade trabalhariam em horário reduzido, preferi alugar no aeroporto. Escolhi um carro de 5 lugares, da categoria C, de quilometragem ilimitada, com porta-malas de capacidade para 3 malas grandes, para retirar e devolver no Aeroporto de Madrid-Barajas. No aluguel tem a opção de adicionais, como GPS, assistência, mas extremamente caros. No preço já estava incluso o seguro do veículo, mas com franquia elevada (de 1600 euros). Tinha a opção de deixar a franquia zerada, com o aumento correspondente no valor do aluguel (não escolhi, mas ainda não sei se o melhor é aceitar ou não – vai da escolha de cada um – mas é algo que pode fazer o preço da viagem aumentar muito). Mais caras também são as multas de trânsito – além de ter valor mais caro que o equivalente brasileiro, a locadora te cobra no cartão de crédito, junto com uma taxa de administração por te enviar a multa – por sorte, deu tudo certo; seguir a lei estritamente faz economizar centenas de euros. A locadora também cobra caso não devolva com o tanque cheio – o que fiz? Na véspera de devolver o carro, consultei no Google Maps e pelo Google Street View para encontrar o último posto antes do acesso ao aeroporto (deu certo; a funcionária da locadora não cobrou combustível extra). E as malas que a gente ia levar, como ia saber que caberiam no carro espanhol? Pegamos uma das malas e fomos testar no porta-malas do meu carro. As malas padronizadas de viagem, com rodas 360, é que servem perfeitamente nos carros. Levamos 1 mala de perfil diverso e quase que não coube no porta-malas do carro alugado. Muito se fala sobre o clima do destino de viagem, se é muito frio, chuvoso, quente, ensolarado. A passagem foi reservada para o final do outono na Península Ibérica, justamente quando mais chove – mas o quanto chove? Fui ver no Wikipédia a média pluviométrica em Lisboa em novembro e dezembro e comparei com a média de São Paulo – era o equivalente ao mês de outubro, que nem representa o período chuvoso da capital (se bem que, atualmente, o clima está longe de ficar na média...). E qual roupa levar? Lisboa tem o clima de São Paulo, simples assim. Mas outras áreas de Portugal e principalmente da Espanha podiam ser mais frias – mas levando as roupas mais grossas foi suficiente (mesmo pegando neve). Continuando o estudo para dirigir na Espanha, descobri que, assim como temos o Rodoanel e as marginais em São Paulo como anéis viários, em Madrid eles tem o de mesmo perfil – e melhorado. São a M-30, de perfil mais interno e urbano, M-40, M-45 e M-50, estas já com perfil de rodovias. É a M-40 o principal anel viário e de Madrid saem algumas rodovias radiais (denominadas pela letra R), que são pedagiadas. As rodovias na Espanha são denominadas pela letra A (autoestrada) e AP (autoestrada pedagiada). Parece irrelevante saber isso, mas as rodovias pedagiadas tem uma equivalente estrada (que pode ter qualidade inferior) e, com isso, consegui dirigir pela Espanha pegando somente um único trecho de pedágio (o GPS pode indicar vias sem pedágios, mas talvez indiquem vias urbanas). No caso do aluguel do carro no aeroporto, alugue sempre com a retirada pelo Terminal 1,2,3, pois para sair do Terminal 4, praticamente tem de passar pelo pedágio da rodovia radial – o que não acontece saindo pelos terminais mais antigos. O preço da gasolina (a95) na Espanha era mais barata (5,20 contra mais de 6 reais o litro à época em Portugal) – tive o cuidado de minimizar a necessidade de ir ao posto em Portugal. Em Portugal a questão não seria tão simples. Exista no país um sistema bem semelhante ao do Estado de São Paulo, de rodovias pedagiadas e outras não – essas eram denominadas de SCUT (Sem Custo ao Usuário de Tráfego), custeadas pelo governo português. Só que a crise de 2008 acabou com os recursos e estas foram concedidas – mas ao invés de colocarem pedágio da forma pela qual estamos acostumadas, estas SÓ aceitam pagamento eletrônico – sistema conhecido como Via Verde. E como faria para andar nessas rodovias? E como saber quais rodovias eram essas? Descobri que a tag de pedágio espanhola também era aceita para os de Portugal. Mandei um email para a locadora de veículos (com o auxílio do Google Translate) se eles forneciam a tag. Mas me responderam que não forneciam. Fui estudar o tal Via Verde – tranquilo para quem era ou estava com veículo de Portugal, mas péssimo para quem vinha de outro país europeu. Uma das opções era pegar uma tag num dos poucos postos e dar 25 euros de caução – pela rota que iríamos fazer, não seria possível devolver. O sistema é cruel para quem não o conhece: não há indicativo na rodovia de que a cobrança de forma eletrônica começará no trecho a frente (como aquelas placas de “último retorno antes do pedágio”). O pórtico de leitura da placa para cobrança está instalado na rodovia e se você não tem a tag ou não se preparou, é multado, após um prazo disponibilizado para pagamento nas agências de correios. Durante esse estudo, achei um arquivo da Infraestruturas de Portugal (espécie de agência reguladora), que mostrava quais eram as rodovias que aceitava o pagamento manual e quais era exclusivamente pelo sistema eletrônico – e tracei as rotas possíveis, sem passar pelos de eletrônico. Na região de Lisboa tem poucos desse modelo, o problema era na região de Porto – em Nazaré, descobri que é possível inserir créditos via SMS. Envia-se um SMS para o número da agência reguladora com o código de crédito comprado e o número da placa do carro (deu mais tranquilidade). Em Lisboa, também existe uma zona especial, mas é de restrição de veículos velhos poluidores – o que não devia ser nosso caso. Em Porto, nada achei, então considerei que não existia restrição. Fui pesquisar o hotel para ficar em Madrid, no último dia de estadia da viagem – considerei que, de carro, a versatilidade para procurar hotel é muito mais fácil, somada ao fato de que a época da viagem é de baixa temporada. Para variar, os hotéis que eram mostrados primeiro eram na área central de Madrid – o que não seria possível, já que nem dá para levar o carro até lá (fora a loucura de dirigir numa cidade – e país – que nada conhecia). O espantoso não era nem o valor do hotel em si, mas de ter visto hotel oferecendo garagem para o veículo por 120 reais!!! Desisti de ver hotel em Madrid e fui ver hotel em Lisboa, para ter uma cesta de opções – na verdade, na Grande Lisboa, já que a cidade cobrava um imposto sobre turistas que lá pernoitam, além da dificuldade de dirigir no centro de Lisboa. Não pretendia usar o carro para andar no centro de Lisboa. Então, como achar hotel? No Google Maps, selecionei a opção de transporte público (metrô) e procurava hotéis próximos – assim tinha a economia de ficar fora do centro (e de áreas turísticas caras) e a rapidez de deslocamento representado por trilhos (mas não encontrei um que me satisfizesse). O tempo urgia e restava pouco para a viagem, mas consegui pesquisar as atrações: mas o fiz num prazo curto e isso cobrou o seu preço. Recebi várias ideias de passeios e tive que tentar consolidar num roteiro (como dói numa primeira viagem ter que cortar o passeio), mas selecionei as obrigatórias na Espanha (San Lorenzo de El Escorial e Toledo, além de Madrid) e deixei em aberto em Portugal – conforme usássemos o carro, escolheríamos onde ir (estabelecemos 3 dias em Lisboa). Tinha comprado um guia com o mapa rodoviário de Portugal (não gosto de usar o celular) que serviu para encontrar as atrações durante a viagem. Mas uma boa “sacada” foi ter encontrado as 7 maravilhas de Portugal. Quem, senão o português, conhece melhor as maravilhas de Portugal? Foi um concurso que os portugueses elegeram suas atrações preferidas. E foi em cima delas que planejei parte do roteiro. Nessa pesquisa de passeios, sempre aparece a sugestão do citycard – no caso, do Lisboacard. Quando pesquisei, fiquei um pouco na dúvida sem compensava ou não – acabei acatando. Mas não achei que realmente valesse a pena. Portugal e Espanha – Parte 2 – A Viagem Dia 23/11 (1) O voo estava marcado para 18:45, mas a preparação começou muito antes disso. Afinal, era uma viagem de 15 dias e nada poderia faltar. As malas estavam todas prontas, mas creio que o nervosismo dessa primeira viagem imperava. Infelizmente existe preparação que realmente só pode ser feito no último dia. E isso consome um tempo precioso. Era a conferência de documentos (passaportes, cartão de crédito, CNH, seguro viagem impresso...), era verificar se a casa estava corretamente fechada – vai que deixa alguma luz acesa? São detalhes que ainda não encontrei uma forma de lidar com eles de forma mais “confortável”. Afinal, uma viagem internacional está muito longe de ser algo simples – mas não impossível (no entanto, com um pouco mais de prática a tensão vai diminuindo consideravelmente). Dirigi o carro e deixamos num estacionamento próximo ao aeroporto (calma que eu tinha um acordo – jamais pagaria os absurdos de estacionar o carro no aeroporto), mas posteriormente não creio que fosse uma boa ideia. Apesar de ter visto o trânsito no caminho e saído com antecedência, pode ocorrer problema, pois não se sabe se pode acontecer um acidente com o seu carro ou ele pifar no caminho – é difícil acontecer? Evidente que é; entretanto se isso acontecer vai dar uma baita dor de cabeça. Como eu moro relativamente próximo, chamar motorista de aplicativo fica ainda barato. Mas para quem mora na capital, o uso de transporte público é interessante. Afinal, este é lotado nos horários de pico – basta fazer o deslocamento nos horários de vale. Após passar pelo setor de passaporte, aguardamos o embarque. No avião, não havia filmes disponíveis em português, só em inglês e em chinês. Existem várias dicas sobre o que fazer no avião, mas, sinceramente, não acho que seja necessário. A não ser que realmente não consiga dormir, o tempo de comer as refeições que a companhia apresenta, junto com o sono, consomem a maior parte da duração do voo. Não há muita necessidade de pensar o que levar para fazer no avião, além de que pode refletir mais um pouco sobre o que vai fazer na viagem e, na volta, pode ver as fotos e vídeos feitos (nunca fiz, na realidade, mas é uma ideia interessante). A preocupação maior fica em levantar para fazer exercícios e evitar trombose, que pode afetar qualquer um. E, talvez, saber falar e ouvir em inglês para assistir aos filmes e falar com os nativos dos outros países. RESUMO Faça a CONFERÊNCIA de documentos, das malas, da casa e que mais for necessário, deixando tudo previamente planejado. Viajar pede mais tempo do que se imagina. EVITE de usar veículo próprio para ir ao aeroporto. Pode quebrar ou ocorrer acidente no caminho, mesmo saindo com antecedência – muito mais fácil de se esquivar se estiver em veículo alheio. Se não tiver dificuldades em DORMIR, não há necessidade de se preocupar em o que fazer no avião. Dia 24/11 (2) O avião se preparava para chegar ao Aeroporto de Madrid-Barajas e percebia que a temperatura externa subia bem devagar – sinal de que estava longe da primavera quente de São Paulo. O avião aterrissou e NÃO acessamos direto ao aeroporto. Descemos na pista para pegar o ônibus sob o clima gelado em Madrid – ainda bem que já estávamos com as roupas de frio. Pisando em solo europeu, me lembrei das imagens que o Papa João Paulo II beijava o chão em que chegava. Não fiz isso, mas a minha alegria era “divina”. Descemos do ônibus e fomos para a tal tão temida fila da imigração de Madrid. Tinha visto uns vídeos não muito promissores acerca da imigração espanhola. Só tinha a reserva do aluguel do carro, passaporte com todas as suas páginas sem carimbo de imigração, sem reserva de hotel, com o dinheiro no limite mínimo de despesa diária e o seguro viagem atendendo a carta Schengen (só que estava dentro da mala despachada que não estava comigo – primeira viagem é tensa), além da passagem de volta. Ali era o desafio final, onde todo o trabalho realizado podia afundar. Fomos nós juntos e apresentei os passaportes e o grupo (em inglês): sister, mother and dad. O Oficial pediu para ver meu pai que estava “escondido” atrás da gente. O que mais ele iria perguntar? Que desespero! Segurando um dos passaportes, ele levantou a mão direita e... carimbou! “Welcome”. Acabooooooooooouuuuuuuu. Mas feliz que Galvão Bueno na comemoração do Tetracampeonato, a Europa sorria para mim. Fomos pegar as malas na esteira e, empolgadíssimo, fomos à loja de locação do carro, depois de ir ao setor que trata de turismo – pura besteira; já sabia bem mais pelo que tinha pesquisado. Tinha fechado a locação do carro pela internet, com o cuidado de ter visto que eles aceitavam a CNH brasileira; que permitiam levar o carro para Portugal; que o carro alugado era de quilometragem ilimitada. Na loja, pediram minha CNH para tirar cópia e meu cartão de crédito para fazer bloquear um valor de caução (atente-se de ter cartão de crédito de limite alto). Nos deram a chave e informaram como chegar no estacionamento onde estava o carro. Chegamos ao estacionamento e tiramos fotos do carro (era uma recomendação que vi na internet para o caso de, se a locadora alegar que o carro foi riscado/batido, poder provar que isso foi feito anteriormente à locação). Após colocar as malas, previamente testadas em São Paulo (e quase que não couberam, por 1 delas não ter o tamanho padrão), entramos no carro e dirigi [bem lentamente] até se acostumar com o veículo. Saímos do aeroporto para acessar o anel viário de Madrid M-40, mas usei a alça errada e não consegui acessá-la. Mais uns minutos até conseguir chegar ao anel viário, mas fui pelo lado errado dela – tinha previsto ir pelo sentido horário para acessar um supermercado, fui pelo sentido anti-horário (mas já prevendo que erros acontecem, também tinha pesquisado outro supermercado caso o outro falhasse) – seria o caso de GPS? Não necessariamente, já que sabia onde estava indo; o erro foi meu de ter errado o acesso. No entanto, ao longo da viagem (e de outras), o uso de GPS foi importante, mas como meio auxiliar – é preciso ver antes os lugares para onde vai e como chegar. Fomos ao supermercado e, para minha surpresa, foi mais barato do que tinha imaginado (tinha pago R$ 4,01 por euro). Saindo do supermercado e descobrindo que é possível virar à direita mesmo com o farol vermelho, como nos Estados Unidos (após receber uma buzinada espanhola), fomos pela principal via para acessar Lisboa a partir de Madrid – a A-5, via sem pedágio e de excelente qualidade. Tendo a adrenalina baixado consideravelmente, percebi que o mostrador de combustível do painel de veículo não mudava. Já tinha percorrido muitos quilômetros. Será que estava quebrado? Parei num posto e apesar de ter visto inúmeros vídeos sobre como abastecer na Europa, deu aquele branco – a adrenalina ainda afetava. Por sorte, o funcionário da loja de conveniência foi solícito e me mostrou qual bomba usar – o da 95 plomo (gasolina) e como pagar – informar o número da bomba para o funcionário da loja (alguns postos já tem o próprio frentista, como no Brasil). Pedi para encher, mas só deu 15 litros. Depois percebi que o carro gastava quase nada de combustível – calculei em 19 km/l, isso dirigindo a 120 km/h – não sei se o carro era muito econômico, se a gasolina era muito boa ou ambos. Nosso primeiro passeio foi para a cidade de Cáceres, ainda na Espanha, sendo seu centro histórico classificado Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO – e entendi o porquê. É um dos conjuntos medievais mais preservados da Europa e, sendo o primeiro passeio turístico, ficou ainda mais impactante. É impressionante ver estruturas imensas erguidas a vários séculos, passeando pelas ruas erguidas inicialmente pelos romanos e posteriormente pelos sarracenos. Infelizmente, o dia se aproximava do fim e não deu para conhecer mais – tinha o acesso pago para a igreja (3 euros), mas como não sabíamos quanto ia gastar durante a viagem não entramos; mas o melhor é entrar e curtir (mas sempre com o cuidado com algumas roubadas, principalmente com cidades com forte vocação turística). Tinha estacionado o carro fora da área medieval de Cáceres e, diferentemente da sinalização rodoviária europeia, a sinalização urbana não é muito boa – tivemos que perguntar para uma espanhola qual o caminho para Mérida, rumo à Lisboa (olha aí a falta do GPS). Estacionar fora de área antiga é importante pois 2 motivos: é provável que seja proibido dirigir na área antiga (às vezes é exclusivo para moradores) e, se permitido, o estacionamento pode ser bem caro. Apesar do risco de parar o carro na rua, os próprios europeus recomendam que faça isso. Regularizado o caminho, dirigi rumo à Portugal e abastecemos o carro em Badajoz, última cidade espanhola e onde o combustível é mais barato. Acessando Portugal pela agora rodovia A6, era a hora de procurar o hotel. Como geralmente os hotéis em beira de rodovia são mais caros, entramos na via lateral que dá acesso às cidades para procurar hospedagem mais barata e, de quebra, se esquivar do pedágio. Surpreendentemente, as cidades onde paramos não apresentavam hotéis (uma portuguesa “indicou” um hotel que estava fechado havia anos – o detalhe que ela sabia que estava fechado). Conseguimos achar uma hospedagem em Borba. Esta hospedagem ficava na área de estacionamento pago da cidade, mas este nos cedia uma permissão para estacionar pondo um cartão no para-brisa do carro. Finalmente encontramos uma hospedagem e, de tão cansado, mal conseguia abrir os olhos para comer. Afinal, era o primeiro dia conquistado pelo trabalho de vários meses antes. RESUMO Não há motivo para pânico na IMIGRAÇÃO: é somente uma pequena entrevista ou nem isso; basta dar respostas objetivas ao que ele (se) perguntar. Dia 25/11 (3) Após passar a primeira noite em Portugal, pegamos o carro e fomos rumo à Lisboa. Na hospedagem não servia café-da-manhã (que eles denominam pequeno almoço e banheiro, de casa de banho). Após verificar que uma loja de conveniência na estrada ainda estava fechada, decidimos comer em Lisboa. Na saída de Borba para à rodovia, os carros passam por cabines – algumas para que tem o sistema de pedágio automático Via Verde ou para quem vai pagar em dinheiro ou cartão. Para quem vai pagar em dinheiro (como eu) a cabine libera um comprovante que indica em qual parte acessou à rodovia e para sair dela basta inserir na cabine correspondente, realizando o pagamento proporcional à quilometragem percorrida. Em Setúbal, a rodovia bifurcava: uma em direção à antiga Ponte 25 de Abril e outra em direção à Ponte Vasco da Gama. E agora? O pedágio da 25 de Abril era mais barato, mas escolhemos a outra ponte. Foi a sorte! A antiga ponte cai quase no centro histórico de Lisboa, junto de ônibus e bondes (estes chegam a andar na contramão). Não que seja difícil dirigir lá. É questão de costume. Mas como teria adquirido costume se acabara de chegar na Europa no dia anterior? A Ponte Vasco da Gama, por sua vez, além de ter uma bela visão do rio Tejo, era muito mais tranquila, com pouco trânsito e desembocava ao norte de Lisboa, longe do centro movimentado e apertado. A fome apertava e era a hora de tomar um café. Tinha planejado chegar em Lisboa no sábado no qual imaginava que seria mais fácil encontrar vaga para o carro na rua, bem como circular com ele pela cidade. Lego engano. Não encontrava vaga para o carro de jeito nenhum, mesmo afastado do centro. Eles colocavam carro até cima do canteiro central, algo mais difícil de ocorrer em São Paulo. Quando encontrei uma, era vaga para deficiente. Que saco! Indo cada vez mais longe, consegui achar uma vaga – no limite da área da zona azul, que não funciona no sábado (se no fim de semana é assim, imagina durante a semana). Pelo menos dirigir fora de zona histórico de Lisboa foi bem tranquilo – o problema é prestar atenção no volante e querer ver a cidade. Perto de onde estacionamos fomos para uma padaria tomar um café-da-manhã e ver o caminho para chegar à Amadora, terminal do metrô de Lisboa à época e que imaginava que teria uma tarifa mais barata. Portugal e Lisboa estavam (e ainda são) como destinos turísticos em voga e Lisboa cobra uma taxa de pernoite na cidade. Ficando mais afastado do centro da cidade (mas perto do metrô) evitava o pagamento da taxa, de estacionamento caro e teria a praticidade e rapidez do metrô. Só que o processo não foi tão simples assim e ficamos próximo à estação de trem Amadora, não de metrô, com o auxílio de um casal de idosos portugueses. Deixamos o carro no estacionamento do hotel (apesar do próprio funcionário falar para deixar o veículo na rua fora da zona azul) e fomos pegar o trem para chegar em Lisboa. Compramos o bilhete Viva Viagem (0,50 euros cada por pessoa) e descemos na estação Rossio, onde compramos o Lisboacard para 3 dias. Fomos para primeira atração mais próxima indicada no Lisboacard, o Mirante da Rua Augusta, além da própria Rua Augusta e a Praça do Comércio, com a visão sobre o Rio Tejo. Na Rua Augusta existem vários restaurantes, todos os que vi a 10 euros o prato – suspeitava que esse preço não condiz com a realidade. Na frente da Praça do Comércio, pegamos o bonde e fomos para Belém, para acessar o Mosteiro dos Jerônimos e a Torre de Belém. Porém, a ansiedade e o desconhecimento da primeira viagem começaram a cobrar seu preço e quando chegamos as atrações estavam fechando. Mesmo assim foi possível acessar a igreja do mosteiro, onde estão enterrados Luís de Camões e Vasco da Gama, além de outros célebres portugueses. E, claro, próximo deles fica o monumento Padrão dos Descobrimentos (só que o Lisboacard não concedia desconto para essa atração). Em Belém, não podia ser diferente, fomos numa padaria comer os famosos Pastéis de Belém. Vale muita a pena. Só tem de ter cuidado com os valores: enquanto numa padaria custava 0,99 euros o pastel, em um supermercado cobrava 6 pastéis por 0,95 euros. Eis algo simples que faz uma baita economia. Pegamos o bonde de volta só que o leitor do transporte não estava reconhecendo o Lisboacard. Fomos na estação Rossio e a funcionária não quis muito ajudar – seria um problema para nós resolvermos no dia seguinte, com o agravante que seria domingo e vários postos de atendimento do Lisboacard estariam fechados. Decidimos voltar para o hotel mesmo com o problema na leitura do cartão já que tínhamos a data da compra e o registro de início do uso do Lisboacard, caso algum fiscal passasse. Dia 26/11 (4) O primeiro ato do dia, após o café-da-manhã (este incluso no hotel) foi regularizar o Lisboacard. Tive que descobrir em qual lugar tinha de ir para arrumar o cartão num domingo (primeiro fui na Western Union, e me indicaram uma banca na frente da Praça Dom Pedro IV, onde consegui arrumar), o que fez perder um tempo precioso, mesmo saindo cedo. Regularizado os cartões, voltei ao hotel para irmos à Sintra e seus palácios. É um passeio para preparar bem a perna. Descendo na estação, fomos à pé até o Castelo dos Mouros (tinha vestígios milenar dos antigos habitantes) e depois ao Palácio da Pena (percebi que os antigos portugueses eram bem pequenos – a cama parecia de criança). Infelizmente, novamente por erro no planejamento (faltou o GPS) e agravado pela falha do Lisboacard, não deu tempo de conhecer o Palácio Nacional de Sintra e a Quinta da Regaleria. É