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Europa: Portugal, França, Itália e Espanha, 23 dias


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  • Colaboradores

Eu e mais duas amigas fizemos uma viagem por 4 países da Europa, de 03 a 26 de maio, de 2008, de mochilão nas costas. Taí o roteirão da gente:

 

Dia 1 - Lisboa

Saímos no dia 03 de Brasília, chegamos a Lisboa às 6h da manhã, do dia 04. Pegamos o ônibus (que lá é chamado de autocarros) 745, ao custo de 1,30€ , até a Praça do Comércio, que é onde começa a Rua Augusta, onde o nosso albergue ficava, o Traveller's House - diária a € 18, quarto misto para 6 pessoas. Foi o melhor albergue que fiquei em toda a viagem: é pequeno, muito confortável, café-da-manhã incluso, delicioso, gente muito hospitaleira e clima bacana - toda noite tem alguma coisa para fazer (dia de cinema, dia do vinho, etc). Deixamos as coisas lá e fomos andar pela região. Como estava muito cedo, fizemos hora na Praça do Comércio (que fica de frente para o Oceano Atlântico), tiramos fotos, ficamos andando pelas rua do bairro. Com o mapa que pegamos no albergue, percebemos que estávamos perto do Castelo de São Jorge (. Como já era quase 9h da manhã, fomos a pé, subindo ladeiras, vendo casas com azulejos e roupas penduradas em varais nas janelas. Chegamos ao Castelo, que foi construído na época dos visigodos, fica no morro mais alto da cidade, são apenas ruínas, mas tem a vista mais bonita de Lisboa. É um passeio bacana para se fazer no pôr-do-sol (fica aberto até às 18h). Depois, resolvemos ir para o Parque das Nações, para ir ao Oceanário. Descemos as ladeiras até a estação de metrô mais próxima, a Rossio, e fomos em direção à estação Oriente, do outro lado da cidade. O Parque é lindo tem um dos maiores aquários da Europa, com 25 mil espécies de peixes e imita os 5 oceanos do mundo. Depois, pegamos o bondinho e fomos para o outro lado do parque, onde é cheio de restaurantes. Resolvemos ir, então, para a Torre de Belém. Pegamos um ônibus na estação Rossio e chegamos até a Praça do Império, em frente ao Mosteiro dos Jerônimos. Ali, fomos conhecer, primeiro, o Monumento do Descobrimento, onde, no chão, há uma Rosa dos Ventos. Logo à direita, está a Torre de Belém, a uns 500 metros. Dali, fomos para o Mosteiro dos Jerônimos, que fica entre os dois pontos, mas mais para trás. O Mosteiro já estava fechando (era umas 17h) e, apesar de não termos entrado lá, conseguimos entrar na Catedral do Mosteiro, onde estão os restos mortais de Luiz de Camões e Vasco da Gama. Saindo do mosteiro, uma quadra a esquerda, está a famosa loja de Pastéis de Belém. Pegamos uma fila imensa, mas conseguimos comprar, são baratos e uma delícia! Vale a pena. Logo em frente, pegamos um bonde elétrico até a Praça do Comércio e voltamos para o albergue. Cansadas, preferimos ficar por ali mesmo e aproveitar a noite do cinema no albergue.

 

Dia 2 - Sintra

Era uma segunda-feira, como tínhamos pouco tempo em Portugal (afinal, fizemos apenas um stop com a passagem que o destino final era Paris, pela Tap, sem pagar nada a mais por isso), resolvemos ir a Sintra. Fomos a pé do albergue até a estação Rossio, onde pegamos um trem por € 1,50 para ir até Sintra. A viagem dura mais ou menos uns 45 minutos. Chegando lá, saindo da estação final e virando para direita, há uma local de informações turísticas. Compramos um passe de ônibus para o dia inteiro e ficamos esperando uns 10 minutos (aproveitamos para fazer um lanchinho rápido, num café em frente ao guichê de informações turísticas) esperando o ônibus 434, que sai dali mesmo para ir para o Castelo dos Mouros. Chegando lá, na entrada, você compra um ingresso conjunto para ir também para o Palácio da Pena, que fica logo acima, na estrada. O Castelo dos Mouros, uma construção árabe do séc. 8. Restam apenas ruínas de algumas muralha, mas o gostoso é ir andando pelo caminho que leva até lá, para se ter a melhor vista de Sintra e arredores. Voltamos para a estrada, esperamos o ônibus (dava para subir a pé, mas como estávamos com o ticket para um dia, aproveitamos para usá-lo) e fomos para o Palácio da Pena. Foi a residência da família real e o mais legal é a mistureba de arquitetura que é lá. Pegamos um ônibus de volta para a cidade e fomos para o Castelo de Sintra, que foi residência da família real no séc. 15. O palácio não é lá essas coisas, mas é cartão postal da cidade, com suas chaminés brancas. Logo depois, fomos almoçar em uma ruela logo em frente ao castelo, em lugar que vendia bacalhau a € 8 - uma pechincha! Aproveitamos para tomar o vinho da casa por € 2. Resolvemos, dali, ir para a Quinta da Regaleira, um palacete, que achei o mais legal e diferente da cidade, apesar de meio sombrio. O lugar é coisa mais diferente que já vi, vc sente emoções variadas ali dentro. Depois, voltamos a pé para a estação e pegamos o ônibus 403 que ia até o Cabo da Roca. A viagem dura mais ou menos 1h e vai passando por dentro de outras cidadezinhas, você nem sente que saiu de Sintra. Chegando lá, tivemos uma das visões mais lindas (e geladas) da viagem: o ponto mais ocidental da Europa, que termina em um penhasco, com o mar lá embaixo. Vale a pena. Atenção para os horários de volta, o lugar é meio isoladão. Voltamos para Sintra no último ônibus, que saía às 18h20, e chegamos de volta a estação de trem. Dali, já familiarizadas com a cidade, fomos a pé para as ruas próximas ao Castelo de Sintra, procurando a Periquita, uma espécie de lanchonete que vende as famosas queijadinhas e os travesseiros - espécies de doces que vale muito a pena comer. Acabamos conhecendo um búlgaro, Bohuslav, perdido no caminho, que ficou amigo e foi com a gente para a Periquita. Dali, voltamos para Lisboa, porque já havia anoitecido e não tínhamos noção de quando saía o último trem para a capital. Chegamos ao albergue, fomos lanchar numa rua próxima, voltamos e participamos da noite do vinho - degustação de vinhos, ao preço de € 15 (se não me engano), com petiscos e tudo mais. Muitas amizades no albergue.

