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Esse relato é apenas uma parte de uma longa viagem que, para mim, começou em Agosto de 2011 quando saí da Austrália onde eu morava. Desde então, visitei muitos países e tive ótimas experiências que carregarei comigo pela eternidade. A primeira parte do relato ja’ esta’ publicada no site, por favor verifique os meus links para saber mais sobre o Mexico e a America Central.

 

Nesse tópico está apenas a parte Européia da minha viagem, que começou em 11 de Novembro e acabou em 21 de Janeiro. Tive o prazer e o privilégio da companhia da minha mãe por todo o tempo, que foram 70 dias, e tambem do meu irmão por 35 dias. Espero que esse relato seja prazeroso. Já aviso que é muito longo. Obviamente que ficaria dificil colocar fotos, pois o site demoraria a carregar, entao terei que ficar devendo essa.

 

Have fun!

 

Estatísticas totais da viagem:

 

Países: (27) Argentina, Uruguai, Brasil, Chile, México, Belize, Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Holanda, Bélgica, Inglaterra, País de Gales, Escócia, Irlanda do Norte, Rep. da Irlanda, Dinamarca, Suécia, Portugal, Espanha, Marrocos, França, Mônaco e Itália. Se você quiser também considerar a cidade do Vaticano como um país, voi lá, 28 no total.

 

Línguas: (13) Espanhol, Português, Inglês, Holandês, Flamengo, Francês, Galês, Irlandês, Dinamarquês, Sueco, Árabe, Catalão e Italiano.

 

Regiões: (9) América do Sul, México, América Central, Países Baixos, Grã-Bretanha, Península Ibérica, Escandinávia, Noroeste Africano, Costa do Mediterrâneo Europeu.

 

Meios de Transporte: Avião, barco, balsa, trem, carro, ônibus, van, cavalo, vagão puxado a cavalo, táxi e o mais utilizado, as pernas.

 

Continentes: (3) América, Europa e África.

 

Moedas: (17) Peso Argentino, Peso Uruguaio, Real, Peso Chileno, Peso Mexicano, Dólar de Belize, Quetzal, Dólar Americano, Lempira, Córdoba, Colón, Balboa, Euro, Libra Esterlina, Coroa Dinamarquesa, Coroa Sueca, Dirham.

 

Dia 1 – Amsterdam - 12/11/2011

Chegamos ao aeroporto da Cidade de Amsteram e pegamos um trem para a estacao Central e de la’ caminhamos ao nosso hotel. Ja’ era noite e apenas saimos pra jantar e voltamos ao quarto, que era num edificio muito tipico e situado numa rua que tem um pequeno canal de frente pro apartamento que ficamos. Algo mais caracteristico que isso era impossivel.

 

Dia 2 – Amsterdam - 13/11/2011

Caminhamos ate’ o centro de informacao ao turista, que fica em frente a estacao central, para adquirir o cartao I Amsterdam. Com ele varias atracoes sao gratuitas ou com 25% de desconto, incluindo os principais museus e cruzeiros nos canais. Se realmente voce planeja visitar as atracoes mais importantes de Amsterdam o cartao pode lhe representar uma ecnonomia. Alem disso ele tambem da direito a utilizar a rede de transporte publico da cidade que conta com onibus, trem, ferry boats e trams (bondinhos modernos). Pegamos o tram numero 5 ate’ a museumplein, onde estao localizados alguns museus como o Van Gogh museum e o Rijksmuseum, possivelmente os dois mais visitados da Holanda. No museu de Van Gogh varias obras e tambem a historia da vida do artista sao expostas e com certeza vale uma visita, mesmo para quem nao e’ um amante de arte. Visitamos depois o Rijksmuseum que consta de varias pinturas e artefatos relacionados a historia da Holanda, inclusive o curto periodo de invasao no Brasil com mapas de Olinda e da capitania de Pernambuco. Nao e’ tao grande o museu mas e’ bem interessante e cheio de gente sempre, assim como o Van Gogh. Planeje sua visita para cedo pela manha ou mais pro meio ou final da tarde para evitar multidoes desanimadoras. Almocamos e fomos fazer um cruzeiro pelos canais da cidade e o passeio todo dura 1h15min. A partir do barco, que tem explicacoes em varias linguas, pode-se conhecer de forma rapida a cidade e aprender um pouco sobre suas ruas e canais centrais. Terminamos o cruzeiro e fomos ao bonito Vondel Park e caminhamos por seus bosques e lagos abrilhantados pela paisagem de outuno por aproximadamente 30 minutos e, ao sair, ja’ comecamos a percorrer a famosa rua de lojas de grife, a PC Hooftstraat, e depois, caindo mais na realidade financeira, fomos ate’ a Leidsestraat, outra rua de compras com muito mais opcoes e para todos os bolsos, nao apenas dos mais favorecidos. As duas ruas valem uma visita. Fechamos o dia com um jantar e voltamos ao hotel.

 

Dia 3 – Amsterdam - 14/11/2011

Como nosso apartamento de hotel ficava literalmente ao lado do canal Singel, um dos maiores e mais conhecidos da cidade, fomos caminhando ao longo dele ate’ o seu final, onde encontra-se o mercardo das flores. Obviamente que durante o outono o Mercado nao e’ tao espetacular assim e destacavam-se mais os souvenirs do que as proprias flores, mas mesmo assim vale uma visita. De la’ fomos ao Amsterdam Museum que conta a historia da cidade, sua ascencao, decadencia e volta ao foco apos o periodo iluminista Europeu, desde sua criacao em meados do ano 1200. Muito interessante esse museu alem de ser bem interativo e com recursos modernos. Eu nao dava muito credito a ele pelo que tinha lido e sai de la’ bem surpreso positivamente. Caminhamos ate’ o Dam Square ou praca Dam para vermos a nova catedral e o Palacio Nacional (este ultimo estava fechado no dia) e depois fomos ate’ o famoso Red light district, onde sim, as mulheres expoem-se nas vitrines ou janelas com cortinas mesmo durante o dia, a espera de clientes. Ainda no distrito visitamos a Old Church, que eu achei meio sem graca, com excecao do orgao de tubos gigantesco que ela possui e de la’ voltamos a central station para comprar os nossos tickets para a Belgica, dando sequencia a nossa jornada em terras do velho continente. Na saida da estacao fomos ao bairro Jordaan, para conhece-lo e visitar o pequeno mas simpatico museu da Tulipa. Apos um dia cheio, hora de regressar para jantar e um merecido descanso.

 

Dia 4 – Amsterdam - 15/11/2011

Pegamos um onibus saindo da estacao central rumo a cidadezinha de Zaanse Schans, do lado de Amsterdam e que na verdade e’ um vilarejo tipico Holandes. Demoramos aproximadamente uns 35 minutos no onibus de linha pra chegar la’. Na visita a pequena vila, pode-se ver o museu dos tamancos holandeses e uma demonstracao ao vivo de como eles sao fabricados, tem tambem lojinhas vendendo queijos e especiarias, o museu do relogio Holandes e, a principal atracao da pequena vila, os moinhos de vento. Ha’ varios deles na cidade, acho que 8, desde moinhos de graos ate’ moinhos de oleo. Vale a pena uma visita. Voltando para Amsterdam fomos ate’ o Dam Square para visitarmos o Palacio real. Finalizada a visita caminhamos ate’ o NEMO museum, que e’ um moderno museu de ciencias e tecnologia. Saindo de la’ ja’ era final da tarde, jantamos e voltamos ao hotel.

 

Dia 5 – Antuerpia - 16/11/2011

Partimos de Amsterdam no trem das 7:00 e chegamos as 9:00. Saimos da lindissima estacao central de Antuerpia e atravessamos a praca pra pegar o bonde (tram) numero 5 que ficava no subterraneo ao lado do hotel Radisson. Descemos na estacao proxima do hotel e caminhamos ate’ a entrada, fizemos check-in e fomos explorar o centro historico. Visitamos a cathedral e todas as outras atracoes na cidade velha, com arquitetura e ar medieval, com estilo predominantemente gotico com suas ruas de paralelepipedo. Fomos depois ate’ o castelo que fica em frente ao estuario e perto de onde atracam os navios de cruzeiro. Apos o almoco, a tarde atravessamos o tunel Sant’ana ate’ o outro lado do rio. Para descer ate’ o tunel utilizam-se escadas rolantes bem antigas, inicio da decada de 40, creio eu, que ja’ sao uma atracao por si so’. Descemos mais ou menos 30 metros e caminhamos 1/2 km ate’ chegarmos ao outro lado. Vale a pena para ter-se uma outra visao da cidade, conhecer o bonito parque do outro lado da margem e tirar algumas fotos mais panoramicas. Regressamos ao centro historico pelo mesmo tunel e exploramos mais umas ruas historicas. Final de passeio e era hora de se preparar pra seguir viagem na manha seguinte.

