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Lua de mel, 28 dias, outubro 2011 - Lisboa, cidades italianas, Vale do Loire e Estrasburgo


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[t3]Paris dia 1 - Quartier Latin e Saint Germain[/t3]

 

Em Paris tiramos foto de tudo, pois tudo nos fascinava. Vou colocar só algumas aqui, pois o relato já está ficando bem pesado. Quem tiver curiosidade pode ver mais no blog.

 

Nosso hotel fica de frente para o Museu de História Natural, bem legal. Mas ironicamente acabamos não entrando lá, nem no Jardin des Plants, ali do lado. Estávamos sem café da manhã, pois era studio e não houve tempo no dia anterior para passar num mercado. Partimos para a Rue Mouffetard, famosa por padarias e mercados baratos. Antes passamos pela Mosquée de Paris, uma mesquita. Seguimos pela rue Daubenton até chegarmos ao nosso destino. Vimos quase tudo fechado, mesmo já passando das 9 e me toquei que segunda era o dia de muitas coisas fecharem em Paris.

 

Mas por sorte havia uma creperia aberta. Cada um pediu um crepe preparado com o tempero secreto europeu: sem luvas, com a mesma mão que pega no dinheiro. Isso não foi exclusividade desta creperia, em todos os lugares é assim. Por sorte o euro é comprovadamente muito mais limpo que o real, já que os europeus não precisam ter os mesmos cuidados com higiene que nós.

 

Seguimos comendo nosso crepe temperadíssimo, passando pela Paroisse Saint Medard (cuidado para não pronunciar errado) e seguimos um pouco perdidos até acharmos as Arènes de Lutèce. O lugar nada mais é que uma mini praça com ruínas romanas, mais precisamente uma arena pequena. Nada de impressionante para se ver, vale pelo aspecto histórico.

 

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Passamos pela Place de la Contrescarpe e continuamos nosso passeio até avistarmos o Pantheon.

 

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Da pracinha, vimos a igreja Saint-Étienne-du-Mont, a faculdade de direito e a Bibliothèque Sainte-Geneviève, compondo o ambiente. Dentro do Pantheon compramos nosso Paris Museum Pass, atendidos por uma senhora simpática. Os franceses em geral seguem o protocolo da polidez. Digo protocolo, pois nota-se claramente que para alguns a educação é algo que simplesmente aprenderam desde criança e repetem como robôs, sempre com a mesma entonação na voz. Crianças, mulheres, homens, idosos, todos têm a mesma impostação quando falam “bonjour”, “merci” e “s’il vous plaît”. Ainda assim, é seguro dizer que a maioria foi simpática e prestativa, bem mais agradáveis do que os italianos e, principalmente, do que os portugueses.

 

O interior do Pantheon é fantástico. Igreja bem bonita, repleta de quadros legais. É bem grande e a atmosfera é de paz. Ficamos um tempinho ali e fomos atrás do Cluny, o Museu da Idade Média. Passamos pela Sorbonne, famosa universidade francesa. Chegamos. O museu é legal, rico em tapetes com decorações medievais, além de alguns objetos da época. Ficamos umas 2 horas por lá.

 

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Saímos, passamos pela Place de la Sorbonne, entramos na Rue Cujas, até chegarmos a um mercado, o Monoprix. De fato, faz jus ao nome. Só há um tipo de preço, o caro. O lugar é especializado em coisas para o homem moderno como eu, que só come besteiras e coisas fáceis de se fazer, mas também há algumas outras coisas que vendem nos mercados comuns. Abastecemos e fomos para o Jardim de Luxemburgo. Lá fizemos um piquenique com o que havíamos comprado, o farofão

 

Gostamos bastante do lugar, é bem bonito, programa para se passar a tarde. Mas não ficamos muito tempo, pois estava um frio absurdo. Em praticamente todo jardim tem essas cadeiras, onde o pessoal pode se sentar livremente e ficar de bobeira. Sonho meu se o Brasil fosse assim … se colocarem aqui não vai demorar duas horas e vão carregar pra casa todas as cadeiras.

 

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Seguimos nosso caminho em direção ao bairro Saint Germain. Como em todo lugar amplo, como praças, shoppings e jardins, a dificuldade de se orientar é um pouco grande. Você sabe para onde ir, mas não tem uma bússola pra saber. E o curioso é que o Google Maps dá instruções como “siga para a direção oeste, indo para a rua tal”. Ora, como vou saber pra onde é o oeste, ainda mais num dia nublado, sem poder sequer me guiar pelo sol ? Você olha os nomes das ruas e muitas vezes vê o que não está no mapa (no Gmaps só aparece dependendo do zoom que você der). Quando é uma praça a coisa piora, pois no nome de cada rua que a contorna aparece “Praça X”.

 

Bem, acabamos nos “achando” num ponto bem diferente do roteiro original. Seguimos pela Rue Bonaparte e nos vimos na Place Saint-Sulpice. Ali entramos na igreja que dá o nome à praça, que não estava no roteiro original. Foi ótimo, pois é bem bonita e não custa nada para visitar, ao contrário de algumas igrejas italianas.

 

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Andamos mais um pouco e avistamos o Café des Deux Magots, um dos mais famosos de Paris. Era freqüentado por Hemingway e mais uns fulanos. Resolvemos fazer uma extravaganciazinha e pagamos o cafezinho mais caro de nossas vidas, 4 euros, curtindo por alguns minutos a vida dos parisienses chiques. Um senhor simpático se ofereceu para tirar uma foto nossa

 

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Pertinho dali estava a famosa igreja Saint Germain des Près. Foi meio decepcionante, pois metade dela estava em reforma, de modo que improvisaram um altar que provavelmente não chegava aos pés do original. Naturalmente, ficamos pouco tempo e seguimos o passeio. Conhecemos os famosos “macarons”, doce típico da França, passamos pela Escola Nacional de Belas Artes e pela Pont des Arts, uma pontezinha bem legal, lotada de cadeados de casais apaixonados. Na foto, a Pont des Arts e o Institut de France

 

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Atravessamos a Pont des Arts, andamos em direção à Ile de France e pegamos a Pont Neuf, a ponte mais antiga que atravessa o rio Sena.

 

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Atravessamos a Ile de la Cité, avistando construções gêmeas, de cujo nome ainda não sabemos e caminhamos um pouco por ali, passando pelo Square du Vert-Galant, Palais de Justice, Place Dauphine, Monnais de Paris e por aí vai. Nossa idéia era continuar com o roteiro original e seguir para a livraria Shakespeare and Co e arredores, mas eu estava apertadíssimo para ir ao banheiro. Seguimos a rua Dauphine e andamos sem rumo por Saint Germain em busca de um, até que finalmente parei numa padaria. O frio é um problema e como eu bebo muita água, passei por esse perrengue a viagem toda. Normalmente o Mc Donald’s era minha salvação, mas dessa vez foi essa padaria.

 

Ainda andamos pela rue de Buci, rue Saint-André des Arts, mas a bateria estava arriando e nossos pés já não mais existiam. Pegamos o metrô e nos mandamos para o hotel, satisfeitos por termos seguido o ditado de Victor Hugo

 

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[t1]Dicas:[/t1]

 

- este dia foi dos mais legais. Paris tem inúmeras atrações, o que leva o viajante a querer ver todas. Muita gente se esquece que andar pela cidade também é uma atração, e das melhores. Vimos muita coisa mesmo. Naturalmente, um bom mapa é essencial.

 

- Paris é sempre mais fria do que você imagina. Pegamos um calorão na Itália quase igual ao do Brasil, mas na França só pegamos frio, mesmo no dia mais ensolarado. Pra quem viaja no outono e primavera especialmente, leve ao menos um casaco e algumas roupas de manga comprida, de modo que você vai tirando ou colocando mais roupas conforme o clima vai mudando.