 

Dia 3 - Lisboa/Paris

Como teríamos que estar no aeroporto às 11h (nosso vôo saía às 13h), aproveitamos para dormir um pouco mais e ficamos andando pela região, em lojas, etc. Pegamos o aerobus 91 na Praça do Comércio, que vai direto para o aeroporto (o preço é o dobro, 3 €, mas valeu a pena porque estávamos atrasadas) e embarcamos para Paris. Chegamos ali às 17h, no Aeorporto de Orly. Pegamos um aerobus até a estação ___, onde já compramos o Orange Card (passe de metrô que vale por 1 semana) e dali fomos até a estação Laumière, saímos na Av. Jean Jaurès e viramos à esquerda na rue de Crimée, logo depois do canal estava o albergue St Christopher's Inn - enorme e bem estruturado - diária a € 23 em quarto misto para 10 pessoas. Como estávamos morrendo de vontade de ver Paris, largamos as mochilas no quarto e fomos para o Arco do Triunfo. Entramos na estação Crimée e saímos na estação Charles de Gaulle Etoile. Dali, é só atravessar a passagem subterrânea, que te deixará bem abaixo do arco. Chegamos lá às 9h da noite e pegamos um pôr-do-sol incrível (acostume-se, na primavera é nesse horário mesmo, vc aproveita bastante a luz do dia), subimos no arco e tivemos o nosso primeiro encontro com a Torre Eiffel. Linda, linda! Depois, descemos pelo lado esquerdo do Arco, seguimos em frente e estávamos na Champs-Elysées. Ali é cheio de lojas, ficamos embestalhadas com tanta coisa legal... e o nosso primeiro lanche em Paris foi ali - o olho da cara, mas vale a pena, afinal, era a Champs-Elysées. Voltamos para o albergue e fomos dormir.

 

Dia 4 - Paris

Acordamos cedo, tomamos café (baguete, leite, café, sucrilhos, suco, etc) no próprio albergue e fomos para o Trocadero, a melhor vista que se pode ter da Torre Eiffel. Basta pegar o metrô e seguir para a estação Trocadero. Ali é um grande terraço de frente para a torre. Cenário perfeito para a melhor foto da viagem. Dali, é só seguir a pé, em frente, pelos jardins do Trocadero e cruzar a Ponte d’Lena sobre o Rio Sena (nossa primeira visão do Sena, inclusive). Entramos na fila para o bilhete para a Torre Eiffel e compramos para o último andar (€ 10,70). Prepare-se para pegar muita fila, mas vale a pena - demoramos uns 45 min na fila para comprar o bilhete, mais uns 15 min pra pegar o elevador para o segundo andar e mais outra fila, ficamos uns 20 min, para pegar o último elevador e ir até o terceiro e último andar. Descemos e resolvemos andar por ali, até acharmos um restaurante barato (vietnamita) e comer ali mesmo. Voltamos e tiramos um cochilo na grama do parque que fica entre a Torre e a Ecole Militaire. Seguimos em frente, pela esquerda, viramos na primeira avenida à direita e saímos na Igreja do Domo, que aos fundos, tem o Museu das Armas. Na verdade, tudo aquilo é o Hotel dês Invalides onde há diversos túmulos de heróis de guerra franceses, entre eles, o de Napoleão Bonaparte. Saímos pela frente do museu, viramos à direita até a Boulevard des Invalides. Na primeira rua à direita, chegamos no Museu Rodin. Compramos ingressos apenas para os jardins, onde estão as obras mais famosas desses escultor (entre elas, o pensador). Foi um dos museus mais gostosos de se passear da viagem. Logo em seguida, fomos para a Place de la Concorde, voltando pelo mesmo caminho ao Hotel dês Invalides, seguimos em frente até a Ponte Alexandre III (uma das mais bonitas da cidade). Viramos à direita e chegamos a praça, que nada mais tem que um obelisco no meio. Mas foi ali que foi executada Maria Antonieta e Luis XVI. Em frente, seguindo o rio Sena, está o Jardim das Tulherias. Atravessamos ele e chegamos ao Louvre. Como era uma quarta-feira (assim como nas sextas), ele só fecha às 22h. Chegamos às 18h, entramos pela Pirâmide de Vidro, não pegamos fila e fomos ver a Monalisa, Vênus de Milo e milhares de outras obras que não sei o nome, mas reconheci dos livros de história. Saindo do Louvre, vimos que todo mundo fazia piquenique na beira do Sena. Compramos um lanche e fomos para lá, descansar, comer e ver os barcos passando no rio. Voltamos para o albergue, tomamos ainda um vinho no bar do lugar e fomos dormir.

