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Bolívia --> Outubro 2006 --> 13 dias --> Diário de


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07/10/2006

 

Acordei umas 6:30h e estava muito frio. Descemos para tomar desayuno. Pedi um café completo por 10 bls. Comi ovo mexido, café com leite, pão, manteiga e geléia. O café da manha da Bolívia foi sempre muito simples.

Saímos a procura de agências de viagens. Eu, já com várias recomendações, tinha idéia do preço a pagar e que agências escolher. Meus amigos iriam optar pelo passeio de 4 dias, e eu pelo de 3 dias, contemplando o mesmo roteiro, somente conhecendo um pouco mais depressa. Encontrei a agência Playa Blanca que havia referencias boas a seu respeito. Negociei e de US$ 60, o preço caiu para US$ 55, mais barato do que os mochileiros relatavam. O preço mais falado era o de 60 dólares, mas tinha gente que havia pagado mais de US$ 70.

Meus amigos fecharam com a Playa Blanca também, a preço de US$ 70.

Compramos suprimentos e nos despedimos. Comprei água e folhas de coca, 7bls tudo.

Saí para o Tour de 3 dias no deserto boliviano, por volta de 11:00h.

Primeira parada foi em Colchani, um pueblo onde famílias extraem sal do Salar de Uyuni manualmente para venda e seu sustento.

A segunda parada é o legítimo e primeiro hotel totalmente construído com sal, chamado Playa Blanca. Para visitá-lo é preciso comprar um doce ou qualquer outra coisa vendida na vendinha. Comprei um chocolate e paguei 8 bls.

Próxima parada, Isla del Pescado, que fica bem no meio do Salar. O nome original da ilha é Incahuasi (significa casa inca), mas foi apelidada de Pescado por se parecer, vista de longe, como um peixe. Suas formações são de recife e há cactos de até 12 metros de altura. Para visitar a ilha se paga 10 bls. A infra-estrutura local inclui restaurante, café e banheiro. Ainda há trilhas para caminhadas entre os cactos gigantes e do seu topo tem uma vista privilegiada do Salar, uma imensidão branca que mais se parece com neve. É preciso usar óculos de sol para não ferir os olhos com a intensidade de luz que é refletida.

Próxima ao maior cacto da ilha, há uma placa informando que os cactos crescem 1cm por ano. Sendo o maior de 12m de altura, o cacto gigantesco tem aproximadamente 1200 anos de vida.

Partimos para o refúgio que fica fora do Salar, em sua beirada. O refúgio deveria ser um hotel de sal conforme tinha acertado na agência. Para minha decepção, não era. Fui enganado pela agência. Havia somente camas feitas de sal e o piso dos quartos era de sal grosso.

Para tomar banho paga-se 5 bls.

Fomos dormir lá pelas 22:00h pois já haviam desligado o gerador de energia e também porque acordaríamos as 07:00h e enfrentaríamos um longo dia pela frente.

 

continua...

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  • 4 meses depois...
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08/10/2006

 

Após o café, partimos em direção ao deserto boliviano, com inúmeros vulcões. O mais notável deles foi o Vulcão Ollague, que marca a fronteira da Bolívia com o Chile. Seu cume fica a 5.863m acima do nível do mar. Por lá encontramos algumas lhamas selvagens e pudemos tirar bonitas fotografias.

Por essas bandas o pneu de nosso veículo furou pela primeira vez.

Perto do meio dia chegamos a primeira lagoa, chamada Laguna Cañapa. Muito bonita, de água com tom azulado e com inúmeros flamingos.

A segunda lagoa visitada foi a Laguna Hedionda, as 12:30h. Este nome é devido ao seu cheiro forte de enxofre. Mais bonita que a primeira e sua água tem tonalidade esverdeada e com mais flamingos que na primeira laguna. Foi onde fizemos a parada para almoço, que por sinal foi muito fraco.

Cruzamos outras lagunas, porém de menor beleza que as anteriores e não fizemos paradas para fotos.

Partimos então pelo deserto de Siloli até a chegada na Arbol de Piedra as 15:30h. É uma pedra que foi esculpida durante os anos devido a ação da chuva e do vento, se parecendo com uma árvore.

De lá, onde furou pela segunda vez o pneu do jipe, partimos para a Laguna Colorada.