 

- Tudo na cidade é meio caro, principalmente compras em geral. Comida nem tanto, mas também não se pode dizer que é barato. Hospedagem é os olhos da cara.

 

- Falando em hospedagem, achamos todos os arrondissements (distritos) do 1 ao 10 tranquilos de se hospedar. Talvez até Montparnasse seja. Não achamos Montmartre um lugar legal pra esse fim, muitas ladeiras e gente mal encarada. Ficamos em Notre Dame e foi muito bom. Quartier Latin e Marais parecem excelentes.

 

- o transporte público de lá é o que há. É o futuro da humanidade. Você volta deprimido pro Brasil, parece que estamos na idade das cavernas. Lá em tudo quanto é canto há estação de metrô e você demora no máximo 3 minutos esperando. Nos horários de pico são cheios, obviamente, mas nem tudo é perfeito. Então não se preocupe muito com distâncias dentro da grande Paris (a parte interna do Sena, nos 20 distritos), o principal é ficar num lugar legal, perto de restaurantes, supermercados e seguro o suficiente.

 

- se quiser economizar, evite o monoprix e procure outro supermercado mais em conta. Lá é bom pra quem quer comer besteira sem se importar muito com quanto vai pagar.

 

[t3]Paris dia 2 - L'invalides e Torre Eiffel[/t3]

 

Podres de cansaço, acordamos uma hora depois do esperado e pegamos o metrô para o museu Les Invalides. Saltando da estação, é possível ver a bela Ponte Alexandre III E o L’invalides ao fundo. O lugar na verdade é um complexo de museus, uns 4 ou 5 se não me engano, além de uma igrejinha. Como me explicou um amigo meu o lugar foi construído para restaurar a moral dos ex-combatentes de guerra, que chegavam pela Pont Alexandre III, a mais bonita de Paris e se revestiam de uma sensação de grandeza ao retornarem para sua pátria.

 

Mas faltou alguém me dizer que o Invalides é um mundo, enorme, na magnitude do Louvre, creio. A idéia original era visitar Invalides e o Rodin, mas não deu tempo. Começamos pelo Museu da Guerra, seção “armas e armaduras”, Salle Royale. Tirei bilhões de fotos, tudo me interessava. Não dá sequer pra escolher algumas, peço a quem se interesse para ver as fotos no blog.

 

Crianças tinham aula no museu, vendo ao vivo as coisas que por aqui só nos fazem decorar. Na Cabinet Historique, havia paineis que ilustravam a evolução dos cavaleiros ao longo dos séculos. Ficamos bastante tempo no Museu da Guerra vendo as coleções medievais de armas e armaduras. Saímos daquela seção, tiramos umas fotos do exterior e entramos na seção da Monarquia e Guerras Napoleônicas. Paramos pra almoçar no restaurante de lá. O lugar é meio estranho, há vários pratos num mostruário aberto, como se fossem para serem retirados, uma espécie de self service de PFs. É quase isso. Ao tocar nos pratos, o que 100 % dos turistas faziam, uma francesa caricata começava a falar rápido com uma voz fininha que você deveria pegar uma senha e esperar que ela esquentasse o prato desejado. Eu entendi isso, mas quem não sabia nada de francês ficava olhando sem entender nada.

 

Bem, antes não tivéssemos entendido e virado as costas. A comida era horrível e deixamos praticamente tudo. Nos viramos com algum lanche que já estava na mochila e voltamos para o Museu da Guerra, dessa vez para ver a coleção das duas grandes guerras.

 

Sem dúvida alguma é o museu que mais gostei de toda a Europa e lamentei muito que no Brasil não houvesse algo assim. Enorme, rico em conteúdo e informação, tudo que você vê tem explicação por escrito em francês e inglês, além de algumas placas situando no contexto histórico. Mapas gigantescos, fardas de oficiais, armas, armaduras, tanques, simuladores eletrônicos com audioguia gratuito. Você tinha tudo para entender como a guerra realmente ocorreu. O lugar estava repleto de estudantes. Não há muita desculpa para ser ignorante em Paris.

 

Fomos na Igreja Saint Louis, que fica ali dentro do complexo dos

Invalides. Muito bonita por fora e por dentro.

 

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Em seu interior estava a Tumba de Napoleão, gigantesca.

 

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Engraçado fazerem algo tão grande pra um sujeito tão baixinho. É como falei pra minha esposa, queriam que a imagem de Napoleão ficasse pela eternidade como sendo a de uma espécie de ser inatingível e místico.

 

Seguimos para o Auditório Charles de Gaulle, onde recebemos um audioguia gratuito, que funcionava automaticamente via wireless quando você se aproximava do ponto de interesse. O auditório é repleto de salas de filmes e painéis interativos, onde você podia se informar da história recente francesa, da época do presidente que dá o nome ao local.

 

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Já estava perto da hora do museu fechar, então ficamos uma meia hora e saímos. Ainda passamos rapidamente no Museu des Plans-Reliefs, um museu de maquetes, onde vimos o Mont Saint Michel em miniatura.

 

Já com muita fome, abastecemos num mercado chamado Naturalia, onde compramos vários produtos mais adequados para minha esposa, que tem restrições alimentares. Apesar do peso das sacolas, resolvemos caminhar até a Torre Eiffel, que não estava muito longe dali. Paramos em frente à Escola Militar para descansarmos, até que eu vi uma das cenas mais curiosas da viagem. Um cachorrão no meio do nada surge com uma bola de tênis na boca. Deixou no chão e começou a olhar pra mim, abandonando o rabo. Não tive dúvidas e dei um bico na bola. Ele partiu em disparada, pegou a bola, trouxe de volta e aí tive uma terrível revelação: até os cachorros franceses jogam mais futebol do que eu. O cão não só trouxe a bola, como CHUTOU para mim. Nunca vi nada igual. Fiquei que nem um babaca chutando a bola pra ele, que rapidamente a agarrava com a boca, trazia de volta e chutava pra mim. Minha esposa filmou tudo e bem observou que na verdade era uma cadela, com coleira e muito bem tratada.

 

 

Deixamos nossa nova amiga pra lá, correndo atrás de outros manes pra jogar bola com ela. Vimos mais dois cachorros jogando bola bom um sujeito. Não é à toa que a França tem dado um banho de bola no Brasil, eles treinam até os cachorros. Continuamos andando e chegamos ao Campo de Marte, onde avistamos a belíssima Torre Eiffel.

 

Após inúmeras tentativas frustradas de tentarmos tirar fotos de nós mesmos, um grupo de mulheres falando espanhol se ofereceu pra tirar uma nossa em troca, obviamente, de tirarmos umas delas.

 

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Seguimos em direção à Torre. Já começava a anoitecer, de modo que a vimos começando a se acender, bem legal. Mais fotos.

 

Passamos por debaixo dela e adivinha ? Mais fotos. Tudo era fascinante. Após atravessarmos a Torre, comentamos que a miniatura do meu cunhado tem piscava umas luzes aleatórias e lamentamos pelo fato da original não estar assim. Achamos que aquilo era só no natal.

 

Bem, demos mais uma olhada pra trás e eis que o espetáculo das luzes tinha acabado de começar ! Bem bonito. Mais tarde descobrimos que começa a cada hora inteira, durando 5 minutos.

 

 

Atravessamos a ponte D’léna e beiramos o Sena atrás de uma estação de metrô, pois já estava cansado de carregar as compras. Passamos pelo Museu de Arte Moderna, o Palais de Tokyo e pegamos o metrô em Alma-Marceau, de volta para o hotel.