possível fazer esse caminho por ônibus, mas tem de tomar o cuidado que ele não leva na porta da atração. Por exemplo, no caso do Palácio da Pena o ônibus de Sintra levava até o portão da bilheteria. Se quisesse chegar mais próximo, tinha de pegar outro ônibus interno (3 euros à época). Ou pode seguir por trilhas internas. Mas chegando cedo com planejamento é possível conhecer os 4 palácios tranquilamente. Dia 27/11 (5) Pegamos o trem, agora mais frequente por ser segunda-feira, para irmos até o Castelo de São Jorge. No caso, para acessar o castelo tem de pegar um ônibus na Praça Dom Pedro IV (conhecido pelos brasileiros como imperador D. Pedro I). Fortificação da cidade, possui uma vista incrível de Lisboa e seus arredores e, claro, de muita história portuguesa. Fora do castelo, voltamos a pegar o bonde rumo à Belém, para irmos ao Mosteiro e a Torre. E mais uma vez o planejamento incompleto cobrou o seu preço (pelo menos pela última vez) – era o dia em que eles estavam fechados! Apesar de eu ter o guia em mãos e constar tal informação, não tinha percebido. E agora, o que iria fazer? Os portugueses falam muito das belas vistas de Cascais, mas, com o guia em mãos [e aberto], encontramos o Palácio de Queluz, que estava aberto e ficava na estação seguinte à Amadora, onde era o nosso hotel. Ou seja, podia ter realizado um roteiro de passeios bem melhor na Grande Lisboa. Mas como primeira viagem para Europa enxergo que isso foi um aprendizado para entender como funciona o planejamento de uma viagem barata (é fácil falar agora – na hora dá uma raiva). Nas viagens seguintes esses erros não aconteceram ou o foram por motivo de força maior, o que as tornaram ainda mais divertidas. Pegamos o bonde de novo para voltar à Lisboa e acessamos o trem para descer dessa vez em Queluz-Belas, que dista 1 km do palácio. O Palácio de Queluz pertence ao grupo dos Parques de Sintra e é conhecida como a versão Versailles portuguesa (óbvio, nas suas devidas proporções), sendo a residência real durante os séculos XVIII e XIX. E, apesar de ser ainda mais próximo de Lisboa do que Sintra e ainda mais magnífica do que o Palácio da Pena, é praticamente vazia, com pouquíssimos turistas, bem diferente de Sintra. Saindo do palácio, fomos jantar numa padaria próxima à estação de trem, de preços mais baratos em comparação aos encontrados em Lisboa – é impressionante como a majoração de preços é proporcional ao fluxo turístico. Voltamos à Lisboa e andamos pela área central da Lisboa, aproveitando a última noite lisboeta. Fomos no elevador da calçada da Glória (na prática, um pega-turista, mas que estava incluso no Lisboacard; mas não o pegaria se tivesse que pagar avulso). O cansaço chegou e era hora de voltar ao hotel. Dia 28/11 (6) Último dia em Lisboa – e última tentativa para acessar o Mosteiro dos Jerônimo e a Torre de Belém. Pegamos o bonde e descemos em frente ao Mosteiro e tivemos nova surpresa: o Mosteiro estava FECHADO! F-E-C-H-A-D-O! Era um evento de Estado entre Portugal e a Suíça, e a solenidade estava sendo feito no mosteiro, bloqueando o acesso aos turistas – não acreditava no que via. Que ódio! Restava a nós conhecermos a Torre de Belém – e que maravilha. Construída durante a época de ouro portuguesa, serviu de [óbvio] como torre de observação, forte, posto alfandegário, prisão, farol e agora é umas das 7 maravilhas de Portugal. Seus acessos para os pavimentos superiores são meio apertados, mas isso não intimidou um casal que subiu com um carrinho de bebê pela torre (!!!). Fora da torre, nova surpresa: os suíços fora embora. Finalmente conseguiria conhecer o Mosteiro dos Jerônimos, outra maravilha portuguesa. Coincidentemente, a tal chuva forte característica de novembro resolveu aparecer e ficamos presos no mosteiro (melhor do que estar no meio da rua) e deu para conhecer e apreciar mais o complexo. Tendo conhecido o complexo (e a chuva diminuída), era o final do período de validade de Lisboacard e da nossa permanência em Lisboa. Pegamos o trem e retiramos o carro no hotel rumo ao norte de Portugal. Dessa vez a próximo destino seria Mafra, onde fica o convento homônimo. Apesar de não termos o GPS no carro, estava com o guia rodoviário de Portugal e a sinalização rodoviária é muito boa na União Europeia e conseguimos chegar ao município de Mafra tranquilamente, apesar da chuva que voltara. Só que a rodovia cortava a cidade ao meio. Tinha acesso para a cidade indo para a esquerda quanto à direita. E agora? De que lado fica o convento? Arrisquei para a direita – como já escrevi, a última “cobrança” da falta de planejamento foi em Lisboa – e acertei. Passamos a rotatória e lá estava o enorme Convento de Mafra. Só que pelo dia – dessa vez tinha visto no guia (e pela chuva) não seria possível visitar no dia e fomos procurar hotel – meio burrice, sem internet, mas Mafra não possui muitos hotéis; aliás, pouquíssimos. A chuva apertava; isso dificultava e “acelerava” a escolha do hotel mais próximo. Estava com tênis sem ser impermeável e era horrível ficar molhado (junto com as meias) no frio. Para evitar de ficar gripado, fechamos o hotel. Na verdade, ele não era caro – mas os hotéis e apartamentos que conseguimos reservar posteriormente mostrou que ele também não foi barato. Seu preço foi de 85 euros para 4 pessoas, com café-da-manhã e a conveniência de ser próximo ao convento e NÃO estar na área de zona azul da cidade (ele ficava no limite; um lado era na zona azul e outro não). Posteriormente, fomos ao supermercado comprar o “jantar”. Dia 29/11 (7) Depois de tomar o café-da-manhã, fomos a pé ao Convento de Mafra. Um dos finalistas das 7 maravilhas portuguesas, possui uma biblioteca maior do que a da Universidade de Coimbra, sendo protegida por... morcegos! Eles não permitem conhecer melhor a biblioteca, somente uma visão por umas das entradas; mesmo assim tem uma seção com a apresentação de alguns livros – é espantoso a riqueza de detalhes dos desenhos feitos séculos atrás (o que faz até sentido, numa época sem internet e grandes comunicações – havia tempo de sobra para fazer trabalhos perfeitos). Também tem uma área médica, arte barroca e uma área privativa da realeza para assistir a missa de uma janela do convento (a monarquia portuguesa tinha seus privilégios). De volta ao carro, agora já mais acostumado com o carro e com a direção da União Europeia, fomos a Óbidos, cidade que ainda resguarda uma enorme muralha no estilo medieval e um castelo restaurado que virou uma pousada de luxo. Estacionamos o carro no estacionamento com zona azul e percorremos pelas ruas da cidade. É um passeio muito interessante, mas preferi outros lugares desta viagem (sem contar que a área do castelo nem pode entrar – a entrada é permitida só por reserva na pousada...). Fora de Óbidos, tinha decido ir ao Mosteiro de Alcobaça, na cidade homônima (e umas das 7 maravilhas). Devido à proximidade, decidimos não usar a autoestrada – para conhecer um pouco mais do interior de Portugal e evitar o pedágio da autoestrada. Paramos o carro no estacionamento bem em frente ao mosteiro (com aquela eterna dificuldade para saber o tempo que ficaríamos no mosteiro para comprar o bilhete da zona azul). De Luís de Camões, “Inês é morta”, descobrimos que a Inês de Castro continua morta... e enterrada no mosteiro (sua tumba está meio “machucada”, mas não deixa de impressionar). A estrutura antiga do mosteiro me lembrou muito de algumas cenas do Castelo de Hogwarts, de Harry Potter. Fora de Alcobaça, tínhamos planejado ir à Fátima, mas em Lisboa o funcionário do hotel tinha indicado que seria melhor ir para Nazaré. Cidade de onde partiu Vasco da Gama, é famosa por suas ondas gigantes para os surfistas. Fomos para conhecer a cidade, mas caímos em algumas ruas estreitas e, sem GPS e com a parca sinalização urbana, não estava conseguindo sair – pedimos ajuda para um menino na cidade que, com sua bicicleta (como no filme do E.T.), nos guiou à nossa frente até chegar ao caminho para o centro da cidade (eis um caso que um aparente problema vira uma bonita história para contar sobre viagens). Dentro do carro, conhecemos um pouco do centro de Nazaré (sem indicação de restrição a eventuais motoristas de fora da cidade) e, claro, onde percebia que podia ser mais difícil dirigir (como a rua que trocava o asfalto pelas pedras antigas) eu manobrava para sair da área. A noite tinha chegado e tinha de encontrar a hospedagem – como? Na área central de Nazaré, mais próximo da praia, havia zona azul. Fui, então, para a área não abrangida pela zona azul – afinal, não é foco da viagem conhecer a praia de Portugal e, assim, evitaria o custo de pagar o estacionamento. No limite entre essas duas áreas, parei na frente de um pequeno mercado de bairro e perguntei para a portuguesa se ela conhecia uma hospedagem na região. Ela largou a vassoura, saiu do mercado, parou em frente à casa adjacente ao mercado e tirou uma chave – que sorte! Ela era a proprietária de um pequeno apartamento, a um custo de 60 euros, com quartos, sala e cozinha. Com essa conveniência da cozinha, fomos ao supermercado próximo da hospedagem para uma refeição mais completa, junto com os sempre presentes pastéis de Belém. A única “dificuldade” dessa hospedagem é que você deixa a chave dentro de uma caixa quando vai embora – caso esqueça algo ou feche o apartamento com a chave dentro, estará com um certo problema (mas nada que um pouco mais de atenção não dê um jeito). Dia 30/11 (8) No dia seguinte, ainda estava preocupado com os tais pedágios exclusivamente eletrônicos que eram próximos da região de Porto. E tendo estudado no dia anterior, percebi (só nesse dia) que existia a possibilidade de mandar um SMS com o código de crédito de pedágio comprado e a placa do carro. Fui comprar um chip de telefonia (€ 7,50 – e ainda teve mais utilidade posteriormente) e comprar os créditos na agência de Correios de Portugal – comprei o de valor mínimo (€ 5,00 mais taxa), já que, caso caísse em um deles, o valor cobrado por cada pórtico do pedágio eletrônico é relativamente baixo, sendo esse valor suficiente. Após o café-da-manhã, fomos à pequena igreja da área antiga de Nazaré – o Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, que apesar de pequena tem seu charme. Foi em Nazaré (e à Santa) onde Vasco da Gama pediu proteção para suas viagens – o local deve ter uma força e tanto; funcionou bem para o Vasco, com a chegada dele à Índia em 1498. De Nazaré, voltamos para a auto-estrada rumo à cidade de Coimbra, que no passado já foi a capital portuguesa. Paramos próximo à Universidade de Coimbra (com o auxílio – finalmente – do GPS no celular) e conhecemos seu Jardim Botânico, seus estudantes com a capa preta no estilo dos alunos do Castelo de Hogwarts e a faculdade de Direito – tinha visto até uma pichação contra o governo brasileiro que vira no jornal no Brasil... Lógico, fomos a tal Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, porém cobrava o acesso (€ 10,00) e tendo visto a biblioteca no Convento de Mafra (que é maior, por sinal), achamos que não valeria o gasto – talvez, se não tivesse conhecido o de Mafra, teria entrado. Depois de passear pelos domínios da Universidade e conhecer os Aquedutos de São Sebastião (obra do reinado de Sebastião, que aproveitou os restos do primitivo aqueduto romano), decidimos o próximo passeio: a Sé de Coimbra, mas devido às ladeiras da cidade, resolvemos ir de carro. Só que ele fica na parte antiga da cidade e no caminho vi a placa de exclusivo aos moradores (e cadastrados) para utilizar a rua – e o pior que não conseguia retornar. POR SORTE (que só tive a certeza depois) esse acesso exclusivo era em determinadas horas do dia – e estávamos nela fora desses horários; caso contrário seria multa na certa. Só que, na hora, isso estraga o passeio, já que a possibilidade de pagar uma multa salgada estava na cabeça. Depois de “refazer” a cabeça (e desistido de ir à Sé de Coimbra), com a tarde acabando, andamos um pouco mais por Coimbra para finalizar o passeio, rumando à cidade de Porto. Já próximos de Porto, chegamos à parte final da autoestrada e, por consequência, a cabine de pedágio – que calcula a distância percorrida pelo veículo, inserindo o bilhete retirado quando acessa a autoestrada (nesse caso, o de Coimbra). Inseri o bilhete na máquina, que calculou a tarifa (€ 7,15). Comecei a colocar o dinheiro, com uma nota de 5 euros – e a máquina acusava que faltava ainda € 7,15. O QUÊÊÊÊÊÊÊ?!?! Fui logrado em 5 euros!! E agora? Existe na máquina como chamar um atendente remoto (ainda bem que em português) para explicar o caso – mas explicar numa terra distinta, mesmo que em português não é tão fácil assim. Iniciei a conversa com o atendente, à quem informei que tinha inserido os 5 euros na máquina que não foram reconhecidos e ele disse que seria avaliado a situação e pediu meus dados (posteriormente, recebi uma ligação e uma carta pedindo meus dados bancários da Europa para que fosse realizada a transferência – estou até agora tentando receber esse dinheiro...; pelo menos é uma história para contar e, mais importante, NUNCA coloque em máquinas notas de alto valor – deixe estas para situações de atendimento pessoal). Passado o causo do pedágio, chegamos em Porto e... onde iria parar? Era uma quinta-feira, véspera de feriado (1º de dezembro é o dia da Restauração da Independência) e a cidade, apesar de menor que outras cidades famosas, estava com um trânsito de saída de Carnaval em São Paulo (ainda bem que já tinha me acostumado ao volante). Evitei de entrar no centro da cidade e parei num posto de combustível para pesquisar hospedagem – já que é um horror encontrar vaga para parar/estacionar o carro na Europa, os postos servem para “quebrar esse galho”. Entrei no site de buscador de hospedagem e encontrei um apartamento por € 45, com vaga de garagem inclusa (posteriormente, verifiquei que o preço dele estava o dobro – deve ter derrubado naquele dia para encontrar um eventual cliente de última hora – para minha sorte). Com o endereço informado e com o GPS no celular, peguei o anel viário – e o trânsito – de Porto até o apartamento. Minha ideia era evitar pagar o IOF no cartão de crédito de 6,38% e dar em dinheiro ao proprietário, mas não foi o caso – tive que fazer pelo cartão; mas mesmo com IOF, compensou muito ter encontrado essa hospedagem. Dia 01/12 (9) Depois de tomarmos o café-da-manhã no apartamento e assinarmos os papéis de exigência do município para este tipo de hospedagem, pegamos o carro e dirigi (com o trânsito mais tranquilo por causa do feriado) por parte da cidade de Porto. Já esperto quanto a dificuldade de dirigir em áreas mais antigas (fora eventuais restrições) percorri com o carro perto da área central, mas fora dela. Cabia, agora, encontrar um estacionamento. O primeiro lugar encontrado tinha os preços para até 15 minutos; olhei a placa de valores e manobrei para sair – muito caro. Ainda na mesma quadra, perto da Câmara Municipal de Porto, encontrei numa rua sem saída um estacionamento com preços bem mais acessíveis. Deixamos o carro e fomos à pé pela cidade. A praça onde fica a Câmara Municipal de Porto (um belo prédio, por sinal) continha aqueles letreiros como em Amsterdã – e também o enxame de turistas para tirar foto; melhor partir para o próximo passeio. De lá, fomos à Livraria Lello, que [dizem] inspirou a J.K. Rowling para imaginar a escadaria da livraria Floreio e Borrões, no Beco Diagonal – apesar de tantos anos terem se passado desde a publicação do último livro, a fila para entrar ainda era grande. Próximos da livraria, ficam as Igreja do Carmo e Igreja dos Carmelitas Descalços (vale uma passada rápida pelo local – ou para quem não quer ir à livraria). Curiosamente, entre as 2 igrejas tem uma pequena portinha – uma minúscula casa, quase imperceptível (só descobri depois que tinha passado por Porto...). A fome apertava e buscamos o que comer. Na praça em frente às igrejas, um dos restaurantes tinha um painel, mostrando um almoço por € 3,00 – achei estranho, já que na Rua Augusta, em Lisboa, os restaurantes cobravam € 10,00. A diferença era gritante. Será que que tinha alguma taxa embutida, alguma pegadinha? Resolvemos arriscar. Pedimos três da refeição indicada no painel: arroz, feijão, peixe e algo mais de que não lembro. Minha irmã pediu macarrão a 4 queijos; esse mais caro, o cardápio mostrava a € 4,00. A fatura chegou: € 13,00 – sem nenhuma pegadinha ou taxa extra, foi um almoço mais barato do que muitas refeições disponíveis em São Paulo. A partir daí a minha suspeita se confirmou – esses preços de € 10,00 por refeição não condizem com a realidade; são, na verdade, preços para turistas endinheirados ou que não tem noção real de valores, ou, por exemplo, de lugares com alta incidência de escritórios, como a região da Berrini em São Paulo. Ou seja, para uma viagem a “preços normais”, compre comida em supermercados e/ou pesquise onde ficam os restaurantes e lanchonetes “alinhados” com o custo real da cidade. Abastecidos por uma boa e barata refeição, fomos à próxima atração lindeira: A Igreja dos Clérigos, patrimônio da UNESCO e um dos finalistas das 7 maravilhas de Portugal. De estrutura barroca, tem acesso [pago] à torre e ao museu. Mas como nossa estadia em Porto seria curta e a igreja, por si só, é muito bonita, o passeio já foi o suficiente. Fora da igreja, saímos da área alta da cidade ao Rio Douro, passeando pelas suas margens, com vista das pequenas casas (ornamentadas pelos azulejos portugueses), da ponte D. Luís e encontrei na região outro lugar de visita. Para variar, outra igreja: Igreja Monumental de São Francisco, de acesso pago e que não podia tirar foto (que saco!). Apesar de turistas não terem os apetrechos que o MI6 apresenta ao James Bond, percebia inúmeros turistas que estavam dando uma de agente secreto para tirar foto. Dentro da igreja existem impressionantes obras barrocas compostas por ouro (que, imagino, vindo do Brasil...). De lá, subimos a ladeira até a icônica estação São Bento, com as paredes enfeitadas com os azulejos portugueses (deu uma vontade de passear de trem, mas isso ficou para uma próxima vez). Perto da estação, fica a Sé do Porto, mas devido ao horário não seria possível conhecê-la – fora que seria mais uma igreja para conhecer no dia. Com o final da tarde, era o caso de procurar nova hospedagem. Os próximos ao centro, para variar, eram bem mais caros do que o apartamento que tinha encontrado no dia anterior. Pesquisei no celular novas hospedagens – e encontrei um hotel por 50 euros. Voltamos ao estacionamento e retiramos o veículo, após o pagamento de € 6,30 pelo período. Lembra de que percorri as ruas perto da área central, mas fora dela? Foi a sorte naquele dia. Era feriado nacional e os portugueses aproveitavam esse dia para se divertir no centro, se preparando para o Natal. E o trânsito na área estava insuportável, mas começava imediatamente após o acesso à rua de saída do estacionamento; ou seja, tinha conseguido parar próximo do centro e evitar o trânsito (no caminho de volta, via filas de carros parados semelhante em São Paulo quando chove...). Chegamos ao hotel e dessa vez consegui me esquivar do IOF do cartão de crédito – dessa vez o pagamento foi em dinheiro. O hotel tinha um convênio com estacionamento por € 5,00, mas o funcionário da hospedagem recomendava parar na rua, apesar da sinalização. Mas é melhor seguir as regras estritamente no exterior para evitar maiores prejuízos e deixamos no estacionamento. Dia 02/12 (10) O hotel não servia o pequeno almoço (o café-da-manhã), mas havia uma padaria logo à frente para isso e, novamente, tinha uma funcionária brasileira na área (mesmo morando muito tempo em Portugal, a ausência de sotaque é perceptível). De volta à estrada, fomos para a cidade de Guimarães – era por causa dela que a nossa existência, a do Brasil, a do Império Português era devida pois foi nela que Dom Afonso Henrique fundou Portugal, recebendo o título de Afonso I, primeiro rei português. Paramos o carro no estacionamento da principal atração da cidade, o Castelo de Guimarães. Apesar de pequeno perto dos outros castelos já conhecidos e um pouco destruído durante a passagem dos séculos, é muito divertido pois mostra a história de Portugal e a formação do Estado português, até de forma interativa. Próximo ao Castelo, fica outro denominado Paço dos Duques. Este castelo é de uma estrutura mais completa e ainda mais impressionante. Existem tapeçarias enormes pelo complexo que cobrem toda a parede, quartos fiéis à época medieval, além de armas e espadas da época – um ponto que me chamou a atenção é que as salas têm pé-direito alto, mas possuem (quando têm) janelas pequenas e no alto; além disso as portas e camas são perfeitas para os 7 anões da Branca de Neve (pelo jeito os homens medievais eram bem pequenos). Finalizado o passeio pelo Paço dos Duques, descemos para o centro de Guimarães que, apesar de pequena, é muito bonita, com seus traços da era medieval e da era moderna. Apesar da logística dessa viagem não permitir o pernoite na cidade, é um local que me hospedaria tranquilamente. A magia do lugar não encontrei em paralelo nenhum nem na Espanha, França, Inglaterra (que é minha paixão), Suíça ou Itália. Depois de conhecemos Guimarães (tem inclusive uma praça com placas em homenagem à fundação de Portugal – uma delas era do Sarney), era necessário irmos para a próxima cidade: Braga. Como era sábado e já tinha passado das 13 horas, era possível para na área mais central sem medo de zona azul (ou alguma multa). Na cidade, fomos ao Museu dos Biscaínhos, uma antiga casa portuguesa e seu jardim – era bem interessante como era a cozinha antiga, com o “fogão” no chão (haja coluna para abaixar e levantar...). De lá, andamos pelo centro e fomos conhecer a Sé de Braga, uma das inúmeras igrejas da área central da cidade, de acesso pago (depois de tanta igreja, nem lembro mais do que vi nela – ou, o que é mais provável, confunde com o que viu em outro lugar; mas todos os lugares vistos são bonitos, sem exceção). Queríamos comer um prato de bacalhau (afinal, estávamos em Portugal) mas o restaurante que vimos já estava fechado. A gente fica acostumado com tudo aberto em São Paulo mas não é assim que o comércio e serviços funcionam na maior parte do mundo. Restou, então, procurar a salvação dos turistas: o fast-food. Aproveitei a internet da lanchonete para procurar hospedagem, mas depois de chegarmos ao local descobrimos que se tratava de um hostel e perguntei o preço – se tivesse um preço competitivo (e conforto), OK. A resposta: € 14,00 por pessoa com banheiro compartilhado. Ou seja, não era OK. Ora, tinha pago por pessoa em Borba € 15,00; em Nazaré € 15,00; em Porto € 11,25. Esse preço não era competitivo (e nem sei se esse valor incluía café-da-manhã). Com a versatilidade do carro nas mãos, a solução era óbvia: sair de Braga e encontrar hospedagem em outra cidade. De volta à autoestrada, agora a noite, estávamos percorrendo o trecho final da viagem em território português, já que não havia mais cidade famosa turística em Portugal a ser conhecida. E qual cidade que iria parar? Não fazia a menor ideia, mas a dificuldade de encontrar hospedagem no primeiro dia de viagem na Europa mostrava que parar em cidade muito pequena não dá muito certo – fora que, se ficar muito tarde, é capaz de achar nada aberto – era uma corrida contra o tempo. Seguimos pela rodovia, cada vez mais para o norte, e cada vez mais frio: o painel do carro mostrava a temperatura externa (quando saímos de Madrid, marcava 17ºC). Em Braga, o carro marcava 8ºC. E na viagem pela rodovia, 7ºC, 6ºC, 5ºC, 4ºC... e aos 4ºC apareceu no painel o símbolo de gelo e um alerta em amarelo em espanhol – opa! Isso quer dizer o quê? Que pode ter gelo na pista? O carro não tem corrente para neve. O que ia fazer? Por óbvio, reduzi a velocidade dos 120 km/h e, por sorte, estávamos no lado de uma cidade de um tamanho considerável, Valença (não confunda com Valência, na Espanha). Coincidentemente, era justamente a última cidade portuguesa, limítrofe com a Espanha. Tinha passado o último pedágio em Portugal e entrei em um dos acessos da cidade. Como esperado, logo na entrada dessas cidades existem hospedagens para viajantes de estrada (como nós) e fui pesquisar os preços. Na Europa, percebi que quartos de hotel para 4 pessoas não são muito comuns como no Brasil – a hospedagem mais barata que encontrei só tinha quartos para 1, 2 ou 3 pessoas – mesmo pegando 2 quartos para nós quatro, o custo saiu a € 16,00 por pessoa com café-da-manhã. Problema da hospedagem resolvido. Mas e do carro? Mostrei aos funcionários do hotel (e, adivinha, um era brasileiro...) uma foto do painel do carro mostrando o alerta. Não era para se preocupar. Era apenas um alerta sobre eventual diminuição da pressão do ar nos pneus decorrente da queda de temperatura (depois perguntei ainda para o perito da família que confirmou que não teria problemas). Para completar a boa sorte na viagem, vi num jornal na hospedagem que o outono daquele ano estava sendo o mais seco nos últimos 50 anos na Península Ibérica – ruim para muitos, bom para turistas. Tranquilizado acerca do carro e tendo encontrado uma hospedagem confortável e barata, acabava enfim a viagem por Portugal. Vários meses de pesquisa e planejamento condensados em dias que ficarão para sempre na memória (e nesse blog). Dia 03/12 (11) Esse dia seria o oposto ao dia 24/11, já que teria 23 horas, decorrente da diferença de fuso entre Espanha e Portugal. No fim, foi fundamental ter saído de Braga na noite anterior e a hospedagem servir um café-da-manhã mais cedo do que a maioria para que pudéssemos realizar o passeio no dia a tempo, já que esta fechava até às 17 horas, como é de praxe no inverno europeu. Saímos da hospedagem e iniciamos o trecho de carro que seria o maior da viagem. Só que o para-brisa começou a embaçar, decorrente do frio de 2ºC daquela manhã. Mas isso não é novidade; todos os anos tem de acionar o desembaçador do carro durante o inverno (ou com chuva no forte no verão) em São Paulo. Pois bem, acionei o desembaçador... e nada mudou. O para-brisa estava cada vez mais embaçado e mal conseguia enxergar as placas na rodovia (até perdi o acesso da rodovia para Madrid pela A-52). Fui procurar um posto para poder parar o carro, enxergar e ainda aproveitar para abastecer (lembra que o preço do combustível na Espanha é mais barato do que em Portugal?). No posto pedi ajuda para conseguir limpar o para-brisa, só que só conseguia pensar em frases em inglês (clean the glass...). Mesmo assim, conseguiram entender e me mostraram a mágica: bastava ligar o desembaçador e o ar-quente. Viajar tem disso: passar por “humilhação” por atos triviais que desconhecemos. Agora com o carro abastecido e para-brisa limpo, estávamos prontos para percorrer centenas de quilômetros conhecendo as paisagens das regiões Oeste e Central da Espanha, passando inclusive pela cidade de Tordesilhas (onde foi feito o tratado que dividiu o mundo em favor da Espanha e Portugal). Ainda bem que tinha descoberto que o símbolo de alerta de gelo no painel não era preocupante, pois a temperatura caía ainda mais, apesar de cada vez ser mais tarde – chegou a 0ºC. E o símbolo não aparecia só no painel – também havia placas de trânsito na rodovia com o sinal (o que era uma de minhas preocupações da viagem, já que jamais tinha dirigido na neve – aliás, nunca sequer tinha visto). Seguimos pelo corredor rodoviário A-6, sem pedágios, mantido pelo governo espanhol. Em Adanero a rodovia bifurcava em duas para a mesma direção – a N-VI e AP-6. Só que, nesse trecho, a N-VI subia por montanhas e era cheia de curvas, enquanto a AP-6 manteria a qualidade de via, mas com o pedágio equivalente (bem caro, por sinal – enquanto em São Paulo o preço chega a R$ 0,27/km, na AP-6 chegava a R$ 1,00/km, com base no euro a 4,01 reais). Mas com carro alugado a economia resultante de usar vias mais perigosas é o que se pode definir de “economia porca” ou o “barato que sai caro” – melhor usar a via mais segura e deixar a outra para locais. O trajeto pela rodovia começava a subir as montanhas e somente ali percebemos que as “pedras” (ou “sal”) que vimos em outros pontos na lateral da rodovia desde a saída de Portugal tratava-se, na realidade, da neve que retiraram da estrada e jogaram para o lado. Jamais tinha visto e não é muito usual encontrar neve no começo de dezembro no caminho realizado pela viagem. Foi um bônus e tanto. Mas o melhor estaria por vir. A rodovia entrou num vale, na área da cidade de El Espinar. TODO forrado de neve, cercada por altas montanhas, com a rodovia serpenteando pelo vale, ao som de I Say A Little Prayer (dá para perceber que foi inesquecível). Uma das mais lindas paisagens que vi na vida, até reduzi a velocidade do carro para poder apreciar, mas não tinha local para estacionar – depois fui ver no Google Street View imagens do vale. Porém não estava tão bonita como eu tinha visto – acho que era a neve que fazia o lugar virar um espetáculo. Depois de alcançar o fundo do vale, a rodovia voltava a subir para furar uma das montanhas rumo à Madrid – mas nossa parada estava logo após a saída do túnel. Depois de ter pago o pedágio – dessa vez sem necessidade de pegar qualquer bilhete – cruzamos o túnel e saímos da rodovia para ir ao Valle de Los Caídos, onde fica a basílica de mesmo nome – criação decorrente da Guerra Civil Espanhola, estava no noticiário atual pois Francisco Franco estava enterrado na abadia. Alguns críticos alegavam que admiradores de Franco faziam peregrinação ao local em homenagem ao ex-líder da Espanha. Mas não fomos lá por peregrinação, e sim visitar como turistas o local. O local é um espetáculo. Apesar de ser uma obra moderna e com poucas peças de arte, do século XX, sua enorme estrutura e perfeitas estátuas traziam ao ambiente uma aparência de grandiosidade e respeito incomparável, sacramentada pela cruz de 150 metros! E, no nosso caso específico, a neve tinha chegado lá, conseguindo deixar o lugar mais perfeito ainda (reconheço, é um lugar que voltaria – com ou sem neve). Próximo ao vale, fica o Mosteiro de El Escorial, mas era tarde demais – já estaria fechando. Fora do vale, voltamos pela A-6, rumo à Toledo, que outrora foi capital de um dos reinos que agora pertencem ao Reino da Espanha. Acessamos o anel viário de Madrid (a M-40) e chamou a atenção o tamanho da Lua (percebi que aquelas imagens da Lua bem grande que aparecem nos jornais é vista no hemisfério norte. Jamais tinha visto daquele tamanho em São Paulo). Na M-40, aparecia o acesso à Toledo pela AP-41. Só que sabia que essa era a via mais moderna e pedagiada, criada para desafogar a via mais antiga, a A-42 ou Autovia de Toledo – de qualidade um pouco inferior, porém tranquila de dirigir (e pela quantidade de carros que haviam nela, não era só eu que queria economizar o dinheiro do pedágio). Depois de passar num supermercado na periferia de Madrid num dos acessos da A-42, chegamos à Toledo. Como a cidade é extremamente turística, a disponibilidade de leitos é enorme, mas parte deles é na parte histórica da cidade, inacessível de carro (fora que os que tinha visto eram meio caros...). Fomos procurar hospedagem na área mais moderna e encontramos um hostal (pensão em espanhol, que não vejo diferença prática para um hotel) no limite da entrada da cidade. Além de ter um bom preço (€ 55), ainda podia deixar o carro na frente da hospedagem sem custos – como a cidade é muito turística, várias ruas têm zona verde (o equivalente a zona azul daqui); mas o hostal ficava exatamente no limite fora da zona verde (existem outros estacionamentos livres em Toledo, mas de deixar na frente da hospedagem é mais difícil). Como percebi que o preço do hostal estava bom e sem custos para o veículo, fiz 2 diárias – menos uma hospedagem para procurar no dia seguinte e se preocupar (me surpreendeu que o funcionário do hotel conseguia falar menos inglês do que eu). Agora, restava preparar a comida que fora comprada no supermercado. Dia 04/12 (12) Era o dia disponibilizado integralmente à Toledo. Fora do hotel, saímos rumo à área antiga da cidade e aproveitamos para tomar um café-da-manhã numa padaria fora da área turística. A despeito do termômetro marcando -3ºC, estava tranquilo andar nas ruas – exceto do frio que subia pelo tênis em alguns lugares sombreados. Não é preciso se preocupar muito com um guia para andar pela cidade pois as hospedagens oferecem gratuitamente um mapa com as atrações. Toledo se assemelha a Veneza em alguns pontos: o melhor ato para um turista em ambas as cidades é se perder por suas ruelas (ou canais, no caso de Veneza); o preço de alguns bens ou serviços podem ser demasiadamente caros; existem inúmeros golpistas ou outros que só querem arrancar dinheiro de turistas. Só que isso só descobri após ter conhecido as 2 cidades e ter adquirido um pouco da experiência. Mas experiência a gente só ganha... experimentando. Estávamos na Plaza Zocodover vendo o mapa para encontrar o caminho para a próxima atração, quando um homem se aproximou, puxou um papo para fazer aquela amizade e indicou um local para que conhecêssemos, e ele se ofereceu como guia para mostrar o caminho – faltou malícia da nossa parte; só faltava ele cobrar por isso ou ser um assalto. Felizmente, o local era só uma loja de venda de joias em ouro (Toledo é famosa pela produção de espadas e trabalhos com ouro). Mas o homem não devia ser bom para reconhecer potenciais clientes – se conhece esse blog, capaz de passar bem longe da gente. Por sorte, apesar da perda de alguns minutos com esse “passeio” o qual não queríamos, voltamos para o foco que era conhecer a cidade. A mistura de arquitetura romana, sarracena e medieval torna a cidade uma visita obrigatória. Pesquisávamos no guia uma atração que achássemos interessante (fora os que eu tinha visto ainda no Brasil) e, assim, fomos à Puenta de Alcántara e Puenta San Martín, que permitem a travessia do Rio Tajo (isso mesmo, o rio Tejo de Lisboa passa por Toledo com a “mudança de letra”), andamos pelas muralhas da cidade e fomos para a primeira atração paga do dia: a Sinagoga de Santa Maria de La Blanca. Era a chance de conhecer uma sinagoga e ainda por cima, secular. Nos perdemos mais um pouco e chegamos ao Monasterio de San Juan de Los Reyes, que lembrava outros prédios antigos vistos em Portugal, mas não deixava de ser muito interessante – cada local de sua beleza intrínseca que não dá para comparar. Existem outras atrações na cidade, inclusive de graça, como as Cuevas de Hércules (mas estavam fechados no dia). Posteriormente, fomos à Iglesia de Santo Tomé, no qual pagamos € 3,00 cada um para ver a igreja e ver UMA pintura de El Greco (essa igreja foi cara... 48 reais para ver um quadro!! Tudo bem que é uma obra-prima de El Greco, mas o que não falta na Europa é obra-prima...). Caímos na pegadinha de passeio caro em Toledo. Depois da furada de pagar pelo “passeio relâmpago” (acho que não durou nem 5 minutos), ficamos mais reticentes em pagar pelas atrações e fomos em outras igrejas da cidade que possuíam acesso gratuito – e o que é pior, eram ainda maiores que a de Santo Tomé. Em Toledo, existe uma pulseira turística que permite acessar até 7 atrações da promoção por € 10,00. Contudo, repare que fomos somente a 3 atrações dessa promoção, a um custo total de € 9,00. Depois da experiência com o Lisboacard em Portugal, considerei que esse tipo de “ganho” podia não ser muito vantagem para nós. Pode até ser que você vá nas 7 atrações, mas que garante? Para turistas de primeiro, segundo e até terceira viagem é melhor ir com calma na compra de combos de ingressos. Essas “facilidades” podem custar caro... A tarde avançava e era preciso comer – mas todos os lugares que via o preço era de, pelo menos, € 10,00. Sabendo do preço que tínhamos pago pelo almoço em Porto (€ 3,00, lembra?), sabia que era preços para turistas. O que fazer? Solução: fast-food (não tem jeito. Para não gastar horrores com comida, vá no supermercado e leve comida na mochila e/ou vá no fast-food). Tem ainda a Catedral de Toledo, mas consideramos caro o acesso de € 10,00 por pessoa. Ora, tínhamos visto já muito mais igrejas durante a viagem e eram bem mais baratas (fora a raiva de ter pago € 3,00 para ver somente UM quadro). Pode ser que valesse a pena. Mas o que não falta na Europa é igreja e o melhor para “turistar” em Toledo é conhecer a cidade se perdendo por suas vielas. Depois de andar mais um pouco pelas ruas e vielas, o cansaço bateu – e a tarde já estava acabando. De volta ao hostal, fui pesquisar a hospedagem para o dia seguinte em Madrid. Apareceu um hotel por 140. Euros? Não, reais! (Era por € 32,00 para 4 pessoas). Dia 05/12 (13) Como tinha encontrado a hospedagem que ficava próxima ao centro de Madrid, o carro não seria mais necessário (apesar da reserva ser até o dia 06) e deveria devolvê-lo à locadora no aeroporto. Depois de tomar o café-da-manhã no hostal (não se iluda, não é barato – mas foi mais proveitoso do que pagar para ver UM quadro do El Greco), entrarmos no veículo para percorrer o trecho final rodoviário pelas A-42 e M-40 até o Aeroporto de Madrid-Barajas. Queria aproveitar a conveniência do carro e fomos ao supermercado que ficava próximo à M-40 (que era o supermercado que tinha planejado para ir na chegada à Europa), aproveitando que tínhamos espaço nas malas para despachar – geralmente esses supermercados na periferia são maiores e mais baratos do que os na área central da cidade. Fora do supermercado, tinha visto ainda no hostal onde era o último posto de combustível antes do aeroporto pelo Google Maps para minimizar eventual pagamento para completar combustível. De volta ao estacionamento da locadora no aeroporto, a funcionária apareceu e perguntou se queria que a vistoria fosse feita depois ou na minha presença. Pedi, óbvio, para fazer na hora (vai saber o que podiam alegar depois?). A funcionária olhou a lateral do carro, o ponteiro do combustível, mais 1 minuto e acabou. Eles me mandaram o comprovante de forma eletrônica por e-mail, simples assim. Bastava devolver a chave no guichê da locadora – e esperar alguma cobrança no cartão de crédito pela locadora por multa de trânsito ou outro motivo; mas considerando o intervalo entre a realização da viagem e a construção desse blog sem nenhuma “novidade”, devo considerar que o resultado da minha experiência ao volante pela União Europeia foi um sucesso. Encerrado o assunto do carro, fomos à estação de metrô do aeroporto. Assim como em Lisboa, tinha cometido o erro de não ter estudado direito o sistema de transporte público em Madrid – por sorte, fica um atendente do metrô para auxiliar os perdidos que saíram do avião para comprar o bilhete e, inclusive, mostrou a opção que era a mais barata para nós (mas isso não é motivo para não se preocupar. Entender e estudar o sistema de transporte no exterior é obrigatório). Embarcamos no metrô e descemos na estação Alonso Martinez. Tinha recebido a mensagem com o código para liberar a entrada e chegamos no hall do hotel. Sabe aqueles ambientes típicos de mafiosos, de salas de madeira escura e sofá preto? Era esse a imagem do hotel. Procuramos o atendente... cadê o atendente? O hotel era todo eletrônico, tinha de falar por um comunicador, como se fosse uma ligação por telefone – só que não em português. Haja paciência do atendente. Vai uns bons minutos até conseguirmos o código para o quarto e wi-fi. Resolvida a questão com Dom Corleone, deixamos as malas no quarto e mexemos no termostato para deixar o quarto mais quente. Como o hotel ficava próximo do centro histórico, não havia necessidade de pegar metrô – e lá fomos pelas ruas madrilenas até chegarmos até a região da Puerta del Sol, umas das praças mais famosas da capital espanhola. De lá, como não podia ser diferente, compramos churros (não, não era o Seu Madruga que estava vendendo) e chegamos ao Palácio Real de Madrid. É o maior palácio real da Europa. E estava com uma baita fila que não andava. Para não ficar parado em fila errada, fui ver o porquê. Era fila das pessoas que aguardavam o horário para entrada gratuita. Considerando o custo na época de € 10,00 por pessoa, valia muito a pena (tinha esquecido dessa entrada gratuita, já que são muitos detalhes para analisar para fazer a viagem – mas entrada gratuita pode ser furada, em casos de atrações que tenham atratividade excepcionais, como o Musée du Louvre ou Coliseu). Dentro do palácio não era permitido tirar foto – uma pena, pois descobri que eu amo passear pelas luxuosas salas reais. A opulência das salas, das paredes, das cadeiras, dos lustres, das mesas, das camas, dos vasos, do piso, dos carpetes, das cortinas, dos móveis, de TUDO é sem palavras. Ali era o retrato no século XX das monarquias absolutistas europeias, a mais pura ostentação. Se foi certo ou errado à época, não cabe a minha avaliação. Mas é lindo demais poder ver. Feito o passeio pelo palácio (e economizado pela entrada gratuita), fomos à Catedral de La Amuldena, que fica ao lado do palácio real. De entrada franca, é a principal igreja de Madrid – e mais uma para conhecermos e aproveitar para descansar. Fora da igreja, dirigimo-nos até a Plaza de España onde fica o monumento a Cervantes (mas estava em obras...). Dessa praça começa a Gran Vía, principal avenida de Madrid (uma versão da Avenida Paulista). Percorremos a avenida com dificuldade pelo excesso de pessoas até encontrar uma lanchonete. A área da avenida é composta por diversas lojas de departamento, como a famosa El Corte Inglês. Porém tinha um ponto da avenida que tinha um enxame de pessoas; depois percebemos que era justamente a loja que minha irmã [e vários brasileiros] procuram: Primark, loja de departamento realmente muito barata. E é na Gran Vía que fica a segunda maior loja do grupo no mundo, então já dá para imaginar o mar de pessoas que estavam no lugar (confesso que não conhecia a loja – e nem sua fama; mas vale a pena para roupas de inverno, mesmo com o euro a 6 reais). De volta ao hotel, abrimos a porta do quarto e fomos cobertos por uma lufada de ar quente – regulamos mal o termostato e o quarto ficou quente demais. Mesmo abrindo a janela e dormindo só com lençol, o quarto não esfriava – lição de viagem: não mexa em termostato que não conheça. Dia 06/12 (14) e 07/12 (15) Num dos documentos que tinha visto para dirigir pela Espanha, descobri que o dia 06/12 era feriado no país – e que alguns museus tinham entrada gratuita. Infelizmente, não era o caso do Museo Nacional del Prado, mas o Museo Nacional Reina Sofía sim. Com o termostato do quarto regularizado, deixamos nossas malas no hotel (tinha conseguido perguntar ao Dom Corleone pelo whatsapp se podia deixar as malas) e saímos pela cidade até o museu. Como é o caso de conhecer a cidade, não faz muito sentido pegar o metrô e fomos a pé, tendo em vista a conveniência do feriado, pois a cidade estava vazia [nesse horário]. Voltamos à Gran Vía, mas dessa vez fomos no sentido oposto ao palácio real e passamos pelo Edifício Metrópolis (“marca registrada” de Madrid) e chegamos à Puerta de Alcalá (versão espanhola do Arco do Triunfo). Seguimos pela Calle del Alfonso XII e chegamos ao Reina Sofía. É um museu de obras espanholas de artistas do século XX, mas descobrimos que a nossa preferência é por obras mais “clássicas”. Existem várias obras modernas que não nos encantava como as obras renascentistas que vimos na Itália – tinha até um quadro do Miró que apelidamos jocosamente de O Sapatinho de Miró, que era simplesmente um quadro com um sapato pintado [e o nome de seu pintor]. No museu fica a célebre obra Guernica, de Pablo Picasso. O quadro era vigiado por 2 seguranças e é enorme – porém não pagaria € 10,00 para ir ao museu. Pode ser que, para quem aprecia as várias artes, seja interessante – mas para um leigo como eu, o Palácio Real de Madrid foi bem mais interessante. Fora do museu, fomos tomar o café-da-manhã – e aproveitar para pegar o wi-fi na lanchonete. De lá, fomos para o Parque de El Retiro, um gigantesco parque urbano criado no século XVII para atender a nobreza espanhola e que agora serve à população e estrangeiros – possui, entre outros, o Palácio de Cristal, Palácio de Velázquez e o Monumento a Alfonso XII (para nós foi mais divertido ir ao parque do que o museu – questão de gosto). Do parque, voltamos para Gran Vía – havia mais produtos para conhecer na Primark. Só que o vazio da cidade na manhã foi trocado à tarde – a região estava lotada, e a loja muito mais. Depois de passear pela área, fomos numa pizzaria e escolhi pizza mediterrânea, composta por nozes (mesmo na Itália não encontrei essa pizza – recomendo muito). Voltamos ao hotel para pegar nossas malas até o prazo estipulado para retirada (19 hs). Embarcamos no metrô e voltamos ao aeroporto. Nosso voo era às 8 da manhã do dia seguinte, mas teríamos que nos apresentar à companhia aérea para despachar as malas pelo menos às 6 da manhã. Ora, mesmo escolhendo um hotel próximo ao aeroporto (que é difícil de encontrar barato), teríamos a preocupação em não perder o voo e, provavelmente, dormiríamos mal. Além disso, devido ao horário, seríamos obrigados a pegar táxi, aumentando o custo. Por isso, escolhemos dormir no aeroporto. Esse caso possibilitaria economizar na hospedagem e evitaria preocupação de perder o voo. Desconfortável? Óbvio que é. No entanto, a quantidade de pessoas que também foram dormir no aeroporto (um inclusive colocou um colchão para dormir) mostrava que não a ideia não era exclusiva. Dormir em aeroporto é tão comum que até existe um site (https://www.sleepinginairports.net/) para auxiliar os dorminhocos. Considero que existem uns pontos a serem ressalvados, como procurar dormir em grupo; deixar todo o dinheiro e passaporte dentro da pochete (evitar deixar nos bolsos); ter mais cuidado em aeroportos de países subdesenvolvidos. Como é uma ação muito cansativa, é melhor fazer quando pega o voo de regresso, já que o cansaço pode afetar a viagem – ou ter o risco de perder um dia inteiro no país de destino para se recompor. Chegando no aeroporto, era o caso de “passear” pelo complexo para esperar o tempo passar e aguardar até as 6 da manhã. Lógico que dormirmos mal, e perto das 6 fomos ao guichê da companhia aérea – e já tinha uma fila enorme. Apesar do voo ser diurno, o cansaço e a noite mal dormida ajudou em conseguir dormir na aeronave. A bafo de ar quente da primavera que veio no rosto quando saímos do avião conclamava: estava de volta. Fim de viagem. Mas fica aquele gostinho de quero mais...