Chegamos na Laguna Colorada as 16:30h, onde deve-se pagar a taxa de 30 bls pela visitação da Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa. A Laguna Colorada é indescritível. Sem dúvida é a laguna mais bonita da qual visitamos até então. Sua cor é vermelha e algumas partes azuladas. Há muitos flamingos nesta laguna. E é na beira desta laguna que se encontra o refúgio do segundo dia do passeio.

Saí pela Laguna para tirar fotos e fazia um frio cortante devido ao forte vento e comecei a ficar com dor de ouvido. Apesar do frio, valeu muito a pena ter caminhado alguns quilômetros pois consegui tirar fotos inacreditáveis.

Com a chegada da noite, o frio começou a aparecer e vesti praticamente todas as roupas que eu tinha.

A noite dormi com várias roupas e 3 cobertores, não passei frio.

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09/10/2006

 

Fomos acordados muito cedo, por volta de 04:30h, e saímos do refúgio sem tomar desayuno, rumo ao geyser Sol de Mañana ou Sol da Manhã. Estava um frio de congelar e eu estava usando todas as minhas roupas. Mesmo com luvas meus dedos doíam de frio. Alguns diziam estar -5 graus celsius, mas ninguém sabia ao certo.

Chegamos na região do geyser com pouca luz e o sol ainda não havia raiado as 05:50h.

A primeira parada foi em um geyser artificial chamado Pozo Somero Ende, localizado a 4870m acima do nível do mar. Ele foi perfurado em 11/11/1979, a uma profundidade de 130m. A saída do vapor era em alta pressão, com um barulho forte e a fumaça alcançava tranquilamente 100m de altitude. Apesar do cheiro não muito agradável do vapor, eu e o pessoal do carro brincamos de sair correndo e pular passando pelo meio do vapor.

Depois seguimos aos geyseres naturais onde há muita fumarola e o cheiro de enxofre é ainda mais forte. O mais legal é poder ver lava borbulhando nas diversas crateras do local.

Saímos do geyser Sol de Mañana por volta de 6:30h e seguimos caminho rumo as piscinas de águas termais, chamadas Termas de Polques. Chegamos la por volta de 7:00h. Não tive coragem de tirar a roupa naquele frio tremendo que estava fazendo mais havia diversos gringos que entraram na água. Naquele local o nosso guia preparou o desayuno... café, leite e pão basicamente.

Seguimos caminho e as 8:40h chegamos à Laguna Blanca e Laguna Verde, sendo a verde de rara beleza. Suas águas são de cor verde-esmeralda e ao fundo há o Vulcão Licancabur, que se reflete nas águas da Laguna Verde, possibilitando fotos muito bonitas. O cume do vulcão Licancabur fica a 5960m acima do nível do mar. Ela fica localizado no extremo sul da Bolívia, bem na fronteira com o Chile e bem próximo a fronteira com a Argentina.

Com isso, começamos então o caminho de volta à cidade de Uyuni, muito cansativo, sem nenhum local especial para fotos.

Chegando a Uyuni, o motorista nos levou ao Cementério de Trens, onde havia algumas sucatas mas logo todos toparam em ir embora pois o local não tinha nada de interessante, somente um monte de ferro velho.

Chegamos na agência de viagens Playa Blanca no final da tarde e todos nós fomos fazer reclamações a respeito do passeio contratado. Eu queria reclamar por ter negociado dormir no legítimo hotel de sal e não foi o que aconteceu. Aguardei os outros reclamarem primeiro pois eles tinham ônibus marcado e não tinham muito tempo. O francês que falava bem espanhol começou a reclamar sobre os sacos de dormir que fediam, sobre ter encontrado alimentos na cama do refúgio do segundo dia, entre outras coisas. A senhora nos tratou com profundo desrespeito, já no tom de voz berrando e inclusive chingou o alemão de gordinho, que já nem estava mais na agência naquele momento. O francês se estressou de vez e começou a chama-la de putana hehehe. No fim das contas eles saíram da agência e restou somente eu lá. Aí fiz minha reclamação com mais tranqüilidade e ela me ofereceu 25bls de devolução, dizendo que seria a diferença de preço na hospedagem que fiquei a invés do Hotel de Sal.

Conclusão, não opte pelos serviços da agência PLAYA BLANCA.

A comida foi visivelmente pior que de outras agências, bem como o veículo em más condições e também a qualidade dos refúgios que nós ficamos.

O trem Wara Wara del Sur chegou no horário, as 1:15h e embarquei rumo a Oruro. A passagem custou 86bls.

