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Considerações Iniciais Prazer galera! Sou Eddie, professor de Geografia, e sempre planejo meus mochilões e viagens pelo relatos da comunidade. Agradeço a todos que postaram seus relatos de Cuba aqui no fórum, os quais foram de muita ajuda no meu planejamento. Porém, como todos são do período anterior a pandemia, vou me esforçar por relatar minha experiência na minha viagem a Cuba em MARÇO de 2023. A partir da minha experiência em Cuba, posso afirmar que Cuba, o turismo e a sociedade cubana mudaram e estão mudando em um ritmo acelerado no período pós-pandemia. Vou colocar alguns tópicos com as principais mudanças, e nas demais postagens comento a experiência, meus gastos e pontos imperdíveis em cada uma das atrações e cidades visitadas. Eu viajei sozinho por 18 dias por Cuba, onde conversei com centenas de cubanos sobre o cotidiano, os desafios e a história de Cuba. Ideal mesmo é fazer um mochilão de 30 dias por Cuba, mas 18 já deu para conhecer um pouquinho de tudo e foi perfeito. No caminho conheci pessoas sensacionais, desde pessoas locais, a casais brasileiros em viagem e alguns mochileiros europeus (porém nenhum mochileiro latino 😔 então bora viajar galera! 😆), os quais algumas das histórias relatarei quando comentar a experiência em cada cidade. Caso queiram saber de algo ou algum detalhe extra, podem me procurar no INSTAGRAM: "eddiesantos1912" (link do meu instagram). Lá acompanho mais as mensagens. Mas agora, segue o essencial de Cuba em 2023, a partir da minha experiência. Resumo da história econômica cubana e a situação em 2023 Como dito, conversei com centenas de cubanos das mais variadas correntes de pensamento e profissões. Então segue um resumo do que captei. Entre os mais idosos que viveram o período de mudança após o triunfo da revolução é consensual que viveram na década de 80 anos de ouros. Havia comida de sobra e sobrava dinheiro do salário para o trabalhador comum comprar diferentes itens de consumo importados dos demais países do bloco socialistas. Ademais, como não havia muito turismo externo, o turismo em cuba era praticamente interno. Assim, todo trabalhador cubano conseguia fazer turismo uma vez ao ano. Um senhor cubano me contou que o salário na época era uns 120 pesos mensais, e no fim de ano ele sempre consegui fazer o tour turismo da época: 15 dias por várias cidades da ilha com ônibus, hotel e comida tudo pago por uns 80 pesos, ou seja, vivia-se bem e com boa qualidade de vida. O sistema, dentro dos paradigmas ao qual foi baseado - um modelo soviético - funcionava relativamente bem e deixa saudades e nostalgia em todos que viveram o auge dele. Porém, a queda do bloco socialista na década de 1990 e o consequentemente isolamento político e econômico deixaram o país em situação bastante complicada. O fato também de Cuba ter mantido com a URSS uma relação neocolonial e não ter feito uma política de industrialização de "substituição de importações" também veio a cobrar o preço após a queda do muro de Berlim. Por tudo isso, eles chamam a década de 90 de "período especial", uma época de escassez, sacrifícios e muitas dificuldades. Cuba perdeu mais de 75% dos compradores de seus produtos, e o embargo econômico dos EUA recrudesceu e assim afetou mais do que nunca o governo e o funcionamento do sistema. Dois exemplos: o maquinário de produção de açúcar, que era todo baseado em máquinas soviéticas. Logo, sem ter uma indústria de base forte, não tinha como repor, e hoje a indústria açucareira passa dificuldades e Cuba inclusive tem que importar açúcar de outros países; 2) O embargo econômico dificulta tudo, pois a impossibilidade do governo cubano ter contas em dólares no estrangeiro, importar ou exportar produtos que direta ou indiretamente tenham relação com os EUA, e outras sanções (Veja mais aqui), como a que os cargueiros de mercadorias enfrentam ao ir a cuba, pois se um navio aporta em porto cubano, não pode ir aos EUA nos próximos 6 meses, ou seja, que dono de cargueiro aceita um frete a Cuba se depois não poderá ir aos EUA um dos maiores importadores e exportadores do mundo? Assim, Cuba na prática tem que pagar o dobro pelo frete dos produtos importados, o que resulta em importar produtos por quase o dobro do preço e exportar seus produtos a um preço mais barato para compensar o frete para os países compradores. Uma das soluções para a saída do período especial foi a abertura ao turismo. Assim, a partir dos anos 2000 o turismo passou a ser uma das principais atividades econômicas da ilha, que foi crescendo ano a ano até chegar ao seu pico antes da Pandemia Covid. Mas aí começa uma das contradições: para sair do período especial, o governo cubano teve que abrir mão de vários dos seus princípios "socialistas". Assim, quem trabalha com algo relacionado ao turismo nesses 30 anos conseguiu um padrão e qualidade de vida muito superior a quem não estava ligado a essa atividade ou manteve-se trabalhando para o governo. O mesmo pode ser dito para as famílias cubanas que possuem familiares no estrangeiro e recebem remessas em dólares dessas famílias. Pessoas nessas duas situações, tem um padrão de vida e de consumo bastante diferente do resto da população. Então não espere ir a Cuba e encontrar a Cuba pintada pela extrema direita no Brasil (todo mundo pobre e se ferrando igual) ou pintada pela esquerda idealista brasileira (um país com igualdade e modelo de vide onde todos os serviços públicos funcionam perfeitamente). A sociedade cubana é bastante dividida em classes sociais e o governo está com dificuldades de socializar o dinheiro que vem da atividade econômica turismo e das remessas externas, pois é bastante ineficiente e "amador" em cobrar impostos e outras situações burocráticas advindas de um contexto de abertura econômica. Assim, muitos cubanos sonegam facilmente imposto, como uma guia de freetour me falou: "a gente tem que pagar 50 pesos de imposto por turistas que guiamos, mas o governo nunca sabe quantos são, então a gente chega no fim do mês e autodeclara qualquer número e tá ok"; ou venda de imóveis ou casas: para o governo se declara um valor e por fora se vende por 50 vezes mais tal bem, e o governo acaba cobrando o imposto apenas do valor declarado que é ínfimo rsrs. Assim, de 2000-2020 foi um período que Cuba vinha se recuperando economicamente, apesar da desigualdade e diferentes problemas advindos do bloqueio e de uma não industrialização de base no país. Obama retirou algumas sanções e resultou em mais melhorias econômicas. Fruto desse período é que percebi que praticamente todos possuem um smartphone, acessam a internet e usam roupas importadas (maioria creio que paraguashion), mas demonstrando que consumiam bastante alguns desses bens. Nas ruas de Havana os típicos carros antigos já dividiam as ruas com centenas de carros importados novos. Porém, as coisas começaram a piorar depois de 2016 quando Trump assumiu o poder e adicionou mais de centenas de sanções econômicas, adicionando Cuba na lista de países terroristas e todas consequências econômicas que disso resulta e todos imaginam. Um exemplo é proibição de cruzieros de atracar em Cuba, o que já afetou fortemente o turismo, principalmente de Santiago de Cuba. TUDO PIOROU AINDA MAIS COM A PANDEMIA. SIMPLESMENTE ARRASOU O PAÍS, como um furacão que nocauteou o sistema que já vinha cambaliando. Um país que tinha como principal fonte de turismo, ficar fechado quase dois anos, foi um baque final. Até agora, os arrendadores de casa e outros cubanos me relataram que mesmo em 2023 não chega a 5% a 10% de turistas que viam antes da pandemia, ou seja, a principal atividade econômica não voltou ao "pleno vapor" e isso continua com o estrangulamento econômico do país. Então, vão pra Cuba! 👌 rsrs Diante desse contexto, uns 80% cubanos acham o período pós pandemia pior que o período especial pós queda do bloco socialista. Pelo que entendi, naquela época todo mundo se ferrou junto e as mudanças foram mais demoradas. Agora as mudanças estão ritmo muito acelerado. O governo no plano de tentar fazer abertura econômica no estilo do que Vietnã e China fizeram do "socialismo de mercado", está deixando de subsidiar vários produtos e alimentos e deixando na mão do mercado privado. Assim, muitas bodegas do governo estão vazias e a caderneta de ração mensal dos cubanos está cada vez mais pequena e não chega aos pés que era na década de 80 ou mesmo nos anos 2010. Isso afeta principalmente os cubanos que vivem de aposentadoria ou trabalham em cargos estatais de menor complexidade. Somado a esse efeito da pandemia, a fusão das moedas CUC e CUP e outras políticas econômicas, fizeram o preço e inflação dos alimentos disparar. Assim, quem vive do salário do governo (varia entre 2.000 a 6.000 pesos cubanos, ou seja, entre 12 a 40 USD) a situação é crítica. Antes, mesmo com esse salário padrão dólar baixo, a galera conseguia viver bem pois o governo garantia o subsídio de vários produtos através das suas bodegas e a caderneta de poupança. mas agora com governo quebrado pós pandemia (pois gastou praticamente todas divisas que tinha em busca de vacina e com saúde pública), com preço dos alimentos tendo que ser comprados no mercado negro ou lojas do mercado privado com padrão similar ao preço internacional, complica muito para essas famílias mais pobres. Porém, não vi cenário da galera passando fome ou desespero total, eles estavam "levando a vida", como dizem. Assim, comiam um pouco mal, com excesso de carboidratos (arroz e feijão e massas pizza pão) e pouca proteína (mais ovos, o que todos relatavam que estavam muito caros). Porém, vocês vão encontrar uma boa porcentagem da população cubana em situação de consumo mais elevada 🤑🤑. Muitos cubanos que trabalham por conta própria direta ou indiretamente ao turismo, tem familiares no estrangeiro, tem familiares médicos que trabalham fora e assim recebem em dólares e são donos de pequenos negócios (uma burguesia ascendente) ou mesmo trabalham em alguns cargos em negócios privados levam uma vida relativamente boa. Vi em várias casas que fiquei jovens jogando PS4 ou XBOX One (mto melhor que eu 🤔 kkk) , frequentando discotecas, bebendo cerveja e outros elementos de padrão de consumo típicos do capitalismo ocidental - até porque lá a cultura capitalista de cinema, novelas, vídeos e internet sempre existiu). Entre os jovens, principalmente os que são bem "educados" sistema formal de ensino - formados em cursos superiores -, que não viveram os tempos auges da revolução, as vozes contrárias ao sistema são quase hegemônicas. Alguns inclusive parecem imersos em redes de conspiração da extrema direita (alguns me falavam de marxismo cultural, outros que queriam que EUA anexasse Cuba como estado aos moldes de Porto Rico) e em suma tinham como principal esperança juntar dólares para pagar a um coiote (uns 10.000 USD) para ir aos EUA e iniciar uma vida economicamente ativa lá, pois creem que há poucas perspectivas de melhoras a curto prazo. Esses jovens tem posição crítica em relação ao governo, sistema e o futuro da ilha. Mas os jovens mais pobres ou formados mas que são de esquerda, esperam que Cuba abra sua economia mas mantenha as conquistas sociais na segurança, educação e saúde e sigam caminho parecido com o socialismo de mercado na China e Vietnã. Esses jovens querem ver mudanças, mas não tem ilusões que o neoliberalismo é o caminho. Então querem um estado de bem estar social ou socialismo de mercado que funcione bem com o capitalismo que virá em breve cada vez mais forte. Enfim, Cuba está passando por um período de mudanças intensas e não vejo a hora de retornar daqui uns 5 anos para a ilha para notar para onde tudo isso vai dar. E você mochileiro, organize-se para ir rápido a Cuba! É um país imperdível, com cultura única e história geopolítica cheio de reviravoltas e contrastes, afinal, não é fácil sobreviver no sistema mundo isolado com bloqueio econômico por quase 30 anos, achar um caminho (o turismo) mas ser nocauteado por seguir padrões sanitários e assim ter que fechar suas fronteiras por 2 anos. Mas apesar disso, a sociedade cubano é um povo alegre, em cada praça, uma música. Em cada rua, a galera se divertia e sorria. Mesmo diante de dificuldade, a segurança é incrível, não me senti inseguro em nenhum momento e tampouco ouvi relatos de outros viajantes ou população local. Uma frase que ouvi me marcou muito: "nós cubanos somos felizes, não passamos fome, mas só passamos vontade mesmo de vez em quando". Moedas, conversões e dicas de câmbio Essa é a parte mais confusa! kkkk Apesar da extinção do CUC, na prática há 5 formas de moedas ou de pagamentos em Cuba kkkkk. Demorei uns dias para entender, e no final estava craque nisso. Então segue resumo: 01- Peso Cubano ou "moeda nacional". é a moeda do dia a dia. Cobrados nos comércios locais e na maioria das lojas que atendem turistas. Então quando você chegar, faça a troca na casa de alguma família (ou alguém indicado por eles) que você for ficar hospedado, pois vão de ter uma melhor cotação do que nas cadecas do governo. A cotação oficial do governo é: 1 DÓLAR OU 1 EURO = 120 PESOS. Mas no câmbio paralelo que TODOS cubanos usam estava no final de março em: 1 DÓLAR OU 1 EURO = 170 PESOS CUBANOS. Eu acabei fazendo por 160, porque ao longo das 3 semanas que estava lá o peso cubano deu uma desvalorizada. Assim, compensa ir trocando de pouco em pouco a cada 05 dias por exemplos seus dólares. Repare que a cotação do euro e dólar é a mesma, mas no Brasil o dólar é muito mais barato que euro kkkk então levem dólar 🤑! Antigamente tinha taxa sobre o dólar, por isso relatos do fórum falavam para levar euros, mas agora não há mais taxa e em cuba em todos os lugares formais e informais a o Dólar e EURO valem o mesmo. Mas sempre confirmem como está a cotação com a pessoa que vocês forem ficar lá. Como falarei no tópico hospedagem, usem o AIRBN para isso e conversem com a pessoa da casa por lá que ela te ajudará (darei dicas de pessoas confiáveis para isso). 02 - EURO E DÓLAR. É o que eles chamam de "moeda forte". Os taxistas, arrendadores de casa, alguns pacotes turisticos e alguns lojas ou restaurantes específicos em lugares muito turísticos cobram em Euro ou Dólar. Eles aceitam a moeda nacional, mas fazem a "conversão do jeito que querem". Por exemplo, táxi eu paguei 10 dólares e o restante em peso cubanos, e ele fez cotação 1 dólar = 180 pesos. Mas outros lugares faziam por 160 e alguns lugares do governo faziam por 120. Confuso, enfim, Cuba kkk 03 - CARTÃO DE CRÉDITO. O cartão de crédito 💳 já é aceito em muitos lugares administrados para o governo, e pior, em alguns lugares SÓ É ACEITO CARTÃO DE CRÉDITO MASTER! Então levem um cartão mastercard com vocês para esses momentos. Meu Nubank funcionou super bem e até daria para sacar dinheiro lá se precisasse (mas seria na cotação 120 pesos, ou seja, não compensaria, mas em uma urgência teria essa opção). Mas como não sabia disso, como irei contar em um dos dias, planejei ir a Cayo Santa Maria e quando cheguei lá tinha que comprar voucher com a agência de turismo do governo cubano, porém só podia pagar em tarjeta mastercard. tinha dólares e pesos cubanos, mas que não aceitavam kk! Fiquei chupando dedo e tentando ajuda de outros turistas para passar a tarjeta. Só passou uns canadenses pnc* que não me ajudaram rsrs. Mas faz parte, nos outros dias aprendi a lição e sempre andava com a tarjeta, e a utilizei algumas vezes (para comprar passagem viaazul, bus turistico em trinidad e em um ou outro restaurante do governo. 04 - TARJETA MLC (livremente conversível). Essa é a versão nova do CUP, mas não se preocupe, apenas as pessoas locais usam ela. Na prática, ela é um cartão de débito que e recarregável com dólares. Algumas tiendas de produtos importadas SÓ pode comprar com a MLC ou cartão master "dos turistas". Basicamente, o governo fez isso porque precisa de dólares. assim, as famílias que moram no estrangeiro mandam dólares para cubano locais via sistema bancário cubano, que ficam com os dólares e convertem em MLC na tarjeta do cidadão cubano e o dólar fica com governo (para conseguir importar produtos e etc.). E com o MLC você pode comprar os produtos no mesmo preço do que em dólar. Além disso, quem vive do turismo e ganha muitos dólares, faz um depósito para transformar em MLC e pode comprar os produtos importados nas tiendas específicas. Nessas tiendas dá para comprar Coca cola e tudo que você imagina kkkk. O cubano que recebe apenas em peso cubano e não tem familiares, pode comprar nos comerciozinhos locais que revendem esses produtos importados, mas claro, com margem de lucro. Ou seja, mercado está se abrindo lá, de modo bem embrionário e com fortes contradições. Enfim, confuso não? Mas com alguns dias você pega os segredos e em dez dias já é quase um cubano com MLC kkkk Hospedagens Fiquei hospedado em casas de famílias, as quais todas encontrei pelo Airbn e em média todos custaram 10 a 12 dólares/euros o quarto dependendo da cidade. E 10 dólares valeria para 2 ou mais pessoas as vezes, ou seja, média de 5 a 6 E por pessoa, mas como estava sozinho pra mim custou 10. Achei muito em conta e um valor justo para os dois lados. Eram todos quartos confortáveis e exclusivos, com ar condicionado, roupas limpas, enfim tudo perfeito. Achei absurdo descobrir que vários brasileiros que conheci na viagem estavam pagando 35 a 40 dólares quartos com mesmo padrão que meu, talvez um pouco mais bem localizados, mas mesmo assim não valeria a pena. Tudo porque não fizeram pelo airbn... Eu mesmo, no início estava pedindo ajudar com páginas do instagram como Dicas Sobre Cuba e Vou pra Cuba! e a hospedagem diária estava respectivamente 25 a 35 Euros. Mas quando descobri pelo airbn foi paraíso. Tudo bem avaliadas e conseguia em média por 10 dólares. Em Havana, fiquei em duas casas que relatarei na postagem específica, uma com quarto privativo e outra hostel (bom conhecer galera viajando sozinha) e ambos foi 10 dólares. A maioria das casas eu reservei do Brasil, mas o fim da viagem estava flexível e acabei fazendo a reserva de lá mesmo e mesmo com poucos dias de antecedência consegui boas opções por 10E. Apenas para fazer operações financeiras em cuba nesses apps, por conta do bloqueio econômico, você precisa de um VPN (dou dica tópico apps abaixo, mas se estiver do Brasil não precisa). E mesmo que você não reserva antes ou pelo apps, nas cidades você vai encontrar uma grande oferta, pois como turismo esta em baixa, a oferta está muito acima da demanda, então você consegue facilmente por 10 dólares negociando em locais com poucas quadras afastadas do centro. mas sugiro não negociar muito inferior a 10 dólares, pois a galera em dificuldade econômica e menos de 10 é quase explorar a galera. Minha opinião hehe. Conheci uma senhora que fazia uns 2 meses que não hospedava ninguém, e me tratou super bem. Assim, achei justo pagar 12Euros (em Playa Giron). Transportes (Viaazul e taxis compartilhados) O transporte é de fato o mais complexo para se locomover em Cuba. Eu acabei usando 5 vezes o ônibus da empresa Viaazul e 3 vezes os táxis compartilhados. Ao contrário de muitos tópicos aqui, achei boa a experiência com a via azul. Usei por 5 vezes os ônibus da empresa estatal e não tive problemas ou atrasos significativos em nenhuma das vezes (ao contrário para ir de Joinville a São Paulo aqui no Brasil de busão atrasou na ida e na volta mais de 3 horas 😒). As passagens da viaazul é bom comprar com alguns dias de antecedência no site da empresa ou nos guichês nos terminais de ônibus da empresa com cartão master que existem em quase todas as cidades mais turísticas. Para comprar do site estando em Cuba apenas com VPN, mas aqui do Brasil é possível comprar sem problemas ou dá ao menos para acompanhar o valor e o número de vagas disponíveis e comprar quando tiver quase esgotando. O site da empresa é este: clique aqui. Fiz os trajetos "Havana - Santiago de cuba" (16 horas, mas viajando de noite foi tranquilo. A viagem é de 16 horas só atrasou 40 minutos); Santiago de Cuba a Santa Clara (8 horas viajando de madrugada, 😴); Trinidad > Cienfuegos (1 horinha de viagem); Cienfuegos > Playa Girón (uma hora também) e por fim Playa Girón a Havana (3 horas). Se puder escolher e o horário for favorável, sempre sugiro escolher viaazul do que os taxis compartilhados, pois estes últimos são mais aleatórios e imprevisíveis (tem que esperar lotação as vezes, o taxista pode querer cobrar mais dependendo do seu desespero, etc. Esse roteiro em específico indico muito de ônibus, onde você pode fazer a costa sul ficando um ou dois dias em cada cidade e pegando apenas o viaazul para ficar mais barato (em geral metade do preço do que cobram os táxis): TRINIDAD > CIENFUEGOS > PLAYA GIRON > PLAYA LARGA > HAVANA. É a mesma linha do busão (que eles chamam de guagua), e cada dia você pode pegar um desses trechos e continuar a viagem. Ele sai às 07 da manhã de Trinidad e demora 1 hora e pouquinho para chegar na próxima cidade em média. Já de Santa Clara para Trinidad fiz com cara que era "taxista informal (ilegal)", então era único aceitou minha corrida por 20 dólares porque o outro taxi compartilhado os passageiros furaram e ele não faria apenas para mim por 20 usd. Então esse taxista ilegal fez caminho mais pelo interior para desviar atenção da polícia. O cara era gente boa, mas não tinha licença e aí poderia dar problema para ele. E de Havana para Viñales fiz de taxi compartilhado oficial porque o ônibus da via azul era só de manhã e cheguei de Playa Girón a tarde, então era a única chance para chegar lá no mesmo dia. Mesmo assim foi difícil, pois tanto de Havana para Viñales como de Viñales para Havana os taxis compartilhados saem pela manhã e a tarde são muito raros. Então consegui o último táxi e fui ajudado porque achei duas francesas na guagua que vinha de Girón na sorte e que também iriam para Viñales, senão o taxista me cobraria 30 dólares, mas como tinha mais pessoas deu para fazer por 20usd. E de Viñales para Havana fiz de taxi compartilhado também porque saia um pouco mais tarde (13 horas e era o último) e dava aproveitar mais a manhã toda em Viñales do que se eu fosse de viaazul que saia às 11 horas mas tem que aparecer uma meia hora antes para checkin. A dona da casa fez o contato e o táxi passou no horário certinho com outros passageiros e custou 20 usd. Fora isso com viagens entre caminhões tudo fica mais aleatório e imprevisível, mas em um dos outros tópicos um mochileiro relata como foi, mas particularmente acho mais tranquilo e sem perrengues essas opções acima relatadas. Aplicativos essenciais AIRBN: fazer as reservas das casas no melhor custo benefício e se basear nos comentários de viajantes. Não tem erro. PSIPHON PRO. App para fazer VPN. Basta baixar da google play, instalar e clicar em INICIAR. Pronto. Agora você consegue fazer operações financeiras nos demais app e sites que precisar. NAVE. Tipo o uber de Cuba. Funciona só com VPN. Mas é interessante porque você pode pagar valor mais justo pelas corridas na madrugada por exemplo. Durante o dia você pode tentar pegar cocotaxi mas sempre negociando o preço (o qual você tem uma base pelo app já). MAPS.ME - app de geolocalização que funciona offline melhor que googlemaps. CALCULADORA - são muitas conversões de câmbio 🤣 Dicas para fugir dos golpes, "propinas" e "regalos" para os locais Em geral, 99% do povo cubano é de bom coração e hospitaleiro. Mas especialmente nas principais praças turísticas sempre você vai encontrar alguns tentando levar a melhor sobre os turistas. Eu como brasileiro, sempre esperto e desconfiado, não cai em nenhum golpe é claro 😁, mas alguns turistas que achei caminho caíram mesmo sendo avisados antes 😝. Outra coisa que me ajudou foi o fato de quase ninguém me reconhecer como turista, pois para ele turista tem que olhos claros e cabelos loiros (isso por conta perfil de quase 90% turistas vão para lá são da Europa ou Canadá. Assim, como sou moreno e andava com a camisa do Brasil (os cubanos são loucos pela seleção brasileira!🟨🟦🟩), todos pensavam que eu era cubano e me abordavam muito pouco. Basicamente se uma pessoa em um lugar bem turística chegar puxando conversa com você ele ou ela quer algo. Como eles são de ótimo papo e simpáticos, às vezes você se pode deixar levar para comprar um charuto com desconto das cooperativas de charuto (que não existem kk). Assim, os caras vendem por 50 dólares caixas com charutos falsificados (no tópico abaixo comento onde comprar de modo seguro e com qualidade), ou te convidam para show de salsa ou da Buena vista social club, mas que é na própria residência de algum deles e você acaba pagando muito caro por uma dose de alguma bebida ou pela entrada. Por exemplo, jamais pague 4 dólares (na época 600 pesos) por um copo de mojito ou outro drink, pois o custo em geral dessas bebidas lá é de um dólar (muito barato, vivia "borracho" 😆). Mas isso você pega com dois dias lá sendo um bom observador. Então nos primeiros dias fique esperto e compare o preço das coisas nos lugares turísticos, nos lugares onde os cubanos consomem, etc. Mas tem diferentes tipos de pessoas que querem conversar e às vezes um pequeno regalo ou propina é mais que justo e merecido, ainda mais na situação econômica que está Cuba. Como eles não tem uma cultura de mendigar, o que ocorre as vezes é tentarem ser o máximo simpáticos para ganhar um pequeno presente as vezes. Assim, alguns só querem ganhar um drink ou tomar uma cerveja para "desbaratinar", pois no dia a dia não teriam condição para isso como outros cubanos de classe média ou alta possuem. E essas pessoas eu até curtia dividir uma cerveja e acabavam sendo uma boa experiência, pois os caras eram gente boa, mas eu já era papo reto: seguinte só tenho tantos pesos, e só posso te pagar uma cerveja e um cigarro. Cara já ficava mó feliz e era experiência sempre interessante trocar ideia. Outras vezes os caras pediam algo de doação, tipo um sabonete ou um calção. Acabou que no final da viagem voltei com metade das minhas roupas, pois doei para galera que fui conversando ou trocando por coisas e objetos deles no melhor estilo "economia solidária". Mas fiz isso de coração mesmo e pra me desapegar um pouco da materialidade das coisas, pois queira ou não tenho muita roupa aqui no Brasil do que a maioria dos cubanos podem ter acesso, então não me faria tanta falta. Mas as vezes fique esperto, eles exageram na condição de vida para te despertar mais pena, por isso eu filtrava bem com quem conversava e tals. Mas em geral sempre dê uma propina ou agrado para quem te trata super bem. Por exemplo os guias nos museus são gratuitos, mas sabendo da condição econômica atual e dos salários deles, no final da guiada pelo museu eu dava propina de 200 a 400 pesos (tipo de 5 a 10 reais na conversão, ou seja, valor irrisório quase aqui BR) e os caras ficavam maravilhados. Inclusive num museu em Trinidad um casal de franceses após o guia falar por quase 2 horas super simpáticos e com muito bom conteúdo, não deram nada para ele. Cara ficou muito triste, aí eu dei 200 pesos da minha parte e mais 200 por eles, cara quase chorou de emoção, viu que um brasileiro com todas precariedades econômicos que temos aqui é mais sensível e menos sem noção do que muito europeu gringo cheio dos euros. Ou na gorjeta para os garçons. Se aqui no Brasil não sinto muito conforto em pagar a taxa "voluntária" devido preço das coisas serão altas, lá em Cuba sempre fazia questão, principalmente comércios frequentados por cubanos em geral, onde o preço da comida e principalmente das bebidas era MUITO barato. Tipo mojito, daiquiri ou outros drinks tops saiam por menos de 300 pesos cubanos (ou seja, menos de dez reais por DRINKS tops), fazia questão de dar gorjeta de uns 200 pesos (7 reais) para garçons e eles ficavam realmente felizes. Como chegar do Aeroporto para Centro de Havana praticamente de GRAÇA: A maioria das pessoas pega transfer ou um táxi na hora. O preço costuma ser de 25usd, mas quando cheguei lá o cara queria 30 e não baixou. Tentei achar alguém para compartilhar em mais pessoas, mas tava fraco, pois a maioria já pega antecipado algum transfer. mas achei a opção de ir de transporte público fácil e segura e praticamente gratuita. Então seguinte. O aeroporto é pequeno, então quando descer e sair do terminal internacional pergunta a um guardinha qualquer onde passa o ônibus entre terminais, pois você quer ir para a AVENIDA BOYEROS que fica próxima ao terminal 2. Em março de 2023 esse ônibus interterminais passava de hora em hora fechada ali no terminal 3, ou seja, às 08h, 09h,10h,11 etc. Custa 2 pesos cubanos, ou seja, r$ 0,05 😀. Como não tinha trocado nada e não iria dar tempo de ir na cadeca oficial porque tava hora ônibus, o próprio guarda me doou 3 pesos kkkk, e em troca dei uma moeda de um real para ele e o cara ficou muito faceiro kakaka. Embarcando nesse busão não te erro, só perguntar para os passageiros e ou motorista para te avisarem quando chegar na avenida boyeros, fica um ponto depois do terminal 2 (lembrando que você saiu do terminal 3). Desceu na avenida boyeros, o próprio motorista vai te falar a direção pro centro de havana. Aí é só atravessar a avenida e já tem o ponto de ônibus da "guagua" pro centro de havana. Custa 2 pesos cubanos também. Já por 10 pesos cubanos (0,20 centavo de reais) você pode pegar umas vans ou onibus menores mas que não lotam e é mais confortável. Nesse ponto de ônibus na avenida boyeros basta pegar as guaguas com a placa P12 ou P16. Não demorou nem 5 minutos e passou o P12. Paguei 1 peso porque nao tinha 2 senãi teria que trocar 100 pesos, e o cobrador deixou de boas, porque 1 peso é algo muito simbólico na economia cubana. haha. E pronto, em 40 minutos eu estava no centro de havana por 0800. Observe nas imagens abaixo: o ponto onde a guagua dos interterminais para; a guagua que vai para o terminal 2 e para a avenida Boyeros; o ponto de ônibus na avenida Boyeros onde para o ônibus p12 e p16 (está indicado na placa); os cubanos no guagua em direção ao centro de havana com seus smartphones 😮. Essa avenida boyeros é tipo uma via arterial de Havana, que cruza a cidade e assim te leva do aeroporto até Havana Vieja. Não tem erro .E ainda tem a opção dos transportes mais confortáveis, basta perguntar para alguém ali no ponto que eles te avisam. Só nisso economizei mais de R$ 150,00 que foram convertidos em Mojitos ao longo da viagem 😆👌🍹 Internet e Chip de Celular Cubano - como conseguir e planos (paquetes) A internet em Cuba lembra a internet discada brasileira da década de 2000 😆. Apesar de quase todos os cabos submarinos de internet passarem em volta da ilha, Cuba não pode se conectar a eles devido ao embargo econômico dos EUA. A solução é fazer um puxadinho da internet via Venezuela, o que explica um pouco a baixa velocidade dos planos de dados e wi-fi. Já os cubanos de direita argumentam que isso também se deve ao monopólio da ETECSA, a empresa estatal de comunicação, pois nos últimos anos empresas da Itália e Venezuela demonstraram interesse em entrar no mercado cubano e foram supostamente impedidas pelo governo poder ter o controlo da internet no país e assim "cortá-la" em momentos críticos de protestos, etc. Eu acho que os dois fatores tem seu peso explicativo de fato. Para você se conectar em Cuba há três opções: 1) comprar uns cartões de internet em lojas do comércio locais ou da ETECSA e se conectar nos pontos que possuem wi-fi pública (não tenho preço em 2023, mas creio não ser muito caro, provavelmente menos de um dólar a hora); 2) Chip de celular cubano, o que achei a melhor opção. Comprei o meu em uma loja da ETECSA que fica na Avenida Carlos III no centro de Havana (foto abaixo) por 1000 pesos cubanos (R$ 33,00) e que veio com 250 pesos cubanos de saldo. Comprei um "paquete" plano de 1,4 gb por 30 dias com minutos de ligação e incríveis 20 sms por 110 pesos. Dava para usar de boas WhatsApp, pesquisas no Google e abrir páginas de internet. Não existe essa de censura em Cuba, consegui abrir todos os sites e redes sociais que precisava. Apenas para operações financeiras, aí precisava do VPN para funcionar mas era por conta do embargo econômico dos EUA. Só evitava abrir vídeos e Instagram para poupar dados. Nos últimos dias de viagem os dados acabaram e comprei as "bolsas diárias", no valor de 25 pesos por dia e 200 MB de dados. Dava de boas para passar o dia e fazer pesquisas no Google necessárias para viagem. No meu celular quando o sinal ficava fraco, a internet 4g desconectava e mesmo após sinal forte ela se recusava a funcionar. Com o tempo peguei o segredo: colocar em modo avião por alguns segundos e depois ativar os dados; ou reiniciar o telefone. Após esses procedimentos a internet geralmente voltava. No mais, a cobertura da ETECSA é boa, cobrindo a parte urbana de todas as cidades que visitei. Apenas em alguns pontos e dentro de prédios que o sinal ficava fraco e tinha que fazer o procedimento acima. 