 

Dia 5 - Paris

Era o dia para ir a Montmartre, o bairro mais cool de Paris. Pegamos o metrô, em direção a estação Anvers e descemos já em frente à rua que vai dar na Sacre-Coure. Subimos a ladeira, cheia de lojas de souvenirs, topamos com uma escadaria gigantesca que leva até a igreja. A vista é bem bacana e o lugar é cheio de artistas de rua. Grátis entrar na igreja. Se vc pegar a rua na esquerda dela, chega ao Place du Tertre (artistas e pintores de rua). Mas preferimos descer para comprar perengodengos e fomos para a Boulevard de Clichy. Dica: não compre essas coisas de turista na rua logo em frente à igreja, e sim na avenida, onde os preços são mais em contas. Alguns quarteirões a frente, está o Moulin Rouge. Dali, descemos a pé na rua logo a esquerda até a Opera Garnier. Não entramos, preferimos ir até as Galerias Lafayette, que ficam atrás dele, no Boulevard Haussmann. Pegamos o metrô ali, em direção a estação Bastille. Subimos a Boulevard Beaumarchais (sentido norte) ate a praça, que dá para se perder, já que todos os lados dela (inclusive as casas) são iguais. Embaixo dos prédios é cheio de barzinhos legais. A noite estava reservada para o Museu D'Orsay, que nas quintas-feiras fica aberto até às 21h45. Mas como estávamos mortas de andar, pegamos o metrô até a estação Solferino e fomos, mais uma vez, lanchar na frente do Sena.

 

Dia 6 - Paris

Logo de manhã, fomos para a Notre Dame, que fica na Ile de Cité (pegar metrô para estação Cité). Saímos próximo ao Mercado das Flores, ao lado da igreja. Para entrar dentro dela é grátis, mas para subir nas torres e ver os gárgulas tem que pegar fila e pagar, mas vale a pena. Saindo dali, do outro lado da ilha (que é pequena), está a Saint Chapelle e Conciergerie. Preferimos não entrar, mas me arrependi, porque a St. Chapelle é uma das igrejas mais bonitas de Paris. Próximo está o Centre George Pompidou, de arte moderna. Também não fomos lá, escolhemos ir para as Catacumbas de Paris - metrô Denfert Rochereau. Quando os esgotos de Paris começaram a ser construídos, foram retiradas ossadas humanas de cemitérios que ficavam no caminho e depositadas nessas catacumbas - 1,5 km de muita caveira e esqueleto, no subterrâneo. Saindo dali, ficamos perdidas (mesmo pedindo informação) e gastamos um tempo danado para achar uma outra estação de metrô que fosse para a estação Pere Lachaise, mesmo nome do cemitério onde estão enterrados Edith Piaf, Chopin, Allan Kardec, Oscar Wilde e Jim Morrison. Mas, quando chegamos lá, faltando 15 min para as 18h, o guarda não nos deixou entrar (o cemitério fecha às 18h). Resolvemos, então, procurar um supermercado, a fome já apertava, onde compramos muito queijo (daqueles carérrimos no Brasil, e muito baratos por lá) e um vinho ultrabarato, mas um dos melhrores que já tomei. Fomos com a tralha toda para... o rio Sena! Piquenique again! Mas essas eram as melhores partes do dia: sentar, descansar, comer e morrer de falar besteira.

 

Dia 7 - Paris/Versalles

Era nosso último dia inteiro em Paris. Resolvemos ir para Versalles. Pegamos o RER (trem) na estação Gare Montparnasse (€ 5,30 - ida e volta). A viagem dura, aproximadamente 30 min. Ficamos 2 horas na fila para comprar o ingresso e chegando na bilheteria descobrimos que entraríamos de graça e não era preciso ter ficado esse tempo todo lá (eu tenho carteira internacional de jornalista e as minhas amigas tinham carteira internacional de estudante). Entramos e pegamos um bondinho que nos levaria até o Petit Trianon, palácio que Maria Antonieta ganhou do rei. Os palacete, em si, estava fechado, mas o que vale a pena ali é andar pelos jardins do Petit Trianon, onde há uma pequena vila, que a rainha mandou construir, para brincar com as crianças que morava no campo. Depois, pegamos de volta do bondinho, passamos em frente ao Gran Trianon (não descemos) e fomos até o Gran Canal. Ali, compramos sanduíche e refrigerante e fomos comer e tirar uma soneca nos jardins de Versalles, em frente ao canal onde dá para fazer passeio de barquinho a remo. Depois, começaram as Grandes Águas Musicais (começa a tocar música clássica e todas as fontes do jardim são ligadas), às 15h, e a gente foi andar pelo jardim, que é imenso e dá para se perder lá dentro - o que é uma coisa boa, já que, cada hora, você topa com alguma fonte esplendorosa pela frente. Depois, fomos visitar o interior do Palácio de Versalles, passamos pelos aposentos do rei, da rainha e dos infantes (o filhos do casal) até chegar ao Salão dos Espelhos (não deixe de visitar). Fomos, depois, até a lojinha de perengondengos e compramos um monte de coisas ali. Voltamos para a estação, já que o Palácio estava fechando e pegamos um trem até a Torre Eiffel. Ali, em frente, descemos até as margens do Sena para pegar um bateaux-mouche (€ 10) e fazer o passeio pelo rio à noite. Quando entramos no barco, já eram 22h e as luzes da Torre Eiffel foram acesas, piscando sem parar. Uma grande despedida de Paris. O passeio durou em torno de 1h, voltamos para o local da partida e ali, próximo, já pegamos o metrô de volta ao albergue.

 

Dia 8 - Paris/Veneza

Fomos de manhã para o Aeroporto Charles de Gaulle de metrô, para pegarmos o vôo em direção a Veneza. Chegando no nosso primeiro ponto na Itália, pegamos um autocarro (ônibus) n° 5 até a estação Santa Lúcia. Dali, pegamos o vaporetto (barco-ônibus) n. 41 (pode ser o 42 ou 82) para chegar até a Isola Della Giudecca (ilha de Giudecca), onde ficava o nosso albergue - YHA Ostello Della Gioventu. Já estava na hora do almoço e ao lado do albergue tinha um restaurante, de frente para o mar. Almoçamos ali mesmo, estranhando os preços bem mais baixos que os de Paris. Depois, pegamos o vaporetto até a Piazza de San Marco, na Isola Maestra (a ilha principal de Veneza), e já saímos bem perto da Basílica de San Marco. Nunca vi tanta gente na vida. Começamos a andar, andar, andar até ficamos perdidas na cidade - mas esse é o gostoso. Vimos gôndolas, tomamos o famoso sorvete italiano, passamos pela Ponte Rialto, passeamos até as pernas cansarem. Voltamos à noite para o albergue e fomos todos jantar no mesmo restaurante onde tínhamos almoçado. O albergue fechava à 1h30 da manhã e quase ficamos de fora.