  11. Olá pessoal, venho aqui humildemente relatar minha experiência, a viagem que eu fiz para Portugal, do dia 25-12 a 02-01-19. Como fiz tudo de maneira bem econômica, pode servir de informação para alguém com planos parecidos. Resolvi fazer só Portugal, gosto de envolver com um país por vez, acho que a experiencia fica mais rica. A imigração foi supertranquila, perguntou qual era meu destino, quanto tempo eu iria ficar, onde eu iria ficar hospedado, e depois repetiu a pergunta até que dia eu iria ficar. Hospedagem: Resolvi ficar hospedado somente em Lisboa e fazer outras cidades no esquema de bate e volta. Fiquei em um hostel no bairro de Misericórdia, perto do centro. Transporte: O transporte coletivo, em Portugal funciona extremamente bem, é muito tranquilo andar de metro, ônibus, bonde e trem. 25-12 Cheguei pela manhã em lisboa, como era feriado, não tinha nada aberto. Minha ideia era comprar um Chip de dados no aeroporto, só que estava fechado a loja. Tinha que arrumar um transporte para o centro. Fui para o metro, fica bem na saída do aeroporto. Para usar o metro e necessário ter um cartão chamado, Viva Viagem. Em todos os metros tem uma maquina de autoatendimento onde é possível carregar o cartão e se você não tem um cartão é só solicitar o cartão na mesma maquina. Adquirido o cartão e só recarrega-lo toda vez que for usar o metro. O cartão custa 0,50 euros, e uma viagem do metro custa 1,45 euros. Eu achei que não ia conseguir. pois a maquina só aceitava moedas e notas de até 10 euros e eu só tinha notas de 50 euros. Resolvi tentar usar meu cartão Nubank e não é que deu certo, as maquinas aceitam cartão internacional. As estações de metro de lisboa são super bem sinalizadas e cheias de informação. Olhei o mapa e indicava que deveria pegar essa linha vermelha do aeroporto, descer na estação Alameda e tomar a linha verde, rumo ao centro da cidade. Quando fui mudar de linha no metro, vi uma lojinha de celular aberta e comprei o chip de estava querendo, 15 euros, 5 giga de dados de internet por até mês. Fui procurar o hostel . Os checkin's em portugal são bem tarde só depois das 15:00. Mas eles deixam você deixar suas coisas e voltar mais tarde. Larguei tudo no hostel e fui bater perna pela cidade. Estava bem cansado da viagem e fiquei mesmo só andando sem pressa, fui até a praça do comercio, fiquei ali andando pelas margens do Rio Tejo. Mas tarde eu fui para o Miradouro São pedro de alcantra, onde tinha músicos de rua, varias barracas de comida e bedida da boa. Fui dormir cedo. 26-12- City tour, Castelo de São Jorge, Museus A primeira coisa que sempre gosto de fazer quando a disponibilidade é um City Tour. Achei na internet um Free walking tour que começaria as 10:30. Antes do tour começar eu vi uma barraca de apoio ao turista e resolvi comprar um Lisboa Card. Esse cartão tem validade de 24, 48 ou 72 horas e dá acesso gratuito e vários museus, descontos, e acesso gratuito a todo transporte urbano de lisboa. Comprei o de 48 horas. Não consegui achar um tour em português, só em espanhol e inglês. Escolhi o em inglês, no ponto de encontro tinha vários brasileiros todos eles foram fazer o tour em espanhol. No meu só tinha japoneses e franceses. O tour foi bem bacana ficamos rodando pelo bairro alto e pelo baixo chiado. Muita informação local e histórica. Toda vez que o guia ia falar alguma coisa relacionada ao Brasil ele olhava pra mim e perguntava se estava certo a informação. O tour durou cerca de 2 horas e meia. No final você contribui se quiser com quanto quiser. Terminado o tour fui comer alguma coisa e começar a usar os benefícios do meu Lisboa Card. Fui ao Castelo de São Jorge (desconto entrada lisboa card). Vista maravilhosa da cidade. Depois fui ao museu teatro romano, museu militar e museu do azulejo. Todos museus gratuitos com o lisboa card. A noite, peguei o metro e fui visitar o Shopping Colombo, é gigante, dá até para se perder. Alguns dizem que é maior shopping da Europa. Acabei aproveitando a oportunidade para assistir o filme do Aquaman, era em IMAX, uma tecnologia que ainda não tinha experimentado. 27-12 - Belém Tirei o dia para ir a Belém, e não me arrependi é espetacular. Não há linhas de metro, então fui pegar o bondinho, chamado de elétrico, 15E, ele leva exatamente para lá. Desci ao lado do Mosteiro dos Jerônimos. Ainda eram 9:00 e resolvi começar provando dos famosos pasteis de belém, muito saborosos. Depois visitei o mosteiro, lugar muito bonito. Ao lado do mosteiro tem o Museu de arqueologia, ambos free com lisboacard. Desci então a praça ao lado do mosteiro para achar o monumento Padrão do descobrimento. Depois voltei um pouco caminhando até o museu dos Coches e o museu MAAT. Faltava a cereja do bolo, e para terminar fui visitar a magnifica torre de belém. 28-12 - Sintra Ir de Lisboa à Sintra é bem simples. É só pegar o trem que sai da estação Rossio. Dá para aproveitar o mesmo cartão do metro, desde que ele esteja vazio, então só comprar na maquina a passagem. Peguei o comboio das 09:00 e 09:40 eu já estava em Sintra. Tirei a parte da manhã para visitar a Quinta da Regaleira, um dos lugares que eu mais queria visitar nessa viagem, e realmente não me decepcionei. Tem ônibus, mas achei caro 5 euros, e caminhei por cerca de 20 minutos até a entrada do parque. O lugar é imenso, fiquei umas três horas explorando o lugar e não foi suficiente para ver tudo. Voltei para o centro da cidade, almocei e fui pegar o ônibus 434 circuito pena. Desci no Castelo dos Mouros e fui explora-lo. A grandeza das muralhas e a vista que se tem do alto do castelo é de tirar o folego. Depois fui ao parque da pena, o lugar é imenso e explorei mais o palácio, ponto principal do parque e fui a alguns jardins. Começou a descer uma nevoa que dificultava até a andar e decidi encerrar minha visita. Voltei para o centro da cidade, fiz um lanche e fui para estação de Sintra pegar o comboio de volta para Lisboa. Ficou a sensação que se a viagem já tivesse terminado teria valido a pena. Dia 29-01 - Évora Para ir à Évora existem duas possibilidades, de trem ou ônibus. Os valores são bem parecidos e o tempo de deslocamento também. Optei por ir de ônibus, pois, os trem tem poucos horários disponíveis, já ônibus tem muitos horários, flexibilizando a viagem. Os ônibus saem do terminal rodoviário Sete Rios, dá para chegar lá rapidamente de metro pegando a linha azul e descendo na estação Jardim Zoológico. Cheguei em Évora e fui caminhar até centro histórico. Apesar de ter muitos turistas, a cidade tem um ar de muita tranquilidade. Escolhi visitar primeiro o templo romano, então coloquei no gps do celular e fui. No caminho cai bem na praça do Giraldo um dos lugares mais importantes de cidade onde tem uma belíssima igreja e os principais restaurantes da cidade. Visitei o templo, tirei umas fotos, bem em frente ao templo tem um pracinha bem tranquila, vale uma parada para tomar um café. Bem perto dali está a catedral de Évora, muito bonita. Tem varias opções de entrada. Eu peguei a completa e fui visitar a igreja, o claustro e o telhado. O telhado se tem um bela vista da cidade, vale a pena perder uns minutos só contemplando os vales que se perdem a vista. Depois fui visitar a bizarra capela dos ossos. O lugar é pequeno, mas vale a visita para tirar umas fotos e conhecer a história do lugar. Além da entrada na capela o ingresso também da direito a acessar algumas exposições que tem nos pisos superiores do prédio ao lado. Tinha uma exposição de presépios bem bonita, devia ter uma centena deles, de diversos tipos e materiais. Voltei para a praça do Giraldo, comi um lanche, e percebi que estava meio cansado e então resolvi voltar para terminal de pegar as 17:00 o ônibus de volta para Lisboa. Dia 30-12 - Cascais e Cabo da Roca Muito simples ir a Cascais desde Lisboa, é só pegar o trem que sai em intervalos curtos na estação Cais de Sodré. Cheguei em Cascais e já percebi a diferença na arquitetura da cidade, grandes mansões e casas de praia. Sai da estação e fui em busca de ver as praias próximas, apesar de pequenas são lugares até charmosos e bonitos. Por incrível que pareça a temperatura ambiente era 10 graus e tinha gente tomando banho. Visitei algumas praias, fiquei um tempo contemplando a paisagem, depois fui caminhando até a boca do inferno, ponto turistico. Voltei para o centro para almoçar. A tarde fui pegar um ônibus que leva ao famoso Cabo da Roca, o ponto mais ocidental do continente europeu. A estação de ônibus fica bem perto da estação de trem, a linha é a 403, que faz a rota de Cascais até Sintra e para no Cabo da Roca. O lugar é fantástico, uma paisagem muito bonita e uma energia muito boa. Passei horas simplesmente sentado contemplando o oceano e as formações rochosas. 31-12 Lisboa - Parque das Nações, Oceanário, Estádio do Benfica, réveillon. Ultimo de dia do ano, resolvi conhecer o parque das nações, fácil de chegar pela linha vermelha do metro, descendo na estação oriente. Fui ao Shopping Vasco da Gama. Depois desci para visitar o Oceanário de Lisboa, sensacional fauna marinha. Fiquei dando umas voltas pela região. Depois fui para outra ponta da cidade conhecer o estádio do Benfica. Infelizmente o estádio não estava aberto para visitação e visitei só o museu. Para encerrar fui a noite para o show da virada na praça do comercio, onde acompanhei a belíssima queima de fogos. 01-01 - Almada Nesse dia eu não tinha programado nada para fazer, acordei por volta do 12:00 devido a noite de réveillon. Acordei bem disposto e resolvi visitar o mercado da ribeira, não tinha muita coisa aberta, mas a gastronomia estava e deu para almoçar um belo Bacalhau a Braz. Ao caminhar pela beira do Tejo pensei porque não ir até o outro lado rio e assim o fiz. Tem uma estação hidroviária que leva de barco até Casilhas em Almada, viagem rápida, menos de 15min. É muito bonito ver Lisboa na outra margem, fiquei ali sentado um bom tempo contemplando-a. Explorando o lugar vi que tinha uma linha de ônibus que levava até o Santuário do Cristo e resolvi conhecer o lugar. O Santuário é muito bonito e vale a pena ser visitado até mesmo se você não for religioso. O miradouro de lá da uma vista fantástica de lisboa e em especial da ponte 25 de abril. 02-01 Porto Era um grande dilema ir ou não fazer um bate e volta até a cidade do Porto. Eu já sabia que a cidade merecia vários dias de roteiro, tempo com o qual eu não tinha. Há vários dias antes eu fiquei pensando se valia o risco de fazer uma coisa corrida dessas, pois é uma viagem longa e com certeza o dia ia ser muito corrido. Acabei achando na internet um relato de um viajante que tinha feito um bate e volta lisboa-porto e gostei do roteiro ( https://www.umviajante.com.br/portugal/127-roteiro-do-porto-portugal-parte-um ). Praticamente eu fiz o mesmo roteiro do rapaz, só a diferença que eu cheguei mais cedo e fui primeiro no estádio do clube do Porto. Peguei o trem as 7h em Lisboa na estação Santa Apolônia e por volta de 10h eu estava no Porto. Usei metro também, o esquema do é bem parecido com de Lisboa, tem que adquirir um cartão, que nesse caso se chama Andante. Primeira parada foi no estadio do Dragão, casa do Clube do porto, o metro te deixa na porta do estádio, dei sorte cheguei bem na hora que iria começar a visita guiada pelo estádio. Muito bonito conhecemos tudo dentro da arena, sala de imprensa e vestiário, gramado e arquibancadas vips. Visitei também o museu que conta toda história do clube, bem bacana e interativo. Peguei o metro até a estação trindade e de lá em peguei a linha amarela que leva até Vila Vila Nova de Gaia. Desci na estação que logo depois da passagem sobre a famosa Ponte Luiz I, meu objetivo. Sensacional a vista!!!!! É esplendido o rio Douro e a Ribeira vista de cima da ponte. Voltei caminhando por cima da ponte até o lado do Porto e desci para a ribeira. Fiquei um tempo por ali contemplando e curtindo os músicos de rua. Resolvi me dar o luxo de almoçar por ali naquela vista maravilhosa das margens do Rio do Douro. Resolvi experimentar a famosa francesinha acompanhada do famoso vinho do porto. Ali perto da ponte tem um funicular que leva até a parte alta do centro histórico e desci perto da praça Batalha. De lá segui andando até a catedral da Sé, muita bonita. Depois visitei algumas praças que tem por perto e foi ver a torre dos Clérigos. Fui também conhecer a famosa livraria Lelo, também conhecida como livraria do Harry Potter. Estava meio tumultuada, muito lotada, mas o lugar é muito bacana e bonito. Também dei uma passada na estação são bento, onde tem belos azulejos, fui a praça da liberdade fiquei um tempo por lá. Esse trajeto foi perfeito para eu chegasse na estação trindade e pegar o metro de volta a estação de trem de campanha e as 19h eu estava voltando para Lisboa. Valeu a pena fazer o bate e volta, mas realmente a cidade do Porto merece mais tempo de visita, tem lugares fantásticos. Um dia eu volto quem sabe. E na manhã seguinte bem cedo, para minha tristeza, voltando para o Brasil. The end.
  12. Olá a todos! Primeiramente, eu gostaria de deixar claro a minha imensa gratidão a todos que deixaram seus relatos de viagem aqui presentes, porque se não fosse por isso, organizar a minha viagem seria muito mais difícil. Bem, essa viagem foi realizada no período de 02/05/19 a 18/05/19. Passamos 16 dias na Europa e pudemos conhecer várias cidades. Dia 01 (02/05-03/05) Lisboa Oceanário de Lisboa Nosso vôo estava marcado para as 22:10 saindo de Fortaleza-Ceará e com previsão de chegada às 19:35 em Roma. Voamos pela companhia Tap Portugal e diferente do que li em vários comentários sobre a empresa, a viagem foi simplesmente maravilhosa! Claro que há o cansaço, mas os atendentes, o jantar, o conforto foram excelentes. Teríamos uma conexão em Lisboa que duraria 6 horas. E aproveitamos para fazer um pequeno passeio. Primeiramente, a imigração não é um bicho de sete cabeças. Como o primeiro país europeu em que chegamos foi Portugal, foi tudo muito tranquilo e não houve problema nenhum em relação a língua. Só nos fizeram algumas perguntas referentes a quantos dias passaríamos, o motivo da viagem e comprovação de onde ficaríamos, no caso, mostrei as impressões do booking. Feito isso, estávamos livres para passear por Portugal. Já havia sido feita uma pesquisa em que descobrimos que o bairro Parque das Nações, onde se encontra o Oceanário, ficava a 10 minutos de metrô do aeroporto. Resolvemos gastar 3 horas passeando e deixar 3 horas livres no aeroporto porque o medo de dar algo errado no vôo para Itália foi grande. O metrô era praticamente ao lado de uma das saídas do aeroporto. Apesar de ser a primeira vez comprando bilhetes de metrô em uma máquina, não tivemos nenhum problema. No metrô, prestamos bastante atenção ao nome da estação em que deveríamos descer e em 10 minutos saímos em frente a um shopping. Passando por ele rapidamente e já demos de cara com o Parque das Nações. E depois de algumas perguntas nos encaminhamos para o Oceanário. Como não tínhamos certeza se o vôo chegaria na hora, não compramos o ingresso com antecedência, mas ficamos apenas uns 10 minutos na fila para entrar e apreciar um dos maiores oceanários da Europa. E valeu muito a pena! O lugar é simplesmente lindo! E gigantesco! Você se sente realmente em baixo d'água. São muitos espécimes que podem ser vistos e é tudo simplesmente encantador! Passamos cerca de um pouco mais de 2 horas lá dentro e nem vimos o tempo passar. Tubarão bem de pertinho Retornamos pelo mesmo caminho, e ficamos temerosas de ir ao teleférico que ficava próximo ao oceanário por conta do tempo. Mas quem puder, façam o passeio, deve valer muito a pena! Voltamos por dentro do shopping Vasco da Gama rapidamente e ao entrar na estação, paramos para degustar o primeiro lanche na Europa. De volta ao aeroporto, as 3 horas até o vôo sair foram bem demoradas e me arrependi de não ter ido passear no teleférico. Fica pra próxima! O vôo chegou pontualmente e algumas horas depois, pudemos do alto, visualizar o solo italiano. Do aeroporto Fiumicino, pegamos as malas e com meu italiano básico fomos perguntando onde poderíamos pegar o Leonard Express, um trem que saia do aeroporto e ia diretamente a Roma Termini, a estação principal de Roma. Em 30 minutos, chegamos a estação simplesmente encantadas e um pouco incrédulas de estar na Itália. A hospedagem escolhida ficava a apenas duas ruas de distância da estação e lá fomos nós... Deixarei aqui o nome do lugar em que ficamos " Rome Termini Guest House" que consiste em um apartamento em que os três quartos são alugados. Tem sala, banheiro compartilhado e uma cozinha muito bem equipada. Fica apenas a uns 3 minutos a pé da estação Termini e o dono é simplesmente muito simpático e solícito. Recomendo demais! Chegamos cansadas da longa viagem mas muito felizes. E fomos nos organizar para o dia seguinte. *Valores: -Bilhetes ida e volta do Parque das Nações: 7 euros -Bilhete de entrada do oceanário: 19 euros - Bilhete do Leonard Express: 15 euros - Comida: 15,50 euros Total: 56,50 Dia 02 04/05 Capri Acordamos cedo e fomos a estação Roma Termini onde tomamos café. O trem sairia as 07:29 com previsão de chegada as 09:29 em Nápoles. A estação é grande e bem organizada. Não tivemos problema nenhum, mas preste bastante atenção a plataforma em que o seu trem está... e também atenção ao nome da estação em que você vai descer. Nós compramos os bilhetes de trem ainda aqui no Brasil pelo site da Trenitalia. Então, no nosso caso, bastava mostrar o bilhete impresso ou no celular para a pessoa da plataforma e dentro do trem. Chegando em Nápoles, estava chovendo muito. Saímos da estação para pegar um táxi que nos levasse ao porto. E havia fila! Fila para pegar o táxi. Quando um taxista aparecia, a primeira pessoa da fila ia até ele. E ninguém furou a fila! Esperamos alguns minutos até que conseguimos um táxi que nos levou ao porto de Nápoles, de onde saíam barcos até a ilha de Capri. O motorista, simpático, conversava conosco falando bem devagar para que entendessemos. Chegando no porto, a chuva havia dobrado. Corremos até o guichê e compramos o bilhete de um barco que sairia em três minutos! Corremos como loucas pelo porto debaixo de chuva para conseguirmos pegar o barco e... Não conseguimos! Voltamos ao guichê, explicamos a situação e nos informaram que o bilhete valia também para o próximo barco. Esperamos, e não demorou nada até que outro viesse. O barco era grande, tinha dois andares e apesar da viagem levar 45 minutos mais ou menos e estar chovendo, a viagem foi muito tranquila. Chegando a Marina Grande (o porto da ilha de Capri), fomos procurar o guichê para comprar o bilhete do funicolar, que nos levaria a uma parte mais alta da ilha, que era de fato, Capri. Descobrimos, ainda no porto, que por conta do tempo, os passeios a famosa gruta azul estavam cancelados. 😢 Fica para uma próxima. Funicolar e vista de Capri Subindo no funicolar, dá para perceber o quanto Capri é linda! Com a neblina por causa da chuva, ela ficava com um aspecto quase mágico. No centro de Capri haviam muitas lojas e restaurantes administrados por famílias italianas e em um desses lugares que resolvemos almoçar: comi a primeira pizza italiana. E constatei que ela é de fato, sem igual!!! Experimentei também a primeira bebida alcoólica européia: Limoncello, uma bebida feita a base de limão. Muito boa! Pizza e limoncello Com a barriga cheia, fomos andar pela ilha. E o segredo é andar sem rumo.As ruazinhas são bem estreitas tanto que os meios de transporte que vimos foram bicicletas... e caminhando a esmo, fomos apreciando a vista da ilha. Como estava chovendo, desistimos de subir a parte mais alta da ilha: Anacapri. Depois de descermos até a Marina Grande, experimentei o primeiro sorvete italiano. Vista de Capri Ruazinhas de Capri Detalhe para a cor da água Gelato na Marina Grande Marina Grande E realmente é de pedir bis! Retornamos no fim da tarde ao porto de Nápoles e pegamos novamente um táxi até a estação, onde experimentamos o famoso atraso dos trens da região. O trem atrasou um pouco (dava pra ver pelo painel) e acabamos encontrando uma lojinha com muitas guloisemas baratinhas... de volta a Roma por volta das 20, compramos sanduíches e sucos para comermos no hotel. Sanduíche da estação Termini *Valores - Táxi ida e volta: 35 euros - Barco ida e volta: 43,50 euros - Funicolar: 4 euros - Comida: 30 euros - Comprinhas: 21 euros Total: 133 euros Dia 03 05/05 Roma Pudemos acordar um pouco mais tarde porque nesse dia iríamos passear por Roma. Havia feito uma pesquisa de coisas que gostaríamos de ver e fiz um roteiro com os lugares a se visitar. Por conta das ruas de Roma não serem um quadrado ou retângulo perfeito, como estávamos acostumadas, era muito fácil nos perdermos mesmo com mapa. Não conseguimos visitar uns dois lugares porque simplesmente não os encontramos. Listarei os lugares que visitamos nesse dia: • Santa Maria Maggiore É, segundo dizem, a Igreja mais antiga de Roma. É belíssima! Na verdade, todas as igrejas de Roma são lindas, com tantos detalhes que você não sabe se olha para o chão, paredes ou teto. Vale a visita! • Basílica São João de Latrão Infelizmente não conseguimos encontrá-la, mas eu gostaria de conhece-la pelo fato dela ser a basílica oficial do Papa. Sim, a basílica oficial não é a de São Pedro no Vaticano. • Termas de Caracalla Também não conseguimos encontra-la. Eram banhos públicos. Era um importante lugar de encontro entre a sociedade romana. Enquanto procurávamos o Circo Massimo, eis que somos arrebatadas por essa visão: O "pequeno " Coliseu Nosso passeio por um dos cartões postais da Itália será em outro dia. Portanto, deixemos ele de lado por enquanto. • Circo Massimo Era um antigo circo romano, onde aconteciam corridas de cavalo. Um dos conhecidos "pão e circo". Ele não parece grande coisa, mas se você soltar sua imaginação, pode até imaginar esse lugar durante a Roma Antiga e tenho certeza que você terá ao menos um arrepio. • Boca della Veritá Era um dos pontos altos do dia. A boca da verdade, em português, é uma máscara de mármore com as feições de Poseidon que fica dentro da Igreja Santa Maria in Cosmedian (que é belíssima e vale a visita). A Boca della Veritá é um dos mais curiosos objetos que podemos ver em Roma e existe uma lenda por trás dela: dizem que se um mentiroso colocar sua mão dentro da boca, ela será arrancada! Foi um dos lugares em que tivemos que esperar na fila, por conta da quantidade de pessoas a fim de tirar uma foto. E claro que eu tirei também: • Basílica de Santa Sabina É uma basílica bem simples em comparação as outras. Ela foi construída em homenagem a Sabina, uma mulher de família nobre que se converteu ao cristianismo. Essa basílica também foi sede de um conclave. • Porta Portese É simplesmente a feira de rua mais famosa de Roma.Esse lugar é incrível se você estiver procurando variedade e preços baixos em questão de souvenirs. Foi lá onde eu comprei meus dois casacos de frio, que usei durante toda a viagem, por uma bagatela de 10 euros! Só não tirei foto! Mas se for possível, visitem! Dica: ela só funciona dia de domingo. •Isola Tiberina Nem imaginei que isso pudesse acontecer: uma ilha em forma de barco que se formou no meio do rio Tibre! E no meio da cidade! A ilha é minúscula e abriga um dos mais antigos hospitais da cidade! • Santa Maria in Trastevere É a igreja mais importante de um dos bairros considerados mais antigos e tipicamente italiano: o Trastevere. E de fato, o bairro é simplesmente muito aconchegante, sendo escolhido por muitos como local de hospedagem. • Gianicolo É um jardim natural que fica em um nivel mais alto da cidade, e tem uma belíssima vista. Nesse momento, queria comentar sobre um fato interessante: enquanto procurávamos pelo Gianicolo, perguntamos a uma senhora no meio da rua onde ficava o jardim e ela simplesmente disse que nos acompanharia até lá. Esse exemplo serve para ilustrar um fato que gostaria de frisar: os italianos são muuuuuuito gentis! Em toda a nossa estadia no país, lembro apenas de uma situação em que uma mulher nos ignorou no meio da rua, mas de resto? Sempre fomos muito bem atendidas principalmente no meio da rua ao pedir uma informação. Outra coisa muito interessante também é a questão de a maioria dos italianos falarem inglês. Eles falam e falam muito bem! Eu tentava manter a conversa em italiano, já que estudo a língua, mas realmente não tinha jeito. • Campo di Fiori Esse foi um momento tenso. Depois de sair do Gianicolo, fomos em busca do Campo das flores, em português. E aí nos perdemos! Andamos, andamos, andamos e não chegávamos a lugar nenhum. Mesmo com o mapa, não adiantou. Nesse momento, percebemos a falta que a internet móvel fazia. (Decidimos não comprar o chip internacional, já que tínhamos mapa e internet na hospedagem). Depois de encontrarmos uma alma bondosa que ficou altamente surpresa, pelo fato de estarmos bem longe do nosso destino, voltamos a andar e quase 1 hora depois, finalmente, debaixo de chuva (sim, pra piorar, começou a chover) chegamos ao Campo di Fiori! Que se mostrou uma tremenda decepção! Porque apesar de Maio ser primavera na Europa, quem deu a cara foi a chuva, ou seja, nada de flores e nada de fotos. • Piazza Navona Agora sim!!! Um dos lugares mais esperados por mim! Além de ser uma das praças mais conhecidas de Roma, ela também guarda uma das mais famosas fontes: A fontana dei quattro fiumi ou fonte dos quatro rios. Essa fonte foi construída a fim de representar os 4 rios mais importantes da época: Nilo, Ganges, Danúbio e o Prata. Para quem é fã de Dan Brown (como eu!) não pode deixar de visitar essa fonte que é palco de uma das principais cenas do livro/filme "Anjos e Demônios". E se não tá bom, a praça ainda guarda a embaixada brasileira. Acho que depois disso tudo, a visita vale muito a pena! Piazza Navona com a fonte dos quatro rios ao fundo A outra fonte da praça: Poseidon Detalhe da base da fonte dos quatro rios • Panteão Esse foi o primeiro lugar da viagem que me arrancou lágrimas! Estávamos caminhando, enquanto tomávamos um sorvete, dobramos a direita e pá, eis que o Panteão surge imenso e bem na sua cara! O susto foi tanto que o sorvete quase caiu. O Panteão é simplesmente fabuloso! Em toda a minha vida, não esquecerei o sentimento de pequenez diante dele. Ficamos um tempo paradas até termos a atitude de tirar foto por