3) Wi-fi nas casas. A única casa que fiquei e possua internet wi-fi disponível 24 horas foi o "Hostel Aguilla" em Havana. Não era a mais rápida do mundo, mas dava para navegar em sites de pesquisa e redes sociais. O restante das casas ou tinha que pedir para a pessoa fazer um login na rede (e provavelmente ela tinha que pagar certa taxa, por isso elas deixavam disponível só quando a gente pedia ou por alguns minutos) ou não possuíam wi-fi mesmo rsrs). Na viagem só fiquei preocupado com o upload das minhas fotos, as quais só consegui fazer no aeroporto de São Paulo no retorno. Isso porque já tive meu celular roubado em um assalto no Paraguai e outra vez perdi ele ao molhar na água em Nobres-MS, e nas duas vezes não perdi nada de importantes como as fotos por conta dos uploads que fazia em Wi-fi. Mas em Cuba ocorreu tudo bem e com segurança total nas ruas, então não me fez falta os uploads. Por fim, uma curiosidade, a de como as pessoas de fato usam a internet em Cuba: elas usam por sistema criativo que demonstra como a sociedade cubana se reinventa frente aos desafios e limites a que estão expostos. São os paquetes semanais de internet: Basicamente há como se fossem lanhouses que distribuem o conteúdo da internet que você quer por um preço baixo, tipo uns 60 a 100 pesos (2 reais) por transferência. Então o cubano toda semana vai lá e leva seu pen drive de 40gb e descarga as séries lançadas da semana, ou séries específicas, novos clipes, músicas, notícias, filmes e tudo que você possa imaginar. Então passa a semana ouvindo e assistindo isso em casa ou em seus smartphones. A galera que distribui isso se organiza em rede para conseguir baixar e organizar tudo isso e depois distribuir por hd externos ou pen drives nos diferentes pontros de distribuição dos paquetes. São as vezes jovens que possuem hotspot de alta velocidade situadas em alguns pontos de Cuba e assim conseguem baixar conteúdo rápido e em rede com outros usuários. Isso é criatividade e resiliência! Freetours e Guruwalk (recomendo muito!) Na maioria das cidades que visitei usei a estratégia de iniciar sua exploração através de Freetours ou Guruwalks. Recomendo essa opção pois é uma excelente forma de descobrir os segredos e melhores dicas locais. A cidade, construções antigas e as calles ganha novos sentidos, bem como curiosidades relatadas também tornam mais interessante e apaixonante cada destino. Além disso, durante os freetours sempre tinha acesso as informações dos restaurantes conforme o perfil desejado (no meu caso BBB - barato, bom e bastante😝. Também conseguia trocar várias ideias do cotidiano de Cuba com pessoas que tinham uma visão sempre peculiar e diversa da sociedade cubana. Em Havana (Link aqui) e Trinidad (whats +53 5 4338256) fiz freetours em grupos de 4 pessoas; já em Santiago de Cuba, Santa Clara e Cienfuegos acabou sendo individual por conta da procura ser menor pela plataforma Guruwalks (https://www.guruwalk.com/es/c/cuba ). Recomenda-se dar a gorjeta por volta de 10usd. Aí vai do teu planejamento dar um pouco menos ou mais; geralmente nos tours que tinham várias pessoas acabava dando menos que isso; e quando estava sozinho e o guia era muito bom e me identificava com ele dava um pouco mais, uns 2000 pesos e a pessoa ficava feliz (afinal, isso equivale a quase 50% do salário mensal normal da maioria dos cubanos) e acreditava ser valor justo considerando minha posição como professor latinoamericano. No relato de cada cidade vou deixar o contato e informações dos guias em si, afinal foram experiências muito ricas que faço questão de divulgar! RESUMO dos preços de produtos básicos em março de 2023 Achei Cuba muito barata em comparação com os demais países da América Latina. Mas tem que ficar esperto e ser bom observador em cada destino, pois há muitos "turistastrap" (Armadilhas para turistas), aqueles lugarzinhos muito famosinhos e instagramáveis que todo mundo quer ir e logo o preço dispara. Tipo a Bodeguita do medio, é um lugar legal para você passar e tirar uma foto, mas um Mojito lá saia por 600 pesos cubanos, com qualidade inferior ao que pagava em outros lugares por 150 pesos. Dito isso, a melhor opção é ser consumir nos locais que os cubanos de classe média/alta vão, pois o preço é barato e a qualidade boa. Vale dizer que em Cuba 2023 há restaurantes privados e restaurantes do governo. Em ambos pode ter preços muito caros ou muito baratos, depende muito da localização e quanto é famoso ou não. Mas em geral tive boa experiência com os restaurantes do governo, pagando um preço mais justo e em boa quantidade. Mas é aquela coisa, nem sempre vai ser a melhor comida do mundo, no tempo mais rápido, etc. O cardápio também, tanto no privado quanto no governo depende do dia só vai ter um ou outra opção do Menu. Desayuno nas casas da família: Em algumas comi por 3usd, mas a maioria era 5usd, então nessas evitava. Era bastante regado esses desayunos, então pode valer a pena caso você não tenha jantado na noite anterior ou não pretenda almoçar na correria do dia. Café negro: Nas padarias do governo entre 30 a 60 pesos cubanos (1 a 2 reais). Na rua, galera cheguei a ver por 10 a 20 pesos. Algo que notei: os cubanos tomam açúcar com café! metem mais açúcar que café na xícara. Eles se assustavam por eu tomar café sem açúcar, era algo incompreensível para eles. Ao menos eles sempre davam separados o café negro e uns 5 pacotinhos de açúcar, os quais sempre dispensava. Cappucino: 80 a 90 pesos por cappucinos muito tops em restaurantes do governo (3 reais). Sanduíche: de 150 a 300 pesos (5 a 10 reais). Geralmente de queijo e presunto. Lanche mais arregado: Uma hamburguesa custava bom preço uns 300 pesos (10 reais). Comi algumas assim nesse preço e achei ótimo. Almoço restaurantes bons e baratos: 500 a 700 pesos (cerca de R$ 20,00). Geralmente restaurantes do governo eram melhores. Nos privados ou demorava muito ou era mais caro. Almoço para gringos em restaurantes famosinhos: 10 usd. Comi só uma vez, depois aprendi. Se for lugar xique, tome uns drinks que não costumam ser tão caros e depois você come algum sanduíche na rua ou em lugar mais simples e dá mesma e sai até mais satisfeito. Lagostas: CONSEGUI ENCONTRAR prato de LAGOSTA EM HAVANA POR 600 PESOS (20 reais). Nunca tinha comido, foi incrível kkkk. Na playa Ancon um pescador informal queria vender por 10 Euros, mas chorei, fiz jogo difícil, falei ia deixar de lado, e ao final o cara fez por 800 pesos (R$27,00) cubanos cada uma para mim e casal de brasileiros que estava comigo. Foi deliciosa! Já no Cayo Jutias, que é bem isolado e sem muitas opções, o restaurante do governo vendia por 1500 pesos (R$ 50,00) e os malucos informais enganavam os gringos vendendo um pouco distante por 10 Euros. Esse eu tentei chorar e o cara não fazia por menos de 1500 pesos. Então deixei quieto e bebi umas cervejas e deixei para comer a noite. Bebidas - Drinks (Mojito, Daiquiri e outros drinks tops): Mojitos cheguei a encontrar drinks por 70 pesos (R$ 2,20!) cubanos no restaurante Balear em Havana. Alguém do fórum indicou e foi ponto cheio! Mas em geral se encontrava entre 100 a 200 pesos (R$ 4 a 7,00+-). Nos lugares um pouco mais turísticos saia por uns 300 pesos (R$10,00) e valia a pena. Agora trap turísta tipo bodeguita do meio, Floridita e callejon de hamel saía por mais de 600 pesos ou 5Euros! Ou seja, evite total esses lugares. Vai lá, tira uma foto e tals, vê movimento e vai beber mais feliz e barato nos outros locais. bebidas importadas (cerveja e refri em lata): refri em lata ou cerveja em lata saia entre 150 a 200 pesos (5 a 8 Reais). Ou seja, eu que no Brasil bebo muita cerveja, lá passei em seco e me viciei nos mojutos e drinks. Sucos naturais: Teve um restaurante que achei por 40 pesos (casa espanola em Miramar, Havana). Simplesmente tomei 5 sucos naturais! Mas em geral custava uns 90 a 120 pesos, mas não era tão comum ter como opção. Refrescos (ótimo para calor): Achava por 20 a 30 pesos (R$ 1,00). Tipo aqueles sucos de pacotinhos bastante gelados (ou frios em espanhol. Pizzas: Era melhor opção de comida rápida e barata. Em Havana achava fácil pizzas tamanho pequeno/médio por 150 a 200 pesos (R$ 5,00). Mas pegava no caixa e comia na rua mesmo e matava a fome momentânea. Nas demais cidades variava entre 150 a 300 pesos. Sorvetes: umas duas bolas saia por uns 40 a 50 pesos (1 a 2 reais). Uma opção sempre interessante refrescar e ter energia de açúcar nas caminhadas. Entrada nos museus e atrações: Em média de 100 a 200 pesos. Só lugares muito top, tipo Capitólio, ai era uns 20 dólares. Propina para guias: Nos museus, costumava dar uns 200 a 400 pesos. Valor corrida táxis urbanos: Parecido com o Brasil, mas jogam muito com o desespero e fator turístico da pessoa. Assim, sempre tentavam meter o dobro ou quadrúplo do preço. Sempre negociar ou chamar pelo Nave, ou já negociar sabendo o valor que o Nave dava, aí não tinha erro. Passeio de autoclássico em Havana. era 50 dólares, mas chorei que estava sozinho e o cara fez por 25 dólares e curti. Talvez ele até fizesse por 20, mas joguei 25 de cara e o cara acetou rápido. É aquela coisa de turista e tals, mas entre ir de taxi do aeporto para centro de havana e andar de autoclássicos com o cara de guiando pelas ruas de Havana, fique com a segunda opção! Onde comprar charutos A melhor opção para comprar charutos cubanos de boa qualidade e preço justo é direto com os campesinos produtores de Tabaco. Em Vinales há muito deles, inclusive na área urbana dessa pequena e charmosa cidade rural de Cuba. O que se passa é que cada produtor de Tabaco tem que vender (por um "valor simbólico") para o governo 80 a 90% por cento da produção do tabaco já seco e pronto para ser embrulhado como puro (como chamam na Espanha, puro pois vai só folha do tabaco e nada mais). Todo processo demora quase 2 anos entre o plantio e a secagem natural. Assim, o governo compra por preço simbólico desses campesitos e trata nas fábricas estatais colocando sabor mais forte ou suave e alguns processos químicos. Assim, a marca dos charutos individuais sai entre 16 a 50 dólares nas lojas oficiais em Havana. Se não for a Vinales, em Havana você pode comprar na "Romeo Y Julieta Cigar Factory" (Endereço aqui) ou na Tienda De Habanos, Cafe y Ron (fica fim da plaza das armas). Mas você pode comprar o mesmo charuto (mas sem a marca oficial) dos campesinos por 5 dólares em Vinales. É de extrema qualidade e altamente confiável, pois as famílias do airbn mesmo indicam e ninguém quer levar uma avaliação negativa lá na plataforma. Então pode confiar. Mais barato que isso em qualquer lugar não é um puro autêntico. Os Cubanos fumam charutos de baixa qualidade, quando são misturadas outras folhas que não a do tabaco ou o processo de secagem é acelerado, ou seja, não é natural, assim perde-se a qualidade e tals. Daí os cubanos fumam os que valem menos de 100 pesos (R$ 3,00), não é que são falsificados, mas são de baixa qualidade comparado aos verdadeiros puros. O problema é os golpes que relatei acima, que pegam esses não puros e vendem como se fossem puros por 5 a 10 dólares cada e passam a impressão que estão fazendo uma "promoção" ao embalar com marcas oficiais do governo, como Romeu e Julieta. Viaje a Cuba! Cuba foi a última viagem antes da minha paternidade. Agora vou descansar um pouco e voltar a viajar daqui uns anos quando bebe tiver grande e poder ficar com os avós. Conheci todos os países da América do Sul e por fim Cuba, mas se soubesse teria visitado Cuba antes. Não fui porque achava uma viagem mais complicada e cara, mas após todos os dias que passei lá percebi que Cuba é um dos destinos mais baratos da América do Sul, se você souber se virar bem e pesquisar. Principalmente aqui no fórum tem muita dica e acaba viabilizando a viagem. Mas tentem priorizar Cuba em seus roteiros! Parte do seu charme é poder quase como fazer uma viagem do tempo e retornar ao uma vida em ritmo mais lenta, e porque não mais mentalmente saudável do que a que vivemos no capitalismo ocidental nos tempos atuais. E não sei até quando vai durar isso, pois a ilha está se transformando rápido demais, ainda mais com a abertura do mercado. Cuba é um país apaixonante, com paisagens incríveis e um povo orgulhoso da sua história (menos parte dos jovens kkkk). A segurança é incrível, você pode caminhar pelas ruas mais escuras a qualquer horário da noite e não se passa nada. É um país peculiar, com estilo de vida e funcionamento cheio de desafios mas que culminou em um povo criativo e resiliente frente a realidade, que sempre dão um jeito para botar para funcionar as coisas antigas e os desafios de um bloqueio econômico assassino ou de um governo que encontra desafios em superar o paradigma do modelo soviético e se abrir com mais modernidade e flexibilidade aos desafios da abertura ao mercado. Orçamento geral: Passagem aérea ida e volta: Copa Airlines. Escala Panamá. Custo: R$ 2.700,00 Efetivo em dólares levados: 600 usd (convertidos em Joinville a partir de R$ 3.200,00, onde consegui comprar o dólar por R$ 5,44 na casa de câmbio (cotação oficial do dia estava em 5,15). Gastos cartão crédito: para as reservar de hospedagem via airbn, compra das passagens do ônibus da viaazul e alguns passeios e restaurantes: R$ 500,00. Custo total da viagem: por volta de R$ 6.500,00 Planejamento do roteiro Para o planejamento do roteiro me inspirei muito no tópico do @Fael Fepi que mochilou por 30 dias por Cuba e relatou aqui no fórum sua viagem. Mas como tinha apenas 18 dias disponíveis, adaptei o roteiro do seguinte modo: Havana: 06 dias (entre chegada e partida) Santiago de Cuba: 02 dias cheios Santa Clara: 02 dias (considerando que em um dia a ideia era fazer bate e volta até Cayo Santa Maria). Trinidad: 02 dias (considerando que um dia fiz bate e volta até a Playa Ancón). Cienfuegos: 01 dias, Playa Girón: 01 dias Viñales: 03 dias (considerando um dia um bate e volta até Cayo Jutias. Mas foi corrido aqui, pois dois dos dias em Vinales foram meio período, porque cheguei fim da tarde e tive que ir embora meio dia). Deslocamento entre cidades: 1 dia. Gostei de todas as cidades que passei e sugiro todas. Cada uma possui um encanto e atrações únicas, conforme tentarei relatar nos tópicos específicos. Se eu tivesse 30 dias, faria do seguinte modo: Havana: 06 dias cheios (sem contar os dias que você chega e parte, que acabam sendo bem corridos) Santiago de Cuba: 02 dias cheios Baracoa: 03 dias Santa Clara: 01 dias Remédios: 02 dias (sendo um deles bate e volta até Cayo Santa Maria) Trinidad: 03 dias (considerando que um dia fiz bate e volta até a Playa Ancón). Cienfuegos: 01 dias, Playa Girón: 01 dias Playa Larga: 02 dias (lugar ótimo para fazer snorkeis e tem lugares baratos para passar dia allincluse) Matanzas: 01 dia Varadero: 01 dia Viñales: 04 dias cheios (considerando um dia um bate e volta até Cayo Jutias que é imperdível). Deslocamento entre cidades: você vai perder uns 3 dias +-. Referências midíaticas e bibliográficas para enriquecer sua viagem a Cuba SANTOS, Fabio Luis Barbosa dos; VASCONCELOS, Joana Salém; DESSOTTI, Fabiana (ORGS). Cuba no século XXI: dilemas da revolução. São Paulo: Elefante, 2017. Disponível em: https://www.marxists.org/portugues/tematica/livros/cuba/cuba-no-sec-XIX.pdf ou https://drive.google.com/file/d/1SBLvUkcJ2TG7v9pKFLfxrLJ48dWG4Fyc/view?usp=sharing. Magnífico livro escrito em 2016 por um conjunto de 30 pesquisadores brasileiros, que passaram o ano estudante teoricamente Cuba e depois fizeram uma Viagem de campo a ilha no mesmo ano. São 22 capítulos curtos escritos a partir de perguntas curtas. A questão é que depois de 2016 veio Trump e mais de centenas de sanções econômicas, adicionando Cuba na lista de países terroristas e todas consequências econômicas que disso resulta e todos imaginam, além é claro da pandemia que arrasou o país. Então o cenário não está tão otimista quanto na época, mas mesmo assim é uma leitura fundamental para chegar na ilha bem situado politica e economicamente. Cuba e o Cameraman. Documentário disponível no netflix: https://www.netflix.com/title/80126449 . Jon Alpert acompanha os destinos de três famílias cubanas ao longo de quatro conturbadas décadas da história da nação. ele retorna de dez em dez anos na ilha para ver as mudanças na vida dessas famílias em cada contexto econômico que descrevi nas considerações iniciais. Um filme emocionante e arrepiante para mostrar as conquistas da revolução, mas também triste por notar como bloqueio econômico e o isolamento político e econômico resultou vida difiícil na década de 90, e esperançoso por mostrar rumo melhor na década de 2010. mas Jon Alpert precisa voltar a Cuba agora no pós pandemia para registrar esse período histórico que está se passando por lá!
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Estou planejando meu Mochilão em agosto de 2023, tem como destinos: Capitólio - MG; Jalapão - TO; Lençois Maranhenses - MA; Alter do Chão - PA; Bonito e Pantanal.
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Olá! Alguém com um roteiro para compartilhar para um mochilão de 20 dias entre Bolívia, Chile e Peru? Muito Obrigado!
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Olá, me chamo thaylon e tenho 17 anos. Sempre gostei de viagens (apesar de nunca ter viajado de verdade) e sempre quis conhecer o mundo, foi através de alguns canais no YouTube que surgiu a inspiração de tentar de alguma forma viver de mochilão, visitando países e suas culturas mas tenho grandes problemas que ainda não solucionei e que decidi compartilhar aqui para que alguém me ajude nesse sonho meu. Bom, para começar tenho dois anos para me preparar e estou querendo sair da minha cidade (são Luis, Maranhão) e ir até o sul, mais precisamente santa Catarina e de lá seguir para os outros países. agora que falei um pouco dos meus objetivos quero falar dos meus problemas e é aí que você entra. Problemas: Um orçamento bom? O básico para levar? A pé ou de bicicleta? Worldpackers funciona mesmo? E como perder o medo de fazer essa aventura? Essas são minhas principais dúvidas, Muito obrigado pela atenção que você me deu até aqui. ♥️
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Salve Salve Mochileiros! Segue o relato do mochilão realizado na Bolívia no final de 2018, se liga na vibe do nossos visinhos bolivianos... 1º Dia: Partida - 26/12/2018 - 15h00 - São Paulo x Porto Quijarro - Empresa La Preferida R$315,00 Partimos de São Paulo dia 26 de Dezembro de 2018 as 15:00pm da tarde do Terminal Rodoviário da Barra Funda. O ônibus teve um atraso de 30 minutos para que todos os passageiros guardassem suas bagagens no ônibus. A viagem é tranquila e o ônibus muito bom com banheiro e água da empresa La Preferida. Este primeiro trecho da viagem foi entre São Paulo à Porto Quijarro já na Bolívia. A viagem foi tranquila com duração de quase 23 horas e com paradas de 3 em 3 horas. 2º Dia: Partida - 27/12/2018 - 13h00 - Porto Quijarro x Santa Cruz de la Sierra - Empresa 2 de Mayo Bs$100,00 - Moto Táxi Bs$6,00 - Taxa terminal Bs$3,00 Depois de horas na estrada estávamos próximos ao serviço aduaneiro de fonteira terrestre - ADUANA - na fronteira com a Bolívia. Pensamos que o ônibus iria parar para que fizéssemos a saída do Brasil e depois a entrada na Bolívia, mas o ônibus passou direto na fronteira e só parou no Terminal Rodoviário de Porto Quijarro, já em território Boliviano. No terminal rodoviário trocamos um pouco de real em pesos bolivianos e guardamos nossas mochilas na sala vip da empresa La Preferida que foi gentilmente cedida aos passageiros, logo depois pegamos um moto táxi por Bs$3,00 bolivianos para retornar à fronteira para darmos a saída do Brasil na ADUANA Brasileira e firmar a entrada na ADUANA Boliviana. O trecho do terminal rodoviário até a fronteira leva menos de dez minutos. Chegamos na fronteira e atravessamos para o lado brasileiro novamente para fazer a saída do Brasil. A fila estava grande para quem fosse dar entrada no país mas para quem era brasileiro e estava dando a saída do país, no caso do Brasil, estava sendo atendido mais rápido. Fomos atendidos depois de uns 40 minutos e corremos para a fila da ADUANA Boliviana que esta um pouco menor. Carimbamos nossos passaportes e firmamos a entrada na Bolívia. Agora estávamos em dia com o controle de imigração rsss. Após todo trâmite da fronteira retornamos para o terminal rodoviário para almoçar e comprar nossa passagem para a nossa próxima parada, a cidade de Santa Cruz de la Sierra. Compramos em um dos diversos guichês na rodoviário pela empresa 2 de Mayo por Bs$100,00 bolivianos mais a taxa do terminal de Bs$3,00 bolivianos para as 13:00pm com aproximadamente 16 horas de duração. Poderíamos pegar o famoso Trem da Morte pelo mesmo valor e que também sai de Porto Quijarro mas leva um pouco mais de tempo para chegar em Santa Cruz e como estávamos com pouco tempo preferimos ir de ônibus mesmo. A viagem foi tranquila passando por diversas florestas e rios nos mostrando paisagens lindas do território boliviano. Fizemos algumas paradas durante o caminho para comer e ir ao banheiro pois no banheiro deste ônibus só podia mijar. Logo no começo da viagem o cobrador pediu para que quem precisasse cagar era pra pedir pra ele que eles paravam o ônibus para a pessoa fazer na estrada, pois como a viagem seria longa, se fosse fazer no ônibus mesmo ninguém aguentaria o cheiro. Mas ninguém precisou rsss. 3º Dia: Partida - 28/12/2018 - 11h30 - Santa Cruz de la Sierra x La Paz - Empresa Concórdia Bs$220,00 - Banheiro Bs$4,00 - Taxa Terminal Bs$5,00 Chegamos em Santa Cruz por volta das 4:00am da madrugada. Ficamos aguardando o Terminal Bimodal de Santa Cruz abrir as 6:00am para poder fazer o cambio da moeda e comprar nossas passagens para nosso próximo destino, La Paz. Ficamos aguardando em alguns bancos que tem do lado de fora do terminal, quando um policial da INTERPOL abordou um de nós pedindo o documento de entrada na Bolívia. Documentos conferidos e fomos liberados rapidamente. Se não tivéssemos feito a entrada no país seríamos multados por estarmos ilegais no país pagando uma multa por este delito. O terminal começou a abrir e logo vimos uma mulher vendendo as passagens para La Paz pela empresa chamada Concórdia pelo valor de Bs220,00 bolivianos, já adiantamos e compramos. Depois entramos no terminal para aguardar nossa partida que seria somente às 11:30am, então tínhamos um bom tempo para comer, trocar dinheiro, tomar banho e dar uma volta pelos arredores do Terminal Bimodal de ônibus de Santa Cruz de la Sierra. Pagamos Bs1,00 boliviano para banheiro e Bs3,00 bolivianos para banho no terminal, isso acontece em toda a Bolívia, todo banheiro será cobrado, seja para necessidades ou seja para banho. Então separem suas moedinhas, pois elas serão muito úteis para isso. Outra utilidade para as moedas, são as taxas de embarque que todo terminal de ônibus cobra. Depois que compramos nossa passagem tivemos que ir em outro guichê para pagar a taxa de embarque do terminal que nos custou Bs$5,00 bolivianos. Dentro do ônibus antes de sair do terminal, um fiscal entra conferindo pessoa por pessoa o pagamento da taxa. Andamos nas ruas ao redor do terminal e encontramos diversas barracas com comidas de rua. Tinha bastante comida típica, muitas sopas e caldos, sucos e escolhemos para começar as famosas salteñas e empanadas boliviana. São maravilhosamente deliciosas e valeu muito a pena experimentar. Comemos também o famoso cuñapé, que seria o pão de queijo boliviano. Outra delicia boliviana mas confesso que os pães de queijo da minha avó são infinitamente melhores que os cuñapé boliviano ahuahuahuahu. Desculpa aew Bolívia rs. Retornamos ao terminal e embarcamos rumo a La Paz em uma viagem aparentemente tranquila mas assim que íamos distanciando de Santa Cruz o trajeto começou a ficar um pouco tenso. O trecho que passamos estava em obras e tivemos que passar por diversos desvios ao lado de desfiladeiros e enormes rios que cruzávamos a todo momento. Mais a noite o tempo mudou e começou a chover forte e o trânsito ficou bastante lento em alguns lugares. Com a noite chegando, a escuridão dominava e não tínhamos noção de onde estávamos passando, mas quando um relâmpago clareava tudo r nos dava a visão do quão perigoso estava o trecho que estávamos passando. Após o transtorno do trecho em obras fizemos mais uma parada para esticar as pernas, ir ao banheiro, comer alguma coisa, comprar água pois seria a ultima parada até La Paz. Como estava um calor de quase 30º graus desde Porto Quijarro, não nos importamos em colocar roupas de frio e seguimos em frente. Assim que o ônibus começou a chegar próximo da cidade de El Alto por volta das 5:00am da manhã sentimos o verdadeiro frio da Bolívia. 4º Dia: Partida - 29/12/2018 - La Paz - Banheiro Bs$1,00 - Hostel Bs$153,00 - Van Bs$5,00 - Teleférico Bs$3,00 - Empresa Diana Tour Bs$40,00 Pela janela do ônibus só se via um descampado sem árvores, sem vegetação, coberto somente por uma grama curta e alguns arbustos e muito frio. Tinham diversas casas feitas de barro no meio do nada. Meu coração começou a bater mais forte e a falta de ar também começou levemente. Estava com os esfeitos da altitude, o soroche. Notei que estávamos próximos de El Alto, a última cidade antes de La Paz. O ônibus fez uma parada e mais da metade dos passageiros ficaram por ali mesmo. Perguntamos se ali seria o ponto final do ônibus. Algumas pessoas e o cobrador responderam que sim. Que teríamos que descer ali e pegar o teleférico até La Paz. Quando pegamos nossas mochilas do bagageiro do ônibus, perguntei para o motorista se ali seria o ponto final. Ele respondeu que não, que ali era ponto final pra quem era de El Alto. Subimos novamente no ônibus e ai sim seguimos rumo ao Terminal de Buses de La Paz. Chegamos por volta das 7:00am da manhã no terminal e bem na hora do rush. Havia muito congestionamento e resolvemos saltar do ônibus antes de chegar no terminal e continuarmos a pé o trajeto. No terminal de buses de La Paz usamos o banheiro por Bs$1,00 boliviano, compramos nossas passagens para Copacabana por Bs$40,00 bolivianos pela Diana Tour e usamos o wi-fi gratuitamente para podermos acessar o mapa no telefone para poder seguir a pé para a Rua Sagarnaga. Esta rua esta concentrado a maioria das agências de câmbio, das agências de turismo, hotéis, pousadas e hostel. Fica bem próximo do Mercado Lanza, do famoso Mercado de las Brujas, da Igreja e Convento São Francisco, da Av. Illampu que contém diversas agências de turismo também. Ficamos hospedados no Hostel York B&B na rua Sagarnaga mesmo por Bs$153,00 bolivianos a diária por um quarto duplo, café da manhã e com banheiro privado. Como chegamos muito cedo no hostel e o check-in seria um pouco mais tarde, guardamos nossas mochilas na recepção do hostel e tomamos algumas xícaras de chá de coca para amenizar os efeitos da altitude que já estavam dando seus sinais. Ficamos por alguns bons minutos na cozinha do hostel tentando acostumar com aqueles sintomas e assim que o chá de coca fez efeito resolvemos sair pra rua para encontrar agências de câmbio para trocar nosso dinheiro e aproveitamos para dar uma volta na rua do Mercado de las Bruxas que estava começando a abrir. Retornamos para o hostel para fazer o check-in, pois já estava no horário, nos acomodamos no quarto que reservamos, tomamos um belo e merecido banho, arrumamos as mochilas menores e bora pra rua novamente almoçar e aproveitar o dia que por incrível que pareça estava fazendo sol com todo aquele frio. Então não podíamos perder tempo e saímos logo em direção à Praça Murillo, um dos cartões postais de La Paz. Ficamos um tempo nesta praça até que resolvemos perguntar para um guarda como se chega no Mirador Kili Kili. Ele nos orientou a pegar um tipo de van por ali mesmo em uma esquina da Praça Murillo pagando Bs$5,00 bolivianos que conseguiríamos chegar na entrada do mirador. Achamos a van e aguardamos por alguns minutos até que lotasse a van de passageiros. O percurso até o mirador durou apenas 10 minutos. A van percorre alguns lugares da cidade parando em alguns e seguiu rápido em direção ao mirador. Transporte barato, rápido e eficaz. O Mirador Kili Kili nos da a visão da grandeza de La Paz. Tem uma vista impressionante da cidade. Ficamos por horas neste local, até que o tempo que estava aberto se fechou de uma hora pra outra e começou a chover até granizo. Ficamos por quase uma hora em um abrigo no mirador aguardando a chuva passar. Foi impressionante ver aquela tempestade do mirador com seus raios cortando toda a cidade de La Paz. Assim que a chuva deu uma trégua conseguimos ir até o ponto e pegamos a van que nos deixou na Praça Murillo novamente. De lá fomos ao mercado Camacho comer uma típica comida boliviana. Estava frio e chuvoso e nossos estômagos estavam roncando de fome. Andamos por cerca de 10 minutos e já estávamos no Mercado Camacho. Pedimos dois pratos tipicamente bolivianos porem esquecemos de perguntar quantas pessoas eles serviam ahuauhaua. Vieram dois pratos enormes, um chamado Picana Navideña e outro chamado Planchitas que juntos serviam 4 pessoas facilmente ahuahuhauhau. Fiquei pensando depois que o garçom poderia ter nos avisado rsss mas tudo bem, comemos até o cu fazer bico! kkkkkkkkkk Barriga cheia, pé na areia! Saímos do Mercado Camacho e fomos nos aventurar nos famosos teleféricos da cidade. Foi sensacional andar por cima da cidade naquelas cabines. Parecia que estávamos flutuando sobre La Paz. O sistema teleférico em La Paz foi inaugurado no ano de 2014 ligando as cidades de El Alto e La Paz. Hoje em dia La Paz contém 9 linhas integradas levando 18.000 pessoas por hora, facilitando o trânsito caótico gerado pela geografia caprichosa do lugar. As linhas são interligadas, porém cada uma delas será cobrado uma tarifa de Bs$3,00 bolivianos caso tenha que trocar de linha. Retornamos ao hostel para descansar um pouco e aclimatar pois o soroche estava acabando com nosso fôlego e o coração disparava a toda hora. Como íamos subir mais ainda resolvemos ficar de booooa no hostel pois logo de manhã iriamos sair em direção ao Terminal de Buses de La Paz para tomar o ônibus para o nosso próximo destino, a cidade de Copacabana às margens do lago mais alto do mundo, o Lago Titicaca. 5º Dia: Isla Del Sol - 30/12/2018 - La Paz x Copacabana x Isla Del Sol (((((Continua no próximo post)))) Facebook: https://www.facebook.com/tadeuasp Instagram: https://www.instagram.com/tadeuasp/ (...)
