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Lua de mel, 28 dias, outubro 2011 - Lisboa, cidades italianas, Vale do Loire e Estrasburgo


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Faço o relato como forma de agradecer aos membros deste forum e tentar retribuir um pouco do que recebi ao longo de seis meses de pesquisa. Sem dúvida alguma o forum Mochileiros foi a melhor fonte de informação das várias de que eu dispunha.

 

Eu também fiz um blog da viagem, o que me deu um trabalho enorme. O foco dele foi relatar com um pouco mais de fidelidade o dia a dia da viagem e colocar o máximo possível de fotos, como um verdadeiro diário. Deixarei o link na assinatura (por favor, avisem se houver problema) para aqueles que se interessarem por um relato mais rico visualmente. Minha ideia era deixar esse relato o mais objetivo possível, com poucas fotos, mas não sei fazer isso. Fotos por si só contam histórias, então botei muita foto aqui também ::hãã2::

 

[t3]1 - Planejamento[/t3]

 

Como disse, foram seis meses de pesquisa e considero esta fase indispensável. Fiz uma curta viagem pela América do Sul no meio do ano e não tivemos tempo para planejamento. A consequência disso é que tivemos um bocado de perrengues. Já na nossa viagem de lua de mel não poderia haver espaço para muitos aborrecimentos, afinal, o foco é ter uma experiência que deixe saudades. E posso dizer que tudo deu certo, tivemos um aborrecimento que relatarei mais a frente e conseguimos cumprir uns 80 % do planejado.

 

Ficou corrido (e muitos aqui avisaram que ficaria), mas eu precisava passar pela experiência para saber. E não me arrependo. Na primeira viagem intercontinental você não conhece ainda seu perfil de viajante, então fica difícil saber exatamente como distribuir o roteiro. Uma pergunta muito comum aqui é "quantos dias no lugar x". Pra responder a isso você precisa responder a diversas outras perguntas. Então nossa estratégia foi ficar um número mínimo de dias em cada cidade, que chamarei de "base" e procurar conhecer os arredores. Este número mínimo foi de 3 dias, com algumas exceções. Fizemos bastantes daytrips e houve muitos deslocamentos, mas uns 90 % deles de trem, tentando evitar o estresse de chegar muito cedo para check-in e demorar para pegar bagagem.

 

Digo que não me arrependo de ser tão corrido porque se você passou rapidamente por um lugar legal e não o aproveitou, sempre poderá voltar. Mas ruim mesmo é você ficar vários dias num lugar não tão legal, desperdiçando tempo valioso de viagem e não ter alternativas. Foi o caso de Roma, 3 dias teriam sido suficientes (foram 3, mas apenas 2 deles completos, depois explico).

 

O perfil de nossa viagem não foi mochilão, mas também não foi luxuosa. Diria que foi uma "mochilinha", mesmo porque eu literalmente carreguei uma nas costas a viagem inteira. Procuramos sempre quartos duplos, com banheiro privado, tendo por foco boa localização (segura, próxima de metrôs, restaurantes e supermercados), limpos e com preços razoavelmente acessíveis. Organizava os hoteis por nota de usuário e os filtrava por faixa de preço, sempre abaixo dos 100 euros diários.

 

Mudamos o roteiro inúmeras vezes, pois conforme você vai pesquisando, descobre que outros lugares te seduzem mais e outros não mais parecem ser tão prioritários. Um grande erro que tivemos foi reservar logo a passagem com 6 meses de antecedência. Isso aconteceu porque ficamos com medo do preço disparar, ainda mais porque o euro estava barato na época. Mas por outro lado perdemos não só várias oportunidades de promoção, como a flexibilidade de poder mudar datas e lugares. O mesmo aconteceu com alguns hoteis, reservamos e ficamos engessados. Mas como tudo há prós e contras, tivemos a conveniência de contar com algumas verdadeiras pechinchas. O segredo de reservar hotel é pegar aqueles com cancelamento grátis, especialmente se você reserva pelo site Booking, que foi o nosso caso.

 

Reservamos com antecedência todos os deslocamentos entre cidades. Creio que isto seja essencial para quem quer economizar, pois na maioria das vezes há descontos enormes. Na Itália cheguei a viajar por 22 euros na tarifa "mini" o trecho Nápoles-Florença, ao passo que um sujeito do meu lado estava com o bilhete "Nápoles-Roma", ou seja, mais curto, por 90 euros ! Não sei a que se deve esta diferença, pois a mini supostamente seria no máximo 60 % mais barata, mas veja como a economia foi grande. Na França, da mesma forma, você economiza reservando antes. Mas o pulo do gato é entrar no site em francês. Pois os malandros não deixam você comprar com antecedência no site em inglês.

 

Falando em línguas, aproveitei que tenho gosto por aprender línguas novas e resolvi aprender italiano e francês por conta própria. Para saber mais, veja a parte oculta. Caso contrário, siga adiante.

 

[mostrar-esconder]Comecei o italiano pelo Berlitz (italiano passo a passo) e pelo Rosetta Stone e dediquei uns 3 meses a isso. O estudo não foi muito regular, era quando eu tinha tempo. No terceiro mês comecei a pegar o francês em paralelo. Bem, não gostei do Rosetta. É bom como pontapé inicial, mas depois você vê que o aprendizado não evolui pela deficiência do método - não há contexto mas, sim, muita repetição. O Berlitz é melhor, te dá estruturas gramaticais aos poucos e os diálogos são mais divertidos, além de focar mais em palavras mais usadas no dia-a-dia, mas possui a inconveniência de não ter áudio.

 

Um amigo meu me falou do Assimil, método que tem por premissas o aprendizado intuitivo da língua através de lições diárias assimiladas aos poucos, com textos divertidos acompanhados por áudio. Achei o melhor método. Meu aprendizado de italiano melhorou muito e já conseguia ler o "Corriere de la Sera", jornal italiano, sem muita dificuldade e o francês, embora mais deficiente, dava pra entender alguma coisa do "Le Figaro", jornal francês. No pouco tempo que tive para estudar, foi o suficiente para ter conversas intermediárias em italiano e ler grande parte de textos. Em francês eu conseguia entender uns 80 % do que era falado devagar e uns 30 % quando falado rápido. Tinha dificuldade pra me expressar, mas o suficiente pra pedir informação. Conseguia ler o suficiente pra me virar.[/mostrar-esconder]

 

Considero o aprendizado de línguas algo que não é indispensável, mas muito importante. Muita gente fala que você se vira só com o inglês e isso é parcialmente verdade. De fato, muitos falam inglês. Mas nem todos falam bem o suficiente. Nem todos sabem falar ao menos o mínimo. E o principal, nem todos querem falar. Você está visitando a casa dos outros, não pode esperar os outros se adaptem a você. Por muitas vezes estivemos em situações específicas que ou você falava a língua local ou teria que perder tempo caçando alguém que fale inglês. E esse tempo perdido pode ser a diferença entre pegar aquele trem que você quer, ou visitar a atração que você gostaria. Por fim, o tratamento é outro quando as pessoas te vêem se esforçando para falar a língua deles. Muito se fala aqui da antipatia dos franceses, mas foram raras as vezes em que tivemos problemas com isso. A maioria foi simpática e prestativa. E olha que meu francês é bem basicão, não tive tempo de aprender a me comunicar direito.

 

Voltando a falar do planejamento, evitamos inúmeros problemas com isso e principalmente, economizamos tempo e dinheiro. Mas nem tudo são flores. É preciso tomar cuidado com o extremo oposto, o "overplanning". Você querer colocar data e hora pra tudo e se obrigar a seguir. A ideia de se planejar é te dar opções que talvez você não saberia que existem na hora, não restringí-las. Creio que o roteiro ideal seja o aberto à flexibilidade, mas que você saiba o que está fazendo ao escolher.

 

Trabalhamos com orçamento relativamente apertado, por razões particulares não poderei entrar em detalhes. Mas posso adiantar que praticamente nenhuma hospedagem passou dos 100 euros e tudo que podia gerar economia foi reservado com antecedência. Alimentação pro casal creio ter ficado entre 30 e 50 euros diários, com muitas idas ao supermercado, fast foods e, vez ou outra, restaurantes baratos. Supermercado é a grande jogada, de modo que recomendo reservar ao menos algo com frigobar. Ideal mesmo é pelo menos frigobar e microondas e, se você puder pagar, um apartamento com cozinha. Tudo lá é caro (e muitas vezes mal servido) e comprando no supermercado sai muito mais barato.

 

Darei mais dicas específicas ao longo do relato. Vamos ao cronograma:

 

Perdemos dois dias inteiros em Paris por causa de deslocamentos durante o dia e pelas compras de presentes e acabamos não indo a Versailles por conta disso. Também não conseguimos fazer a excursão Chambord-Cheverny no dia 16, mas no lugar tivemos uma ótima tarde em Amboise.

 

Legenda: daytrip significa viagem de ida e volta no mesmo dia. Stopover significa parada em algo no caminho, enquanto nos deslocávamos para a cidade de destino.

 

[t3]2 - Cronograma[/t3]

 

23/09 – Chegada em Lisboa às 12h

24/09 – Lisboa

25/09 – Chegada em Veneza às 12h

26/09 – Veneza

27/09 – Chegada em Roma às 11h

28/09 – Roma

29/09 – Roma (Vaticano)

30/09 – Chegada em Sant’agnello às 11h. Ida para Herculano

1/10 – Costa Amalfitana (Amalfi e Ravello)

2/10 – Capri e Sorrento

3/10 – Pompeia e chegada em Florença (noite)

4/10 – Florença

5/10 – Daytrip Siena e San Gimignano

6/10 – Stopover Pisa e chegada em Levanto às 15h

7/10 – Daytrip Lucca

8/10 – Cinque Terre

9/10 – Stopover Milão, chegada em Paris (noite)

10/10 – Paris dia 1 (Cluny, Pantheon, Quartier Latin, Saint Germain)

11/10 – Paris dia 2 (L’invalides, Escola Militar, Campo de Marte, Torre Eiffel (só por baixo)

12/10 – Paris dia 3 (Notre Dame, St Chapelle, Conciergerie, Marais)

13/10 – Paris dia 4 (Louvre, Tuleries, Concorde, Champs-Élysées, Arco do Triunfo (só por baixo)

14/10 – Paris dia 5 (D’orsay, L’orangerie, Pont Alexandre III, passeio de barco

15/10 – Tours (Vale do Loire) – excursão para Villandry e Azay le Rideau, ida para Chenonceau por conta própria

16/10 – Amboise (Vale do Loire)

17/10 – Paris – Shopping Place d’Italie, compras de presentes

18/10 – Paris (Opera e Montmartre – Sacre Coeur, Dali, Place du Tertre)

19/10 – Estrasburgo

20/10 – Paris - Republique, Compras de dia, passeio pelas margens do Sena de noite. Volta para o Rio de Janeiro de madrugada

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[t3]3 - A chegada na Europa - Lisboa, dia 1[/t3]

 

Começo falando da viagem de avião. Fomos pela TAP. Na sua frente há uma tela interativa, que te dá várias opções de filmes, jogos e outras coisas. Minha esposa tem intolerância à lactose, pediu refeição especial e um item veio errado. Quem tiver restrições alimentares, cuidado, confira bem a sua comida.