 

Dia 6 – Bruxelas - 17/11/2011

Chegamos em Bruxelas na estacao norte no final da manha. Era perto do nosso hotel, entao fizemos o check-in e ja’ partimos para explorar a capital Belga. Fomos caminhando pela Rue Royale ate’ a central station, de onde compramos os tickets e partimos no bus turistico. No trajeto percorremos os pontos turisticos mais famosos da cidade, como por exemplo, o Royal park, Royal Palace, Parlamento Europeu e o baiiro administrativo da Uniao Europeia, Botanic e o Atomium onde descemos. Nao visitamos o Atomium em si mas la’ pertinho, caminhando mais pra cima um pouco, fica o mini Europe, um parque sobre locais famosos de todos os paises da Uniao europeia, mas tudo em miniatura. Achamos bem interessante. No Brasil tem algo parecido em Gramado no RS, mas e’ bem menor do que esse em Bruxelas. Vale a pena uma visita. Depois pegamos o onibus novamente ate’ a Grand plaza, lindo ponto no meio do centro Medieval de Bruxelas onde ficam o Hotel Deville e outros predios importantes. Para os amantes da arquitetura de estilo Gotico, um verdadeiro colirio para os olhos. Dali caminhamos ate’ a famosa estatua do menininho urinando, o Maneken Pis, que na verdade achei a coisa mais sem graca. Fora o fato de que a estatua e’ minuscula e, na verdade, ninguem sabe o proposito dela, ha’ varias historias e lendas a respeito, uma mais absurda do que a outra. Ja’ era noite e tarde entao caminhamos pelo centro medieval rumo ao nosso hotel. Na hora do jantar nao resisti e comi o prato tipico Belga, mariscos com batatas fritas.

 

Dia 7 – Ghent - 18/11/2011

Da estacao Brussels Nord pegamos um trem ate’ Ghent, estacao Saint Peters. Tinhamos decidido passar o dia la’ e conhecer a cidade medieval. Alem disso, todas as pessoas que conversavamos diziam que valeria a pena visitar a cidade. Fica ha’ uns 40 minutos de trem de Bruxelas entao e’ bem facil e acessivel. Descemos na estacao e ja’ pegamos o bonde moderno deles (tram) ate’ a Cathedral Saint Nikolaas, que e’ imponente e muito bonita, toda em estilo gotico do seculo 13. Caminhamos por mais umas ruas, de incrivel beleza arquitetonica e charme historico, fomos ate’ o Belfort, de onde pode-se aprender um pouco mais sobre a historia local. Depois visitamos o Campanario, onde e’ possivel visitar o mini museu e subir bem alto para obter-se uma vista mais privilegiada da cidade. Continuamos caminhando pelas ruas do centro historico da cidade, uma mais bonita do que a outra, antes de retornar a Bruxelas. Voltamos satisfeitos com a decisao de ter ido passar o dia em Ghent.

 

Dia 8 – Brugge - 19/11/2011

Chegamos na principal estacao de trem em Brugge e fizemos check-in no hotel que era literalmente do lado da estacao e uns 15 minutos de caminhada ate’ o centro da cidade. Logo nos apaixonamos pela arquitetura medieval e pela atmosfera da pequena e bela cidade. Caminhamos pelas ruelas e tiramos milhares de fotos. Para onde se olha se encontram casas e edificios de estilo bem caracteristico mesmo, um charme a cidade. Fomos ate’ o castelo de Brugge, onde pode-se visitar e aprender um pouco mais sobre a historia da Belgica medieval em, aproximadamente, 1:30 minutos. Saindo de la’ dirigimo-nos ate’ a praca principal onde ficam lindos edificios medievais no grande espaco circular do local. Ha’ tambem uma lindissima catedral em estilo Gotico, caracteristica das cidades medievais belgas. Apos visitar esses lugares, caminhamos tambem pelo restante das ruas medievais no centro de Brugge. E’ uma cidade para ser explorada a pe’ e em pouco mais de ½ dia se conhece a cidade tranquilamente. Jantamos por la’ mesmo e regressamos ao hotel.

 

Dia 9 – Brugge / Bruxelas / Londres - 20/11/2011

Iriamos para Londres nesse dia e tivemos que pegar um trem na estacao de Brugge, voltar a Bruxelas na estacao Midi e de la’ embarcar no Eurostar para Londres. Fizemos imigracao de saida da Belgica e entrada no reino unido, tudo na estacao em Bruxelas e embarcamos. A viagem ate’ a estacao St. Pancras em Londres dura 2h15 e o trem vai pelo famoso canal da Mancha. Chegando em Londres, pegamos um taxi ate’ o nosso hotel que ficava entre Victoria e Pimlico, bem situado para ir caminhando ate’ a Victoria Station e fizemos check-in. De la’, caminhamos uns 15 ou 20 minutos e, ja’ ao entardecer, deparamo-nos com a Abadia de Westminster e, logo ao lado, avistam-se tambem o famosissimo Big Ben e as Casas do Parlamento. Comecamos a secao fotografica e registramos os pontos turisticos de varios angulos. Caminhamos rapidamente pela ponte de Westminster, que fica exatamente onde comeca o Big Ben e a Parliament Houses e, satisfeitos com os registros fotograficos, voltamos ao hotel ja’ com uma otima impressao da linda capital Inglesa e do que ainda nos aguardaria.

 

Dia 10 – Londres - 21/11/2011

Tinhamos comprado o London pass, um cartao que da’ entradas gratis, evita filas, descontos e brindes em varias atracoes da cidade, e fomos coleta-lo. Ele pode ser adquirido pela internet e o local de coleta para quem opta por essa alternativa e’ pertinho da Trafalgar square, passando a National Portrait Gallery. Saimos do hotel e caminhamos ate’ o Picadilly Circus, passando pelo Palacio de Buckhingham no caminho. Chegamos em Picadilly Circus, fotografamos e dirigimo-nos entao ate a Trafalgar Square, famoso local em Londres por ser o palco final de uma grande vitoria military Inglesa sobre os Espanhois se nao me engano e, onde fica tambem a famosa National Gallery. Permita entre 1 e 2 horas para visita pois ha’ varios quadros interessantes de pintores famosos por la’. Mesmo aqueles que nao sao aficcionados por arte vao aproveitar. O predio em si e’ lindo e ja’ vale a visita. Caminhamos de la’ ate’ o rio Tamisa, pois o tempo estava otimo no outono Londrino – fato raro – e decidimos fazer o muitissimo turistico passeio da London Eye, a roda gigante de Londres. De la’ tem-se uma vista legal da cidade e pode-se fotografar bem varios pontos turisticos ao longo do Tamisa e ate’ mais adiante num dia bom. A volta na roda dura 30 min. Chato e’ esperar para comprar os tickets. Pode-se pagar extra e pegar “fast track tickets” que evita filas para comprar e para entrar na roda gigante. Finalizada mais essa atracao, pegamos um onibus ate’ o British museum, onde, para mim, esta’ localizado um dos mais importantes artefatos arqueologicos do mundo: a Rosetta Stone, que permitiu a traducao dos hieroglifos egipcios pois na pedra, constava um texto escrito em 3 linguas: Egipcio hieroglifico, Egipcio “moderno” e Grego, fazendo com que hoje saibamos um pouco sobre a maravilhosa cultura dessa mistica civilizacao. Ha’ varias outras obras e pecas de importancia. Reserve de 2 a 3 horas para uma visita rapida. Pode-se, tranquilamente, ficar um dia inteiro por la’. Voltamos ao hotel.