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RELATO TRIP - @der_wanderlust .pdfINTRODUÇÃO E PREPARATIVOS para quem quiser, tem a versão mais bonitinha em PDF aqui -> (edit: NÃO SEI PORQUE O ARQUIVO PDF APARECE COMO INDISPONÍVEL PARA DOWNLOAD, MAS QUEM QUISER O RELATO COMPLETO EM PDF, É SÓ CHAMAR NO INSTA @der_wanderlust) RELATO TRIP - @der_wanderlust .pdf PROMESSA FEITA, PROMESSA CUMPRIDA... Fala galera mochileira e não-mochileira, Depois de ter colocado o pézinho pra fora desse Brasilzão pela primeira vez na vida na minha primeira trip internacional, me sinto na obrigação moral de retribuir a toda ajuda que eu recebi de outros mochileiros que já tinham feito esse rolê antes, e que compartilharam suas experiências de viagem, para que pessoas como eu, que nunca tinham comprado sequer uma passagem aérea antes, pudessem viver uma das experiências mais incríveis da vida: mochilar!!! Então, cumprindo a promessa que fiz antes de viajar, cá estou eu, escrevendo este relato, que também espero que inspire muitas outras pessoas a pegarem sua mochila e partirem pro mundo, porque viajar é preciso!!! RESUMÃO O clássico mochilão pelos três países, 40 dias, desembarcando em Lima, indo pra Ica, Arequipa, acampando com escoteiros do mundo todo em Cusco, depois indo pra Puno, passando por Copacabana, La Paz, fazendo a travessia do Salar do Uyuni e chegando no Atacama e descendo até a capital chilena para pegar o voo de volta para casa. Tudo realizado entre julho e agosto de 2018, rodando mais de 5.000 km, só andando de bus entre cidades (porque pobre tem que fazer o dinheiro render kkkk). E por falar de dinheiro, vamos a parte interessante. João, quanto custou essa brincadeira toda? Pois bem, vamos por partes: Comida, transportes, hospedagens e passeios fora do acampamento (30 dias) R$ 4743 (1000 euros) Lembrancinhas e bugigangas pra família toda R$ 667 (parte em dólar, parte em reais) Passagens Áereas (Londrina-Lima/Santiago-Londrina) R$ 1476 (em reais mesmo) Acampamento em Cusco (10 dias, tudo incluso) R$ 1409 (exclua isso da sua planilha) Chip Internacional EasySIM4U R$ 120 (e ganha 6 revistas super tops) Seguro Viagem (40 dias) R$ 110 (economizei 500 dólares com ele) Excluindo o monte de blusa, chaveiro, cobertor, poncho que eu comprei lá (tudo é muito barato no Peru e na Bolívia), foram R$ 7850 tudinho mesmo. O que mais me pesou foram as passagens aéreas, por eu ter que sair do meu país Londrina-PR (pequena Londres com preços de Suíça), que só tem um aeroporto regional, as passagens saíram uns 300 reais mais caras do que se saísse de Guarulhos, só que ai gastaria com ônibus até São Paulo e no fim das contas daria na mesma. Então, considerando os 30 dias que eu estava na viagem “regular”, ou seja, que eu não estava acampado, minha média foi de R$ 163 por dia (alimentação, passeios, ingressos, hospedagem e transporte). Saiu um pouco caro, mas muito mais barato do que se eu tivesse ido de pacote de agência de viagem que se vende aqui no Brasil. O ROTEIRO O roteiro eu mostro detalhado aí embaixo com o mapa do My Maps (usem o My Maps, é muito bom pra quando você está planejando que lugares quer conhecer, ver quais cidades são próximas, quanto tempo de deslocamento e coisas assim). O roteiro por cidades ficou desse jeito: 20 jun – Londrina/Lima 21 jun – Lima - (City Tour) 22 jun – Lima/Ica - (Miraflores) 23 jun – Paracas/Huacachina - (Reserva Nacional e Islas Ballestas) 24 jun – Arequipa - (City Tour) 25 jun – Arequipa - (Trekking Canion del Colca) 26 jun – Arequipa/Cusco - (Trekking Canion del Colca) 27 jun/05 ago - Acampamento Vale Sagrado 06 ago – Cusco - (Maras e Moray) 07 ago – Cusco - (Dia no Hospital) 08 ago – Cusco/Águas Calientes - (Trilha hidrelétrica) 09 ago – Machu Picchu - (Huayna Picchu) 10 ago – Águas Calientes/Cusco - (Trilha de volta) 11 ago – Cusco - (Montanha Colorida) 12 ago – Cusco - (Laguna Humantay) 13 ago – Cusco/Puno - (Mercado San Pedro) 14 ago – Puno/Copacabana - (Islas Flotantes de Uros) 15 ago – Copacabana/La Paz - (Isla del Sol e Isla de la Luna) 16 ago – La Paz - (City Tour) 17 ago – La Paz - (Downhill Estrada da Morte) 18 ago – La Paz/Uyuni - (Chacaltaya e Vale de la Luna) 19 ago – Uyuni -(Salar 3 dias) 20 ago – Uyuni - (Salar 3 dias) 21 ago – Uyuni/San Pedro de Atacama - (Salar e Vale de la Luna) 22 ago – San Pedro de Atacama - (Lagunas Escondidas e Tour Astronomico) 23 ago – San Pedro de Atacama/Santiago - (Geyseres del Tatio) 24 ago – Santiago - (1700 km rodados pelo Chile) 25 ago – Santiago - (City Tour) 26 ago – Viña del Mar/Valparaíso - (Bate e volta) 27 ago – Santiago - (Cajón del Maipo) 28 ago – Santiago/Londrina Quando eu sai do Brasil, planejava ficar mais dias em Huacachina e menos em Arequipa, planejava fazer o tour do Vale Sagrado Sul em Cusco, assim como outros passeios em San Pedro de Atacama, mas como não viajei com o roteiro amarrado, ou seja, não tinha comprado passagem de bus nenhuma, nem reservado passeios ou hostels (exceto por Machu Picchu), pude muda-lo na hora, seja por amizades que fiz no caminho, ou por perrengues como o dia 07/08 que eu passei no hospital (isso eu conto depois). Por isso eu não recomendo comprar nada daqui do Brasil, nem reservar passeios, nem passagens de ônibus, nem hospedagem, tudo você consegue lá na hora, pechinchando e barganhando, assim você consegue preços melhores e não fica com o roteiro amarrado, você tem mais flexibilidade caso mude de ideia ou aconteça alguma coisa. Não tem segredo, tem que pesquisar, na internet, em blogs de viagens, no Mochileiros.com, em relatos de quem já foi, no meu caso, peguei um roteiro de 20 dias num blog, e fui adaptando, adicionando cidades e passeios, vendo os ônibus e hostels que eu poderia usar. Para os passeios, eu procurava nos relatos do Mochileiros.com e via as agências que a galera recomendava e já ia anotando o nome e o preço que pagaram pelos passeios. Para a hospedagem, eu procurava no Booking.com o nome da cidade, ordenava pelo menor preço, e ia vendo as avaliações da galera, se tinham curtido o lugar, mas sem reservar nada, só anotava o nome, o preço da diária, e quando chegava na cidade, ia direto nele (muitas vezes reservava o hostel pelo Booking quando chegava na cidade, pra não ter que pagar em caso de cancelamento). Para os transportes entre cidades, procurava no Rome2Rio as empresas que faziam o trajeto, o preço médio das passagens e já deixava anotado, mas também comprava só quando chegava na cidade, teve alguns que deixei pra comprar no dia da viagem mesmo. Para a alimentação, era na raça mesmo, perguntava para os locais mesmo onde tinha lugar bom e barato para comer, mas para planejamento, calculava R$ 40,00 por dia com comida. Tinha vez que gastava R$ 10,00, tinha dia que gastava R$ 50,00, mas fome não passava kkk. QUANTO LEVAR? Depois de definir o roteiro, ia anotando numa planilha no Excel mesmo, o roteiro por dia, os preços médios dos passeios, dos ônibus, das hospedagens, mais uns R$ 40,00 por dia pra comer, somei tudo e levei uns 20% a mais, só pra garantir. Funcionou bem, pelas minhas contas, eu precisava levar 1400 euros, trouxe 400 de volta, que já estão guardados para a próxima trip. Mas ainda levei meu cartão de crédito internacional, já desbloqueado para operações no exterior, só para uma possível emergência. Felizmente não precisei usá-lo. PREPARATIVOS Passagens Aéreas As duas piores partes da viagem são: comprar passagens aéreas e comprar moeda estrangeira, porque independentemente do quanto você pesquisa, parece que sempre você tá perdendo dinheiro. As passagens eu recomendo comprar uns 4 ou 5 meses antes da viagem. As minhas, comecei a procurar em janeiro, comprei em março, pra uma viagem para julho. Como eu tinha definido o roteiro primeiro, sabia que queria chegar por Lima e sair por Santiago, então procurava em todos os sites de busca possível na vida. Usei a opção “Múltiplos Destinos” ou “Várias Cidades”, passagens Londrina-Lima (20/07) e Santiago-Londrina (27/08), o Skyscanner tinha os melhores preços, mas ainda assim estava meio caro (R$1600). No site da Latam, Avianca, tudo acima de R$1800. Aí por acaso eu fui andar no centro da cidade um dia e passei em frente a agência da CVC, estava com sede, aí pensei, vou entrar, fingir que quero um orçamento e tomar uma água né? Tinha certeza que na agência de turismo seria o lugar mais caro. A atendente fez a busca no sistema dela, aí me disse: “R$ 1500 e pouco com bagagem despachada”, e eu: “como assim???? Mais barato que no site da Latam”. Acabei comprando lá, e como paguei a vista, teve um descontinho lá e saiu por R$1476 (comprei a passagem em março, minha viagem era em julho). Depois, de vez em quando eu olhava nos sites de busca e o preço não abaixava mais, então acredito que peguei a passagem com o preço mais barato possível kkk. A única coisa, é que em junho, a Latam trocou as escalas do meu voo de volta, ai a CVC me ligou para avisar que se eu voltasse no dia 27/08, teria uma escala noturna gigante no Rio de Janeiro, e acabaria chegando no dia 28/08, então ela me propôs voltar dia 28/08 num voo que eu pegaria escalas menores e chegaria no mesmo dia. Aceitei, o que foi a melhor coisa, porque ganhei um dia extra no fim da viagem. Chip Internacional Vou ser bem sincero, eu queria muito não ter comprado, mas como estava com tudo sem reservar, não conhecia nada, e queria dar um up no meu Instagram, fazer uns stories legais e postar tudo (pobre quando viaja tem que mostrar pra meio mundo, né?), e ainda por cima apareceu uma promoção da Revista Aprendiz de Viajante, que na compra de 6 revistas por R$ 120,00, de brinde ganhava um chip da EasySIM4U, com 4G ilimitado por 30 dias em todos os países, acabei comprando, não me arrependo, a internet funcionou muito bem mesmo, nas cidades, em alguns passeios, até em Machu Picchu funcionava, só no Salar do Uyuni que não tinha sinal nenhum. Também é possível comprar os chips nos países, não custa caro, mas tem que por crédito, troca o número, e tem franquia limitada, além de trocar o chip sempre que troca de país. Esse chip internacional funcionou nos 3 países, mas não servia pra ligações, apenas dados móveis. Além disso, como viagem era de 39 dias, e o chip só funcionaria por 30 dias, coloquei sua data de ativação para a partir do 9° dia, assim teria internet nos últimos 30 dias. Nos primeiros dias teria que me virar pedindo “la contraseña del wifi”. Usar chip brasileiro no exterior é pedir para pagar absurdos no fim do mês. Moeda Estrangeira Essa parte é com certeza a mais complicada, como levar dinheiro para a viagem? Reais, dólar, euro, cartão internacional, tele sena? Primeiramente, o cartão, mesmo sendo mais seguro, cobrava muitas taxas, fora os impostos que eram altíssimos para uso no exterior, além disso, muitos lugares não aceitam, então já risquei da minha lista. Bem, a moeda do Peru é o Novo Sol (S/)(PEN), da Bolívia é o Boliviano (Bs.)(BOB), e do Chile é o Peso Chileno ($)(CLP), por serem moedas “fracas”, suas cotações para compra no Brasil são as piores, então, ou compre dólar/euro no Brasil para trocar lá, ou leve real e troque lá. No meu caso, depois de muitas contas, cheguei à conclusão de que compensaria levar dólar ou euro, ao invés de reais. Para saber se compensa é só usar a formulinha que eu desenvolvi kkk (Quanto consigo em Soles levando Dólares) / (Quanto consigo em Soles levando Reais * Preço do Dólar em Reais) Se essa conta for maior do que 1, leve dólar, caso contrário, leve reais. Essa fórmula serve para todas as outras moedas, substituindo Soles por Bolivianos, Pesos, ou qualquer outra moeda fraca. Também pode ser substituído o Dólar por Euro, ou Libra, ou outra moeda forte. País Peru Bolívia Chile Real 0,77 PEN 1,65 BOB 152 CLP Euro 3,80 PEN 8,00 BOB 753 CLP Dólar 3,25 PEN 6,90 BOB 650 CLP As cotações estavam assim, então preferi comprar euros. No Banco do Brasil a cotação estava melhor que nas casas de câmbio, e para funcionários, não é cobrada a taxa de operação, então se você tem algum parente ou conhecido que trabalhe lá...#ficaadica. Enfim, comprei 1400 euros por R$4,72 para levar, depois comprei mais 250 dólares por R$4,04, e na véspera, minha tia ainda me deu mais R$300 para comprar um poncho de lhama kkk. Toda essa grana devidamente guardada num saquinho de plástico com um papelão no meio para não amassar, dentro de uma doleira que eu usava amarrada na coxa (na cintura é muito manjada) por baixo da calça, com medo de alguém roubar aquilo assim que eu saísse do aeroporto. Importante, não dobrar as notas de dólar ou euro, lá eles são bem chatos com isso. Voltei para casa com R$200,00, 400 euros e 20 dólares. Seguro Viagem Aproveitei a Black Friday de 2017 e comprei o seguro viagem da Allianz Mondial, por R$109, plano América do Sul Standart, para 30 dias, estava com 50% OFF. Aí, em março, quando comprei a passagem para mais de 30 dias, liguei lá, expliquei a situação, aí cancelaram minha apólice, devolveram todo meu dinheiro, e fizeram uma nova apólice de 40 dias por R$110, pasmem. E pelo menos no meu caso, não foi um gasto, foi um investimento muito bem usado. Certificado Internacional de Vacinação Essa porc%#** desse certificado, teoricamente é obrigatório para entrar na Bolívia ou Amazônia Peruana, aí todo mundo se mata pra conseguir, tendo que ir em algum posto da ANVISA para tirar (é de graça), aí chega na hora da viagem e ninguém nem pede (ninguém me pediu). Mas é a famosa Lei de Murphy, se você viajar sem, tenha certeza de que te pedirão, então não arrisque, procure onde é o posto da ANVISA mais próximo da sua casa e faça esse certificado. Ingresso para Machu Picchu O famoso ingresso, como eu ia na alta temporada (junho a agosto) e queria subir a Huayna Picchu (aquela montanha que aparece no fundo de MP), tive que comprar o ingresso em abril para poder subir em agosto. Caso você não queira subir nenhuma montanha ou vá na baixa temporada, não precisa de tanta antecipação. O acesso ao parque é limitado a 2000 pessoas por dia. Pedi para um guia turístico que mora em Cusco que conheci num grupo de viagens do Whatsapp, para que ele comprasse para mim, para que eu conseguisse o desconto de estudante. Mandei foto da minha carteirinha (ISIC e normal) e ele conseguiu comprar com desconto, de 200 soles, paguei 125. Mas caso você não tenha carteirinha, pode comprar pelo site oficial http://www.machupicchu.gob.pe/, ou pode deixar para comprar lá em Cusco mesmo. Mochilas De bagagem de mão, eu levei uma mochila de ataque de 30 L daquelas da Decathlon (comprem essas coisas na Decathlon que é top e barato), com uma pastinha com o passaporte, certificado de vacinação, passagens aéreas e minha caderneta de anotações. Já pra despachar foram: uma cargueira de 85 L da Conquista que eu já tinha há anos, com praticamente tudo dentro, além de um saco de dormir para -15° (emprestado de um amigo), um isolante térmico inflável (também da Decathlon e também emprestado de um amigo) e minha barraca Azteq Katmandu 2/3. Para não despachar esse monte de coisa amarrado e correr o risco de perder tudo ou alguém enfiar drogas na minha mochila cheia de zíperes (minha mãe assiste aquelas séries de aeroportos no NetGeo e ficou morrendo de medo kkk), eu pedi pra um amigo que trabalha com tapeçaria e ele costurou um saco para colocar tudo dentro e com um zíper só para poder passar um cadeado e deixar a mãe tranquila (ficou parecido com uma bolsa de academia). O que levar? Para detalhar melhor, tá aí uma lista completinha de tudo que eu levei: · 1 bota impermeável (Yellow Boot Timberland), 1 tênis (All Star velho), 1 par de chinelos e 1 par de alpargatas. · 2 toalhas de banho (1 normal e 1 daquelas da Decathlon que seca rápido) e 1 toalha de rosto, Kit banho (shampoo, condicionador, sabonete e bucha). · 1 estojo (pasta, escova, fio dental, desodorante, perfume, repelente). · Hidratante e protetor labial (levem, senão a boca e o rosto de vocês esfarelam no deserto). · 4 calças (2 jeans, 1 de sarja com elástico e 1 de moletom) e 2 bermudas (1 jeans e 1 de praia). · 8 camisetas. · 12 cuecas e 7 pares de meia. · 2 camisetas segunda pele. · 3 blusas (2 de lã e 1 de moletom). · 1 casaco impermeável corta-vento (R$199 na Decathlon, melhor investimento). · Pacote de lenços umedecidos. · Remédios usuais (antialérgico, sal de fruta, band-aid, para dor de garganta, Dramin) · Pasta com os documentos. · Doleira com a grana (dólar e euro). · Carteira com a grana trocada, cartão de crédito internacional para emergências, carteirinha de estudante. · Celular, carregador, fones de ouvido, bateria extra, adaptador. · 2 cadeados e algumas sacolinhas plásticas. · Caderneta e caneta. · 1 óculos de sol e relógio de pulso. · 1 rolo de papel higiênico. · 1 pacote de paçoca rolha e 1 saco de bala de banana (pra fazer a alegria da gringaiada). Me arrependi de levar tantas blusas porque lá acabei comprando mais (Mercado São Pedro em Cusco é sucesso), luvas, toucas e cachecóis não compensa levar daqui, porque lá tem mais bonitos e mais baratos. Devia ter levado e acabei me esquecendo, protetor solar, lá é caríssimo, aí tinha que ficar pedindo emprestado pros outros, e não esqueçam que nos Andes o Sol é mais forte, fora o vento e a secura do ar, então levem creme, hidratante para o rosto e lábios porque vão usar e muito! DIÁRIO DE BORDO Nos capítulos seguintes, vou contar como que foram os passeios, dia por dia, tentei lembrar e ser o mais fiel possível com todos os fatos passados, contando os perrengues, minhas impressões, também tentei contar tudo do modo mais descontraído que eu consigo ser (uiii ele é superdescontraído ele hehe). Coloquei algumas fotos para tentar ilustrar o que eu vivi, os lugares por onde passei, a grande maioria delas foi tirada do meu celular mesmo, como não tenho câmeras profissionais, nem GoPro, tive que me virar nos trinta com meu Galaxy S7 Edge, mas felizmente, a câmera dele é bem razoável, algumas poucas fotos, lá na parte do Atacama, foram tiradas com um iPhone X de um desconhecido que eu pedi para tirar do celular dele, porque o meu estava sem bateria e ele me mandou pelo Whatsapp depois. O relato em si acabou ficando mais longo do que o planejado, então, caso você não esteja com muita paciência para ler tudo, ou queira só um resumo, no final de cada dia eu coloquei um quadrado cinza com todos meus gastos diários, nome das empresas de bus, de algumas agências, dos hostels onde fiquei hospedado. Além disso, coloquei também algumas caixas coloridas com informações importantes em destaque, deem uma olhada nelas. Do mais, é isso, espero que curtam, e qualquer coisa, pergunta, dúvida, me chamem no Instagram @der_wanderlust que eu respondo com o maior prazer. Bora lá!!!
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Olá, sou o Maurício, tenho 24 anos. ensino médio completo e trabalho como autônomo quando necessário. Trampei por um bom tempo em várias áreas, mas nunca me adaptei ao cotidiano mecânico do dia a dia comum. Mas sempre fui interessado em fazer dinheiro de forma autônoma, e ser bom ou ruim nisso é apenas consequência do seu esforço e cara de pau. Queria a opinião de vocês que tem experiência na vida Mochileira ou Nômade. Me encontro no impasse entre: Ficar na minha zona de conforto e conseguir mais dinheiro para melhor tranquilidade para começar, porém sem experiência, ou partir para a aventura com pouco e tentar fazer dinheiro na estrada?
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Antes de tudo, gratidão ao Peru e ao Povo Peruano por cuidar tão bem desse lugar mágico. Que muitas gerações possam poder viver a emoção de estar nesse lugar sagrado. Quem, pelo menos uma vez, abriu um livro de história ou geografia e viu a imagem de Machu Picchu, cercada por suas montanhas, imediatamente sentiu vontade de estar nesse lugar, pelo menos uma vez nesta passageira vida. Corra, pois ainda está em tempo. Escrever qualquer coisa sobre Machu Picchu, muitas vezes, é cair na loucura de como descrever um lugar tão perfeito. O lugar é infinitamente lindo, infinitamente mágico, que muitas das vezes faltam palavras, falta o folego, e sobram lágrimas para falar desse lugar. Poder desfrutar de cada cor, cada paisagem, cada montanha, cada nuvem, isso é indescritível. Para os céticos, OK, eu sei, todos falam a mesma coisa. Para mim, o termo magia é a palavra mais adequada para descrever este lugar. Machu Picchu sempre foi isso tudo para mim, não apenas a famosa cidade perdida dos Incas, não apenas uma das sete maravilhas do mundo (considero ser a primeira); conhecer esse lugar, estar nesse lugar, sentar naquela grama, faz parte da minha “bucket list”, lista de desejos que buscamos realizar antes de partir para a eternidade. Machu Picchu, que em Quechua significa “velha montanha”, é literalmente tudo isso que nos falam e que a gente lê por aí. E você pode até não gostar de História, mas certamente ficará intrigado com a inteligência que o povo daquela antiga civilização possuía. E não será o primeiro e muito menos o único a se sentir pequeno perante toda aquela engenharia e arquitetura. Para vocês terem uma ideia, a cidade conta com um sistema subterrâneo de drenagem que funciona até hoje! Outra coisa interessante é que o sistema de construção feito através do encaixe de pedras permite que durante um terremoto as mesmas se desloquem sem que tudo desabe. O local é mais seguro do que sua casa ou seu apartamento no vigésimo andar, feitos com a mais alta e moderna tecnologia. Machu Picchu foi construído no século XV, aproximadamente em 1420; e ainda possuem a ingenuidade de falar que esse povo é atrasado. Aqui foi meu momento extravagante da viagem, queria aproveitar esse lugar ao máximo, independente do quanto iria me custar. Fechamos um tour privativo e não nos arrependemos em nenhum momento. Com certeza a visita fica mais maravilhosa quando você conhece profundamente a história desse lugar, entendendo o significado de cada pedra, cada montanha, cada sistema. Resumindo, todo mundo deveria poder conhecer o Vale Sagrado dos Incas pelo menos uma vez na vida, dos terraços íngremes que guardam as espetaculares ruínas incas de Ollantaytambo (tema de outro post) até a incrível cidadela inca, você com certeza teria outra visão de mundo. Machu Picchu é apenas um vislumbre de 5 mil anos de história. Inclua este lugar na sua “bucket list”. Assim como um esplêndido carimbo no meu passaporte, que ocupa uma página inteira, este lugar agora está com um belo de um “OK” na minha “bucket list”. Hoje, eu não seria capaz de trocar esse lugar por nenhuma das belas praias do Brasil, tampouco por um a Nova York, Paris. Talvez balançaria se fosse Londres, mas meu instinto de procurar locais ricos em cultura, que possuem história, que acalma a alma, que conforta o coração, que te deixa com sede de conhecer o mundo, com certeza escolheria Machu Picchu, esse lugar que te leva a um outro mundo e que faz você mudar seus conceitos sobre o que é o planeta e sobre o que é viver. Esse lugar me mostrou o quanto sou pequeno, e o quanto desejo conhecer outros lugares encantadores desse mundo de meu deus. Viva Machu Picchu, viva o Peru.
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Boa tarde, pessoal! Sou novata nesse assunto de mochilar, estou organizando as coisas pra dar início no meu mochilao roots pela América do Sul A minha mochila é uma forclaz trek100 50L E uma dúvida que surgiu na minha cabeça é: como levar a barraca, saco de dormir e o isolante térmico por fora da bolsa ? Tem algum equipamento que eu possa comprar pra prender eles na mochila ? Pois não queria levar tudo dentro pra não ocupar espaço. Desde já agradeço a ajuda
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Venho planejando um mochilão pela América do Sul sem data pra voltar. Eu tenho uma cg150 e já me ocorreu de ir com ela. Mas isso iria me limitar no quesito dinheiro e tempo. Mas hoje me ocorreu a ideia de fazer tele para aplicativos tipo o Ifood por onde eu passo. Será que é uma ideia viável? Não pesquisei nada ainda, tô começando por aqui.
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Galera, gostaria de compartilhar com vcs algumas informações sobre minha trip roots. Pode ajudar vcs minha ideia era sair em grupo fiz uma grupo no whats com umas 10 pessoas. muito confirmaram no final só 3 foram. Meu nome é Francisco, eu larguei trabalho, casa a porra toda e saí pelo mundo em 01 de Janeiro de 2019. Destino até onde a natureza quiser. Objetivo: aprender a prosperar do zero. Aprender novas habilidades e Conhecer novos lugares, culturas e pessoas. Meu estilo de viagem no começo era rápido, mas sem distino fixo vi que gastava muito dinheiro, então desacelerei ao ponto de passar mais de um ano em uma cidade, resultado ao invés de gastar dinheiro comecei a ganhar dinheiro, uma grande mudança. Conheci: Brasil: lugares de Recife té o matogrosso do sul, não tanto porque no início tinha que me reunir com os parceiro de trip. Bolívia, Parte da Argentina, Parte da Bolívia e Paraguay. Minha atual localização: Foz do Iguaçu Próximos passos: outro mochilão roots pela América do Sul ou Europa agora em grande estilo porque ganhei muita experiência. Quem se interessar manter contato comigo: me segue nos instagram: @chicoalhandra ou manda um email pra jairosouza02@gmail.com - Quem sabe não rola uma nova parceria aí. AGORAS AS DICAS: PARCEIROS - Arrume pessoas comprometidas com a causa ou vc termina ficando sozinho. Combinei sair em grupo com umas 10 pessoas, muitos confirmaram, no final só 3 foram comigo. Uma coisa que aprendi é que a estrada interage com você, novos parceiros surgem e alguns seguem outro caminho ou vc segue outro caminho. Mesmo se vocÊ sair sozinho encontra um parceiro pelo caminho. Saímos em 3, um segui conosco até meitade do caminho, depois ficamos só eu e uma menina brasileira que mora na espanha, depois encontramos um alemão em um trem e ele seguiu conosco, depois eu não pude continuar e a menina seguiu com ele, depois ela encontrou outros e seguiu com eles. conexões se formam e se desfazem o tempo todo. Isso é interessante e bom. CARONA - Melhor lugar pra carona é posto de gasolina e restaurante de beira de estrada, Só caminhoneiros dão carona, em último caso tento carros pequenos. Dedo é furada, melhor forma é falar direto com o motorista e explicar a situação, minha primeira carona na vida consegui assim e foi na primeira tentativa. Em último caso se não for rota de caminhão uso dedo. Brasil é ótimo pra carona, dizem que argentina também, bolívia não rola eles cobram pela carona (mas bus é super barato lá). LOCOMOÇÃO - Carona é o melhor, mas vá preparado que algumas vezes é preciso seguir a pé. Bike fiz 1000 km, mas é cansativo, melhor se preparar antes, e vc gasta muito dinheiro porquê para manter a energia é preciso comer bastante principalmente doces nutritivos tipo paçoca. Blablacar pode ser útil em emergência é mais barato que bus. DORMIR - Melhor forma barraca que venha com capa de chuva é importante, usei uma básica, mas uma ou outra vez molhou tudo. Isolante é importante, não usei, mas dormi no chão duro cheio de pedras, é foda. Melhor lugar pra camping posto de casolina, praia, parques ou natureza no geral. No posto é só chegar de boa já no final da tarde, antes de tudo parar e analisar o ambiente, localizar o melhor lugar escondido e que não incomode o pessoal do posto. feito isso analisar os funcionários e localizar o frentista que parece ser mais de gente boa ou doideira é perguntar se naquele local ele acha que vc pode armar a barraca para descansar e sair logo cedo. Geralmente, conversando depois rola um banho free (eles custam entre 2 e 4 reais). Às vezes quando muit ocansado ou em lugar turístico me permiti uma ou duas diárias em hostel ou camping. Pra que quem trabalhar na cidade dá pra ficar de mensalista nesses lugares ou voluntariado. COMIDA - É só pedir nos restaurantes perto do final do horário de almoço. Se vc não quiser esperar vai na cara de pau e pede às 12h que eles dão. É só dizer que não tem dinheiro. Ou pedir por uma sobra que não será vendida se for o caso de estar pedindo perto do final do almoço. Ambos funcionam, falar que viaja sem dinheiro não é bom. Se vc não conseguir no primeiro, no segundo vai. No começo eu esperava o final do almoço, mas aí minha amiga cansou um dia de esperar e começamos a pedir há qualquer hora daquele dia pra frente. Na época que eu viajei de carona eu comi melhor do qeu em casa, era churrasco todo dia. BANHO - Aproveite cada oportunidade pq às vezes pode rolar um ou outro dia sem banho. Vale tudo: postos, rio, ducha nas praias, pedir pra nas pra os trabalhadores nas obras, carrafa pet de 2 ou 3L salva sua vida se achar uma toneira enche 2 delas e já rola um banho. Sempre carregue uma por carantia. ÁGUA PRA BEBER - Só pedir nas casas ou pegar nas toneiras. Não levar cantil, o melhor é garrafa pet. TRABALHO EM TROCA DE ACOMODAÇÃO - Muito bom, é só falar com o pessoal dos hosteis com antecedência, diz quando vc vai chegar na cidade. É uma ótima opção vc tem uma casa, comida e roupa lavada em troca de algumas horas de trabalho limpando piso, banheiro, atendendo hóspedes, arrumando cama. No Brasil também rola muito isso. também te dá uma oportunidade para aprender coisas novas, aprender novas linguas falando com a galera do hostel. Conhecer a cidade mais a fundo. Procurar trabalho, ganhar dinheiro fazendo sabe-se lá o q vcs inventarem. DINHEIRO e GASTO - Querendo ou não vc precisa de dinheiro é bom levar o máximo que conseguir e não gastar com besteira, só com coisas essenciais. Não existe isso de viagem sem grana, se vc não levar vai ter arrumar um jeito de ganhar pelo caminho vale vender brigadeiro, bolo, sanduiche, água no sinal ou nas praças. Água mineral é bem rentável. Já subi em abacateiro catei um monte e levei pra vender na feira eu e um amigo fizemos 80 reais chegando tarde na feira. QUANTO MAIS LENTO VC VIAJAR MENOS DINHEIRO VC GASTA. Eu passei um ano em uma cidade e recuperei o dinheiro que gastei na viagem inteira. Se algum de vc é designer gráfico dá pra ganhar uma grana viajando, também dá pra vender suas fotos da viagem, eu sei que dá porque recentemente estou desenvolvendo um projeto pra tentar ganhar algum dinheiro com isso e sei que funciona porque já começou a render alguma coisa. É pouco mas já garante uns almoços, ou uma diária de hospedagem. EQUIPAMENTO: Não comprar nada além do essencial, vai só fazer peso e vc acaba largando pelo caminho porque não te serve de nada. Necessário barraca, mochila eu uso uma baratinha não é cargueira, ela é 40L acredito e expande pra 55 se eu não me engano, posso informar depois se alguém se interessar em saber, cabe minhas coisas quando expandida e normal posso usar como bagagem de mão pra avião (minha ideia era europa, por isso peguei ela, mas optei por america do sul). Bota é inútil e pesada, fui de chinelo de Recife em pernambuco até o Salar do Uyuni na bolívia, bike, carona, a pé. depois voltei pro brasil. O chinelo me serviu muito bem. É confortável. E como disse um mochileiro no youtube: É melhor entrar num restaurante com o pé levemente sujo de poeira do que fedendo a um chulé. Roupas nada de roupas especiais, só o básico e nessa vida andarilha MENOS É MAIS, se vc precisar de algo compra em bechó paga 5 reais por peça a medida que forem gastando. Um chapelão daquele de tecido tipo do exercito é útil o sol é foda. Talvez umas luvas pra braço daquelas de motoboy, são leves e não ocupam espaço. Nada de roupa de frio, isso se compra em brechó quando vc chega em um lugar frio. Panela leivei mas nunca usei, não precisa. Eu levaria um canivete daqueles com talheres e pronto lanterna USB me foi útil vc recarrega em qualquer lugar e ajuda nas caminhadas noturnas, tambem adptei ela pra usar na bike. Levei uma pequena caneca daquela de aluminio do exercito, usei muitas vezes mas não é tão necessario. Pretendo largar a panela e continuar só com a caneca. NADA DE LIVRO, COISA PEQUENA QUE ACUMULA PESO. Pra ler PDF no celular tá de bom tamanho. NAVEGAÇÃO: baixem o app MAPS.ME e baixem os mapas offline, é melhor que google map e tem GPS se precisar. Ele nunca me deixou na mão. O QUE APRENDI VIAJANDO: Comunicação, fazer dinheiro do zero, gerenciamento financeiro, profissão de recepcionista de hotel, inglês e espanhol (aprendi o básico em casa, e o resto no hotel falando com o povo). E um par de habilidades de sobrevivência urbana. Insta: @chicoalhandra email: jairosouza02@gmail.com
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Entre Maio e Junho de 2019 viajei para o Canadá e Estados Unidos. Meu roteiro foi esse: São Paulo - Toronto - Ottawa - Montreal - Quebec - Chicago - Washington DC - Filadelfia - Nova Iorque - São Paulo ***DICA IMPORTANTE: Levei o meu celular e usei MUITO o Google Maps. Mesmo sem um chip local, eu consegui internet em quase todos os lugares usando redes wifi abertas. Além dos bares, cafés e restaurantes, muitos transportes públicos também oferecem esse serviço. Uma vez que vc acessa o Google Maps estando online, ele carrega o mapa da região. Depois, mesmo OFFLINE, é possível ver sua localização no mapa e achar os lugares que procura. Farei o relato de toda viagem, mas em partes. Neste falarei de TORONTO. LEGENDA USD - Dólar Americano CAD - Dólar Canadense 1º dia de viagem: SP ->Toronto, 18 de Maio de 2019 (sábado) Vôo pela American Airlines (SP-Toronto-NYC-SP) R$2.920,00 Consegui um lugar para dormir pelo Couchsurfing, mas como iria chegar muito tarde em Toronto resolvi a primeira noite ficar em um hostel. Deixei SP às 10h30. Meu vôo fez escala em Miami e fui chegar em Toronto por volta das 23h30. Comprei em uma máquina automática (aceita cartão e dinheiro) um bilhete do UP (trem que liga o aeroporto ao centro da cidade) por CAD 12,35. Cheguei à UNION STATION 0h40 e fui caminhando para o hostel. No caminho passei em um mercado 24h e comprei 1 batata Lay’s e 1 coca (CAD 4). Cheguei ao Hostelling International Hostel por volta da 1h. Fiz meu check in (CAD 33) e fui dormir. Distância percorrida no dia: 6,5km Dinheiro gasto no dia: CAD 49,35 2º dia de viagem: Toronto, 19 de Maio de 2019 (domingo) Acordei 8h, tomei banho e fui tomar café no hostel. O café da manhã é OK: comi 1 fatia de pão de forma, 4 fatias de queijo, 2 fatias de presunto, salada e 1 café com leite. Fui caminhando até o apto da Reneé, couchsurfer que iria me hospedar. A localização era incrível: bem no centro da cidade! Conversei um pouco com ela deixei o apto às 10h10 para pegar o FREE WALKING TOUR das 10h30 que saía da Union Station. Enquanto esperava o Free Walking Tour fiquei conversando com o Fred, um simpático voluntário que ficava no balcão de informações. Deu 11h10 e não apareceu ninguém do tour. Não sei o que pode ter acontecido, mas resolvi ir embora. Caminhei até a STEAM WHISTLE BREWERY, uma cervejaria que fica em frente à CN Tower. Comprei o tour das 12h (CAD 12) e 1 pint de cerveja (CAD7). Pint na Steam Whistle Bebi a pint esperando o tour que começou pontualmente às 12h. Dei um azar pq peguei um guia que falava MUITO rápido. Consegui entender uns 50% do que ele explicava (isso que eu tenho inglês fluente…). Logo no começo do tour vc toma ½ pint. Depois é dado uma garrafa de 341ml para vc ir bebendo durante o passeio pela fábrica. Passamos por alguns setores de produção e também por alguns escritórios. O tour levou uns 40 minutos e gostei muito. Altamente recomendável pra quem curte cerveja! CHEERS! DENTRO DA FÁBRICA Depois fui à CN TOWER. Como já tinha comprado o TORONTO CITY PASS não peguei fila pra comprar o ingresso. ***DICA: Pra quem vai ficar ao menos 3 dias em Toronto, vale a pena comprar o CITY PASS. Vc tem desconto nas principais atrações da cidade e evita algumas filas. Para mais informações: https://pt.citypass.com/toronto A vista da CN Tower é incrível e é melhor visitá-la em dias claros e com poucas nuvens para ter uma visibilidade melhor. VISTA DA CN TOWER CN TOWER Desci e voltei pra tomar mais uma cerveja no Steam Whistle (CAD 7). Segui caminhando até o FERRY BOAT (CAD 8,20) que leva até a TORONTO ISLANDS. Cheguei lá 15h50 e fiquei caminhando sem rumo. Comi uma fatia de pizza de pepperoni (CAD 5,30) e segui andando. O complexo de ilhas é um parque gigante. Lugar perfeito para andar de bicicleta (havia algumas para alugar) e fazer um picnic. ***DICA: Havia muitas filas para tudo (inclusive para alugar bicicletas). Isso pq eu cheguei tarde lá. Para evitar filas, chegue bem cedo. E deixe para visitar as ilhas em dias ensolarados e quentes. Lá é tudo aberto e não perca seu tempo lá em dias frios e chuvosos. Peguei o Ferry boat pra voltar e notei a bela “skyline” da cidade. TORONTO ISLANDS TORONTO ISLANDS Passei em um supermercado e comprei coisas para o café da manhã e algumas cervejas (CAD 29). Cheguei de volta ao apto e fiquei conversando com a Reneé até umas 22h quando ela foi dormir. Tomei banho e fui dormir 23h30. Distância percorrida no dia: 17,5km Dinheiro gasto no dia: CAD 69 3º dia de viagem: Toronto -> Niagara Falls -> Toronto, 20 de Maio de 2019 (segunda-feira) Tour pela Niagara & Toronto Tours - R$383 Acordei às 7h, tomei café da manhã e fui para o ponto de encontro do tour para NIAGARA FALLS. Já havia comprado o tour antes de sair do Brasil, pelo site Get Your Guide e a empresa foi a Niagara & Toronto Tours. Assim que minha compra foi confirmada me enviaram um email para marcar o local que iriam me pegar. Nossa van chegou às 8h e pegamos outras pessoas no caminho. Nosso motorista e guia foi o Scott, que foi muito atencioso e divertidíssimo. No caminho paramos em 2 vinícolas: PILLITERI e REIF STATE. Nas 2 vinícolas teve degustação gratuita e experimentamos os vinhos branco e ice wine. Passamos por um condomínio de mansões e disseram que o ator Tom Selleck tem uma lá. Chegamos às cataratas por volta do meio-dia. O guia nos entregou os tickets para o passeio de barco e nos deixou livre para conhecer o lugar, marcando o retorno às 15h30. Descemos por um funicular até a embarcação que nos esperava para levar até próximo às cataratas. Ganhamos uma capa de chuva mas mesmo assim me molhei muito, principalmente nos pés. O passeio é bem legal mas prepare-se pra ficar ensopado. Depois do passeio vc tem o resto da tarde livre para caminhar pela cidade. A rua principal me lembrou Las Vegas, tamanho a quantidade de luzes, restaurantes de franquia e lugares de entretenimento (parques, fliperamas, etc). Comi um lanche no Wendy’s (CAD 13) e depois comi um FUDGE (doce típico de lá) de chocolate walnut (CAD 7,20). Caminhei mais um pouco e 15h30 estávamos retornando à Toronto. CATARATAS DO NIÁGARA CATARATAS DO NIÁGARA "LITTLE" VEGAS Por volta das 17h30 estávamos de volta. Fui até o pub FOX & FIDDLE e tomei 1 cerveja (Corrs Light, CAD8). Voltei ao apto e fiquei conversando com a Reneé e a Mahsa (sua colega de apto). Por volta das 20h resolvi sair pra dar uma volta. Parei no pub SHOELESS JOE e tomei 2 cervejas (Malson Canadian, CAD 5,95 cada). Por volta das 21h30 voltei. Tomei banho e fui dormir. Distância percorrida no dia: 10km Dinheiro gasto no dia: CAD 42 4º dia de viagem: Toronto, 21 de Maio de 2019 (terça-feira) Acordei 7h40, tomei café, me arrumei e sai às 8h30. Às 9h em ponto estava entrando no RIPLEY’S AQUARIUM (o Toronto City Pass dá acesso à essa atração). ***DICA: Final de Maio e começo de Junho é uma época excelente pra viajar pro Canadá e EUA. Só que coincide com o final do ano escolar. Muitas escolas usam esse período para fazer excursões com os alunos pelas atrações da cidade. Portanto, se viajar nessa época do ano procure chegar bem cedo nos lugares pq quanto mais tarde, mais cheio de crianças fica. O Ripley's Aquarium merece ser visitado sem dúvida nenhuma! Além de muita informação sobre uma grande parte da vida marinha (de peixes, mamíferos, crustáceos, etc) em alguns pontos é possível tocar em algumas espécies. Há um tanque com pequenos camarões escarlates e ao colocar sua mão eles vêm comer a pele morta. Também é possível tocar no tubarão bambu, caranguejo ferradura e raias! Incrível! LIMPEZA DE PELE SHARK! ÁGUA VIVA Fui deixar o aquário por volta das 11h30 e passei no Steam Whistle pra tomar 1 cerveja (CAD 7). Caminhei por uns 30 minutos até o DISTILLERY DISTRICT. O Distillery Historic District é um complexo industrial onde funcionava uma fábrica de whisky. Ele foi completamente revitalizado e hoje conta com bares, restaurantes e até galerias de arte. Há também algumas "street arts" como grafitti, fotos e cartazes bem interessantes. As galerias de arte são gratuitas mas o preço das cervejas é um pouco acima do normal. Tomei uma cerveja amber ale (CAD 11) no Mill St. Brewpub que, apesar de cara, estava uma delícia! Voltei caminhando até o ST. LAWRENCE MARKET. É um mercado fechado de 2 andares com muita coisa pra comer (comidas de diversos países) e peixarias. O lugar não é grande e dá pra ver tudo em 15 minutos. Segui caminhando até o BROOKFIELD PLACE, uma galeria com um arquitetura interna bem interessante. Passei pela Union Station e confirmei que meu ônibus no dia seguinte para Ottawa não saía de lá, mas de uma rodoviária não muito longe dalí. BROOKFIELD PLACE Peguei o STREETCAR número 510 (bonde) na Union Station (CAD 3,25) e em 30 minutos desci no ponto da NASSAU ST, onde fica o KENSINGTON MARKET. Trata-se de um mercado de rua com vários restaurantes e lojas “descoladas”. Me lembrou um pouco o Camden Market de Londres. Parei num bar chamado RONNIE’S e tomei 1 Stratford Pilsner (CAD 7,50). GRAFITTI NO KENSINGTON MARKET Voltei ao Steam Whistle para encontrar com o Guilherme, uma amigo de infância que mora no Canadá há muitos anos. Tomamos uma cerveja e fomos ver um jogo de beisebol do Toronto Blue Jays x Boston Red Sox no ROGERS CENTRE . Antes de entrar no estádio (que fica ao lado da cervejaria, CN Tower e Ripley’s Aquarium) comemos um hotdog (CAD 5). O Rogers Centre é um moderno estádio que fica bem no centro de Toronto. Há tours para conhecê-lo, mas preferir ir ver um jogo. A experiência de conhecer um esporte completamente novo pra mim foi legal, mas o jogo em si não me agradou não. Beisebol é MUITO parado e as regras podem parecer um pouco confusas no início. Tomamos 2 Budweiser (CAD 5 cada) vendo o jogo e fomos embora antes do fim. O Blue Jays já vencia por 5x0 e resolvemos ir a um pub ver um dos jogos das finais da NBA entre o Toronto Raptors x Golden State Warriors. BEISEBOL Todos os pubs da região estavam lotados de torcedores. Conseguimos achar um “menos” cheio e paramos pra ver o jogo. Tomei uma Stella Artois (CAD 12) e no final do 3º quarto fomos embora. Cheguei em casa umas 23h, tomei banho e fui dormir. Distância percorrida no dia: 18km Dinheiro gasto no dia: CAD 67 5º dia de viagem: Toronto -> Ottawa, 22 de Maio de 2019 (quarta-feira) Acordei 7h40, tomei café, respondi umas mensagens no celular e deixei o apto 8h30. Fui até a Spadina Ave. e peguei o streetcar 510 (CAD 3,25). Desci no ponto final e caminhei por uns 20min até a CASA LOMA. Cheguei lá às 9h20 e esperei até as 9h30 quando a atração abre. A Casa Loma é uma mansão com arquitetura de castelo e foi construída pelo milionário Henry Pellat que no final da sua vida morreu miserável, sem dinheiro algum. O ingresso dá direito a um áudio guia que explica cada detalhe interno e externo. A mansão tem quartos enormes, salas e salões, orquidário, torre de observação e muitas escadas. Vários quadros ornamentam as paredes. Há um túnel que liga a casa ao outro lado da propriedade. Lá se encontram um estábulo, estufa e uma coleção com 6 ou 7 carros antigos. CASA LOMA Deixei o local por volta das 12h e voltei caminhando até KOREATOWN. Parei pra almoçar no YUMMY KOREAN FOOD e pedi um bibimbap com bulgogi no pote de pedra (CAD12) e tomei uma cerveja Molson Canadian (CAD 2,95). A comida estava excelente e o kimchi (acelga temperada) que veio no acompanhamento estava muito bom! De lá caminhei por 20min até o ROYAL ONTARIO MUSEUM. Entrei usando o City Pass, mas tive que pagar CAD 3 para deixar minha mochila no guarda volumes. O Royal Ontario Museum é enorme e bem diversificado. Tem uma ala dos dinossauros, mamíferos e outros animais. Uma ala de arte oriental, mais especificamente Japão, China e Coreia. Depois uma sessão com arte da Europa e África (com uma ala exclusiva para o Egito) Havia também várias atrações interativas para crianças. ROYAL ONTARIO MUSEUM ARTE COREANA Deixei o museu e peguei e peguei o streetcar (CAD 3,25) de volta ao centro. Tinha combinado de encontrar minhas anfitriãs num pub perto do apto. Tomei uma Stella Artois (CAD 6,50) e ficamos conversando até umas 20h30. Voltamos pro apto, dei uma descansada e umas 23h chamei um UBER para a rodoviária (CAD 11,50). A rodoviária de Toronto é pequena e bem acanhada. Pra falar a verdade nem parece um terminal de transporte de uma cidade grande. Comprei um suco de maçã (CAD 3) e às 0h30 estava pegando meu ônibus para Ottawa. Distância percorrida no dia: 14km Dinheiro gasto no dia: CAD 53 Fim de Toronto. Próximo relato: OTTAWA.