 

Chegamos em Lisboa às 12h. A imigração foi tranqüila, a fiscal só perguntou até que dia ficaríamos e em qual hotel. Não durou 1 minuto, creio. Também demos sorte ao pegarmos as malas, foi tudo bem rápido.

 

Saindo do aeroporto até fazer o check-in, tivemos uma série de más impressões dos lisboetas. Fomos atendidos com desdém pela funcionária da loja de revistas, quando fomos comprar um cartão telefônico e pelo funcionário do transfer do hotel. Estamos encurtando a história para poupar esta parte chata, mas tivemos vários outros problemas com esse povo mais à frente.

 

Fomos até a parada de ônibus para pegar o 25, ônibus que nos levaria ao Oceanário. O ônibus é bem moderno. Você não dá o dinheiro na mão do motorista, deixa num suporte que fica ao lado dele.

 

Descemos na Estação Oriente. Entramos no Centro Comercial Vasco da Gama, um shopping local, em busca de um lugar para comer. Lá fizemos a pior refeição de nossa viagem, uma das piores de nossas vidas. Fiquei mal por muito tempo depois de lá, sentindo grande mal estar e cansaço, mesmo sem ainda ter feito quase nada.

 

Fomos em direção ao Oceanário. Havia a opção de ir pro Oceanário apenas ou pegar uma mostra com tartarugas por mais 3 euros por pessoa, opção que escolhemos. A parte das tartarugas descobrimos ser um roubo, uma “puta falta de sacanagem”. É um pequeno lugar que mais mostra desenhos de tartarugas. Vimos UMA no aquário e só. FDPs.

 

A seguir, uns vídeos que fizemos lá dentro. Mal tiramos fotos, pois a câmera de minha esposa estava sem bateria e eu ainda ia comprar a minha, de modo que por muito tempo ficamos só com a filmadora.

 

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Eu ainda estava passando mal e não aproveitei tanto, mas minha esposa gostou do Oceanário. De lá, pegamos o teleférico ida e volta. Não costumo ter medo de altura, mas tive. O treco balançava e fazia um barulho estranho ao passar por cada poste que o sustenta. Achei pouco seguro. Fomos sozinhos nele. A vista é interessante, mas nada deslumbrante.

 

 

O Parque das Nações é bem agradável. Se pudéssemos, teríamos passado mais tempo lá. Mas eu ainda estava passando mal e tinha que ir até a Pixmania comprar uma câmera que eu queria (Canon S95) que, segundo o site, estava em estoque. Tentamos ir de metrô. A estação é meio caótica, cheia de máquinas vendendo bilhetes e nenhum funcionário pra ajudar. Não sabíamos qual tipo de bilhete comprar. Pedimos ajuda a uma portuguesa, que foi até interessada, mas também se enrolou. Pra piorar, a máquina que tentamos estava recusando as notas, embora não aparecesse aviso de que tinha defeito.

 

Quase desistimos, mas tentamos mais uma vez. Dessa vez deu tudo certo. Não chega a ser difícil, você precisa comprar um cartão e carregá-lo com as viagens desejadas. O problema era não ter nenhum funcionário por perto pra dizer que necessariamente tinha que ser assim.

 

Pegamos o metrô. Não foi difícil andar nele. Saltamos numa estação e não sabíamos qual saída deveríamos pegar. Pedimos informação a duas portuguesas. Custamos novamente a entender aquele sotaque horrível, mas conseguimos entender que uma outra estação nos deixaria mais próximos do local.

 

Dali veio a decepção. Apesar do site dizer que havia a câmera em estoque, não havia mais. Fomos lá à toa, já mortos de cansaço. Passamos na FNAC e compramos a câmera, apesar de pagar mais caro. Acabamos perdendo a hora, pois nosso último ônibus saía às 21h e já passava deste horário. Pedimos um taxi, já preocupados de que a corrida fosse caríssima. Quase tomamos um susto quando o taxista disse que sairia por volta de 7 ou 8 euros. Luciana até perguntou de novo, achando que tinha entendido errado. Mas era isso mesmo. Demos sorte de pegarmos um taxista honesto e tranqüilo, o que não ocorreu na nossa ida ao aeroporto.

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[t3]4 - Lisboa, dia 2[/t3]

 

Chegamos a Belém. Começamos pelo Mosteiro dos Jerônimos. Bonito, mas não resolvemos entrar, só tiramos fotos na entrada. Fomos em direção ao Padrão dos Descobrimentos. Passamos antes por uma pracinha bem agradável, onde paramos para fotos e um descanso. Chegamos ao Padrão dos Descobrimentos, um monumento com vista panorâmica, nas margens do rio Tejo. Valeu a pena, por apenas 2,50 euros subimos de elevador e tivemos uma vista legal da cidade.

 

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Descemos, partindo em busca da Torre de Belém. Pedimos informação a uma portuguesa, que nos indicou a direção errada. Mais tarde nos lembraríamos que a Torre era pertinho do Mosteiro dos Jerônimos, não havia o que errar. Cansados de procurar, resolvemos voltar e ir num restaurante indicado por alguém do Fórum Mochileiros, o restaurante Espaço Camões. Boa indicação, comemos um Robalo e um Salmão, ambos bem temperados e gostosos, acompanhados de legumes e um dos poucos sucos de laranja realmente naturais na Europa. Dispensamos o pãozinho oferecido para não pagarmos a mais, como sugerido. A conta veio barata, algo inferior a 20 euros para o casal, se não me engano.

 

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De lá, na mesma rua, fomos na famosa Pastelaria de Belém. Pegamos o 28 e saltamos em Estrela, onde pelo Google Maps estaríamos a uma curta caminhada do 28 elétrico, um bondinho das antigas que faz um trajeto bem turístico. Bem, Google Maps pregou uma das inúmeras peças (mais estaria por vir), pois a rota era uma subida interminável. Chegamos lá mortos de cansaço. Visitamos uma igreja, a Catedral da Estrela, onde havia acabado de acontecer um casamento. Em frente, pegamos o 28 elétrico lotadíssimo. Por isso não chegou a ser uma viagem agradável.

 

Andamos até a Catedral da Sé e dali pegamos mais uma subidinha pro Castelo de São Jorge. Já mortos, destruídos, finalmente chegamos. Não tem nada de castelo, mas é legal ainda assim. Basicamente é um parque murado, com lindas vistas.

 

Praça do Comércio, vista do Castelo.

 

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Ponte do Castelo:

 

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No dia seguinte pedimos um taxi e tivemos um aborrecimento, falo com mais detalhes desta parte chata no blog. Assim termina nossa experiência em Lisboa, cidade bonita, com um bom balanço entre história e modernidade, mas com um povo que ainda pensa que é metrópole e nós somos colônia.

 

Dicas de Lisboa:

 

- Procure se hospedar perto do centro histórico e de uma estação de metrô. O táxi até lá não é tão caro. Fica mais caro ficar perto do aeroporto, como eu fiquei, pois a área não é considerada Lisboa. A cidade é das mais baratas da Europa pra se comer e se hospedar.

 

- Não pense que você está seguro de "falar português". O português de lá é quase uma língua à parte e há várias palavras que possuem significados diferentes. Compre um guia de turismo de lá, geralmente no final vem uma parte destacando estas diferenças.

 

- tanto o transporte público quanto o taxi são baratos. Os ônibus e metrôs são bem conservados e respeitam horários, recomendo imprimir o mapa do metrô e os horários e pontos das linhas de ônibus que irá usar. Você os consegue no site http://www.carris.pt

 

[t3]5 - Veneza dia 1[/t3]

 

A chegada ao aeroporto de Veneza foi caótica. Tínhamos que pegar os bilhetes do vaporetto pass e Alilaguna, ambos reservados com antecedência. Pedimos informação a um guarda, que falava italiano meio pra dentro, mas deu pra ter uma noção de onde era. No guichê do Vaporetto Pass um funcionário nos recebeu em seu inglês macarrônico e conseguimos resgatar o passe, mas não entendemos bem onde pegaríamos os bilhetes do Alilaguna, o transfer do aeroporto pra ilha Veneza-Lido.

 

Rodamos pra lá e pra cá várias vezes, até finalmente entendermos que deveríamos percorrer um longo corredor bem afastado do saguão do aeroporto para acharmos a bilheteria. Tudo é mal sinalizado, daí a confusão. Após pegarmos o bilhete e validarmos, mais confusão. Ficamos numa estação lotada de turistas perdidos, sem saber se estávamos no lugar certo. Mas estávamos. Pegamos o barquinho, que por algum motivo foi bemmm devagar.

 

Chegamos em Lido. A ilha é bonitinha e arrumada. Estávamos mortos de fome, então comemos no primeiro restaurante que vimos. Comida horrível e cara. Ali descobrimos que os sucos da Europa em geral são artificiais e horríveis. Não tivemos problemas com o atendimento.

 

Saímos pra conhecer Veneza, pegando o vaporetto pela primeira vez. É agradável andar nele. Saltamos na Piazza San Marco e começamos a andar. Veneza é muito linda e charmosa. A Piazza San Marco é fantástica, cheia de vida, pessoas deslumbradas e muitos pombos.