 

[t1]Dicas:[/t1]

 

- se você for como 90 % dos homens, amante de história de guerras, o L'invalides terá para você uma importância tão grande quanto o Louvre, ou até maior. Até minha esposa gostou. O lugar é imenso, muito grande mesmo. Você até pode programar outra coisa pro mesmo dia, como o Rodin ou o D'orsay, mas acho que fica cansativo. Faça o L'invalides e tire o resto do dia pra uma atividade ao ar livre, como caminhar, a Torre ou o passeio de barco. Se gostar, volte no outro dia e faça o mesmo, intercale com algo que não seja museu.

 

- Você até pode não subir na Torre Eiffel, muita gente diz que não vale a pena (darei minha opinião nos próximos posts). Mas é indispensável ao menos passear pelo Campo de Marte e ir até ela, por baixo. É linda demais. Faça isso pouco antes do pôr do sol (é possível conferir os horários em vários lugares do mundo nesse site http://www.timeanddate.com/worldclock/sunrise.html ), de modo que você a verá de dia, começando a se iluminar de noite e, pouco tempo depois, com as luzes piscando.

 

- se você joga futebol, cuidado com os cachorros franceses. Irão te humilhar.

 

[t3]Paris dia 3 - Notre Dame e o Marais[/t3]

 

Hoje o dia começa pela Notre Dame. Fomos andando, para apreciarmos as margens do Rio Sena.

 

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Passamos pelo Institut du Monde Árabe, o Musée de l’Assistance Publique e pegamos a Pont de L’archevêché, pequena ponte de arquitetura semelhante à Pont des Arts e igualmente lotada de cadeados. Notre Dame ao fundo.

 

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Contornamos a Notre Dame e fomos direto pra fila para subir a cúpula. O ideal é chegar cedo e evitar essa fila, pois só sobe um determinado número de pessoas por vez. Mas não conseguimos e esperamos uns 20 minutos nela, num frio do cão. A subida é bem mais tranqüila que a da cúpula da Basílica de São Pedro. Você tem mais pontos para descansar e é mais bem ventilada. Os souvenirs da lojinha eram mais baratos que nos Invalides.

 

Chegamos às gárgulas. É realmente impressionante, o que torna esta igreja a mais bonita de Paris. Entramos na torre do sino e tiramos ótimas fotos panorâmicas. Subimos mais e tiramos mais fotos.

 

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Descemos e entramos na Notre Dame, de interior bem bonito.

 

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Em seguida, fomos para a Conciergerie. Houve mais uma vez alguma dificuldade de localização, especialmente considerando que fica tudo numa ilha. Pelo mapa parece fácil identificar, mas na hora confundimos o que era ilha e o que não era e ficamos um pouco perdidos. Mas achamos a Conciergerie. O lugar é meia boca mesmo, como todo mundo diz, mas vale a visita se você tem o passe. O salão inicial é de arquitetura bonita, mas é vazião.

 

Depois você sobre pras prisões, que nada mais são do que quartos com bonecos simulando os antigos prisioneiros, tudo acompanhado de explicações. Havia alguns painéis interativos. Pra quem quer aprender história, vale muito a pena.

 

Como não tínhamos tempo, já partimos para a Saint Chapelle. Pegamos uma fila que não andava de jeito nenhum. Enquanto isso um sujeito com uma máscara feia ficava dando pegadinha nos outros, mais um artista de rua em busca do pão de cada dia. Isso ajudou o tempo passar.

 

Enfim entramos. Descobrimos porque a fila não andava, pois havia um esquema de segurança quase anti-terrorista. Não acreditei que aquilo era medo de explodirem a capela, o que me levou a concluir que era para evitar atingirem o Palais de Justice, que fica ao lado e pode ser visitado.

 

A capela é bonita, mas descobri que não vimos tudo ! Parece que são duas capelas, parte inferior e parte superior e só vimos a inferior. Não me lembro de ter visto em nenhum lugar escadas pra subir. Decepção, depois de perder tanto tempo na fila não ter visto tudo por estar mal sinalizado.

 

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A visita agora continua pelo Marais, famoso bairro dos boêmios parisienses. Paramos na Place du Chatelet, que tem um monumento bem bonito

 

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e seguimos para o Hotel de Ville, construção gigantesca e bonita.

 

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Seguimos pela Rue du Renard até o Pompidou. Paramos na Place Igor Stravinsky, repleta de monumentos de arte moderna. Achamos legal, apesar de não apreciarmos arte moderna.

 

 

Como estávamos com o passe, resolvemos entrar no Pompidou. O lugar tem uma cara de shopping, com várias escadas rolantes.

 

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Passeamos um pouco, fomos no topo, onde há uma vista panorâmica. Estava frio demais pra ficar do lado de fora, de modo que não valia a pena tirar fotos. O passeio prossegue pelas ruas do bairro. Pegamos a Rue du Temple e passamos pelo Museu D’art e D’histoire du Judaisme. No bairro vimos muitas referências à cultura judaica, dentre elas uma sinagoga.

 

Passamos pela Rue des Archives, onde há um museu que leva o nome da rua e dobramos na Rue du Roi de Sicile. Pegamos a rue des Ecouffes, rue des Rosiers, passando pela Biblioteque Historique de la Ville de Paris, Jardin de L’Hotel Lamoignon até finalmente chegarmos a Place des Vosges, onde ficaríamos até anoitecer, após vermos a Maison de Victor Hugo.

 

Porém, mais uma vez tive que ir ao banheiro. Rodamos por ali pra achar um lugar em conta e nada. Entrei num restaurante e pedi um café com crepe. Esvaziei a bexiga aliviadíssimo. Após apreciar o café e batermos um papo, fomos para a Praça. Ali veio a decepção, fechada. Achávamos que as praças não fechavam, mas fecham.

 

Caminhamos desiludidos e pegamos a Rue Saint Antoine, passando pelo Hotel de Sully e parando para rever o roteiro na estação Saint Paul. Decidimos andar até a Bastilha e encerrarmos o roteiro, pois já estávamos cansados e era noite. Só que eu, animal, nos guiei pela direção errada, de modo que eu paguei o mico de filmar a Place de L’hotel de Ville, onde já estivemos, e dizer que aquela era a Place de la Bastille. Quando vi o Bazar de Ville, pensei: “que merda”.

 

Estava determinado a conhecer a Place de La Bastille e a Ópera, de modo que minha esposa se comoveu e resolveu usar seus 10 % de energia restantes para pegarmos o metrô até lá. Saltamos. O lugar é legal mesmo, cheio de vida e bem iluminado. Tiramos fotos do monumento que ficou lá, já que a antiga prisão que foi a Bastilha não existe mais. E conhecemos por fora a Ópera Bastille. Pegamos o metrô e voltamos “pra casa”.

 

[t1]Dicas:[/t1]

 

- Chegue bem cedo tanto na Notre Dame, se quiser subir nas torres, quanto na Saint Chapelle, pro passeio regular. Ambas são cheias mesmo em baixa temporada. No caso de Notre Dame, parece que só sobem 20 pessoas por vez. A igreja é imperdível e a subida vale muito a pena.

 

- Fique atento na Saint Chapelle, pra não dar o mesmo mole que demos.

 

- planeje bem sua visita ao Marais, pesquisando o que há de interessante pra se fazer por lá. Foi dos passeios a pé que menos gostamos, mas acho que deixamos de passar pelos lugares mais interessantes. Achamos bem comum. Deste trajeto que fizemos, creio que Chatelet, Place des Vosges e Hotel de Ville sejam os pontos altos, assim como a Bastille, de noite.

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[t3]Paris dia 4 - Do Louvre até o Arco do Triunfo.[/t3]

 

Hoje era o dia do Louvre. Acordamos o mais cedo que pudemos e partimos. Como o dia estava nublado, não levamos óculos escuros. Grande erro. A claridade estava forte mesmo assim e incomodou minha esposa, que teve uma enxaqueca. Nem adiantou comemorar o fato de que entramos facilmente pela pirâmide, sem enfrentarmos nenhuma fila (pra quem tinha o passe). Só deu tempo de vermos Cour Marly e um pedaço dos fossos medievais e eu sugeri de voltarmos pro hotel, pra ela tomar um remédio, descansar e, se estivesse melhor, voltar com os óculos. Foi o que fizemos.