 

Dia 9- Veneza/Florença

Acordamos e fomos até a estação de trem (que tínhamos achado nas andanças do dia anterior) e compramos a passagem para Florença para logo depois do almoço. Andamos muito, mais uma vez, por Veneza, voltamos até a Basílica de San Marco e entramos. A igreja é linda, toda de ouro por dentro, que foi construída para receber o corpo de São Marcos, o evangelista, patrono da cidade e cujos restos mortais foram trazido para Veneza de Alexandria, no Egito, em 828. Saindo e virando para a direita da basílica, está a Torre dell Orologio, que mostra as fases da lua e os signos do zodíaco, representados em azul e dourado no grande relógio e foi construída no final do séc. XV. Uma lenda conta que após os inventores terminarem a obra tiveram seus olhos arrancados para que não fizessem novamente o projeto. No alto está a figura do leão alado de San Marco, símbolo da cidade. Almoçamos spaghetti ao molho bolognesa e voltamos para pegar nossas mochilas no albergue. Fomos para estação, direto para Florença. Detalhe: compramos o ticket do trem por 30 euros, mas poderíamos ter comprado por 15 se já tivéssemos aprendido a não ter medo da máquina os tickets. Chegamos em Florença no final da tarde, na estação Santa Maria Novella. Saindo da estação, virando a esquerda, atravesse a rua e pegue a av. que tem um Mc Donalds na esquina. Fomos reto dois quarteirões até chegar na Via Faenza, rua do Ostello Archi Rossi (fica a uns 5 min andando, é bem perto). Outro albergue bom, barato e recomendado, com café da manhã e tudo. Deixamos as mochilas ali mesmo e saímos andando pela cidade. Descendo a via Faenza, virando a esquerda na Via Nazionale, depois virar a direita (descendo) a via dell' Ariento (onde geralmente tem uma feirinha, que fecha às 18h. Logo em frente, você vai ver a Cappelle Medice e, em frente, um restaurante, de esquina. Ali, é possível comprar um bom vinho italiano por 8 euros e comer petiscos a vontade (de graça). Depois de duas garrafas e muitos petiscos, voltamos de barriga cheia para o albergue, onde aproveitamos para mandar e-mail, baixar fotos para o pendrive, etc, já que em todos os quartos há um computador.

 

Dia 10 - Florença/Piza/Florença

Tomamos café da manhã no próprio albergue (o melhor café da manhã de todos) e fomos para a praça do Duomo, que fica bem próximo ao albergue (basta descer a Via Faenza até o final de virar a esquerda na Via de Cerratani. Para subir os 463 degras da Cattedrale di Santa Maria Del Fiori é preciso pagar € 6 e não entra quem estiver de saia, bermuda ou roupa decotada. Dentro da igreja, há afrescos de Donatello. Do lado da catedral, está o Campanile de Giotto uma torre dos sinos, um campanário com 82 m de altura, além do Battistero di San Giovanni, onde Dante Alighieri foi batizado. Suas portas de bronze são famosas, principalmente Portão do Paraíso (em frente ao Duomo). Difícil é tirar foto na frente das portas, já que é cheio de gente. Depois, descemos pelo lado esquerdo da catedral, 3 quarteirões abaixo, virar na Dante Alighieri, e logo depois a primeira rua a esquerda, onde está a Piazza della Signori, principal praça de Florença. É um museu ao ar livre, cercada por esculturas como Perseu de Cellini e Rapto das Sabinas, de Giambologna.Pegando uma rua no meio da praça, em frente ao palácio (a prefeitura), na esquina há uma loja Chanel. Prepare-se, em Florença você vai cansar de ver lojas de grandes grifes. Seguindo essa rua, logo a frente há um mercado com coisas típicas de Florença e um javali de bronze, que sai água da boca dele. É costume, para dar sorte, esfregar a mão no focinho do javali. Logo depois, descemos a rua até chegar a Ponte Vecchio, do séc. 14, a mais antiga de Florença. Foi a única ponte a escapar da destruição nazista da 2 Guerra Mundial. Atravessando ela, seguindo em frente, encontramos o Palácio de Pitti. Há vários museus dentro deste palácio, que foi construído por Luca Pitt para tentar superar o poder dos Medici. Vale a pena comprar o ingresso para o Giardino di Boboli (jardim de boboli), um parque com várias esculturas e que, lá em cima, dá uma bela vista da cidade, além de um jardim a parte, cheio das rosas mais imensas que já vi. É neste jardim que está o Museo delle Porcelane. Saímos dali, atravessamos novamente da Ponte Vecchio e viramos esquerda. Logo em frente, do lado esquerdo, está o Palazzo degli Uffizi, um dos maiores acervos de arte do renascimento do mundo. Compramos os ingressos antecipados para não ter que enfrentar filas quilometricas no dia seguinte. Como fizemos tudo isso numa manhã, ainda tínhamos a tarde livre, resolvemos ir para Piza. Fomos para a estação S. M. Novella, onde havíamos chegado, e compramos passagem de trem para Piza. A viagem dura cerca de 1 hora. Chegando na cidade e saindo da estação, vimos num mapa que era só seguir em frente que sairíamos na famosa torre. Andamos, andamos, andamos (muito), atravessamos o Rio e continuamos andando. E não é que no final da rua, lá na frente, estava a torre e a catedral. Nas ruas, em frente ao local, um monte de gente tirando aquelas fotos idiotas de gente empurrando a torre e tudo mais. Fomos fazer a mesma coisa. Dá para subir na torre, mas já estava escurecendo, decidimos voltar e economizar um pouco de perna. Chegamos em Florença já a noite.

