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  1. Travessia feita em: 28/09/2019. Todas as fotos estão em: https://photos.app.goo.gl/sS4m5bB5wDXsYJNe6 - Introdução - Uma semana antes dessa caminhada, estava conhecendo o Morro do Saboó em São Roque. Do seu topo, comecei a reparar em outros picos bem maiores ao redor, qdo um em específico me chamou muito a atenção. Era uma enorme elevação com 2 picos enormes e outras menores se destacando no horizonte e estava com parte do topo encoberto pelas nuvens. Mas foi no final do dia, qdo a nebulosidade dispersou sobre o topo dessa montanha, que eu pude ver que é bem mais alta do que eu imaginava. E obviamente me atiçou a curiosidade de desbravar esse pico. Mas antes, precisaria buscar infos do nome, como chegar, qual é o ponto mais próximo de ônibus ou carro. Pois bem, na semana seguinte ao morro do Saboó, me debrucei no pc e olhando no google earth, descobri o nome da tal elevação: Serra do Voturuna. Outra coisa que me chamou mais a atenção ainda, é a altitude de seus picos: mais de 1.200 metros. Foi a deixa para descobrir como chegar lá. Buscando relatos aqui, ali e acolá, encontrei um do famoso colunista, montanhista e trilheiro conhecido: Jorge Soto, que já esteve lá algumas vezes e havia disponibilizado um relato de uma travessia que fez de ponta a ponta de toda a cadeia montanhosa da Serra de Voturuna. Pois bem, após ler todo o relato, onde ele diz em detalhes o percurso e como chegar, era hora de bolar a melhor logística possível para chegar lá, usando transporte público. 1º dia - Do centro de Araçariguama ao Topo do Pico do Morro Negro Para essa travessia, chamei várias pessoas, mas apenas 6 corajosos toparam ir na empreitada comigo: Marcio, Paola, Monike, Diego e a novata do grupo do Whats: Andréia. Eram 7:40 qdo saltei do trem na Estação Itapevi, cujo movimento estava tranquilo por ser um Sábado. Lá, encontrei o Diego que já havia chegado antes e me aguardava no ponto marcado. Aos poucos, a turma foi chegando, mas logo tivemos uma baixa: A Monike, que havia perdido a hora e não conseguiria vir. Caiu na armadilha de "ah, só mais 5 minutos" e se deu mal. Com isso, continuamos em 5. Com todos reunidos, fomos para o ponto de ônibus esperar o coletivo para Araçariguama. O tempo estava com cara de poucos amigos, uma fina garoa caia sobre nossos rostos ansiosos e nisso, vinha a pergunta que não quer calar: Será que sol vai aparecer e teremos algum visual? Sim, as previsões meteorológicas para o fds estavam favoráveis. Aproveitei para tomar um café da manhã reforçado em frente a estação e depois logo embarcamos no latão rumo a Araçariguama que passou as 10:00hs. Parte do trajeto é feito ao lado do antigo leito da Sorocabana e depois adentra uma estrada de terra que só por deus. Após muito chacoalhar, balançar e até pula-pula, finalmente chegamos ao trecho da Castelo Branco, onde não demorou muito e logo chegamos a pacata Araçariguama, após 1 hora desde a estação Itapevi. Ao longo do trajeto, o tempo abriu um pouco, corroborando a previsão meteorológica, para a alegria e o entusiasmo de todos. Ao lado esquerdo, ainda na Castelo Branco, a Serra do Voturuna aparecia em alguns momentos com todo seu explendor e seus 2 picos mais altos aparecendo em destaque, quase que rasgando os céus. Araçariguama é uma cidade bem montanhosa, cujas ruas são verdadeiras pirambeiras. Deve ser por isso que não vi nenhuma academia por lá...