 

Entrar no Louvre novamente foi fácil.

 

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Não sei se era porque já estava tarde, ou se era a época. Mas dentro do museu estava tudo cheio. Resolvemos visitar as principais obras indicadas num mapinha que pegamos gratuitamente na entrada. Retomamos os fossos medievais, que não eram tão legais quanto pareciam.

 

Pegamos a ala egípcia, muito interessante, mas enormeeeee.

 

 

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Mumia

 

 

Ficamos bastante frustrados porque a ala do livro dos mortos estava fechada. Só deu pra tirar uma foto roubada, por cima da porta.

 

Após muito andarmos, conseguimos finalmente sair da ala egípcia e vimos a Vitória de Samotrácia.

 

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Próximo dali chegamos às pinturas italianas, onde pudemos ver obras de Da Vinci e outros pintores e, é claro, a Monalisa. É bem pequena como dizem. O museu não estava tão cheio, de modo que conseguimos chegar perto pra tirar fotos.

 

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Mais pinturas italianas, como a Coroação de Napoleão

 

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O museu já estava perto de fechar, pois já entramos tarde. Ainda tentamos correr pra ver se dava pra ver a ala dos apartamentos de Napoleão, mas não deu. Também já estava tarde pra ver a L’orangerie, o museu impressionista que fica ali perto. Saímos, tiramos fotos naquele espaço agradabilíssimo que fica ao redor do Louvre. Por ali há um jardim com estátuas.

 

Chegamos até uma fonte bem agradável, com cadeiras pra você se sentar. Ficamos parados um bom tempo por ali. Caminhamos mais pelo Jardim des Tuileries até chegarmos a mais uma fonte. Andamos mais, até que vi o monumento da Place Concorde. É lindíssimo, assim como umas fontes que ficam por ali, de decoração egípcia.

 

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Atravessamos e caminhamos pela Champs Élysées. Passamos pelo Grand Palais, mas não paramos. Seguimos pela rua e paramos em algumas lojas, em busca de opções para presentes. Não achamos nada que nos agradasse. A rua só tem lojas de marca e é tudo caro. É até legal de se ver, mas não curto muito esse tipo de passeio, prefiro outras coisas. Após andarmos muuuito, chegamos ao Arco do Triunfo. Já estávamos cansados demais para subi-lo, de modo que só tiramos fotos dali debaixo mesmo.

 

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Pegamos o metrô meio cheio, fizemos conexão na Bastille e assim se encerra o dia

 

[t1]Dicas:[/t1]

 

- O Louvre é enorme e por isso muita gente fala em um dia inteiro só pra ele. De fato é enorme, mas muito tempo fazendo a mesma coisa deixa a atividade saturada. Divida o Louvre em mais de um dia, se te interessar, especialmente se você tiver o Paris Museum Pass. Creio que 4 horas por dia pro Louvre estejam de bom tamanho. Recomendo também pesquisar sobre a visita, para ir somente nos lugares que te agrada. Não dá pra ver tudo. Na entrada há um mapinha com a localização das atrações mais populares, é uma sugestão que seguimos por não termos tido o cuidado de pesquisar previamente.

 

- Entramos pela pirâmide porque não vimos filas, talvez pela época, mas o normal é ter filas imensas, pelos relatos, pois esta é a entrada mais popular. Se a vontade é passar por dentro da pirâmide, faça isso na saída. Segundo estes relatos, a melhor entrada é pelas Galerias Richelieu, cuja entrada é acessível pela saída da estação de metrô "Palais Royal - Musée du Louvre".

 

- Achamos o roteiro deste dia bem planejado, mesmo com os imprevistos. A Champs-Elysees é grande, mas você pode parar para descansar em alguma das inúmeras lanchonetes no caminho. Tudo é bem linear, você não se perde e vê muita coisa bonita entre o Louvre e a Concorde. Porém, pra quem vai subir o Arco, não recomendo andar toda a Champs-Elysees, como fizemos. Você chegará morto no final e ainda teria escadas pra subir.

 

- o aquecimento no Louvre parece ser o mais forte de Paris. Nem pense em ir com roupas de frio que você não pode tirá-las, use ao menos uma roupa mais fina por baixo. Chegamos lá encasacados e no final estávamos com apenas uma camisa.

 

[t3]Paris dia 5 - D'orsay, L'orangerie e passeio pelo Sena[/t3]

 

Mortos e destruídos, custamos a acordar. O dia era pra conhecer Versalhes, mas acordamos tão tarde que achei melhor deixar pra outro dia. Resolvemos mudar o roteiro inicial e fomos pro D’orsay, que estava programado para conhecermos depois de voltarmos do Vale do Loire. Antes, paramos pra almoçar no restaurante do museu, bem bonito.

 

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A comida era mais ou menos. Você pede o prato, mas só vem a carne. Na Europa em geral é assim, se quiser ficar realmente satisfeito você tem que pedir entrada, prato principal, que é geralmente uma carne e uma sobremesa. Detalhe, carnes sempre mal passadas, você tem que pedir pra vir bem passada pra poder vir razoavelmente no ponto.

 

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O museu estava em reforma, de modo que várias de suas obras mais importantes estavam indisponíveis. E o esquema de segurança é extremamente fresco, não te deixam tirar nenhuma fotinha. Mas ainda assim gostamos inicialmente, pois havia muitas explicações sobre as obras e os estilos, como o simbolismo, naturalismo e movimentos de curta duração e pouco famosos, cujos nomes não me recordo agora. Mas já estávamos saturadíssimos de arte e não ficamos muito tempo lá. Partimos para a Loja de Lingerie, digo, L’orangerie, um mini museu impressionista onde estão as Ninféias de Monet e otras cositas. As ninféias são até legais, mas penso que o museu é pequeno demais para exibi-las. Você precisa ver de longe e sempre tem um mané na frente.

 

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No andar inferior havia obras de outros artistas, onde pudemos ver um quadro impressionista de Dali, dentre outros. Os fiscais estavam determinados a não deixarem ninguém tirar fotos e já estávamos cansados mesmo, não tiramos nenhuma. Mentira, tiramos uma, o que nos leva a suspeitar de que temos descendência japonesa.

 

Caminhamos pelas margens do Sena e atravessamos a lindíssima Pont Alexandre III, a que considero ser a mais bonita de Paris. Decorada com estátuas e detalhes de ouro.

 

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Seguimos andando até chegarmos ao ponto inicial do Bateaux Parisiens, uma das companhias que faz o passeio de barco no Sena. Optamos por esta, pois supostamente estava incluída a Estátua da Liberdade no passeio, o que mais tarde vimos que não ocorreu. Vimos a Torre Eiffel de dia e nos despedimos dela

 

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O passeio é bem legal e altamente recomendado. Chegamos quase na hora de partir, de modo que ficamos na rabeira da fila. O pessoal que entrou primeiro correu pra pegar lugar na parte de dentro, do lado da janela. Pensei, que povo otário, dentro não dá pra tirar fotos, é bem melhor ficar fora. Bem, otário fui eu, pois fez um frio de doer os ossos. Ao menos valeu, pois deu pra fazer um vídeo sem janelas pra atrapalhar

 

 

 

Acabamos resolvendo ficar na parte de dentro e pegamos um lugar meio ruim, no meio. Não dava pra filmar, nem fotografar direito, o que nos frustrou um pouco. 1h de passeio e chegamos. Resolvemos voltar mais cedo, pois no dia seguinte acordaríamos cedo para ir ao Vale do Loire. Passamos pela Maison de la Culture du Japon à Paris, pegamos o metrô e partimos.