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Olá! Eu sou o Daniel, de São Paulo, vim contar pra vocês minha experiência na Chapada das Mesas em Outubro de 2021, decidi contar o relato pra vocês porque não encontrei em nenhum lugar algum relato que falasse de uma viagem para alguém que iria da forma mais simples e querendo gastar o menos possível. Então busquei as informações perguntando antes para pessoas no Instagram, Whatsapp até fechar um roteiro esquematizado. Seu destino será a cidade de Carolina, onde fica a maior parte das atrações turísticas da Chapada das Mesas, para chegar até lá a forma mais barata de se ir é por ônibus saindo da cidade de Imperatriz, também no Maranhão. Eu fiz a viagem em 7 dias, sai em um domingo e voltei em outro, é o tempo mais que ideal para se fazer a viagem, você consegue ver todas as principais atrações disponíveis (existem outras que estão sendo abertas pela secretária de turismo e o ICMBIO), só não fará passeios em um dia que é para chegar até Carolina. A cidade de Carolina não tem nenhum preparo para receber turistas em termos de estrutura, não existem ônibus que levam as atrações, ficando reservados a quem faz passeios com guias ou está com um carro 4x4, a cidade em si não tem nenhuma atração, apesar do grande fluxo de turistas, a maioria só faz passeios e pouco mudou a cidade, a vida local pouco mudou para se adaptar e receber o turista, então vocês não verão quase nenhum lugar voltado para o turista, ou seja, você não encontrara nenhuma loja de lembranças na cidade, nem qualquer estrutura pensada para você. Os passeios são muito tranquilos, exigem pouco ou quase nenhum esforço, tirando as trilhas, claro, dos passeios que estavam disponíveis quando fui. Recomendaria para quem quer fazer passeios sem precisar fazer trilhas ou ter um esforço físico grande, realmente tudo é bem acessível nos pontos turísticos, com construções que facilitam (e muito) o acesso de quem quiser ir. Se você é mais aventureiro e gosta de tudo meio roots, gosta de fazer trilhas e ter muito esforço pra chegar em algum ponto turístico, talvez esse não seja o lugar ideal para você, mas de verdade, vale muito a pena, porque é muito bonito e pouco conhecido ainda, então, apesar de toda estrutura e facilidade, os lugares são bem conservados e bonitos. Aliás outro ponto é que todos os passeios são pagos, quase nenhum deles é de graça, são todos propriedades privadas, eles cobram uma taxa que varia de 20 a 100 reais, dependendo do lugar, então além de guia, você terá gastos com os passeios também. Vou detalhar cada dia explicando o que fiz, preços e minhas impressões de cada passeio, vou separar e detalhar a parte de transporte e hospedagem que é o que deve interessar a maioria de vocês. Transporte Fui de ônibus saindo de Imperatriz até Carolina, a única viação que faz esse trajeto é a JR4000 (https://www.jr4000.com.br/ ou Whatsapp 9999344000) a passagem custava 30 reais, é a forma mais barata de se chegar lá, alguns guias ou companhias fazem transfer de Carolina até Imperatriz, mas era um custo muito elevado, se não me engano era algo em torno de R$1.000,00 ida e volta, rachando em 5-6 pessoas talvez não fique tão caro assim, porém estava sozinho então a melhor opção foi e é o ônibus. O ônibus sai da nova rodoviária, você consegue embarcar lá ou na velha rodoviária onde fica o guichê da JR4000, eu peguei o ônibus na velha rodoviária e foi bem complicado, você não tem nenhuma indicação se o ônibus está atrasado ou não, porque é um horário estimado e o destino do ônibus na verdade é Balsas, ele para em Carolina, porém também não sabia disso, porque não encontrei em nenhum lugar essa informação. Entrei no ônibus e perguntei para os passageiros se o ônibus pararia em Carolina, não souberam responder, então perguntei ao motorista que me confirmou que sim. A viagem dura cerca de 4hrs, o ônibus da JR4000 é extremamente confortável, ar condicionado funcionado bem, com bom espaço, tive sorte de ir sozinho, então tinha o assento do lado livre. Eu peguei o ônibus das 18:00 que chegaria em Carolina as 22:00, há outras opções de horário, as 6 da manhã e às 10. Na viagem você passa pela cidade de Estreito, onde há a única parada antes de Carolina, lá você pode comer algo ou ir no banheiro (caso queira pagar pra ir no banheiro, eu usei o do ônibus mesmo). Eu não dormi na viagem, porque o motorista não avisa que chegou na cidade ou algo do tipo, ele abre a porta e você sai, então fiquei olhando no mapa a cada meia hora para se ver se estava próximo, quando vi a placa de Carolina, já arrumei de pegar minhas coisas e descer. Aliás se você der a sorte que eu dei, consegue ver a Chapada das Mesas de noite, vi em um dia de céu aberto todo estrelado, com a luz da lua, coisa linda de se ver, eu fiquei na janela e fiquei animado para o que veria nos dias seguintes. Na cidade de Carolina em si não há nenhum ônibus, é uma cidade pouco estruturada, por ser pequena, as pessoas fazem tudo a pé ou de bicicleta/moto. Então caso você vá de ônibus, a rodoviária fica na entrada da cidade, longe de todos os hotéis e do hostel da cidade, o meu ficava 20 minutos andando, peça para seu guia te levar até o hostel, o Silvio (meu guia) se ofereceu para fazer isso sem eu pedir, acho que eles já sabem que é difícil para quem vai de ônibus e já ajudam desde o início. Hospedagem A cidade de Carolina só tem um Hostel, é o Hostel da Cris (https://www.booking.com/hotel/br/pousada-dos-amigos-carolina.pt-br.html ou 66 81153913), fica perto do centro da cidade, bem localizado, tem um supermercado na rua de trás, opções de restaurantes e perto do Rio Tocantins, onde há um passeio de barco também. Eu paguei R$ 45 a diária no hostel em um quarto compartilhado, você ainda tem direito a um café da manhã, com pão, ovos, suco e café, bem simples, mas de super valia numa viagem. O hostel também é uma cacharia, então você pode aproveitar as cachaças que a Cris faz e vende. A estrutura do hostel é muito boa, você tem um bom espaço aberto, os quartos são bem limpos, todos tem ar condicionado (para aguentar o calor maranhense), banheiros limpos e uma cozinha com o suficiente para você se virar e cozinhar, caso queira. É um lugar muito agradável, fiquei muito feliz pela recepção, pessoas e pelo local. Há outras opções, todas mais caras, de hotel ou pousada, caso esteja fazendo uma viagem de mochileiro como eu, escolheria o hostel da Cris, Ela é muito prestativa e foi graças a ela que encontrei meu guia na viagem e consegui baratear os custos dos passeios, já que na internet só tinha visto duas opções que são a Cia do Cerrado e o Vale da Lua, que são as principais, porém mais caras agências, na próxima seção explico bem pra vocês a parte dos guias, da necessidade ou não em alguns casos. Guia O meu guia foi o simpático e ultra prestativo Silvio (https://www.instagram.com/tripchapadadasmesas/?hl=en ou 9981981860), ele é um "cabra" local, um cara muito gente boa e extremamente prestativo, é de Carolina mesmo. Ele fez o melhor preço e conseguia fazer todos os passeios que queria, fiz 6 dias de passeio, que foram R$960,00 no total. Eles são todos unidos e caso não consigam te atender, recomendam um amigo que também é guia para fazer os passeios com você. Eu recomendo o Sílvio, porque ele é uma pessoa de um grande coração e quer que você tenha a melhor experiência possível, ele não tem medo de se molhar, é um guia que vai entrar com você nas cachoeiras e, aliás, ele tem uma futura carreira como fotografo, porque tira umas fotos incríveis. Silvio se lembrará de mim como o japonês fofoqueiro que queria fazer trilhas e ele ficou achando que era um grande atleta hahaha Fechei o roteiro com o Silvio por Whatsapp, foram 6 dias de passeios do dia 25 ao 30 de Outubro, ele me buscou e deixou no hostel todo dia, além dele ter me buscado e levado até a rodoviária quando cheguei e quando estava para voltar para Imperatriz, todos os guias tem um 4x4, que é realmente necessário para chegar em alguns dos passeios, explico cada dia com mais detalhes nas seções abaixo, os passeios foram: 📍1 dia 25- Trilha do bananal + cachoeira da mansinha 📍2 dia 26 - Cachoeiras de São Romão e Prata. 📍3 dia 27 - Morro do Chapéu e cachoeira gêmeas do Itapecuru. 📍4 dia 28- Poço Azul e encanto azul 📍5 dia 29 - Complexo de pedra caída. 📍6 dia 30- Aldeia do Leão e cachoeira do talho e dodo Caso você viaje sozinho(a) e tenha um tempo limitado de viagem, sugiro que faça inteiramente com os guias, todos os lugares se recomenda ter guias e são de difícil acesso, porque a cidade de Carolina não tem nenhum transporte que te leve nos passeios ou perto deles, por isso você vai com os guias, caso esteja só ou com mais uma pessoa, ou caso vá com mais gente (ou seja extremamente rico(a)), alugue um carro no aeroporto, você conseguiria acessar boa parte dos passeios tendo um carro, porém muitos deles você ainda precisaria de um guia. Dia 1 Imperatriz (domingo) Vamos lá, eu peguei um vôo de São Paulo até a cidade de Imperatriz (cidade da fadinha do skate, Rayssa Leal), a viagem demora em torno de 3hrs, foi super tranquilo, saí de Cumbica as 8:20 e pouco antes das 11:30 já estava saindo do aeroporto de Imperatriz, fui em um domingo. Se você procurar coisas pra fazer em Imperatriz, vai ver que a cidade não oferece muitas opções pra quem vai passar manhã/tarde. Eu optei por usar um 99, estava com bons descontos e descobri que os motoristas de aplicativo usam muito a 99, há opções de moto taxi também. Como falei, não há tanto para fazer em Imperatriz, definitivamente não é uma cidade turística, o roteiro que sugiro é um almoço no beira rio, com alguns restaurantes na margem do Rio Tocantins, o lugar é lindo, se você for em épocas de mais seca, se forma uma praia de água doce. Todos os restaurantes são caros para uma pessoa apenas, eles cobram em média R$60 num almoço simples para uma pessoa, achei caro e perguntei para o garçom de um desses lugares onde conseguiria almoçar barato, tem um trailer de comida no fim da rua com um almoço honesto e bom, paguei R$20,00 e tomei uma cerveja, porque faz um calor que nunca senti na vida lá. Conversei com o dono do lugar e ele disse que nos finais de semana tudo fica fechado, só o shopping fica aberto, então naquele período que estava não encontraria nada aberto, o que percebi pela falta de movimento das ruas e lojas. Eu não fiz o passeio até o Tocantins de barco, mas algumas pessoas do Hostel que fiquei em Carolina fizeram e recomendaram, é um passeio que custa em torno de R$50, pelas fotos que me mostraram e vi por aí, me parece valer a pena. Imperatriz neste horário de manhã e tarde pode ser bem perigoso, tome cuidado, como disse, tudo estava fechado, por recomendação do dono do restaurante, andei com um local pelo beira rio (porque queria ver como era), então ninguém tentou me assaltar/roubar, porém vi que antes disso tinha um cara me seguindo, além disso falaram para tomar cuidado com grupos de homens que andam juntos e fazem arrastões (vi um grupo deste andando), depois de andar todo o beira rio, fui no único lugar aberto na cidade, já que nenhum outro ponto turístico estava aberto, então fui ao shopping e assisti um filme lá no cinema, comprei comida para levar no ônibus e jantar. Fiquei perto do ponto de embarque bebendo uma cerveja em um boteco de rua até a hora do embarque. Como disse na seção de transporte, foram 4 hrs de viagem, chegando em Carolina, mandei uma mensagem para o Silvio que me levou até o Hostel, já tinha jantado, então chegando lá tomei um banho e dormi. Dia 2 (Trilha do bananal + cachoeira da mansinha) Já fui fazer uma trilha logo no primeiro dia, é a trilha mais legal que fiz em termos de vista, é bom ter um preparo físico mínimo, se você pratica esportes não deve sofrer muito, caso não, pode ser um pouco difícil, pois ela é descampada em um trecho e também é uma subida. Fizemos a trilha com 40 graus, estava um sol muito forte, o próprio Silvio disse que estava com muito calor e nunca tinha feito a trilha nessas condições. A trilha em si não exige tanto, mas como disse o calor é o que torna difícil, leve muito protetor e bastante água, não existem pontos de água lá, recomendo usar aquelas camisas longas de UV também. Há 7 mirantes nessa trilha conforme você vai subindo, consegue ver algumas formações e também o Morro do Chapéu, ponto mais alto das Chapadas, é realmente de tirar o fôlego. A trilha em si não é longa, fizemos em cerca de 3 hrs ida e volta, parando para tirar fotos, descansar. A trilha é de graça, portanto se você quiser ir conseguiria ir sem pagar nada, porém a trilha é muito mal sinalizada e o trecho do bananal (sim, tem um bananal na parte de cima do morro, onde a terra é mais fértil) é quase impossível de se localizar, mesmo usando um wikiloc da vida, o bananal muda o tempo todo, Silvio contou que ja foi buscar umas pessoas que se perderam lá e imagino que realmente possa acontecer, não é nada fácil de se localizar lá. Depois de irmos em todos os mirantes, descemos até o portal das chapadas (você já deve ter visto pelas fotos, é uma formação de arenito com um buraco no meio onde as pessoas tiram fotos), descemos por lá então pagamos 20 reais na porteira do mirante da chapada. Saímos de lá e fomos almoçar na Ivone, que serve uma comida muito saborosa, com opções de galinha caipira, peixe frito ou carne de sol, todas são ótimas, além dela preparar um suco de goiaba incrível. Se vocês forem com o Sílvio, com certeza algum dia ele irá comer lá com vocês, vale super a pena, se não engano um PF é 30 reais, você sairá feliz e satisfeito (a). Fotos de algum dos mirantes e do mirante da chapada das mesas Pegamos o carro e fomos até a cachoeira da mansinha, também para entrar é R$20, é uma cachoeira bem pequena, mas super boa de ficar banhando tranquilamente, vale a pena de ir. Aliás as águas das cachoeiras do Maranhão não são frias, são super boas de entrar e ficar lá tranquilamente. Não tirei fotos, mas é uma cachoeira pequena, não tem uma queda acentuada, é realmente boa se você tiver com pouca gente e quiser se banhar e aproveitar uma tarde. Voltei para o hostel e comi em um lugar na mesma rua do hostel, é o churrasco do Picolé, você paga R$25,00 (aceitam cartão, dinheiro ou pix) e come um PF com arroz, feijão, vinagrete, farinha e uma carne de sua escolha, nesse dia comi o de carne, mas em outros dias comi de coração de gado (boi) e de lingua que estavam muito bons, também eles tem suco de cajá e de cupuaçu. E o espeto é muito grande, vem muita comida, muita carne, nem se compara aos espetinhos que conheço aqui de SP. Dia 3 Cachoeiras de São Romão e Prata. Esse é o passeio que você definitivamente precisa de um guia para fazer, o acesso é muito difícil, sendo necessário um 4x4, você entra por dentro do parque, faz uma viagem de cerca de 2hrs de carro para chegar até as atrações, a primeira que fui é a Cachoeira da Prata que é bem bonita e imponente, são duas quedas d`água, você consegue ver as duas de frente, tem um ponto de banho onde você consegue ficar tranquilo, pode ir nadando até uma outra parte para ver a outra queda, tem uma corda que você pode ir segurando caso não saiba nadar, é bem tranquilo, um lugar super bonito. A taxa para ir na Cachoeira da prata é de 30 reais, vale super a pena porque é realmente legal, a água não estava tão clara, porque tinha chovido uns dias antes de eu ir. Almoçamos la no restaurante da cachoeira da Prata e também foi 30 reais, com opções de peixe, galinha caipira ou carne de sol. Depois disso fomos para a Cachoeira de São Romão, uma das mais legais da Chapada, também é 30 reais para entrar e você verá uma bela cachoeira com uma queda imponente, dá pra ficar banhando nas margens, é possível alugar um caiaque por 20 reais, que foi o que fiz, você consegue chegar bem proximo a queda, é bem legal e vale super a pena. Também é possível tirar fotos atrás da queda da cachoeira, o que é uma experiência de tirar o fôlego, na época que fui as andorinhas ficavam atrás da cachoeira e estava cheia de cocô, então tome cuidado para não escorregar caso vá nessa época. Dia 4 - Morro do Chapéu e cachoeira gêmeas do Itapecuru. Depois de um dia só de cachoeiras para se recuperar da trilha do primeiro dia, fizemos a trilha mais conhecida, a do Morro do Chapéu, é o lugar mais alto do parque, o acesso é feito por uma estrada de terra, o Silvio nos deu luvas, porque em um trecho íngrime era necessário usá-las para segurar uma corda e subir. A trilha em si foi tranquila, fizemos em cerca de 40 minutos até o topo, porém já que é só subida, pode ser difícil caso não tenha um preparo físico. A história do Morro do Chapéu é interessante, houve um confronto entre os indígenas locais (os Timbira) e a Coluna Prestes no Morro do Chapéu, depois o povo Timbira fugiu e se separou em alguns outros povos, o que você terá contato é o povo Krahô, que você terá contato na Aldeia do Leão, a história deles, eu aprendi toda lá e com uma turista que estava nos passeios das cachoeiras da Prata e São Romão, ela era uma pesquisadora da Federal que fica em Imperatriz, estudava a história dos Krahôs e a relação com a Chapada das Mesas, então tive essa sorte, ela me passou um material que li na volta então aprendi mais sobre as histórias deles, vocês conseguem achar um pouco da história deles na internet lendo algum artigo científico. A vista do Morro do Chapéu não é tão incrível como o da trilha do Bananal, porque no bananal você vê o morro do chapéu que é o ponto mais alto, já do Morro do Chapéu você está no ponto mais alto, vê em volta um pasto e do outro lado algumas outras formações, porém é um lugar cheio de história que você precisa ir. Depois fomos novamente na Ivone almoçar, saímos para as cachoeiras gêmeas do Itapecuru, lugar onde havia uma hidrelétrica antes, a cachoeira em si é bem legal, porém todo o entorno dela é decepcionante, fizeram um complexo com um prédio ao lado, é todo cimentado, até a parte de entrar na água, se você gosta mais da natureza em sua forma mais bruta possível, com certeza irá se decepcionar com esse passeio, a entrada é 25 reais, você tem um serviço de restaurante, podendo pedir porções e bebidas lá. De novo, a noite a cidade não oferece muitas coisas, há sorveterias que você pode provar sabores do Cerrado, há alguns botecos e restaurantes também, as pessoas se reunem no centro da cidade, na praça. Então é bem tranquilo, não espere agitação ou coisas do tipo. Dia 4 - Poço Azul e encanto azul Depois da trilha, novamente fomos em passeios de água, esses dois lugares do dia são mais caros, você irá gastar 100 reais nos dois passeios, porém são dois lugares lindos, com uma água azul que nunca tinha visto antes na minha vida. As duas atrações ficam na direção de Riachão (Sentido contrário de Imperatriz), primeiro fomos no Encanto Azul, passamos a parte da manhã lá, saindo do hostel umas 8, o encanto azul é realmente muito bonito, você tem um período que entra luz e faz com que a água tenha um azul incrível, porém esse sol é das 11 às 12, é tranquilo de nadar, caso você saiba, se não há opções de alugar coletes também. É um lugar que dependendo da época que você for estará cheio de turistas, fui fora de época (época de chuvas) então estava mais vazio, além de ter mais dias disponíveis para passeio, evitei de fazer os passeios deste dia, assim como o do dia seguinte em finais de semana quando ficam lotados. O Poço Azul é um complexo muito bem estruturado, fica a uns 20-30 minutos do Encanto Azul, almoçamos lá e não foi uma boa experiência, a comida demorou 1h para chegar e não era barata, então perdemos um bom tempo nisso, minha sugestão é comprar um lanche numa lanchonete que tem no complexo, já falar com seu guia que você quer descer para o Poço, se você tiver em um grupo tente levar um lanche e comam no carro, combine com seu guia dele te levar até o poço, então você consegue aproveitar mais e talvez pegar o poço mais vazio ainda. O Poço também tem a mesma água que o Encanto Azul, um azul turquesa, além dele, tem uma cachoeira enorme, a maior do passeio, a Cachoeira de Santa Bárbara, ela tem uma grande queda, é difícil de nadar, mas realmente impressiona, porém não é a maior da Chapada, na Chapada existe uma cachoeira que os guias de Carolina não vão, fica em Riachão e é a cachoeira mais alta do Maranhão, a Cachoeira do Macapá, porém me parece que é perigosa, parece que há muitas arraias e é de difícil acesso. Porém caso você tenha mais tempo, dá pra ir até Riachão e tentar fazer o passeio com algum guia lá, com certeza existem opções e pelo que vi vale realmente a pena, porque é muito bonita. Dia 5 - Complexo de pedra caída. Esse foi o dia de conhecer o complexo da Pedra Caída, se você conversar com os locais vai saber a história de um sujeito chamado Pipes, é o dono de Carolina, ele é o dono de todas as balsas da cidade, além de outros locais, é um idoso extremamente rico, ele manda e desmanda na cidade, é o dono desse complexo ecoturístico, também é dono de vários estabelecimentos na cidade de Carolina. É uma figura que anda com trajes simples, você irá vê-lo andando por aí de bobeira, é um cara excêntrico com uma história pouco contada. Esse e o dia anterior foram os dias que mais gastei dinheiro, também gastei mais de 100 reais aqui, se paga para entrar e se paga para entrar em cada passeio, absolutamente tudo é pago, você irá gastar em média uns 120-150 reais comendo e fazendo pelo menos dois passeios, sendo o único que você precisa ir de fato é a Cachoeira do Santuário, a cachoeira mais bonita que vi na vida. Você consegue ir de carro, caso esteja de carro, dá pra pagar menos, você pode só comprar o passeio para o Santuário, ir e voltar, pagando 70 reais. Em todos esses passeios fica alguém do Complexo controlando o tempo, então não espere ficar o tempo que quiser, porém é o tempo necessário para você aproveitar bem. Fomos na Cachoeira da Capela e da Fumacinha primeiro, não tem nada demais, depois de ver algumas cachoeiras você começa a se impressionar menos. E ai fomos para a cachoeira que realmente me impressionou, sem dúvidas é a mais bonita que vi na vida, é uma cachoeira dentro de uma caverna, antes você passa por um cânion, é de cair o queixo, você sai de lá impressionado, porque é uma das coisas mais bonitas que vai ver na vida, impressiona demais. Você consegue se apoiar nas cordas e ver mais de perto a cachoeira, é uma queda grande dentro de uma caverna, nunca vi algo assim, infelizmente não tenho fotos do lugar porque não tem como tirar foto, a luz é muito ruim e pela quantidade de água dentro da caverna fica difícil tirar uma foto que faça jus a tudo que vi, vocês ficarão sem fotos desse dia, mas te garanto que vocês precisam ir na Cachoeira do Santuário. Almoçamos no Self Service e o Silvio deixou a gente livre pra fazer o que quisessemos a tarde, por pagar a entrada ao parque, você tem direito a usar a piscina, porém eu não fui viajar pra ficar em piscina, então fiquei descansando nas redes, já que ficamos mais tempo lá na Cachoeira do Santuário, acabei almoçando quase às 15. Tem um teleférico que leva em uma pirâmide de vidro em um morro que faz parte do complexo, não fiz esse passeio porque estava ventando muito, dá pra fazer esse mesmo caminho de trilha, porém não daria tempo. É o lugar com melhor estrutura no geral, os lugares em si tão bem preservados, porém todo o entorno é extremamente moderno. A noite comi no famoso Crepe, se você for viajar, com certeza alguém te falará do crepe, é realmente muito bom, eles fazem uma massa de crepe fina e tem diversos recheios, servem em um formato de wrap de cone, é muito saboroso, vale muito a pena ir lá, fui duas vezes, nesse dia e no dia seguinte também. Dia 6 - Aldeia do Leão e cachoeira do talho e dodo Esse era meu último dia, já que no mesmo dia teria o ônibus às 20 de volta para Imperatriz, no dia seguinte tinha o vôo as 10:30 para SP. As opções eram fazer o passeio de barco no Rio Tocantins, que custava 120 reais ou fazer mais cachoeiras e também a Aldeia do Leão. A Aldeia do Leão tem uma cachoeira pequena, porém o mais rico é você conversar com a dona, descendente Krahô, que preserva a história do seu povo e conta um pouco dela para os turistas. Para mim foi essencial ter ido lá para entender melhor da história do local, de como era a relação daquele povo com a terra e conhecer um pouco de história e costume, parte do que é a Chapada hoje, se você não se interessa tanto por isso e é mais voltado aos passeios em si, talvez não seja o lugar pra você. Depois fomos as cachoeiras do Talho e Dodo, que foram 40 reais, eu recomendaria você fazer esses dois passeios nos primeiros dias, são cachoeiras menores, legais também, mas depois que você viu lugares como São Romão, os poços azuis e a Cachoeira do Santuário, sua régua estará muito alta para cachoeiras e pouco te impressionará. Se você fizer antes e terminar no último dia indo em alguma dessas que falei, com certeza vai valer a pena. Cheguei umas 18 no hostel, já tinha preparado minhas coisas, tomei um banho, me troquei, fui até o crepe comer minha última janta em Carolina e chamei o Silvio para que ele me levasse até a Rodoviária, que fica na entrada da cidade, longe de tudo, já que não existe ônibus, ou você vai com seu guia ou vai a pé. A meia noite ja estava em Imperatriz, lá eu pensei em dormir no aeroporto, porém descobri que aos domingos o aeroporto fica fechado (segundo o google), não quis arriscar, então fiquei em um hotel barato, o Hotel Resende, chegando na rodoviária chamei um 99 e cheguei lá em 10 minutos, já que era muito tarde não quis ir a pé. Dia 7 Nesse dia eu usei só para voltar, como meu vôo era as 10:20, o hotel era 70 reais e tinha café da manhã, então acordei por volta das 8:30, tomei um banho e um café, que tinha muitas opções de comida, muito bem servido mesmo, deu para comer bem, achei que no fim valeu a pena, apesar do preço um pouco mais alto. Depois fui direto ao aeroporto, peguei meu vôo e cheguei às 13 em SP. Resumo A Chapada das Mesas é um lugar muito bonito e ainda pouco explorado, a cidade não tem preparo algum para receber o turista, talvez isso mude daqui uns anos, dependendo de quando você estiver lendo esse relato algumas coisas podem ter mudado já. É um lugar que os acessos são feitos quase exclusivamente de carros, seja você alugando ou estando com um guia, então acaba saindo um pouco caro para quem está acostumado a viagens que utilizam mais ônibus. Além disso, todos os passeios são pagos, é uma coisa brasileira de privatizar espaços naturais protegidos, então o título de Parque Nacional da Chapada das Mesas pode enganar se você pensar que é um Parque único que você paga um valor e tem acesso a tudo, sei que muitos parques são assim, mas para atender as expectativas é essa a situação. Se você não quer fazer muito esforço físico, é um lugar muito acessível, em que você pode ter nenhum trabalho para acessar os locais do passeio. Se você é um viajante mais roots que curte trilhas longas, não é o lugar que encontrará isso, porém é um lugar que vale a visita de qualquer forma. Caso vá sozinho(a), faça tudo com um guia, vai te facilitar muito a vida, se você estiver com mais de uma pessoa, faça as contas e veja se vale a pena alugar um carro, mesmo que ainda tenha que ter um guia em muitos dos passeios, isso com certeza barateia alguns custos que você vai ter. O período ideal para se viajar para lá é no período de seca, nos meses de inverno, onde você não corre o risco de pegar chuvas que podem deixar as águas turvas ou inviabilizar alguns passeios (como trilhas), se você quiser fazer todas as atrações o ideal é ficar no mínimo 6 dias em Carolina. A única mudança que eu faria é trocar a cachoeira de Itapecuru ou da Mansinha pelo passeio no Tocantins, de resto os passeios valem a pena, mudando a ordem para que sua viagem seja uma crescente nas atrações ou já tenha a expectativa das coisas que irá ver, para não ser menos interessante. Um fator que deixou a viagem mais legal ainda é o povo maranhense, todo lugar que fui me senti muito bem recepcionado, independente de onde fosse, é um povo muito alegre, que leva as coisas no bom humor e com um senso de ajuda muito grande, com certeza isso deixou a experiência ainda mais legal. Foi minha primeira viagem sozinho, então ela está marcada para sempre em minha vida, espero que vocês aproveitem e gostem de lá o tanto quanto eu curti. Me contem nos comentários o que acharam de lá e depois batemos um papo por lá do que acharam! Abraços e boa viagem!