😂 Tão logo desembarcamos, a turma resolveu fazer um café da manhã reforçado e sem perder tempo, partimos em direção ao nosso objetivo: a Serra do Voturuna. O avião lá em cima, visto do centro da cidade. Munidos apenas do relato, infos e uma bússola, lá fomos nós em direção ao morro do Avião, onde há um avião da decada de 50, que visto de longe, parecia estar se equilibrando a meio caminho. O relógio já havia passado das 11:00hs e vi que precisávamos apertar o passo, já que nenhum de nós tinha noção alguma de quanto tempo iriamos demorar para chegar até a base, quiça o topo. Partindo do centro da cidade, chegamos a um enorme campo de futebol e uma praça, onde a partir dali, pega-se uma estrada de terra que sobe até o topo. Não demora muito e vem o primeiro trecho de subida forte, em direção ao topo do morro do avião, que segundo o relato, é a nossa referência do caminho em direção ao sopé da Serra do Voturuna. As primeiras vistas da Serra de Voturuna durante a subida No trecho inicial da estrada de terra, uma trilha a direita serviu de atalho e evitou uma grande volta que a estrada de terra dá em boa parte de sua subida. A medida que iamos ganhando altitude, já conseguíamos visualizar parte da Serra do Voturuna, com seus 2 maiores picos em destaque, para a animação de todos. A Subida é ingreme, mas não dura muito tempo e logo estamos no topo, onde pudemos ver o tal "avião" todo carcomido e enferrujado pelo tempo, repousando no alto do morro. Do topo, passa uma rodovia vicinal que segue na direção desejada. Do morro do avião, se tem um belo visual da cidade e do entorno, mas com o tempo passando, nos limitamos a algumas fotos, pois ainda tinhamos muito chão pela frente. Do mirante do avião, pegamos o caminho da direita pela rodovia e seguimos por cerca de 6 km até o sopé da Serra, onde parte a trilha que sobe. No mirante do avião Desse ponto, a Serra do Votoruna aparece com todo o seu explendor e imponência e vale até alguns minutos para contempla-lo. No trecho da Rodovia, após a mesma fazer uma grande curva a esquerda, ela inicia um longo trecho de descida até um grande vale. Nesse vale, passa um riacho e é o unico ponto de água disponível nesse primeiro dia. Nós não pegamos água nesse riacho e só fomos descobrir lá na frente que foi uma péssima decisão. Pegue água nesse ponto ou terá problemas! Na Rodovia, chegando próximo a base da Serra do Voturuna todo imponente a sua frente. 1 hora e 20 minutos desde o avião e 2 horas desde o centro de Araçariguama, finalmente chegamos ao ínicio da trilha que subia forte logo de cara e vimos que não seria nada fácil. As 13:35 começamos a subida da trilha, que começa em meio a trecho de grama baixa, com trilha meio precária, que hora aparecia e desaparecia constantemente, mas o sentido a seguir era obvio: sempre para cima, seguindo pela crista....30 minutos desde a Rodovia, chegamos a um ombro, onde a subida dá uma trégua e desse ponto, já era possível avistar todo o percurso a frente, com os 2 grandes picos do Voturuna à esquerda, parecendo estar perto, mas distante umas 2 horas de subida ainda. Trecho inicial da subida só com vestígio de trilha ou mesmo sem mesmo, porém de grama rala e por isso, a subida foi facil. As primeiras vistas do trecho onde ainda iriamos passar e os 2 principais picos do Voturuna a esquerda, ainda distantes. Aqui a trilha fica mais definida, o que ajudou nessa parte com o mato mais alto, composto em sua maioria por Samambaias. Felizmente o trecho mais fechado não dura muito tempo e logo saímos em um trecho onde parece que a grama foi cortada e com isso, a caminhada fica bem mais fácil e rápida. Com visual total de tudo a frente, vamos ganhando altitude e a medida que subíamos, o vento e o frio iam apertando mais. O sol ia e vinha entre muitas nuvens o tempo todo, o que foi um alivio, pois não há nenhum ponto de sombra e imaginei subindo com o sol castigando a todo momento. Subida segue pela crista acima Mais 30 minutos e chegamos ao primeiro dos 3 topos e aqui, a subida da uma