fora e finalmente entrar. O Panteão era uma das construções que mais me deixavam curiosa: como seria entrar em um templo pagão, onde antes se cultuavam vários deuses romanos, e que hoje era uma igreja católica??? Sério! É fantástico esse sincretismo, essa junção de culturas. E se eu achava que já estava impressionada o suficiente, errei. Porque não tive palavras para descrever quando entrei no Panteão, olhei pra cima e vi o óculo. Eu fiquei paralisada por uns bons minutos! Se você pensa em riscar o Panteão da sua lista de lugares em visitar em Roma, não faça isso! Porque eu voltaria a Roma somente para ve-lo! Esse nem precisa de apresentações! O óculo • Monumento a Vittorio Emmanuelle É um monumento criado em homenagem ao primeiro rei da Itália. E simplesmente não passa desapercebido! • Fontana di Trevi Se você acha que fontes não tem graça, tenho certeza que você mudaria de opinião ao ver essa fonte. De longe, já conseguíamos escutar o barulho da água. E assim como no Panteão, a fonte pega você de surpresa ... você vem andando e pá, ela surge gigantesca e esplendorosa! Perdemos a fala durante uns bons minutos contemplando a estátua de Poseidon e seus cavalos... depois de sair do transe,tiramos várias fotos uma da outra, até que uma turista tirou foto de nós duas. E claro, realizamos o ritual tão famoso ligado a Fontana di Trevi: jogar uma moedinha de costas para a fonte! Isso se você quiser retornar a Roma, porque diz a lenda que funciona! E depois de mais de 12 horas andando, chegamos na hospedagem... Não sem antes, sermos agraciadas com isso: Coliseu durante o pôr do sol E isso: Típico jantar italiano * Valores Comida: 30 euros Total: 30 euros Esse foi o gasto desse dia pois fizemos tudo a pé! Dia 04 06/05 Pompeia Acordando cedo para mais um dia de passeio, voltamos a estação de Nápoles para de lá, irmos a Pompéia. Chegando na estação, você deve procurar as placas que indicam a ferrovia regional e comprar no guichê o bilhete "Nápoles - Sorrento", lembrando de validar seu bilhete na máquina. Sempre bom ter em mente que o trem e o bilhete mostram a primeira estação e a última. Então a dica é ficar perto da porta que é onde tem a sinalização de cada estação e ficar atento. E para Pompéia, a atenção é dobrada, porque tem duas estações com o nome Pompeia... desça na estação " Pompei Scavi - Villa dei Misteri". A viagem leva entre 30 a 45 minutos de Nápoles. Ao chegar, você já estará na porta de entrada e passará por uma espécie de feirinha com vários itens para comprar... e é uma boa dar uma olhada nos preços para se ter uma noção, porque existe uma lojinha de souvenirs dentro de Pompéia, e dessa forma você compara e decide se compra dentro da lojinha ou na feira ao sair. Lá dentro, apresentei os bilhetes, que comprei antecipadamente, pelo celular e recebemos outro bilhetes para serem apresentados na portaria. Ao entrar, lá fomos nós desvendar os encantos dessa famosa cidade. Incrível perceber como uma boa parte da cidade está intacta. As ruas, os templos, algumas casas... Pegue o mapa e decida quais lugares você quer ver, porque sinceramente, não dá pra ver tudo! Mapa de Pompéia Pelo mapa já dá pra perceber que percorrer todas ou maior parte das áreas de Pompéia não é tarefa fácil! Entramos decididas a nos perder pela cidade e aproveitar, mas havia um objetivo: a área VI, a área aristocrática. Era lá onde estava a Vila dos Mistérios e uma das mais famosas casas de Pompéia: a casa do Fauno. Andamos e andamos acreditando que em algum momento encontrariamos a área VI. Não foi bem isso que aconteceu... depois de mais de três horas caminhando, ainda não tinha nem sinal da área aristocrática. Lógico que durante esse tempo encontramos, muitas vezes, sem querer, grandes pontos de destaque como o templo de Apolo, o anfiteatro, a casa do poeta trágico, a área onde estavam objetos e corpos encontrados após a tragédia e o templo de Isis (uma deusa egípcia sendo cultuada na Itália! Olha aí o sincretismo de novo!) Entrada do santuário Detalhe do santuário de Apolo Detalhe do Templo de Ísis Objetos e um corpo encontrado durante as escavações Anfiteatro Não deu para ver o Vesúvio (vulcão que dizimou a cidade de Pompéia) por causa das nuvens Depois de quase desistir de andar à procura da área VI, encontramos um senhor que trabalhava lá e nos informou o caminho. E então, finalmente, conseguimos conhecer a Vila dos Mistérios, que é uma mansão que ficou muito bem conservada com seus afrescos que mostram o culto a um deus; e a Casa do Fauno, uma das casas mais ricas e mais conservadas de Pompéia que recebeu esse nome pela estátua de um fauno na entrada da casa. Pausa para uma foto espirituosa Depois de várias horas caminhando, terminamos nosso passeio, não sem antes passar pela lojinha de souvernirs e comprarmos umas coisinhas... Trouxe essa borracha de Pompéia porque fiquei louca por ela e ela está maravilhosa como enfeite na minha estante! Na saída de Pompéia Após sair, fizemos todo o caminho de volta, pegando o trem regional de volta a estação Napoli Centrale. A idéia era conhecer um pouco de Nápoles mas estávamos simplesmente exaustas e resolvemos voltar para Roma. O passeio pela Da Michele (pizzaria que aparece no filme Comer, Rezar, Amar) ficaria para uma próxima vez. E como de praxe, o trem atrasou. E nesse dia, houve um problema com o trem e tivemos que descer e esperar por outro trem. Foi uma confusão só! 😓 Apesar de que, ganhamos um lanche da companhia por causa do transtorno. Lanche que serviu como nosso jantar! Por isso, nas estações fiquem atentos sempre! Como conclusão e dica do dia de hoje: vá com sapatos confortáveis! Eu estava de tênis e mesmo assim meus pés sofreram bastante! *Valores - Passagem de trem Nápoles/Sorrento ida e volta: 6 euros - Comida: 20 euros - Lembrancinhas: 15 euros Total: 41 euros Dia 5 07/05 Roma e Vaticano Esse era o dia da visita mais requisitada por quem vai a Roma: Coliseu e Fórum Romano/Palatino. Tenho que dizer que apesar de ver a grandiosidade do Coliseu por fora, eu não tinha um enorme interesse em vê-lo por dentro. Entramos direto no monumento pois os bilhetes já haviam sido comprados antecipadamente pelo site. Quando vi o tamanho da fila para comprar o ingresso na hora, percebi que valeu a pena pagar um pouquinho mais caro comprando pela internet. Passamos pelo fabuloso Arco de Constantino e entramos no Coliseu. Apesar de não esperar tanto, não posso negar que prendi a respiração ao entrar. Entramos e passeamos primeiramente por uma exposição que estava acontecendo no momento, só depois, de fato, adentramos no monumento. A amiga que estava comigo, Annya, ficava repetindo "Cris,que lindo!" Ela foi fisgada 100% pela magia do Coliseu. Enquanto eu fiquei surpresa pela grandiosidade, mas só. Acabei recordando de todo sofrimento que aquele lugar carregava: todas as mortes que serviram apenas de diversão para os espectadores. Esse fato acabou tirando praticamente todo o encanto que eu poderia ter. Mas em relação a arquitetura, realmente é de cair o queixo! Andamos por toda a parte, para de fato, tentarmos conhecer o máximo possivel. A visita durou bem menos do que eu imaginava e creio que 1 hora depois ou menos, já estavamos indo visitar o Fórum Romano e o Palatino. ( com 1 ingresso, você visita as três atrações: Coliseu, Fórum Romano e o Palatino). Coliseu por dentro Fotinha de comprovação: "Eu fui, eu tava" Annya, a minha companheira de aventuras Coliseu, Arco de Constantino e eu Passamos pelo Arco de Tito e entramos no Palatino, que é na verdade um conjunto de obras públicas com grande importância cultural, já que foi aqui, em uma das sete colunas que circundam Roma, que a cidade nasceu. Em outras palavras, Palatino é a colina da lenda da loba e de Rômulo e Remo. Esses dois lugares me deixaram mais impressionada! Caminhar por essas ruínas, imaginando a quantidade de imperadores que também caminharam por aqui, é de arrepiar todos os cabelos da cabeça. O lugar é enorme e a dica é pesquisar antes o que se quer ver... no nosso caso, só queríamos passear a ermo. Encontramos as ruínas de casas pertencentes a diversos imperadores e templos. Encontramos até um jardim bem conservado e bonito. Mapa da área (dá pra perceber que não é nada pequeno) Arco de Tito Pausa para encher a garrafinha de água Sim! As fontes espalhadas por Roma são potáveis! Uma excelente economia porque não precisávamos comprar garrafas e garrafas de água todo dia. E pode confiar, bebi água das fontes e estou aqui vivinha para contar a história. Palatino Domus Flavia: uma parte do que compunha os aposentos do imperador Domiciano Uma visão do Fórum Romano de cima Após perambular pelo Monte Palatino, descemos ao Fórum Romano que tem várias construções. Entre elas: • Templo de Rômulo Detalhe do teto do templo de Rômulo • Templo de Castor e Pólux (e o primeiro templo do Fórum) O que restou do templo foram três colunas • Templo de Saturno • Casa e templo das virgens vestais Esse era o lugar que eu mais queria ver! Aqui eram onde seis virgens tinham o dever de nunca deixar o fogo sagrado dentro do templo se apagar. E essa tarefa durava praticamente a vida toda! Casa das virgens vestais Pátio do que foi o templo das virgens vestais Estátua representando uma das virgens (só faltou a cabeça da coitada) E dessa forma, terminamos a visita da manhã! E a tarde: Vaticano! A tarde estava reservada aos Museus do Vaticano. E sem dúvidas, era um dos passeios mais esperados! Depois do combo Coliseu/Palatino/Fórum Romano que fizemos pela manhã, paramos em um restaurante para almoçarmos. Pedi uma pizza de frango e minha amiga resolveu seguir meu exemplo. Porém, o que não imaginávamos era que uma pizza serviria muito bem a nós duas. Para deixar claro: as pizzas italianas são menores que as nossas mas em compensação são bem mais recheadas! Nós duas juntas comemos uma e ficamos empanturradas e tivemos a ideia de deixar a segunda pizza na hospedagem para jantarmos a noite. Eis que surge um problema: a visita aos museus tinham hora marcada e pensamos se daria tempo ir até a hospedagem e voltar a estação Roma Termini. Decidimos pela questão da comodidade, ir deixar a pizza. Na volta viemos super apressadas, compramos o bilhete para o Vaticano e na estação... nos perdemos!!! Sério! Foi desesperador! Porque eu não podia acreditar na possibilidade de perder essa visita. Depois de procurar e procurar finalmente achamos a escada que levava a plataforma certa. Entramos no trem e em poucos minutos saímos na estação. O desespero deu lugar a admiração quando avistamos os muros do Vaticano. Creio que foi um dos momentos mais impactantes da viagem. Entretanto, ver a praça e a Basílica de São Pedro ficaria pra depois. Achamos a fila para entrar com os ingressos e ufa! Deu tudo certo! Apesar do atraso conseguimos entrar sem problema nenhum. Lá dentro, foi meio bagunçado! Muita gente falando muitas línguas diferentes. Muito barulho, muita confusão! Depois de um tempo, finalmente encontramos onde trocava o ingresso comprado no site e partimos para desbravar um dos maiores museus do mundo! Estava muito lotado!!! Resolvi segui uma dica que havia lido em algum lugar: passar rapidamente pelas primeiras galerias e ir direto a Capela Sistina.E aqui deixo uma dica preciosa: NÃO FAÇAM ISSO! Porque eu me arrependi amargamente. Na dica que li, dizia que dava para retornar e ver tudo com calma. E não é bem assim. Depois que você entra na Capela Sistina, você não pode retornar pelo caminho que veio. Me senti altamente triste em não contemplar uma boa parte do que estava exposto. Chegando na Capela Sistina tive um sobressalto, porque assim que olhei para o teto, não vi a famosa pintura de Michelangelo, onde Deus quase toca o dedo do homem. O que vi foram pequenas pinturas espalhadas ao longo de todo o teto. Confesso que até pensei estar no lugar errado! " Como assim? Cadê a pintura?" Depois de um tempo olhando para cima, finalmente a achamos! E eis que descobri que meu pensamento estava errado! Acreditava que essa pintura ocupava todo o espaço do teto da Capela e não é isso. Ela, na verdade, é bem pequena e faz parte do emaranhado de pinturas que decoram o teto. Vivendo e aprendendo! Depois de contemplar o teto (sem fotos! Pq é probido tirar fotos ou gravar vídeos), tentamos voltar por onde viemos e foi aqui que tive a decepção descrita mais acima. A sorte é que o museu é gigantesco e após sairmos da capela, ainda tinha muito pra se ver. Passamos umas 4 horas dentro do museu e creio que não chegamos nem perto de ver a totalidade de suas obras. Percebi então, que por mais disposição e tempo que você tenha, não dá pra ver tudo! Dentro do museu, encontrei uma lojinha e comprei alguns souvenirs. Terço Imã de geladeira da pintura de Michelangelo na Capela Sistina Medalhinha do Papa João Paulo II E agora segue algumas fotos do museu: Zeus dando o ar da graça As escadas que dão para a saída Saindo dos museus, fomos até a praça. Entrando na Praça de São Pedro e ficando de frente para a Basílica foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida! Quando fiquei de frente para a Basílica uma emoção inexplicável tomou conta de mim e chorei por vários minutos. Depois de um tempo, fomos para a fila para entrar na Basílica de São Pedro. A entrada é gratuita, porém, por causa da quantidade de pessoas, uma fila é necessária. Entrando na Basílica, demos logo de cara com a Pietà, famosa escultura de Michelangelo, que retrata Jesus morto nos braços de sua mãe. A basílica é lindíssima! E como em muitas igrejas, você não sabe se olha para o chão, teto ou paredes... parece quem em cada canto, há algo para se ver. Pietà Local onde está sepultado o Papa João Paulo II dentro da Basílica de São Pedro Dentro da Basílica de São Pedro Ao sairmos da Basílica, outra atração surge: A Guarda Suíça, que é a guarda de segurança pessoal do Papa e as forças armadas do Vaticano. Não se enganem pela vestimenta, a guarda suíça é uma das forças de segurança mais treinadas do mundo. Guarda Suíça Após voltarmos a Roma, depois de conhecer o menor país do mundo, fomos em busca da Igreja Santa Maria della Vittoria, que ficava perto da hospedagem. Essa igreja é bem pequena em relação as outras, mas é bem famosa por conta da obra de um famoso escultor chamado Bernini, “O êxtase de Santa Teresa”. Essa obra até hoje é tema de discussões, pois há quem diga que as expressões de Santa Teresa são meio, bem, eróticas. Fica aí essa curiosidade. Igreja Santa Maria della Vittoria O êxtase de Santa Teresa Depois de um dia de tantas emoções, só nos restou voltar a hospedagem, jantar e descansar para aproveitar o que seria o nosso último dia em Roma. *Valores - bilhete ida e volta Vaticano: 5 euros - comida: 23 euros - souvenirs: 20 euros Total: 49 euros Dia 06 08/05 Vaticano e Roma Acordamos cedo porque dia de quarta no Vaticano, ocorre a audiência papal. Enquanto lia sobre a viagem, acabei encontrando informações esse evento semanal. Toda quarta, se o Papa não tiver compromisso, ele sai a Praça de São Pedro e lê uma oração em italiano que é traduzida em várias línguas inclusive em português, por padres diversos. No final de tudo isso, ele convida as pessoas presentes a rezar um pai nosso e uma ave maria e na maioria das vezes passeia pela praça em seu veículo, conhecido carinhosamente por papa móvel. Qualquer pessoa que entra na praça, pode participar do evento. Mas em pé. Já algumas pessoas conseguem sentar em cadeiras colocadas justamente para esse evento e conseguem apreciar a cerimônia mais confortáveis. Para conseguir sua cadeira, você precisa mandar um email com meses de antecedência ao escritório do Papa, dando algumas informações como nome e quantidade das pessoas que irão participar etc. E nós conseguimos o convite! Que deveria ser trocado no próprio Vaticano. Infelizmente, não conseguimos realizar a troca pois quando chegamos, encontramos o portão onde se realiza a troca, fechado. 😥 Todavia, não teve problema nenhum porque o sentimento que tivemos em estar naquele lugar, naquele momento é tão bom que não ligamos de ficar em pé. Annya, minha amiga que estava comigo, não é católica mas ficou emocionada tanto quanto eu. Quando a oração foi traduzida para o português, descobrimos que tinham bem mais brasileiros ali do que imaginávamos. Muitos gritos e várias bandeiras brasileiras foram levantadas! Uma festa só! Depois de algumas horas, a cerimônia foi encerrada e o Papa Francisco deu uma voltinha no papa móvel. Mas infelizmente estávamos bem longe, mas ainda conseguimos ter o gostinho de poder vislumbrar o santo padre. Brasileiras turistando na Praça de São Pedro Praça lotada durante a audiência papal Um pontinho branco, a esquerda: é o Papa, minha gente! Última foto da Basílica de São Pedro Depois que a multidão se dispersou, fomos almoçar. E ficamos perambulando até achar a porta de entrada para um dos passeios mais magníficos que fizemos nessa viagem: descemos até a Necrópole. Necrópole significa cidade dos mortos e a Necrópole Vaticana fica a vários metros abaixo da Basílica de São Pedro. Sendo bem prática, é um cemitério que foi soterrado ainda na época do então imperador Constantino. Ele o aterrou para construir o que viria a ser a primeira basílica de São Pedro. Esse desejo do imperador, consistia em uma homenagem: construir a Basílica em cima dos ossos de São Pedro, já que existia e ainda existe a forte suposição de que o apóstolo que foi escolhido para ser a base da igreja católica, estaria enterrado nesse cemitério. Após muitos anos, o Papa Pio XI, desejando ser enterrado próximo aos ossos de São Pedro, deu início a uma série de escavações que culminaram na descoberta do cemitério praticamente intacto e do lugar que segundo relatos históricos se encontram os ossos de São Pedro. Estava muito animada com esse passeio! E nossa guia era brasileira! Dentro da necrópole não se pode tirar fotos ou gravar vídeos, por isso não tenho nada disponível nesse sentido, mas creio que na internet existam fotos. Éramos um grupo de 10 pessoas, todos brasileiros. Fomos informados também de usar a mochila ou bolsa na frente, a fim de evitar raspar nas paredes, porque o espaço era bem apertado. Lá fomos nós, penetrando por baixo da Basílica de São Pedro, e ouvindo as explicações da guia. Ela deixou bem claro, que não se tem 100% de certeza, mas acredita-se que os ossos são sim, de São Pedro. Foram feitos vários testes que comprovaram que a idade, causa da morte (se não me engano), sexo e idade batiam com a de São Pedro. Outra coisa que permite ter mais certeza é o local em que foi encontrado. Segundo relatos datados, os ossos de São Pedro estariam dentro de uma pequena caixa chamada “Troféu de Gaio", santuário localizado perto de uma parede com grafitos escritos em latim. Tudo isso foi repassado pela nossa guia. O passeio dura entre 1 hora e 1 hora e meia. Passamos por várias tumbas, de cristãos e pagãos, praticamente intactas ... o espaço, como eu falei, é apertado a ponto de precisarmos em vários pontos, andar em fila indiana. Por conta disso, o passeio não é recomendado para pessoas claustrofóbicas. Estar ali, naquele lugar, é ser transportado no tempo e na história. A guia nos explicava que quase tudo que víamos era de fato, da época do Imperador Constantino, ou seja de mais de 2.000 mil anos atrás! Depois de passearmos entre várias tumbas , chegamos de fato, ao lugar onde ao que tudo indica está os ossos de São Pedro. Foi um momento único! Tanto histórico quanto religioso! Finalizamos o passeio, estupefatas por tamanha experiência! Então, se puderem, façam esse passeio! Vale muito a pena! Necrópole Vaticana(foto da internet) O troféu de Gaio (foto retirada da internet) Capela onde se reza diante dos ossos de São Pedro (foto retirada da internet) Após o magnífico passeio a Necrópole, fomos conhecer o famoso Castel St Ângelo, ou castelo do anjo. Esse monumento já foi mausoléu, já foi prisão e hoje é um museu. Uma curiosidade em relação ao porque desse nome: durante a Peste Negra que assolou a Europa, o Papa teve um sonho em que o Arcanjo Miguel brandia sua espada em cima do castelo e aquilo foi um sinal de que estava chegando ao fim essa tão temida epidemia. Por causa disso, uma estátua do Arcanjo Miguel foi posta exatamente no lugar onde teria aparecido em sonho. A construção é magnífica! Infelizmente, não havíamos comprado ingresso antecipado e por isso se quiséssemos entrar, teríamos que enfrentar uma fila. Mas ao avistarmos o tamanho da fila, desistimos. Mas só a vista, tanto do castelo, quanto da ponte que leva até ele, com os anjos esculpidos do artista Bernini, vale super a pena! E ah! Outro detalhe é o chamado Il Passeto, um corredor que liga o castelo a Basílica de São Pedro. Castel St' Angelo e a ponte com os anjos Já era noite e aproveitamos o resto da luz (em Roma, só escurece por volta das 20) para visitar uma igreja que queria muito ver: Santa Maria del Popolo. Andando um pouco e pedindo algumas informações, a encontramos. Infelizmente ela estava em reforma e por isso não pudemos apreciar sua fachada natural. Adentrando na igreja, percebemos que ela é formada por várias capelas, e uma das mais conhecidas é a Capela Chigi, que tem um óculo no chão e contém uma famosa escultura de Bernini “Habacuc e o Anjo". Depois do livro Anjos e Demônios de Dan Brown, o número de turistas triplicou. E fiquei super feliz de cumprir meu roteiro de conhecer todos os lugares citados nesse livro de Dan Brown! Santa Maria del Popolo, a esquerda da foto Capela Chigi e " Habacuc e o anjo" E aqui retornamos a hospedagem passando antes pela Piazza da Spagna e conhecendo a Fontana della Barcacia. Fontana della Barcacia Famosa escadaria da Piazza da Spagna Voltando a Roma Termini, fomos ao Mercado Centrale, o mais famoso de Roma e que fica dentro da estação. Lá provei uma das iguarias culinárias de Roma: Trapizzino Retornamos para a hospedagem para nossa última noite de sono em Roma, já que bem cedo, na manhã seguinte, partiríamos para Florença. •*Valores - trem ida: 2,50 euro - comida: 25 euros Total: 27,50 euros E aqui, termina a primeira parte dessa viagem! Dia 07 09/05 Florença Acordamos bem cedo para pegarmos um dos primeiros trens para Florença. A viagem dura poucas horas e então, chegamos a uma das cidades mais lindas que já vi na minha vida! Primeiramente, tivemos uma pequena chateação. A hospedagem só nos receberia por volta das 14 e não eram nem 8 da manhã. Resolvemos deixar nossas coisas no depósito de bagagem da estação Santa Maria Novella. Só que não sabíamos onde ficava! Perguntei a uma pessoa que nos deu uma direção, sendo que logo em seguida outra pessoa nos deu outra. Foram longos 10 minutos até achar o bendito depósito. Depois de deixarmos as malas e levar conosco dinheiro, passaporte e umas coisinhas mais, fomos desbravar a capital da Toscana! Primeira observação: Florença é um ovo!!! Muito pequena! Principalmente em comparação a Roma. E além de ser pequena, ela tem charme! Sim, Firenze (seu nome italiano) é altamente charmosa e encantadora! Uma das minhas cidades favoritas em toda a viagem! Eis os pontos em que passamos: • Basílica de Santa Maria Novella Ela fica praticamente em frente a estação. Então não tem como não vê-la. Mas estava em reforma, por isso não entramos. • Santa Maria del Fiore ou Duomo Pra variar, nos perdemos kkkkkkk mas sugiro que você faça isso! Se perca pelas ruas de Florença, porque em algum momento você passa por todos ao lugares mais famosos. Tentando achar o Mercato Centrale, deparamos com o Duomo. E que construção fantástica!!!! Gigantesca a ponto de me fazer soltar uma longa exclamação e fitar o monumento de boca aberta durante uns bons minutos! Santa Maria del Fiore se encontra em uma praça, onde também se encontra o Batistério de San Giovani. A fila para entrar no Duomo era enorme. A praça estava realmente lotada! Decidimos não entrar. Nem no Batistério e essa foi uma decisão que me arrependo amargamente! Pois gostaria der ter visto por dentro e ter tido a oportunidade de ver de perto a máscara mortuária de Dante Alighieri. Fica para uma próxima vez, se houver! Fiquem então com as fotos! Duomo e o Batistério • Palazzo Vecchio E para não perder o costume: nos perdemos de novo! De repente, passando por uma rua, ouvimos um jeito de falar meio característico... e perguntamos a um casal que vendia coisas em uma tenda “ brasileiros?” e a resposta” brasileiros não, baianos!!!” kkkkkk Foi um dos melhores encontros que tivemos! Esse senhor nos ensinou a andar em Firenze inteira, praticamente. Seguindo as instruções dele, achamos a piazza della Signoria, não antes sem passarmos pelo Museu Casa de Dante (aliás, você verá Dante Alighieri em cada canto de Florença, e se você não recorda quem era esse rapaz, ele era o autor de “ A Divina Comédia “ e tinha Firenze como sua terra natal). Ao chegarmos a piazza, perdi novamente o fôlego ao avistar o Palazzo Vecchio! Hoje é sede da prefeitura e guarda um museu de arte. Entramos e pudemos visitar apenas o primeiro andar, já que não tínhamos o ingresso. Sua estrutura é bem antiga e só pelo fato de ser um palácio de verdade, já justifica o motivo da visita. Ainda na praça tem outros elementos que chamam a atenção: a fonte de Netuno, uma praça com esculturas que funcionam como um museu a céu aberto e uma das esculturas mais famosas: Davi, de Michelangelo. Não o de verdade, é claro! O verdadeiro se encontra na Galeria dell’ Academia, porém, não compramos o ingresso para essa galeria e sim para a Galeria degli Ufizzi, que falarei mais a frente. Apesar de não ter visto o verdadeiro, a réplica nos satisfez e muito! Davi é simplesmente perfeito!!! Dá para ver até os músculos definidos da escultura! Simplesmente espetacular! Estátua de Netuno Palazzo Vecchio Palazzo Vecchio, uma pequena amostra de esculturas a direita e Davi, a esquerda • Ponte Vecchio e Palazzo Pitti Em Florença, tudo me deixava encantada! Até o simples caminhar pelas ruas... passamos pela Ponte Vecchio, uma ponte de pedra suspensa sobre o rio Arno. Famosa por ter várias joalherias. Atravessando-a, seguindo em linha reta, em poucos minutos, nos deparamos com o Palazzo Pitti. Uma construção renascentista que serviu de morada para umas das mais conhecidas e ricas famílias: os Médici, famosos por serem os principais mecenas de sua época. Hoje, o Palazzo funciona como museu e está atrelado a um imenso jardim que é como um museu ao