 

Vídeo do início da Praça, com o Palazzo Ducale à direita, à esquerda o Campanário e, em frente, a lindíssima Basílica de San Marco.

 

 

Restaurante tocando “Brasileirinho” e uma breve vista da Praça, com seus inúmeros pombos.

 

 

Andamos sem rumo pelas ruelas, parando para ver as gôndolas

 

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Andamos bastante sem rumo, até chegar a hora de irmos embora.

 

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De lá, sabia que deveríamos pegar a linha 1 ou 2 para voltarmos ao hotel, só não sabia exatamente a direção. Meu mapa estava em preto e branco, de modo que havia uma confusão das linhas. É fortemente recomendado imprimir um mapa colorido. Além do mais, demoramos a entender como funcionava o sistema de identificação das linhas na estação. Após uma estação, percebi que pegamos o vaporetto na direção errada, na direção em que percorreríamos o Grande Canal. Mas foi um erro muito bem vindo, pois aproveitamos o passeio. Demos a volta por todo o canal e saltamos novamente na Piazza San Marco, onde pegamos o vaporetto certo para Lido. Com o passe é tudo tranqüilo, pois você pode pegar quantos vaporettos quiser.

 

[t3]Veneza dia 2[/t3]

 

Nesta manhã tínhamos o itinerário secreto do Palácio Ducale reservado para as 10:45, de modo que não poderia haver atrasos. Saímos com antecedência, pegamos o vaporetto. Porém, descobrimos que aquele daria a volta em toda a ilha, em vez de ir direto para o grande canal. Não daria tempo. Ao percebermos isso, estávamos quase do outro lado da ilha, perto de onde se pega o vaporetto pra Murano. Eram mais ou menos 10:15. Minha esposa queria desistir do Ducale. Era uma decisão até racional, pois estávamos num lugar desconhecido, numa ilha onde é normalíssimo as pessoas se perderem. Além do mais, não havia placas e o local era pouco turístico.

 

Mas eu estava obstinado a chegar. Confiei nas referências, pois eu tinha o mapa das linhas do vaporetto, que nos mostrava mais ou menos onde estávamos e a direção aproximada que deveríamos seguir, tendo o rio como referência. Andamos bem rápido e aos poucos as placas começavam a aparecer. Nem todas eram bem indicadas, chegamos a nos perder um pouquinho, mas chegamos ! Havia uma fila imensa. Como tínhamos reserva, fui direto lá pra frente e fui perguntando aos funcionários para onde ir. Foram indicando. Acho que furamos fila “sem querer, querendo”, pois todas as vezes havia uma fila, mas acabamos sendo atendidos imediatamente ao mostrarmos o papel da reserva. Ao chegarmos no pátio, a guia estava terminando uma explicação. 30 segundos depois, começou a visita !

 

Creio que vale a pena a visita. Por apenas 4 euros a mais do que o ingresso normal, não enfrentamos fila, pegamos 1h30 de visita guiada num trajeto que não é acessível para os demais visitantes. Ouvimos explicações interessantes sobre a história do Palácio e de Veneza. Muito também se falou de Casanova, um sujeito que foi preso no Palácio Ducale na época em que Veneza era um estado independente. As histórias sobre ele são interessantíssimas, o cara virou uma espécie de herói popular e tem até um museu sobre sua vida. Não é permitido fotos por todo o itinerário secreto, mas tirei umas roubadas, algumas estão no blog.

 

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O fim da visita ao itinerário secreto já te deixa dentro do Palácio. Fomos conhecer o local, que é interessantíssimo. Lá também não pode tirar fotos, mas é óbvio que tirei mais umas roubadas. Mais imagens no blog.

 

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O lugar é bem bonito, vale a pena. É enorme. Saímos mais ou menos 13h30 porque já estávamos com muita fome. Na saída, ainda pedimos em italiano para um casal tirar fotos, até descobrirmos que eram brasileiros ! Isso se repetiu algumas vezes na viagem. Saímos e fomos andar. Passamos pela Torre Dell’Orologio, muito bonita

 

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Minha esposa ficou louca pelas vitrines, cheias de máscaras bonitas.

 

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Trabalhos em vidro, normalmente vindo de Murano

 

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Achamos um cantinho afastado do corre-corre, onde paramos para comer dois sanduíches e descansar. Andamos mais, tomamos um gelato maravilhoso, atendidos por uma gordinha simpática. Mais tarde descobriríamos que esta era uma das melhores sorveterias da viagem. Continuamos a caminhar, até percebermos que andamos em círculos e paramos no mesmo cantinho, que batizamos de nosso.

 

Passeamos mais um pouco pela cidade e voltamos para a visita à Basílica de São Marco, pois eu havia reservado a entrada por 1 euro cada, o que evitaria fila. Infelizmente eu me confundi, achando que a reserva era pra 16h, mas era pras 15h. Tivemos que enfrentar a fila. Não era nada muito grande na época em que fomos. A Basílica é bem bonita, vale a visita.

 

Fomos pro outro lado do canal, conhecer a Basílica de Santa Maria Della Salute, que rendeu lindas fotos para nós. Lindíssima por fora, provavelmente também era linda por dentro. Na hora que fomos já estava fechada. No rio passava um gondoleiro cantando e em troca provavelmente arrancando muitos euros dos coroas, que olhavam fascinados como crianças.

 

Dali resolvemos andar pelo outro lado do canal. Gostamos muito, é mais vazio e menos turística, mais autêntica. Entramos num beco onde tivemos um daqueles momentos espetaculares de uma viagem. Um violinista sentado num canto escuro tocava a trilha sonora de O Poderoso Chefão. Aquilo se integrou ao ambiente numa harmonia fantástica, a sensação foi indescritível.

 

 

O outro lado do Grande Canal tem seus atrativos, apesar de menos turístico. Em Veneza, até os “caminhões de lixo” são charmosos:

 

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Pegamos um vaporetto voltando para a Piazzale San Marco e andamos mais um pouco pela cidade e voltamos às 18h, com o objetivo de ver o pôr do sol no Campanário. Infelizmente não me lembrei de checar o horário de fechamento e ao chegarmos estava fechado. Tiramos mais umas fotos da beleza que é Veneza ao pôr do sol

 

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Pegamos o vaporetto para voltar para o hotel e tomar um banho, pois já estávamos podres. Tomamos um banho e voltamos pra estação de Lido, para pegarmos o vaporetto #1, que percorre todo o Grande Canal. É bem recomendado, uma boa alternativa ao passeio de gôndola. Você passa por vários pontos turísticos. Passamos pela Ponte Rialto, Ca D’oro, Casino di Venezia, onde parte do filme O Turista foi filmado e muitas outras atrações. Saltamos no último ponto, na Piazzale Roma, que ainda não havíamos conhecido. Já estava tarde e bastante frio, de modo que não demoramos muito lá.

 

Ao voltarmos, ajudamos um casal de turistas americanos totalmente perdidos a chegar na estação Ca D’Oro. Ficamos com pena. O sujeito estava hospedado em Murano, pegou um vaporetto errado e foi parar do outro lado de Veneza. Pegamos nosso vaporetto de volta para o hotel, tiramos mais umas fotos e encerramos nosso dia, já bem tarde.

 

Dicas de Veneza:

 

- nunca se esqueça de validar seus bilhetes, o que é feito numa máquina amarela na entrada. Não vi fiscalização, mas a multa é pesada se pegarem.

 

- Pra mim valeu muito a pena comprar o passe pro Vaporetto (chamado de "Venice Connected"). É muito cômodo pegar na hora que quiser quando estiver cansado e o passeio é bem agradável. Eles passam com bastante frequência. Comprando o passe com antecedência na internet é mais barato, você só precisa ir em um dos guichês listados no site e retirá-lo. O site é esse aqui: http://www.veniceconnected.com/

 

- imprima um mapa colorido dos vaporetto e o estude com antecedência, entendendo como funcionam as linhas. Anote as linhas principais, que são a 1 (percorre todo o canal) e o de Murano (esqueci o número, pois não fomos pra lá).

 

- Se quiser fazer o itinerário secreto, reserve com antecedência pelo site: http://www.museiciviciveneziani.it/?lin=EN . Eu recomendo. O Palazzo Ducale é imperdível.

 

- Não subestime Veneza. O consenso geral no forum é que há pouco o que se ver, geralmente se recomenda 2 ou 3 dias pra lá. Mas Veneza não é pra meramente ver atrações, mas pra curtir com calma o charme do lugar.

 

- Leve o mapa mais detalhado possível e não confie no seu GPS, nem sempre funciona bem lá. Evite reservar hoteis em locais meio escondidos, pois você pode ter dificuldade de chegar lá com malas, desviando da multidão andando pelas ruas estreitas.

 

- Recomendo chegar a Veneza de trem, não de avião. A estação de trem fica dentro da cidade, é tudo mais cômodo. Aliás, recomendo evitar pegar avião na Itália, os aeroportos não são bons e os funcionários não tomam cuidado com as malas.

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[t3]Roma, dia 1[/t3]

 

Chegamos em Roma por volta de 9h30. Esperamos um bom tempo até pegarmos as malas, pois o aeroporto concentra as bagagens de vários vôos diferentes numa mesma esteira. Partimos em busca do Sitabus, o ônibus que parte do aeroporto e para na Piazza Cavour e Termini. Pegamos um engarrafamento grande, demorou para chegar. Saltamos na primeira estação e andamos um bom pedaço até o hotel.

 

Fizemos o check-in sem problemas, atendidos por uma funcionária bem simpática. Saímos para comer no Burguer King, pertinho do hotel e depois voltamos para nosso quarto, de onde não saímos mais o dia todo. Estávamos cansados demais pelo fato de acordarmos muito cedo e estarmos com cansaço acumulado dos outros dias. Tiramos um tempinho para nós.

 

[t3]Roma, dia 2[/t3]

 

No dia seguinte tivemos que alterar o roteiro original para podermos ver ao menos algumas das principais atrações de Roma. Naturalmente, acabou ficando um pouco corrido. Fomos para a estação de metrô comprar o Roma Pass e já o utilizamos para pegar o metrô até a Galleria Borghese, reservada para às 9 da manhã. Usamos o GPS para nos orientarmos na Villa Borghese, enorme parque onde está situado o museu e se não fosse por isso teria sido um pouco difícil, já que a sinalização é muito ruim a partir da estação Piazza di Spagna, onde havíamos saltado.