 

Dia 11 – Londres - 22/11/2011

Comecamos o dia visitando a Abadia de Westminster, que nao estava aberta nos outros dias. Ja’ visitei igrejas majestosas e belas nesse mundo, mas essa e’ uma das que mais me impressionou. Acho que so’ perde pra Basilica de Sao Pedro. Um belissimo exemplo da arquiterura gotica medieval, a abadia e’ o local onde sao coroados os reis e rainhas da Inglaterra e, tambem, onde sao enterrados os mesmos, alem de varias outras pessoas importantissimas para o reino. A visita dura de 1 hora a 1 hora e meia e vale muitissimo a pena pagar o ingresso. Preste atencao nos detalhes dentro da igreja. De la’ pegamos um onibus ate’ outra igreja importante, a St. Paul’s Cathedral. Tambem de arquitetura majestosa e imponente, ela possui uma cripta com varios vultos historicos enterrados la’, alem de um domo gigantesco, onde os turistas podem subir para visitar. Saindo da catedral, mais ou menos perto ficam a Tower of London e a Tower Bridge. Aproveitamos que ja’ estavamos por la’ e visitamos as 2 atracoes. A Tower of London era um antigo forte usado pelos reis para proteger Londres. Mais tarde foi transformado em prisao e local de execucao dos priosioneiros mais ilustres (14 no total morreram la’…). Hoje pode-se caminhar nos muros da fortaleza, visitar uma pequena exposicao de joias da coroa e ter vistas otimas para a famosa Tower Bridge. Saindo da torre de Londres, fomos ate’ a ponte e entramos na exposicao e na area de visitantes, onde pega-se o elevador para subir no alto da ponte e ter uma vista privilegiada de Londres. Nao poderia faltar a fotinho classica com a ponte no fundo, obvio. Feita a visita, fomos fazer um “cruzeiro” no Tamisa, indo da Tower Bridge ate’ Westminster. Durou uns 30 minutos. Esses mesmos barcos te levam ate’ Greenwich para os que desejam visitar a pequena vila famosa por causa do meridiano ou ponto de divisao entre leste e oeste geograficos. Mais tarde, ainda restou folego para o maravilhoso musical We Will Rock You, baseado claro na banda Queen com seus grandes hits. Se voce vai a Londres, assista pelo menos um musical em Soho ou West End. E’ fantastico e, claro, recomendo esse que fui conferir pessoalmente por ser um grande fa da banda. Vale muitissimo cada centavo e muito mais. Hora de dormir.

 

Dia 12 – Londres - 23/11/2011

Comecamos o dia com o objetivo de realizar um dos sonhos da minha mae, compartilhado tambem por varios turistas: visitar a Abbey Road e tirar aquela foto classica da capa do album homonimo dos Beatles. Pegamos o onibus e descemos numa rua paralela, mais ou menos 2 quadras da Abbey road e chegamos no famoso cruzamento da capa do disco. Foto tirada, registrei tambem o Abbey road studios onde o album foi gravado e voltamos a parada de onibus para dirigmirmo-nos a area mais central de Londres. Queriamos visitar o Palacio de Buckingham, com a Queen’s gallery – colecao de pinturas e fotografias da coroa Britanica e o Royal mews, onde ficam as carruagens, veiculos, estabulos, e outros meios de locomocao da realeza desde epocas medievais ate’ os tempos modernos. Devido a visita do ilustrissimo pe’ no saco senhor presidente da Turquia, o Royal Mews estava fechado e nao conseguimos visitar. Olhamos a Queen’s gallery onde tinha uma interessantissima exposicao fotografica sobre um senhor chamado Ernest Shackleton, primeiro explorador Britanico no polo sul, famoso por seus relatos e fotograficas para a corte Britanica e tambem por sua ultima expedicao terminar em desastre com a sua morte. De la’ partimos ao interessantissimo e pouco badalado Victoria & Albert Museum, que alem de ser em um predio lindo, tem otimos artefatos e itens de varios lugares do mundo e de muitas epocas. Na real achei ele melhor que o badalado British Museum, mesmo ele nao possuindo uma Rosetta Stone ou a mumia de Cleopatra. Fim do dia e regressamos ao hotel, no dia seguinte pegariamos a estrada rumo ao interior Ingles.

 

Dia 13 – Windsor / Stonehenge / Salisbury - 24/11/2011

Comecei o dia coletando um carro que aluguei em Londres e devolveria em Edimburgo 7 dias depois. Melhor decisao que poderiamos ter tomado. O interior da Inglaterra e’ lindo e viajar de carro proporciona a oportunidade de visulaizar toda essa beleza. Saindo de Londres fomos direto ao vilarejo de Windsor, onde visitamos o luxuosissimo Castelo de Windsor, residencia da rainha Elizabeth II. Visitamos, dentro do castelo, os apartamentos reais e toda as salas de jantar, entretenimento, dentre outras varias salas do castelo. E’ simplesmente sensacional, vale muitissimo a visita e la’ ha’ varias oportunidades para aprender um pouco mais sobre a historia da Gra-Bretanha e tambem de tirar fotos incriveis. Reserve uma manha inteira para se deslocar de Londres e visitar o castelo meio rapido. Com mais calma para tudo recomendo umas 6 horas, pois acho que so’ abre as 9:30 da manha. De la’ partimos rumo a Salisbury, cidade medieval do sul da Inglaterra que possui como principal atrativo uma catedral Gotica que data do seculo XII se nao me engano. Salisbury tambem e’ um ponto importante de destino para quem quer conhecer Stonehenge, pois fica a 8km do monumento neolitico. Como estavamos pertinho de Stonehenge e eram ainda umas 15 horas, decidimos visitar no mesmo dia, visto que nao se precisa muito tempo para visualizar e fotografar um circulo de pedras. No outono e inverno o parque de Stonehenge fecha as 16 horas entao programe bem a visita se planeja conhecer o monumento nessa ecpoca do ano. Achei bem interessante, apesar de admitir que seja sim um circulo de pedras, so que erguido em varias etapas a partir de 3000 a.C. Mas ouvir as explicacoes de diversas teorias e explicacoes sobre o porque do monumento pre-historico mais famoso da Europa e sua finalidade, me fascinaram. Visita totalmente recomendada. Saimos de la’ e fomos para o nosso simpatico hotel em Salisbury, finalizando mais um otimo dia de viagem.

 

Dia 14 – Salisbury / Bath / Bristol - 25/11/2011

Comecamos o dia visitando a catedral de Salisbury, que e’ grande e muito bonita. Porem, sua importancia se deve a um artefato historico – a carta Magna, que la’ esta’ exposta em uma salinha ao lado da catedral. A carta Magna foi um documento que definiu direitos dos cidadaos Britanicos em uma epoca conturbada onde quem nao era da corte ou de familia nobre, nao tinha muito o que esperar da vida. Todo escrito a mao e em latim, um dos 4 pedacos do original esta’ la’ exposto. Os outros 3 nao tenho certeza mas acho que ha’ 2 no British Museum em Londres. Finalizada a visita, saimos de Salisbury rumo a cidade romana de Bath, famosa pelas termas romanas e arquiterura de influencia do grande Imperio antigo. Visitamos Bath Circus, que e’ uma rotatoria gigante com casas na volta formando um bonito mosaico arquitetonico, Bath Royal Crescent, que e considerada a rua mais imponente da Inglaterra, em forma de arco composta por 30 casas. Parece com Bath circus mas e’ “cortado” pela metade e fica de frente para um bonito parque. Fomos ate’ Bath Abbey, catedral no centro e visitamos os famosos Roman Baths (termas romanas erguidas no seculo I e um dos maiores vestigios daquela era). Esperava um pouco mais de Bath pelo que ja’ tinha escutado, sei la’…mas gosto e’ gosto e de la’ ainda tinhamos que dirigir ate’ Bristol, que fica distante uns 60km e era onde eu tinha feito reserva no hotel pois queria dar uma olhada rapida nessa cidade tambem. Chegamos a noite entao nao conseguimos ver nada.

 

Dia 15 – Bristol / Cardiff - 26/11/2011

Em Bristol o mais interessante e’ uma ponte suspensa, grande e famosa no sudoeste Ingles, que acabamos por nao visitar pois ficava meio fora de mao e queriamos conhecer o Pais de Gales e a cidade de Cardiff. La’ chegando, fomos estacionar o carro e conhecer o Castelo de Cardiff, bem bonito com sua muralha medieval e torres de guarda. A parte dos apartamentos do castelo e’ mais moderna, do seculo XVIII e pertencia a uma familia nobre da regiao. Fomos ate’ o City Hall, visitamos os Cardiff Markets, almocamos pelo centro mesmo, visitamos as ruas mais famosas de compras da cidade e depois fomos ate’ a baia de Cardiff, com seu porto revitalizado para virar uma atracao turistica. Achei a cidade bem interessante, bonita, com uma boa mescla entre antigo e moderno, com boa comida e facil de se localizar. Os precos la’ tambem sao bons, comparados com Londres e algumas cidades do sul da Inglaterra. Vale muito a visita.