ar livre, o qual visitaremos em outro dia. Palazzo Pitti • Fontana del Porcellino Encontramos próximo ao Palazzo Vecchio, o Mercado Novo, que é uma das feiras no coração de Firenze. Porém, essa feira tem um personagem bem peculiar: Porcellino, uma estátua de um javali que é um dos cartões postais da cidade. Dizem que se você quiser voltar a Florença, deverá esfregar o focinho desse animalzinho! Quase não o avistamos, tamanha a quantidade de pessoas ao seu redor. Mas apesar disso, lá fomos nós esfregar o bichinho! Porcellino ❤ • Mercato Centrale Passamos rapidamente por outra feira da cidade: Mercado de São Lorenzo. E logo ao lado, está o principal mercado de Firenze! O Mercado é muito grande e com muita variedade de comidas! Fomos lá que por volta das 13 horas, saciamos nossa fome! Voltamos a estação, pagamos o depósito, recolhemos a nossa bagagem e lá fomos nós para a hospedagem! Mesmo com o mapa em mãos, nos perdemos! É, isso, está virando costume. Chegou em um ponto em que não aguentavamos mais andar e parei em posto da polícia para pedir ajuda, só para descobrir que a rua que procurávamos era a rua ao lado! Chegando a Allegro House, nos encontramos com nossa anfitriã e finalmente pudemos descansar! Estávamos muito cansadas porque nesse dia acordamos as 5 da manhã, andamos sem parar e ainda tinha todo o cansaço acumulado da passagem por Roma. Não saímos mais esse dia, jantamos pizza que trouxemos do Mercado, organizamos nossas coisas e descansamos para o dia seguinte! • *Valores: - Comida: 30 euros - Lembrancinhas: 15 euros Total: 45 euros 8° dia 10/05/19 Florença O objetivo principal desse dia era a Galeria Uffizi, a mais famosa de Florença. Acordamos por volta das 7 da manhã. Tomamos café em um local bem típico e partimos. O nosso horário seria as 8:30 da manhã. Chegando lá, troca-se os ingressos impressos no site por outros e adentramos na galeria. A fila para quem não havia comprado antes estava bem grandinha, então valeu muito a pena a compra antecipada de ingresso. E o que dizer da Galeria Uffizi? Fabulosa! Mas enorme! Nossa, lembro detalhadamente da dor que senti nos pés de tanto caminhar. A galeria tem dois andares e corredores gigantescos que também servem como espaço artístico: paredes e tetos são cheios de pinturas, além de muitas esculturas estarem presentes. Os corredores tem salas que se ligam uma a outra... então foi meio difícil organizar esse passeio, mas decidi olhar as salas e em determinado momento voltar e ver todas as obras nos corredores. E eis um aviso: cansa muito! Parece que a galeria tem infinitas salas e obras para se ver. Tenha o pensamento que não da para ver tudo. Encantada com as obras, eu tentava tirar fotos de tudo, mas em um determinado momento, não consegui mais. Uma sugestão é pesquisar antecipadamente quais obras fazem parte da galeria e procura-las, o restante do tempo, pode-se passear a esmo. Assim, você sente que não perdeu nada, mesmo sem percorrer todos os espaços. Após percorrer todo o corredor, em uma faz janelas temos uma obra a parte: uma outra visão da Ponte Vecchio. Já no segundo corredor, eu estava tão cansada que parei e sentei em um dos bancos dispostos no corredor. Fui caminhando e tirando fotos daquilo que realmente me interessavam muito. Depois de quase quatro horas, saímos da galeria, encantadas com a arte contida lá dentro. Tenho, pois, que chamar a atenção para obras que eu mais queria ver... O Nascimento de Vênus é deslumbrante! Eu dobrava um corredor para entrar em outra sala quando o quadro praticamente surge na sua frente... soltei um “oh!” de surpresa. Fui até a minha amiga, sinalizei que me seguisse e apontei para o quadro, e ela soltou o mesmo “oh!” kkkkkkk creio que tanto pela surpresa em que o quadro parece se materializar na nossa frente ou pela beleza artística da peça ou pelo fato de se ver ao vivo um quadro que víamos apenas em fotos ou todas as alternativas citadas acima. Segue fotos de algumas obras: Escudo com o rosto da Medusa, Caravaggio O Nascimento de Vênus, de Boticelli Vista da Ponte Vecchio de dentro da galeria A tarde, resolvemos passear pelos jardins de Boboli, um imenso jardim que se encontra as costas do Palazzo Pitti. Caminhando para lá, encontrei um lugar que oferecia algo que eu queria muito provar em Florença: tábua de frios e Aperol Spritz. A tábua geralmente era prato a ser pedido a noite depois do horário de trabalho e consistia em literalmente uma tábua com vários pedaços de frios: queijos, presuntos, salames etc e a bebida era alcoólica a base de laranja. Tenho que dizer que foi uma excelente experiência gastronômica! E o gelato não pode faltar! Depois de caminhar um pouco, encontramos ao Jardins de Boboli que é um belíssimo e grandioso jardim que contém várias esculturas. O jardim é enorme e por isso assim que vimos uma placa com os principais pontos, fomos lá para escolher o que mais nós iríamos querer ver. Destaco a fonte com a estátua de Poseidon no centro e a Estátua de Atena em cima de uma colina. Pela grandiosidade do jardim e pelo cansaço, não vimos tudo mas o que foi visto foi o suficiente. Vale muito a visita! Annya e eu nos Jardins de Boboli Retornando para casa, paramos no Mercado Central para jantar e de lá seguimos para a hospedagem. *Valores: -Comida: 28 euros -Ingresso Jardins de Boboli: 10 euros - Lembrancinhas: 4 euros Total: 42 euros 9° dia 11/05/2019 Florença Acordamos cedo também neste dia... afinal, estar na Europa e ficar dormindo até tarde não teria graça nenhuma! Apesar de voltar pra casa cedo pra descansar ao pés é bem natural em um determinado ponto da viagem. Tomamos café perto da estação. Perto das 8 da manhã, pegamos o trem na estação Santa Maria Novella em direção a Pisa Rossere. Nosso destino do dia: a Torre de Pisa ou a Torre Pendente, como chamam os italianos. A viagem de trem leva um pouco mais de 1 hora. A estação não fica perto da estação... na verdade, era necessário uma boa caminhada de uns 30 minutos. Como não estávamos com pressa e gostaríamos de dar uma volta na cidade, preferimos ir a pé mesmo ao invés de ir de ônibus, como sugeriu uma policial italiana. Pisa é uma graça de cidade! Pequena e muito arborizada! Turisticamente falando o que há pra ver em Pisa de mais famoso é o que se encontra na Piazza Dei Miracoli: a torre e a Catedral. Durante a caminhada, paramos e perguntamos a um senhor se estávamos no caminho certo, ele confirmou e nos deu uma dica, que repasso agora: cuidado com ao furtos! Em um lugar com uma grande quantidade de pessoas pode acontecer furtos, então atenção! Não tivemos nenhum problema quanto a isso, mas é importante ficar atento! Visualizamos a praça de longe e antes de entrar nela, entramos em uma lojinha com diversos souvernirs e comprei um copinho que era inclinado! Finalmente na praça, surge aquele momento de admiração em ver ao vivo um lugar que você viu diversas vezes em fotos. Após o deslumbramento inicial, fomos dar uma volta pela praça e claro procurar o melhor lugar para tirar fotos bem inusitadas! E não éramos as únicas... era cada pose! Almoçamos por lá mesmo e após a refeição voltamos a estação para retornar a Florença. Praticamente nesse ponto da viagem, percebi que ainda tínhamos um dia e meio e já tínhamos visto tudo!!! Nesse momento, me arrependi de não ter deixado mais dias para Roma. Mas esse tipo de coisa acontece. Mas mesmo com esse fator , tenho que deixar claro que passear por Florença é uma delícia! Após dar uma volta novamente pelo Palazzo Vecchio, Ponte Vecchio, dar uma nova olhada no Porcellino, passamos pelo Mercado Central e voltamos antes de anoitecer para a hospedagem. *Valores: - comida: 19 euros - lembrancinhas: 11 Total: 30 euros 10° dia 12/05/19 Florença Esse dia foi basicamente livre... sem roteiro pré definido. Até porque repito o que disse antes: Florença é pequena e muito dá para ser visto em pouco tempo. Resolvemos então só andar por ai... passamos novamente pela Piazza della Signoria para admirar a estátua de Poseidon, a cópia de Davi, o Palazzo Vecchio e a praça em si. Brincadeiras na Piazza della Signoria Andando a esmo, encontramos um parque um pouco mais afastado do centro onde pessoas faziam piqueniques, caminhavam ou só conversavam. No centro do parque havia uma fonte que jorrava água enquanto patos se divertiam ao redor dela. Depois de passar a manhã ali, almoçamos e nos perdemos por Firenze... cidade que me encantou demais e por isso mesmo foi triste me despedir dela. Andamos sem rumo pelas ruazinhas da cidade, notando as inscrições nas paredes da Divina Comédia, obra de Dante Alighieri. Ah, Dante, agora entendo a sua mágoa por ter sido exilado dessa maravilhosa cidade. Passamos a tarde assim, sem rumo certo. E ainda falando de Dante, me lamentei muito do fato de não poder ter conhecido a igreja de Santa Marguerita, na qual dizem que foi onde Dante viu Beatriz pela primeira vez e se apaixonou. Essa igreja só abria em momentos bem específicos, ela não poderia ser visitada em qualquer dia e hora e infelizmente os horários não bateram. Retornamos para a hospedagem para arrumar tudo e deixar tudo pronto porque na manhã seguinte partiríamos para Veneza! *Valores: - Comida: 30 euros 11 ° dia Segunda-feira 13/05 Veneza Mestre O trem para Veneza Mestre só sairia as 09:30 da manhã, por isso, não foi necessário acordar tão cedo. Minha amiga estava muito animada, porque para ela, um dos pontos altos da viagem seria Veneza. Pegamos as malas já arrumadas e fomos até a estação, parando no caminho para tomar café. Após isso, lá fomos nós, carregando as malas nos degraus... eis uma dica: NÃO leve mais de uma mala e de preferência mala pequena ou média. Nem sempre ajudam você! Depois de encontrar a plataforma, entramos no trem. CUIDADO! Fique sempre atento a plataforma e ao trem que você vai pegar. Presenciamos mais de uma vez, pessoas subindo no trem errado. A viagem levou umas duas horas e enfim, estávamos em Veneza Mestre. Aqui vai uma explicação: não ficamos em Veneza, a turística, e sim em uma cidade antes dela. O motivo foi o valor da hospedagem. Veneza é uma cidade bem cara! E Veneza Mestre fica a apenas 1 ou 2 paradas de trem de distância, uns 10 minutos apenas. Chegamos por volta de 11:30 e já estávamos sendo esperadas. Um simpático chinês era um dos proprietários do ligar que ficaríamos Ele mostrou toda a estrutura e nos deixou a sós. Reorganizamos nossas malas, nos arrumamos e descemos para almoçar, pois havia um restaurante exatamente abaixo de nós. E outro detalhe: a hospedagem fica praticamente na frente da estação. Após o almoço, compramos o bilhete e partimos para Veneza! Descemos em Veneza Santa Lucia e assim que saímos da estação, o Grande Canal surgiu imponente. Foi difícil minha amiga segurar a emoção! Foi surpreendente ver tanta água ao redor de uma cidade. Nossa primeira parada foram barraquinhas que vendiam souvenirs... uma das coisas que eu não sairia da Itália sem levar na mala, são as famosas máscaras venezianas... comprei algumas e também imãs de geladeira. Daí, ao passarmos por um supermercado, resolvemos refazer nosso estoque de lanches. Percebemos novamente, que Veneza era mais cara do que as outras cidades em que passamos. Com sacolas na mão, fomos passear pela cidade. Agora deixo aqui um pouco da chateação que tive: por conta dos canais, as ruas são como em zigue zague e para você chegar em um ponto, tem que ziguizaguear bastante! Depois de muito andar, chegamos a uma das pontes mais famosas de Veneza: a ponte Rialto. Lá ficam várias lojinhas que muitas coisas bonitas para vender e comprei uma pulseira feita com vidro colorido de Murano. Continuamos a caminhada e depois de ver as famosas gôndolas e seus barqueiros (um dos pontos altos do dia, apesar de não termos tido a coragem de dar 80 euros para um passeio), chegamos ao lugar que acredito ser o mais famoso de Veneza: a praça de São Marcos. Como em vários lugares na Itália, a praça estava passando por reformas mas isso não tirava a beleza da mesma. Nessa praça, encontrava-se a Basílica de São Marcos e seus famosos cavalos. A vista de fora, já valia muito a pensa. Fiquei muito encantada com a beleza e riqueza de detalhes que a Basílica possuía. Ao lado dela, se encontrava o Palácio Ducale, ou, Palácio dos Doges, que serve de moradia para o governante de Veneza. Também deu para avistar da praça, a Ponte dos Suspiros, famosa por ser local de lamentos para ao prisioneiros que estavam a caminho da morte. Vista do Grande Canal Na praça de São Marcos, com a Basílica de São Marcos ao fundo Ponte Rialto As famosas gôndolas Eu gostaria muito de ter entrado na Basílica mas nesse dia específico, eu infelizmente fiz uma má escolha de sapato: fui de bota de cano curto e fino. Meus pés não aguentavam mais ficar muito tempo caminhando ou em pé. Fomos sentar perto do cais e descobrimos que do outro lado estava a Basílica de Nossa Senhora da Saúde. Desistimos de ir até lá, porque o barco que faria a travessia custava 15 euros! Dessa forma, ficamos a observar a beleza arquitetônica da igreja de longe. Estava aflita em pensar em caminhar todo o caminho de volta... então resolvemos pegar um ônibus aquático que nos deixaria na porta da estação . Compramos o bilhete, fomos para o cais e ficamos atentas a qual embarcação pegar. Fiz uma pergunta a um rapaz que parecia italiano, quando uma surpresa: um brasileiro! Subimos na embarcação e durante os 15 minutos seguintes, entramos em uma animada conversa, trocando figurinhas sobre a passagem pela Itália. Depois desse inesperado encontro, saltamos em frente a estação e voltamos para a hospedagem, antes passando pelo restaurante e jantando. Foi realmente uma péssima escolha de sapato, mas sendo bem sincera e talvez com medo de receber represálias, tenho que dizer que para mim, Veneza não foi tudo isso que eu esperava. A cidade não causou em mim tanto impacto. Ela é bonita e quase mágica, pelo fato de ser rodeada por água, mas de fato, foi uma das que menos gostei. *Valores: - passagem de trem ida e volta: 2,70 euros - comida: 26 - lembrancinhas: 13 euros - traghetto (ônibus aquático): 7,50 Total: 49,20 12° dia Terça feira 14/05/19 Verona Esse seria um dos melhores dias da viagem e essa cidade veio a ser a minha favorita. Famosa por ser a cidade que guardou a história de Romeu e Julieta. Estava muito animada para conhecer essa cidade. E lá vamos nós! Da estação de Verona até a parte histórica era um pouco longe mas a cidade era tão linda que isso não importou. E na estação, compramos o Verona Card, que consiste em um cartão que dava descontos e entrada gratuitas em vários monumentos. Passamos primeiro pela Arena, um mini coliseu...era pequeno mas bem melhor conservado. Usamos o cartão e passeamos por esse lugar fantástico! Depois fomos a casa de Julieta. O pátio é aberto e lá fica a estátua da Julieta. O local estava lotado e os turistas se dividiam em tirar fotos com a estátua e com as paredes com cartas dos enamorados e os cadeados com as iniciais dos namorados. Entramos na casa que hoje funciona um museu e claro que não poderia faltar a foto na sacada. Minha amiga resolveu ir ao teatro Romano, onde tem um museu com vários objetos datados da época da Roma antiga. E depois de caminhar muito, chegamos ao Castelvecchio. Um castelo de pedra belíssimo as margens de um rio. Só caminhar pelo areas do castelo já é uma experiência única mas entrar no museu é mais incrível ainda! Foi um dos melhores passeios que fizemos! Depois de conhecer essa cidade maravilhosa, voltamos a Veneza Mestre. *Valores: - comida: 20 euros - verona card: 18 euros - lembrancinhas: 10 euros Total: 48 euros 13° dia 15/05/19 Veneza Mestre Como Veneza não havia deixado uma grande marca em nós, resolvemos passear pela cidade de Veneza Mestre. Acordamos e pouco tempo depois, o rapaz da hospedagem chegou para nos servir o café da manhã. E que café da manhã! Pães, queijos, geleia, café, leite e etc e ainda tivemos o prazer de conversar com uma família argentina que também estava hospedada ali. Perguntamos ao dono da hospedagem se podíamos deixar as malas ali até a noite, porque o nosso trem só saia por volta das 19... e que bom que fomos atendidas... Depois do café, saiamos para caminhar a esmo por Veneza Mestre. Acabamos passando por algumas lojas e comprando algumas lembrancinhas... a manhã passou voando e achamos um lugar para almoçar... um lugar tão acolhedor que ficamos por lá cerca de duas horas. Após o almoço, continuamos a passear e voltamos no fim da tarde a hospedagem, onde subimos para pegar as malas e deixar a chave da hospedagem. Descemos com as malas para o restaurante e jantamos por lá. Nos despedimos das simpáticas donas do estabelecimento e partimos para a estação a fim de esperar o trem noturno para Paris. E que momento animador! Sempre quis viajar em um trem noturno. As passagens foram compradas pela empresa pela Rail Europe, com uma cabine para 3 mulheres. O trem era enorme! E no começo, houve um pequeno desentendimento em relação ao número de cabines, mas deu certo depois e acabamos dividindo uma cabine com uma simpática canadense. Recebemos de cortesia, champanhe, frutas etc. A cabine tinha 3 poltronas e um lavabo, apesar de pequena era muito confortável. Nossa amiga canadense foi a cabine de seu marido, enquanto minha amiga e eu resolvemos ver Bird Box. Após o filme, chamamos o atendente para organizar as camas. Dormir no trem foi bem mais confortável do que eu imaginava! Dormi como um bebê. “Amanhã estaríamos em Paris”, esse foi meu pensamento antes de dormir. *Valores: - comida: 30 euros - lembrancinhas: 10,50 Total: 40,50 euros 14° dia Paris 16/05 Dormi realmente muito bem no trem... pela manhã, tomamos café no vagão restaurante. Um tempo depois, saltamos na estação. O nosso destino era ir da Gare di Lyon a Gare du Nord. E eis que surgiu o pior momento da viagem. Eu já tinha ouvido falar que os franceses, em sua maioria, não falavam outra língua... portanto, aprendi algumas expressões em francês para não chegar falando logo em inglês. Mas não adiantou nada! Na estação os funcionários ou não falavam inglês ou falavam com um sotaque muito grande que não dava pra entender nada! Foi muito complicado descobri onde se pegava o metrô para podermos ir até a estação. Apesar do esforço e da simpatia, os franceses não foram nada solícitos. Após chegar a Gare du Nord, outro problema! Só poderíamos entrar na hospedagem as 14, e era bem mais cedo, portanto iríamos precisar guardar as malas no guarda volumes da estação. A questão foi que as pessoas nos deram informações contrárias e ficamos perambulando naquela estação enorme com as malas... uns 15 minutos depois finalmente achamos. Mas, os funcionários do guarda volumes também não eram nada simpáticos. Para guardar a mala, precisávamos de uma senha e tal... perguntamos como funcionava detalhadamente e a funcionária simplesmente nos ignorou! Depois descobrimos se precisávamos de moedas para colocar no cofre que seria nosso guarda volume e nós não tínhamos! Minha amiga teve que subir, comprar algo pra poder ter moedas... um sufoco!!! Finalmente quando trancamos as malas, fomos almoçar e resolvemos ao invés de passear, procurar logo a hospedagem, que não era tão perto da estação, para não ter que ficar perambulando com as malas. Lá fomos nós! Nesse momento, percebemos que nem todos os franceses são nojentos ... alguns deles foram muito gentis... quando achamos a hospedagem constatamos que ficava perto de um supermercado e compramos alguns lanches! Fomos a Igreja Sacré Coeur (ou igreja do sagrado coração). Que igreja espetacular! Ela fica acima de uma colina e como estávamos cansadas, decidimos apreciar apenas pelo lado de fora, já que ainda tínhamos um ligar a se visitar: Moulin Rouge! O cabaret mais famoso da história! E ele é lindo!!! Fiquei bastante contente, apesar de só poder vê-lo por fora... Já que para entrar, só pagando... e não era lá muito barato! Moulin Rouge Sacré Coeur Já era praticamente a hora de voltar a estação para pegar as malas... voltamos a estação, pegamos as malas e voltamos para a hospedagem. O quarto era ótimo! Espaçoso e ventilado. Uma curiosidade: me deu vontade de ir ao banheiro fazer o número 2. Depois de fazer, percebi que não tinha cesto pra jogar o papel e acabei jogando no vaso. Depois descobri que é exatamente assim que eles fazem na França ! Se coloca o papel no vaso. Essa fica como curiosidade meio nojenta... Depois dessa manhã muito movimentada, estávamos exaustas! Depois de tomar banho e nos deitar, fomos pensar no que faríamos da vida... Decidimos pedir um uber e ir até a torre Eiffel e vir voltando, vendo outras atrações a pé até voltar ao hotel. Eis que faço aqui uma sugestão: fiquem em um lugar próximo da área onde tem mais atrações mesmo que seja um pouco mais caro. Não foi o que fizemos. 😅 No carro, passamos na lateral do Louvre, não deu pra ver quase nada mas fiquei muito animada!!!!! Até porque a razão de eu ir a França era o museu. Mas a visita ficaria para o dia seguinte. Avistamos a torre de longe! E tenho que dizer que ela era surpreendente!!! Chegando lá fomos tirar várias fotos ao pé da torre e passeamos pelo Campo de Marte... não tínhamos a intenção de subir, portanto depois disso fomos ver outras atrações parisienses. Com o mapa em mãos, encontramos a mais famosa avenida de Paris: Champs Elyseé. Famosa por ser a via das mais famosas lojas do mundo! Mas para nós, o que importava era o que nos aguardava em umas de suas pontas: o Arco do Triunfo. Famoso monumento erguido por Napoleão. Chegando a outra ponta, nos deparamos com a Praça da Concórdia e os portões dos jardins das Tuilleries, que fica em frente ao Museu do Louvre. Passamos apenas na rua paralela. Fomos voltando a pé para o hotel e passamos também pela Praça Vendome, a praça mais luxuosa de Paris... nela se encontram várias lojas famosas e o Ritz: um dos hotéis mais conceituados e caros do mundo! Arco do Triunfo Já um pouco cansadas, voltamos caminhando por Paris, e entramos no restaurante perto da hospedagem a fim de comprar algo para jantar. Foi ai que de repente, percebi algumas meninas falando em português. Brasileiras em Paris!!! Encontramos um grupo de 3 amigas, onde 1 delas estava hospedada no mesmo local que nós! Foi uma festa só! Ficamos até bem tarde conversando sobre as viagens feitas até que o dono teve que nos avisar que ia fechar a parte do refeitório! 😅 Subimos e fomos organizar nossas coisas para o penúltimo dia na Europa. • Valores: - bilhete do trem: 9 euros - comida: 30 euros Total: 39 euros 15° dia Paris 17/05 Hoje tínhamos ganho uma nova companheira de viagem: uma das moças que estavam na mesma hospedagem que nós. Pegamos um uber e fomos a Igreja de Saint Sulpice. Fonte e uma das torres de Saint Sulpice Linha dourada que leva ao gnomon Há uma grande curiosidade em relação a essa igreja...a Terra é dividida por linhas imaginárias que a dividem, uma dessas linhas chama- se meridiano. E seu ponto central se chama Meridiano de Greenwich. Porém, o que muitas pessoas não sabem é que houve outro meridiano anterior: o de Paris. E este passava exatamente dentro da Saint Sulpice... e esse marco está assinalado com uma linha dourada no chão da igreja. Seguimos para lá e a primeira vista, a Igreja é impressionante pelo seu formato. Saint Sulpice tem duas torres ao invés de uma só. Quando entramos, percebemos que era bem maior do que imaginávamos. Alguns destaques da igreja: - suas torres - seu órgão gigantesco - a linha do meridiano - gnomon Fiquei tão encantada com o ambiente que o lugar me arrancou lágrimas... a atmosfera que Saint Sulpice tem é algo fora do comum! Não deixem de ir visita- la se passarem por Paris. Depois dessa incrível visita fomos passear por Paris... no meio do caminho, paramos para almoçar e foi então que provei algo que queria muito: macarron! Um doce típico. E é muito gostoso!!! Voltamos a caminhar para ir ao encontro da igreja de Notre Dame. Infelizmente, fomos na época em que houve um incêndio e a construção não poderia ser visitada. Paramos algumas ruas próximas e tiramos fotos com ela ao fundo. Foi realmente uma pena o acontecido. Foto com a torre da Notre Dame Na rua da igreja, achamos uma das sorveterias mais famosas da cidade luz: Amorino. O sorvete vem enfeitado com macarrons!! E sem falar que é muito gostoso! Um dos melhores sorvetes que já provei Nos despedimos da nossa nova amiga, depois de tirarmos belíssimas fotos pelas ruas de Paris e nos dirigimos para a maior atração de todas: o Louvre. Há muito, esse museu me encanta... e não só pela famosa Monalisa. Eu estava muito animada!!! Tão animada e feliz pela possibilidade de entrar no Louvre que assim que entramos e nos deparamos com as pirâmides de vidro, comecei a chorar! Foi indescritível a sensação! Depois do choro, me tornei a alegria em pessoa Entramos na fila e entramos no museu. Conseguimos um mapa e tentamos nos orientar entre as diversas alas e salas que compõem o museu. Procuramos em primeiro lugar, pela grande galeria, que é onde se encontra a Monalisa. Fiquei impressionada ao ver o tamanho do quadro... é bem pequeno! Apesar de já saber desse fato, fiquei um pouco surpresa. A grande galeria guarda outras obras como: A Madona das Rochas, A Liberdade guiando o povo e A coroação de Napoleão... O Louvre é enorme, então nem pense que dá pra ver tudo! Após ver os quadros que queria ver, sentamos para descansar em banco dentro da sala que representava uma sala do rei Luiz XIV. A Madona das Rochas A liberdade guiando o povo Depois de um merecido descanso fomos procurar a galeria que mais queríamos ver: a egípcia. Qual grande foi a nossa decepção ao descobrir que naquele dia , a galeria egípcia estava fechada. 😢 Após passar a tarde inteira no Louvre (uma das melhores tardes da minha vida) voltamos a hospedagem para jantar e organizar todas as nossas coisas pois o dia seguinte seria o dia de nossa volta. *Valores - comida: 30 euros 16° dia Paris 18/05 Nosso último dia na Europa... acordamos por volta das 7. E fomos rapidinho comprar mais algumas lembrancinhas... nos despedimos das meninas, pedimos um uber e partimos para o aeroporto. Despachamos as malas, almoçamos e em pouco tempo depois pegamos o avião e algumas horas depois, estávamos em terras brasileiras. Cheguei ao país, sem acreditar na sorte que tive de realizar a viagem dos meus sonhos. Agradeço de coração a todos que leram o relato! Muito obrigada!