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NOSSO PRIMEIRO MOCHILÃO (Loira e Pipira). ITINERÁRIO: SÃO PAULO > PARANÁ > SANTA CATARINA > RIO GRANDE DO SUL > URUGUAI > ARGENTINA > PARANÁ > SÃO PAULO. Passamos por 32 cidades, 20 caronas, 8 ônibus, e por incontáveis perrengues em 28 dias, 7 mil quilômetros. Planejamos nosso primeiro mochilão com 6 meses de antecedência. Pensamos nessa rota porque gostaríamos de conhecer o sul do Brasil e os países vizinhos e toda a cultura imersa em cada local. Escrevemos todas as possíveis cidades que gostaríamos de passar no roteiro, porém, no meio do caminho, o destino nos trouxe outros lugares que jamais havíamos cogitado de estar. Pesquisamos bastante sobre como viajar a baixo custo e os itens necessários, apesar de levarmos além do suficiente nas mochilas que ficaram pesadas e dificultou um pouco a nossa mobilidade. A princípio, iríamos fazer nossa viagem de ônibus e hospedar em hostels. Mas criamos coragem e decidimos fazer a nossa maior parte do trajeto pegando carona e acampando em postos de gasolina, nas praças das cidades e nos morros. Nosso orçamento inicial era gastar, no máximo, R$ 100,00 por dia, totalizando, R$ 3.000,00 em 1 mês (cada pessoa). Conseguimos alcançar a meta para não estourar o orçamento final. Como era nossa primeira experiência, não tínhamos muita noção do que levaríamos, de onde pegar carona e acampar, apenas fomos surpreendidos pelo destino, e deu tudo certo. Fugimos do senso comum de que pegar carona é algo perigoso e difícil. Conseguimos a maioria das caronas em menos de meia hora, acreditamos que por estarmos em casal, isso facilitou muito. Todos que nos deram carona, foram pessoas extremamente gentis, de bom coração. Não houve nenhuma intercorrência durante o trajeto, apenas os perrengues que são comuns de acontecer, como o tempo de espera em algumas ocasiões, a imprevisibilidade de chegar no momento que fora previsto, dentre outros que comentamos em cada carona. Tudo isso foi possível graças a vários relatos de outros mochileiros deste site, e vídeos do Youtube. Sobre os itens que consideramos necessários para viagens desse modelo: - mochila com barrigueira; - barraca de camping e isolante térmico; - fogareiro + cartucho de gás (2), panela; - garrafa de água (3L); - documentos pessoais (RG, carteira de vacinação, dinheiro, e um cartão para emergências); - caneta para placa (2); - adaptador, cadeado, canivete, carregador portátil, guarda-chuva, lanterna; - lenço umedecido (acredite, é extremamente necessário) - toalha e poucas peças de roupa, se possível; - itens pessoais de higiene, kit-socorros e protetor solar. Aplicativos necessários: - iOverlander (app com mapa de lugares para acampar, banheiro, água etc); - Google Maps (o melhor aplicativo de todos, além de funcionar off-line/sem wi-fi, cria rotas, mostra linhas de transporte em tempo real, distância e duração); - Hostelworld (melhor app para achar hostel barato); - TripAdvisor (ótimo app para descobrir bons pontos turísticos); - Couchsurfing (aplicativo pago (R$10,00) de hospedagem grátis e troca de experiência com os nativos, infelizmente não conseguimos nenhuma hospedagem por estarmos viajando na época natalina/ano novo). Em toda a cidade que entramos, procuramos lugares públicos (McDonald 's, supermercados, rodoviária, aeroportos, praças, por exemplo) com tomadas, banheiro e água disponíveis. Em outros países que passamos, no Uruguai e na Argentina, é muito escasso o acesso à água de graça em locais públicos. Outra observação pessoal foi a dificuldade em encontrar creme de leite e sardinha nos supermercados. Em ambos os países, é muito comum encontrar a empanada, uma espécie de pastel assado com frango desfiado ou carne, mas não tem fritura, como por exemplo salgados (coxinha, espetinho empanado, kibe, etc). No geral, nas cidades do Uruguai não há muita variedade de pratos apetitosos, apenas a empanada é a mais aceitável, e foi um dos alimentos que comemos durante todo o percurso da viagem. Descobrimos que o Brasil é o melhor lugar possível para fazer o mochilão, pois o brasileiro está disposto a ajudar em qualquer ocasião. Tivemos várias situações em que fomos extremamente gratos durante o percurso: Burni: mãezona, ofereceu seu apartamento e nos acolheu com muito carinho. Fez almoço para nós, nos levou para conhecer o centro da cidade, comprou os melhores cookies da padaria que ela considerava a sua favorita, nos deixou bem à vontade para fazer o que quiser em sua casa, estendeu a nossa roupa (achei a atitude fofa porque eu tinha estendido tudo errado e ela conseguiu arrumar direitinho para secar mais rápido), deu de presente para nós um pokemon card que ela considerava uma das coisas mais importantes de sua vida, que fez parte de sua infância, e também deu 10g de cogumelo (achei mais fofo ainda). Felícia (Daisy): esposa da Burni, deu de presente uma saboneteira, foi muito simpática, receptiva e conversou bastante conosco no primeiro dia. O motorista de ônibus que nos avisou que a barraca tinha caído da mochila durante a nossa primeira tentativa de carona e um outro rapaz que recomendou outro lugar para pegar carona, o casal de sanduicheiros do famoso choripan da Lagoinha do Leste que confiaram em nossa palavra para pagar os lanches após sairmos da trilha, pois o lugar é afastado e não funciona o Wi-fi para pagamentos on-line e não tínhamos algum dinheiro vivo naquele momento. A atendente do posto de Siderópolis que nos deixou tomar banho de graça e nos apresentou um dialeto muito comum no sul ‘’capaz’’ que significa ‘“ora, deixa disso” como uma forma de disfarçar o possível interesse em fazer algo a favor. Pessoal do hostel de Canela e o atendente do Ecohostel de PoA com a camisa do Inter que nos deu dicas de mochilão. O dono de um bar que estava bebendo um chimarrão em Porto Alegre que gentilmente nos deu uma sacola ao ver a nossa estourar e os pastéis caírem no chão. Frentistas do posto SIM de Pelotas que foram super receptivos e mostraram um bom lugar para montar a barraca e o caminhoneiro que conseguiu a senha para tomar banho. Hippie de Punta del Diablo que nos mostrou onde ficava um ótimo camping pago seguro. ‘’Macondo’’, nome de uma casa cujo lugar onde ficamos hospedados na varanda em Cabo Polônio. Casal de brasileiros mineiros de Punta Ballena que passaram perrengue conosco para voltar para Punta Del Este de ônibus à noite. Diego, voluntário brasileiro atendente do Port Hostel em Montevidéu que nos ajudou com o câmbio. As funcionárias da biblioteca da rodoviária de Fray Bentos que nos cedeu um espaço para ficarmos à vontade lendo os livros e foram muito gentis e atenciosas conosco. Os funcionários da Aduana em Fray Bentos que conseguiram uma carona para atravessar a ponte entre a Argentina e Uruguai. Camila, nossa amiga que nos acompanhou por toda a cidade de Buenos Aires, dando dicas e compartilhando sobre a sua vida de estudante e nova residente na Argentina. O guia do museu ferroviário de Buenos Aires que foi super atencioso e paciente para nos explicar a cronologia da história da Argentina através da linha do tempo ferroviária. O funcionário da rodoviária de Puerto Iguazú que nos ajudou a pegar o último ônibus de última hora para Foz do Iguaçu. Entre outros, pelo simples direito de ter acesso a banhos e campings gratuitos em postos de gasolina. Seu José, a pessoa que passou mais tempo conosco e foi marcante para nós, o caminhoneiro que nos ofereceu carona e estadia gratuita na empresa em que trabalhava e até um lanche generoso. A viagem nos representou a possibilidade de explorar nossos limites, fragilidades, medos, conhecimentos sobre o mundo exterior, e o autoconhecimento, no geral. Foi algo enriquecedor. Também fortaleceu a nossa conexão, algo crucial para esta viagem. Com esta nova experiência, queremos mostrar que é possível realizar tudo isso se houver coragem para se arriscar, pois pouquíssimas pessoas possuem esse brio. (Rota realizada para a viagem). - 15/12/2021 - 21/12/2021 - São Paulo - Florianópolis Nossa primeira opção, seria pegar um ônibus direto para Florianópolis para otimizar o nosso tempo, já que o ponto de encontro inicial estava marcado na rodoviária do Tietê e o horário de partida estava previsto para o período da noite. Ficamos hospedados durante 5 dias na casa de umas amigas. Realizamos vários passeios, trilhas e caminhadas. Conhecemos o centro da cidade, recomendamos ir à ponte Hercílio Luz (ponto turístico), Beira mar continental e norte, ao Mercado Público de Florianópolis; nas feiras de rua próximas desse mercado (os preços dos produtos são bem acessíveis); à Catedral Metropolitana da praça XV de novembro. (Vista da Beira mar norte). Fizemos a famosa trilha da Lagoinha do Leste e do Morro da Coroa (a trilha é difícil, é preciso ter bastante paciência e certo preparo físico para enfrentar quase 7 km de subida - ida e volta, mas o esforço vale a pena, a paisagem é fantástica e é possível tirar excelentes fotos do lugar e da vista do Morro da Coroa, além de interagir com os macaquinhos durante a trilha). (Vista do Morro da Coroa). Também recomendamos conhecer o Museu do Presépio Bosque Pedro Medeiros, lugar simples e encantador, um recanto verde em meio aos prédios, possibilitando realizar pequenas trilhas dentro do museu. - 21/12/2021 - Florianópolis - Palhoça (BR 101) - Criciúma Por estarmos dentro da cidade de Florianópolis, resolvemos pegar um Uber para a rodovia BR 101 em Palhoça, um local com facilidade de pegar carona para o nosso próximo destino. O primeiro ponto, próximo da loja Havan, não deu muito certo. Nos deslocamos para um ponto mais próximo do acostamento, onde obtivemos êxito. Uma dica seria não ficar próximo de uma subida, é mais difícil parar um automóvel, recomendamos pegar em um local com acostamento plano. (Foto tirada próxima ao local da primeira carona). - Carona 1 - Palhoça - Criciúma [BR 101] - Tempo de espera: 1h - Horário de saída: 14h00min - Horário de chegada: 16h45min - Distância: 170 km Sr. Odair, 45a, agradável, simpático. Já ofereceu várias caronas, nos aconselhou a pegar carona no acostamento em local plano, em vez de um local com subida/descida; possui uma esposa e 2 filhos. Não teve oportunidade de estudar, mas gostaria de fazer uma faculdade. Possui uma rotina exaustiva com jornada de 12h de viagem (3x na semana), reivindica férias há mais de 3 anos para passar o natal e ano novo com a família. Gosta de oferecer carona justamente pela viagem ser solitária, então aproveita para ter alguma companhia durante o percurso. Diz que só oferece carona para aquele que oferecer boa impressão, preferencialmente para mulheres e casais, além de estar bem apresentável. Já presenciou vários acidentes na estrada e acabou se acostumando com esta rotina; é católico; aparentemente hígido. Contraiu covid-19 em junho deste ano por meio da esposa (no coral da igreja), todos testaram positivo pelo teste PCR. Procedente de Curitiba, seu trajeto do trabalho é de PR - RS, transporta peróxido de oxigênio, seu caminhão possui 9 eixos. Só pode transitar 80 km/h. Seu Odair nos deixou próximo da entrada de Criciúma. Pegamos um Uber para entrar na cidade. Chegando na cidade, procuramos um lugar para acamparmos. A primeira tentativa foi em um posto de gasolina, mas os postos dentro da cidade geralmente não aceitam fazer camping, então resolvemos procurar um parque ou uma praça. Ficamos em uma praça no centro da cidade, mas não sabíamos se poderia montar a barraca devido ao movimento constante de viaturas que rodeavam a praça. Mas por não encontrarmos um lugar melhor de última hora, optamos por montar a barraca ali mesmo. Por ser na época do natal e ter grande contingente de pessoas, esperamos diminuir o movimento para podermos montar a barraca. Uma dica seria tentar chegar o mais cedo possível para aproveitar a cidade que quer conhecer e retornar para os postos de gasolina próximos da rodovia, caso queira acampar, ou procurar um local de camping dentro da cidade. Tivemos uma experiência não muito agradável, por receio de estarmos muito expostos e por alguém nos abordar. Houve um momento em que um homem se aproximou da barraca e ficou por algum tempo nos observando e foi embora (que cagaço!). Por estarmos dentro da barraca, só vimos a silhueta dele. Outra dica seria sempre que entrar em uma cidade nova, procurar por um Mc Donald’s, pois é um lugar que há banheiro e tomada e, às vezes, Wi-fi gratuito, além de permanecer no local sem ninguém incomodar. (Nossa primeira carona com o Seu Odair). - 22/12/2021 - Criciúma - Siderópolis No dia seguinte, pegamos um ônibus para Siderópolis. Escolhemos essa cidade para conhecer um local chamado Aguaí Santuário Ecológico, mas não foi possível porque optamos por conhecer um local na entrada da cidade, onde se situa o Centro de Peregrinação de Nossa Senhora de Fátima. Por coincidência, em frente a esse Centro, havia um posto de gasolina (Ipiranga), onde fomos bem recebidos pelos frentistas e principalmente pela atendente da loja de conveniência. Ela nos ofereceu um banho gratuito e recomendou um local para acampar. Escolhemos montar a barraca atrás da Santa (lugar mais protegido não há, rsrs). Às vezes montamos um roteiro bem estruturado, mas podem acontecer alguns imprevistos e não ocorrer conforme o planejado, porém o destino pode nos proporcionar experiências incríveis e muito aprendizado. (Barraca montada atrás da Santa). (Nossa Senhora sempre abençoando a nossa viagem). - 23/12/2021 - Siderópolis (SC) - 2,2 km da BR 101 Logo após acordar, fomos em busca de carona. Primeiramente, fomos no posto conversar com alguns caminhoneiros para tentar alguma carona em direção à BR 101, sem sucesso. Optamos por pedir carona em frente ao posto. Não demorou muito para aparecer a próxima carona. - Carona 2 - Tempo de espera: 13min - Horário de saída: 13h23min - Horário de chegada: 14h15min - Distância: 37 km Anderson, 32a, empresário, natural do Rio Grande do Sul (Rio Grande), porém, foi para Siderópolis, gostou e ficou por lá até hoje, por ser uma cidade tranquila. Montou uma empresa de madeira, já viajou de mochilão pela costa do Rio Grande do Sul com 24 anos, ficou 2 meses fora de casa. Prefere a estação de verão em vez de inverno. Pretende conhecer Maceió e o nordeste, no geral. Nunca deu carona antes. Anderson estava indo em direção à sua empresa. Ele iria nos deixar na BR 101, mas ele estava atrasado, então nos deixou perto da BR 101. Estávamos andando em direção à rodovia da BR 101, quando nossa próxima carona chegou em poucos instantes. Demos sorte. - Carona 3 - 2,2 km da BR 101 - BR 101 - Tempo de espera: 4min - Horário de saída: 14h40min - Horário de chegada: 14h41min - Distância: 2 km Seu João, com o seu carro simples, um Chevette branco antigo, trocamos pouquíssimas palavras, mas o suficiente para saber que existem pessoas humildes, com bom coração. Logo chegando na rodovia, procuramos um local propício para carona. Optamos por ficar debaixo do viaduto, onde havia sombra e um acostamento. Ficamos um bom tempo pedindo carona por dedão, porém, não estava dando muito certo. Por sorte, encontramos um papelão e escrevemos o nosso próximo destino (Rio Grande do Sul), e não demorou muito para a nossa próxima carona chegar. Uma dica seria ter consigo uma caneta de lousa e um papelão para escrever seu próximo destino, pois facilita a comunicação com quem vai oferecer a carona. - Carona 4 - BR 101 - Campo Bom (RS) - Tempo de espera: 1h - Horário de saída: 15h45min - Horário de chegada: 20h00min - Distância: 290 km Seu José, 46a, caminhoneiro, nordestino, cearense, foi para o sul por causa de sua mulher, em busca de oportunidades. É casado há 20 anos com uma mulher de 60 anos, sem filhos, exceto o curica, cuja ave sabe cantar o hino nacional. Ele trabalha em função de sua mulher, para não levar chifre, mas gosta muito de mimá-la com presentes caros (sic). Adicto em café, toma uma vez ao dia para não ficar com cefaleia. É caminhoneiro há 2 anos e já está acostumado com essa vida solitária, mas prefere estar acompanhado durante as viagens, por ser muito comunicativo e prestativo com as pessoas. Seu José contou sobre a sua vida, sobre as caronas que ele já ofereceu, que valoriza muito esse tipo de oferta porque ele já necessitou em várias ocasiões de sua vida. Deu dicas para pegar carona, orientou sobre não se arriscar em pegar qualquer carona, pois há motoristas que se encontram incapazes de dirigir com segurança, por exemplo: olhos vermelhos, cansaço excessivo, uso de drogas etc. Ele também tem receio de oferecer qualquer carona, pois pode haver caroneiros transportando drogas para a fronteira, e vice-versa. Tem bom gosto musical, suas bandas favoritas: Pink Floyd, Guns n Roses, Scorpions, Bon Jovi. Já foi alcoólatra, mas a mulher na linha, o transformou em evangélico, mas de vez em quando ingere álcool escondido. Duas coisas ruins que existem no mundo, ele disse: mulher e dinheiro. Estava empolgado devido à compra do celular para a mulher, passamos pela cidade em que ele morava (Torres), cuja esposa estava esperando para entregar o bolo e o refrigerante e ele entregar o cartão para ela comprar o celular. Antes de ser caminhoneiro, trabalhou durante 8 anos na construção da BR 101. Sente saudades da comida nordestina, buchada, mocotó. Nosso destino principal era Gramado, mas seu percurso se limitava até Campo Bom (RS), que fica a 70 km de distância, então ele ofereceu a carona até essa cidade, onde ele pararia na empresa para carregar produtos de polietileno. Muito atencioso, convidou-nos para passar a noite em segurança na empresa, deixando-nos à vontade para se acomodar dentro do caminhão e dormir por lá mesmo. Na empresa, havia banheiro com chuveiro e tomada. Tomamos banho e ele se dispôs a comprar comida pra gente. Ele nos mostrou o funcionamento dos compartimentos que compunham no caminhão, como por exemplo, uma mini cozinha e uma geladeira que ficava ao lado caminhão. Seu sonho é ter um motorhome, ter uma casa de praia e nunca mais trabalhar. Pipira vai realizar o sonho dele algum dia. (Na companhia agradável do Seu José). - 24/12/2021 - Campo Bom (RS) - Taquara (RS) - Gramado (RS) - Canela (RS) Acordamos cedo, e Seu José nos deixou no ponto do pedágio, deu um papelão (que fofo), tiramos foto com ele e retornou para a sua cidade para passar o natal com a sua esposa e o curica. Ao chegar no pedágio, levantamos nossa placa escrito ‘’Gramado’’, achando que conseguiríamos pegar carona rapidamente, pois os carros passavam devagar, e havia um acostamento grande para os carros pararem. Não foi o que aconteceu. O motivo se deu devido ao local não ser estratégico, pois essa rodovia não levava direto para Gramado, por ter vários desvios de rota no meio do caminho. Portanto, optamos por mudar a placa e colocar a cidade mais próxima como destino (Taquara), que não demorou muito até aparecer a próxima carona. - Carona 5 - Campo Bom (pedágio) - Taquara - Tempo de espera: 2h - Horário de saída: 9h13min - Horário de chegada: 9h34min - Distância: 30 km Mônica, 30a, enfermeira-socorrista. Nosso anjo da guarda, nos avistou desde quando chegamos no pedágio, porém, ela estava no seu plantão, e pensou na possibilidade de oferecer a carona logo após o término do plantão, caso estivéssemos por lá ainda. E foi o que aconteceu. O sonho dela era fazer medicina, mas devido à falta de recursos, não foi possível. Disse que ficaria de plantão durante o natal a partir das 17h. Informou-nos sobre a alta taxa de óbitos na rodovia, em torno de 1 a 2 óbitos por plantão. Já se acostumou com a rotina de trabalho nos períodos festivos, mas dá muito valor à família. Disse que gostaria de visitar o irmão que reside em Florianópolis (Praia dos Ingleses) há 3 anos, está planejando, mas não acha que vai conseguir ir por causa do trabalho. Tem uma filha pequena e um esposo. Quase não os vê com frequência. Torceu para que nós pudéssemos viajar com segurança e que admira nossa coragem de sair por aí mochilando. Mônica foi gentil e nos deixou na rodovia que dá direto a Gramado. Como Taquara fica próximo a Gramado e o ônibus era barato, optamos por ir até a rodoviária de Uber e comprar as passagens. (Pedágio onde Mônica nos ofereceu carona). Chegando em Gramado, estávamos com fome, almoçamos em um lugar bem barato, o que é difícil encontrar nesta cidade. Recomendamos o restaurante ‘’Espetinho & BBQ’’. Após almoçarmos, procuramos um Hostel para nos acomodarmos, pois era natal e queríamos ficar bem confortáveis. A hospedagem em Gramado era bem inviável devido ao preço elevado, então optamos por ficar na cidade ao lado, em Canela. Ficamos hospedados no ‘’Canela Hostel’’, um lugar bem aconchegante e por um preço acessível. Para nos deslocarmos de uma cidade para outra (Canela - Gramado), utilizamos o ônibus coletivo. Gostamos muito mais de Canela do que de Gramado, por ser uma cidade mais tranquila e não muito turística, apesar de haver muito movimento em torno da Catedral de Pedra, devido à época do natal. O clima desta região é bem agradável, apesar de fazer muito frio à noite. (Catedral de Pedra na cidade de Canela). - 25/12/2021 - 28/12/2021 - Canela - Gramado - Porto Alegre Saímos de Canela e fomos para Gramado por meio do ônibus circular, e nosso próximo destino seria ir para Porto Alegre (POA) para resolver os trâmites* dos documentos necessários para entrar no Uruguai. Explicaremos mais adiante sobre tais documentos. Decidimos pegar um ônibus direto para POA, pois era inviável pegar uma carona saindo de Gramado até a rodovia principal que vai para lá, demandaria muito tempo, o qual não tínhamos, diante da situação* citada acima. Além disso, o custo do ônibus saiu bem barato, portanto, compensou. Chegando em POA, a primeira impressão não foi uma das melhores. A rodoviária, apesar de ser grande, é bem precária, dando um aspecto sórdido entre os pisos e os estabelecimentos, os sanitários não são muito higiênicos. Saindo de lá, andamos a pé para encontrar um mercado e seguir adiante para um hostel. Mas como era natal, não havia nenhum estabelecimento aberto, as ruas estavam vazias, apenas preenchidas por pessoas em situação de vulnerabilidade. Assim como a rodoviária, as ruas do centro são bem descuidadas, muita pichação, lixo e odor desagradável. A sensação de insegurança no centro é constante e tivemos um pouco de receio em relação a essa primeira impressão. Porém, ao chegar no hostel (Eco Hostel), um lugar bem acolhedor, onde situa-se em um bairro nobre, bem localizado, conseguimos nos sentir mais seguros. Aproveitamos o fim de tarde para andar de bicicleta e conhecer o Parque Urbano da Orla do Guaíba. É um ótimo lugar para andar de bicicleta, caminhar e ver o pôr do sol. A bicicleta foi nossa amiga, para nos deslocarmos dentro da cidade. É preciso baixar o aplicativo Bike Itaú e inserir um cartão de crédito. É possível andar durante 1 hora, por 8 reais, e mais 5 reais após a primeira hora. A cidade tem bastante ciclovia, o que torna bastante acessível e seguro para se locomover. (Em frente à Orla do Guaíba). Em tempos de pandemia, atualmente é necessário entrar com alguns documentos: seguro viagem, declaração juramentada para o país que irá entrar, vacinação completa (2 doses) e o teste PCR. Conseguimos fazer o teste PCR gratuitamente pelo SUS, em um posto de saúde mais próximo. Apesar de ser gratuito, demandou muito tempo e paciência, devido a algumas intercorrências, e, por isso, só conseguimos realizar o teste no terceiro dia em POA. - 28/12/2021 - Porto Alegre - Guaíba - Pelotas Por estarmos dentro da cidade de POA, resolvemos pegar um Uber para a BR 116, o que facilitaria pegar a próxima carona, em direção ao nosso próximo destino, a cidade de Pelotas (RS). O Uber nos deixou em um posto do Ipiranga, na BR 116. Primeiramente, tivemos dúvidas sobre o local, se havia a possibilidade de pegar carona com facilidade, pois não presenciamos muito movimento neste posto. Inclusive, cogitamos procurar um posto mais próximo que havia ali por perto, com paradas para caminhoneiros. Tínhamos planejado ficar apenas pouco tempo neste primeiro local (em frente ao posto, perto da saída), e caso não obtivesse êxito, partiríamos para o outro posto. Felizmente, não esperamos por muito tempo, e um casal que estava saindo do posto deu carona para a gente. - Carona 6 - Guaíba - Camaquã (Posto SIM) - Tempo de espera: 30min - Horário de saída: 15h17min - Horário de chegada: 16h30min - 104km Não chegamos a conversar muito, dormimos a maior parte do tempo (pelo menos conseguimos descansar um pouco), mas foram muito atenciosos e nos orientaram sobre a estadia na paróquia de Camaquã, caso não conseguíssemos pegar a próxima carona. O casal nos deixou em um posto de combustível, na entrada de Camaquã. (Lugar em frente ao posto, aguardando a carona 6). Ao chegarmos, procuramos carona dentro do Posto, pois havia vários caminhoneiros abastecendo. Conversamos com alguns caminhoneiros, porém, não obtivemos êxito. A maioria das empresas de transporte proíbe os caminhoneiros de oferecerem carona. Por isso, é normal a recusa por parte dos caminhoneiros. Portanto, tem-se mais facilidade em pegar carona na estrada. Ficamos em frente ao posto, levantamos a placa para conseguir a nossa próxima carona. - Carona 7 - Camaquã (Posto SIM) - Pelotas - Tempo de espera: 10min - Horário de saída: 17h10min - Horário de chegada: 19h00min - 130km Gilberto, 38a, natural de Canoas (RS), bem prestativo, comunicativo, é colecionador de carrinhos, tratores e caminhões em miniatura há 19 anos. Possui milhares dentro de seu quarto. Também monta maquetes (mini fazendas, estradas, etc). Mora com a mãe. Trabalha cinco dias da semana, faz o trajeto por Canoas - Pinheiro Machado há 7 anos carregando argamassa. Mas trabalha como caminhoneiro há muito tempo. É fumante desde os 18 anos. Não fumava, mas por causa da vizinha, queria conquistá-la porque ela também era fumante, ficaram por muito tempo juntos (11 anos). Ela foi para Portugal e ele ficou porque sua paixão é ser caminhoneiro. Já perdeu 3 namoradas por causa da profissão. Contou sobre as histórias do sul, sobre a guerra da Farroupilha. Tem curiosidade por saber sobre o universo e vida fora da terra. Falou sobre religião, diz que Deus é um só, tem fé, enfatiza muito a frase: ‘’nunca diga nunca’’ e sobre aproveitar cada minuto da vida, porque as pessoas não voltam. Debateu assuntos relacionados à política, possuindo ideologias de direita. (Coleção de miniaturas do seu Gilberto). Gilberto nos deixou no trevo que liga a BR 116 com a 471. Fomos andando do trevo ao posto mais próximo (2 km). Tivemos a oportunidade de pernoitar neste posto (Coqueiro), pois os frentistas foram bem acolhedores e dispuseram um local para montarmos a barraca. Neste posto, havia água gratuita, tomadas na loja de conveniência e banho gratuito para mulheres. O banho para os homens é possível, porém, é necessário pegar uma senha no atendimento do posto ao abastecer o carro. Como estávamos a pé, um caminhoneiro cedeu gentilmente a senha para tomar banho. , (Local onde montamos a barraca, ao lado do posto). - 29/12/2021 - Pelotas - Quinta - Santa Vitória do Palmar - Chuí - Chuy Acordamos bem cedo, desmontamos nossa barraca e fomos direto para o acostamento em frente ao posto para encarar o dia mais longo e desgastante. Não demorou muito até chegar a nossa primeira carona do dia. - Carona 8 - Tempo de espera: 6min - Horário de saída: 10h32min - Horário de chegada: 11h07min - 40km Márcio, divorciado, possui 2 filhos, bem comunicativo, prestativo, contou sobre seu sobrinho que é hippie, o qual viajou para vários países da América do Sul de mochilão. Diz que oferece muita carona, mas reconhece pelo olhar quem é bom porque ele já ofereceu para pessoas mal intencionadas, alguns eram ‘’burros de carga’’ (transportam drogas). Contou sobre sua rotina, o qual possui entusiasmo para ganhar dinheiro acelerando as atividades no serviço. Geralmente trabalha 3/4 vezes por semana. Orientou-nos sobre lugares para pegar carona até chegar em Chuí. (Trevo da vila Quinta que vai em direção ao Chuí). Após Márcio nos deixar próximo do trevo, em um ponto de ônibus, levantamos nossa placa escrita ‘’Chuí’’ e permanecemos por um bom tempo neste local. Até que apareceu um senhor com uma bicicleta e nos orientou a pegar carona em outro ponto, mais próximo da via que segue direto para Chuí. Seguimos a orientação, procuramos um lugar com sombra e permanecemos quase uma hora até aparecer a nossa próxima carona. - Carona 9 - Quinta - Posto Ipiranga (após o Eco Taim) - Tempo de espera: 1h30min - Horário de saída: 12h45min - Horário de chegada: 14h30min - 100km Fabner, 35a, foi bem atencioso conosco, é bem humorado e bastante comunicativo, contou sobre toda a sua vida, e posteriormente, entrou em contato. Mora em Caçapava do Sul, sua rota não seguia diretamente em direção a Chuí, mas nos deixou próximo em um posto até seguir adiante com outra carona. Possui 3 filhos, já teve 8 passagens na polícia por questões envolvendo brigas, mas nunca cometeu crimes envolvendo mortes etc. Começou recentemente na profissão de caminhoneiro, e quer dar o bom e o melhor para seus filhos, quer reconquistar a sua mulher, pois se separou recentemente dela. Possui uma plantação de maconha dentro de sua casa, gosta muito de fumar e gostaria de morar no Uruguai para poder fumar à vontade. É muito conhecedor da área chamada Estação Ecológica do Taim, que perpassa a BR 471 em que estivemos durante o nosso trajeto. Falou sobre as figueiras, gostaria de ter uma em sua casa, pois para ele, representa um símbolo muito importante sobre algo duradouro, como a união de sua família, que demora muitos anos para crescer, mas que é fonte de vida. Comentou sobre as carnes (que consideramos peculiares), como a de jacaré e a de capivara, as quais ele considera uma delícia, possui gosto de peixe etc. No Eco Taim, vimos a presença de várias capivaras se banhando no lago durante o percurso. Pediu para tirar uma foto dele com as capivaras e enquanto estava dirigindo, porque não é sempre que tiram foto durante seu trabalho e ele gostaria muito de registrar o momento. Seu sotaque é forte e diz que gosta muito do povo do Rio Grande do Sul, diferentemente do povo carioca (que ele odeia porque fica talaricando a mulher alheia), kkkkk. (Fabner e as capivaras do Eco Taim). Fabner nos deixou em um posto porque seu destino desviaria da rota até Chuí. Este posto situa-se distante da cidade próxima de Chuí (Santa Vitória do Palmar). Portanto, ficamos com receio de não conseguir a próxima carona naquele mesmo dia. Após comermos alguma coisa, seguimos para o local em frente ao posto e demos muita sorte, porque não demorou muito para alguém oferecer uma carona. - Carona 10 - Posto Ipiranga depois do Eco Taim - Santa Vitória do Palmar - Tempo de espera: 8min - Horário de saída: 15h13min - Horário de chegada: 16h29min - 95km Fabinho, ex-vereador (foi por duas vezes, tentou a terceira não conseguiu), professor de educação física, possui uma filha de 25a formada em farmácia. Gosta de praia, ia pra Porto Seguro - BA. Ficou curioso sobre a nossa viagem e fez várias perguntas a respeito de como viajar de mochilão. Ele nos deixou na entrada de Santa Vitória do Palmar, e seguimos adiante com a nossa placa escrita Chuí. Nossa próxima carona chegou surpreendentemente em menos de 1 minuto. Tal carona foi a mais rápida que já pegamos neste mochilão. - Carona 11 - Santa Vitória do Palmar - Chuí - Tempo de espera: 1min - Horário de saída: 16h31min - Horário de chegada: 17h00min - 20km Peter, ex-aluno do Fabinho (por coincidência, encontrou-o após Fabinho nos ter deixado na entrada da cidade), é formado em engenharia agropecuária. Disse que a cidade que ele mora (SVP) é a penúltima cidade, e é a mais isolada do país, porque as outras cidades brasileiras mais próximas ficam a 200 km de distância. Faz muito frio no inverno porque tem muito vento, lá também é fonte de energia eólica. Falou um pouco sobre seu trabalho, trabalha em Pelotas atualmente, porque gostaria de ficar mais próximo dos pais que já estão idosos. Peter nos deixou dentro da cidade, deu dicas sobre as lojas mais baratas para comprar. As lojas do lado brasileiro são mais vantajosas do que as lojas do lado uruguaio. (Saída da cidade do Chuy). Ao chegar no Chuí-Chuy, buscamos uma papelaria próxima para imprimir os documentos necessários e também procuramos um câmbio para trocar o real em pesos uruguaios, a cotação na época era R$ 1 (UYU 7,80). Trocamos R$ 1.000,00 (UYU 7.800,00). Tivemos que trocar por necessidades pessoais, lembrando que no Uruguai, tudo é caro, então é preciso preparar o bolso. A princípio, achamos que o dinheiro trocado daria para atravessar todo o Uruguai, mas no meio do caminho, foi preciso trocar mais um pouco, em torno de R$ 250,00. Os documentos só ficariam prontos no dia seguinte, portanto, procuramos um hostel para nos abrigarmos. Nos instalamos no Etnico Hostel, um lugar bem simples, porém, bem aconchegante e inclui café da manhã. - 30/12/2021 - Chuy - Santa Teresa - Punta del Diablo Ao acordarmos, almoçamos em uma churrascaria brasileira, com uma comida excelente, mas um pouco cara. Antes de atravessarmos a Aduana, aproveitamos para abastecer em um mercado do lado brasileiro. Fomos andando do centro do Chuy até a Aduana (1,7 Km), apresentamos os documentos (sinceramente, eles ignoraram os documentos da vacinação, teste PCR, seguro viagem e a declaração juramentada, apenas olharam o passaporte/identidade). Recomendamos levar todos os documentos, de qualquer forma. Após apresentarmos os documentos, seguimos para a rodovia do lado do Uruguai. Tivemos a impressão que demoraria muito para pegar a primeira carona no Uruguai, pois não sabíamos se eles tinham o costume de oferecer carona. Havia um casal de mochileiros atravessando sem a apresentação dos documentos e pararam um pouco mais a frente para pegar carona. Finalmente, em poucos minutos, um carro parou e nos concedeu uma carona. (Aduana, Brasil - Uruguai). - Carona 12 - Chuí (Aduana) - Santa Teresa - Tempo de espera: 13min - Horário de saída: 17h13min - Horário de chegada: 17h36min - 30km Ruan Pablo, arquiteto, a comunicação foi bem pobre devido ao nosso primeiro contato com a língua espanhola e também pela timidez. Seu destino era ir até Santa Teresa, pois estava acampando com uns amigos. Foi ele quem nos ensinou a maneira correta de dizer: pedir carona em espanhol, traduzindo, seria algo como ‘’hacer dedo’’. Ruan Pablo nos deixou em frente à entrada para Santa Teresa, aguardamos a próxima carona, sem a placa. Um casal apareceu oferecendo carona até Punta del Diablo e aceitamos. A princípio, nosso objetivo era ir direto para Cabo Polônio, mas tivemos uma sucessão de peripécias no decorrer do trajeto, levando para outros destinos antes de chegar no nosso objetivo principal. - Carona 13 - Santa Teresa - Punta del Diablo - Tempo de espera: 33min - Horário de saída: 18h10min - Horário de chegada: 18h23min - 12km Casal jovem não identificado, colocou-nos na caçamba. Parece ser muito comum as caminhonetes oferecerem carona na caçamba. Pode parecer perigoso, mas não é. Inclusive, é muito difícil a polícia abordar os carros porque não vimos nenhuma viatura na estrada (rs). Ao chegar em Punta Del Diablo, aproveitamos o pôr do sol e a praia, posteriormente, procuramos um local para armar nossa barraca. Mas após conversarmos com um nativo, fomos