 

Dia 16 – Cardiff / Liverpool - 27/11/2011

Proximo destino: Liverpool, claro. Bote uma coisa na cabeca: Se voce esta’ na faixa etaria dos 25-35 e viaja com seus pais, ou um dos seus pais, ha’ serias chances de eles te convencerem a visitar Liverpool, mesmo que voce nao seja fa dos Beatles. Mas uma coisa e’ certa, nao ha’ como negar a importancia e influencia da banda no cenario musical mundial. Tenho muito respeito apesar de nao curtir muito. Independentemente dos Beatles eu estava curioso para visitar a cidade de qualquer forma. Chegamos la’, fizemos check-in, almocamos e fomos ate’ a parte turistica da cidade, chamada Waterfront, nas docas do antigo porto. King’s docks, Queen’s docks e a mais famosa, Albert Docks, onde ficava nosso primeiro destino turistico, a famosa experiencia/loja chamada The Beatles Story. Ficamos uma hora e pouco la’ conhecendo um pouco mais sobre a historia da banda e de seus integrantes. E’ tipo um museu e vale a pena a visita, e’ bem interessante. Como toda cidade do Reino Unido, nessa epoca, nas ruas acontecem os mercados de natal ou Christmas markets e em Liverpool nao era diferente. Fazia muito frio la’, entao fizemos aquela visita mais expressa e voltamos ao hotel que ficava bem localizado na frente da Queen’s docks.

 

Dia 17 – Liverpool - 28/11/2011

Nesse dia visitamos o novissimo Liverpool museum, inaugurado em Julho de 2011 e ainda nao totalmente pronto, contando a historia da cidade e de como ela se tornou um dos pontos mais ricos da Inglaterra. Visitamos o Derby square, no centro, e de la’ fomos para o famoso Cavern quarter, area no centro onde ha’ varios pubs de importancia no cenario Rock and Roll ingles, com destaque para o The Cavern club, bar que lancou os Beatles para o mundo. Minha mae se realizou la’. Depois fomos ate’ o estadio do Liverpool, no museu e na loja e depois completamos indo ao estadio do Everton. Finalizada a visita na cidade e encerramos o dia passeando pelos shoppings e ruas do centro.

 

Dia 18 – York - 29/11/2011

Partimos de Liverpool cedo pela manha e tomamos a estrada ate’ York. Foram mais ou menos umas 4 horas pelas lindissimas paisagens do interior da Inglaterra. Ao chegarmos, fizemos check-in na nossa guest house, com a senha de internet mais estranha e complexa que ja’ vi na minha vida - 27 caracteres. Isso mesmo, 27 caracteres, letras e numerous combinados todos em maiusculas. Pode? Largamos tudo no quarto e fomos explorar a cidade medieval. Comecamos pela famosa catedral, a Yorkminster. Em estilo gotico e dominando a paisagem da entrada da cidade medieval, a catedral impression pela imponencia e riqueza de detalhes. Depois fomos ate’ os Shambles, ou pequenas ruelas de paralelepipedo que ainda conservam a atmosfera da epoca medieval e, na famosa, little shambles street, que supostamente era para ser a menor rua da Europa, em termos de largura. Ja’ adianto que nao e’, vi ruas bem mais estreitas na Escocia, no centro de Edimbrugo por exemplo. De la’ fomos ate’ o local onde existe a Jorvik viking experience, uma especie de museu interativo que conta a historia da fundacao pela cidade no seculo XI pelos Vikings. Muito bem reproduzida, com cheiros e ate’ um mini-treno suspenso misturado com teleferrico eles realmente fornecem uma experiencia unica dentro da cultura e historia local. Vale muito a pena. Fomos ate’ o Castle museum mas nao visitamos. Na frente, fica a York tower, uma ruina remanescente das fortificacoes que envolviam a cidade na epoca medieval. Caminhamos depois ate’ o York museum gardens, tiramos algumas fotos e fugimos logo do frio e da chuva e de la’ fomos ate’ o enorme e fantastic National Railway Museum. Se voce nao gosta de trem, mesmo assim vai se impressionar e aproveitar a experiencia. Se voce gosta de trem, prepare-se para deleitar-se com a maravilhosa exibicao. Trens, vagoes, motores, pecas, trens modernos, operacoes de linhas, sinais, estacoes em replica, miniaturas, trens funcionando, engenheiros reparando pecas, e muitas coisas mais que nao listo porque ocuparia o dia inteiro do leitor. Vale muito a visita no maior museu de trens da Inglaterra que ganhou varios premios nacionais por varios anos, devido a experiencia que ele fornece. Reserve no minimo umas duas horas e, para completar, a visita e’ gratuita, como na maioria dos museus nacionais Ingleses. Se voce tem tempo e esta’ rumando para a Escocia, considere fortemente uma parada na encantadora cidade de York, vale muito a pena mesmo.

 

Dia 19 – York / Edimburgo - 30/11/2011

Saimos cedo tambem porque encarariamos mais 4 horas de estrada ate’ chegarmos em Edimburgo, capital Escocesa. Paramos no caminho na fronteira da Inglaterra com a Escocia para tirar aquelas fotinhos protocolares de turista, nas placas que dizem bem vindo a Escocia, ou desse lado e’ a Inglaterra e desse e’ a Escocia. Voces sabem. Ja’ em solo Escoces, no caminho e na linda estrada para Edimburgo, fizemos um rapido pit stop em Jedburgo, pequena cidade do interior do pais, para fotografarmos as ruinas de uma muralha. Chegamos ao hotel em Edinburgo e deixamos todas as coisas e fomos logo visitar a Catedral de Edimburgo. Pegamos o carro e fomos ate’ o Calton Hill, onde encontram-se todos no mesmo lugar, varias atracoes turisticas da cidade, como o National Monument, National Observatory, Nelson Monument e Old Scottish Parliament, alem do local fornecer magnificas vistas da cidade e belas oportunidades de foto. Final de mais um dia de passeio apos entregarmos o carro que foi nosso companheiro por 7 dias. Com certeza valeu a pena alugar um carro, a perspectiva e’ outra, se faz as coisas com mais calma e no teu tempo e, por incrivel que pareca, nao e’ caro. Principalmente se reservares online em grandes empresas como a Hertz, Avis, Thriffty, Europcar, etc.

 

Dia 20 – Edimburgo - 01/12/2011

Comecamos o dia caminhando ate’ o Castelo de Edimburgo, que fica no meio da cidade e se avista facilmente de qualquer lugar pois fica em cima de uma pequena colina. O castelo e’ muito bonito e, de la’, e’ possivel tambem tirar lindas fotos da cidade. Ha’ varias salas que podem ser visitadas mas nao sao muito luxuosas. O destaque sao as joias da coroa Escocesa, muito tempo perdidas para evitar que fossem confiscadas pelos conquistadores Ingleses. Hoje estao expostas no castelo sob forte esquema de seguranca. Saindo de la’ ja’ e’ o inicio da Royal Mile, que se extende por uma milha e e’ repleta de lojas de souvenirs, roupas, restaurantes, pubs e escritorios, alem de alguns predios historicos e bem antigos. Uma rua muito bonita e agradavel de se caminhar com certeza. No final dessa rua, fica o Palacio Holyrood, famoso por ter sido casa da Mary Queen of Scots, na epoca em que a Monarquia Escocesa era independente da Inglesa. Hoje o local e’ residencia oficial da rainha Elizabeth II do Reino Unido quando esta’ em visita a Escocia. Finalizada a visita ao bonito e luxuoso palacio, fomos ate’ a famosa Princess Street, com lojas, street performers e opcoes de comida tambem. Final da visita na bonita cidade de Edimburgo.

 

Dia 21 – Glasgow - 02/12/2011

Cedo pela manha saimos do hotel e pegamos um trem de Edimburgo ate’ Glasgow. A viagem durou uma hora e chegamos na costa Oeste da Escocia para fazer uma parada estrategica mesmo e de descanso. Chegamos na linda estacao Central e caminhamos ate’ a famosa rua de compras Princess Street, depois de fazermos check-in no hotel. Regressamos ao nosso quarto e fizemos mais algumas pesquisas, reservas de hoteis e planejamentos de viagem durante a tarde e noite. Um break necessario deveras.