trégua. Nesse ponto, se visualiza a imponente Serra do voturuna bem a sua frente, com seus 2 principais picos parecendo estar perto, mas ainda restava a descida de um vale até lá. Um Pinheiro solitário e fora do contexto chama a atenção, pois é o unico visivel no topo e aqui também encontro vestígios de acampamento, mas como o lugar é totalmente exposto aos ventos, é arriscado acampar aqui. As 14:47 inicio a descida do vale em direção a base do Pico do Morro Negro e logo a frente vejo o enorme subidão pirambeiro por onde ainda iria passar e vejo que não será nada facil, pois é uma subida bem íngreme. No primeiro topo, com visão total dos próximos 2 picos a sua frente. Trecho de descida até um vale A descida é tranquila e é feito por um trecho de estradinha de terra, o que me faz supor que aqui deve subir veículos motorizados vindos de alguma bifurcação a frente. A descida é rapida e nesse trecho, passo por 2 bifurcações, uma a direita e outra a esquerda e percebo que existe outro acesso ao Voturuna vindo lá da rodovia, de algum outro ponto posterior ao que eu entrei, provavelmente usados por quem vem de carro. Resolvo dar uma descansada aqui na base antes de começar a subir, pois só de olhar o paredão íngreme a frente, cansou até a vista. Olho para trás e vejo os demais se aproximando, mas com o vento gelado, nem consigo ficar muito tempo parado e logo começo a subida. Aqui, a trilha é bem marcada e definida, com isso, nosso avanço foi bem mais rápido. A medida que ia subindo, a trilha vai ficando mais íngreme e nisso, fui parando algumas vezes para retomar o fôlego ao mesmo tempo que curtia o visual e aguardava os demais me alcançar. Iniciando o segundo trecho de subidão pirambeiro em direção ao próximo pico A subida é árdua e com o peso da cargueira, esse trecho não é nada facil e vou seguindo em um ritmo lento. Vamos ganhando altitude rapidamente e felizmente, com o tempo encoberto, não tivemos o sol castigando, já que toda a subida é exposta e quase sem nenhuma area de sombra. Seguimos subindo em trilha bem demarcada e com vários trechos de pedrinhas soltas e rochedos, sem grandes dificuldades. 25 minutos desde o vale lá embaixo, chegamos ao topo do primeiro dos 2 picos e aqui, a trilha passa a descer entre os cocorutos do topo. A partir desse ponto, temos a visão total do trecho final até o Pico do Morro Negro, que aqui já se encontra bem próximo e bem visível a nossa frente. Trecho de vale após passarmos pelo topo do 2ºpico Vales enormes Descemos um pequeno vale e entramos definitivamente na subida final em direção ao cume. O relógio marcava 15:40hs e vendo que estamos relativamente próximo, resolvo fazer um pit stop para molhar a goela e mastigar algo, afim de forrar o estomago e também aguardar o pessoal que ficou para trás. O que preocupa aqui é que desde a rodovia, não passamos por nenhum ponto de água e sem expectativa de qdo encontrar um, aviso a turma para maneirar no consumo da água. 20 minutos depois, retomamos a caminhada e a medida que íamos nos aproximando do topo, o visual de todo o contraforte serrano do Voturuna ia se abrindo e se destacando cada vez mais, o que chamou bastante a atenção. Aqui também era possível ver todo o percurso que ainda falta e o que já passamos. Trecho final ao cume O trecho final de subida ao cume a partir do segundo pico é mais leve, já que as subidas mais íngremes acabaram. Mas mesmo assim, os músculos das pernas já estavam esgotados, pois toda a força foram dirigidas a eles. Os ventos estavam bem fortes, o que dificultou nosso avanço, mas continuar era preciso! O topo parecia estar bem próximo e as 16:00hs, com pouco mais de 3 horas cravadas de subida desde a rodovia, finalmente chegamos ao cume do Pico