informados de que era proibido o camping na praia e nos recomendou um camping pago. Andamos até um camping mais próximo (2,5 km), foi bem cansativo, pois estávamos carregando as mochilas e várias sacolas, além de não possuir aplicativo de transporte na cidade. Chegamos no camping e pagamos em torno de 30 reais por pessoa, o local é bem seguro, há tomadas, banheiro e chuveiro, um lugar para usar o fogareiro, lavar os utensílios e as roupas. (Camping La Viuda, Punta del Diablo). - 31/12/2021 - Punta del Diablo - Rota 9 - Castillos - Aguas Dulces - Cabo Polônio Acordamos no dia seguinte e andamos até a estrada principal para pegar uma carona até a saída da cidade. Passaram vários carros e estávamos com receio de não conseguir aquele dia por ser véspera de ano novo. - Carona 14 - Punta del Diablo - Rota 9 - Tempo de espera: 20min - Horário de saída: 13h20min - Horário de chegada: 13h30min - 4km Casal mais velho, cujo homem se identifica como Toro, possui um carro antigo Fiat 147, cedeu seu humilde espaço atrás do banco para nos levar até a Rota 9. Não conversamos muito pois a viagem fora bem curta, mas o casal era bem simpático. (Toro e sua esposa). Toro nos deixou próximo da rotatória e seguiu em direção para Santa Teresa. Procuramos um local mais a frente, com sombra, pois o sol estava a pino. (Aguardando a próxima carona). - Carona 15 - Rota 9 - Castillos - Tempo de espera: 10min - Horário de saída: 13h40min - Horário de chegada: 14h20min - 30km Casal jovem sem identificação, em um automóvel humilde, não interagimos muito. Paramos no trevo e entramos na rota 16, sentido Cabo Polônio. (Loira ansiosa para chegar em Cabo Polônio). - Carona 16 - Castillos - Aguas Dulces (Rota 16) - Tempo de espera: 10min - Horário de saída: 14h30min - Horário de chegada: 14h40min - 10km Casal com cachorro, simplesmente nos colocou na caçamba e nos deixou no trevo, o qual havia duas direções, uma para a cidade de Aguas Dulces e outra para a Rota 10. Seguimos em direção à Rota 10. - Carona 17 - Aguas dulces (Rota 16) - Cabo Polônio (Rota 10) - Tempo de espera: 30min - Horário de saída: 15h10min - Horário de chegada: 15h20min - 11km Fernando foi muito gentil, mora em Valizas (400 habitantes), nos deixou até Cabo Polônio que fica a 5 Km de distância de sua cidade. Chegamos ao nosso tão esperado destino. Nos informamos sobre o transporte até a costa de Cabo Polônio. A princípio, havia dois jeitos para chegar até lá. O primeiro seria à pé, porém, era inviável devido às bagagens que estávamos portando. A segunda, seria por meio de um caminhão. O preço da passagem de ida e volta custa mais ou menos R$ 35,00 (UYU 290,00). Optamos por pegar o caminhão, pois os horários são limitados. Partimos mais ou menos umas 16h30min e chegamos às 17h. Caminhamos até a estrada principal e em seguida, andamos até o farol. O valor da entrada é 35 pesos (R$ 4,00) e o horário de funcionamento ocorre até o fim do pôr do sol. É possível avistar uma colônia de elefantes-marinhos, leões-marinhos e lobos-marinhos a 20 metros de distância do farol. Por ser final de ano, os preços dos hostels estavam muito elevados. Além disso, é proibido levar a barraca para montar na praia, portanto, tivemos que deixá-la com os funcionários do transporte. Sem barraca e sem hospedagem, nossa última opção foi procurar um lugar ao ar livre para passarmos a noite. Após andarmos um pouco, demos sorte de encontrar um lugar perfeito, próximo ao mar, na varanda da casa de um pescador. Foi uma experiência incrível. Durante à noite, é possível ver muitas estrelas com bastante nitidez (é o céu mais estrelado que já vimos na vida). Apesar de ser a virada de ano, não notamos a presença de barulho de fogos, apenas algumas pessoas comemorando por poucos minutos, em seguida, houve um silêncio total, sendo possível ouvir apenas o movimento das ondas do mar. Para nós, foi uma das melhores viradas de ano de nossas vidas, por haver paz e tranquilidade. O lugar é único, mágico e encantador. Vale muito à pena conhecer este pedaço do Uruguai, para quem quer ter um contato mais próximo com a natureza, longe da eletricidade e do caos urbano. (Local onde passamos a noite, com vista para o mar). (O famoso Farol). (Colônia de elefantes-marinhos, leões-marinhos e lobos-marinhos). - 01/01/2022 - Cabo Polônio (Rota 10) - San Carlos (Rota 10) - Punta del Este Acordamos e seguimos para o ponto para pegar o próximo caminhão. Ao chegar na entrada, procuramos passagem para qualquer destino, porém, não havia por ser feriado. Seguimos então em busca da próxima carona, a poucos metros da entrada principal de Cabo Polônio. - Carona 18 - Cabo Polônio (Rota 10) - San Carlos (Rota 10) - Tempo de espera: 20min - Horário de saída: 13h20min - Horário de chegada: 16h00min - 120km Danilo, estava a caminho de sua casa, vem quinzenalmente para Cabo Polônio para ver sua namorada. Possui uma camionete velha. Dois caroneiros nos acompanharam durante o percurso até La Paloma na caçamba. Posteriormente, fomos para o banco da frente e partimos para a cidade Rocha pela Rota 15. Danilo é muito gentil, tentou interagir conosco e disse que já fez mochilão por toda a América do Sul, inclusive o Brasil. Falamos sobre o nosso próximo destino que era Punta Del Este para Danilo, e ele comentou que nesta cidade havia pessoas com ‘’mucha plata’’ (muito ricos), e que preferiria Cabo Polônio, por ser mais tranquila, humilde e acolhedora. Dormimos no meio do trajeto até o local que ele nos deixou, cujo trevo que liga San Carlos a La Barra. (Carona dentro da caçamba em direção ao trevo de La Paloma). Esperamos por muito tempo neste local. Achamos um pedaço de isopor, pois havia um ferro velho próximo e escrevemos ‘’Punta del Este’’. Não durou muito tempo, porque o isopor partiu ao meio devido ao vento forte. Além disso, o céu estava com nuvens carregadas, e possivelmente, iria chover. Por sorte, apareceu uma caminhonete que deixou um grupo de caroneiros nesse trevo e nos ofereceu carona para o nosso próximo destino - Carona 19 - San Carlos - Punta del Este - Tempo de espera: 40min - Horário de saída: 16h40min - Horário de chegada: 17h30min - 120km Uma mãe e seu filho nos cedeu gentilmente um lugar na caçamba até Punta del Este. Conhecemos todo o trajeto que liga La Barra a Punta del Este. Ficamos impressionados com a primeira cidade, pelas casas e estabelecimentos serem de um nível alto padrão, bem luxuosas. Naquele momento, já constatamos que aquele lugar não era para nós. Saímos de um lugar humilde e acolhedor, por um lugar que é o extremo oposto. Como citamos anteriormente, gostamos de tranquilidade e simplicidade. Ao chegar em Punta del Este, ficamos apreensivos porque começou a chover. Porém, eles foram gentis e nos deixaram na porta de um hostel mais próximo do centro da cidade. Entramos no hostel, porém, não havia vaga para nós dois no mesmo quarto. Então decidimos procurar um McDonald 's para carregar os celulares e conseguir acessar o Wi-fi para procurar um hostel barato. Para nossa tristeza, era tudo muito caro, mas achamos um que era o mais barato de todos os hostels. Além disso, a maioria dos hostels estavam ocupados devido ao feriado de Ano Novo, e não tínhamos muita opção. Caminhamos até o hostel, preparamos nosso jantar e descansamos até o dia seguinte. Particularmente, o hostel é bem localizado, mas não tivemos uma experiência muito boa, porque ficamos em um quarto compartilhado e havia muitas pessoas transitando e fazendo barulho, portanto, não dormimos direito. (A chuva c̶a̶s̶t̶i̶g̶a̶ ̶o̶s̶ ̶c̶a̶r̶i̶o̶c̶a̶s̶ e Punta del Este). - 02/01/2022 - Punta del Este - Punta Ballena Acordamos bem cedo, tomamos café e andamos pela cidade para conhecer alguns pontos turísticos: Los Dedos, Iglesia Nuestra Señora de La Candelaria, Faro de Punta del Este, Puerto, Casino Nogaró, Playa Brava, e depois resolvemos voltar para o hostel para pegarmos nossas coisas e seguir para a rodoviária. Compramos passagem até Punta Ballena, onde paramos na rodovia, perto da entrada do Mirador de Punta Ballena. Seguimos andando até o Museo Casapueblo (2km - 20min), um dos pontos turísticos mais famosos de Punta del Este. A arquitetura é bem interessante, relembra as construções gregas. O artista plástico Vilaró possui uma trajetória marcante, e suas obras são reconhecidas por sua identidade artística própria. Conseguimos ver o pôr do sol, o qual é extremamente fascinante. Apesar de tudo, nós nos sentimos um pouco desconfortáveis, pois o ambiente se tornou algo superficial, perdendo toda a sua essência com o tipo de classe social que o frequentava. Após o pôr do sol, retornamos para o ponto de ônibus, porém, havia um problema. Estávamos sem dinheiro trocado para ir direto à cidade de Montevideo. Optamos por retornar à Punta del Este e passar no cartão de crédito no guichê da rodoviária, pois já era bem tarde e não queríamos nos hospedar novamente. Por ser muito tarde, não havia horário de ônibus para aquele dia. Compramos passagem para o dia seguinte, no primeiro horário disponível (5:00 A.M.). Resolvemos esperar do lado de fora da rodoviária, em um banco. Após algumas horas, entramos novamente devido ao frio que estava fazendo naquela madrugada. É curioso ver que muitas pessoas, de todas as idades, caminham durante a madrugada, como se a cidade funcionasse 24h, sem cessar. Talvez por ser uma cidade com ampla estrutura e livre de criminalidade. Ao amanhecer, viajamos até Montevideo. (Pequena praça em frente à rodoviária, durante a madrugada, rodeada de bruma). (Mirante de Punta Ballena, uma das melhores vistas do Uruguai). - 03/01/2022 - Punta del Este - Montevidéu Pegamos o primeiro ônibus do dia e chegamos na parte da manhã (7:00 A.M.) na rodoviária de Montevidéu. Estávamos sem dinheiro trocado, apenas com o cartão de débito, e precisávamos ter pelo menos uma garantia com dinheiro vivo para utilizar nos estabelecimentos, porque as taxas de cada transação pelo cartão são altíssimas. Não recomendamos utilizar esta forma de pagamento. Caso realmente queira gastar só o necessário, recomendamos ter um planejamento financeiro e os dias que irão ficar no país, além de levar um dinheiro extra para casos de emergência ou imprevistos. Por não termos recursos para trocar o dinheiro nos câmbios, ficamos sem saída por um momento. Procuramos um hostel mais próximo do centro para nos hospedarmos e buscarmos orientações. Por sorte, o atendente do hostel (Montevideo Port Hostel) era um voluntário brasileiro (Diego) que nos ajudou fornecendo outras alternativas para o nosso problema. Recomendou baixar o app Western Union, cuja função é realizar transferências internacionais. É possível transferir por pix e esperar algumas horas (+/- 3h) para poder sacar em uma agência credenciada mais próxima. Almoçamos e depois passeamos pelo centro da cidade. Passamos pela Plaza Independencia, Teatro Solis, Plaza España, Centro de Fotografía de Montevideo, Palácio Estévez, Mausoléu do General Artigas. (Caminhando pelas ruas de Montevideo). No dia seguinte, passeamos novamente pela cidade para aproveitar o pouco tempo que tínhamos. - 04/01/2022 - Montevidéu - Fray Bentos Durante o final da tarde, pegamos um ônibus direto para Fray Bentos, cuja cidade faz fronteira com a Argentina. Chegamos quase meia-noite, optamos por passar a madrugada na rodoviária, pois estávamos sem dinheiro trocado e não havia alguma loja de câmbio aberta. Durante a madrugada, compramos algumas guloseimas com uns trocados que havíamos na carteira em uma mini-conveniência 24h que ficava dentro da rodoviária, apenas para passar o tempo, já que o guarda ficava o tempo todo nos monitorando e não nos deixando dormir deitado no banco. (Pipira deitado minutos antes do guardinha chamar a nossa atenção). - 05/01/2022 - Fray Bentos - Fray Bentos (Aduana) - Pilar - Buenos Aires Ao amanhecer, resolvemos passar o tempo na biblioteca, conversamos com as funcionárias que cederam o espaço para gente, foram muito gentis. Depois conversamos com os funcionários da rodoviária para obter informações sobre o funcionamento da Aduana, e soubemos que não havia ônibus para atravessar a Aduana devido à pandemia. Ficamos apreensivos (com o cu na mão, kkkk), pois não sabíamos o que estava por vir. Achamos que naquele momento, voltaríamos para casa. Resolvemos tentar atravessar de carona. Mas antes, fomos atrás de uma papelaria para imprimir os documentos necessários para atravessar na Aduana. Procuramos na internet todas as papelarias que estavam abertas (eram poucas). E em todas que passamos, não havia impressora ou não queriam nos atender. Este último motivo foi o que nos deixou chateados porque sentimos um preconceito instalado. Acho que foi um dos momentos que não nos sentimos tão acolhidos durante esta viagem. Por fim, depois de andar pela cidade toda a pé, perguntamos para os nativos se eles sabiam, e então conseguimos achar uma perto da praça no centro da cidade. Depois de imprimir os documentos, procuramos um mercado mais próximo dali para comermos alguma coisa. Existe uma franquia de supermercados chamada ‘’Ta-Ta’’, cujos produtos são mais baratos que nos outros mercados, além de encontrar muita variedade, o que é bem difícil no Uruguai. Voltamos para a praça para comer, e vimos um táxi. Foi a nossa oportunidade para perguntar sobre o valor até a fronteira. Como estávamos sem trocado, perguntamos se ele aceitava em dólar. Ele nos disse que havia uma forma para trocar com o patrão dele, mas ao chegarmos no local, ele não tinha troco para 50 dólares. Passamos em uma loja de câmbio, mas estava lotado. Depois ele nos levou até uma praça onde havia um cambista informal. Lá, trocamos o dólar pela cotação do dia. Em seguida, corremos direto para a Aduana. O preço estava de acordo com o que ele havia estimado. A princípio, achamos que fosse uma cilada desde o momento que pegamos o táxi com ele, mas, no final, deu tudo certo. Ao chegar na aduana, fomos em direção ao guichê, fazer os trâmites para entrar na Argentina, e perguntar sobre a possibilidade de atravessar a ponte andando a pé. Fomos informados dessa impossibilidade, e nesse momento, nosso mundo caiu. Não sabíamos o que fazer. Após essa resposta negativa, perguntamos sobre a possibilidade de pedir carona ali na Aduana. Nós até pensamos em pedir, mas ficamos com vergonha e resolvemos esperar (até uma alma bondosa oferecer uma carona). Os funcionários foram bem atenciosos e conseguiram uma carona para gente. Estávamos na esperança de atravessar apenas a ponte e de lá pegaríamos outra carona. Mas para a nossa surpresa, a carona iria para perto de Buenos Aires, o qual era o nosso próximo destino. Na aduana do Uruguai, somente o motorista apresentou os documentos e achamos que não haveria necessidade por já ter mostrado para os estagiários quando pedimos as informações sobre a possibilidade de atravessar a ponte a pé. Ao atravessar a ponte e passar pela aduana argentina, não fomos parados, pois estávamos em um carro argentino. Portanto, passamos sem o carimbo de saída do Uruguai e o de entrada da Argentina. O que resultou em um problema que iremos relatar mais pra frente. A nossa intenção não era passar sem a vistoria dos nossos documentos, até porque ficamos preocupados em imprimi-los. Por inocência, não apresentamos os documentos pois não foi pedido em nenhum momento quando estávamos dentro do carro. - Carona 20 - Fray Bentos (Aduana) - Pilar - Tempo de espera: 20min - Horário de saída: 13h20min - Horário de chegada: 17h40min - 250km José Fernando, um empresário, estava indo para uma cidade próxima a Buenos Aires. Foi muito gentil de sua parte, por oferecer a carona (por livre e espontânea pressão, kkkk). Ele nos contou que sua irmã mora aqui no Brasil, em São Paulo, no bairro Alphaville. Quis tirar uma foto conosco para mandar para a família e para a sua irmã, pois estava contente de viajar acompanhado, já que sempre viajou sozinho (apesar de dormimos durante toda a viagem, kkkkkk). Conversamos apenas no início, depois dormimos até chegar em Pilar. Não durmam durante a viagem, é uma falta de respeito (kkkkk), só dormimos porque estávamos muito cansados pois passamos a noite na rodoviária sem dormir direito, e nos arrependemos porque gostaríamos de ter conversado, apesar de não saber muito a língua espanhola. Chegamos na cidade de Pilar, e ele nos deixou em um ponto de ônibus perto da rodovia. A princípio, a nossa intenção era pegar um ônibus para ir direto para Buenos Aires. Porém, estávamos sem dinheiro vivo (apenas com dólar). Como também estávamos sem internet, pedimos a senha do Wi-fi em um estabelecimento. Nesse momento, já tínhamos procurado um hostel para nos hospedarmos. Então, decidimos pegar um uber até o centro de Buenos Aires (pagamos a viagem pelo aplicativo no cartão de crédito). Ao chegar na cidade, fomos até o hostel. Perguntamos se eles aceitavam dólar. Eles aceitaram e pudemos desfrutar do quarto. Descansamos um pouco e nos arrumamos para ir ao mercado. Porém, já estava fechado, então procuramos um restaurante próximo e voltamos para o hostel. Descansamos até o dia seguinte. (O famoso Obelisco). - 06/01/2022 - 08/01/2022 - Buenos Aires Acordamos e já fomos surpreendidos com a dona do hostel alertando sobre o horário do check-out. Como havíamos reservado apenas para uma noite, estávamos discutindo sobre ficar mais um dia no hostel, por ser muito barato e com ótima localização. Já era próximo do horário de check-out e ainda não havíamos decidido se ficaríamos ou não. Nesse instante, a funcionária chamou a nossa atenção para sairmos logo do quarto porque já haviam reservado. Por fim, decidimos procurar outro hostel. Por não ter algum mais próximo do centro, olhamos alguns hotéis, e por coincidência, o que nós achamos no aplicativo era o mesmo que se situava ao lado do hostel. Após estarmos instalados no Gran Hotel De La Paix, resolvemos procurar algum restaurante para almoçarmos. Andamos pela cidade durante à tarde e à noite. Fomos na Plaza del Congresso, no Obelisco e na Basilica Nuestra Señora de la Piedad. Voltamos para o hotel e descansamos. No dia seguinte, visitamos vários lugares. Inicialmente, fomos ao Obelisco para tirar algumas fotos durante o dia, e depois fomos almoçar em um restaurante próximo do hotel, um lugar muito barato com uma comida de boa qualidade. Esperamos uma amiga que mora em BA há pouco tempo, para nos guiar pelos pontos turísticos. Visitamos a livraria ‘’El Ateneo’’, um espaço único, com uma bela arquitetura e uma imensidão de livros de todos os tipos. Em seguida, fomos ao Cemitério da Recoleta, outro lugar quase obrigatório para visitar. Outro lugar interessante para admirar a 2ª e 3ª Artes, o Museo Bellas Artes. Também fomos na Facultad de Derecho, Floralis Genérica. Retornamos para o Cemitério da Recoleta e visitamos a Basílica Nuestra Señora del Pilar e Nuestra Señora del Socorro. (Biblioteca El Ateneo). Estávamos à procura do quadro Abaporu - Tarsila do Amaral, uma obra muito significativa e que representa a nossa identidade brasileira no contexto da arte. Ela estava localizada no Museo de Arte Latino-americana de Buenos Aires. Como faltava apenas meia hora para fechar, esperamos o ônibus na linha para chegar até lá. Estava demorando, então resolvemos entrar em um Museu próximo da linha de ônibus chamado Museo Nacional Ferroviario, o qual foi um achado. O funcionário-guia, que também atuava como segurança, nos apresentou toda a linha do tempo, as construções ferroviárias e todo o funcionamento daquela época, além de trazer muito conteúdo histórico e a passagem de todos os presidentes, principalmente o Perón, o qual é bem famoso em Buenos Aires. (Locomotiva a vapor, no Museo Ferroviario Nacional). No dia seguinte, nosso último dia em BA, deixamos nossos pertences no hotel e visitamos o Museo de Arte Latino-americana de Buenos Aires (MALBA) no período da manhã. Conseguimos a meia-entrada pois temos a carteirinha de estudante. É sempre bom levar a carteirinha do estudante, ou até mesmo o ID Jovem, que garante pagar pela metade do preço e ajuda bastante a frequentar vários eventos pagos. Mas a maioria dos museus são gratuitos, portanto, dá para aproveitar muito! Para a nossa surpresa, não superou tanto as nossas expectativas, apenas o quadro Abaporu foi relevante. Havia uma exposição que estava de passagem com um contexto que nós consideramos inadequados, não tivemos tanta sorte naquele dia, kkkk. (Repugnante, kkkk). (Famoso quadro Abaporu - Tarsila do Amaral). Neste mesmo dia, fomos para a rodoviária de Buenos Aires. Nossa intenção inicialmente era pegar um ônibus para uma cidade mais próxima (Rosário) e seguir de carona até o Paraguai. Porém, era inviável, porque estávamos com o tempo reduzido e com dinheiro contado. Procuramos uma rota que seguia direto até Puerto Iguazú, cidade que faz fronteira com o Brasil e o Paraguai. O preço da passagem era quase a mesma para ir à Rosário, portanto, decidimos escolher a segunda opção. O valor era em torno de R$ 350,00. Compramos a outra passagem no cartão, o qual foi outro perrengue financeiro, pois havia custado o dobro (R$ 600,00). Nunca compre as coisas pelo cartão de crédito, pode custar bem mais do que o esperado, sempre tenha dinheiro trocado em mãos. Após uma viagem longa e exaustiva (18 horas) de ônibus, chegamos em Puerto Iguazú. - 09/01/2022 - Puerto Iguazu - Foz do Iguaçu Neste dia, resolvemos não ir mais ao Paraguai, devido ao tempo escasso. Então procuramos formas de atravessar a fronteira para ir até o Brasil. Havia duas opções para atravessar a fronteira, a primeira seria ir de táxi, porém era inviável por ser muito caro, a segunda seria ir de ônibus, e foi nesse momento que o perrengue começou. O ônibus havia saído naquele instante, mas o atendente do guichê telefonou para o motorista e conseguimos alcançá-lo correndo como se não houvesse o amanhã. Chegamos na aduana e foi solicitada a apresentação dos documentos e do carimbo de entrada da Argentina. Como havíamos comentado anteriormente na aduana do Uruguai - Argentina, os documentos não tinham sido carimbados. Tal fato gerou uma grande consequência na hora da apresentação, e fomos multados no valor de R$300,00 (cada). Felizmente, a multa poderá ser paga quando voltarmos para a Argentina. (ou seja, nunca, kkkk). Brincadeiras à parte, temos a intenção de retornar para este país, pois gostamos muito do lugar, apesar dessa inconveniência que ocorreu conosco durante o trajeto para atravessar a fronteira na aduana. Devido a esta intercorrência, perdemos o ônibus que atravessaria a fronteira para o Brasil. Então resolvemos pegar um táxi após algumas tentativas de pegar carona. O preço do táxi, foi exatamente o restante de pesos argentinos que havíamos dentro da carteira (R$ 65,00). O taxista nos deixou na rodoviária internacional de Foz do Iguaçu. Depois seguimos para um hostel (Bambu) e descansamos até o dia seguinte. (Vista magnífica do céu em frente ao Bambu Hostel). - 10/01/2022 - Foz do Iguaçu - São Paulo Ao acordarmos, arrumamos nossas coisas e deixamos no hostel para aproveitar a ida até as cataratas de Foz do Iguaçu. Pegamos um uber e aproveitamos o passeio que custou (R$ 60,00 - cada). Neste ponto turístico, não aceita meia-entrada. Foi um dos lugares mais caros que nós já visitamos em toda a viagem, prepare o bolso. (A garganta do Diabo, com vazão média de água). Voltamos para o hostel, pegamos nossas coisas e fomos para a rodoviária seguir para o nosso último destino, São Paulo. Fizemos mais uma longa viagem de ônibus, e no meio do trajeto, fomos acordados com a abordagem da Polícia Militar, por ser um ônibus que faz fronteira, a possibilidade de ter alguém trazendo bagagem com drogas era grande. Não foi uma experiência muito agradável, pois nos sentimos constrangidos com a maneira que fomos abordados. Por fim, terminamos nossa viagem e chegamos ao destino de nossas casas. THE END.
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Olá, pessoal! Estou entrando de férias agora em novembro e gostaria de fazer uns passeios por Alagoas, "gastando pouco". Nada muito chique, só quero apenas sair por aí conhecendo lugares interessantes. Sou do interior, conheço muito pouco ou quase nada dos municípios vizinhos. Quem tiver sugestões de municípios, lugares pra ir, o que fazer e etc. será de grande ajuda. Será a minha primeira vez viajando assim.
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Olá Mochileiros, Trazemos o relato atualizado pós-pandemia sobre o circuito W em Torres Del Paine, verão que fizemos ligeiramente modificado, mas acho que é também uma forma válida de fazer. Para melhor encontrar as informações que necessite, o índice do meu relato será: > Roteiro - Circuito W > Roteiro - Deslocamentos > Custos de Viagem > Alimentação de Trekking > Equipamentos Indicados > Equipamentos Contra-indicados ROTEIRO - CIRCUITO W Dia 01: Paine Grande > Mirante Pehoé Km total: 10 km Realizamos o deslocamento da cidade até o parque (descrito abaixo), ao chegar no Refúgio Paine Grande organizamos o acampamento, deixamos nossas coisas dentro da barraca (é seguro), pegamos apenas a mochila de ataque e fizemos um hike até o mirante Pehoé. O tradicional do circuito W é realizar a subida direta até o Refúgio Grey ou fazer um ataque até o Mirador Grey no primeiro dia, fizemos a escolha do Pehoé ao invés do Grey porque achamos imperdível, deixo abaixo os registros para tirarem suas preferências. Os mapas do parque possuem uma quilometragem incorreta das distâncias, abaixo deixo a correção com as distâncias aferidas e confirmadas com Wikiloc. Os mapas registram 3 km, mas na verdade são 5 km, somando ida e volta pelo Paine Grande de 10 km. Dia 02: Paine Grande > Camping Francês Km total: 9,5 km Acordamos bem, a barraca aguentou a noite, e nós o frio. A estrutura do Refúgio Paine Grande é uma das melhores, possui mercadinho que vende inclusive: ovo! A cozinha é bem estruturada, porém é necessário levar tudo, panelas, talheres, gás.. etc. Nesse trecho pegamos uma paisagem incrível, aconselho sair cedo para poder registrar bastante. Nos mapas esse trecho está como 7,5km, mas são na verdade 9,5 km. Quando se chega ao Camping Italiano, a placa indica 2 km até o Francês, mas na verdade é apenas 1 km. Dia 03: Camping Francês > Mirador Britânico > Camping Francês Km total: 13 km No 3º dia escolhemos realizar um day hike, apenas mochila de ataque para aproveitar bem o dia. E sem exagero é um dos dias mais lindos de viver dentro do parque, você caminha todo o tempo margeando o Paine Grande e ele é cada vez mais esplêndido. Conselho para o dia: Saia cedo! Acabamos ficando tranquilos demais e perdemos muito tempo para sair. Como toda a trilha é muito linda, para-se muito para fotografar e você pode acabar perdendo o tempo de chegar até o final e voltar. Outro detalhe importante é que a trilha é sempre subindo, então cansa bastante. Camping Francês > Camping Italiano: 1 km (ida) Camping Italiano > Mirador Britânico: 5,5 km (ida) Dia 04: Camping Francês > Camping Chileno Km total: 17,6 km Esse trecho é o que requer sua maior atenção, muito longo, muita subida e descida, e onde irá encontrar a maior dificuldade de orientação. As placas de distâncias nesse trecho tem erros graves e acabam deixando trilheiros expostos ao anoitecer por acreditarem que irão percorrer 7km, quando na verdade são 11km, por exemplo. É um caminho com muito desnível. Aqui a dica também é sair cedo do Francês, para poder curtir a vista, principalmente dos primeiros km. Camping Francês > Camping Cuernos: 4 km (nas placas/mapas indicam que é 2,5 km, está incorreto) Camping Cuernos > Bifurcação Chileno/Las Torres: 11km Bifurcação > Camping Chileno: 2,6 km Refúgio Los Cuernos Dia 05: Camping Chileno > Mirante da Base das Torres > Camping Chileno > Saída do Parque Km total: 17,3 km Um dia memorável, acordem cedo! Madrugamos para desmontar a nossa barraca e empacotar as coisas para subir (visto que o check-out no chileno é até as 9h) Se você alugar a barraca nesse dia será mais fácil. Ou você só precisa acordar muito cedo, sugiro: 4h da manhã. Acordamos 5h e não chegamos a tempo pro nascer do sol. Aqui também irão se deparar com km erradas, indicando algo como 3,5 km até as torres, na verdade serão 5,5 km de subida íngreme e serpenteada desde o Chileno. Mas a vista é incrível e imperdível. Se conseguir chegar para o nascer do sol, é possível que esteja lotado, mas com um pouco de paciência, as pessoas vão saindo, se programe para ter esse tempo extra e poder registrar o local com calma. Refúgio Chileno > Base das Torres: 5,5 km + 5,5 km (Ida e Volta) Refúgio Chileno > Hotel Las Torres: 4,3 km (só descida) Hotel Las Torres > Centro de Bien Venidos: 2 km ROTEIRO - DESLOCAMENTOS Simplificarei a informação, visto que necessitamos ficar 2 dias a mais em Santiago na ida e na volta por conta dos resultados dos exames PCR, por conta do contexto da pandemia. Deslocamento residência > Puerto Natales Avião: Cuiabá > São Paulo (GRU) > Santiago Valor: R$ 1.200,00 por pessoa (ida/volta) - LATAM Avião: Santigo > Punta Arenas Valor: U$ 17,00 - SKY Airlines O valor final com compra de bagagem despachada (por conta dos bastões e barraca) ficou R$ 450,00 por pessoa (ida/volta) Ônibus: Punta Arenas (Aeroporto) > Puerto Natales O ônibus passa no aeroporto e busca no desembarque, mas é necessário comprar com pelo menos 1 dia de antecedência pelo site. Duração: 3h15 - Horários disponíveis a cada 3h. Valor: $ 7.500 (pesos chilenos) - Compre online antecipado Bus-Sur | Te acompañamos a descubrir la Patagonia (bussur.com) Deslocamento Puerto Natales > Torres Del Paine Nosso objetivo era ir para Pudeto, aonde se pega o Catamarã para chegar no Paine Grande, mas você pode escolher a portaria que quiser. Duração: 3h - 2 horários disponíveis por dia (6h40 ou 7h) Valor: $ 6.000 (pesos chilenos) - Compre online antecipado! Bus-Sur | Te acompañamos a descubrir la Patagonia (bussur.com) Catamarã Necessário para atravessar o Lago Pehoé, é possível chegar por trilha também, verifique os meses em que ela está disponível, algumas temporadas ela é bloqueada para esse percurso. Duração: 30 minutos. Disponível 2x por dia, 1x de manhã (10h) ida para Paine Grande e 1x de tarde às (17h) volta do Paine Grande. Valor: $ 23.000 ou U$ 35 (Pode-se pagar em qualquer uma das moedas, APENAS DINHEIRO, não aceita outras formas de pagamento). Não tem como reservar, então se for em meses de alta temporada, busque pegar o ônibus mais cedo possível. Site do Catamarã para consulta de horários e valores Transfer: Centro de Bien Venidos (Prox. Hotel Las Torres) > Portaria do Parque TDP (Laguna Amarga) Esse transfer é necessário para se chegar ao local aonde se pega o ônibus que levará de volta a cidade. Duração: 10 minutos - sai a cada 15 minutos aprox., último horário é aprox. 19h30. Valor: $ 3.000 (pesos chilenos) - Apenas em dinheiro, não aceita outras formas de pagamento. Deslocamento: Portaria do Parque TDP (Laguna Amarga)> Puerto Natales Os ônibus ficam enfileirados na Portaria, basta encontrar o seu. Duração: 3h - possui horários de retorno a cada 4h aprox. Valor: $ 7.000 (pesos chilenos) - Compre online antecipado! Bus-Sur | Te acompañamos a descubrir la Patagonia (bussur.com) Deslocamento Puerto Natales > Brasil Ônibus: Puerto Natales (Rodoviária) > Punta Arenas (Aeroporto) Valores: $ 7.500 pesos Bus-Sur | Te acompañamos a descubrir la Patagonia (bussur.com) Avião: Punta Arenas > Santiago Valor: R$ 450,00 por pessoa (ida/volta) c/ bagagem - Skyairlines Avião: Santiago > São Paulo (GRU) > Cuiabá/MT Valor: R$ 1.200,00 por pessoa (ida/volta) - LATAM CUSTOS DE VIAGEM Passagens Aéreas: R$ 1.900,00 por pessoa (com bagagem) Ônibus + Catamarã: R$ 346,86 por pessoa Ingresso do Parque Nac. Torres Del Paine: R$ 521.41/2 = R$ 260,70 por pessoa Estadia em Camping (sem equipamento/ sem extras) Parque Nac. Torres Del Paine: R$ 889,57 /2 = R$ 444,78 por pessoa Estadia Puerto Natales: Airbnb R$ 360,00 - 2 diárias / por pessoa (aprox.) Alimentação: R$ 623,00 por pessoa Seguro Viagem: R$ 955,00/2 = R$ 477,50 por pessoa Obs: obrigatório devido COVID-19, pode ser que em outro momento volte a ser opcional, reduzindo o custo. CUSTO TOTAL DE VIAGEM R$ 4.412,84 (por pessoa) Obs: realizei uma estimativa com uma viagem bem resumida apenas o mínimo para fazer o circuito W, mas meu roteiro foi bem mais estendido, incluindo o Torres Del Paine (Full Day) que realiza um tour pela estrada, por fora do parque, são outros cenários, e indico muito fazer, porém aumenta consideravelmente o custo com alimentação, estadia e o passeio custa aprox. $ 35.000 pesos por pessoa. Mirante do Full Day TDP ALIMENTAÇÃO DE TREKKING - Comida Liofilizada (LioNutri) R$ 38,00 por embalagem/refeição Indico os sabores: Batata doce, frango e brócolis e Risoto Primavera. - Barrinhas de Cereal/Proteína e Castanhas. - Flocão para cuzcuz (café da manhã) - Ovo (levamos em uma cápsula que construímos com cano PVC) - Café Solúvel (L'or ou Starbucks) - Chá Preto - Batata Chips Krizpo (produto local, compra-se nos abrigos/cidade) - Sal - Chocolate EQUIPAMENTOS INDICADOS - Barraca NatureHike CloudUp2 - Bastões de Trekking - Isolante Térmico/Colchonete: Therm-a-rest Neoair Xtherm (testamos alguns e esse foi o melhor em todos os quesitos: aquecimento; conforto; peso e volume) - Fleece (Marcas recomendadas: Conquista; Curtlo; Patagônia; Decathlon (Forclaz); The North Face; Columbia) - Jaqueta de Pluma ou Fibra (Marcas recomendadas: Rab (importada); Mountain Hardwear (importada); Columbia; Conquista (Chaltén); Patagônia; The North Face) - Anorak: Jaqueta contra vento e chuva (Marcas recomendadas: OR (importada); The North Face (importada); Patagônia (importada); Columbia (acha no BR, mas busque uma com boa coluna d'agua > 3.000mm); Decathlon (busque os modelos mais caros e com maior coluna d'agua.) Obs: Não economizem na sessão proteção contra vento e chuva, isso pode destruir a sua viagem, as marcas que recomendamos são aquelas que mais vimos por lá, e inclusive compramos depois. Fomos com um anorak da CONQUISTA e tivemos SÉRIOS problemas durante a trilha, foi o maior perrengue, então garantam que essa proteção será 100% confiável. - Poncho: fui resistente a levar porque quis economizar peso/volume, mas hoje recomendo levar! Vai ser uma proteção extra para você e as alças e costado da sua mochila, em um local com temperaturas < 5 graus, qualquer coisa molhada pode roubar muita temperatura sua. Dica de amigo: escolha com carinho seu anorak e leve um poncho! Equipamentos para Locação em Puerto Natales
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Oi pessoal, agora no final de setembro vou fazer um mochilão de 14 dias entre Bolívia e Peru nele vou fazer os 3/4 dias de Salar e fiquei na dúvida se preciso de outra mochila. Tenho uma Crampon trilhas e rumos de 44L, fiel companheira de viagens dentro do Brasil (calooor), mas por ser muito compartimentada ela não tem tanto espaço e cá estou tendendo a comprar um mochilão de 50L tipo o da Quechua que pode ser aberto pela frente. Alguém já viajou para lugar frio com esse volume por duas semanas? EDIT: Pessoal, muito obrigada. Deu super certo. Fui com o meu mochilão e uma mochila de ataque e levei uma dessas malas que dobram na mochila caso quisesse trazer alguma coisa (Só usei ela pq precisei despachar uma garrafa de Pisco, até os "regalos" que comprei couberam na mochila). Como levei as roupas separadas em vários saquinhos da shein, a abertura dela não incomodou tanto!