 

Dia 22 – Glasgow / Belfast - 03/12/2011

O motivo de termos ido ate’ Glasgow era pegar um voo de la’ para Belfast, capital da Irlanda do Norte. Ha’ 2 aeroportos em Belfast, o internacional que e’ longe do centro e o George Best airport, que fica perto do centro e grudado na baia da cidade. Chegamos no hotel, fizemos check-in no nosso hotel que ficava no suburbio e fomos visitar o Cavehill Park, onde fica o Castelo de Belfast. O castelo em si e’ pequeno e nao muito luxuoso. O predio por fora e’ lindo, porem, uma vez que se entra, nao se tem aquela sensacao de estar em um palacio ou residencia real. E’ um lindo casarao no alto da montanha. Foi residencia de uma familia nobre da Irlanda do Norte por 2 seculos e hoje foi doada ao municipio e la’ se realizam casamentos e recepcoes de luxo. Vale a visita pelo contexto historico e pela beleza do predio e dos jardins, alem da vista para a baia e a cidade de Belfast. Fazia muito frio, quase 0 graus e voltamos ao hotel debaixo de vento e chuva. Hora de descansar e recuperar as energias para o dia seguinte para o passeio pelo famoso Giant’s Causeway e a estrada costeira, cartao postal da Irlanda do Norte.

 

Dia 23 – Giant’s Causeway day trip - 04/12/2011

Para esse dia que gostariamos conhecer o Giant’s Causeway, achamos melhor comprar uma exursao de onibus, com guia e tudo direitinho. E’ barato, 16 libras e bem confortavel. Senta no onibus e nao se preocupa com nada, a nao ser tentar entender o sotaque do nrote da Irlanda. Paramos primeiro no Carrickfergus Castle, em ruinas e que fica logo na saida de Belfast. Na estrada, que e’ espetacular, passamos pelo meio de varias pequenas vilas, e, para minha surpresa, varios pontos onde foi filmado o seriado Game of Thrones, que sou fa. Ja’ na Causeway coastal route, que como o nome diz, vai beirando a magnifica costa Irlandesa, chegamos na famosa ponte de corda suspense Carrick-a-rede rope bridge, que os Pescadores usavam para acessar uma area onde salmoes do atlantico ficavam presos enquanto migravam. Valia o risco para eles conseguirem encher sacos com o peixe delicioso e que era vendido por otimos precos nos mercados costeiros. Apos atravessar a assustadora ponte, com muito frio, vento e balance, sobrevivi enquanto minha mae assistia a tudo, provavelmente com seu curacao a quase 200bpm. Voltamos a estrada e chegamos no maravilhoso espetaculo natural de Giant’s causeway. Poupa-los-ei das lendas, teorias e possiveis explicacoes para o fenomeno. Sao rochas basalticas em formato hexagonal perfeito, criadas a milhoes de anos. Impressionante. So’ vendo de perto para crer. Apos deixarmos o local, atonitos pela beleza e impressionados com o poder da natureza, passamos ainda numa velha destilaria de whisky. Velha mesmo pois a Old Bushmills Whisky Distillery foi fundada em 1608 e ainda funciona no mesmo local ate’ hoje. Voltamos pela estrada normal, nao mais a cenica costeira, e direcao a Belfast, passando pelo aeroporto para deixar passageiros que iriam embora. Final de mais um excelente dia de passeio. Saimos com otima impressao em relacao as paisagens da Irlanda do Norte. O povo tambem muito acolhedor e engracado, principalmente nosso motorista e guia multitarefa.

 

Dia 24 – Dublin - 05/12/2011

Amanhecemos com neve em Belfast. Um pouco de neve pra ser mais preciso. A temperature estava entre -1 e -2 graus e nevou por uns 15 minutos, enquanto esperavamos nosso taxi. Fomos ate’ a estacao central de trem pegar o Enterprise de Belfast ate’ Dublin, totalizando 2h de viagem pela linda paisagem interiorana Irlandesa. Chegamos no nosso hotel, centralmente localizado pertinho da famosa O’Connell street, fizemos check-in e ja’ caminhamos ate’ o Trinity College, que ficava ha’ 2 quadras tambem do hotel e de la’ pegamos o Bus turistico, mais um, daqueles estilo sobe e desce onde quer. O ticket era valido por 2 dias entao era uma otima forma de se orientar na cidade e tambem ja’ conhecer alguns pontos turisticos mais afastados do centro, posto que teriamos nao muito tempo na capital da Republica da Irlanda. Seguindo esse raciocinio, descemos no ponto mais afastado do trajeto do onibus turistico e um dos mais tipicos que os turistas frequentam, a famosa cervejaria Guinness. Visitamos a fabrica e um museu e os tickets dao direito a desgustacao no bar panoramico do setimo andar da cervejaria. Nao sou o maior fa de Guinness para ser honesto. E’ uma boa cerveja na minha opiniao, porem, a visita na cervejaria vale a pena e acompanhar um pouco a historia dessa cerveja famosissima no cenario mundial e que se tornou um dos simbolos da republica da Irlanda no mundo e’ uma experiencia recomendada. Pegamos o bus turistico novamente, descemos perto do hotel e fomos descansar pois a maratona continuaria no dia seguinte.

 

Dia 25 – Dublin - 06/12/2011

Comecamos o dia visitando o Trinity college, que e’ famoso por ser uma instituicao de ensino influente na vida literaria Irlandesa e, mais ainda, por abrigar em sua antiga biblioteca o Book of Kells, um evangelho escrito a mao em latim do seculo 8 se nao me engano. Subimos no bus turismo e passamos pelas Georgian streets, com sua arquiterura tipica e que ficam ao lado do St. Stephens green, um bonito parque no centro de Dublin. Saindo de la’ descemos na Christ Church Cathedral e tambem na famosa Saint Patrick’s cathedral. Nessa ultima, vale a pena a visita pois ela e’ muito bonita por fora e por dentro e e’ “casa” do principal santo Irlandes. Varios nobres e antigas pessoas de influencia estao la’ enterrados. Voltamos ao centro e camihamos pelas bonitas ruas da regiao.

 

Dia 26 – Dublin - 07/12/2011

Saimos do hotel e fomos explorar a famosa O’Connel Street e seus arredores, com lojas, restaurantes, cafes, shoppings, etc. Tem de tudo por ali, alem do famoso Spire, ponto de referencia e de encontro de varias pessoas. Fomos depois ate’ a rua de compras Grafton street, que fica ha’ algumas quadras de distancia da O’Connell e continuamos, basicamente, todo o dia no centro de Dublin. Visitamos ainda a regiao de Temple Bar, com diversos pubs e restaurantes e onde a vida noturna de Dublin acontece com mais firmeza. Paradinha basica no hard rock café, que e’ novo e, honestamente, nao me impressionou muito. De volta ao hotel, reservamos um passeio para o dia seguinte que fariamos com uma prima minha que esta’ estudando em Dublin, iriamos para o interior da Irlanda, mais especificamente, Glendalough e Kilkenny.

 

Dia 27 – Dublin / Glendalough / Kilkenny - 08/12/2011

Saimos cedo de Dublin para comecar o nosso day tour para as Wicklow mountains, mais famosa entre os estrangeiros por ter o rio que fornece agua para producao de Guiness e por ter o local de filmagens do famoso filme Coracao Valente. A paisagem e’ exuberante na subida para as montanhas. Logo em seguida chega-se em Glendalough, um lindo vale nas montanhas onde visitamos 2 lagos. O segundo e’ simplesmente maravilhoso e mesmo com o pessimo tempo, frio e chuva, nao deixamos de admirar a beleza do local. Visitamos la’ tambem um famoso cemiterio celta com uma “round tower” ou torre redonda, construida pelos monges celtas no seculo XII. Muito legal tambem e rico em historia. Seguindo pelo interior do pais, tomamos a direcao de Kilkenny. Linda cidade medieval com suas ruelas repletas de historia e, como highlight, o imponente e maravilhoso castelo de Kilkenny. Espetacular. Vale a pena fazer essa excursao rapida com saida de Dublin. As 16 horas saimos de Kilkenny e ja’ estavamos em Dublin por volta das 18. O melhor ainda foi que encontramos uma prima minha que mora em Dublin e ela conseguiu passar o dia conosco fazendo o passeio em familia.