 

Dia 11 - Florença

Acordamos cedo e fomos para a Galleria dell’Accademia, que abre às 8h30. A principal atração de lá é o David, de Michelangelo, gigantesco (acho que 5 m de altura). Pegamos pouca fila. Depois, saímos dali, subindo a rua, viramos a primeira a direita na Via Cesare Battisti, onde há uma praça, com uma igreja e o Convento de San Marco. Ali é o primeiro orfanato da cidade. Descemos e fomos para o Palazzo degli Uffizi (os ingressos antecipados são com horários marcos e 3,50 euros mais caros). Neste museu estão aqui a Madonna del Cardellino, de Rafael, os enormes e maravilhosas telas de Boticelli, como Nascimento de Vênus e a Anunciação da Primavera, entre outros. É enorme, uma sala atrás da outra, com obras muito conhecidas. Vá com um tênis confortável. Saindo dali, virando a esquerda, na rua que fica ao lado do Rio Arno, seguimos 1 quarteirão e chegamos no Museu Galileo Galilei, onde estão as criações deste inventor. Depois, seguindo na mesma direção, mais 2 quarteirões, subimos na Via de Benci até chegar na Piazza de Santa Croce, onde há uma basílica, com 276 sepulturas de nomes imortais das artes, como Michelangelo, Ghiberti, Machiavelli, Dante e Galileo. Para entrar, tem que pagar € 5. De lá, como já era final de tarde, resolvemos voltar para a rua lateral ao Rio Arno e pegar o ônibus 13 para a Piazzale Michelangelo. Ali, há a melhor vista de Florença, é uma mirador no alto de uma colina para a cidade. Depois disso, voltamos para o albergue, já era noite.

 

Dia 12 - Florença/Roma

Pela manhã, fomos comprar a passagem para Roma (como já estávamos mais acostumadas com as máquinas, compramos a passagem por 15 euros, no trem mais simples, segunda classe) e depois aproveitamos para dar mais uma volta na cidade, fazer compras, pegar o mochilão no albergue e ir para estação de novo, rumo a Roma. A viagem durou cerca de 3 horas e meia, num trem legal (não tão moderno quanto o de Veneza para Florença, mas pelo preço, estava em excelente estado). Chegamos a estação Termini. Por ali, é a região de albergues de Roma, a maioria se concentra nessa região. O albergue que reservamos ficava na rua logo a esquerda, saindo da estação, na Via Solferino 9, o M & J Place - o pior albergue de toda a viagem, apesar a ótima localização e boas amizades que fizemos lá. Como estávamos no meio da tarde, fomos andar por ali, saímos do albergue, viramos a esquerda, atravessamos a rua e topamos com umas ruínas - a primeira de milhares que veríamos ali. Eram as Thermas de Diocleciano, as maiores de Roma antiga. Neste dia, ficamos apenas nos jardins das Thermas, já sabíamos que em Roma se poderia comprar um kit museu em qualquer banca, que daria 2 ingressos de graça, desconto nos outros ingressos (além de furar fila) e mapas. Dali, continuamos descendo, contornando as Thermas, até chegar em uma igreja, construída nas ruínas. Era a Basílica de Santa Maria degli Angeli e dei Martiri, onde há afrescos de Michelangelo. Em frente, da igreja, atravessando a rua, está a Piazza de la Repubblica. Descemos a Via Nazionale, que é cheia de lojas e restaurantes, até o fim, passando pelas ruínas do Mercati Troiani, viramos a esquerda e logo depois a direita, descemos uma rua de pedestres, onde há uma escada e demos de cara com as ruínas do Foro Romano. Lindo, lindo! Voltamos para o albergue, no caminho jantamos, e fomos nos preparar para o dia seguinte.

 