 

[t1]Dicas:[/t1]

 

- Pra quem quiser fazer o jantar no Sena, há uma companhia que faz mais barato, chamada "Vedettes du Pont Neuf". Você pega o barco justamente ali, embaixo da Pont Neuf, perto da Notre Dame. Pro passeio regular, creio que tanto faz.

 

- Não fique do lado de fora se estiver fazendo frio, como fizemos. Corra para pegar um lugar na parte de dentro, perto da janela.

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[t3]Vale do Loire - Tours[/t3]

 

Pegamos o trem cedíssimo para a Gare du Nord, preocupados com a hora. Mas foi moleza. Os trens em Paris saem no horário marcado, dificilmente tendo atrasos e as plataformas aparecem no visor 20 minutos antes. Que diferença pra Itália, onde a informação saía aleatoriamente. A viagem foi curta, mas conseguimos dormir. Estava muuuito frio neste dia.

 

Chegamos na estação e ficamos meio perdidos, pois não havia nenhuma indicação de onde era a companhia que vendia as excursões. Pensei, fodeu. E com isso o tempo passando, chegamos 9:10 e já sairia uma excursão 9:30. Nós, que até aquele momento tínhamos nos virado sem precisar pedir informação, teríamos que arriscar o francês.

 

E assim foi. Entrei no lugar errado, na empresa de ônibus chamada Touraine, achando que era lá que vendia a nossa excursão (que também tinha “touraine” no nome, a Touraine-Evasion). Perguntei em francês se a senhora falava inglês, mas não falava. Tive que mandar meu francês bizarro e ela explicou em francês onde era. Deu pra entender, ufa. Era pra irmos ao escritório de turismo, ali pertinho e assim procedemos. A funcionária do centro de turismo era bem simpática e falava inglês, de modo que foi fácil. Pegamos a excursão Azay Le Rideau e Villandry, de 9h30 até 12h30, numa van que dificilmente fechava a porta. A motorista parecia saída do filme do Blade, meio forte e grande, toda vestida de preto e tinha uma capa, ou algo parecido.

 

Felizmente ela não nos mordeu, nem nos matou. Falava um inglês perfeito e tinha um jeito meio masculino. Só havia eu, minha esposa e duas senhoras com cara de japa. Ficamos em Azay Le Rideau. Inicialmente não estava planejado de entrar nele, mas acabamos entrando, pois pela excursão havia desconto. O castelo é bem pequeno e pouco decorado. O exterior é bonito. Como primeira impressão, valeu, mas pra quem já conhecia outros certamente se decepcionaria.

 

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Fomos para Villandry, onde optamos por ficarmos só nos jardins. Foi suficiente, pois os jardins são grandes e bonitos. Na primavera o espetáculo deve ser maior, mas no outono já estava bem bonito.

 

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Terminamos a excursão no centro de Tours. Fomos na estação de trem e consegui falar o suficiente pra comprar o bilhete de ida e volta pra Chenonceau. Felizmente fui atendido por um funcionário simpático e prestativo. Estávamos famintos e o trem partiria em pouco mais de meia hora. Resolvemos ir no Mc Donald’s, que era ali pertinho. Estava lotadíssimo e bem bagunçado. Após alguma dificuldade de comunicação, consegui fazer meu pedido e deu tempo de levarmos o lanche pro trem. Chegamos rapidinho, em menos de 20 minutos. Diferente do que mostra o Google Maps, a entrada pro castelo já fica quase ao lado da estação de trem. Ficamos preocupados com a volta, pois a estação não tem quase nada, deserta, sem nem um guichê.

 

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O castelo fica rodeado por um bosque bem legal. Lindas cores se formaram entre árvores e céu. Passamos um tempo ao redor, andando na beira de um lago e ficando um pouco num jardim.

 

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Entramos. O castelo não é muito grande, mas é bem legal. Visitamos tudo, seguindo um mapinha que dão gratuitamente.

 

 

 

Na volta, ainda conhecemos um outro jardim e um labirinto de jardim.

 

Na volta o desespero pra comprar a passagem. Cadê a tal da máquina ? Nada. Perguntamos pra uma mulher e um cara, que passavam por ali. Ela disse que não era de lá, mas que achava que a máquina deveria estar em algum lugar por ali. Passou mais um sujeito e ela perguntou pra ele, que apontou onde era a bendita máquina. Tudo isso em francês, que parto. Achamos a máquina, mas o problema não acabou. Com a estação ainda deserta, precisávamos aprender a comprar. As instruções estavam todas em francês. Tentamos manter a calma e li as instruções. Havia uma etapa que não passava de jeito nenhum, até que de tanto futucar eu percebi que o botão além de poder se apertado, também girava. Problema resolvido, girando o botão você selecionava a opção que faltava e comprava. Após grande sufoco, passagem na mão. Ficamos tão felizes com nossas passagens lindas que resolvemos tirar mais fotos com elas

 

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Fomos fazer o check-in no hotel. A cidade estava iluminada e bonita, nos arrependemos de deixarmos as fotos pra depois. No hotel, fomos recebidos por uma bichoooooooona, mas daquelas bichas que juram ser quase mulher. Fazendo caras e bocas, nos deu as instruções que precisávamos e perguntou se pegaríamos o café da manhã do hotel, cobrado a parte. Tudo isso em francês. Achei que ele não falava inglês e fui respondendo no meu francês "homem das cavernas". Até que me enrolei em algo e ele falou em inglês, aquele puto. Cansados, fomos dormir.

 

[t1]Dicas:[/t1]

 

- Há 3 formas de se conhecer o Loire: transporte público, excursões e de carro. Com a primeira opção não é fácil visitar todos os castelos. O acesso a dois dos principais, Chambord e Cheverny, é bem difícil dessa maneira, pois os ônibus são pouco frequentes. Pra quem vai viajar entre junho e agosto (se não me engano, nesse período) há um ônibus turístico que faz este trajeto. Fora desta temporada, o ônibus passa apenas uma vez por semana, em horários restritos. Já pra visitar Chenonceau, um dos castelos "top 3" da região, é facílimo, como descrevi. Pegou o trem, saltou na estação, praticamente chegou no castelo. E prestando atenção no que eu escrevi você não terá dificuldades em voltar. Já por excursões, você resolve tudo no centro turístico de Tours, que fica a poucos passos da estação de trem. É cômodo e não é caro, pelo benefício obtido, mas é corrido. De carro é a opção mais popular, há muitos estacionamentos gratuitos, inclusive nos castelos e as estradas são boas, não optamos por isso por questões pessoais. Dizem que o caminho nas estradas é bonito. Nós na excursão não vimos nada de mais, talvez em outra estrada. Há ainda a comodidade de parar onde quiser, pelo tempo que preferir.

 

- os jardins de Villandry são imperdíveis, especialmente se você vai na primavera. Nós fomos no outono e ainda assim estava legal. Já a entrada no castelo creio que seja dispensável. Entrar em um só pra mim é suficiente, depois fica tudo meio igual ... a diferença básica que vimos entre Chenonceau e Azay le Rideau por dentro é que o primeiro é mais decorado. Entre só em Chenonceau ou Cheverny e conheça o resto por fora.

 

- os trens na região são confortáveis e não se atrasam. Pode pegá-los sem se preocupar. Não vale a pena agendar excursões em Paris para conhecer o Loire, é perda de grana. Pegue o trem e vá pra Tours, agendá-las. Na maioria das vezes não há problemas de que esgotem, mas há exceções, como descreverei a seguir.