 

No papel da reserva faziam um terrorismo de que você tinha que chegar meia hora antes para resgatar seu bilhete ou o perderia, mas o setor mesmo só abriu uns 20 minutos antes e não havia um controle sobre isso. Exigiram que deixássemos nossas coisas na entrada, inclusive câmeras, mas depois descobrimos que se passássemos com a câmera escondida não haveria como descobrissem.

 

O museu é legal, fácil de visitar, pois é bem distribuído e relativamente pequeno em relação aos grandes museus. Vimos várias obras interessantes. Não optamos por alugar áudio-guia, pois era muito caro. Algo entre 5 e 8 euros se não me engano. O tempo de visita foi bem adequado, algo em torno de 2 horas.

 

Chegamos na estação Barberini, pegamos o metrô usando o Roma Pass e saltamos na Termini, onde fomos conhecer o Coliseu. Gostamos de lá, é realmente impressionante.

 

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Saímos de lá, tiramos fotos no Arco de Constantino e partimos em direção ao Fórum. Estávamos com muita sede, mas resistimos à tentação de comprar água a 2 euros. Isso foi essencial, pois dentro do Fórum há fontes com água potável de graça.

 

O Fórum foi um pouco decepcionante, pois está tudo muito destruído. Fica difícil imaginar como era. E o lugar é muito vasto, de modo que nos cansamos muito rapidamente. Estávamos tão cansados e famintos que não conseguimos sequer conhecer o Palatino. Partimos em busca de um lugar para almoçar.

 

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No caminho, passamos pelo Monumento Vittorio Emanuelle, pelo Fórum de Trajano e pela Chiesa Ss. Nome di Maria. Por todo esse tempo tudo o que vimos foram quiosques que cobravam preços exorbitantes e nos recusamos a ficar por lá. Andamos um pouco mais e achamos um restaurante.

 

Continuamos andando, passando pelo Palazzo Barberini, já um pouco perdidos, até que por acaso chegamos a algo que descrevi parecer um monumento deslumbrante. Ao nos aproximarmos, constatamos que era a Fontana de Trevi. De fato, maravilhosa. Um dos pontos mais bonitos da cidade.

 

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Ficamos ali por um tempo curtindo o local, abarrotado de turistas e de indianos chatíssimos que se ofereciam “gentilmente”para todos os turistas para tirarem fotos deles. Obviamente, nada é de graça e recusamos. Minha esposa cumpriu o protocolo e jogou uma moedinha de 2 centavos, que renderá 2 milhões de euros no futuro, quando o desejo for realizado. Saímos de lá e passamos pela Piazza Barberini. Em seguida, chegamos ao Pantheon. Muito bonita a igreja, imponente. A Piazza della Rotonda, onde fica o Pantheon, também é legal.

 

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Em seguida, caminhamos mais e paramos na Piazza Navona. Bonita, com uma fonte bem legal, a Fontana dei Quattro Fiumi. Lá um sujeito tocava com muito talento sucessos do rock, como Dire Straits e Eric Clapton, dando um toque especial ao local. Nesta mesma praça está a embaixada brasileira.

 

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Resolvemos voltar para a Fontana de Trevi, pois é perto da estação de metrô e seria legal revê-la de noite. Foi uma boa experiência, é iluminada e cheia de vida.

 

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Saímos, fizemos uma parada rápida na Fontana del Tritone e voltamos pro hotel, podres de cansaço.

 

[t3]Roma, dia 3 (Vaticano)[/t3]

 

Logo pela manhã, às 9:45, fomos para a visita às escavações, passeio à parte, que precisa ser reservado com muita antecedência. É bem legal, o guia te explica muito sobre a história do local. Não é possível tirar fotos, mas tirei umas roubadas. 90 % ficaram horríveis. Numa sala havia túmulos de povos pagãos, com o local devidamente decorado por eles. Teria vindo dali a inspiração para a nossa bandeira ? Note a semelhança

 

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A visita termina dentro da Basílica de São Pedro, o que te poupa filas absurdas. A basílica é bem bonita, creio ser a igreja mais bonita de Roma.

 

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Resolvemos subir a cúpula, experiência da qual nos arrependemos muito. Na fila para comprar os ingressos havia lindos mosaicos ilustrando fatos bíblicos. Mesmo optando pelo elevador, você ainda tem muitos degraus pra subir. Uma escadaria estreita e muito mal ventilada, abarrotada de pessoas. Não recomendo. A vista não vale isso tudo.

 

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Praça do Vaticano

 

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Acabamos perdendo mais tempo na subida à cúpula do que imaginávamos e ainda estávamos mortos de fome. Voltamos para o hotel para comermos algo (era relativamente perto). Havíamos reservado o Museu do Vaticano para 13:30, mas chegamos só 14:30. Não houve problemas, o fiscal sequer olhou para o bilhete, apenas passou o leitor de código de barras. O museu é bem legal, mas é muito grande e as obras estão muito condensadas. Você fica meio perdido, sem saber o que ver. Alugamos áudio-guia, mas não ajudou muito. O museu é imenso.

 

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Chegamos já mortos de cansaço na Capela Sistina. Lá é proibido tirar fotos mesmo sem flash. Os fiscais ficam o tempo todo falando “no flash, no photo” enchendo o saco. Mas é claro que eu não sairia de lá sem essa recordação.

 

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Me senti um pouco decepcionado, pois é menor do que imaginávamos em termos de extensão e o teto é muito alto. Você enxerga com muito menos nitidez do que nos livros. Além de lotadíssima, não pode tirar fotos. Já estávamos tão cansados que acabamos não ficando por ali. Já estava tarde para ir ao Castelo di Sant’Angelo. Voltamos para o hotel e assim termina nosso passeio em Roma, pois o dia seguinte era de acordar cedo.

 

Dicas de Roma:

 

- Reserve o ufficio Scavii com muitos meses de antecedência. Não é difícil. As instruções estão no site http://www.vatican.va/roman_curia/institutions_connected/uffscavi/documents/rc_ic_uffscavi_doc_gen-information_20040112_en.html . Pode escrever em inglês mesmo. Vale não só pelo passeio, mas pra evitar as filas da Basílica de São Pedro. Não recomendo o passeio se você for claustrofóbico ou se tiver problemas com lugares muito abafados.

 

- Roma Pass normalmente vale a pena, não só pelas duas atrações gratuitas e descontos nas demais, como pelo transporte público gratuito. Não é ruim como dizem, andamos de metrô numa boa por lá. Nada que quem more por aqui já não tenha visto. O site do Roma Pass é esse aqui http://www.romapass.it

 

- Da mesma forma que Veneza, recomendo chegar a Roma de trem, pois a estação é bem central.

 

- A cidade é fácil de se andar a pé, as atrações estão todas próximas umas das outras. Por isso, não se prenda a hospedagem em Termini. Ficamos perto do Vaticano e foi muito tranquilo. Trastevere também parece uma opção legal, mas tem a desvantagem de não ter metrôs por perto.

 

- comer na Itália é pra quem gosta e pode comer massas. Fugiu disso, se prepare para pagar caro. Mas se ficar só nas massas você gasta bem pouco, normalmente enchendo a pança por menos de 15 euros por pessoa, bebida incluída.

 

- o Forum romano é imenso, não tente ver tudo. Nem sei se valeria mesmo a pena, pois depois de um tempo tudo parece muito igual. Igualmente destruído. E olha que sou apaixonado por história.

 

- Em Roma há várias fontes com água mineral potável, então carregue sempre uma garrafinha com você. Se não achá-las, compre no supermercado, pois agua nos quiosques são caras demais, como falei.

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[t3]Sul da Itália - Herculano[/t3]

 

O trem para Nápoles estava marcado para 7:30. Na estação houve alguma confusão para saber se deveríamos trocar o papel reservado pela internet por um bilhete ou não. Já imaginava que não seria necessário, mas como era a primeira viagem, queria confirmar. Ninguém sabia dar a informação, nem mesmo alguns funcionários. Até que finalmente conseguimos falar com um fiscal que nos orientou a apenas mostrar o papel para o fiscal, quando solicitado. Entramos no trem.

 

A viagem transcorreu sem problemas e sem atrasos. Na estação de Nápoles, um pouco mais de confusão. Não sabíamos exatamente onde comprar o ticket Artecard Plus "tutta la regione 3 days", que dá direito a duas atrações grátis (das quais escolhemos Herculano e Pompéia) além de transporte público gratuito em toda a região da Campania por 3 dias. Mais tarde descobrimos que não é bem assim, os ônibus de Sorrento não estão incluídos no passe, apesar de ser transporte público na região. Acabamos achando o escritório de turismo, que estava fechado. A funcionária abriu com algum atraso, o que nos custou a perda do próximo trem direto. Compramos o bilhete e meia hora depois conseguimos pegar o caído trem da Circumvesuviana, em direção a Sorrento.

 

Passamos por um grande perrengue. Apesar de estarmos na mesma plataforma (chamada “binário” em italiano) indicada pelo painel, veio um trem escrito “baiano” na frente. Pegamos o trem. Após olhar o painel de linhas, vimos que “baiano” não era a nossa linha.

 

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Pensamos, “fodeu”. Perguntei a um senhor, que nos disse que o trem ia pra Sorrento mesmo. Que alívio.

 

Saltamos na nossa estação em Sant’agnello, cidadezinha bem próxima de Sorrento. Fizemos o check-in no hotel, recebidos por Paolo, funcionário simpático até demais, beirando à artificialidade. Também pensei que ele poderia simplesmente ser bicha. Mas nos deu todas as orientações que precisamos e nos indicou um restaurante, onde fomos almoçar, além de uma companhia de turismo que agendava a excursão para a Costa Amalfitana.

 

Normalmente não aceitaria indicações de restaurantes vindas de donos de hotel, pois sempre há um conchavo. Abrimos exceção, pois os reviews no Booking diziam que o funcionário deu ótimas recomendações. Bem, descobrimos que este hotel não fugia a regra. O restaurante recomendado era ruim, atendimento seco e demorado, comida sem tempero e que não chegava a ser bem barata.