Dia 13 - Roma/Vaticano

Resolvemos ir ao Vaticano neste dia, era um sábado. Acordamos cedo, pegamos o metrô na estação Termini até a Ottaviano. Descemos nela e seguimos o fluxo de turistas. Topamos com o muro do Vaticano, seguimos pela direita, até chegar no final de uma fila que já se formava para entrar no Museu do Vaticano (eram umas 9h30, o museu abre às 10h). Há vários sinais indicando o local do museu. Ficamos cerca de 20 min na fila e entramos no museu. Lá dentro, há vários museus pequenos. Já na entrada, após passar as roletas onde vc apresenta o ingresso, há a Scalone Elicoidale, uma escada giratória famosa, mas você pode optar subir de escada rolante. Logo a esquerda, está o Musei di Antichitá (mais rica coleção de arte existente) – com 4 museus: Museo Gregoriano Egizio (sarcófagos, múmias, vestes funerárias e coisas egípcias), o Museo Pio Clementino (antiguidades gregas e romanas), o Museo Chiaramonti (extensa galeria e grande número de esculturas) e o Museo Gregoriano Etrusco (9 salas com material arqueológico etrusco). Em frente ao Musei di Antichitá está a Pinacoteca Vaticana, com 15 salas com coleção desde os tempos primitivos até 1.700. A direita, os Musei Gregoriano Profano e Pio Cristiano – Galleria degli Arazzi (com 10 tapeçarias de alunos de Rafael) e Gallerie delle Carte Geografiche (corredor de 100 m com pinturas italianas). Cruzando as galerias, chega no Stanze di Rafaello (apartamento privado do papa Julio II, com afrescos de Rafael). Descendo as escadas dos quartos de Rafael, chega-se a Capella Sistina (afrescos de Michelangelo, Botticelli, Rosselli). A parte central dela apresenta o Gênesis. É proibido tirar foto, mas conseguimos tirar uma bem legal. Basta não ser pego pelos guardinhas. Dali, saímos por uma porta a esquerda (que haviam avisado a gente que era para excursões e não era necessário pegar muita fila) e fomos dar na Basílica de San Pietro, descemos umas escadas e fomos para as criptas onde estão enterrados os papas. Depois, subimos novamente e entramos na Basílica. É ali que está o sepulcro do apóstolo Pedro. Lá dentro está a Pietá, de Michelangelo. Paga-se para subir e ter uma visão esplendorosa do Vaticano, mas estávamos cansadas de escadas e ficamos lá embaixo mesmo. Saindo da basílica, demos de cara com a Piazza San Pietro, em formato de ferradura, com 4 fileiras de colunas. Há pontos marcados no chão, fique em cima deles e veja todas as colunas alinhadas. No centro, o Obelisco Egípcio trazido por Calígula para o Circo de Nero. Da praça, saímos e voltamos para perto do museu. Ali, encontramos uma trattoria - restaurante típico romano, onde são oferecidos prato de entrada, 2 pratos principais, sobremesa e bebida por cerca de 15 euros. Voltamos para o albergue, cansadas, tiramos um cochilo. Fomos para as escadarias da Piazza di Spagna, às 20h e depois saímos sem rumo, procurando uma pizzaria. Encontramos uma próximo a Piazza Popolo, na Via del Balbuino, bem legal e preço acessível. Depois, saímos andando pelas (juro que fiquei meio perdidona nessa, confiei no pessoal que já estava a mais tempo na cidade), até chegarmos na Fontana di Trevi. Foi amor a primeira vista, o local mais lindo de Roma. Tiramos fotos, joguei moedinha na fonte (afinal, quem joga, sempre volta a Roma) e voltamos para o albergue. No caminho, achamos um bar com música ao vivo, tocando Beatles, o garçom chamou a gente para entrar e todo mundo ficou dançando, com a galera que já estava no bar.

 

Dia 14 - Roma

Para aproveitar os ingressos do kit museu que compramos, escolhemos gastar o primeiro dos dois que tínhamos direito no Coliseu. Na verdade, com 1 ingresso você entra no Coliseu e no Palatino (um campo e uma colina imensos, onde está a maior parte das ruínas romanas). Furamos fila com esse ingresso, entramos no Coliseu, andamos tudo lá dentro (é lindo) e fomos para o Palatino, que está logo ao lado (saindo do Coliseu, ir em direção as ruínas e virar a esquerda, para encontrar a entrada do local). Andamos praticamente a manhã toda ali, vimos a Casa de César e vários templos e prédios importantes da Roma Antiga. Leve uma garrafinha de água e vá de tênis muito confortável. Saindo do Palatino, virando a esquerda, chegamos no capitólio, em cima da colina, onde hoje é a sede da Câmara Municipal de Roma. Na praça há uma estátua de Marco Aurélio em um cavalo. Descemos as escadas em frente, e fomos procurar a Cripta Balbi, ruínas abaixo do nível da rua, encontradas durante uma obra. Ela fica na Villa de La Botteghe Oscure. A Cripta faz parte de 5 museus em Roma que são chamados de Museo Nazionale (ou seja, 1 ingresso para 5 museus). Saindo da cripta, viramos a direita e seguimos em frente até chegar Altare da Patria, um monumento erguido pelo Rei Vttorio Emanuele II que uniu a Itália depois de mais de 1500 anos. Andamos até a Piazza Argentina e seguimos a pé até o Pantheon, passando pela igreja Santa Maria sopra Minerva, que tem uma estátua de um elefante carregando um obelisco egípcio nas costas. Entramos nessa igreja, que é linda por dentro, com suas abóbadas azuis e estrelas douradas. Chegando no Pantheon, não pudemos entrar porque estava tendo uma missa ali dentro (é, virou mais uma igreja em Roma). Seguimos, então para a Piazza Navona, onde estão as 3 fontes e a embaixada do Brasil. A praça é a mais animada da cidade, cheia de artistas de rua. Depois, seguindo na direção oposta da embaixada, atravessamos a praça e seguimos na rua reto, até chegarmos ao Palazzo Altemps, mais um do Museo Nazionale Romano. Cheio de estátuas romanas e com uma capela sombria, estávamos só nós no museu e chegou a dar medo. Voltamos para o albergue, passando, claro, pela Fontana di Trevi.

 

Dia 15 - Roma

Domingo, resolvemos ir até a Feira de Porta Portese (vias Portuense e Ippolito Nievo, no Trastevere), que tínhamos notícia que era um grande mercado das pulgas. Acordamos cedinho, estava chovendo, mas mesmo assim fomos. Chegando lá, decepção. A coisa era uma grande feira do paraguai. Resolvemos pegar um bonde elétrico dali e ir para a Piazza Argentina, de onde pegamos um ônibus e fomos para o Castelo de Sant'Angelo. O castelo fica bem próximo ao Vaticano e há uma passagem subterrânea para lá, por onde os papas fugiam quando o Vaticano era ameaçado. De lá, demos mais uma volta próximo ao Vaticano e voltamos para o albergue (cochilo pós-almoço, estávamos mortas). Depois, resolvemos entrar nas Thermas de Diocleciano, próximas ao albergue, onde há muita muita muita ruína em exposição. No entardecer, compramos uma garrafa de vinho e fomos para a Fontana di Trevi (de novo!).

