Membros Este é um post popular. Jotadeoliveira Postado Outubro 31 Membros Este é um post popular. Postado Outubro 31 (editado) Outubro/2025 - Encerrei uma viagem de três semanas pela Argentina, de ônibus e mochila nas costas. Passei por Paso de los Libres, Paraná, Santa Fé, Córdoba, Cosquin, Mina Clavero, Mendoza, Villa Mercedes e Rosário. Gasto total: cerca de 3 mil reais. Quero aqui colocar algumas percepções sobre viajar no país vizinho, que - quase - ninguém fala. Sempre que viajo faço antes uma pesquisa completa pelos lugares onde vou e para isso leio relatos de viajantes e preciso alertar para algumas coisas que são ditas e nem sempre condizem com a realidade. Minha ideia é sempre viajar sem passar necessidade, mas economizando no supérfluo para aproveitar no essencial. Existem muitos blogues, páginas e relatos em páginas especificas da internet, como a boa "mochileiros.com", mas muita gente - influencers - comentam propositalmente situações que não podem ser consideradas reais. A maioria escreve comentando a viagem e indicando hotéis, passeios e lugares muito caros, colocando "links" para seguros, cartões e agências que, suponho, financiam, as viagens dessas pessoas. Até mesmo se procurar na AI algo sobre alguma situação, a resposta é negativa ou vaga. Exemplo: procure viagem entre Paraná e San Fé e a internet vai dizer que não existe ônibus urbano e só linhas de longo curso; mas é só ir no terminal rodoviario que sai ônibus urbano a toda hora; empresa ETACER e custa o equivalente a reais. Ou que em determinado terminal rodoviário existem lockers (armários) para bagagem e na real não existem ou, ao contrário, que existe e você chega lá e verifica que não é verdade. Aliás, se precisar de lockers, procure os sanitários; as pessoas que administram os sanitários também cuidam dos lockers. Em MIna Clavero não existem lockers, mas pode-se negociar com o pessoal da lancheria. Sobre hotéis, acredito que a melhor forma é alugar um apartamento, um flat, por pagar bem menos que um hotel, ter muito mais privacidade e poder cozinhar suas próprias refeições, sem depender de pagar restaurantes. Advirto: na Argentina refeições são muito caras, se comparadas ao Brasil. Exceto se você quer aproveitar a gastronomia local e tem dinheiro disponível, o melhor ainda é comprar no mercado, como no Carrefour que tem muitas lojas em todas as cidades do país vizinho. Como exemplo, uma diária em hotel no centro de Mendoza custa entre $ 200 e até $ 5.000. Fiquei uma semana em um flat maravilhoso, bem no centro, com diárias de $ 80 (reais). Refeições do dia-a-dia são caras; um almoço simples em restaurante comum varia entre 35 e 60 reais. Sobre seguro de viagem, existem muitas seguradoras, mas vale a pena fazer uma pesquisa pois as vezes sai caro porque incluem situações desnecessárias. No meu caso comprei da Kovr, através da plataforma Segurospromo, barato e bastante abrangente em relação à cobertura. Em relação à comunicação, nada de entrar em chip internacional. Hoje um chip de celular internacional para três semanas na Argentina custa cerca de 80 dólares - 430 reais. Chegando na Argentina, comprei um chip pré-pago da Claro com redes sociais ilimitadas, validade de trinta dia e paguei apenas 20 reais. E saí da loja já conectado. Mas nas lojas da Claro não é feito isso; precisa procurar uma loja (kiosco) que venda chip. Geralmente nos terminais tem, as vezes mais de uma loja. Os ônibus na Argentina têm tarifas muito mais baratas, proporcionalmente, que aqui. Fazendo um parâmetro, aqui uma viagem de 500 km custa cerca de 250 reais no chamado pinga-pinga, 320 no "executivo" e mais de 400 reais no modo "leito". Na Argentina uma linha na mesma distância custa 165 reais no conforto de poltronas que eles chamam "cama individual". Muito importante é como levar dinheiro: na Argentina não é possível usar o cartão Wise, exceto se quiser pagar em dólar, que é aceito em hotéis e restaurantes caros. Levar reais ou dólares e trocar lá também não vale a pena porque na hora da conversão sempre a gente sai perdendo. A melhor maneira é baixar o aplicativo do Western Union e ir transferindo, via Pix, da sua conta para o Western e retirar lá em moeda local. A taxa é vantajosa. E nunca esqueça de liberar o cartão de seu banco aqui, antes de viajar. Para