 

Dia 28 – Dublin / Copenhagen - 09/12/2011

Tinhamos voo de Dublin para Copenhagen e pegamos o bus Aeroporto, saindo da O’Connel street a cada 15 ou 20 minutos por 6 Euros. Fica ai a dica, pois a viagem e’ rapida e confortavel. Chegamos em Copenhagen e tomamos um metro ate’ a estacao central e de la’ caminhamos ao hotel. Mesmo chegando a noite ja’ deu pra perceber a limpeza, beleza e organizacao da cidade. Bem o que se espera de uma grande cidade Escandinava. E nao fazia tanto frio, uns 7 ou 8 graus.

 

Dia 29 – Copenhagen - 10/12/2011

Apos o café-da-manha caminhamos ate’ a famosa rua Nyhavn, talvez o principal cartao postal da linda capital Dinamarquesa. De la’ fizemos o Tour nos canais, passando por alguns pontos turisticos da cidade como a Langelinie (boardwalk com pequena sereia). O tour de barco durou 1 hora e pouco e descemos para caminharmos ate’ o Amalienborg museet, que na verdade e’ um passeio pelo castelo da familia real Dinamarquesa e conhecer um pouco mais sobre a vida da nobreza Dinamarquesa. Uma coisa que aprendi e’ que eles nao eram muito criativos para nomes. Faz mais ou menos umas 10 geracoes que todos, eu disse todos, os reis e seus filhos sao Christian e Frederik. A regra e’ a seguinte: Se teu nome e’ Christian, teu filho mais velho vai se chamar Frederik e ponto final. E assim sucessivamente. Nao tem como errar. Saindo de la’ fomos visitar a Stroget (shopping street). Nao compramos nada la’ alem de souvenirs. A Escandinavia e’ um pouco cara, comparada com outros lugares da Europa entao deixamos para comprar o que precisavamos mais tarde, cuidando apenas do mais urgente, claro. Escurece muito cedo tambem, mais ou menos as 15:30 ja’ estava noite, entao fica um pouco desanimador ficar na rua, no frio, alem das 17 horas por exemplo. Voltamos cedo ao hotel apos jantarmos no horario do cha’ da tarde no Brasil.

 

Dia 30 – Copenhagen - 11/12/2011

Mais caminhada do hotel ate’ o Rosenborg Castle, onde visitamos mais uma antiga residencia da familia real Dinamarquesa. E que luxo. Christians e Frederiks tiveram vida boa la’. O castelo nao e’ tao grande, mas e’ bonito e com certeza vale uma visita. La’ tambem tem a sala dos tesouros da Coroa que vale a visita. Voltamos ao centro para explorar outras varias ruas bonitas, limpas, organizadas e cheias de turistas de final de semana. A cidade realmente impression. Fomos visitar o parque de diversoes mais antigo do mundo, aberto no seculo XIX, o famoso Tivoli. O parque e’ bem legal, apesar de nao ser muito grande e fica no meio do centro de Copenhagen. A proximidade com o natal deu um charme a mais na decoracao e fez com que o lugar lotasse de criancas e familias, muitas delas mesmo. Alias, povo que sabe fazer filho tambem…como tem crianca pequena na Dinamarca, por tudo. Descobri depois que o governo tem muitissimos incentivos como maneira de rejuvenescer a populacao. Copenhagen e’ uma metropole vibrante e bonita, com uma otima mescla entre o antigo e o novo, o historico e o moderno. Vale a visita e se voce receber aquela proposta de trabalho, nao recuse! A cidade deve ser espetacular pra morar tambem.

 

Dia 31 – Copenhagen / Gothenburg - 12/12/2011

Hora de finalizar nossa rapida visita a Dinamarca e embarcar no trem para Gotemburgo, passando por Malmo. Foram mais ou menos umas 3 horas e meia de trem e chegamos na moderna e bonita estacao de trem de Gotemburgo. A Suecia, no interior do pais, e’ linda demais. A viagem de trem para apreciar a paisagem vale muito a pena, alem dos trens serem pontuais e confortaveis. Nem sente-se as horas passarem. A mesma regra da organizacao, limpeza e eficiencia que existia na Dinamarca, aplicada em mesma ou maior escala. Todos falam Ingles, entao nao se preocupe muito em aprender as linguas escandinavas, nao sera’ necessario. Quando digo todos, incluo nesse grupo a melhor idade, maiores de 60. Os menores indices historicos de analfabetismo, ha’ muitas decadas, sao de la’. Chovia muitissimo em Gotemburgo, alem de estar um pouco frio e escuro. Fomos ao hotel, fizemos check-in e por la’ ficamos.

 

Dia 32 – Gothenburg / Stockholm - 13/12/2011

Saimos no trem de Gothenburg por volta do horario do almoco e chegamos ja’ a noite em Estocolmo (15:30 da tarde…hehehe). Fizemos check-in, nos orientamos com o pessoal do hotel e comemos algo proximo de onde estavamos mesmo, para restaurar as energias e estar inteiro pro dia seguinte. Voce deve estar pensando, eta povo que descansa esse…nos passamos, antes de chegar na Europa, 40 dias seguidos no Mexico e na America Central e, ja’ estamos na Europa, fazendo uma viagem um tanto quanto abrangente, e, por consequencia, cansativa, ha’ 32 dias. Contudo, qualquer oportunidade de descanso e’ sempre bem vinda.

 

Dia 33 – Stockholm - 14/12/2011

Nesse dia compramos os tickets para o onibus turismo que fazia 2 recorridos pela cidade, passando pelos principais pontos turisticos e que funcionava tambem no sistema hop on hop off. Decidimos parar no Skansen, que e’ uma especie de parque e museu ao ar livre, contando como e’ a vida no interior da Suecia desde os seculos mais antigos. Ha’ tambem brinquedos em uma especie de mini parque de diversoes e tambem um mini zoologico com animais tipicos da Escandinavia, principalmente a Suecia claro. La’ vimos o lobo cinza, coruja da neve, alces, focas, lontras, Volverines e nao vimos o Urso marrom que estava hibernando pois era inverno. Creio que o parque deva ser mais legal ainda durante o verao, estava tudo meio deserto por la’. Bom programa para quem viaja com criancas, da’ pra passar o dia inteiro no parque se quiser, pois coisa pra fazer e ver la’ nao falta. Saindo de la’ fomos caminhando ao proximo Vasa museum e ai vi uma das coisas mais fantasticas que ja’ vi na vida. Um navio completamente de madeira, que afundou na baia de Estocolmo em 1628 se nao estou enganado. Foi achado, recuperado e restaurado em um trabalho minucioso e hoje encontra-se em exibicao em Estocolmo para quem quiser ve-lo. E’ simplesmente fantastic o navio e pensar que, todo o trabalho para construi-lo, foi, literalmente por agua abaixo, logo na primeira viagem em menos de 20 minutos de navegacao. Realmente impression nao so’ pela historia, mas pela estrutura e tambem conservacao da madeira. Ha’ um documentario de mais ou menos 20 minutos, exibido em varias linguas, dentro do museu e vale muito a pena assisti-lo para entender tudo sobre o navio. Para mim esse foi um dos pontos fortissimos de toda a viagem. Nao deixe de conferir quando visitar Estocolmo. Voltamos ao hotel, ja’ era noite la’ pelas 17 horas.

 

Dia 34 – Stockholm - 15/12/2011

Dia de visitar a principal ilha dentre as diversas que formam a linda Estocolmo, Gamla Stan, onde ficam varias atracoes turisticas como o Royal Palace, Kronor museet, Treasury e Christmas markets. Essa ilha e’ tambem, alem de muito bonita, importante historicamente para a capital e para a nacao Sueca. Comecamos a visita caminhando pelas estreitas e charmosas ruas do centro antigo, com muitas lojas de souvenirs, restaurantes e vendedores de rua tambem no Mercado de natal. Subimos ate’ o topo da ilha para visitar o imponente e luxuosissimo Royal Palace, que exibe muitos itens da colecao real Sueca, bem como varios artigos historicos como trajes, armamentos e colecoes de arte. O predio em si tambem e’ bonito arquitetonicamente. Vale muito a visita. Depois fomos na sequencia ao museu da coroa e ao tesouro da coroa. Sao pequenos e a visita e’ rapida. Os tickets podem ser comprados separadamente mas compramos um ingresso que dava direito a entrada nas 3 atracoes. Tudo isso levou praticamente o dia inteiro pois as caminhadas em Gamla Stan nao sao tao curtas e, tambem, porque o charme da ilha e’ mesmo se perder nas ruelas. Passamos em mais mercados de natal mas que ja’ se encontravam em outra parte da capital e nao mais na ilha de Gamla. Hora de voltar ao hotel pois ja’ havia escurecido as 3 da tarde e fazia bastante frio! Estava encerrada a nossa visita a Suecia e a linda cidade de Estocolmo, para mim uma das mais lindas do mundo.