 

Reservamos nosso passeio para a Costa Amalfitana e resolvemos pegar o trem para Herculano. Apesar de estarmos com o passe, nao havia máquinas para passá-lo, o fiscal mandou seguir direto para a plataforma. É meio bagunçado assim mesmo e creio que muita gente pega trem de graça por ali. Pegamos o trem. O vinho do almoço e o fato de termos dormido pouco no dia anterior nos deu uma grande indisposição, ficamos com um sono exagerado. Mesmo assim, deu pra aproveitar o passeio.

 

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Entramos em casas com afrescos, colunas e esculturas. Em uma delas havia um fóssil com esqueletos de um casal de aproximadamente 20 anos e um jovem de 15 anos, na posição em que morreram, abraçados, protegendo as cabeças e os rostos com as mãos. Os pisos das casas estavam bem conservados.

 

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Nosso passeio não foi com guia, mas, segundo um que estava oferecendo os seus serviços no local, calcula-se que tenha sobrado apenas um quarto da cidade após a erupção do vulcão Vesuvio. As ruínas de Herculano estão muito bem conservadas porque a cidade foi soterrada predominantemente por magma, e não por cinzas, como Pompéia.

 

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As ruínas são legais e é uma visita relativamente rápida, em poucas horas é suficiente. Mas a cidade em si é feia demais e tem pouca estrutura, em plena sexta de tarde o comércio estava quase todo fechado e mal conseguimos achar um gelatto.

 

Dicas:

 

- Logo na saída da estação de trem, há uma van oferecendo transporte por 3 euros para as ruínas. NÃO PEGUE ! É o maior roubo que já vi. Pra chegar lá, você apenas segue em frente por 500 metros e chegou. Quase pegamos a van e o pior, quase a seguimos, quando vimos que ela dobrou numa outra rua. Mais tarde descobrimos que ela faz isso pra enganar turistas otários, que teriam a impressão de rodarem muito e acharem que a van valeu a pena. Por sorte resolvemos pedir informação e fomos andando até lá.

 

- evite programar deslocamentos bem cedo. Na teoria é lindo, você fica com o resto do dia pra "aproveitar". Mas na prática você já vai estar cansadíssimo, doido pra dormir mais, mas está com aquela obrigação de acordar algumas horas antes pra uma viagem que já é bem cedo. Viaje sempre no fim do dia, via de regra você pode deixar as malas no hotel em que ficou hospedado após o checkout.

 

- via de regra, não confie em indicações de donos de hotel quando o assunto diz respeito a coisas que envolvam grana (restaurantes, excursões, etc). Quase sempre há conchavo. Sabíamos disso, achamos que a boa reputação do staff do hotel garantiria uma exceção, mas não houve.

 

- Vale muito a pena comprar o Artecard Plus se você pretende visitar dois sítios arqueológicos (no nosso caso, Pompeia e Herculano, mas há outros). Pois você pode viajar à vontade de trem durante o período de validade do passe, que teoricamente é de 3 dias, mas pra nós durou 4. Você pega informações no site http://www.artecard.it/ clicando na parte superior, onde está escrito "tutta la regione 3 days". Não vale a pena comprar antes, você pode comprar na hora no centro de turismo, dentro da estação Napoli Centrale.

 

- definitivamente não vale a pena se hospedar em Nápoles. A cidade é suja e meio ameaçadora. Nada que um carioca não tenha visto antes, mas você pode evitar isso se hospedando em Sorrento, excelente base pra se conhecer o local. Nós ficamos em Sant'Agnello, ali pertinho, também recomendo.

 

- pedir informações no sul da Itália não é muito fácil. Tirando lugares muito turísticos como a Costa Amalfitana e Capri, poucas pessoas falavam inglês e o italiano deles é diferente, creio que falam algum tipo de dialeto. Leve o máximo de informações que puder, como mapas bem detalhados, horários de atrações, onde e como comprá-las. Você pode obter os horários dos trens da Circumvesuviana aqui: http://www.vesuviana.it/web/en/Orari

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[t3]Sul da Itália - Costa Amalfitana e o belo pôr do sol de Sant'Agnello[/t3]

 

Hoje era o dia da excursão que reservamos pela Costa Amalfitana, chamada “Amalfi Drive”. Paradas em Amalfi e Ravello, passagem por Positano, Conca dei Marini, Scalla, Maiori e Minori. Seguimos pela estradinha

 

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e passamos por essa maravilha da natureza, uma formação natural que parece uma santa com um buquê

 

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E o ônibus parou numa lojinha de trabalho em cerâmica, onde havia um café. Seguimos viagem e já avistávamos Amalfi de longe, até que chegamos. Lá, estava programado um passeio de barco a 10 euros. No caminho para o barco tive uma breve conversa com uma senhora americana, mas acabamos tendo que sentar em lugares diferentes.

 

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Entramos numa gruta, onde o mar tinha uma coloração toda especial

 

 

Foi legal poder ver a Costa pelo mar, mas a claridade causou enxaqueca em minha esposa, que havia esquecido os óculos escuros. As enxaquecas dela são fortíssimas e quase tivemos que voltar para casa. Achamos uma farmácia, onde compramos um remédio para o “mal di testa”, que é dor de cabeça em italiano. O problema é que esquecemos de trazer todos os remédios na mochila, algo que acabamos aprendendo ser essencial de dar atenção. Com isso, mal podemos dizer que conhecemos Amalfi, pois esperamos o resto da parada dentro do ônibus. Até deu pra tirar umas fotos bonitas, como dessa bonita igreja:

 

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O passeio continua, desta vez em direção a um restaurante em Scala, uma cidadezinha próxima. Já pensamos que a conta seria os olhos da cara. O restaurante até que era legal, tinha uma boa vista de cima da montanha. O restaurante era meio bagunçado. Meu prato veio errado, mas comi mesmo assim, era uma opção que eu também comeria. Possivelmente a conta também veio, pois com duas saladas, duas massas, um peixe e duas bebidas a conta veio 26 euros para o casal. Que bom :).

 

Voltamos ao ônibus e a próxima parada era Ravello. A cidade é bonitinha, mas os horários determinados pela excursão fizeram com que não pudéssemos explorá-la muito.

 

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Assim terminou o passeio para a Costa Amalfitana e suas vistas espetaculares. Andamos até um ponto de observação em Sant’agnello, para ver o pôr do sol. Vimos um casamento acontecendo numa igrejinha próxima e a praça era rodeada de árvores com suas folhas de outono. A vista do pôr do sol foi realmente espetacular, uma atração à parte

 

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Houve várias tentativas frustradas de tirarmos fotos nossas com o pôr do sol ao fundo, mas não só era difícil de enquadrar, como ainda não sabíamos como clarear áreas da figura. Mais tarde, lendo um ótimo livro de fotografia, descobri que o nome deste conceito é “exposição” e que é possível tirar fotos criativas assim. Recomendo.

 

Voltamos para o hotel. No Google Maps achei um restaurante na mesma rua do hotel, o Moonlight. Resolvemos arriscar. Simplesmente o melhor da viagem, recomendo fortemente pra quem for se hospedar por lá. Muito barato e comida excelente, atendimento de alto nível e os pratos não demoraram a chegar. Ali tivemos a certeza de que o dono do hotel tem conchavo com o outro restaurante, pois ele certamente sabe que o restaurante da rua do hotel é excelente. Fomos dormir de barriga cheia, bem satisfeitos.

 

[t1]Dicas:[/t1]

 

- pra quem não tem tempo, como eu, a excursão é uma boa opção, apesar de ser meio corrido. Custou 34 euros, de 8 a 17h, contando ainda com o benefício de um guia. Pega pertinho do hotel e te deixa por lá

 

- A Costa Amalfitana foi um ponto difícil no planejamento, pois o acesso não é fácil. O transporte público é horroroso, os ônibus são lotados e pouco frequentes. Alugar um carro a princípio é uma boa opção, pela liberdade de parar para tirar fotos e curtir o tempo que quiser, o local que quiser, mas não há muitos lugares pra se estacionar e a estrada, como puderam ver, é muito estreita. O transfer privado é caríssimo. Taxi ? Nem pensar, custa os olhos da cara. Acabamos fechando a excursão por conta disso.

 

- A Costa é legal, mas gostamos mais de Capri, que proporcionou vistas ainda mais espetaculares, como poderão ver no próximo post. Entre uma e outra, pra quem não tem tempo, escolha Capri.

 

- Tudo lá é caríssimo. Leve lanche e água. E não se esqueça dos remédios, hehe.

 

- procure evitar o sul da Itália no final de outono, especialmente no inverno. No outono chove muito (demos muita sorte de não pegarmos chuva, mas foi pura sorte mesmo). No inverno vários serviços ficam suspensos ou menos frequentes, como horários de ônibus, barcos, etc.

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[t3]Sul da Itália - Capri[/t3]

 

Acordamos um pouco tarde e fomos pegar o ônibus. Descobrimos que o nosso passe que “contemplava todo transporte público na região” não valia para os ônibus. Coisas “culturais” na supostamente tão avançada Europa. Isso depois de pegarmos o ônibus no sentido errado e um motorista com voz de Darth Vader falando em italiano ter nos avisado que era pro outro lado. Pedi informações para uma senhora, que embora muito gentil, falava num sotaque muito difícil de entender. Todos no sul da Itália falam de um modo diferente do resto do país, talvez pelo histórico de diferentes colonizações. Mas foi o suficiente para descobrirmos que deveríamos comprar o bilhete num bar próximo.

 

Pegamos o ônibus certo e saltamos em Sorrento. Paramos num ponto de observação, nos dirigimos ao porto e compramos o ferry boat mais caro, pois os da Caremar, que são os mais baratos, já tinham parado de funcionar pelo horário.

 

Pegamos o barco, que rapidamente encheu. A viagem correu sem problemas. Chegamos na ilha, lotadíssima de turistas.