 

Dia 16 - Roma

Fomos procurar, pela manhã, o tal do Pie' di Marmo, perdido por Roma. Para chegar a Via del Pie di Marmo, pegamos um ônibus da estação Termini até a Piazza Argentina. Dali, fomos a pé. Um quarteirão a frente virando a esquerda, está a Via della Gata, onde, em cima de uma casa, há uma gata de mármore (é pequena) da Roma Antiga.Depois, pegamos um ônibus novamente na Piazza Argentina para a Piazza della Bocca della Veritá, descemos na igreja de Santa Maria in Cosmedin, onde está a Bocca della Verità, uma tampa de bueiro medieval, com a cara de um homem. A lenda diz que os mentirosos que colocam o mão ali, a boca se fecha nela. Saímos da igreja, virando a esquerda, atravessamos a Via della Greca e esperamos um ônibus para ir até a Catedral de Roma, San Giovanni. A esquerda da frente da catedral, está a escada santa, que dizem os católicos ter sido levada de Israel para Roma. Jesus teria passado por ela. A escada, de madeira, já está bem velha e apenas gente que está pagando promessas pode subi-la, de joelhos. Almoçamos por ali e, depois de pegar um temporal, pegamos um ônibus (118 ou 218) e fomos para as Catacumbas de San Calixto, fora da cidade. Por cima, são campos lindos. No subterrâneo, são as catacumbas dos cristãos - os romanos os obrigavam a enterrarem seus mortos nesta parte da cidade. Uma verdadeira aula de história sobre os primórdios do cristianismo ali. Enquanto saíamos das catacumbas, começou a chover forte, corremos e do outro lado da estrada havia um restaurante. Aproveitamos para almoçar por ali. Pegamos um ônibus de volta a San Giovanni, atravessamos a Muralha Aureliana e ficamos em frente a Coin, na Piazzale Appio, 7. A loja de departamentos é gigante e um bom lugar para comprar cosméticos e perfumes.

 

Dia 17 - Roma/Madrid

Era nosso último dia em Roma. Sairíamos do albergue às 18h. Arrumamos as mochilas, deixamos guardadas com o pessoal da recepção e fomos para a Villa Borghese. Pegamos o metrô na estação Termini e descemos na estação Spagna, passamos por um corredor subterrâneo com esteira rolante e saímos de frente ao parque. A villa foi criada em 1605 para o cardeal Borghese, que era um colecionador de artes. O parque é imenso e dá para ficar passeando nele grande parte do dia. Aproveitamos para tirar o nosso famoso cochilo na grama, fomos até o zoológico (dentro do parque), mas não entramos. Preferimos passear no parque onde as pessoas levam seus cachorros para passear ali. Depois, pegamos um ônibus e fomos para a estação Termini, compramos os tickets do trem que nos levaria até o aeroporto, já a noite. O vôo atrasou 1h30 e meu cunhado, que estava esperando a gente no aeroporto de Barajas, em Madrid, tomou um chá de cadeira. Quando chegamos, já era mais de meia-noite e não havia mais ônibus e metrôs dali. O jeito foi pegar um táxi.

 

Dia 18 - Madrid

Acordamos cedo e com meu cunhado de guia, fomos até a estação Atocha (onde aconteceram os atentados), principal da cidade. A estação é linda, com uma verdadeira floresta dentro dela. Saímos dali, seguimos em frente, passamos em frente ao Museu Reina Sofia, viramos a esquerda, depois a direita e seguimos em frente. Chegamos na Plaza Mayor, onde vimos um verdadeiro cortejo ao presidente da Nigéria, que estava visitando o país. Com direito a carruagem e tudo. Dali, seguimos adiante e chegamos na Catedral de la Almudena. Eu estava sedenta por arte moderna, depois de ver muita arte antiga, ruínas, renascimento. A catedral veio como um prato cheio para mim: com suas abóbadas colorodíssimas e vitrais modernos, era tudo o que eu precisava. Logo ao lado, o Palacio Real de Madrid... e não é que o cortejo continuava? Desta vez, vimos dentro da carruagem a princesa Letizia, que antes era plebéia, apresentadora de tv. Atrás de nós estava a Plaza de Oriente, atravessamos ela e seguimos na rua até achar um restaurante bacana para almoçar. Os preços, para nós, depois de passarmos por Veneza e Paris, estavam cada vez menores. Por 10 euros, comemos muitíssimo. Voltamos a pé, passando pela "ursa comendo madroño", o símbolo da cidade, até chegarmos no Museu Reina Sofia, onde meu cunhado nos deixou e entramos para ver as obras. O museu é cheio de obras de arte moderna, entre Dali, Picasso, Miró, entre outros. Pena que a obra Guernica, de Picasso, estava sendo recolocada em outro andar e por isso não estava exposta para o público. Depois, fomos para as lojas próximas ao metrô Ópera, onde aproveitamos para fazer compras e lanchar. Já estava a noite e estranhamente eu e um grupo de brasileiras vimos no céu um monte de luzes vermelhas. É... disco voador, vai saber se era mesmo. Chegamos na casa do meu cunhado já eram 23h, mas não foi por abdução.

 

Dia 19 - Madrid/Barcelona

Saímos da casa do meu cunhado em direção a estação Atocha, onde deixamos nossas mochilas em lockers e fomos bater perna. Pegamos o metrô até a Plaza de Toros Las Ventas, onde acontecem as touradas. Ali, é possível comprar um ingresso para conhecer a arena e tudo mais. Mas como tínhamos pouco tempo, pegamos o metrô e fomos até a Puerta Alcalá, em frente ao Parque del Retiro. Era o jardim real no século XVI. O parque é lindo, almoçamos em um restaurante ali por perto (pedimos medio pollo... e não é que veio a metade certinha de um frango no prato, junto com batatas? enorme e apenas 4 euros), compramos a sobremesa numa lojinha especializada em chocolates e voltamos para o parque. Tiramos um cochilo rápido na grama, ficamos andando por ali. Resolvemos voltar para a estação Atocha, de onde sairia o nosso trem bala para Barcelona (as passagens foram compradas com 1 mês de antecedência pelo site - de 100 euros, compramos por 40). Foram 600 quilômetros em 3 horas, você nem sente que o trem está tão rápido assim. Chegamos em Barcelona, uma amiga foi nos buscar na estação e dali seguimos para a casa dela. A noite, saímos para comer crepe e tomar cidra (lá o crepe só se come tomando cidra) e depois casa, descanso.