 

Dia 35 – Stockholm / Lisbon / Porto - 16/12/2011

Pegamos um taxi desde o hotel em Estocolmo ate’ o Aeroporto de Arlanda, que leva esse nome por ficar numa cidade proxima a capital Sueca. Mai sou menos como Sao Paulo – Guarulhos. Tinhamos um voo para Lisboa logo apos o almoco, com duracao de 4 horas. Isso nos tomaria o dia inteiro em deslocamento pois chegando no aeroporto da capital Portuguesa, ainda teriamos que nos deslocar ate’ a estacao de trem/onibus Oriente e de la’ embarcar no “comboio”, como chamam os trens em Portugal, ate’ a bonita cidade do Porto. Pegamos o ultimo trem da noite, que saia as 21h e chegamos as 23 em Porto. Tempo apenas de pegar um taxi ate’ o hotel, fazer check-in e recuperar as forcas par air ao aeroporto cedo na manha seguinte receber o meu irmao, que chegaria do Brasil e nos encontraria para passar os proximos 35 dias de viagem conosco.

 

Dia 36 – Porto - 17/12/2011

Fomos de taxi ate’ o aeroporto buscar o meu irmao que tinha saido do Brasil no dia anterior. Voltamos ao hotel para fazermos o check-in dele e trocar de quarto. Caminhamos entao pelo centro historico da cidade, comecando pela movimentada Rua de Santa Catarina, depois seguimos ate’ o topo de uma colina ainda no centro para visitar a Catedral da Se que possui uma vista linda para o rio D’Ouro. Descemos pelas tipicas ruelas Portuguesas com suas casas decoradas com os conhecidos azulejos e fomos ate’ a mais famosa atracao turistica da cidade, a regiao da Ribeira, que como o nome diz, fica as margens do rio D’Ouro. Ainda la’ embarcamos num cruzeiro pelo rio de aproximadamente 50 minutos. Ao regressarmos almocamos na Ribeira mesmo e atravessamos a maior ponte da cidade para visitar, na outra margem, as vinicolas produtoras de um dos tipos de vinho mais famosos do mundo, o vinho do Porto. Escolhermos a Sandeman pelo horario de abertura, por ser perto e por ter um tour bem baratinho tambem. Apos, mais ou menos, 1 hora e 15 minutos de passeio pelas cavas da vinicola, emergimos novamente no centro da cidade, ja’ no final da tarde. Voltamos ao hotel porque mais tarde iriamos ate’ o lindo e moderno estadio do Dragao, assistir um jogo do Porto pela Taca de Portugal, contra o Maritimo. Com as musicas da torcida organizada do Porto, puxadas por um maluco ao microfone, saimos satisfeitos com a vitoria dos locais por 2x0 e mais por ter presenciado uma partida de futebol de primeiro mundo, nem tanto pela qualidade do adversario do Porto, mas sim pela organizacao do evento…ainda exemplo a ser seguido no nosso Brasil.

 

Dia 37 – Porto / Coimbra - 18/12/2011

Ao realizarmos nosso planejamento para esse dia, percebemos que as atracoes turisticas da cidade nos tomariam apenas umas 3 ou 4 horas, no maximo. No roteiro estavam a Torre dos Clerigos, o Palacio da Bolsa e a Igreja de Sao Francisco. A torre dos clerigos e’ interessante pois propicia uma vista diferente da cidade daquela que vimos da Catedral da Se. Vale a visita. A subida e’ por escadarias antigas num estreitissimo corridor. 1 pessoa por vez. Apos visitarmos a torre, descemos a colina rumo a Ribeira novamente, porem, umas 2 quadras acima encontra-se o lindo Palacio da Bolsa, onde teve sede por mais de um seculo a federacao do comercio Portugues e, claro, por curto espaco de tempo, a Bolsa de mercadorias e valores de Portugal. Um tour rapido de 30 minutos e aprendemos um pouco sobre a historia do comercio do pais, principalmente do norte, e tambem sobre cada sala do local. Almocamos e decidimos visitar a cidade de Coimbra, famosa por uma das universidades mais antigas da Europa, fundada em 1219 (se nao me engano), a Universidade de Coimbra. Ela tem um campus nao muito grande mas bonito, antigo, localizado tambem no topo de uma colina de onde avistava-se a cidade inteira. Na saida da universidade caminhamos pelo famoso Jardim Botanico da cidade que, preciso admitir, no inverno, alem de bonito mantem um aspecto sinistro pela ausencia de turistas e cores diferentes do verde e cinza das plantas queimadas pelo frio. Prato cheio para alimentar historias de suspense para aqueles que gostam de escrever eu diria. No final da tarde caminhamos pelo centro da cidade e voltamos a pe ate’ a estacao para retornar a cidade do Porto. Final da nossa rapida jornada pelo norte Portugues.

 

Dia 38 – Porto / Lisboa - 19/12/2011

Logo cedo pela manha tomamos café, fizemos check-out e pegamos o trem, que em Portugal e’ chamado de Combio, ate’ Lisboa, 2 horas e meia de viagem mais ou menos. Fizemos check-in no nosso hotel na regiao central da cidade e, apos o almoco, fomos visitar a Praca do Comercio, a Catedral da Se, que se destaca muito mais pelo seu interior do que seu exterior propriamente, todavia, nao achei muita graca na igreja. Esperava mais. Continuando a subida e passando pela Se’, chega-se ao Castlo de Sao Jorge, apos passarmos por uns 2 miradores onde tem-se uma linda vista da bonita cidade de Lisboa. O Castelo de Sao Jorge e’ um dos principais ponto turisticos de Lisboa e a vista la’ de cima e’ simplesmente fantastica. So’ por isso ja’ valeria a visita, porem, o castelo em si e as ruas a sua volta tem uma antiga e relevante historia pra contar. As ruinas estao relativamente bem convservadas e, dentre outros atrativos, ha’ tambem um museu dentro do castelo que conta um pouco da exploracao e das descobertas arqueologicas do local que nos levaram a entender um pouco mais sobre Portugal e sua historia influenciada nao so’ pela expansao maritima medieval, mas tambem pela influencia moura em meados dos seculos 11 e 12. Saimos de la’ e fomos fazer uma caminhada na orla do Tejo, em Belem, um dos bairros mais tradicionais de Lisboa. No caminho encontra-se o Monumento aos Descobridores, e, uns 5 minutos de caminhada mais adiante nas margens do Tejo, a famosissima Torre de Belem, cartao postal de Lisboa. Voltamos pela orla e fomos comprar os famosos Pasteis de Belem, tradicionalissimos e bem gostosos. Depois de mais uma dia cheio, voltamos ao hotel. Na passada ficava o Hard Rock café Lisboa, como bom fa de rock e “enganador” da guitarra, nao pude deixar de entrar e visitar a loja e os instrumentos e roupas expostos.

 

Dia 39 – Sintra - 20/12/2011

Saimos do hotel de café tomado e caminhamos ate’ a estacao de trem que nos levaria a Sintra, distante uns 35 minutos de Lisboa de trem. Na chegada, ja’ sente-se o clima de cidade pequena e historica e que, na minha opiniao, e’ o lugar mais bonito do pais. Castelos, palacios e vistas incriveis das montanhas sao apenas alguns dos atrativos turisticos de Sintra. Destaque tambem para as lojas de artesanato e souvenirs, que espalham-se pelas antigas ruas as dezenas. Visitamos o Palacio da Pena, o Castelo dos Mouros datado do seculo X e XI e tambem o antigo palacio real de Portugal. Os destaques ficam para o Palacio da Pena, com sua arquitetura totalmente influenciada por motivos mouro-espanhois, com amplas salas e decoracao predominantemente caracterizada por azulejos. Ja’ no castelo dos mouros, que esta’ em ruinas, exceto pelos muros e pelas torres que tiveram restauracoes ao longo dos seculos, pode-se entender um pouco do modo de vida dos povos arabes que exploravam o oeste do mundo conhecido da epoca e tambem como eles protegiam suas ocupacoes. O castelo e’ mais um forte do que uma residencia nobre e a vista que se tem la’ de cima e’ fantastica. Para chegar ate’ o castelo e o palacio, pode-se comprar um bilhete de onibus que leva do centro de Sintra ate’ as duas atracoes e da’ direito a volta. 5 euros se nao me engano e, acredite, e’ praticamente impossivel subir caminhando. A estrada e’ sinuosa, nao e’ feita para pedestres e as trilhas nao tem indicacao. Eu diria ate’ que e’ facil de se perder. Pague os 5 euros e poupe suas pernas de um esforco que eu classificaria como “desgracado”. A cidade e’espetacular, os comerciantes sao simpaticissimos e a historia do lugar e’ riquissima. Se voce tem pouco tempo para visitar Portugal, tire 1 dia de qualquer outra coisa do roteiro e coloque uma visita a Sintra nos planos. Voce nao ira se arrepender.