deslocamentos nas cidades o melhor ainda é caminhar, descobrindo lugares que normalmente as empresas de turismo não falam. Mas se for longe, cheguei à conclusão de que o Cabify é melhor que Uber; então antes de chegar lá já baixe o aplicativo. Muito se fala no "remis", que são carros alugados, mas ainda credito que Uber é mais em conta e, mesmo que seja longe e queira retornar breve, dá para negociar com o motorista para aguardar. Interessante ao chegar lá é comprar um cartão SUBE e adicionar créditos; coloquei cerca de 60 reais de crédito e utilizei toda a viagem e ainda sobrou créditos. E o SUBE é aceito em quase todos os serviços de transporte em todas as cidades do país. Em Mendoza, onde fiquei maior parte da viagem (cerca de uma semana), algumas considerações interessantes: procure não comprar lembrancinhas nas áreas turísticas, como as ruas San Martin, Las Heras e redondezas. Tudo ali é mais caro; tem muito pega-turista. Os passeios mais cobiçados em Mendoza, que todos fazem, visita às vinícolas e alta montanha, também merecem comentários. A não ser que você queria ostentar para depois se mostrar nas redes sociais, não é necessário contratar passeio às vinícolas, que custam acima de 800 reais. Para a região de Maipú, mais perto, vale a pena utilizar o metrô (Tranvia), que custa 4 reais e leva até a estação Gutierrez. Dali pode-se caminhar até algumas vinícolas famosas e, para as mais distantes, existem linhas de ônibus que geralmente deixam no portão. E sempre existe a opção do Uber. Em Maipú, vinícolas famosas como Bodegas Lopez ( a 300 metros da estação e nao cobra visita), Bodega Argentia e Bodega Trapiche ficam muito perto. Também ali perto fica o Museu Nacional do Vinho. A diferença é que quando se paga 800 reais para visitar uma vinícola está incluido degustação de uma taça de vinho; eu ainda acho mais prático passar no mercado, comprar uma garrafa e beber no hotel. E vinho é algo barato lá; exemplo é um premiado DV Catena, da Catena Zapata (simplesmente considerada a melhor vinícola do mundo) que aqui vais pagar cerca de 250 reais e lá custa $ 50. Já para Luján de Cuyo, as vinícolas ficam mais distantes, mas pode-se ir de ônibus do centro de Mendoza até a cidade de Luján de Cuyo e lá pegar outro ônibus ou, mais prático, chamar Uber ou Cabify. Sobre visitas, a maioria das vinícolas não vão cobrar se você vai apenas conhecer; algumas cobram cerca de 30 reais. O interessante é que a maioria das vinícolas abre para visitas apenas as 10 ou 11 da manhã, exatamente porque eles priorizam as pessoas que vão almoçar lá (e pagar caro). Mas fica claro que não precisa ser burguês, ter dinheiro, para fazer passeios maravilhosos. Em Luján pode-se chegar de ônibus em vinícolas famosas, como Belasco de Baquedano (linha 720), Chandon e Norton (linha 760). Já para a Catena Zapata o ônibus é o 710, do centro de Mendoza até o terminal de Luján de Cuyo e depois ônibus 714, mas tem horários muito espaçados que vale a pena um Uber (cerca de 40 reais). Sobre o passeio "Alta Montanha", existem muitas opções, desde 250 até 1200 reais. Mas quase todas as empresas oferecem o mesmo itinerário: parada rápida em Potrerillos, parada em Uspallata para café, parada na Puente del Inca, parada muito rápida no Parque Aconcágua e Las Cuevas. Mas vale o passeio, são paisagens deslumbrantes e , mesmo indo agora em outubro, ainda tinha neve até mesmo na beira da estrada. Mesmo que saia de Mendoza com 25 graus, sempre leve casaquinho pois na alta montanha sempre é frio e principalmente o vento é forte e gelado. Eu contratei pelo Tourclube - https://www.tourclub.com.ar/ - que foi muito profissional e principalmente é o mais barato. E o serviço foi prestado, com excelencia, por Grupo Sur (info@gruposur.tur.ar), Dicas: Em Paraná, um passeio interessante é o Parque Urquiza, onde tem o letreiro para fotos, mas não esqueça de levar repelente porque os mosquitos são infernais. Na cidade de Santa Fé existe um shopping bem próximo do terminal rodoviario, no antigo porto que foi revitalizado. O letreiro da cidade, foto obrigatória, fica junto à ponte suspensa. Córdoba tem o maior terminal rodoviário que já vi; são dois terminais -o antigo e o novo - lado a lado. E ali peto fica a estação ferroviária, de onde parte o "Trem de las Sierras", passeio