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Olá! Terei 5 dias no Camboja, gostaria de aproveitar o máximo da cultura local, história e natureza. Tenho planos de Visitar Angkor Wat, creio não ter tempo suficiente para Koh Rong ( destino que sonho em conhecer). Gostaria de indicações de lugares para conhecer próximo a Siem Reap! Aceito indicações e sugestões no geral sobre Camboja! Obrigada!
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Eai, galera!!!!! Estou em uma viagem de volta ao mundo com meu melhor amigo, o Luan. Somos amigos há mais de 15 anos. Estamos mostrando absolutamente tudo dessa aventura no: - Nosso canal do YouTube: https://www.youtube.com/c/BrotherspeloMundo/videos - Nosso insta: https://www.instagram.com/brotherspmundoo/ - Nosso blog: https://brotherspelomundo.wordpress.com/2022/08/24/brasov-sinaia-romenia-precos-nossas-impressoes-e-dicas-2022/ Chegamos no interior da Romênia em 18/04/2022. Foi nosso 17º país visitado nesse Mochilão de Volta ao Mundo. Segue nosso resumão dessas duas cidades no interior da Romênia, incluindo Brasov, que pertence à famosa região da Transilvânia! Fomos de trem de Bucareste a Brasov. Passagem = 27,90 lei (aprox 6,10 dólares), em uma viagem de 3h de duração. No percurso pudemos observar neve fresquinha! Embora já estejamos na segunda metade de abril, nevou essa noite em algumas cidades desse trajeto. Nosso vídeo com todas as impressões e dicas do Interior da Romênia Brasov: Com quase 300 mil habitantes, Brașov é uma cidade localizada na famosa região da Transilvânia. A Transilvânia, por sua vez, é uma região situada no centro da Romênia, conhecida por cidades medievais, montanhosas nevadas e castelos – especialmente o Castelo de Bran, construído em 1212 e, por conta de sua semelhança ao que é descrito na Lenda do Drácula, hoje é considerado “O Castelo do Conde Drácula” . A primeira impressão da cidade foi: chegamos na Romênia kkk afinal, embora tenhamos passado 4 dias em Bucareste, sentimos que a capital não representa muito o que o país de fato é – metrópoles normalmente tem esse “defeitos”. Nosso hostel é extremamente bem localizado, bem próximo à praça principal. Excelente hostel, por sinal! Pena que é caro kkk aproximadamente 15 dólares por noite, por pessoa (quarto compartilhado). Foi difícil encontrar algo mais barato. Os que estavam mais baratos eram fora da cidade e, portanto, iríamos gastar com deslocamento. Onde comer? Fomos a um restaurante sob indicação da dona do hostel. Excelente!! Chama-se Sergiana e serve culinária típica romena à preços justos – pratos a partir de 15 lei (aprox 3,30 dólares). O que fazer na cidade? Muralhas e baluartes saxônicos medievais por toda parte! Você vai querer tirar várias fotos dessas construções de mais de 300 anos de história. A Black Church, de estilo gótico, e a Piaţa Sfatului (Praça do Conselho) também se fazem interessantes. Muitas construções coloridas e no estilo barroco presentes no centro histórico. A Casa Sfatului, uma antiga câmara municipal transformada num museu de história local e muitos acontecimentos históricos marcam a cidade. Um dos principais é a resistência imposta pelo Imperador Vlad III contra a invasão do Império Turco-Otomano à região em meados do século XV. O nome do imperador, aliás, frequentemente relacionado ao Drácula da fábula, se deu por conta do apelido de seu pai, Vlad Dracul (“Vlad, o Dragão” em romeno medieval), que o recebeu após se tornar membro da Ordem do Dragão. Dracula é a forma genitiva eslava de Dracul, que significa “[o filho] de Dracul (ou o Dragão)”. Sinaia: Cidade pequena e cheia de charme, vale a pena dormir ao menos uma noite! Ficamos hospedados na parte sul, próximo à Estação de Sinaia Sud, a 5 km do centro. Hospedagens BEEEM mais em conta por ali do que no centro. Centro, aliás, facilmente acessível a pé ou de ônibus. Castelo de Peles: Essa é a principal atração turística de Sinaia, juntamente aos seus picos nevados e estações de ski. Inaugurado em 1914, esse castelo é considerado o mais bonito da Romênia, pelos próprios romenos. E, de fato, é incrível! A entrada às instalações do castelo custam de 50 a 150 lei, a depender de sua escolha por tour com guia ou sem guia. Decidimos não entrar, afinal, 50 lei são 11 dólares, mas já valeu muito a pena o passeio por seus jardins e seus entornos, cheios de casarões e atrações. Preparamos, também, um post especial no blog mostrando como se locomover via terrestre (ônibus e trem) pelos países dos Balcãs, visto que sendo esses países menos visitados, não há muita informação sobre na Internet. A fim de ajudar futuros viajantes, segue nosso resumão de como foi nossa logística pelos países que visitamos!!
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Roteiro Lima, Paracas, Cusco e Machu Picchu - 13 dias.
MMarttins postou um tópico em Peru - Relatos de Viagem
Em maio deste ano fizemos uma viagem de 13 dias para o Peru, sendo 04 noites em Lima, incluindo um bate e volta a Paracas e Ica, 07 noites em Cusco e 02 em Águas Calientes. Na parte de Cusco, a cronologia do roteiro é muito importante. Montamos o nosso, pensando na aclimatação a altitude, e evitar passeios muito pesados em dias seguidos. Nosso gasto total por casal, incluindo todas as despesas, até mesmo estacionamento no aeroporto no Brasil, foi de pouco menos de R$7.000,00 mais 72.000 milhas Múltiplos com passagens. Abaixo iremos resumir cada dia de nossa viagem, e tentar deixar algumas dicas úteis de cada lugar. Para isto, é importante deixar claro nosso estilo de viagem. Sempre viajamos mais no estilo “mochilão”, nos hospedamos em lugares simples, procuramos comer em lugares em que os locais comem e tentamos vivenciar ao máximo a cultura do lugar. Também gostamos bastante de aventuras, principalmente trilhas, em muitos locais para nós o percurso é tão importante quanto conhecer o lugar. · Dia 01 – Lima – Huaca Pucllana e Parque de La Reserva: Nosso voo chegou em Lima as 0:30, e como já havíamos reservado transfer pelo hostel devido ao horário de chegada, antes das 02:00 estávamos na hospedagem. Na manhã seguinte, em Miraflores, fizemos cambio, compramos chip de celular (vide dicas gerais) e fomos ao sítio arqueológico Huaca Pucllana. Huaca Pucllana é um sítio arqueológico pré-inca localizada bem no meio da cidade. A parte principal é uma pirâmide gigantesca, construída com tijolos de barro, estima-se que sua construção se iniciou por volta de 200 DC. A entrada no sítio com visita guiada custa 15 soles (estudante paga meia). Vale muito a visita, o sítio é bem diferente dos tantos outros que fomos no decorrer da viagem. (Info: http://huacapucllanamiraflores.pe/ Saindo do sítio fomos almoçar no restaurante Punto Azul em Miraflores, onde comemos nosso primeiro ceviche maravilhoso a um preço razoável. Após o almoço, fomos a praça no entorno no shopping Lacomar onde curtimos o pôr-do-sol na deslumbrante paisagem à beira-mar deste local. Deste mesmo local pegamos um Uber e fomos ao Parque de La Reserva (Circuito Mágico das águas). Se trata de um parque muito grande com inúmeras fontes de água. Este local certamente foi umas das melhores surpresas de Lima, ultrapassando nossas expectativas. Dentre as várias atrações do local, a principal e mais bela é a apresentação que é realizada em 03 horários: 19:15, 20:15 e 21:30. É um espetáculo de luz e imagens refletidas na cortina de água que dura 15 minutos e mostra um resumo da história peruana. Vale a pena chegar ao local com antecedência para garantir um bom local. A entrada para o parque custa apenas 4 soles. (https://www.circuitomagicodelagua.com.pe/) Dicas e Infos: 1) Hospedagem: Nos hospedamos em Miraflores, entre o parque Kenedy e o shopping Lacomar. Excelente local para ficar. Nossa hospedagem foi o Miraflores Guest House, local simples, porém com ótimo custo benefício. Tenha em mente que em Miraflores, apesar de ser o lugar mais recomendado para se hospedar, por lá tudo é mais caro (restaurantes, supermercados, etc). 2) O percurso do aeroporto a Miraflores dura em torno de 50 minutos sem transito. O translado por lá é relativamente barato, pagamos 50 soles reservando com antecedência. Porém com Uber sai ainda mais em conta. 3) Cambio: A maioria das casas de câmbio fica na Av. José Larco, av. que liga o parque Kenedy ao Lacomar. Além das casas de câmbio, há várias pessoas na rua que fazem cambio. Apesar de ser estranho fazer cambio com alguém na rua, estas pessoas são devidamente identificadas com colete e são legalizados, cada um tem um número de identificação, para que possa reclamar caso tenha qualquer problema. Cuidado para não pegar nota rasgada, mesmo que seja mínimo. Em Cusco não aceitaram uma nota minha devido a um rasgado de milímetro, e não faltava nenhum pedaço. 4) Celular: Comprei um chip na loja da Claro na Av. José Larco. O Chip com plano de 3GB para 30 dias custou 35 Soles, e funcionou muito bem em todos os lugares durante a viagem. 5) Taxi: Em Lima o que não falta é taxi. Basta sair caminhando na calçada que algum taxista já vai buzinar perto de você oferecendo corrida. Nos taxis não existe taxímetro e tem que negociar o preço antes da corrida. Devido a isto, preferimos usar o UBER, o que funcionou muito bem. Para economizar, utilizamos algumas vezes o UBER compartilhado (Uberpool), e não tivemos problemas. 6) Trânsito: O transito no Peru é um caos, em Lima, ainda pior que em outros lugares. Então alugar carro definitivamente não é uma boa opção · Dia 2 - Paracas e Ica: Queríamos muito conhecer esta região, porém como o tempo estava curto, pensamos que não seria não seria possível, até que descobrimos a opção de fazer o passeio bate e volta de Lima. O ponto de partida do passeio foi em frente ao Shopping Lacomar as 05:00. De lá viajamos de micro-ônibus até Paracas (3 a 4 horas) para fazer o tour das Ilhas Ballestas. Este tour é feito em barco de 40 pessoas, passa pelo famoso candelabro, um geoglifo a beira-mar muito misterioso de 40 metros feito a cerca de 2500 anos, algo diferente e bem interessante, principalmente para quem não vai visitar as linhas Nazcas. Após a parada para apreciar o candelabro seguimos para as Ilhas Ballestas, estas ilhas são um santuário ecológico, com muitos leões marinhos, pinguins e milhares de pássaros. O passeio é apenas panorâmico, por ser área de proteção não pode descer ou nadar no local. Por cerca de 40 minutos, o barco circunda as ilhas, com vistas de milhares de pássaros e centenas de leões marinhos. Belas paisagens. Após o retorno das ilhas, tem um tempo livre para almoço na própria vila onde se desembarca. O almoço não está incluso no passeio, e há vários restaurantes no local para escolha. Finalizado o almoço retornamos ao ônibus para mais aproximadamente 30 minutos de viagem até Huacachina. O Oasis de Huacachina é um mini vilarejo pertencente a cidade de Ica. Porém o grande destaque deste lugar é que ele tem um grande lago central cercado por vegetação, e isto bem em meio do deserto, formando realmente um verdadeiro Oasis entre dunas. Chegando ao local, conhecemos a vila e fomos fazer o passeio com os tubulares nas dunas. Este passeio é bem radical. Cada carro leva em torno de 12 pessoas, e o mesmo vai em alta velocidade nos sobe e desce das dunas, é praticamente uma montanha russa nas areias. No meio do passeio, o carro para fazer o sandboarding. Sandbording é a descida nas dunas escorregando deitado sobre uma prancha. Pode se fazer duas descidas (2 dunas), e após isto o carro pega as pessoas no final da segunda descida, para mais um pouco de adrenalina no retorno ao Oasis. Este passeio (incluso no Tour) foi certamente um dos pontos altos do dia. O último destino do tour, foi em uma vinícola, para provarmos os vinhos e vários tipos de Piscos. Sinceramente não gostei muito das bebidas deste local, mas valeu a experiência. Em resumo, este tour vale a pena para quem está em Lima e não tem tempo suficiente para passar mais de um dia na região de Ica. Certamente este dia foi o ponto alto dos 04 dias que permanecemos em Lima. Dicas e Infos: 1) Agência Picaflor Viajes, foi a que encontrei melhor custo benefício para o Tour, pagamos 165 soles na opção completa do passeio. Site: http://www.viajespicaflorperu.net/. Caso fechar com esta agência, o pagamento deve ser antecipado, então a maneira mais fácil e barata de transferir a grana, é via Wetern Union. Caso não conheça este sistema, a agência passa todas as informações por whatsapp. 2) Não saia sem um bom café da manhã. O Box Lunch prometido no tour não passa de um pacote de biscoito similar a um Club Social e uma caixinha de suco de 200 ml, e a única parada no caminho é rápida e em local caro. 3) Para o passeio das Ilhas Balestas, tente pegar lugar do lado esquerdo do barco. Neste lado terão as melhores vistas · Dia 03: Centro Histórico e Barrancos: Neste dia fomos conhecer o centro histórico de Lima. Iniciamos nosso passeio na Plaza San Martin. Desta praça há um calçadão de uns 900 metros até a Plaza de Armas que é coração do centro histórico de Lima. No meio do trajeto há uma igreja bonitinha (Igresia de la Merced). A Plaza de Armas é bem bonita, contornada com seus charmosos casarões amarelos com as tradicionais sacadas de madeira, em frente fica a bela catedral de Lima e a esquerda o prédio do Palácio do Governo. No dia que visitamos a praça estava fechada devido a ter protestos previstos para este dia, os turistas podiam entrar na praça, somente para passar, se parasse algum guarda já chamava atenção. Por um lado, foi até legal, que conseguimos algumas fotos com a praça quase vazia. Depois fomos até a igreja São Francisco, que fica junto ao convento São Francisco. Nós visitamos apenas a igreja, porém é bem famosa a visita ao museu do convento e as catatumbas que ficam no subsolo da igreja, onde tem cerca de 70.000 ossadas de pessoas sepultadas lá. Na própria igreja há algumas grades no piso que se tem a visão dos tuneis subterrâneos e destas ossadas, o que já é bem sinistro. Para quem quiser informações da visita, segue site oficial: www.museocatacumbas.com. Pretendíamos visitar e almoçar no Mercado Central, porém o mesmo estava fechado, então pedimos dicas para um morador de local para almoçar. Esta pessoa nos indicou uma quadra onde teria vários restaurantes. Chegando lá havia realmente vários restaurantes, porém, todos muito simples. Como gostamos de provar a comida dos locais escolhemos um restaurante e fizemos o pedido. O preço era em torno de 12,00 soles com entrada, prato principal e bebida. Para nossa surpresa quando recebemos os pratos, os mesmos eram muito bem produzidos e a comida muuiiito boa, não perdeu em nada para o almoço do primeiro dia no restaurante em Miraflores que custou 3x mais. Após almoçar fomos até o famoso bairro de Barrancos. É o bairro mais boêmio de Lima. Após andar pelo bairro, descemos até a praia, que ao invés de areias tem pedras, porém com um bonito visual dos barrancos margeando as praias. De lá avistamos o Lacomar que parecia estar perto, então resolvemos voltar caminhando pela praia. Somente “parecia” estar perto, foi bem mais de uma hora de caminhada até chegarmos, mas valeu a pena. Algo que nos impressionou em Lima foi a quantidade de cassinos, em algumas partes de Miraflores tem praticamente um a cada quadra. Como nunca havíamos ido em Cassino, decidimos fazer isto neste dia a noite. A experiência no cassino foi bem diferente do que esperávamos. Escolhemos um dos maiores e mais bonitos, chamado Atlantic City. No interior a princípio ficamos admirados com o tamanho e estrutura do local, comparamos 10 soles de fichas e brincamos um pouco. Após isto, fomos caminhar pelo cassino, o qual era composto na maioria do espaço por caça niqueis. Começamos a observar o semblante das pessoas nestas maquinas, o que não era de diversão, mas sim pareciam robotizadas em frente as mesmas, muitas inclusive jantando sobre estas e jogando ao mesmo tempo, ou seja, vício total. Percebendo este ambiente, sentimos o lugar realmente muito pesado e procuramos sair de lá o mais rápido possível. Valeu muito pela experiência, e após está espero que nunca liberem os cassinos em nosso país. Dia 04: Miraflores e viagem a Cusco. Neste dia como tínhamos voo à tarde deixamos a manhã para passear por Miraflores. O Malecon, é um calçadão que margeia a falésia a à beira mar. Caminhando por ele você segue uma sequência de vários parques abertos sendo mais famoso destes o Parque Del Amor. Estes parques são muito bonitos e bem cuidados e tem maravilhosas vistas do mar. Fomos de manhã, porém imagino que no pôr do sol deva ser ainda mais bonito. Após a caminhada do malecón continuamos caminhando pelo bairro e fomos até dois pequenos mercados perto do Parque Kennedy, Inka Market e Índia Market, onde compramos alguns souvenirs. Após isto almoçamos e fomos para o aeroporto, pois as 16:00 tínhamos voo para Cusco. O UBER de Miraflores ao aeroporto custou 38 soles. No avião já começamos nossos preparativos para enfrentar o temido Soroche (mal da altitude). Ainda em Lima compramos as Soroche Pills, um remédio vendido em farmácia para combater o mal da atitude, e assim que embarcamos já tomamos uma pílula. Vendo pela composição, não passa de vários remédios para dor de cabeça juntos e cafeína, porém não recomendo irem sem ele, me salvou no mínimo em uma ocasião. Em Cusco, ainda na área de desembarque, já há um pote de folhas de coca para pegar e mascar, o que ajuda muito com os efeitos da altitude. Podem mascar sem medo (ou esperança, rs), pois a folha de coca não tem nenhum efeito alucinógeno. Do aeroporto fomos direto ao hostel, e depois saímos para jantar, e demos uma passada na maravilhosa Plaza de Armas de Cusco. Neste dia sempre procurando andar o mais devagar possível, e para o jantar pedimos apenas 02 entradas, tudo isto para mitigar os efeitos do soroche. Referente a altitude, neste primeiro dia sentimos apenas uma leve tontura, nada demais. Dicas e Infos: 1 – No voo de Lima a Cusco vale a pena pegar janela, pois tem belas paisagens das montanhas dos Andes; 2 – Para ir do aeroporto de Cusco ao centro, terá dezenas de taxistas oferendo corridas no desembarque. Vão pedir em torno de 25 soles, negociem que o preço chega fácil a 10 soles. Neste caso o UBER era mais caro; 3 – Para evitar o Soroche, recomenda-se no primeiro dia evitar qualquer esforço físico e comida pesada; 4 – Sobre local para hospedagem em Cusco, quanto mais próximo da Plaza de melhor, consequentemente mais caro. O ideal é encontrar um meio termo, de acordo com o que pretende gastar. Nos hospedamos no Sumayaq Hostel, que é um casarão bem antigo, com estrutura simples e antiga também, porém bom atendimento e limpeza. A localização foi muito boa, pois ficava a uns 500 metros da Plaza de Aramas e próximo ao Mercado San Pedro, e sem nenhuma subida forte para chegar; 5 – Tudo próximo da Plaza de Armas é bem mais caro, então caso for comprar qualquer coisa, não compre nesta região. Afastando poucas quadras você encontrara preços bem mais baixos. Dia 05 – City Tour Cusco Nosso primeiro dia inteiro em Cusco, procuramos programar algo mais leve pela questão da aclimatação na altitude. Neste dia levantamos e fomos a Plaza de Armas, compramos nosso boleto turístico e fomos visitar o Museu Histórico Regional. Este museu é bem interessante, pois mostra um resumo da história peruana desde a pré-história até a época atual, e como é de se esperar o maior foco é na era dos Incas e da “colonização” espanhola. Após isso fomos procurar uma agencia para fechar nossos passeios (mais detalhes vide dicas). Já agendamos para esse mesmo dia no período da tarde o City Tour. Este passeio leva aos principais sítios arqueológicos ao redor da cidade. Visitamos Qoriqancha, Sacsayhuaman, Qenqo, Tambomachay e Pukapukara. O destaque é Sacsayhuaman, um sítio arqueológico bem interessante. Na visita, após as explicações do local, a guia nos deu 30 minutos livres e sugeriu o seguinte: se quiséssemos uma foto panorâmica do local subisse o morro do lado esquerdo, ou se quisesse visitar os principais pontos do sítio subir morro a direita. Como eu sempre quero ir em todos os lugares fui nos dois, subi bem rápido as escadas, o que creio que foi a causa de uma dor de cabeça terrível que tive a noite, fui salvo pela Soroche Pills. Este tour é melhor maneira de conhecer todos esses lugares em meio período. A parte ruim fica por conta de tempo livre limitado em cada local, problema comum em Tours. Por volta das 18:30 estávamos de volta na cidade. Para quem tem pouco tempo na cidade é possível conciliar este tour com algum outro passeio, exemplo, Maras y Moray ou Vale der Sur. Dicas e infos: 1 - Boleto turístico: Certamente em Cusco você vai necessitar comprar o boleto turístico. O completo custa 130 soles e dá direito a entrada em 16 lugares com validade de 10 dias. Há versões de 70 soles com acesso a apenas alguns lugares e válido por menos tempo. Caso vá ficar pouco tempo na cidade vale a pena avaliar qual é mais viável. 2 - Todos os passeios em Cusco (exceto Machu Picchu) são bem baratos e tem dezenas de agências no local que oferece as mesmas opções. Então vale a pena deixar para fechar quando chegar lá, não há risco de ficar sem vagas. Antes de ir, seguindo dica do pessoal do www.uaivambora.com.br, conversei com a Luz da agência Surco Peru Adventure’s. Porém somente quando estava lá negociamos os valores e fechei todo o pacote passeios por um bom preço. A Luz nos prestou excelente atendimento, nos auxiliando com tudo que necessitamos antes e durante nossa viagem. Para quem se interessar o contato dela é o seguinte: +51 984848674 (WhatsApp). Dia 06 – Maras Y Moray. Seguindo a estratégia de fazer os passeios mais leves nos primeiros dias para uma boa alimentação, nesse dia fomos a Maras y Morais. Este tour sai da Plaza de Armas às 8:30 e aproximadamente às 15:00 já está de volta em Cusco. A primeira parada Tour é no povoado de Chinchero. Nesse local visitamos uma associação de moradores que produzem diversos produtos artesanais para comercialização, principalmente de tecelagem com lã de Alpaca. Uma pessoa faz apresentação mostrando como são feitos os principais produtos, utilizando técnicas da época dos Incas. O próximo destino é o sitio arqueológico de Moray, que segundo historiadores era um laboratório agrícola dos Incas. O sitio tem uma série de plataformas circulares que parecem anfiteatros. Como há uma diferença de temperatura em cada nível, os Incas poderiam fazer experimentos e definir os melhores locais para produção de cada tipo de plantação. Em seguida fomos a salineira de Maras. Esta salineira é composta por mais de 3000 poças para produção de sal utilizando a água de uma fonte da montanha que, segundo nosso guia, tem 7 vezes mais sal que a agua do mar. A Salineira é localizada numa grande ladeira e compõe uma paisagem espetacular. As poças são divididas por mais 300 famílias e é passada de geração em geração não podendo ser vendidas. Os métodos utilizados para produção do sal são totalmente artesanais. O lugar é único diferente de qualquer outra coisa que já que já tinha visto. Retornamos para Cusco as 15:00, almoçamos e visitamos o Museu de Koricancha e Museo de Arte Popular, ambos bem menores e mais simples que o visitado no dia anterior. Dicas e Infos: 1 – Neste Tour, leve algo para comer, pois o retorno é as 15:00 e não há parada para almoço. 2 – A entrada em Moray esta inclusa no boleto turísticos, porém em Maras é necessário pagar 10 soles. 3 – Vale a pena pegar lugar na janela no ônibus, pois no caminho há espetaculares paisagens das plantações com as montanhas nevadas ao fundo, principalmente nas proximidades de Maras. Dia 07 – Pisac: Nesse dia optamos por fazer o passeio por conta, sem Tour. Pisac é uma cidade nas proximidades de Cusco que fica a 2800 m de altitude, porém o sítio arqueológico de Pisac fica em uma montanha ao lado a 3400 m. Para nós, com exceção de Machu Picchu, este foi o mais lindo Sítio Arqueológico da região. De manhã, passamos um pequeno susto. Minha esposa acordou mal, muita falta de ar, tonturas, dor de cabeça e sangramento pelo nariz. Eu já estava ligando para o seguro para encontrar o hospital mais próximo, mas uma funcionária do hostel procurou nos aclamar afirmando que tudo aquilo era apenas efeito do soroche. Decidimos ir para o passeio e observar até a tarde para avaliar a necessidade de ir em um hospital. Ela estava certa, minha esposa foi melhorando no decorrer do dia, e se tivéssemos ido ao hospital teria grandes chances de estragar o restante da viagem. Seguimos com a programação do dia, do nosso Hostel caminhamos pouco mais de meia hora até o ponto onde saem as vans para Pisac, que fica a 35 km de Cusco. Chegando na cidade pegamos um táxi para o sítio arqueológico as 11:30 já estávamos na portaria do mesmo. O taxista já queria combinar o horário para nos buscar, preferimos não combinar para ficar com tempo livre no local, e foi a melhor escolha possível. O sítio arqueológico de Pisac é muito grande e os tours visitam apenas uma pequena parte dele, onde estão os principais monumentos. Porém partindo dessa parte há uma trilha que segue pela crista da montanha até o final do sítio arqueológico. A trilha a conta com várias sobe e desce, normalmente por escadarias bem rusticas, então deve estar minimamente preparado fisicamente. Mas fazendo devagar é tranquilo, e as paradas são obrigatórias pois sempre há uma paisagem maravilhosa, com vistas do Vale Sagrado, escadas incas, tuneis, etc. Quase no final da trilha você se depara com o Templo do Sol, para mim a parte mais linda do sítio. Até aí já havíamos caminhado por mais 3 horas, com as idas e vindas e vários pontos, e teríamos que retornar a entrada do parque para chamar o táxi e voltar para a cidade. Porém sabíamos que havia uma trilha que descia pela montanha até a cidade, então perguntamos para um guia no local qual o tempo para chegar na cidade por essa trilha, o qual nos informou que era cerca de 40 minutos. Não restou dúvidas seguimos pela trilha. Lógico que gastamos bem mais de 40 minutos pois além do cansaço a cada a poucos metros parávamos para tirar lindas fotos. A Trilha desce a montanha em meio a mais ruínas e lindas vistas das montanhas. Chegamos na cidade de Pisac por volta das 17:00 horas. Almoçamos e pegamos a van de volta Cusco. Foi um dia espetacular e foi uma excelente escolha ir por conta deste lugar. Dicas e infos: 1 – A van de Cusco a Pisac custa 4 soles, e o ponto de saída fica a cerca de 15/20 minutos da Plaza de Armas. Se preferir ir de Uber/táxi pagará no máximo 5 soles. 2 – De Pisac ao sitio dá para subir pela trilha ou de táxi, porem subir e descer pela montanha pode ser bem cansativo. Se for para escolher apenas um trecho melhor subir de táxi e descer pela montanha. O táxi lá é bem caro, 30 soles, uma sugestão para economizar é esperar alguém para dividir. Dia 08 – Laguna Humantay Este era realmente nosso primeiro desafio físico da viagem. Subir até a Laguna com altitude superior a 4200 metros, pela trilha com aproximadamente 7 km (ida e volta), sendo destes, uns 2 km em subida bem íngreme. Esta lagoa fica aos pés do Nevado de Salkantay, e está no início da famosa trilha de Salkantay que leva até Machu Picchu. A lagoa é formada pelo desgelo desta montanha, e tem águas cristalinas com tons azulados e esverdeados (dependendo do sol) e suas águas espelham o nevado atrás, formando uma paisagem surreal. Primeiro vamos falar do passeio. Pagamos 55 soles incluindo transporte, guia, café da manhã e almoço, e mais 10 soles de taxa de entrada na Laguna. Valor muito baixo pelo que é oferecido. A van nos pegou no hostel as 4:30, viajamos por cerca de 2 horas até a parada para o café. O café da manhã é simples, porém muito bom. Depois seguimos por pouco mais de uma hora em estrada de terra e muitas curvas. Em torno das 09:00 chegamos ao ponto inicial da caminhada. Os primeiros 1,5 km são por uma estrada praticamente plana. Após este trecho começa realmente a subida. Há a opção de alugar cavalos para subir, para nós esta não era uma opção, pois tínhamos nos preparados muitos para estes desafios. Fomos subindo em nosso ritmo, devagar e sempre. Na trilha você não verá ninguém com expressão tranquila, exceto os locais, a altitude realmente pega todos. Compramos uma lata de oxigênio (vide dicas) por precaução, pois minha esposa tem bronquite. Não sei se foi devido a estarmos com o oxigênio, mas um menino que aluga os cavalos nos seguiu até mais da metade da trilha, ele acreditava que iriamos desistir, se deu mal. Apesar de cada grupo ter um guia, cada pessoa sobe no seu ritmo, então durante a trilha é por conta própria. Uma ressalva especial a nosso guia deste dia, o nome era Denis, e o cara era sensacional, muito simpático e sempre motivando a todos para conseguir. Após pouco menos de 2 horas do início da caminhada chegamos a Laguna, e neste momento qualquer cansaço simplesmente desaparece. Não queríamos perder nenhum segundo daquela vista surreal. Tínhamos 40 minutos de tempo lá em cima, mas ficamos por mais de uma hora, foi difícil o guia conseguir tirar todos daquele lugar. Durante a subida o tempo estava totalmente encoberto, imaginamos não íamos pegar sol na Laguna. Porem quando chegamos o tempo abriu parcialmente permitindo aproveitarmos os efeitos de cores da agua com o reflexo do sol. Assim que saímos o tempo fechou novamente, “Valeu São Pedro”. Em seguida descemos até as vans, e voltamos ao mesmo local do café da manhã para almoçarmos. Chegamos de volta em Cusco por volta das 18:30 da tarde. Dicas e infos: 1 – Procure não fazer este passeio nos primeiros dias de estadia em Cusco, faça boa aclimatação antes. Se se sentir melhor, leve uma lata de oxigênio que vendem em farmácias em Cusco. Para comprar o oxigênio, va a um apequena farmácia na calle Zetas, depois do templo de Qorinkancha, é a metade dos preços das farmácias mais próximas da Plaza de Armas. 2 – Leve água, 1 litro por pessoa é suficiente, e alimentos energéticos (chocolates, doces, etc.). Dia 09 – Viagem de Cusco a Aguas Calientes. Para visitar a Machu Picchu é necessário ir até Aguas Calientes, que é uma cidade criada apenas devido ao turismo neste local. Porém como não há estradas, o acesso a este local é somente por trem ou a pé. Sendo assim para fazer o percurso de Cusco a Aguas Calientes, se resume a 03 opções; -Trem, opção fácil, porém muito cara; -Trilhas, (cerca de 05 dias), opção também cara e necessário reserva com muita antecedência; -Van/caminhada, opção barata e com aventura. Quando inicie a pesquisa me assustei com os preços dos trens, que cobravam em torno de 70 dólares por trecho, cerca de 2 horas de viagem. Pesquisando outras opções encontrei as opções de van, que cobram em torno de 35 soles por trecho. Também recebi excelentes dicas do pessoal do blog www.uaivambora.com.br a respeito desta opção de transporte. No final de contas encontrei uma passagem promocional para o dia da volta de trem por 44 dólares, e para poder ganhar um dia no roteiro, visto que a opção da van toma praticamente um dia, optei por ir de van e voltar de trem. A van nos pegou no hostel as 07:30 da manhã, e saímos de Cusco umas 08:30, daí fomos até Ollantaytambo onde faz uma parada de uns 20 minutos para quem necessitar comprar algo ou comer. Neste momento estava tempo ruim e começou a chover, nos deixando um pouco preocupados, afinal teríamos que caminhar 15 km, o que com chuva poderia ser bem mais difícil. A partir deste ponto realmente começa a aventura, o próximo trecho é uma subida que parte de 2.800 até 4.400 metros em cerca de 40 KMs, (nem precisa dizer que é só curvas, né). Porém a paisagem na parte alta da montanha é muito bela, vale a pena pegar lugar na janela nesta viagem. Após isto desce pela montanha até nível de pouco mais de 1.000 metros, com mais curvas ainda, e mais paisagens lindas. Esta é a parte tranquila da viagem, porque após o vilarejo de Santa Maria, o caminho segue por estrada de terra estreita o tempo todo a beira de um precipício. O motorista da van vai buzinando nas curvas com o intuito de alertar caso venha algum carro na direção oposta. Este trecho tem por volta de 30 KM. Perto das 15:00, chegamos ao ponto final da Van, que é um restaurante que quem tinha o almoço incluso no translado iria almoçar. Próximo ao restaurante, uns 05 minutos de caminhada, tem uma cachoeira espetacular, bem alta, vale a pena ir. Neste momento a chuva havia parado (obrigado São Pedro 2), e já iniciamos nossa caminhada, pois estávamos preocupados em chegar antes de anoitecer. Chegando a estação de trem, vimos que muitas vans levavam os passageiros até lá, e no nosso caso já tínhamos caminhado quase 3 KM, incluindo a ida a cachoeira, por este motivo que nosso percurso deu 15 km, enquanto li vários relatos eram 12 km. Neste momento a fome apertou e percebemos que ir sem almoçar não seria boa ideia. Havia na estação alguns restaurantes bem simples, onde comemos um bom PF por 10 soles. A partir da estação deve caminhar por alguns metros na linha do trem e pega uma saída a direita com uma subida inclinada, mas com cerca de 300 metros apenas. Depois sai em nova linha de trem e segue pela mesma. A trilha não tem erro, é somente seguir a linha, e você nunca estará sozinho, muita gente faz este percurso. Chegando a Aguas Calientes, há uma saída a direita, caso chegue em um túnel, não atravesse, volte alguns metros porque você passou a saída. O percurso todo é entre montanhas muito íngremes de todo os lados, observando a geografia do local fica fácil perceber que os Incas queriam realmente esconder Machu Picchu. O trecho todo é quase plano, tranquilo de fazer. O que nos cansou no final da trilha foi o peso da mochila, pois por mais que reduzimos, iriamos passar 02 noites, como a previsão do tempo estava ruim tivemos que levar roupas para frio, e para caminhar mais de 03 horas cada quilo conta muito no final. O final da trilha foi a noite, mas como havia várias pessoas caminhando foi tranquilo. Chegando na cidade já compramos passagem do ônibus a Machu Picchu para próximo dia e fomos direto ao hostel para descansar, estávamos exaustos. Resumindo valeu muito a pena escolher esta opção. Para quem curte aventuras e considera que o percurso faz parte do passeio, esta com certeza será a melhor opção, e não é somente pela economia. As paisagens do percurso do trem são bonitas, mas nem se comparam com o percurso da van/trilha, e podemos afirmar isto, pois utilizamos as 2 opções. Dicas e infos: 1 – Leve alguns alimentos, pois somente poderá almoçar quando chegar ao ponto final da van, cerca de 15:00. 