 

[t3]Vale do Loire - Amboise[/t3]

 

Na manhã seguinte, tomamos o bem meia boca café da manhã do hotel e fomos pro escritório de turismo comprar a excursão “Chambord-Cheverny”. Mas estava completa e não havia outra igual. A funcionária ofereceu outras, mas nenhuma contemplava os dois castelos e algumas incluíam Chenonceau, que já havíamos conhecido e teria sido perda de tempo ver por excursão. Frustrados, compramos a passagem de trem pra Amboise e partimos para ver um pouco mais de Tours. Chegamos à Catedral de Saint-Gatien

 

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Pegamos o trem e chegamos a Amboise. Não conseguir pegar a excursão acabou sendo o melhor que fizemos. A cidade é linda e caminhar por lá foi muito legal.

 

Chegamos ao restaurante Villa Roma, onde fomos orientados a fazer o check-in para acessar o quarto, que fica em cima dele. Fomos atendidos por uma funcionária bem simpática e meio escrava, pois trabalhava horrores e ainda tinha que atender a gente. O quarto era ótimo, bonito, confortável e com uma vista legal.

 

Pensamos em ir a Blois, que não estava no roteiro, mas era famosa por ser uma cidade bonitinha. Pensei, Amboise posso conhecer no dia seguinte, antes de voltar pra Paris. Andamos até a estação e vi que ficaria corrido ir pra Blois e ainda por cima não sabia o horário do trem pra voltar. Desistimos, resolvemos andar pela cidade e passear pelas margens do Rio Loire. Creio que tenha sido um dos melhores momentos de toda a viagem. Algo tão simples e tão legal. Sentamos na margem do rio e ficamos conversando um bom tempo. Depois caminhamos e tiramos várias fotos dessa paisagem pitoresca. Há mais no blog.

 

 

 

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Foi um momento bem “Antes do Amanhecer” (famoso filme), embora na verdade fosse pouco antes do pôr do sol. Em palavras é difícil descrever o que foi aquilo, mas as fotos ajudam um pouco. Já de noite, ainda andamos um pouquinho ao redor do Castelo de Amboise, mas esfriou muito. Jantamos no restaurante do hotel e fomos dormir.

 

Dicas:

 

- como você pode ver, o Loire é mais do que um conjunto de castelos. O lugar é pra relaxamento, andar sem pressa, admirando sua beleza. Vá a um ou dois castelos e deixe pra conhecer o resto por fora.

 

- recomendo a hospedagem em Amboise, pra quem está de carro e Tours, pra quem precisa de excursão.

 

- o almoço no Villa Roma achei com bom benefício pro custo apresentado, algo inferior a 10 euros contemplando prato principal (massa), sobremesa (Tiramisú) e bebida não alcoólica. Já o jantar é meia boca.

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Paris, dias 6 e 7 - Amboise, Montmartre, Ópera e compras.

 

O dia seguinte era o meu aniversário. Não conseguimos acordar muito cedo. Fomos até Clos-Lucé, antiga morada de Leonardo da Vinci, onde ele ficava enquanto trabalhava no Castelo de Amboise. Parece que havia uma passagem que ligava os dois lugares. Bem, não entramos, pois achei um assalto a entrada e já estava chegando perto da hora de pegar o trem, de modo que não haveria tempo para curtirmos muito. Cheguei a subir uma ruazinha dali perto, onde havia um ponto de observação

 

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Pegamos o trem, chegamos em Paris pouco mais de 2 horas depois, por volta de 15h15. Fizemos check-in novamente no hotel e fomos para o Mc Donald’s usar o wi-fi e comer algo. Tive a péssima idéia de comprarmos logo os presentes que faltavam e deixar pra comemorar o aniversário em outro dia. O funcionário do hotel, que falava português, nos indicou um shopping na Place d’Italie. Para lá fomos. Rodamos o resto do dia por lá e conseguimos comprar o presente da minha mãe e de nosso sobrinho. Acabou o dia :/

 

No dia seguinte, o bairro Ópera era o destino. Mas antes pegamos o metrô e saltamos em Pyramides, para passar na loja do Assimil, uma antiga rede francesa que vende cursos de idiomas em livros. Comprei alguns com o desconto que a vendedora nos deu, bem atenciosa. De lá, caminhamos até a Place Vendôme. Finalmente ela. Não achamos nada de extraordinário, é basicamente um monumento no meio. Começava a chover um pouco, de modo que tivemos que nos apressar. Chegamos na belíssima Ópera Garnier

 

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Andamos pela rue Saint-Honoré e chegamos à igreja Madeleine, bem bonita por fora e por dentro.

 

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Mas não pudemos aproveitar muito, pois mais uma vez no frio que fazia eu tinha que ir ao banheiro. Corri pra achar um Mc Donald’s e lá fomos. Entramos na Boulevard des Capucines e chegamos novamente à Ópera, com a chuva começando a apertar. Infelizmente o salão principal estava fechado por um motivo que não me recordo, de modo que mais uma vez só a vimos por fora. Lindíssima.

 

Pegamos o metrô para Anvers, para visitarmos Montmartre. A chuva já havia praticamente passado. Arredores da estação Anvers é um lugar horroroso, cheio de gente estranha e mal encarada. Fiquei meio paranóico ali. Seguimos pelas ruazinhas em direção à Sacré-Coeur, que podia ser avistada dali. Achamos desnecessário pegar o Funiculaire. Na escadaria havia uns negões sem fazer nada mexendo com algumas pessoas que passavam, ou vendiam coisas. Acho que mexeram com a gente, mas passamos reto e fiz que não ouvi. Subimos as escadas. Cansa, mas nada de outro mundo.

 

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A Basílica é bonita por dentro e por fora, mas dentro não pode tirar fotos. Ficam uns sujeitos lá de dentro o tempo todo dando esporro, falando em voz alta “no photo”. É engraçado como pra eles é mais importante não deixar tirar fotos do que preservar o silêncio de um lugar santo. Simbolizando toda a minha discordância com esta hipocrisia, posto aqui mais uma foto roubada :)

 

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Começou a chover de novo. Saímos rapidamente de lá e chegamos à Place du Tertre, onde alguns artistas fazem retratos. O lugar é realmente único, mas por outro lado a chuva e a preocupação com nossos pertences não me fez relaxar.

 

Place du Tertre, quadros ao fundo

 

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Vimos as placas pro Museu Dali. Entramos nele. Alugamos um audioguia em português a 3 reais. A mulher que gravou o audioguia tinha um sotaque engraçado, meio marrento. O museu é legal, conta muito a história do artista. Creio que ficamos 1h30 lá.

 

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Vale a visita. O sujeito era muito criativo, não só pintava de uma forma única, como era escultor, arquiteto e muitas outras coisas.

 

Começou a chover forte e passamos dos maiores perrengues da viagem. Chegamos a comprar uma capa chinesa vagabunda, mas foi o eu nos salvou. A chuva aumentou e o frio ficou insuportável. Já não sentia direito meus dedos. Caminhamos horrores em busca de uma estação de metrô e nada … deveria ser mais fácil achar uma, é mal sinalizado. Já congelados e molhados, chegamos à Place de Clichy, onde finalmente pegamos o metrô.

 

Ainda tínhamos reserva para a Torre Eiffel às 20h. Ficamos na dúvida se valia a pena irmos molhados e com frio, mas encaramos, com o apoio que Luciana deu. Quase sem filas, chegamos e subimos direto para o terceiro andar, pois o segundo era aberto e ainda estava chovendo. Lá em cima, com o frio absurdo que fazia, pouco aproveitamos. Foi só pela experiência de estar lá e porque a reserva tava feita. Voltamos pro hotel.

 

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[t1]Dicas:[/t1]

 

- Como se pode ver, reservar a Torre tem seus prós e contras. Não pegamos nenhuma fila e em algumas ocasiões ela pode ser enorme. Mas demos azar de reservar num dia chuvoso. A reserva precisa ser feita com muita antecedência, coisa de mais de um mês antes, se você quiser pegar os melhores horários nos dias mais disputados. A uma semana da data quase todos os horários estão esgotados.