do Morro Negro, a mais de 1.200 metros de altitude, para literalmente, desabarmos ali. Chegando ao topo e todo o trecho percorrido atrás Enfim, barracas montadas e o merecido descanso no cume Não havia ninguém no cume e com isso fomos donos absolutos do lugar. Fomos em busca de um local protegido dos fortes ventos para montarmos a barraca e nem demorou muito para encontarmos um bom local, amplo, plano e com um pouco de proteção. Até há outros descampados, mas todos expostos aos fortes ventos. Enquanto montavamos as barracas, uma forte neblina bateu no topo e a visão ficou prejudicada, frustrando a expectativa de todos por algum visual e o por-do-sol. Com o tempo fechado, a temperatura diminuiu rapidamente e ficou próxima dos 10ºC. Após montada a barraca, exploro as laterais do topo, afim de encontrar a trilha que desce para Sudeste. Encontro algumas bifurcações levando a outros mirantes e até encontro a trilha que segue na direção desejada. Mas com a visão prejudicado pela forte neblina, deixo para fazer isso melhor amanhã, torcendo para que o tempo esteja melhor. Com o anoitecer, resolvemos fazer nossa janta, ficamos jogando conversa fora e fazendo um pouco de hora. Mas com os fortes ventos, a neblina e o frio, nem fico muito tempo fora da barraca e logo fui dormir. 2ºDia - Do topo do Morro Negro à Pirapora do Bom Jesus O domingo amanheceu ensolarado e com um tapetão de nuvens cobrindo os vales. Mas com a neblina do dia anterior e sem expectativa alguma de que abrisse o tempo antes do amanhecer, ninguém acordou para ver o nascer do sol. Acordei pouco depois das 7:00hs com os raios do sol batendo do lado de fora da barraca e ao colocar a cabeça para fora, vejo tudo aberto e as nuvens embaixo, o que me deixou bastante animado! A neblina da noite anterior tinha dissipado e na verdade, as nuvens estavam embaixo, o que deixou todos radiantes. Com o tempo aberto, deu para ver todo o caminho que viemos no dia anterior, com as cidades de Araçariguama, Pirapora do Bom Jesus, Santana do Parnaíba, dentre outras até onde a vista alcançada. É um visual de tirar o fôlego. Aproveitei para analisar melhor a trilha que desce para Sudeste em direção aos 2 outros picos da Serra, planejando o percurso de descida. Do topo, dava para ver boa parte do percurso por onde irei descer, com algumas pequenas subidas e vejo que será uma caminhada longa, mas relativamente tranquila. Volto para as barracas e vejo que boa parte da turma ainda estavam se fartando de clicks do topo. Afinal, o dia estava radiante e o sol brilhava forte em um céu estupidamente azul e sem vestígio de nuvem acima, só embaixo. Após os clicks, fomos fazer nosso café da manhã e em seguida, começamos a arrumar as coisas. Pirapora do Bom Jesus lá embaixo Barraca desmontada e mochila nas costas, começamos a descer sentido Sudeste pouco depois das 9:30 da manhã em uma pequena trilha que ora sumia, ora reaparecia. Seguindo sentido Sudeste/leste, a descida é tranquila e a maior parte feita só no visual. Nesse trecho, vestígios de trilha vão aparecendo e indo na direção de um pico mais baixo. 15 minutos desde o acampamento lá no topo, chegamos a um vale, onde a trilha reaparece mais definida a esquerda, no meio desse vale e indo na direção desejada. A trilha está bem demarcada e com isso, nosso avanço fica mais rápido. Aos poucos, vamos perdendo altitude, enquanto passamos por várias paisagens do alto da Serra do Voturuna, com inumeras vistas do entorno e uma vegetação diferenciada. Uma pecularidade dessa Serra é os cavalos selvagens soltos por vários pontos e suas fezes encontrados em vários pontos da trilha. A trilha principal tem algumas ramificações, mas vamos seguindo pelo trecho principal mais demarcada em direção