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10/10/2006

 

Foram 303km de trem e cheguei a Oruro por volta de 09:00h.

Os taxistas estavam explorando os turistas para levar até a rodoviária. Todos queriam cobrar 12bls. Consegui rachar a corrida com uma gringa e saiu 6bls para cada um.

Na rodoviária comprei passagem para Cochabamba por 30bls pela companhia Trans Naser.

Cheguei na rodoviária de Cochabamba por volta de 14:00h e saí a procura de ônibus para Santa Cruz de La Sierra. Só teria saídas depois de 18:00h. Tive a idéia de ir ao aeroporto Viru Viru Internacional. Peguei um táxi e gastei 13 bls. A companhia Lloyd Aéreo Boliviano tinha o vôo mais barato e o preço me agradou e resolvi ir de avião. Gastei 377 bls no avião e 14 bls de taxa do aeroporto. O vôo saiu as 20:25h e chegou em Sta. Cruz as 21:10h.

No Aeroporto de St. Cruz tive dificuldade com a compra de passagem para São Paulo. No balcão da gol eles estavam cobrando um absurdo e a funcionária me recomendou ir a uma agência de viagens dentro do aeroporto e comprar a passagem pela internet. Tive dificuldade com a agência mas no fim consegui comprar passagem somente até Campo Grande por 459,21 bls com o cartão de crédito. Paguei a taxa internacional do aeroporto, US$ 24,00.

 

Se for usar cartão de crédito na Bolívia, tome cuiadado. Só utilizei uma vez, neste aeroporto, e foi o suficiente para clonarem meu cartão. Fiquei sabendo algum tempo depois que compraram uma passagem de avião no meu cartão, em nome de um boliviano.

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11/10/2007

 

Cheguei em Campo Grande as 4:00h da manhã e não consegui conexão no mesmo vôo para São Paulo pois o mesmo estava lotado. Tive que ir para um motel próximo ao aeroporto dormir e embarcar em outro vôo pela manhã. Consegui vôo as 12:40h pela gol e me custou 345,42 reais.

Enfim, chego a São Paulo e assim terminou a expedição pela Bolívia.

 

A todos que pensam em ir a Bolívia, fica minha opinião...VÁ!. Apesar da pobreza e alguns perrengues, a viagem vale muito a pena....a paisagem da Bolívia é muito linda. Não perca de visitar o Salar de Uyuni, é simplesmente indescritível sua beleza.

 

O custo total da viagem foi por volta de 1500 reais.

 

Se eu puder ajudar voces de alguma forma, me escrevam. Espero que tenham gostado do relato.

 

Um abraço

 

Rodrigo

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Teco vc sabe o nome do lugar que vc dormiu na primeira noite no salar? E na Laguna colorada é um hotel que vc ficou? Será que dá para chegar lá e ficar sem ter que comprar pacotes? E que estou pensando em fazer o Salar em Fevereiro e vou de moto. Manda a informações e grandes viagens para vc. Mais uma dúvida, quantos kms vc rodou de volta para Uyuni no ultimo dia.

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Fala Ramon

 

Cara, por tudo que li, ouvi e constatei na viagem...inclusive o documentario que a Rede Record fez sobre o Salar de Uyuni...até os guias locais se perdem no Salar...eles se baseiam muito pelos cumes dos vulcões para não se perder...é complicado voce ir na raça de moto....o salar tem 12000km quadrados....eh imenso. Acho que vale a pena tu fazer esse passeio fechando um pacote...se fizer questão de ir de moto...um conselho...deixe ela em Uyuni. Além do que...as lagunas estão fora do Salar de Uyuni...elas ficam no deserto (entenda-se areia, terra). Complicadíssimo o roteiro.

 

Sobre a primeira noite...eu não sei o nome não cara....era um refúgio bem na beira do salar....beirando um morro....la tinha uma aldeia mto pequena, mto simples mesmo...casas feitas com parede de barro ou algo parecido.

 

A segunda noite é na laguna colorada....são varios refúgios um ao lado do outro....as agencias se dividem por la. Não é nada parecido com um hotel, não há chuveiros, apenas camas, um lugar para fazer refeição e sanitário...bem rústico mesmo.

 

Na volta no último dia creio que tenha sido mais de 300km...mas é um chute...rodando pelo deserto é dificil dizer.

 

Um abraço e boa viagem. Vale muito a pena

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