  13. Fomos para Portugal explorar suas belezas e também sua tão famosa comida. Fomos atrás do bacalhau! Mmmm só de lembrar... Passamos por Lisboa, Sintra e Porto e registramos tudo em nosso canal no Youtube. Nos vídeos você vai encontrar dicas do que fazer, quais pontos turísticos visitar (com preço atualizado) e também onde comer (com preço atualizado). Esperamos que goste! Ahhh, e se tiver alguma dúvida ou precisar de mais dicas, fale conosco comentando nos vídeos (no Youtube) ou enviando direct em nosso Instagram: https://www.instagram.com/ossaboresdomundo/ Aqui está o link para assistir no Youtube:
  14. Primeira Eurotrip: 21 dias na Itália (Roma-Florença-Veneza-Milao) com esposa gestante Olá pessoal, Meu grande sonho de viagem sempre foi a Europa. Ano após ano algo acontecia que me impedia de conhecer um pedacinho do Velho Continente, mas finalmente no final de 2017 pude colocar os pés lá em grande estilo. Começamos pela Itália, onde ficamos 21 dias andando e comendo por lugares maravilhosos. Roteiro: Roma – 8 dias; Florença – 6 dias; Veneza – 3 dias; Milão – 3 dias; Preparação: Passagens: Tap saindo de BH com conexão em Lisboa. Saiu caro, em torno de 4000 reais ida e volta por pessoa. Procurei por muito tempo promoção mas não achei. Na ida conseguimos umas 12 horas de conexão, o que nos permitiu um tempo para explorar alguns pontos de Lisboa. Passagens de trem: todas compradas no site da trenitalia com cerca de 3 meses de antecedência. Os trechos saíram entre 20-30 euros aproximadamente. Hospedagens: todas pelo Airbnb, pelo preço mais em conta e pela comodidade de pagar e parcelar no cartão de crédito. O critério de escolha, além do preço, era localidade próxima às estações de metrô/trem. Roma: https://www.airbnb.com.br/rooms/11174608 Ficamos nesse simpático apartamento pertíssimo de Roma Termini. O Sr Franco. dono do apartamento é fantástico, nos comunicamos entre português e italiano (ele não fala inglês) mas foi bem tranquilo. E nos dava um bom café da manhã todos os dias. A região não é das mais bem encaradas, mas foi bem tranquilo de andar todos os dias. Florença: https://www.airbnb.com.br/rooms/7604862 A melhor hospedagem da viagem. Um verdadeiro Bed and Breakfast com bom café da manhã e não somente torradas e um suco de caixinha. Vale muito a pena. Fica a 5 minutinhos da estação Santa Maria Novella. Veneza: https://www.airbnb.com.br/rooms/891441 Veneza é tudo absurdamente caro. Essa é a única hospedagem que não recomendo. Apesar de ficar relativamente perto da estação Venezia Santa Lucia, o quarto tem um cheiro de mofo grande e o banheiro é compartilhado. A vista da janela da sala, no entanto, é espetacular. Milão: https://www.airbnb.com.br/rooms/2944362 Ótima hospedagem em Mião, muito bem localizada, na porta de uma estação de metrô. Nada a reclamar Dinheiro: dessa vez levamos apenas dinheiro, para não cometer o mesmo erro de quando rodamos a América do Sul (levamos pouco dinheiro e toda hora precisávamos sacar num caixa eletrônico pagando absurdo de taxas). Levamos 2300 euros em espécie, sendo que gastamos 1600 euros (esse dinheiro foi gasto com os gastos do dia a dia, que incluem ingressos a atrações, passagens de ônibus, trens ou metros que pagamos na hora e alimentação). Ingressos comprados antecipadamente: em alguns locais na Itália é extremamente importante comprar os ingressos antecipadamente, para furar fila e evitar perda de tempo desnecessárias. Foi o caso nos seguintes locais: 1-Última Ceia em Milão: o mais difícil de comprar, pois depende da abertura da venda no site oficial e acaba com poucas horas. Normalmente eles abrem, se não em engano, 2 a 3 meses de antecedência. Não existe venda no local na hora. 2-Galleria Uffizi e Galerria Dell´Academia em Florença: nesses até que a fila para comprar na hora não estava tao grande, mas de qualquer modo não perdemos tempo nenhum. 3-Museu Vaticano em Roma: essencial, a fila para comprar na hora estava gigantesca, e o Museu é enorme, fica-se 6 horas tranquilamente lá dentro. Seguros de Viagem: fiz no Seguros-Promo o seguro da Assist em torno de R$250,00 para duas pessoas. Nao utilizamos então não sei avaliar. Questões relacionadas à gravidez: em geral foi bem tranquilo. Quando viajamos minha esposa estava com 25 semanas, então nem precisava de atestado médico, mas levamos por precaução. Levamos também uma farmacinha básica (remédio para cólica, enjoo, dor) e procuramos seguir um ritmo mais lento nas andanças do dia a dia (nem tão lento assim). Duas situações mais importantes aconteceram: ela não se adaptou à agua de lá. Parece que a água da Italia tem uma composição diferente da nossa, é mais “pesada” e isso lhe dava muito enjoo. Custamos achar uma marca de água mineral que não lhe causasse mal estar (a marca é “levíssima”). E ela, por incrível que pareça, não se adaptou muito à comida de lá. Várias vezes tinha refluxo quando comia pizza ou massa. Então procurávamos mais pratos com peixes, carnes e legumes. Fora isso, o restante foi bem tranquilo. Dito tudo isso, vamos ao roteiro do dia a dia. 29/10/17 – Dia 1 – Lisboa. Chegamos em Lisboa em torno de 5 horas da manhã e pegamos a fila prioritária da imigração (viva a gravidez, rs). O fiscal só perguntou o que iriamos fazer na Itália e já carimbou. Não pediu nenhum documento. Compramos um chip de 10 euros da Vodafone que nos foi suficiente para a viagem inteira e ficamos esperando a cidade amanhecer. Pegamos um uber e fomos ao primeiro destino do dia: Castelo de São Jorge. Muito bonito, bem conservado e com uma pela vista de Lisboa. Ótimo lugar para visitar primeiro e dar uma boa situada na cidade. (Obs: em Lisboa rodamos apenas de uber, bem tranquilo de usar, nenhuma corrida passou dos 10 euros). De lá descemos a pé até a praça do Comércio, parando em alguns miradouros da cidade. A praça é linda, estava bem cheia, e deu para colocar os pés no Rio Tejo, de onde há alguns séculos saiam embarcações para todo o mundo. Incrível! Após algum tempo admirando o lugar fomos de uber até o Mosteiro dos Jerônimos, que é estupendo. Sua beleza, arquitetura, inigualáveis. Ficamos um bom tempo na fila esperando para entrar. Aproveitamos para passar na igreja ao lado onde estão os restos mortais de Vasco da Gama e Luis de Camões. Após o Mosteiro paramos para almoçar num restaurante “pega turista”: bacalhau ruim e caro. Mas não tínhamos pesquisado restaurantes em Lisboa. Em frente ao Mosteiro tem uma bela praça com um belo jardim e caminhando por ele você chega até o Marco do Descobrimento, um monumento erguido em homenagem às grandes navegações. Você sobe um elevador e vai até o topo. Dá uma vertigem danada, mas é outra visão estupenda da cidade que você tem. Muito bacana! Iria ainda na Torre de Belém mas pelo horário já não era mais permitido a entrada. Caminhamos então em direção ao Mosteiro dos Jerônimos e fomos comer os famosos pasteis de Belém! Muito gostosos, saborosos. Compramos bastante para comermos em Roma também. Ficamos na praça em frente curtindo o movimento e esperando o horário de voltar ao aeroporto para terminarmos de chegar a Roma. Impressão geral de Lisboa: foram poucas horas para ter alguma impressão, mas gostei muito do que vi: cidade limpa, organizada e bem arborizada. Portugal como um todo tem sido redescoberto pelo turismo mundial e isso se reflete na quantidade enorme de turistas em todo o lugar. Com certeza voltaremos com mais tempo para conhecer com calma. No fim o vôo atrasou e só chegamos em Roma mais de 01:00hs, precisamos rachar um taxi (já que não tinha mais opção de trem ou ônibus até Roma Termini). Se não me engano o taxi saiu 20 euros por pessoa. 30/01/17 – Dia 2 – Roma 1ªDia na Itália, começamos leve, para irmos nos habituando aos poucos. Fomos andando até a Piazza De lla Republica, que é muito bonita e enorme. Local bacana para tirar umas primeiras fotos e já sentir um pouco do que é a Roma de prédios enormes e antigos. Na própria praça tem a Basilica Santa Maria Degli Angeli. Por fora você não dá muita coisa mas por dentro, nossa, é impressionante. Foi a primeira igreja que visitamos mas já ficamos muito impressionados. O tamanho, beleza das pinturas, das decorações, é incrível. Em Roma é muito comum o reaproveitamento de construções da época do império romano. É o caso dessa basílica, que na época do império era um termas e foi transformada em igreja na idade média. Muito interessante. De lá ainda fomos até a Basílica Santa Maria Maggiore, passando em frente ao teatro Della Opera. Tinha uma fila básica para entrar pois deve-se passar bolsas e mochilas nos detectores de metais. Aliás, vale uma observação: em diversos locais na Itália vimos o exército nas ruas, principalmente em pontos muito turísticos. Parece que o alerta contra o terrorismo está no máximo lá. Outra basílica espetacular, pelo tamanho, imponência, riqueza de detalhes. É tudo muito grandioso, como não estamos acostumados a ver aqui no Brasil. Mas a igreja mais bonita do dia, na nossa opinião, foi a Basilica Santa Prassede. É uma igreja bem menor, com uma entrada bem discreta numa rua lateral, bem menos conhecida, mas com ricos mosaicos na parede. No momento que estávamos lá tinha alguém tocando o órgão o que tornou a visita ainda mais especial. É simplesmente fantástico. Voltamos até o Roma Termini para almoçar no Mercado Centrale, que é um mercado novo bem bacana dentro da estação. Aproveitamos também para comprar o Roma Pass de 72 horas (38,50 euros). Voltamos ao apê para descansar um pouco e no final da tarde seguimos para a Fontana di Trevi. Sempre falam que deve-se vê-la de manhã e à noite e realmente é muito diferente, mas igualmente linda. Pena que fica sempre tao cheio, mas devagarinho conseguimos chegar na beirada dela. Ainda andamos um pouco pelos arredores da Fontana e arrumamos um lugar para comer nossa primeira pizza italiana (essa era ok).
  15. Olá galera, Fiz uma viagem para Europa em Feveiro de 2018 e fiquei 60 dias por la. Dividi a viagem em 2 partes, uma com a família e outra sozinho. Estou compartilhando aqui algumas informações uma vez que o grupo me ajudou muito nessa jornada. Vou publicar em duas partes para não ficar muito longo. TRANSPORTE VOO SALVADOR – BARCELONA c/ stopover em Lisboa (TAP) – R$1.124,00 VOO MILÃO – Salvador com Stopover em Porto (TAP) – R$824,00 VOO BARCELONA – NAPOLES (RYANAIR) - R82,00 TREM NAPOLES– ROMA (TRENITALIA) – R$60,00 TREM ROMA – MILÃO (TRENITALIA) – R$148,00 VOO MILÃO – PARIS (RYANAIR) – R$90,00 BUS PARIS – BASEL (FLIXBUS) – R$81,00 TOTAL = R$2.409 + R$400,00 ( Transfer p/ Hotel) = R$2.809,00 HOSPEDAGEM – apartamento c/ cozinha em todas as cidades (exceto Nápoles) – Valor da diária/pessoa. LISBOA – R$61,50 BARCELONA – R$ 77,00 NAPOLES - R$80,00 ROMA - R$81,00 MILÃO – R$88,00 PARIS – R$95,00 SUIÇA – Casa da Familia =p TOTAL = R$1.356,00 TOTAL TRANSPORTE + HOSPEDAGEM = 4.165,00 OUTROS GASTOS: Lisboa Card/72h– R$190,00 bilhete T10 Barça – R$ 44,49 Camp Nou Experience – R$104,42 Sagrada Familia - R$86,26 Parque Güell – R$31,78 (tem opção gratuita) Tour Napoles-Pompeia R$152,00 Roma Pass – R$131,00 Paris Visite 3 dias - 108,96 Boat Station Thun-Interlaken - R$230,00 Top of Europe-Kleine Scheidegg-Grindenwald – R$850,00 (Não Fiz) O QUE MAIS GOSTEI? Barcelona é incrível demais, voltaria no verão para ficar no mínimo uma semana. Lisboa eu adorei pois me lembrou muito minha cidade (Salvador) e os preços bem em conta. Paris o que mais gostei foram os brechós com peças de 1 euro, no mais a cidade é encantadora, mas não voltaria, apesar de saber que tem muita coisa a oferecer. O QUE NÃO GOSTEI? A Itália em geral, principalmente na caótica napoles, tinha até tanque de guerra na rua. Eu achei a galera meio trambiqueira, queriam me subornar no aeroporto e etc. Mas foi onde comi mais, melhor, gostoso e barato. Claro! Suiça é muito cara, é linda demais, acabei gastando pouco porque tenho família lá, mas é muito caro, muito! Achei muito pega turista a maioria dos museus na Europa, é preciso selecionar bem onde quer ir, qualquer coisa que você visita é 15/25 euros e as vezes a sensação que tive era de muito custo para pouca coisa, tirando a muvuca de gente em alguns locais, como o Louvre. OBS 1:Da Suíça continuei sozinho a viagem que vou escrever em breve. OBS 2: Recomendo muito os voos da TAP com stopover, que é um tipo de conexão “voluntária”, uma parada numa determinada cidade de alguns dias. Escolhi Lisboa na ida e Porto na volta. OBS 3: Encontrei preços ótimos de voos com a Ryanair, mas se atente para as bagagens, os valores promocionais não dão direito a despachar bagagem. Eu consegui viajar europa apenas com bagagem de mão (1 mochila de 45L + uma bolsa de 15L). Quem viajar em grupo uma dica que dou é a cada 2 ou 3 pessoas tentar despachar so uma bagagem e levar o restante nas bagagens de mão. Outro detalhe é que as vezes o aeroporto fica muito longe da cidade (no caso de Paris) e acabamos pagando o mesmo preço praticamente de um transfer, que ainda assim compensou. OBS 4: Não fiquei na paranoia de visitar todos os moseus e etc. nem é minha vibe, gosto de circular pela cidade. Os city pass das cidades eu comprei por causa da comodidade que estava com a família e usamos muito o transporte público. Mas faça os cálculos para saber se compensa mesmo. OBS 5: Senti muito não ter feito a região da Florença, mas no consenso familiar Paris e Suiça eram prioridades. Além disso, o voo de Milão para Paris estava super barato, compensava ir pra lá. OBS 6: Bons valores eu achei por ser na baixa temporada, inverno. Tem os pros e contras. Por exemplo, não tomei banho de mar, nem em Portugal, nem em Barcelona. 80% dos dias na viagem estavam nublados. OBS 7: Na Suiça queria ter rodado o país de trem, mas como estava em Família, foi mais um trecho da viagem de curtir outra vibe mesmo. Quem estiver indo por la, pesquise sobre o Swiss Pass. OBS 8: Sobre as hospedagens, acabei gastando pouco pois dividir o apartamento com outras pessoas. Achei bons preços por causa da época, baixa estação. Pesquisei muito e é preciso se ligar na localização das ofertas. Geralmente por sorte eu achei boas hospedagens com boas localizações, com exceção de Roma e Paris. OBS 9: Para hospedagem utilizei o booking.com e o airbnb.com . Já para as passagens utilizei o skyscanner. Alguns blogs que recomendo e que aproveitei muito as informações: https://www.mochileiros.com https://www.viajenaviagem.com https://www.360meridianos.com https://mochilaobarato.com.br https://ilovetrip.com.br Quem quiser visitar, minha pagina no instagram, lá tem outras fotos dessa viagem e outros rolês que fiz. https://www.instagram.com/xdan.trips Próxima parte tem: Amsterdam, Berlim, Praga, Cracovia, Budapeste, Sarajevo, Zagreb e Porto.
  16. Se você está em duvidas onde se hospedar em Lisboa, saiba que está é uma cidade incrível e cm bastante opções. Muitos bairros recheados de personalidade, atrações turísticas interessantes e vida noturna vibrante. Embora em uma olhada inicial no mapa da cidade, Lisboa possa parecer uma cidade grande e extensa, na prática as coisas são diferente. Os principais bairros turísticos estão contidos numa área relativamente compacta. Desta forma, são nestas localidades turísticos que a a maioria dos visitantes vai querer estar hospedado durante a sua estadia. Sendo assim, o Na Viagem de Viajar, irá mastigar mais este destino da Europa para você... Veja mais: https://naviagemdeviajar.com.br/onde-se-hospedar-em-lisboa /
  17. Oii pessoal... Alguém indo para Portugal na mesmo época que eu, ou aproximada ? Vou dia 26/10 e volto para o Brasil em 10/11. Estou procurando companhia!! Obrigada! Bjoos
  18. Torvic

    Imigração

    Olá! Por favor, ajudem um marinheiro de primeira viagem! Eu vou viajar para a Europa na próxima semana para passar 30 dias em Portugal e Espanha, com duas conexões em Amsterdã. Está praticamente tudo pronto para viajar. Não tive preocupação com a imigração antes porque nunca ouvi falar de alguém barrado na imigração de Lisboa (destino) ou de Amsterdã (conexão) - não sei em qual dos dois eu vou ter que passar pela imigração. Contudo, para procurar chifre em cabeça de cavalo, acessei o site do Ministério das Relações Exteriores para saber se era recomendável levar alguma coisa. Tenho quase tudo, exceto a comprovação de renda nos valores indicados. A imigração de Amsterdã exige que eu tenha 40 euros por dia de permanência, mas eu não vou levar esse dinheiro todo. Daí diz no site que pode levar extrato bancário ou comprovação de limite de cartão emitido pelo próprio banco (não pode pela internet). Mas meu cartão é Nubank... 😅 Enfim, devo me preocupar com isso? Eu pretendo levar o máximo de papelada para comprovar renda, emprego, reservas e passagens. Alguém já teve problemas com a imigração de Lisboa ou de Amsterdã?
  19. Olá, mochileiros! Quero tirar uma dúvida com vocês... Semana que vem farei uma viagem e estou preocupada com o tempo curto de escala que a Tap Air Portugal me disponibilizou. Irei somente com mala de mão e meu voo sai de Brasília para Londres, com escala de 50 minutos em Lisboa, no Terminal 1. Como farei a imigração somente no Reino Unido, esse tempo é suficiente para troca de voo? Tentei entrar em contato por telefone com a companhia, mas ainda não tive sucesso. Alguém já conseguiu embarcar em Lisboa para Londres nesse tempo? O que vocês acham?
  20. Oiii gente, sou nova aqui no mochileiros. Tenho uma viagem marcada para Lisboa chegarei lá dia 22/05 (saio de SP dia 21/05) e retorno no dia 04/06. Gostaria de companhia para os passeios , pois infelizmente meus amigos que estariam me esperando, tiverem que vir para o Brasil inesperadamente ...