 

- A subida é algo controverso. Vi muita gente dizendo que é imperdível e também muitos que disseram haver vistas melhores. Nós gostamos, mas também gostamos da vista de Notre Dame. Há ainda a do Pompidou, da Sacré-Coeur (que nem gostamos muito), Tour Montparnasse e do Arco do Triunfo. Esta última dizem ser a melhor, mas não subimos para conferir.

 

- programe bem seu tempo para compras. É um saco, toma tempo demais. Saia do Brasil com tudo anotado, onde e o que comprar, ou perderá tempo valioso dentro de uma loja. E o pior, é tudo caro. Deixe pra comprar nos EUA, no Paraguai, enfim, onde é realmente barato.

 

- se optar por um espetáculo na Ópera Garnier, fique acompanhando o site com meses de antecedência, logo assim que sair. Os ingressos mais baratos se esgotam muuito rapidamente. A visita normal você consegue na hora, sem reserva. Só não entramos porque no dia estava fechado.

 

- Visite Montmartre sem nada de valor. Uma câmera compacta no bolso da frente creio que não haja problemas. Foi o único lugar de Paris que não me senti seguro durante o dia. Até mesmo em algumas estações de metrô há avisos para você não dar mole, especialmente em Pigalle, estação de metrô que fica por ali.

 

- evitamos o funicolare (o bondinho) porque achamos as escadarias tranquilas. De fato, nada de outro mundo, se você não tem problemas cardíacos ou algo do gênero. O problema são os desocupados que ficam por ali intimidando quem passa. Eu não recomendo, é melhor pegar mesmo o funicolare. Pra pegá-lo basta usar um bilhete válido de metrô.

 

- Montmartre em geral tem muitas ladeiras, não recomendo pra quem tem dificuldade com isso.

 

[t3]Estrasburgo[/t3]

 

Foi duro sair da cama. O trem partiria bem cedo e além de estarmos cansados, fazia muito frio e chovia um pouco. Creio que se não fosse pelo trem já reservado teríamos mudado de passeio. Fomos até a Gare de L’est e pegamos o TGV, que em 2 horas depois chegou à estação. Chegamos. E agora ? Um frio absurdooooo, um dos maiores que já peguei na vida. Luciana, coitada, acostumada com aquele calorão do Nordeste, certamente pegou o pior frio da vida dela. E ainda chovia ! Ficamos naquilo, sair ou não sair, eis a questão. Após alguma indecisão, saímos, já que o trem de volta estava reservado para 20h e ainda eram 11.

 

Botamos nossa capa chinesa vagabunda, feia pra caramba e andamos. Lá na frente estava ele, tentador, o famoso Mc Donald’s. Sinônimo de comida que conhecemos, barata, wi-fi grátis e banheiro, lá entramos. Ficamos um pouco esperando passar a chuva e nada. Pela janela, víamos franceses e possivelmente alemães malucos andando sem capa, sem luva, mulheres de saia, tudo isso num frio que deveria estar perto de 0 grau.

 

Após lancharmos, criamos coragem e tentamos seguir o roteiro. Ou melhor, tentamos seguir uma rota alternativa para chegarmos logo à La Redoute, uma loja que venderia um sobretudo que minha irmã escolheu para ganhar de presente. Era o equivalente ao ponto H do roteiro original, de modo que tivemos que improvisar para começar por ele. Pegamos uma avenida que acreditávamos ser paralela à do roteiro, de modo que não ficássemos perdidos.

 

Com aquela horrível capa, sem nenhuma visão periférica e numa avenida que não era realmente paralela, acabamos nos perdendo. Vi pelo mapa que estávamos nos afastando bem do lugar desejado. O problema é que o mapa do Google Maps é uma merda, pois não aparece o nome de muitas ruas. Pegamos uma transversal e caminhamos, até chegarmos a uma praça chamada Les Halles, onde havia um shopping. Resolvemos entrar, para nos protegermos do frio e, quem sabe, acharmos o sobretudo da minha irmã, com um preço mais em conta. Até achamos em duas lojas, a New Look e a H&M, mas resolvemos não arriscar e procuramos a loja onde havia exatamente o modelo que minha irmã queria.

 

Saímos de lá em direção ao rio e vimos por acaso num mapa do lado de fora da Printemps que a rua da loja, rue de La Haute Montée, estava ali pertinho. Andamos por ela e não achamos a loja de jeito nenhum. Andamos, andamos, até percebermos que a rua tinha acabado. Voltamos e numa olhada mais minuciosa, vimos que a loja tinha fechado há pouco tempo e outra ficaria no lugar. Tudo isso naquele frio horroroso. Mais uma vez os desatualizados sites europeus nos pregaram peças.

 

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Voltamos pro tal shopping e compramos o tal sobretudo. De lá, resolvemos finalmente passear um pouco, tentando seguir o roteiro naquilo que fosse possível.

 

 

Na Place Kléber, havia um povo ouvindo essa banda estranha

 

 

Pela Église du Temple Neuf, Place Broglie, Opera du Rhin (que estava fechada), até chegarmos à Place de la Republique. Voltamos, andando em busca da Catedral, mas confiando apenas no senso de direção pelas referências (rio, o topo da igreja ao fundo, que acreditávamos ser a catedral), pois estava complicado nos orientarmos pelo mapa do Google Maps.

 

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Até chegarmos à bendita Catedrale Notre-Dame. Entramos. Lindíssima por dentro. Lá dentro há o relógio astronômico, que entra em funcionamento por volta de meio dia. No nosso roteiro inicial estava incluída vê-lo funcionando, mas com o frio e a chuva que fez, tivemos que alterá-lo.

 

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Saímos e caminhamos pela cidade

 

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Já sem chuva, estávamos nos apaixonando pela cidade e tivemos vontade de fazer o passeio de barco. Mas nosso tempo estava acabando e fomos em direção à estação. Não foi fácil. Tudo escuro, tive que confiar mais uma vez no senso de direção e me guiar pelas referências, mas cheguei a ter que parar pra perguntar. Os moradores foram muito simpáticos e deram todas as referências, mas somente em francês. Quase congelados, finalmente chegamos à estação e pegamos nosso trem de volta para Paris.

 

[t1]Dicas:[/t1]

 

- reservando com antecedência sai muito mais barato. É possível fazê-lo com 3 meses de antecedência, se não me engano. Mesmo esquema, entre no site da SCNF em francês. A cidade é fácil de se conhecer numa daytrip. Tentamos fazer o roteiro dele: http://wazari.wordpress.com/2009/10/07/estrasburgo/ mas só conseguimos parcialmente. Recomendo segui-lo.

 

- o lugar é frio mesmo. Parece que há decoração de natal lá, mas só recomendo ir no inverno se você gosta e tolera bem frio. Caso contrário, vá no verão.

 

- leve um mapa detalhadíssimo, pois não é muito bem sinalizado. A cidade parece pouco turística, acho que de toda a nossa viagem foi o lugar onde vimos menos turistas.

 

- não sei se foi azar nosso, mas à exceção de alguns poucos vendedores, ninguém falava inglês. Tivemos que nos virar com o francês, de modo que é bom anotar ao menos frases básicas. Leve papel e caneta, de modo que a pessoa poderá escrever se você não entender o que ela disse. Todos que pedimos informações foram muito bem receptivos.

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[t3]Paris dia 8 - mais compras e a despedida.[/t3]

 

Mais um retorno a Paris e mais uma vez havia compras a se fazer. Pela manhã, fomos até a Republique comprar uma mala para colocarmos alguns dos presentes comprados.

 

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Fizemos um lanche e de lá fomos até a Rue de Rivoli procurar a H&M e a New Look. A primeira foi fácil de achar. A segunda ficava num tal Forum des Halles, mas o Google Maps dizia que ficava na Place de L’Hotel de Ville. Bem, o lugar estava totalmente errado e penamos pra encontrar. Uma senhora simpática nos viu com cara de perdidos e nos deu orientação do local verdadeiro. Seguimos.