2 – Caso goste de emoção, sente na janela do lado esquerdo van, ficara no lado do precipício na última etapa do caminho, foi minha opção; 3 – Reforçando, leve o mínimo de peso possível na mochila para facilitar na trilha. Dia 10 – Machu Pichu Eis que chega um dos 2 dias mais esperados da viagem, (o outro é o da Rainbown Montain), a visita a Machu Picchu, uma das 7 maravilhas do mundo. Havíamos comprado trem para voltar até Ollantaytambo neste mesmo dia a noite, mas 2 dias antes ficamos sabendo de uma paralização geral que ocorreria na região neste dia e iria fechar todas as ferrovias e rodovias. Fomos até a Inca Rail e troquei as passagens para o próximo dia pela manhã, sendo então necessário passar 2 noites em Aguas Calientes. Este fato acabou sendo até melhor devido ao cansaço do dia. De acordo com informações de pessoas que conhecemos na viagem, os dois dias anteriores foram só chuva e nuvens em Machu Picchu, e a previsão para nosso dia era ainda mais chuva. A noite sonhei algumas vezes com as condições climáticas do dia, tamanha era a ansiedade. Quando acordamos a primeira coisa que ouvimos foi o barulho da chuva. Porém “para nossa alegria”, ao abrir a janela vimos que o barulho era das quedas das corredeiras do rio que corta Aguas Calientes. Apesar de nublado não chovia. Para ir de Aguas Calientes a Machu Picchu há 2 opções: - Ônibus: 20 minutos, pelo “precinho” de 12 dólares o trecho. - Trilha: Em torno de 3 km, sendo que 1,5 km é subida forte, praticamente toda em uma escadaria de pedras. Optamos por subir de ônibus, pois queríamos estar bem fisicamente para aproveitar o máximo, e a volta decidiríamos na hora. Uma pausa no relato para um breve resumo das regras de visitação do sitio: As entradas são com hora marcada, estando lá dentro ninguém ira controlar seu horário de saída, porém você deve manter o percurso sempre no sentido indicado, ou seja, há segurança em alguns pontos, os quais não permitem que ninguém retorne. Há opção de comprar ao ingresso somente para o sítio, ou incluir uma das 02 montanhas, Wayna Picchu ou Machu Picchu, as quais também tem hora marcada para subir, e no caso de quem for subir a montanha tem o direito de entrar 02 vezes no sítio. No nosso caso eu iria subir a Wayna Picchu e minha esposa não, então estávamos meio perdidos para definir a logística do passeio. Nossa entrada era as 08:00 e eu teria que subir a montanha as 10:00. Quando chegamos no hostel na véspera, a pessoa que nos atendeu já se ofereceu para auxiliar com o passeio e nos deu excelente sugestões. Sugeriu que entrássemos juntos e fossemos até um local chamado a casa do guardião, onde se tira as melhores fotos panorâmicas, e de lá eu fosse direto para a montanha, enquanto eu estivesse na Wayna Picchu minha esposa visitaria a ponte Inca ou porta do sol, e quando descesse já saísse direto entrasse novamente no sitio e encontraria minha esposa no mesmo lugar onde separamos e seguiríamos com a visita. Um pouco confuso, né? Também achamos quando recebemos a explicação, mas fizemos desta forma e foi perfeito. Entramos no sítio umas 8:30, ficamos juntos na primeira parte até 9 e pouco, e eu segui para a montanha. A subida da Wayna Picchu é por uma escadaria da época Inca, bem inclinada e estreita, e sempre a beira do precipício. E é o mesmo caminho para quem sobe e quem desce, então ao cruzar com pessoas, é necessário parar em algum ponto com mais espaço e esperar passar. Mas subindo com calma e usando sempre o bom senso pode ir tranquilamente. As 9:40 já liberaram o acesso do grupo das 10:00, e como eu já estava na entrada da montanha fui o primeiro a subir. A partir do meio da subida começa e ter excelentes vistas de Machu Picchu. Quando cheguei ao topo da montanha, contrariando todas as previsões climáticas, não havia mais nem nuvens, tempo lindo, e como o local estava vazio pois eu fui o primeiro a subir, então foi possível tirar excelentes fotos. No topo tem muito pouco espaço, então caso tenha muita gente creio que fica bem complicado, porém se isto ocorrer não se preocupe, a vista um pouco para baixo do topo é igual ou ainda melhor. Subi e desci num bom ritmo e fiz tudo com 1:40. Após descer me dirigi direto para a saída, fechei com uma guia para termos todas as explicações do sitio, pagamos 30 soles por pessoa em um grupo de 4 pessoas. Entrei novamente no sitio, encontramos minha esposa no local combinado, e fizemos o tour completo. O sitio arqueológico de Machu Picchu realmente é fantástico, não dá para chamar de ruinas, porque devido ao mesmo não ter sido encontrado pelos espanhóis, as construções estão em perfeitas condições. Seguimos no tour, e quando chegamos próximo a última parte do sítio, a guia nos perguntou se já iriamos sair ou queríamos permanecer mais tempo no local, pois se quisemos sair seguiríamos com ela na parte final e sairíamos, e caso quisemos ficar mais, ela daria ali as explicações da última parte e ficaríamos livres naquela região o quanto quiséssemos, pois se seguimos mais passaríamos por um dos pontos que ficam os seguranças e não pode retornar. Optamos pela segunda opção, e ficamos mais um bom tempo nesta parte do sítio, curtindo o lugar e tirando fotos com as llamas. Falando das llamas, estas são uma atração à parte em Machu Picchu estão espalhadas por todo o sitio, e realmente é fácil entender porque tem tantas fotos legais com llamas, realmente parece que o bicho faz pose para as câmeras. Muito legal a interação com elas. Após isto visitamos parte faltante do sitio com bastante calma e saímos. Outro ponto que demos sorte também, foi que devido paralisação citada no início do texto, Machu Picchu estava bem mais vazio que o normal para a época do ano. Saímos do sítio próximo das 16:00. A decisão da volta, como já era esperado, foi pela trilha. Logo ao iniciarmos a descido começou a chover, São Pedro foi realmente muito generoso conosco mais uma vez. Gastamos pouco mais de uma hora do sitio até o hostel, caminhando tranquilamente. Ao chegar confirmamos como realmente foi melhor a mudança do dia do trem, pois como estava ante teríamos que esperar até as 21:00 cansados e sem banho para pegar o trem e chegar as 23:00 em Ollantaytambo. Foi um dia mágico Machu Picchu correspondeu a nossas expectativas, fazendo jus a ser uma das 7 maravilhas do mundo. Dicas e infos: 1 – Compre ingressos para Machu Picchu com antecedência, pois o número de visitantes é limitado. Se for subir na Wayna Picchu, compre com muita antecedência. Eu comprei com 3 meses de antecedência. Um mês depois minha esposa mudou de ideia e queira ir na montanha também, verificamos e não tinha mais ingressos. Dia 11 – Ollantaytambo Neste dia, como tivemos que dormir mais uma noite em Águas Calientes, acordamos cedo, descansados, tomamos o café e pegamos o trem as 08:00 para Ollantaytambo. A viagem de trem durou cerca de 1:40, a linha acompanha o rio Urubamba. As paisagens durante o percurso são bonitas, mas como citado anteriormente nem se comparam com o caminho da opção de van/caminhada. Chegamos na estação guardamos as malas, as empresas de trem têm serviços de armazenamento de bagagem grátis para cliente, e já fomos para o Sitio Arqueológico de Ollantaytambo. Fizemos a visita sem guia e no nosso ritmo. Este sitio também é muito bonito, a maioria das pessoas o considerem o mais belo depois de Machu Picchu, mas para nós Pisac esta na frente, desde que faça a visita completa no mesmo. Em Ollantaytambo fizemos o segundo maior circuito, que passa em praticamente todo o sitio. Na parte da manhã o local fica bem mais vazio, pois os tours normalmente chegam no período da tarde, o que proporcionou ainda mais tranquilidade na visita. Com 2 horas é possível visitar todo o local sem pressa. Mesmo com vários pontos importantes para se conhecer no sítio; como o templo do sol, o rosto na montanha, etc; o que mais me encantou foi uma charmosa casinha encravada na parede da montanha, que aparece na foto a seguir (porque? Será que já morei lá? rs). Saímos do Sitio em torno de 13:30 e fomos para o centro da cidade almoçar, onde comemos o melhor aji de galiña da viagem. Ollantaytambo é uma cidadezinha muito aconchegante, te faz realmente sentir alguns séculos atrás no tempo. Afinal a cidade nunca ficou inabitada, desde a época inca, e dentro da cidade ainda há varias restos de construções incas. As ruas da cidade estão cheias dos famosos tuk-tuk , e é claro que não iriamos perder a oportunidade de andar em um destes charmosos carrinhos. Da praça central, por 4 soles, pegamos um Tuk-tuk táxi até a estação para pegar nossa mala e a van para Cusco. As vans para Cusco saem da estação de trem de acordo com que forem lotando, o preço não lembro exato, mas é em torno de 10 soles. Por volta das 18:00 já estávamos em Cusco. Dia 12 – Rainbown Montain / Montaña de las 7 colores Este era o segundo dos dias mais esperados da viagem. Os motivos para isto eram a paisagem única do local e o desafio de fazer a trilha, chegando a 5.200 metros de altitude. Havíamos nos preparado bem para isto, desde da parte do condicionamento físico no Brasil, como também da aclimatação nos dias anteriores. Mas ainda estávamos preocupados, ainda mais pelo fato de minha esposa ter bronquite, o que neste nível de altitude podia aumentar as dificuldades. A Rainbow Montain é uma montanha formada por várias faixas coloridas que parecem ter sido pintadas a mão. O turismo no local se iniciou recentemente, segundo os locais a mesma antes permanecia quase o tempo todo coberto de neve. Interessante que esta montanha era para ter sido destruída, uma empresa de mineração canadense iria explorar o local, porém os locais perceberam o potencial turístico da mesma e com muita luta/protesto conseguiram vencer a batalha, em 2018 a empresa abdicou da exploração de minério no local. Segue um site caso queiram conhecer um pouco mais da história desta atração: https://www.bbc.com/portuguese/geral-44620957. Para chegar até a montanha é necessária fazer uma trilha de pouco mais de 3 km (só ida), você irá encontrar vários relatos que dizer ser 7/8 km, mas recentemente mudaram o ponto final dos transportes o que facilitou a o acesso diminuindo a distância. Há também a opção de visitar o Vale Rojo (Vale vermelho), o que desvia a trilha na volta aumentando o tempo em uns 40 minutos. Porém o grande problema são os mais de 5.000 metros de altitude, é normal no caminho encontrar pessoas passando mal e desistindo. Outro ponto também é a temperatura, na época que fomos, segundo o guia varia entre -5 a -10 ºC. Então deve ir muito bem agasalhado. Referente ao passeio, o mesmo é muito similar ao da Laguna Humantay, pagamos também 55 soles incluindo transporte, guia, café da manhã e almoço e mais 10 soles de taxa de entrada. A van nos pegou no hostel as 4:30, viajamos por cerca de 2 horas até a parada para o café. O café da manhã. Depois seguimos por mais uma hora e pouco em estrada de terra e já com lindas paisagens dos campos a beira das montanhas com seus rebanhos de llamas Aqui também é necessário contar com a sorte, pois muitos dias a montanha fica coberta de neve impedindo logicamente que você veja o efeito de cores, e isto havia acontecido na véspera. E novamente São Pedro estava do nosso lado, fez um dia lindo e sem neve. Iniciamos a caminhada por volta da 09:00 da manhã. A paisagem durante todo o percurso é fantástica. Assim como na Laguna, há cavalo para locação, e como para nós o desafio é sempre parte do passeio, era opção era totalmente desconsiderada. A subida começa tranquila e vai ficando mais íngreme quando mais próxima do final. Na parte final a paisagem já começa a ficar colorida. Ao finalizar a última subida você chega bem no pé da montanha colorida, que estará a sua direita, e a esquerda há outra subida, formando um V com a montanha, que chamam de mirante. Muita gente se contenta de chegar no pé do mirante e devido ao cansaço não sobe. Recomendo que se tiver condições, vá até o topo do mirante, pois quanto mais sobe mais vivas ficam as cores da montanha. Além disto a Rainbown Mountain é só uma parte da extraordinária paisagem. Há o Nevado de Aunsgate, lindos vales de ambos os lados, e a Raiwnbow Montain com o Vale Rojo ao fundo, ou seja, é 360º de maravilhas. Quando chegamos ao topo foi um sentimento indescritível, um mix de alegria, admiração com a paisagem e sentimento de superação por termos chego ali. E alias chegamos muito bem fisicamente. Depois de admirar o local, decidíamos que iriamos também ao Vale Rojo. Encontramos nosso guia lá em cima, e dissemos que iríamos ao Vale Rojo, o mesmo não gostou muito, pois disse que ninguém do grupo iria e poderia atrasar o retorno. Afirmamos que estávamos bem e conseguiríamos cumprir o horário, e então partimos para lá. Descendo o primeiro morro abaixo da montanha, pega a esquerda e segue por outra subida. No meio do caminho descobrimos que teríamos que pagar mais 10 soles, o que não era nenhum problema. O interessante é que não tem nenhuma portaria, ou qualquer estrutura, somente 02 pessoas no meio do nada que recebe das pessoas na trilha. No final da subida, chega-se a um mirante com vista para o vale praticamente todo vermelho, mais uma linda paisagem. Após curtir o local tivemos que descer praticamente correndo para não atrasar o tour, e chegamos no ônibus em cima da hora. Em seguida retornamos, paramos para o almoço e chegamos em Cusco perto das 18:00. Dicas e infos: 1 – Va bem agasalhado, com roupas apropriadas para trilha. 2 – Leve alimentos para repor energia (chocolate é uma ótima opção) e agua. 3 – Suba no seu ritmo, sem se apressar. Dia 13 – Valle del Sur Nosso último dia em Cusco, nosso voo sairia as 19:00. Tínhamos planejado deixar este dia para curtir a cidade, comprar algo, etc. Mas mudamos de ideia e resolvemos “aproveitar até a última gota”, falei com a agencia se teriam algum tour que retornasse antes das 15:00. Me indicaram Valle del Sur. O passeio é aquele mesmo estilão dos tours “padrão”, micronibus, guia dando explicações no ônibus, tempo limitado, etc. O passeio se iniciou quase 09:00, depois de uma certa confusão para identificarmos nosso grupo, e fomos visitar os seguintes lugares: -Tipón: É mais um sitio arqueológico Inca, que tem várias terrassas, e um complexo sistema de irrigação ainda em funcionamento até hoje. O Lugar é mais simples e muito menor se comparamos com os sitios de Pisac ou Ollantaytambo, porém é bastante bonito. - Pikillaqta: É sitio arqueológico de uma civilização pré-inca chamada Wari, que viveram entre os séculos VI a IX. Então a arquitetura é bem diferente, e as construções também estão bem destruídas. O destaque é a organização urbanística da cidade, com ruas e avenidas perfeitamente alinhadas. Depois do sitio paramos em uma cidadezinha para provar um pão famoso por la, chamado “Chutas”, o interessante é que o guia disse que praticamente 100% das famílias da cidade sobrevive com a renda de fabricação e comercialização destes pães. -Andahuaylillas: A visita a esta cidade é especificamente para visitar a Igreja de São Pedro de Andahuaylillas. É uma igreja bem pequena e de fachada simples no exterior, porém devido a suas pinturas e decoração em ouro em todo o interior é conhecida como a Capela Sistina das Américas. A visita é rápida, pois a igreja é bem pequena. A entrada não esta inclusa no boleto turístico e custa 15 soles. Quem não quiser entrar na igreja há a opção de visitar um pequeno museu chamado Museu Ritos Andinos por 5 soles. Eu e minha esposa nos dividimos, eu fui na igreja e ela no museu. Na volta faz parada para almoço, não incluso no tour, em outro vilarejo que é especializado em chicharrones (carne de porco). Chegamos em Cusco as 15:00, tempo suficiente para tomarmos uma última Cusqueña (cerveja tradicional do Peru), pegar as malas no hostel e partir para o aeroporto. Resumo final: O Peru sempre esteve em minha lista dos lugares que eu queria conhecer, principalmente devido a Machupicchu. Porém este país superou muito nossas expectativas. Nos impressionou muito a riqueza cultural, histórica, natural e gastronômica do país. E também o país está investindo muito no turismo, é a receptividade dos locais com os turistas é ótima. Além disto se encontra preços ótimos para os passeios, alimentação e hospedagens, bem abaixo do praticado nas principais regiões turística brasileiras. Certamente irei retornar ao país, até mesmo porque ficou vários lugares que quero muito conhecer, como Huaraz, Puno e Arequipa. Espero que este relato possa auxiliar em algo quem estiver planejando ir para este fantástico país. Caso tenha qualquer dúvida fique à vontade para perguntar.- 24 respostas
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Fala galera, tudo bem?? Vou comprar minha primeira mochila cargueira, e estou interessado na FORCLAZ TRAVEL100 60L, da Decathlon... 1. Acham que é uma boa opção para mochilão longo?? Levando em conta o preço (R$499,99) e o que ela tem a oferecer. 2. É uma boa opção para carregar barraca, saco de dormir e isolante térmico? Segue o link do produto: https://www.decathlon.com.br/mochila-de-viagem-travel100-60l/p?aSku=Cor:caramelo Obrigado!!!
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Estou viajando com meu amigo Luan pelo mundo desde novembro de 2021. Incluímos os Países dos Balcãs no roteiro no decorrer da viagem e acabou sendo EXCELENTE! A gente mostra tudo dessa viagem no nosso Insta e no nosso Canal do YouTube: Insta: https://www.instagram.com/brotherspmundoo/ Canal: https://www.youtube.com/c/BrotherspeloMundo/videos Chegamos em Kotor em 27/03/2022. Montenegro foi nosso 13º país visitado nesse Mochilão de Volta ao Mundo. Segue resumão de tudo que vimos nessa cidade surpreendente, Kotor: A cidade é um importante polo turístico em Montenegro, especialmente no verão, quando suas muitas casas e condomínios de veraneio são preenchidos por turistas de toda a Europa. E, embora pequena, contando com apenas 15 mil habitantes, possui uma longa história. Não é possível determinar com exatidão desde quando essa região é povoada, mas sabe-se que os ilírios estiveram por aqui há mais de 2 mil anos! O registro mais antigo é de 168 aC – durante os tempos da Roma Antiga, quando ainda se chamava Acruvium e fazia parte da província romana da Dalmácia. O Forte de Kotor, presente até hoje, foi construído na Idade Média, quando o imperador Justiniano construiu uma fortaleza acima de Ascrivium em 535, depois de expulsar os ostrogodos. Comer no centro histórico (cidade murada) é bem mais caro do que “do lado de fora” dos muros. Literalmente a 1 quarteirão da entrada para a Cidade Antiga já encontramos restaurantes por preços mais acessíveis (a partir de 6 euros o almoço). Embora Montenegro adote o Euro como sua moeda, seus preços são bem mais baixos do que em países da Europa Central. Ficamos hospedados em um excelente hostel dentro da Cidade Murada pagando 9 euros/noite – em quarto compartilhado de 6 camas (B&B Montenegro Kotor). Há muitas trilhas pra se fazer por entre cadeia montanhosa atrás da cidade. Além disso, é um passeio a parte andar por Kotor: desde as da cidade murada à orla do Fiorde de Kotor (braço do Mar Adriático). Inclusive, é nessa parte da cidade aonde encontram-se os restaurantes e bares com as melhores vistas! A rodoviária fica a menos de 500 metros da entrada à Cidade Murada – super bem localizada! Passagens podem ser compradas somente com dinheiro em espécie. Aliás, muitos estabelecimentos não aceitam cartão! Então, tenha sempre um pouco de Euro na carteira (há ATMs em todo lugar na cidade para sacar). Como março ainda é baixa temporada, não podemos afirmar como é a cidade em seu ápice, mas em TODOS os lugares vimos a presença de Ar Condicionado, o que indica o forte calor que se faz entre Junho e Setembro!
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Já usei tanto esse Fórum para planejar viagens, que me sinto na obrigação de postar o máximo possível aqui tbm a fim de ajudar futuros viajantes. Estou viajando com meu amigo Luan pelo mundo desde novembro de 2021. Incluímos os Países dos Balcãs no roteiro no decorrer da viagem e acabou sendo EXCELENTE! Chegamos em Mostar em 25/03/2022. A Bósnia-Herzegovina foi nosso 12º país visitado nesse Mochilão de Volta ao Mundo. A gente mostra tudo dessa viagem no nosso Insta e no nosso Canal do YouTube: Insta: https://www.instagram.com/brotherspmundoo/ Canal: https://www.youtube.com/c/BrotherspeloMundo/videos Segue resumão de tudo que vimos nessa cidade surpreendente, Mostar: A 129 km de Sarajevo, viemos a Mostar para explorar um pouco do interior da Bósnia-Herzegovina. Old Bridge, no centro de Mostar A cidade é conhecida pelo seu centro histórico com arquitetura fascinante e pelo rio de águas azuis cristalinas que a divide no meio. O país se chama Bósnia-Herzegovina e não é a toa: são de fato duas regiões, sendo a “capital” da região Herzegovina a cidade de Mostar. Muita cultura e muita história por essas ruelas e pontes de mais de 400 anos. Fizemos um vídeo com todas nossas dicas e impressões dessa cidade incrível: De Sarajevo a Mostar de trem: Viemos de trem. Trajeto que deveria ter durado 1h30 acabou durando 3 horas. Pq? Porque o trem quebrou kkkk a vista que se tem desse trem é considerada uma das mais bonitas dos Balcãs, mas não conseguimos apreciá-la, pois escureceu antes de chegarmos às partes mais bonitas – devido à quebra do trem no meio do caminho. A passagem custou 12 markos (metade do valor que pagaríamos de ônibus). O trem partiu de Sarajevo às 16:40 – há outra opção às 07:15 da manhã. Assim que o trem quebrou, ouvimos bósnios reclamando e dizendo “toda vez isso acontece”, ou seja: é algo recorrente, então se você estiver com pressa, talvez o melhor seja pegar o ônibus. Resumão: Come-se muito bem aqui por 10 markos (aproximadamente 5,60 dólares). Pagamos 12 markos cada diária em um hostel a 500 metros do centro histórico (Dada Hostel, com café da manhã incluso). Ao atravessar a Ponte Velha e passar pela torre de Tara, logo já se depara com uma das ruas mais movimentadas do centro da cidade: aonde localiza-se o bazar Kujundžiluk. Este mercado a céu aberto é aonde encontram-se das mais tradicionais lojas de artesanato da cidade – além dos melhores restaurantes. Contextualizando, a Bósnia-Herzegovina foi dominada pelo Império Otomano por quase 500 anos e, justamente por conta disso, ainda há uma forte herança cultural por aqui. E isso fica ainda mais evidente nessa parte da cidade! Há muitas mesquitas espalhadas por toda a cidade. Os preços são ligeiramente mais baratos que Sarajevo, a capital. O nome dessa cidade provém de duas palavras. Most, que significa ponte, e pode ser traduzido como “O guardião da ponte”. Centro de Mostar: Seu mais famoso e importante cartão postal é justamente essa ponte que se vê ao nosso fundo (de noite e de dia). Essa ponte, chamada de Ponte Velha é feita em pedra e foi construída no século XVI, durante o reinado de Solimão, o Magnífico, quando a Bósnia Herzegovina ainda era parte do Império Otomano. A ponte é um exemplo máximo da arquitetura islâmica dos Balcãs. Com um belo arco, a ponte estende-se sobre o rio Neretva a uma altura de 24 metros. Tem 30m de comprimento e 4m de largura, com uma torre de pedra em ambas as pontas. A Ponte Velha ficou intocada por mais de 400 anos, até que em 1993, foi destruída durante a guerra na Bósnia. Dez anos após a guerra, a Ponte Velha foi completamente reconstruída no mesmo local e usando o mesmo método antigo que os construtores originais usaram há quase 500 anos – garantindo, assim, um espaço entre os Patrimônios da UNESCO. 2 dias e 2 noites são o suficiente para se explorar absolutamente tudo por aqui. A menos que você vá a algum passeio nas proximidades: há diversas cachoeiras e trilhas a serem feitas na região e todas devem ser visitadas acompanhado de guia, sendo assim, são passeios de longa duração e que custam a partir de 20 markos. Não fizemos nenhum desses passeios, mas quem os fazem dizem que vale bastante a pena. Hotéis e hostels estão predominante espalhados no centro! O que de fato se torna uma mão na roda, afinal, você estará a poucos minutos a pé das principais atrações da cidade. Tomar um café bósnio é uma das coisas obrigatórias a se fazer por aqui – a partir de 3 markos. Mostar nos pareceu ainda mais turístico do que Sarajevo – provavelmente pela proximidade com Dubrovinik (a cidade mais visitada da Croácia e dos Balcãs), o que se reflete na forte presença de turistas durante o dia e poucos à noite (muitos optam por fazer day tours por aqui). Post extraído do nosso blog: https://brotherspelomundo.wordpress.com/2022/07/11/guia-mochileiro-de-mostar-bosnia-herzegovina-precos-nossas-impressoes-e-dicas/
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Mochilão de Volta ao Mundo: eu e meu amigo Luan, com quem tenho amizade há mais de 15 anos, estamos realizando esse Mochilão e mostrando tudo em: Nosso Canal no YouTube: https://www.youtube.com/c/BrotherspeloMundo Nosso Insta: https://www.instagram.com/brotherspmundoo/ Nosso blog: https://brotherspelomundo.wordpress.com/ Chegamos na Bósnia-Herzegovina em 21/03/2022. Foi nosso 12º país visitado nesse Mochilão de Volta ao Mundo. Segue resumão de tudo que vimos na capital, Sarajevo: Após 8 horas de viagem, saindo de Belgrado, chegamos à Sarajevo, capital da Bósnia e Herzegovina. Como viemos da Sérvia, o ônibus nos deixou na rodoviária de Sarajevo Leste, isto pé, a parte sérvia da cidade (sim, por conta da guerra, até hoje algumas cidades da Bósnia seguem divididas entre lado sérvio e lado bósnio, infelizmente). Atente-se a isto, pois essa rodoviária é bem longe do centro e fica, literalmente, no meio do nada, sendo táxi o único modo de ir até o centro. O taxista nos cobrou 15 euros (como não há casas de câmbio na região, ele nos cobrou em euros). E são 8 km até o centro. Chegar à noite pode ser um problemão! À propósito, temos um post com todas as dicas de transporte pelos países dos Balcãs – países com tão pouca informação na internet em português. Nosso vídeo com todas as dicas de Sarajevo: De toda forma, Sarajevo foi uma cidade bem diferente de todas que passamos até então, extremamente montanhosa, cheia de mesquitas e com uma atmosfera de cidade de interior, mesmo sendo uma capital. Aliás, sua população é pequena: 300 mil habitantes. Ficamos 5 dias por aqui. Uma das cidades que mais nos surpreenderam até o momento. Ficamos no @hostelthegoodplace: 22 markos (aproximadamente 12 dólares) por noite. Alimentação: Come-se muito bem a partir de 10 markos em qualquer restaurante do centro com pratos bem servidos. Quando não se quer ter uma refeição completa, recomendamos um Kebab (como todo país com forte presença muçulmana, aqui se encontra por toda parte lanchonetes que vendem Kebab) a partir de 3 markos e, principalmente, Borek (prato típico dessa região da Europa – Região dos Balcãs). Trata-se de uma torta de massa folhada, cujo recheio pode ser de espinafre, queijo, batata, abóbora e carne – cada borek com cada recheio leva um nome diferente. O atendente irá cortar um pedaço na hora e pesar. 1 kg de borek custa a partir de 10 markos. Como uma porção é, em média, 250 gramas, o valor gira em torno de 2,50 markos, cada porção. Excelente valor e muito gostoso para café da manhã, café da tarde ou, até mesmo, para almoço. Baklava – o doce mais tradicional daqui: a partir de 2,50 markos. Há versões de chocolate, pistache, cereja etc um mais gostoso que o outro. Museu interessante: Museum of crimes against humanity and genocide: 10 markos; Dinheiro: Há casas de câmbio e terminais ATM em todo lugar! Alguns bancos cobram taxas exorbitantes para saque. Exceção: ZiraatBank, banco turco com vários terminais aqui! Eles não cobram taxa! Ah, e é bom sempre ter dinheiro em espécie, pois muitos lugares aqui não aceitam pagamento em cartão. Conversão atual: 1 dólar = 1,78 markos / 1 euro = 1,90 markos. A forte presença turca na cidade fez com que nos sentíssemos na Turquia. O Império Turco-Otomano dominou essa região por quase 500 anos, o que, naturalmente, deixou seu legado na arquitetura e costumes, mas a presença turca se tornou maior recentemente, especialmente após a Guerra da Bósnia (conflito e genocídio que se deu no desmembramento da antiga Iugoslávia. Resumidamente, a Sérvia queria manter a Bósnia-Herzegovina sob seu domínio e, por isso, atacou este país de maneira covarde e cruel de 1992 a 1995). Nosso tradicional rolê de vista panorâmica: Aqui em Sarajevo, a melhor vista se dá no Yellow Fortress. Caminhadinha de 20 minutos desde a Baščaršija (principal praça da cidade) e pronto! Melhor ponto para se apreciar um bom por do sol na cidade – e, ainda, observar todo o relevo único de Sarajevo e as diversas mesquitas presentes por toda a cidade e suas respectivas torres. Excelente passeio gratuito na cidade. O que também é muito marcante são os cânticos provenientes de todas as mesquitas nos arredores! Assim que o sol se põe, todas as mesquitas chamam seus fiéis para oração e, portanto, é possível ouvir pela cidade inteira – ecoando na colina. Abaixo, nosso post da Escala Brothers, a qual damos notas a importantes pontos das cidades que visitamos: Post completo no nosso blog: https://brotherspelomundo.wordpress.com/2022/07/07/guia-mochileiro-de-sarajevo-bosnia-e-herzegovina-precos-nossas-impressoes-e-dicas/
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Chegamos na Sérvia em 16/03/2022. Foi nosso 11º país visitado nesse Mochilão de Volta ao Mundo. Estamos mostrando absolutamente tudo no: YouTube: https://www.youtube.com/c/BrotherspeloMundo/videos Insta: https://instagram.com/brotherspmundoo Segue nosso resumão de Belgrado! Primeira coisa: Belgrado nos lembrou MUUUUUITO São Paulo! Muito mesmo. Dito isso, vamos lá! Hahaha Cidade com 1,8 milhão de habitantes, Belgrado é a maior cidade da Sérvia. Como absolutamente tudo de interessante para se conhecer na cidade se localiza no centro, não utilizamos transporte público em nenhuma ocasião, entretanto, vimos que há uma extensa malha de Tram (bondes) do centro aos bairros mais afastados. Nosso GUIA MOCHILEIRO de Belgrado está cheio de dicas Os rios Danúbio e Sava recortam a cidade, sendo às suas margens o local que mais gostamos: o Forte de Belgrado. Uma construção com mais de mil anos de história. Os preços na cidade, como um todo, são baratos. A rede de mercado que mais nos serviu foi a Idea, presente em todo canto! Borek é encontrado em todo lugar - especialmente de sabor queijo e espinafre - e são vendidos por kg (à escolha do freguês, corta-se o pedaço na hora). Além de ser um excelente café da manhã, também nos serviu muito como almoço! Um pedaço bem servido sai por aproximadamente 1 dólar (100 dinars sérvios). Forte de Belgrado: Além da incrível vista panorâmica de parte da cidade e do encontro dos rios Sava e Danúbio (dois dos principais da Europa, sendo o Danúbio o segundo mais longo do continente), também há todo um rico histórico desse forte. O local abrange um complexo de construções remanescentes de Belgrado nos últimos 12 séculos. É possível visualizar desde as primeiras muralhas construídas pelos romanos no século I, o forte erguido no período de Estêvão III Lazarević (quando Belgrado tornou-se capital do Império da Sérvia pela primeira vez) e as sucessivas reformulações conduzidas durante as ocupações do Império Otomano e, depois, pelo Império Austríaco. Uma verdadeira escola a céu aberto! É hoje um complexo que abrange o maior parque de Belgrado com diversas áreas para picnic, quadras para diversos esportes, além de bares e cafeterias. Local que mais gostamos na cidade até o momento! Museu Nacional da Sérvia: O museu nos surpreendeu bastante: mescla muito bem arte e história, apresentando ao visitante um pouco de toda a cultura do país. Há diversos artefatos arqueológicos também, além de obras de artistas sérvios, mas também da Europa como um todo (incluindo o francês Monet e o espanhol Picaso). Com esse museu, entendemos melhor da história daqui, como o período ocupado pelo Império Otomano e da URSS, por exemplo. Uma grande aula! Excelente museu! Ah, e o melhor: sua entrada é gratuita aos domingos! Vida noturna: As noites de sexta e sábado são cheias de opção de festas! Basta pesquisar o estilo que você quiser, que você vai encontrar. A grande maioria das baladas cobram entrada - em torno de 500 dinares (aprox 5 dólares). Belgrado, de modo geral, não nos agradou muito. Ficamos 5 dias na cidade, o que foi demais! 2 dias seriam o suficiente. Seus atrativos são “fracos” em comparação com as capitais de seus países vizinhos e a estrutura da cidade deixa um pouco a desejar. De toda forma, valeu visitar esse pequeno país! Escala Brothers: Ao final de toda cidade, ponderamos 5 elementos que consideramos primordiais em uma escala de 0 a 10. Segue a escala de Belgrado: - Custos/preços: 8,25 - Atrações: 7 - Vida noturna: 8 - Estrutura: 7 - Mobilidade (transporte): 8 Média total = 7,65 🟡