 

Dia 20 - Barcelona

No outro dia, logo de manhã, fomos para o Parque Güelll, pela estação Vallcarca. Seguimos pela Carrer de la Farigola, subindo escadas rolantes (porque ninguém merece subir aquelas ladeiras a pé), até chegar na entrada lateral. O Parque Güell é uma cidade-jardim feita por Gaudí, o grande artista catalão. Ali, é possível entrar na Casa-Museu Gaudí, onde o artista viveu por um período. No parque também se encontram os balcões de gaudí, bancos feitos de mosaicos, e o lagarto que virou símbolo da cidade. Saindo do parque, descemos a rua, a esquerda, até chegar na Travessera de Dalt, a direita, seguindo até o metrô Lesseps. Seguimos para a estação Espanya. Ali, seguimos na Avinguda de la Reina Maria Cristina até chegar nas escadarias (thanks god, outra vez, rolantes) do Parc de Montjuïc. Subimos até o Palácio Sant Jordi e depois descemos. Pegamos novamente o metrô, agora para a estação Sagrada Familia. Ao sair do metrô, tivemos a surpresa: bem a nossa frente, estava a Catedral da Sagrada Família, que há mais de 100 anos está em construção. A maior parte do projeto é de Gaudí, mas já tem a mão de outros artistas, que deram continuidade ao projeto. Almoçamos por ali, a primeira paella espanhola. Entramos na catedral, subimos até o topo de elevador (fila imensa para isso) e descemos depois de escada, aproveitando cada parada. Saímos dali e voltamos para trás da catedral, pegamos a Avinguda de Gaudí, até chegarmos no Hospital de Sant Pau, uma verdadeira vila moderna no meio da cidade, que é mesmo um hospital. Dali, pegamos o metrô para a estação Catalunya e descemos em frente a La Rambla, a famosa rua de Barcelona. Batemos perna, entramos em lojas, nos encontramos com a minha amiga e outro amigo e fomos para uma pizzaria por ali mesmo. Fim de noite.

 

Dia 21 - Barcelona

Sábado, minha amiga estava livre do trabalho e foi andar com a gente. Passamos pela Casa Milà, também chamada de "La Pedrera", e a Casa Batlló, ambas projetos de Gaudí. Depois, descemos para La Rambla e fomos as compras. O restante do dia foi só para isso. Terminamos em um Starbucks ali por perto, mortas de cansadas e cheias de sacolas. A noite, preferimos ficar em casa, compramos queijos, vinhos e outros petisquinhos e fizemos a festa na casa da Dani. Hora de arrumar as malas.

 

Dia 22 - Barcelona

No último dia em Barcelona, aproveitamos para andar a toa na cidade. Estávamos cansadas e fizemos as últimas compras. Começou a chover, descemos as Ramblas e acabamos no porto e logo atrás, no shopping mare magnum. Mais compritas e volta para casa da Dani.

 

Dia 23 - Barcelona/Brasília

Saímos de madrugada (5h da manhã) da casa da Dani e fomos para o Aeroporto. O vôo saía às 7h30. Conexão em Lisboa. Chegamos em Brasília às 15h30, mortas, mas felizes.

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bem maneiro seu relato!

 

estou lendo aqui com saudades da minha viagem..

fiz o roteiro bem parecido com o seu em portugal e espanha ( so q fui em salamanca e cidades vizinhas tb)..

 

tinha coisas q eu nem lembrava o nome e vc escreveu

 

viagem bem planejada a de vcs!

parabens

 

a minah foi qase assim...rsrs

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pode cre q é cansativo

 

ainda mais em cidades q tem coisas pra fazer a noite

 

em barcelona e salamanca eu ia dormir as 5 pra acordar as 10! so fui descansar qndo viajei pra lisboa

 

dpois qndo tiver tempo eu relato minah aventuras por aki (fui num aviao q as aeromoças so falavam chines, qase fui deportado, encontrei brasileiros nas mais variadas profissoes pela euorap, fiz checkin 1 min antes d voo sair pq tava no porto olimpico, gente vendendo drogas na luz do dia em lisboa, etc...)

 

qndo for e qiser chamar , tamo ai!! ahuahauhau

se td der certo jan/fev to voltando pra lá! hauhauha

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  • 5 meses depois...
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Parabéns, Nina!

 

Muito legal o relato!! Curti ler do começo ao fim, pena que foi bem corrido, não? Tô pra fazer roteiro similar na próxima mochilada - Portugal, Espanha e França - e teu relato vai ser bem útil quando começar a juntar as informações. A gente se fala!

 

Um abraço

Leo

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nina,

muito legal da sua parte compartilhar suas experiencias c tanto detálhe!

isso ajuda muito quem tem pouca grana e vai fazer sua primeira viagem pela Europa!

vale, obrigada!

alguem tem dicas p viagem a ZURICH?

Pontos turisticos, albergue (+barato), meio de transporte?

será q 1 dia dá p curtir um pouco? vou de frankfourt p Zurich e depois p tourin, Milano, Venezia, Firenze e Roma,

depois volta Alemanha p um tour dentro do país...

grata, janete

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  • Membros

Parabéns pelo relato nina_kitsch :P

Riquíssimo em detalhes e muito interessante... também gostaria de ter uma idéia maior quanto aos preços, quanto mais ou menos que você gastou nos 23 dias?

Tô me planejando prá fazer uma similar em 2011 (após construir a casa, que nesse momento é a minha prioridade) e gostei do seu itinerário.

Abraços ::cool:::'>

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