 

Próximo ao local, o Forum des Halles, mais confusão. As poucas placas existentes apontavam em direções opostas (!!!). E o lugar era meio feio. Após rodarmos um pouco, finalmente achamos a bendita loja. Após fazermos as compras, já era bem tarde. Só havia tempo para deixarmos as compras na mala, na sala de bagagens do hotel e voltar para passearmos um pouco pela cidade e, principalmente, deixarmos nosso cadeado na ponte, como manda a tradição dos casais que visitam Paris.

 

Chegamos finalmente à Pont de l’Archevêché, escolhida para abrigar nosso cadeado. Perto da bela Catedral de Notre-Dame, pequena e não tão badalada quanto as outras, mas com seu próprio charme. Ali deixamos nossa lembrança e nos despedimos de Paris, para voltarmos ao Brasil.

 

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[t1]Dicas:[/t1]

 

- Notre Dame tem uma beleza especial vista de noite, como você pode ver pelas fotos. Vale a pena visitar de dia e de noite, se seu tempo não estiver muito curto.

 

[t3]Epílogo[/t3]

 

Pegamos nossas malas no hotel e pegamos o RER C, saltando novamente em Saint-Michel, onde pegamos o RER B. O trem estava lotado ! Quase não conseguimos entrar. Uma gordona entrou atrasada, deu uma ombrada na gente para poder entrar no vagão e quase nos jogou longe, rs. Pior de tudo, a FDP pegou o trem no sentido errado ! Saltou em seguida. Por sorte saímos logo daquela lata de sardinha, pois em vez de irmos até Antoine pegar o Orlyval, o trem automático que leva ao aeroporto Orly, resolvemos saltar em Denfert-Rochereau, onde pegamos o Orlybus, ônibus que leva ao mesmo aeroporto.

 

Foi o melhor que fizemos, pois o ônibus partiu vazio e havia muito espaço para deixarmos as malas. Chegamos bem rápido, em menos de 15 minutos. O aeroporto é enorme e não havia muita sinalização, de modo que estávamos no setor errado (a TAP partia do setor oeste e estávamos no setor sul). Não havia nenhuma indicação, fomos para o sul na sorte, ao pegarmos o Orlyval. Para ir do sul ao oeste o trem é de graça.

 

Bem, o aeroporto estava deserto. Nosso vôo era só 8 da manhã. Descobrimos que não existem vôos de madrugada. Pior de tudo, começamos a ficar com fome e praticamente não havia o que comer, tudo fechado. Conseguimos comprar um refrigerante e um biscoito numa máquina. Por sorte tínhamos moedas, pois só se aceita este tipo de pagamento.

 

Foram longas horas de espera no saguão do aeroporto. Dormimos um pouco, mas passamos a maior parte do tempo acordados. Fizemos o check-in e entramos no avião, que partiu de Paris para Porto. O vôo foi bem tranquilo, mal dormimos e já acordamos.

 

O aeroporto de Porto (que cacofônico, hehe) é bem moderno, gostamos. Colocamos o formulário do Tax Free, que é um reembolso de impostos (12 % do valor do produto) que a Europa dá a turistas que gastam numa mesma compra mais de 170 euros, o que ocorreu no caso da câmera. Após mais uma fila inútil que a TAP criou, chamando passageiros muito antes do horário de embarque e demorando séculos para conferir documentação, finalmente embarcamos.

 

Viemos no pior vôo de nossas vidas. A maioria era de portugueses, visitando o Rio de Janeiro. Infelizmente esse povo não é chegado a higiene e o mau cheiro era horroroso. Não é exagero. As pessoas tinham um bafo horrível, que dava para sentir à distância e foi assim a viagem toda, pois não calavam a boca. Pra piorar, foi um vôo longo (10 horas) em que mal conseguimos dormir e ainda pegamos uma turbulência muito sinistra no final, o que levou a uma salva de palmas para o piloto quando ele pousou, hahaha.

 

Chegamos bem tarde no Rio e levamos uma eternidade para pegarmos nossas malas, algo em torno de 1h já descontado o tempo para passar na imigração.

 

No dia seguinte, resolvemos matar a saudade da tradicional comida brasileira. Fomos num bom restaurante aqui de perto, meio com cara de boteco, mas com uma comida excelente. Arroz, feijão e churrasco com fritas. Comemos como animais, sentindo um prazer que há muito não sentíamos. Definitivamente em matéria de culinária a Europa não deixou saudade.

 

Foi uma experiência interessante e passamos um tempo bem agradável em nossa viagem. É como eu costumo dizer para as pessoas que perguntam, os 28 dias de viagem parecem ter sido um tempo bom. Menos do que isso, ficaríamos com sensação de “quero mais”. Mais, já estaríamos cansados demais.

 

Vemos o velho continente com seus prós e contras, sem aquela aura de mágica que alguns insistem em se iludir. Os meios de transporte são muito melhores e quase tudo tem horário, até mesmo em cidades do interior. Lá existem muitos furtos e golpes, mas dificilmente você se sente ameaçado de violência. Parece haver menos impunidade, o que leva a interpretação errada de que os europeus parecem muito mais educados do que nós. Bem, de fato se cumpre mais os protocolos de polidez, mas é como já falei ao longo do blog, isto se deve mais a uma mecânica rígida desenvolvida com o tempo do que uma maior empatia. Os europeus podem ser mais egoístas e golpistas do que nós. Na verdade, acredito até que sejam. Fora da vigilância social, você vê pessoas tentando passar a perna, mal educadas e antipáticas. Aqui no Brasil os turistas são muito mais bem recebidos, afinal, o bom anfitrião quer receber bem seus convidados em agradecimento por terem vindo de tão longe prestigiar a nossa terra e o nosso povo.

 

A comida é outro ponto negativo. Tão bem falada, talvez seja maravilhosa para quem tem muito dinheiro. Mas para quem quer fazer refeições econômicas, definitivamente se come muito melhor no Brasil com 20 reais do que com 20 euros na Europa. E olha que estou desconsiderando o câmbio desfavorável. As comidas aqui são muito mais bem servidas e temperadas.

 

Sentimos muita falta da bela arquitetura europeia, seus museus fantásticos e sua natureza bem preservada. É ótimo ver um rio limpo e não ver lixo jogado por aí. Até vimos na Itália, mas na França o cuidado é maior. Uma pena que no Brasil em geral a arquitetura seja tão utilitária, agindo a construção apenas com o propósito de habitação, não como um lugar belo para se viver e admirar, de modo que o prazer de andar sem rumo por aqui não é o mesmo.

 

Enfim, a viagem serviu para curtirmos um ótimo momento num lugar de cultura diferente, paisagens diferentes, mas também para valorizarmos aquilo que temos de bom por aqui. O saldo final é muito positivo e mal podemos esperar para voltarmos, dessa vez para outros países. Só falta a oportunidade aparecer.

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Fala grande Marcos,

 

Seu relato está show de bola. Pode continuar nesta linha que está bem bacana.

Eu gostaria apenas de dar uma dica pois eu passei pelo mesmo problema. O seu post está um pouco pesado para carregar pois você fez o upload das fotos se reduzí-las. Eu tinha feito isso e o post ficou super pesado. Tente reduzir as fotos (1024 x 768 é uma boa proporção) e poste novamente. Eu fiz isso e melhorou consideravelmente.

 

Abração,

Sandro Stéfano.

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Fotos redimensionadas pra 25 % do tamanho original, com redução de aproximadamente 10 vezes no tamanho do arquivo. Deu trabalho, mas agora creio que o relato carregará mais rapidamente.

 

Agora ficou show de bola. O post é carregado muito rapidamente. Aguardando a continuação.

 

Abraços,

Sandro Stéfano.

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