 

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Já em Capri, avistamos a bilheteria que vendia o passeio ao redor da ilha. Pegamos o barquinho. Foi um ótimo passeio, fortemente recomendado. Vimos esse sujeito admirando a

paisagem

 

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Mas que na verdade era uma estátua. entramos numa gruta cujo nome eu não sei, com uma formação rochosa legal

 

 

e avistamos os Faraglioni, essas duas formações rochosas da esquerda da foto, consideradas um símbolo de Capri.

 

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Passamos por debaixo deles e chegamos a outra gruta, onde um povo nadava. Que inveja, pois nosso barco era versão pobre, não parou pra ninguém nadar. Recomendo um passeio mais longo, com paradas. Parece que há um de 2 horas de duração, que permite isso por um preço um pouco maior.

 

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Optamos por não entrarmos na grotta azzurra por conta do preço alto e pouco tempo, algo em torno de 12 euros por pessoa, por 3 minutos. Esperamos um lonnnngo tempo para que todos os interessados de nosso barco pegassem um barco menor para entrar na gruta, que não comporta muitos ao mesmo tempo. Havia vários barquinhos na espera. Esperamos uns 40 minutos.

 

No final do passeio, compramos 3 bilhetes para cada pessoa: 1 para pegar o funicolare da Marina Grande até Capri, 1 para pegar o ônibus de Capri até Anacapri e 1 para pegar um ônibus, seja de Anacapri até Capri, seja de Anacapri direto até a Marina Grande, o que ainda escolheríamos.

 

Pegamos o funicolare, uma espécie de bondinho. O primeiro que se tem notícia foi inaugurado no monte Vesúvio e deu o nome à famosa música de Pavarotti. Chegamos a Capri e andamos um pouco pela cidade

 

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De lá, pegamos o lotado ônibus para Anacapri. Já no destino, ficamos admirando aquela vista maravilhosa

 

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E paramos para um lanche. Pizza meia boca, mas lanche barato para os padrões da ilha, algo em torno de 15 euros o casal incluída a bebida. Andamos um pouco pela ilha e partimos em busca da entrada para o Monte Solaro. Após andarmos um bocado perdidos, descobrimos que a entrada estava logo ao lado do ponto de ônibus. Monte Solaro é um mirante acessível por um teleférico. O bilhete de ida custa 7,5 euros e ida e volta custa 10. Pegamos esta última opção.

 

 

O passeio é legal, mas deu medo na minha esposa. Eu senti um pouco, mas menos do que no teleférico de Lisboa, pois estava numa altura em que poderia chegar a sobreviver. Se caísse, apenas quebraria as duas pernas, algumas costelas e sairia rolando morro abaixo :). Chegamos ao Monte Solaro. O lugar é simplesmente o melhor ponto de observação da viagem, com vistas realmente muito lindas.

 

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Há mais fotos no blog, inclusive a magnífica foto que deu origem ao banner de lá. Ficamos um tempinho, explorando bem o local e voltamos de teleférico, desta vez mais acostumados. Descemos e curtimos um pouco mais Anacapri. Já estava ficando tarde e estávamos um pouco cansados. Pegamos direto o ônibus de Anacapri para Capri, com um motorista louco, que fazia curvas de qualquer maneira na beira de precipícios. Andamos um pouquinho por ali

 

 

Nesta cidade resolvemos descer a pé para a Marina Grande, achando que poderíamos descobrir algo interessante. Descobrimos que a descida é muuuuito grande e não valia a pena, mortos de cansaço que estávamos. No balanço, recomendo descer pelo funicolare mesmo, ou pegar o ônibus direto. Pegamos o barco de volta e, já cansados, resolvemos voltar para o hotel. Saímos para jantar novamente no Moonlight, pedindo um prato diferente e novamente achamos ótima a comida.

 

[t1]Dicas:[/t1]

 

- Não invente nem de descer, muito menos subir o trajeto Marina Grande (onde chegam os barcos) e o centro de Capri. É muito chão.

 

- O Monte Solaro é simplesmente imperdível. Você pode subi-lo a pé ou de teleférico, como fizemos. Creio que valha ao menos a ida de teleférico, mas a volta custa só 2,5 euros a mais.

 

- Há outros pontos legais que não fomos na ilha, listados no site http://www.capri.net/en/what-to-see . Veja se tiver tempo.

 

- Entre no site da Caremar e anote com antecedência o horário dos ferry deles, pra economizar. Dá uma diferença de 4 euros por pessoa, se não me engano.

 

- consulte a meteorologia antes de ir, ou poderá ter surpresas na volta. Os ferry não funcionam em condições meteorológicas adversas.

 

- Se resolver visitar a Grotta Azzurra, esteja preparado pra pagar (acho que é algo em torno de 12 euros) e esperar um bommm tempo na fila de barcos.

 

- Não deixe de fazer o passeio ao redor da ilha, gostei muito. Mas tente pegar um que dê pra mergulhar, a água parece limpa, vez ou outra você vê cardumes.

 

- Da mesma forma que na Costa Amalfitana, leve lanche e água. Lá as coisas são caras e o que é barato pode ser de qualidade duvidosa.

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[t3]Sul da Itália - Pompeia[/t3]

 

Chegamos em Pompeia. O passe teoricamente já estava vencido, mas resolvemos usar mesmo assim. E funcionou ! A funcionária nem olhou a validade, passou na máquina e rolou. Achamos lá melhor que Herculano, mas é bem mais cheia. Embora em Herculano o interior das casas esteja muito mais bem preservado, gostamos da grandiosidade de Pompéia.

 

 

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Churrasqueira mais antiga do mundo

 

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Chegávamos na saída, mas antes havia a Villa dei Misterii, conservadíssima e com afrescos bem legais, ponto alto de Pompeia.

 

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Voltamos para o hotel para pegarmos as malas, pois nosso trem partiria às 17h30. Ainda ficou muito o que ver em Pompéia, saímos de lá sem conseguirmos ver os corpos preservados, nem as duas casas que reservamos, a do Príncipe de Napoli e as Termas Suburbanas.

 

Voltamos ao hotel, pegamos as malas e resolvemos nos despedir do restaurante Moonlight. Comemos o mesmo prato da noite anterior e pegamos o trem para Nápoles

 

Chegamos com alguma antecedência na estação de Nápoles. Entramos no trem e ali começou o maior estresse da viagem. Pra encurtar a história, sumiram com o trem que reservamos e foi um parto pra resolver a situação, pois alguns funcionários eram destreinados, não sabiam o que estava acontecendo e sequer falavam inglês, de modo que tive que discutir em italiano. Queriam que eu pagasse uma multa, pois eu "havia perdido meu trem". Depois de muito tempo, conseguimos falar com o chefe dos fiscais, que nos orientou a procurar qualquer lugar no trem que substituía o nosso (o nosso ia direto pra Florença, tivemos que pegar um pra Milão, com parada em Florença, provavelmente fizeram a substituição por economia). Isso causou mais aborrecimentos com outros passageiros, pois os locais são reservados e nossa reserva era pro tal trem que não partiu, mas tudo acabou se resolvendo.

 

Após a bagunça causada pela Trenitalia, chegamos em Florença. O hotel era pertinho da estação, o único trabalho era descobrir para que lado dela sair. Aliás, se localizar de certa forma é muito fácil, difícil é descobrir as direções a se seguir. Achamos o hotel e fizemos o check-in. Tivemos uma grata surpresa. O hotel mais barato da viagem era o melhor. Bem luxuoso e cheio de facilidades desejáveis. Quem quiser recomendação, é o Hotel Aurora, pagamos 40 euros a diária.

 

[t1]Dicas:[/t1]

 

- Algumas construções em Pompeia, supostamente das melhores, estão fechadas para o público, mas é possível reservá-las gratuitamente com antecedência aqui http://www.arethusa.net/w2d3/v3/view/flecta/arethusa/italiano/prenotazioni/contenuto.html

 

- pra chegar a Pompeia, você desce na estação "Pompeii - Villa dei Misterii", pegando a linha que liga Nápoles a Sorrento. Preste atenção nisso, pois há mais uma estação chamada "Pompeia" em outra linha, mas essa que falei é a que deixa mais perto.

 

- Recomendo fazer uma boa pesquisa sobre o local antes de ir, ou você ficará perdidão num lugar imenso, cheio de ruínas que a princípio não terão nenhum significado pra você sem essa pesquisa ou um guia que explique. Existe um site que sugere percursos de 2, 4 e 6 horas, com as atrações apontadas no mapa. Não me lembro qual é, posso colocar aqui depois. Nós imprimimos o percurso de 4 horas desse site e seguimos no que foi possível, pois acabamos ficando menos tempo do que isso por termos chegado atrasados.

 

- Como sempre, leve lanche e muuuita agua.

 

- Quem desejar visitar o Vesúvio, recomendo fazê-lo a partir de Pompeia. Em Herculano parece que o transporte que ligava a cidade ao local acabou. Em Pompeia você tem 3 opções, pegar o transporte público, uma van ou um taxi. O transporte público parece que é bom o suficiente, mas você tem que pesquisar os horários, não é muito frequente. A tal da van tem muitas reclamações, parece que o motorista dirige como um louco, apressa os visitantes e ainda tenta cobrar a mais pelo ingresso do Vesúvio. Taxi não sei o esquema. Pra fazer Pompeia e Vesúvio no mesmo dia, além de muita disposição você precisará começar o passeio bem cedo.

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[t3]Toscana - Florença[/t3]

 

A cidade é bem fácil de andar. Começamos pela igreja Santa Maria Novella, a qual só conhecemos por fora, pois era preciso pagar para entrar. Achamos um absurdo pagar só pra entrar numa igreja, quando muitas outras você pode conhecer de graça.

 

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Seguimos em busca do Mercato Centrale. Do lado de fora há um camelódromo, que não vendia nada que nos interessasse. Do lado de dentro há um mercadinho que vende ingredientes típicos. Ainda não estávamos com fome e não compramos nada, mas teria sido muito interessante comprar umas coisas e levar pro hotel. Talvez numa próxima viagem. Continuamos andando e avistamos o Duomo. Lindíssima por fora, bem diferente.

 

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Havia um filão para entrar e deduzimos corretamente, pela fila, que era de graça. Visitamos a igreja por dentro e optamos não pagar para entrar no batistério e cripta.