Sudeste, a caminho de Pirapora do Bom Jesus, visivel algumas vezes lá do alto, mas ainda distante. A trilha segue descendo discretamente em direção a um grande vale a esquerda, onde avisto uns cavalos tomando agua. Primeiro ponto de água a mais ou menos 1 hora de descida do topo, mas impropria para o consumo, infelizmente Cume do Morro Negro ficando para trás As 10:05, chegamos ao vale que vimos lá de cima, mas por conta dos cavalos e seus dejetos, a água está imprópria para consumo e por isso, somos obrigados a continuar em frente em busca de outro ponto de água potável. Felizmente, a turma soube racionar bem a agua que dispunha e por isso, ainda tínhamos agua suficiente para chegar até o próximo ponto. Atravessamos o pequeno vale e começamos uma nova subida ao alto de um morro. Chegamos à uma bifurcação em "T" onde pegamos o caminho da direita sentido Sul. O da Esquerda parecia ser a tal "trilha norte". A trilha da direita segue pelo alto da crista do pequeno morro. 10 minutos após a birfurcação, a trilha começa a descer até uma grande planície, onde se dividiu em pequenas ramificações, mas que todas se encontravam. Aqui o caminho é um pouco confuso, mas a trilha principal se mantem bem demarcada e é só seguir por ela que não tem erro. Mais 20 minutos e chegamos a um enorme descampado plano e protegido para umas 10 barracas pelo menos. Descampado em um trecho bem amplo Continuamos em frente e as 10:45h chegamos a beira de um enorme precípicio. Ali, tivemos um perdido: A trilha termina ali e não tinha caminho a seguir em frente. Segui à esquerda, depois a direita e nada de trilha ou de um caminho visivel. A frente, só um enorme precipício intransponível, sem continuação. Diante dessa situação, pensei: E agora, José? Considerando as várias ramificações da trilha principal, resolvemos voltar e ver se encontramos alguma bifurcação que deixamos passar batido. Dito e feito, 10 minutos de retorno, demos de cara com uma bifurcação a direita (esquerda para quem está descendo) que ia na direção desejada. Resolvido o perdido, bora continuar a pernada. Pico que é a referência da bifurcação que desce/sobe por um vale A Referência dessa bifurcação, é um pico que fica bem a frente. Depois que entramos na bifurcação, ela logo mergulha na mata fechada e segue por dentro dela até encontrar uma pequena nascente de um corrego com água limpa. Enfim, após 1 dia e meio sem ver agua, finalmente encontramos o precioso líquido. Era uma nascente, então descemos mais um pouco até um ponto onde o corrego fica com mais vazão e paramos para coletar água limpa e corrente. Goela molhada e cantis cheios, retomamos à caminhada de descida em direção a Pirapora do Bom Jesus e a partir desse ponto, a trilha fica mais íngreme e vamos descendo com mais cuidado. Outro detalhe desse ponto são os carrapatos. Pegamos vários no trecho, então, muito cuidado nesse trecho de mata mais fechada. Use um bom repelente para evita-los, de preferência aqueles com ação forte contra carrapatos. As 11:40hs, saimos da mata mais fechada e a caminhada passou a bordejar a encosta direita do morro onde estavamos, com o sol castigando o tempo todo. Passamos por uma cerca e chegamos a um ponto onde demos de cara com uma família de bois e vacas com seus filhotes bem no meio da trilha. A trilha vem lá do meio do vale, entre os 2 picos Trecho final de descida pela trilha Tentamos passar, mas o macho, ao perceber nossa aproximação, deu uma bufada de aviso. Perdemos algum tempo aqui e tivemos que esperar, mas conseguimos passar, fazendo um desvio por cima e logo retomamos a trilha logo a frente. As 12:40, chegamos ao trecho final, onde a trilha desce e cruza um enorme campo de cerrado bem aberto. Aqui a caminhada fica