que recomendo. Apenas chegue cedo porque geralmente tem fila para compra de passagens e é demorado. Sugiro pegar o trem das 7 da manhã, que chegará em Cosquin próximo de 9:50. Para ir até Capilla del Monte demora muito tempo e precisa trocar de trem. A viagem atravessa a serra e vale a pena chegar lá e visitar o Balneário Piedras Azules, que fica cerca de um quilometro da estação e é muito bonito. Eu fui de trem e retornei de ônibus. O terminal rodoviario fica junto à estação ferroviária. O ônibus, na volta, passa por Villa Carlos Paz (cidade do Che Guevara) e é um lugar aprazível, junto ao lago. Mina Clavero é um destino procurado pelos moradores de Córdoba e região, principalmente no verão, mas não tem muita atração turística - exceto os balneários - mas a viagem de Córdoba até lá, pela Serra dos Condoritos é sensacional. Em Rosario, terceira maior cidade da Argentina, não é muito turística, mas tem dois pontos bastante interessantes que são o Parque Independência e a Costaneira, que está sendo remodelada e modernizada. Se alguém pensa em fazer uma viagem semelhante, não precisa carregar peso na mochila com garrafas de vinho. Quando chegar em Paso de los Libres, vá até a Vinoteca Bodega 901 ou a Sabores de Mendoza, que ficam a 800 metros do terminal rodoviario e tem bons preços. Tem ônibus do terminal até o centro a mil pesos. Nao tem locker no terminal para guardar bagagem, mas pode-se deixar na bilheteria da ERSA. Um táxi da rodoviaria de Uruguaiana até a migração, em Libres, custa hoje cerca de 30 reais e para retornar os táxis argentinos custam entre 25 e 30 mil pesos ou cem reais. Se alguem precisar de informação, entre em contato. Editado Sexta às 20:08 por Jotadeoliveira 5 Citar
Membros D FABIANO Postado Outubro 31 Membros Postado Outubro 31 @Jotadeoliveira Conheço tudo isso há anos, só há dois pontos que não concordo. O seguro pode ser gratuito. Basta ter cartão Platinum de banco e ele é fornecido gratuitamente.E mais:Eu sou BB Estilo e o banco não cobra o IOF de mim,como no cartão Rendimento também não, porém o problema dele é que a conversão é nas alturas. O outro é o ônibus da ETACAER.Ele é urbano, pelo túnel fluvial Santa Fé Paraná para as pessoas que moram nas cidades. Outro, nem sei se há, pois fui a região muitas vezes,mas para mim era só descansar mesmo,pois lá não há muito o que ver. Citar
Membros Jotadeoliveira Postado Outubro 31 Autor Membros Postado Outubro 31 (editado) Amigo, seguro gratuito de cartão de banco sim, mas não é todo mundo que tem cartão assim. Voce é privilegiado então. Parabens! Já sobre a empresa de onibus entre paraná e Santa Fé, chama-se sim ETACER; https://www.paranaonline.com.ar/horarios-fluviales-etacer/#google_vignette tem um balcão de atendimento no terminal de onibus, onde é possivel recarregar o cartão SUBE. Editado Outubro 31 por Jotadeoliveira erro de ortografia Citar
Membros D FABIANO Postado Outubro 31 Membros Postado Outubro 31 @JotadeoliveiraNem lembro se lá o cartão SUBE é usado. Não vou a região desde 2014 e não pretendo ir mais. Ia devido a viver em Santiago e gostar de conhecer e,na época, a Argentina ser muito barato. Por isso conheço ela toda, menos 3 estados,lá chamados províncias. 1 Citar
Membros Jotadeoliveira Postado Outubro 31 Autor Membros Postado Outubro 31 1 hora atrás, D FABIANO disse: @JotadeoliveiraNem lembro se lá o cartão SUBE é usado. Não vou a região desde 2014 e não pretendo ir mais. Ia devido a viver em Santiago e gostar de conhecer e,na época, a Argentina ser muito barato. Por isso conheço ela toda, menos 3 estados,lá chamados províncias. O cartão SUBE é utilizado em praticamente toda a Argentina; Em Mendoza pode-se utilizar o cartão Redbus e também é possível pagar com cartão de crédito. Sim, viajar pela Argentina é barato, exceto alimentação que está caro. Sobre seu comentário, eu conheço todas as provincias da Argentina. Citar
Membros D FABIANO Postado Outubro 31 Membros Postado Outubro 31 Em Puerto Madryn,por exemplo, era outro cartão naquela época. O meu SUBE tenho aqui comigo, embora não vou lá desde 2020,e não pretendo ir, pois conheço 60 países,mas temos mais de 200 nesse mundo. África e Ásia, por exemplo,há muito para conhecer. Citar
Posts Recomendados
Participe da conversa
Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.