 

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Saímos e chegamos à Piazza della Signoria, onde vimos a Fontana di Piazza del Netuno e o Palazzo Vecchio

 

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=pKDLhWw97B0

 

Na frente do Palazzo Vecchio estava uma das inúmeras réplicas de David espalhadas por Florença. David é uma das obras mais famosas de Michelângelo, esse sujeito peladão na foto abaixo.

 

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A propósito, mais uma prova de que os italianos não são tão machões e, sim, meio esquisitões. Não só há inúmeras réplicas do David, peladão, como numa loja de souvenirs havia o saco do David pra vender em forma de chaveiro (!!!)

 

Como há réplicas dele por toda a cidade e já tendo pouco tempo disponível, resolvemos nem ir para a Galeria Academia, cujo ponto principal era a estátua original. Não nos arrependemos disso, pois havia muito mais o que ver. Chegamos na entradinha do Palazzo Vecchio, mas demos meia volta e nos despedimos desse belo monumento. Já estava na hora da Uffizi, que estava reservada. Pagamos inclusive pelo direito de não enfrentarmos filas, o que acabou se revelando vantajoso.

 

Houve alguma confusão sobre onde se dirigir, pois era mal sinalizado, mas perguntando achamos. Não gostamos de lá. Logo na entrada, um esquema de segurança meio anti-terrorista. Mas depois descobrimos, assim como em todos os lugares, que no final das contas todo mundo entra com câmera. O local é extremamente abafado. Os fdps ganham muita grana e não podem investir em ar condicionado que funcione. Já meio saturados de renascimento, pouco dispostos a encarar um lugar abafadíssimo e com minha esposa já se sentindo mal por algum motivo que não me recordo, saímos logo dali. Caminhamos até o Rio Arno

 

 

e partimos em direção à Ponte Vecchio, repleta de joalherias caras. É bem legal, o pôr do sol lá é bem famoso, mas optamos por seguir em direção à Piazzale Michelangelo.

 

A Piazzale Michelângelo fica no alto, você começa a subir, subir e quando acha que chegou, você tem que encarar uma escadaria sinistra. Pausa pra descansar e mais escadas.

 

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Mas digo, vale todo o esforço. Lá em cima tivemos um dos melhores momentos da viagem. Com uma vista lindíssima, onde se destacam o Duomo, a Capela Médici, o Palazzo Vecchio, o Rio Arno, a Ponte Vecchio, dentre outras coisas.

 

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Nos sentamos nas escadas e tivemos o prazer de ouvir um sujeito com cara de maconheiro que tocava violão muito bem. Sempre ela, a música, compondo o ambiente. No mesmo local pararam dois japas que haviam se casado e estavam fazendo seu ensaio em vários pontos da cidade. Ficamos assistindo ao pôr do sol dali

 

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E nos preparamos para ir embora. No meio da praça havia mais uma réplica do David iluminada pela lua, afinal, a praça era em homenagem a Michelângelo.

 

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[t3]Dicas:[/t3]

 

- Florença é fácil de andar, barata pros padrões europeus e com bastante coisa pra se ver, basta pegar um bom mapa e anotar com antecedência os pontos de interesse. Muita gente subestima a cidade por não ter este preparo devido.

 

- Você não precisa subir a pé as escadarias da Piazzale Michelângelo, como fizemos. Há ônibus partindo de vários pontos, nós mesmos pegamos um para irmos ao terminal Santa Maria Novella. É que no nosso caso quando vimos as ladeiras já estávamos quase lá, resolvemos encarar. Não deixe de ir, pra mim, um dos lugares mais agradáveis da viagem.

 

- Cuidado com a overdose de arte. Florença é uma cidade cheia de opções neste sentido, o que leva muita gente a colocar muitos museus no roteiro e ignorar a cidade em si. A Uffizi teria sido de bom tamanho mesmo se tivesse sido o primeiro museu que visitamos na Europa. A menos que você seja fanático por arte, chega uma hora que satura e você precisa variar com outras coisas.

 

- Florença é uma excelente base para a Toscana, bem servida de transporte público e com ótima estrutura. Vale a pena reservar vários dias pra cidade e, de lá, fazer muitas daytrips. Faltou muita coisa pra conhecer.

 

[t3]Toscana - Siena e San Gimignano[/t3]

 

A idéia original era ver a primeira pela manhã e a última pela tarde. Acordamos tarde, pegamos o trem nosso de cada dia e chegamos em Siena quase ao meio dia. Da estação para o centro é preciso pegar um ônibus. O problema é descobrir onde pega e qual é. É tudo mal sinalizado, como uma menina daqui do forum já havia descrito. Pedimos informação e um rapaz indicou um ônibus. Chegamos, tentamos ir numa igreja, mas estava fechada.

 

Seguimos andando pelas ruas da cidade e conhecemos sua praça principal, a Piazza del Campo, onde há o Museu Cívico

 

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Entramos, mas ao dirigirmos para a bilheteria, a sacanagem:

 

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Tudo caro e ainda por cima reajustado na cara dura na mão mesmo, pra roubar grana de turista otário. Os italianos são extremamente mercenários. Nos mandamos de lá e andamos sem rumo pelas ruas da cidade.

 

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É diferente, até interessante, mas a cidade não chegou a nos impressionar. Fomos também ao Duomo, que acabamos só conhecendo por fora. Muito bonito.

 

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Pensamos em entrar, comprando um bilhete que dava direito ao Duomo, museu e outras atrações, mas já estávamos com fome e com pouco tempo. Resolvemos parar para comer algo e comemos pedaços de uma pizza horrorosa, que não fez muito bem para minha esposa. Voltamos para a estação e pegamos o trem para Poggibonsi, onde pegaríamos um ônibus para San Gimignano. O caminho é cheio de curvas, alternando-se em direções opostas, o que a deixou ainda mais enjoada, pois já estava meio debilitada. Tomou o remédio, melhorou um pouco. Da janela vimos a cidade ao fundo, separada pelos vastos campos da Toscana

 

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Chegamos nesta charmosa cidade e caminhamos, caminhamos

 

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E paramos na que parecia ser a principal praça da cidade. Veja como é gigantesca

 

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Acabamos achando por acaso nessa mesma pracinha uma sorveteria indicada no fórum de mochileiros. O local recebeu prêmios mundiais e já teve a visita de Tony Blair.

 

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Resolvi provar um gelato. Delicioso. Comprei mais um. Faz jus à reputação, o melhor da viagem. Vários sabores diferentes e criativos. Percorremos todo o caminho de volta, pois já era tarde. Adoramos o local. É muito gostosa de andar e lamentamos por termos pouco tempo, pois já era por volta de 17h. San Gimignano deixou saudades.

 

[t1]Dicas:[/t1]

 

- chegar em Siena é mole, você pega o trem em Florença. Problema é ir até o centro histórico. É muito mal sinalizado. Prepare-se pra ir perguntando. Andar por lá também não chega a ser muito fácil, se você quer otimizar sua visita. Leve o mais detalhado possível e tente pesquisar a respeito das linhas de ônibus que ligam a estação ao centro histórico. Outro ponto, você precisa comprar o ticket com antecedência numa maquininha, que só aceita moedas.

 

- chegar a San Gimignano não é difícil como parece. Você pega o trem para Poggibonsi e, já na saída da estação, está a parada do ônibus. Num bar dentro da estação você compra a passagem. No ponto final há um cartaz com os horários do ônibus, não deixe de olhar.

 

- A sorveteria que falei é imperdível. Não saia de lá sem conhecer. E o sorvete é barato, mesmo preço cobrado por toda a Itália, algo entre 2 e 3 euros.

 

- entre Siena e San Gimignano, se você não tiver tempo, recomendo ir para esta última. É melhor até ir lá primeiro e, se sobrar tempo, você vai pra Siena.

 

[t3]Toscana - Pisa e Lucca[/t3]

 

Pisa é um pouco feia e não há nada para ver. Também é banhada pelo rio Arno. A Piazza dei Miracoli, onde fica a famosa Torre de Pisa é bem legal, único ponto que realmente vale a pena por lá, na minha opinião. Pra chegar até ela você sai da estação e anda em frente toda vida, algo em torno de 1,5 km.

 

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Ficamos um tempinho na Piazza dei Miracoli e não subimos na Torre, já meio traumatizados de escadas apertadas. Optamos por passarmos um tempinho ali embaixo e voltamos para a estação, onde pegamos o trem.

 

 

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Chegamos a Levanto, cidade da Costa da Ligúria, onde nos hospedamos como base para conhecermos as Cinque Terre. Mesmo chegando relativamente cedo, por volta de 15h30, optamos por não sairmos mais e tiramos um tempo para nós. No dia seguinte, apesar de estarmos na Ligúria, voltamos para a Toscana para conhecer Lucca, cidade muito bem falada e que faltou conhecer.

 

Antes disso tivemos que pegar conexão numa cidade chamada Viareggio. O intervalo de conexão era de apenas 10 minutos. Mas nosso trem atrasou e perdemos a conexão por cerca de 30 segundos. 30 segundos que custaram boa parte do passeio, pois o próximo trem só partiria 2 horas depois. Não tínhamos nada para fazer, fomos conhecer essa bendita cidade. Não recomendo, feia e não há nada que preste por lá.

 

Chegamos a Lucca. A cidade decepcionou um pouco. É uma cidadezinha murada onde a principal atividade é alugar uma bike e rodar por lá. Foi o que fizemos.

 

 

Paramos num restaurante ótimo, de cujo nome já não me lembro. Comemos um ótimo penne com salmão e um molho que levava vodka.

 

Seguimos de bike, passando por umas pracinhas e beirando a muralha, seguindo uma ruazinha bem arborizada

 

 

E já com a bunda doendo de tanto andar, resolvemos devolver a bike

 

Lucca é basicamente é uma cidadezinha com ruas estreitas feitas pra andar de bike e umas pracinhas. Não tem aquele toque medieval, isso me decepcionou um pouco, pois cidades assim sei que temos pelo Brasil.

 

Seguimos para Levanto, procurando um mercado para abastecer. Ficamos um pouco perdidos, mas um senhor simpático viu e ofereceu ajuda. Vimos que o mercado estava bem próximo. Aliás, as pessoas do interior da Itália parecem bem simpáticas e prestativas. No mercado, todos os funcionários te cumprimentam. Fomos para o hotel.