mais tranquila. Passamos por uns trechos de mineiração e logo a frente já se vê as ruas da pequena cidade de Pirapora do Bom Jesus, com a trilha descendo para lá. Enfim, chegamos a cidade E finalmente, as 13:10, com mais de 3 horas de caminhada desde o topo do Pico do Morro Negro (incluindo os perdidos e as paradas), pisamos no asfalto da pequena cidade, para a alegria de todos. Andamos mais alguns minutos e logo estacionamos numa lanchonete para bebemorarmos o sucesso da empreitada e forrar o estomago com algo "gorduroso". Foram cerca de 21 km de pernada em 2 dias com 1 pernoite com perrengues, superação e muitos carrapatos. Mas tb com visuais e desafios para andarilho algum botar defeito. As 14:30 embarcamos no ônibus para a Estação Barueri e depois no trem da CPTM de volta para SP, onde cheguei pouco antes das 17:00hs, cansado, mas feliz. DICAS: -> Pontos de água nessa travessia são escassos. Só há um ponto de agua na rodovia, pouco antes de iniciar a subida até a base, onde começa a trilha. Não há nenhum outro ponto de agua durante toda a subida e no topo. Só fui encontrar água na metade da descida do dia seguinte, em um pequena nascente a mais ou menos 2 horas de caminhada do topo. Por isso, traga toda a água que for precisar da cidade ou pegue em um riozinho no vale ainda na rodovia, pouco antes de entrar na subida final até a base. O ideal é levar pelo menos 3 litros. -> A trilha no começo da subida é pouco demarcada. Mas a maior parte do percurso é só no visual, é só tocar para cima pela crista e mais a frente, ela aparece e depois adentra a um trecho de estrada de terra, onde a grama foi aparada e a caminhada fica bem mais fácil. -> Não há local para deixar o carro no começo da trilha, nem tem como parar, pois ela começa em um trecho da rodovia. -> A distancia de Araçariguama até o inicio da trilha é de 6,5km. Deve-se subir até o mirante onde tem um avião da decada de 50 exposto lá no alto e depois seguir pela rodovia a direita, até chegar na base da Serra, que é visível a maior parte do tempo. -> Os horários dos ônibus de Itapevi para Araçariguama são bem ingratos. Tem apenas 8 horários por dia e um dos horários é 7:45 e o próximo só as 9:50. Os onibus partem do lado da Estação de Itapevi, em um local reservado para paradas somente de ônibus intermunicipais e com o logo da EMTU. Na dúvida, informe-se com moradores. -> A Subida da rodovia para o topo do Pico do Morro Negro leva em média 3 horas com mochila cargueira e em um ritmo médio. Ela passa pelo topo de um dos picos vistos lá embaixo. É uma subida exigente e não é uma trilha recomendada para iniciantes. -> No Topo há vários locais para barraca, mas a maioria são expostos aos ventos. Mas há um ponto que fica dentro de um pequeno vale e é uma boa opção para montar barracas.com um pouco de proteção dos ventos. -> Não há água durante toda a subida, no topo e nem próximo dele. -> Só há 2 pontos de água e ambos ficam na descida para a cidade. -> O primeiro ponto de agua da descida é impróprio para o consumo humano, pois é usado pelos cavalos e bois, tendo vários dejetos deles lá. Só vai ter água potavel entre 30 minutos a 1 hora de descida após passar por esse ponto. -> Encontrei muitos carrapatos nessa travessia. Leve um bom repelente e passe várias vezes ao dia, mesmo em locais onde você achar que não vão picar. Os carrapatos costumam andar pela roupa e buscam locais quentes e escondidos. -> Em Pirapora do Bom Jesus, há linhas de ônibus direto para a Estação de Barueri. Só não sei os horários, mas pode ser consultado no site da EMTU. -> Sinal de celular pega no topo e na maior parte dos trechos da crista. Principalmente o da VIVO. É isso.🙂
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