  21. Olá pessoal, estou planejando uma viagem para Portugal com minha mãe, a ideia era ir agora em maio mas terei que adiar, talvez até para o ano que vem. Já fiz uma viagem para a Europa em maio e adorei o clima, então gostaria de ir na mesma época dessa vez, entre o mês maio e comecinho de junho. Porém devido ao meu trabalho, esse dois meses ficarão complicado de eu sair para viajar nesse ano e talvez até no próximo. Pensei como alternativa o mês de setembro, já é um pouco fora da alta estação e o clima acho que ainda está bom, qual a melhor época que vocês acham melhor ir para Portugal? Ainda não vi preço de passagem, hotel, nada. Estou definindo primeiro os lugares que quero visitar para depois ver preços e avaliar se questão de grana, etc. Dito isso, meu roteiro está assim: Dia 1 - Viagem para Lisboa Dia 2 - Lisboa (Baixa, Castelo de São Jorge e Alfama) Dia 3 - Bate e volta para Sintra Dia 4 - Lisboa (Belém, Chiado e Bairro Alto) Dia 5 - Bate e volta para Óbidos Dia 6 - Lisboa (Parque das Nações e deixar o resto do dia livre para visitar as atrações que por ventura não tenha dado tempo nos dias anteriores) Dia 7 - Ir para Fátima de manhã e conhecer o Santuário Dia 8 - Bate e volta para Mosteiro de Batalha Dia 9 - Ir de manhã para Coimbra Dia 10 - Ir de tarde/noite ao Porto Dia 11 - Porto (Ribeira, Aliados, Praça da Liberdade e Rua Santa Catarina) Dia 12 - Bate e volta para Braga Dia 13 - Porto (Ponte de Dom Luis I, Vila Nova de Gaia e tour de barco pelo Rio Douro) Dia 14 - Bate e volta para Guimarães Dia 15 - Ir de manhã para Santiago de Compostela Dia 16 - Santiago de Compostela Dia 17 - Voltar de manhã ao Porto (hospedar perto do aeroporto) Dia 18 - Voltar para o Brasil Como vou com minha mãe e será a primeira viagem dela para a Europa, estou preocupado se ela vai aguentar o ritmo. Se precisar tirar ou modificar alguns dias, penso em fazê-lo nessa ordem, o que acham? 1- Ir de manhã para Santiago de Compostela e voltar no dia seguinte de noite ao Porto. 2- Tirar Coimbra do roteiro, ir de Fátima direto para Porto 3- Tirar o último dia em Lisboa 4- Tirar o bate e volta para Batalha Qual desses seria indispensável? Em Lisboa estou pensando em fazer o Lisboa Card 72 horas já que dá transporte ilimitado e entrada gratuita no Mosteiro dos Jerônimos e Torre de Belém, vale a pena? Alguém sabe como faço para ver o preço do ônibus de Fátima para Batalha pela Rodoviária do Tejo? E é possível comprar antecipadamente pelo site? No site deles só consigo ver os horários. Parece ser a única cia que faz o trajeto. Valeu!
  22. Aqui estão reunidas nossas experiências cometíveis por terras Lusas . Acompanhe tbm nossas viagens pelo Instagram/ Facebook @polymsousa. Come-se mto bem e com preços mto bons em Portugal. A comida é deliciosa e barata em relação a SP. Por ex: sopa + prato de bacalhau sai em torno de 15 reais por pessoa. DICA 1: peça pratos para 1 e divida, as porções costumam ser grandes. Assim é possível pedir entrada, prato principal e sobremesa e ter uma degustação total sem gastar tanto. Os valores são mto parecidos com o que vc gastaria no Brasil comendo arroz e feijão, porém lá vc come bacalhau kkkkk. DICA 2: geralmente fazemos compensações, então se um dia esbanjamos um pouco mais com alimentação no outro seguramos a onda e seguimos o baile. DICA 3: Vc encontra os cardápios com valores de todos os restaurantes no site Zomato. DICA 4: se não quiser o couvert (pães e patês) é só não mexer que não será cobrado. Vamos lá: LISBOA -Restaurante Costa Vicentina: ambiente aconchegante, atendimento excelente feito por brasileiros rsrs. Nos receberam com um vinho do Porto! Eles são especializados em comida portuguesa então pedimos pratos com frutos do mar: Gamba Aguille (camarão alho e óleo) + Cataplana de Mariscos + sobremesa Sericaia (lembra um curau) + taça de vinho verde. Tudo delicioso e muito delicado. -Landeau: onde tem o famoso bolo de chocolate. Tipo um bolo-mousse realmente delicioso. Fomos na unidade da LX Factory mas tem tbm no Baixa-Chiado. -Restaurante Frade dos Mares: Um ritual gastronômico! Pedimos a sugestão do chef e fomos muito felizes kkkkk: folhado de leite de cabra com doce de frutas vermelhas (couvert) + mexilhões com manteiga de ervas (entrada) + Camarão alho e óleo (entrada) + Polvo a Lagareiro (principal) + Entrecôte maturado (principal) + Leite-creme folhado com abacaxi ao vinho do Porto e sorvete (sobremesa) e ainda um vinho branco delicioso. Meuuu Deus, pensa numa riqueza! Maravilhoso! Se não bastasse, o atendimento é primoroso e rápido e a música ambiente dá um clima. Super romântico. Recomendo muito! Áh lá precisa reservar pq são poucas mesas. Vá, sério. -Fábrica da Nata (no bairro Restauradores). Lindo ambiente com azulejos portugueses, preparação dos pastéis visível (o que é mto legal, pois se torna uma experiência), ótimo atendimento. No teto estão em movimento forma de pasteis de nata que parecem ter saído do forno, mas é só decorativo kkk. Comemos pão com queijo da serra da estrela e presunto Parma + bolinho de bacalhau + croquete de vitela + pastel de nata com vinho do Porto. Não sabia que faziam essa combinação de pastel e vinho, amamos!!!! Td delicioso mas o pastel de nata quentinho e cremoso foi demais! -Restaurante Nepalês Himchuli: nunca tínhamos visto comida do Nepal. Pedimos indicação de pratos típicos e veio de entrada ‘papada’ tipo uma torrada com 3 molhinhos. De prato principal um cozido de frango com especiarias e guioza. Tava muito gostoso, o ambiente é todo decorado, tem vela na mesa. O garçom não conseguia entender português e tivemos que fazer o pedido em inglês (hummmm phyna kkkk) e deu td certo kkkkk. -Alcoa (doces conventuais): São doces típicos portugueses em q a base é gema e açúcar. A história desses doces é interessante e data do séc. XV: as freiras usavam as claras para engomar roupas e como as gemas sobravam começaram a produzir doces com eles (por isso conventual). O Alcoa é especializado nesses doces desde 1957 e seguindo a tradição ainda o fazem em tachos de cobre. Vários doces deles são premiados. Pega essa: o Coroa de Baronesa feito por eles foi a sobremesa do Papa quando visitou Portugal, pira? Provamos 6 doces premiados, incluindo o do papa kkkk. São deliciosos e uma obra de arte. Se quer algo menos doce aposte no Ovos do Paraíso. Áhh sabe quem tbm estava lá? Willian Bonner e família! Chupa essa manga kkkkk -Restaurante Cantinho do Avillez: faz parte do grupo de restaurantes do chef José Avillez e este é de comida portuguesa com influência de viagens, achamos mto interessante o conceito. Pedimos Tartar de atum e Ovos à Professor do séc XXI, kkkk deliciosos. Depois Vieiras e Tagine de Cordeiro. Por fim, sobremesa de Avelã e Cheesecake de framboesa. Tudo é muito delicado e delicioso. O vinho é escolhido com um tablet que contém as informações do vinho e com que comida do restaurante combina, mto legal! Pedimos vinho verde e um vinho tinto q eles estão desenvolvendo. Jantar demais!!!! -Pastéis de Belém (o de Belém de fato rsrs): Esse é o clássico e original desde 1837. Sabia que só eles podem usar o termo “pastel de belém”? É marca registrada. Como a receita é secreta é um pouco diferente dos pastéis de nata dos outros lugares. São deliciosos tbm e não pode sair de Portugal sem provar! Tomamos tbm um galão (café com leite) e um chocolate quente que dá vontade de comer de colher! -Pop Cereal Café: estávamos mto curiosos pra experimentar por ser super novidade pra gente. O ambiente é td decorado com histórias em quadrinhos, colorido e mtas caixas de cereais. Tem mais de 100 tipos de cereais entre nacionais e importados. A graça é combinar os cereais, adicionar os toppings, escolher o leite e desfrutar. Como são mtas opções resolvemos pedir as preparações indicadas no cardápio. Pedimos o King Coco e o Heaven is made of chocolate e acrescentamos sorvete de nata kkkk. Cara, q massa!!! Uma delícia, super anos 90, nostalgia total mto legal. Atendimento primoroso! Tem que ir. SINTRA -Byron Bar: a entrada do bar fica embaixo e não é mto óbvia mas tenha fé que vai dar certo kkk, tem uma seta apontando para a entrada. O nome é em homenagem a um poeta que visitou a cidade no séc XIX e por ter gostado mto escreveu sobre Sintra. Começamos com um chocolate quente pra tirar a friagem kkk delícia. Experimentamos bolinho de bacalhau e as especialidades da casa: os travesseiros de Sintra e as queijadas. Tudo feito por eles, uma delícia e ainda olhando para a praça onde fica o Palácio Nacional. Finalizamos com o doce Dona Amélia que só tem na região dos Açores e tbm mto bom e experimentamos a Ginginha de Óbidos (bebida bem docinha feita com uma espécie de cereja). Dica: lá o valor das coisas são bem melhores que nos outros restaurantes. -Casa Piriquita: A casa existe desde 1862 e produz desde então os tradicionais Travesseiros de Sintra. Tem que provar! Experimentamos tbm outros doces especialidades deles como Cruz Alta, Joaninha, Queijada, Pastel de Sintra. Deliciosos. Separe um momento para essa experiência gastronômica em Sintra. Áhhh como a casa estava tranqüila pedimos para entrar na cozinha! Vimos a arte acontecendo e ainda conhecemos a família dos "Piriquitos", a Casa foi passando de geração em geração, mto legal! PORTO -Leitaria Quinta do Paço: famosa pelos seus Eclaires. O que que é isso Brasil? São mto delicados, equilibrados no doce e deliciosos! Pra conseguir provar vários sabores pedimos os miniaturas para compartilhar e depois os normais msm kkkk. Meu preferido foi o crocante!!! O chantily são eles que fazem tbm. Os cafés são de marca própria, tem um até com maçã! Experimente! -Amarelo Torradas: e suas maravilhosas torradas kkkkk. O local é mto charmoso e delicado. As torradas deram a fama ao lugar e não é pra menos: pedimos torrada com avelã e outra com cereais, vem quentinha, com manteiguinha derretida, crocante por fora, macia por dentro, ahhhhh tem que provar. Ainda acompanha geléia e nutella. Mas não se engane, não são só as torradas q são demais, o bolo-mousse de chocolate tbm é incrível. -Hungry Biker: Um restaurante com conceito mto jovem e decoração em torno das bikes. Fomos atendidos pela Maria que é russa e está aprendendo português. Mto simpática e divertida. Pedimos um brunch e um almoço. O brunch vem com ovos mexidos, presunto parma, pão, feijão (diferente né? Mas delicioso). O almoço vem mexilhões, salada, pão , sopa e acompanha vinho. Estava uma delícia e os ingredientes de qualidade. Amamos, vale mto a pena e ainda aproveite para uma troca cultural com a Maria. -Confeitaria Petúlia: Vimos vídeos sobre eles e a fama do bolo-rei (no fim do ano formam-se filas para comprar o famoso bolo). É uma confeitaria de 1972 com atendimento mto bom. Como ainda não tínhamos experimentado pedimos a Francesinha, prato típico do Porto. Existem várias formas de fazer francesinha, essa leva pão, queijo, embutidos, carne (de porco ou boi), queijo por cima derretendo e molho levemente picante. Ainda acompanha batata frita (passa a batata frita no molhinho pra vc ver). Tomamos uma cerveja Super Bock (eles disseram que era a combinação ideal kkk). O prato é bem servido viu!!! Pra finalizar pedimos o Bolo-Rei. É como se fosse um panetone mas com mais frutas cristalizadas (como laranja, cereja) e castanhas. Sensacional. Adoramos! -Padaria Ribeiro: existente desde 1878. Atendimento mto simpático. Como é uma padaria tradicional pedimos uma degustação das especialidades da casa. Começamos pelos salgados: bolinho de bacalhau, croquete, empada, pastel de chaves. Gente, os salgados de vitela e o bolinho de bacalhau são fabulosos. Depois pedimos a degustação dos doces kkkkk e vieram em miniatura (Thanks God, assim podemos comer mais opções kkkk). Mto bons, deliciosos, equilibrados no açúcar e com um cafezinho fecha com chave de ouro. -Café Piolho: Restaurante tradicional e popular entre os universitários da época da ditadura. Tds se conheciam e falavam de política, porém qdo alguém diferente entrava eles faziam sinal coçando a cabeça pra indicar q podia ser alguém da ditadura. E assim ficou conhecido como café Piolho kkkk. E lá comemos um Bacalhau com natas maravilhoso e uma sopa de legumes. -Petisqueira Voltaria: O local é bem pequeno, tem entre 4 e 5 mesas, mas o atendimento é tão caloroso e a comida é tão saborosa que te aconselho a ir sim!! Começamos com uma sangria... azul! Feita com espumante português azul e frutas vermelhas..uauu delícia. De entrada pedimos bolinho de alheira (alheira é um embutido português) super bem temperado, delicioso. De prato um bacalhau a Braz mto gostoso. Áh observe que lá por ser um local pequeno não fazem fritura, usam o forno nas preparações (e ainda fica saudável, olha só kkk). Pra fechar pedimos um Natas do Céu, creme com bolacha que vc vai pegando as camadas de colher...aprovadíssimo! E além de td tem a simpatia do Hugo e da Fátima... dê umas risadas com ele! -Restaurante Raiz: o restaurante é lindo e conta com 4 andares. Mto aconchegante e romântico à luz de velas. O atendimento é excelente e o Miguel, que nos atendeu, ao explicar os pratos correlacionava com a história de Porto e Portugal. Aliás, eles valorizam suas tradições e recriaram pratos utilizando ingredientes da culinária portuguesa, além de trazerem de volta pratos que haviam sido esquecidos. Pedimos alheiras (vem com ovo de codorna em cima que é a coisa mais linda), é uma explosão de sabores. Depois, Tiborna de Salmão com temperos intensos mas mais suaves que a alheira...pelo amor de Deus, é divino. O tiborna de salmão é um prato que era tradicional no sul do país e eles resgataram. E como principal Bacalhau com crosta de broa e mel...ahhh gente, é pra fechar com chave de ouro nossa experiência em Porto. De sobremesa um pudim de batata-doce com laranja em calda. Uau que combinação o cítrico da laranja com o doce da batata, bom demais! BRAGA -Nata Lisboa (em Braga kkk): local mto aconchegante e atendimento mto atencioso msm estando super cheio na hora que fomos. Pedimos uma Tábua Ibérica (uiiii rsrs) com frios e pães deliciosos. Não tem ainda no cardápio pois é novo e foi sugestão deles. Aprovado! Acompanhado de sangria com vinho do Porto rosê (pensa num povo que quer experimentar td nessa vida kkkkk). E pra adoçar nada de inovar: vamos no famoso pastel de nata kkkk... quentinho com café...áhhhh não tem coisa melhor. COIMBRA -Zé Manel dos Ossos: Local bem pequeno, com 5 mesas q forma fila na porta (dizem q a espera geralmente é de mais de 1h).A comida lá é fresca e caseira e o prato mais famoso é o tal dos ossos. Pois então vamos prová-lo. Pedimos os ossos com arroz e feijão pra acompanhar. Mas não subestime o arroz e feijão do Manel, é delicioso demaissssss e os ossos tbm... pedimos meia porção dos ossos e 1 de arroz e feijão e foi suficiente. O ambiente é cheio de guardanapos de clientes q deixaram recadinhos. Tem tbm varias decorações inusitadas. Tem que ir!
  23. Quando regressámos da viagem pelas américas trouxemos connosco a mesma vontade de conhecer coisas novas e acabámos por transportar isso para as cidades portuguesas. Em outubro fomos viver para Lisboa e começou a caça às atividades giras, preferencialmente gratuitas. Foi dessa forma que a Raquel, pelo Facebook, encontrou as visitas guiadas ao aqueduto de águas livres que se realizam ao sábado de manhã. Nenhum de nós tinha visitado o museu da água e apenas conhecíamos o aqueduto visto da estrada, em trânsito. Quem leu em adolescente os livros da coleção Uma Aventura quase de certeza não falhou o que se passa no aqueduto – Uma Aventura em Lisboa. Se forem como nós, desde essa altura têm uma vontade de atravessar o aqueduto. Por ser algo garantido, não se valoriza devidamente o acesso a água canalizada, que está sempre ali, à espera que se abram as torneiras. Pelo contrário, quem, como nós, viveu alguns meses sem água canalizada, a ter de comprar cisternas de água para encher depósitos, sabe como este é um bem precioso. O museu da água (EPAL) tem a função de consciencializar a população para o racionamento desse bem precioso, uma coisa que tem sido muito falada. O caso mais mediático é o da Cidade do Cabo, na África do Sul, em que há vários meses se fala no Day Zero, o dia em que a água vai deixar de correr nas torneiras devido à seca extrema. Esse dia foi sucessivamente adiado por medidas de poupança cumpridos à risca, redução do horário de fornecimento, proibição de desperdício e atribuição de um rácio de água por habitante. Mesmo em Portugal, em 2017, houve dias assustadores, com diversas barragens abaixo do recomendado e duas pontes outrora completamente submersas a surgirem de novo na paisagem. Nós fomos à procura de uma delas e o cenário é realmente desolador. Muitos criticam os preços que a EPAL cobra pela água, acima da média europeia, mas nem tudo é mau nesta empresa. Estes sabem que têm um papel na vida lisboeta que vai além da tarefa diária de manter a água a correr nas torneiras, dando valor ao património histórico e cultural, sendo um dos exemplos o museu da água aberto ao público. Houve tentativa de criação de museu em 1919, mas só em 1987 foi instalada uma exposição permanente. O museu tem um preço acessível, recebendo também concertos grátis e pagos. É constituído por: aqueduto das águas livres; reservatório da mãe d’água; reservatório patriarcal; estação elevatória a vapor dos Barbadinhos; Galeria do Loreto; Aqueduto das águas livres Os arcos que o compõem são uma das imagens de marca de Lisboa, visíveis da Avenida de Ceuta, Monsanto, Campolide, e até para quem chega de avião. O aqueduto foi construído recorrendo a um imposto especial aplicado aos bens essenciais, como azeite, vinho e carne, por determinação real de D. João V, em 1731, plena época de império português, onde circula ouro, diamantes, especiarias, tecidos e madeiras finas. Tempo de esbanje e de mostrar aos países vizinhos que temos tudo em grande, então, por que não fazer um aqueduto à sua imagem? Estes 14 quilómetros de aqueduto resistiram ao terramoto de 1755, mantendo-se inabaláveis os 127 arcos, inclusive o maior arco de pedra do mundo. O sistema completo percorria quase 60 quilómetros, trazendo água de 58 nascentes, tendo sido utilizado até 1967. Voltando ao início, em 1744, diz a EPAL que ao som de avé-marias, circulou primeira vez água de Belas (Sintra) até às Amoreiras, onde fica a mãe d’água. Fornecia 1300m3 de água, reforçados em 1880 com a inauguração do aqueduto do Alviela. É monumento nacional desde 1910. Foi cenário de diversas histórias e lendas, como a do célebre ladrão Diogo Alves, que atirava do topo do aqueduto as vítimas que roubava. Foi muito pela agitação criada por estas mortes que se fechou o aqueduto. Diogo é célebre por ser o último condenado à morte em Portugal, enforcado a 19 de fevereiro de 1841. Há um filme, estreado em 1911, sobre a sua história, e a sua cabeça encontra-se na Faculdade de Medicina de Lisboa, tendo sido estudada para perceber de onde vinha tanta malvadez. Voltando ao aqueduto, tem 941 metros abertos ao público, sobre o Vale de Alcântara. É uma caminhada fácil, agradável, com uma boa vista sobre a cidade, e com pouca gente em simultâneo. Tem um bebedouro junto ao portão de entrada onde podem encher garrafas que levem vazias. Reservatório da Mãe D’água Dois dos seus arquitetos morreram antes da finalização do projecto, que foi sendo alterado com as sucessivas trocas de responsável. Começou a funcionar em 1746, sem que o projeto estivesse finalizado. Passaram mais 80 anos, 7 reis, invasões francesas e o terramoto até que durante o reinado de D.Maria II, com alteração da imagem inicial, este ficasse concluído. Tem um certo misticismo, sendo amplo e luminoso. Arquitetonicamente é muito mais do que uma cisterna de água. Tem um terraço com vista sobre a cidade, um tanque de 5500m3, quatro colunas e é utilizado para receber exposições, algo que já tínhamos visto na Argentina, em Mar del Plata, uma Torre de Água que também é museu. Tem uma pequena loja com produtos alusivos à EPAL, é um espaço bastante interessante, merece que se fique ali a olhar para a cascata que sai da boca dum golfinho e para o tanque. Reservatório da Patriarcal Em pleno Príncipe Real, por baixo da praça D. Pedro V, existe um reservatório que era abastecido pelo novo aqueduto da Alviela. É um espaço imponente, também misterioso, onde se fazem desfiles e concertos. Os dois tanques têm uma capacidade próxima de 900m3 e foi construído para reduzir a pressão da água entre as Amoreiras (Reservatório da Mãe D’água) e a baixa da cidade. Tem um 31 pilares e abóbadas que sustentam o lago que permite o arejar das águas. São visíveis as três galerias que partem dali. Uma vai até à Galeria do Loreto, outra até à Rua da Alegria e a última até à Rua de S. Marçal. Partem daqui as visitas pela Galeria do Loreto, podendo ver-se os capacetes de segurança dispostos no início do túnel. Todas as sextas-feiras, às 19h, recebe concertos de fado, em parceria com a Real Fado. Estação Elevatória a Vapor do Barbadinhos Chegou um momento na história em que era preciso mais água, o sistema existente não dava conta do recado, por isso foi preciso encontrar outra solução. Entre 1871 e 1880 construiu-se o Aqueduto da Alviela, que trazia água a 114 quilómetros de distância. O reservatório foi construído junto a um extinto convento, foi desativado a 1928, mas ainda conserva as máquinas a vapor e uma exposição permanente. Nota: A nossa viagem não incluiu os Barbadinhos. Galeria do Loreto O sistema tem várias galerias, como a das Necessidades, Campo Santana, Rato, Esperança e Loreto. Esta é a única visitável, com guia, em duas partes: 1) do Reservatório Patriarcal até ao miradouro de S. Pedro de Alcântara; e 2) do reservatório até à Rua do Século. Todo o sistema da galeria do Loreto tem 2835 metros. Dizem que vale a pena a visita, mas tem sido difícil enquadrar os nossos fins de semana em Lisboa com as visitas guiadas. Preços: Os reservatórios, a estação elevatória e o aqueduto são grátis todos os fins de semana de 2018. Nos restantes dias, os preços variam, de 1 a 10€, dependendo do que forem ver. As únicas visitas mais restritas são as da Galeria do Loreto, que exigem marcação prévia. Vale a pena: Aproveitando os bilhetes grátis ao fim de semana devem visitar o museu. Mesmo pagando, por 15€ conseguem ter acesso a tudo. O ideal é encontrar um dia não muito quente para ir ao aqueduto. Tanto faz sentido ir em visita guiada, para receber o contexto histórico, como sozinhos, para calmamente apreciar e passear nos aquedutos e os reservatórios. R. Alviela 12, 1170-012 Lisboa, Portugal https://365diasnomundo.com/2018/09/19/agua-lisboa/
  24. Olá Pessoal, Gostaria de uma ajuda, estou tentando planejar minha primeira viagem pra Europa. A única época que tenho pra viajar é Dezembro (final) e janeiro. Sim, no inverno. Não existe possibilidade de ir em outra época. Estava ontem começando a estudar um roteiro de cidades e dias, acabei pensando nesse roteiro abaixo. Mas ainda tenho dúvidas se fica razoável, se fica muito corrido, difícil ou impossível rs. Saída do RJ para PORTUGAL dia 27/12 (Nada certo ainda. Data possível) Então pensei : Lisboa - 4 dias Coimbra - 1 dia Fátima - 1 dia Obs: Contei esse 1 dia em Coimbra e Fátima não porque pretendo me hospedar lá mas por provavelmente usar quase o dia todo entre trajeto de ida e volta e visitação. ESPANHA Madrid - 3 dias Toledo - 1 dia (daqui já com mochila direto pra barcelona no fim do dia) Barcelona - 4 dias FRANÇA Paris - 4 dias Não incluí os dias de deslocamento entre um país e outro. O deslocamento entre os países até então estou dando preferência para Trem. O que vocês acham? Agradeço qualquer ajudinha.
  25. Vou fazer um mochilão em maio e gostaria de saber se alguém que já fez esse tipo de viagem deixou para comprar as passagens de um país para o outro só no destino, optei pelos transportes internos de avião pois o tempo é curto em cada país, então queria saber se da para arriscar comprar a passagem direto no aeroporto ou se é melhor já comprar antes?
×
×
  • Criar Novo...