 

Dicas:

 

- caso queira subir na torre, reserve seu ingresso com muita antecedência, pois esgota rápido. Há limite de pessoas para subir.

 

- Programe seu tempo de visita a Pisa considerando que você anda de 20 a 30 minutos da estação até a Piazza dei Miracoli. Assim você não corre o risco de perder o trem.

 

- A menos que você seja apaixonadíssimo pela Itália e queira conhecer cada cantinho, não vale muito a pena perder tanto tempo em Pisa. Umas 2 horas tirando o deslocamento está de bom tamanho. Já Lucca, apesar de não termos gostado tanto, é uma cidade que agrada muita gente aqui no forum e nos foruns gringos, não se guie apenas pela nossa impressão.

 

- Levanto é uma excelente base para se conhecer as Cinque Terre. É relativamente plana, havendo pequena subida para a estação de trem. A estrutura é melhor que nas Cinque Terre e é ali pertinho, menos de 5 minutos de Monterosso. Os hoteis são menos caros (hospedagem na região é das mais caras de toda a Itália). A estratégia ideal é você comprar o Cinque Terre Card na estação de trem, o que te dará acesso a transporte público em toda a região das Cinque Terre, inclusive Levanto, e se deslocar livremente por lá. Você ainda ganha um mapa com as trilhas.

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[t3]Cinque Terre[/t3]

 

Compramos o Cinque Terre card, que dá direito a transporte público ilimitado pelas Cinque Terre, incluindo trens e ônibus ecológicos, além da passagem pela Via Dell’Amore, a trilha que liga Riomaggiore a Manarola. Saltamos na primeira terrinha pra quem vem de La Spezia, Riomaggiore. Na estação se vê um belíssimo painel que ilustra a história das Cinque Terre

 

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Passeamos um pouco pelo centro da cidade e pela costa

 

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até chegarmos à Via Dell’Amore

 

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Nada mais é que uma trilha que liga as duas cidades pela costa, um percurso curto (1km) e fácil de andar. Como os italianos privatizariam até o ar que respiramos se pudessem, o acesso à via dell’amore é pago e você precisa pagar o ingresso. Como tínhamos o passe, entramos. As vistas são muito bonitas.

 

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Chegamos a próxima terrinha, Manarola. Um trem partia da estação e nosso reflexo foi sair correndo para pegá-lo, já traumatizados de perder trem e esperar muito por outros. Só depois nos demos conta de que simplesmente não saímos pra conhecer Manarola. Saltamos em Corniglia.

 

A cidadezinha fica no alto de um morrão. Logo ao sair da estação, nenhuma informação. Havia uma van verde parada e uma plaquinha com um suposto ônibus que ia pra não sei onde de hora em hora. Achamos que a van servia para subir o morro, mas acabamos resolvendo subir a pé, pois vários turistas estavam fazendo isso. Mas as pessoas são como gado, seguem as outras sem refletir sobre o que estão fazendo e nós não somos exceção. Poucos minutos depois a vanzinha partiu e nos deixou putos, morrendo de inveja de quem tava dentro. Já com a língua de fora de tanto subir, vimos mais uma van passando. Depois mais uma.

 

Chegamos finalmente ao topo e a decepção, Corniglia nos pareceu a "Terre" mais sem graça

 

 

Paramos num barzinho, que oferecia uma promoção até legal, bebida + comida + café por 10 euros por pessoa. A bebida foi um suco de laranja autêntico, o que era quase um milagre na região. A comida era uma massa que descongelaram no microondas. Pedimos também um peixe da região, que mais parecia uma sardinha minúscula salgadíssima. Pagamos e partimos de volta, desta vez com a vanzinha. Pegamos o trem, saltamos na próxima Cinque Terre, Vernazza. Dessa vez bem mais charmosa,mas não ficamos muito tempo nela para descobrirmos o que ela oferecia. Não achamos nenhum ônibus que levasse até lugares altos.

 

 

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Naquele momento, vimos mais uma das ironias da Itália. Sabemos que lá você precisa pagar para tudo, só falta o ar que respira. Então as lojas precisam colocar avisos para que os assustados turistas saibam que é de graça

 

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Estávamos cansados de subidas a pé e optamos por ir para Monterosso. Conhecemos na estação um casal de brasileiros, acompanhados da cunhada, Mercedes. Conversamos bastante e conhecemos juntos a cidade. Foi um passeio legal, Monterosso é “Terre” preferida. Tem muito mais para se ver em relação às outras.

 

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Nos despedimos e voltamos para o hotel.

 

[t1]Dicas:[/t1]

 

- o já mencionado 5 terre card, no post anterior, além da hospedagem em Levanto

 

- evite a região em épocas de chuva, como o outono e também no inverno. 15 dias depois de estarmos em Monterosso vi no noticiário que houve um desabamento provocado por chuva, causando 8 mortes. Demos muita sorte de não ter chovido, mas num dos dias acordamos com uma ventania sinistra, parecia que o mundo ia acabar. No inverno os serviços na região ficam precários.

 

- evite ir de carro. Lá é pra se andar de trem.

 

- 5 terre é cheia de ladeiras. Se você não curte esse tipo de coisa ou simplesmente possui limitações, evite a região, ou fique só por Monterosso, que tem mais áreas planas pra se ver.

 

- a região tem um toque diferente, a simplicidade dos cortiços em vez de mansões, mas achei um pouco redundante visitar a Ligúria e a Costa Amalfitana. Se pudesse voltar no tempo, escolheria só um lugar e o aproveitaria melhor, pois o que você realmente aproveita são as vistas panorâmicas. Exceção se você é do tipo que curte trilhas, no caso, Cinque Terre é melhor.

 

[t3]Milão[/t3]

 

Saindo cedinho de Levanto, chegamos em Milão. A estação é enormeee e foi difícil achar o bagageiro, pois as placas são sinalizadas de modo estranho. Deixamos as malas lá e fomos conhecer a cidade. Pegamos o metrô e saltamos na estação do Duomo. Logo na saída é possível avistar a catedral. Lindíssima.

 

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E também a Galeria Vittorio Emanuelle, uma galeria cheia de lojas caríssimas de moda. Havia fila para o Duomo, afinal, a entrada é gratuita. Entramos. É realmente menos impressionante por dentro, mas vale a visita, já que é de graça.

 

De lá, entramos nas galerias Vittorio Emanuelle em busca de um banheiro. Os banheiros na Europa são apenas de duas categorias: os podres e os pagos, que também não são lá essas coisas. Aquele era um banheiro podre. Acabei indo no de um fast food. Seguimos andando em direção ao Teatro Escala, que não achei tão belo quanto dizem (a menos que tenha deixado de ver alguma coisa) e seguimos para o Castello Sforzesco. Fizemos breve parada na Decathlon, onde compramos uma segunda pele para minha esposa, após muita insistência minha de que faria frio dali pra frente em Paris. Mais tarde ela viu que eu estava certo.

 

O Castelo é basicamente uma região murada com torres e no interior não há nada, só passagem e um museu. Não entramos nele. Fomos até o final, onde há uma praça, tendo ao fundo uma réplica do Arco do Triunfo, nesta praça há também uma feirinha.

 

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Voltamos para a estação e esperamos o trem para Paris. A viagem durou 7 horas. Foi cansativa, mas o real problema foi ter comprado pouca coisa para lanchar. Fiquei com uma fome sinistra, pois não havia nada que realmente enchesse. Só carboidrato, maçã e uns biscoitos de água e sal. Perdi meu GPS neste trem, de tanto que mexi na mochila procurando coisas pra comer. Deve ter caído no chão e não percebemos.

 

Chegamos em Paris às 23h30 mais ou menos, na Gare de Lyon. Houve alguma confusão para nos orientarmos na estação, especialmente para comprarmos bilhetes. A bilheteria já estava fechada e a máquina não aceitava nem o VTM, nem notas. Apenas cartão de crédito e moedas. Não havia moedas suficientes e por sorte meu cartão de crédito foi aceito. Outro carinha não teve a mesma sorte e saiu pedindo pros outros, pra poder voltar pra casa. Pra piorar, perdemos muito tempo neste processo e faltava pouco pra estação fechar.

 

Acabamos resolvendo ir a pé para o hotel, pois seria confuso pegar o metrô pela primeira vez no meio de tanta confusão, com malas e ainda por cima tendo conexão a fazer. O hotel ficava a cerca de 1km dali. As ruas estavam meio desertas e tudo estava meio sinistro. O medo de ser assaltado foi grande. Saímos em disparada e confiei no meu senso de direção, já que não estava tudo muito sinalizado. Algumas coisas batiam com a referência de nosso mapa. O problema é que quando você sai de uma estação, é difícil se situar em que direção seguir.

 

Acabamos localizando a rua de nosso hotel, graças ao nosso ponto de referência: o espetacular Mc Donald’s. Este tão difamado fast food salvou nossas vidas várias vezes. Entramos no hotel com a senha fornecida, retiramos o cartão do quarto no cofre e finalmente pudemos dormir.

 

[t1]Dicas:[/t1]

 

- Em Milão, é possível ver o Cenáculo de Da vinci, mas você precisa reservar com muuuuuuita antecedência. Não conseguimos.

 

- A menos que você seja fanático por futebol italiano, Milão não vale a visita, no máximo uma passagem rápida pra ver o belíssimo Duomo. É meio difícil de acreditar que uma cidade tão importante quanto ela seja tão sem sal, mas é verdade. Até os próprios italianos admitem.

 

- não deixe de carregar moedas no bolso. Elas serão necessárias quando você menos esperar. Isso ocorreu mais de uma vez na viagem.

 

- salvo raras exceções, em Paris não há dúvidas de que o meio mais econômico de viajar dentro da cidade é comprando 10 bilhetes de metrô, que saem por 12,50 euros em vez de 17. Há alguns blogs por aí que fazem a comparação com o Paris Visite e outros passes, você vai ver que não valem a pena, em matéria de transportes. Já o Paris Museum Pass vale muito a pena os de 4 ou 6 dias, se você gosta de museus.

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