 

Dia 40 – Lisboa - 21/12/2011

Dia de visitar atracoes que nao conseguimos antes porque estavam fechadas. Comecamos pegando um taxi (que sao bem baratos em Portugal) ate’ Belem para visitarmos o Monasterio dos Jeronimos, que, em minha opiniao, e’ muito mais bonito e interessante do que a Catedral da Se’. Seu lindo interior impression ate’ quem ja’ visitou as maiores e mais lindas igrejas do mundo. Ha’ tambem um patio interno, caracteristicas das construcoes religiosas medievais da Europa para abrigar os monges nos seus horarios de folga dos estudos e oracoes. Saindo do Monasterio, logo ao lado esta’ a entrada do Museu da marinha Portuguesa, bem interessante e riquissimo em informacoes historicas sobre as navegacoes portuguesas ao longo dos seculos, tanto conhecida pelos Brasileiros ao estudarmos a historia do nosso pais e o periodo de desenvolvimento do Brasil-colonia. Almocamos por ali mesmo e, ainda nas ruas de Belem, fomos conferir o Palacio Nacional e o Museu dos Coches, que pode ser visitado. Dois grandes ambientes, parecidos com saloes de opera, sao a casa de varios modelos de carruagens usados pela realeza e nobreza Portuguesa desde o seculo XVII. Vale a pena a visita porque e’ barato (5 Euros) e os exemplares sao bem interessantes e bem conservados. Saindo de la’ fomos ate’ o recem inaugurado Oceanario de Lisboa. Enorme diga-se de passage e, bem interessante. Para quem viaja com criancas entao eu classificaria como imperdivel. Ele e’ todo interligado com um tanque principal onde ha’ varias especies, inclusive tubaroes e leos marinhos. Vale a pena conhecer, alem de ser super moderno e instalado numa bonita regiao na frente do mar. Ha’ tambem um Bondinho que liga a area do Oceanario com a regiao dos pavilhoes da Expo Lisboa, que ocorreu no final da decada de 90, o Shopping Oriente e a grande e famosa estacao de trens e onibus Oriente, que liga a capital Portuguesa com o resto do pais e tambem outros destinos Europeus. Hora de voltar pro hotel e pegar nossos apetrechos. As 23 horas partiria o nosso onibus rumo a Espanha.

 

Dia 41 – Sevilla - 22/12/2011

Chegamos cedo a Sevilha, na Andalucia, e fomos diretamente ao hotel larger as malas e fazer check-in. Apos descansar um pouco demos uma caminhada pelas ruas tranquilas da cidade e dirigimo-nos ate’ a Plaza de Toros. Visitamos um dos icones da cultura Espanhola e, para ser sincero, esperava um pouco mais. Nao era mais temporada de touradas e mesmo nao sendo fa do espetaculo devido a falta de respeito e descaso para com o animal, gostaria de ver uma acontecendo ao vivo e creio que isso modificaria totalmente a nossa experiencia. Todavia, visitamos a arena e os “bastidores” por assim dizer de uma plaza de toros. O mal humor da atendente espanhola que liderou o tour para nos 3 e outro casal de turistas tambem foi algo memoravel. Parecia que ela era o touro sendo espetada pelas espadas dos habilidosos toureiros. Azeda! Saindo de la’, na beira do rio que banha Sevilha ficava a Torre de Oro, antigo ponto de observacao astronomica e que abriga hoje um mini museu da marinha Espanhola que usava a torre como entreposto. Caminhamos ate’ o centro da cidade para procurar uma boa comida Espanhola, comprar souvenirs e tambem verificar pelo lado de fora as atracoes que visitariamos no dia seguinte. Tivemos o desgosto de assistir e ouvir o sorteio de uma das loterias mais famosas da Espanha, a chamada loteria das criancas…acreditem em mim, voces nao querem nunca fazer parte da experiencia. Alem de longo demais, o jeito que as criancas “cantam” os numeros sorteados irrita qualquer ser humano com o minimo de bom senso. Os “meseros” se divertiam com a nossa “furia” ao perceber que nao iriam trocar de canal ou abaixar o volume. Transformamos o insuportavel em divertido, no melhor espirito do turista vida mansa. Voltamos ao hotel apos passear pelo movimentado e interessante centro de Sevilha, sem titubear na hora de parar num tipico boteco Espanhol, ou restaurante de tapas, para comer umas ‘croquetas’ caseiras, deliciosas por sinal.

 

Dia 42 – Sevilla / Marrakesh - 23/12/2011

Tinhamos a manha inteira livre para visitar outras atracoes em Sevilha, como o Real Alcazar, a imponente e linda catedral de Sevilha, antes de rumarmos para o aeroporto. O Alcazar e’ um bonito palacio medieval Espanhol com forte influencia Moura e, meus amigos, vale a pena a visita, ainda mais em um dia ensolarado pois apos o tour guiado pelos apartamentos reais, conduzido pelos funcionarios locais, e’ possivel caminhar livremente por outras salas do palacio e pelos grandiosos jardins. Em frente a saida do Alcazar fica a majestosa Catedral, umas das maiores e mais bonitas da Espanha. Em estilo gotico e um pouco romano, ela tem interiores enormes e decoracoes extravagantes, como todas as grandes catedrais cristas Europeias da idade media. Destaque para a subida nas torres que pode ser feita com um certo esforco (sao uns 15 minutos de subida de degraus e rampas) mas que brindam o turista com magnificas vistas da cidade inteira. Com certeza vale a pena conferir. Finalizado o passeio, voltamos ao hotel, pegamos os apetrechos e rumamos ao aeroporto. No roteiro, uma visita rapida de 7 dias ao exotico Marrocos, no extremo Noroeste Africano. Apos tranquilos 70 ou 80 minutos de voo, chegamos em Marrakesh e fizemos check-in. Os Marroquinos sao muito simpaticos e receptivos. Claro que vao querer, alguns deles, passar a perna e tirar uma vantagem, ainda mais lidando com turistas que nao conhecem o local nem a lingua (Arabe ou Frances). Mas reflita se nos Brasileiros tambem nao fazemos isso com os ‘gringos’ e outras culturas? Pensemos antes de julgar. Ainda sobrava tempo par auma rapida visita a famosa praca Djeema-El-Fna, coracao de Marrakesh e tambem ponto de encontro de turistas e locais. E’ uma experiencia por si so’ e horas podem ser alocadas para visitar a praca. Ha’ mercadores, comidas, contadores de historias, encantadores de serpentes, tem de tudo. Imperdivel. Claro que nos perdemos no caminho e os famosos e aproveitadores “faux-guides” ou falsos guias, que geralmente sao meninos com menos de 18 anos, oferecem-se para guiar os turistas perdidos. For free segundo eles mas ao final, fica a dica, eles sempre pedem dinheiro. Dei 1,20 Euros, que e’ uma boa gorjeta fazendo a conversao deles, e o menino reclamou e fez cara feia. Me ofereceu o dinheiro de volta e falou que era pouco. Sinceramente era tudo o que tinhamos de trocado pois recem tinhamos chegado ao pais. Pensei comigo, vou pegar de volta entao ja’ que tu nao queres 1.20 Euros eu uso em outro dia para gastar no almoco ou em algum souvenir. Dai o menino nao hesitou recolher mesmo os 1.20 Euros. Saiu de cara feia mas satisfeito com certeza. Essa e’ a cultura Arabe. Eles vivem pra negociar e se sustentam com isso desde que o mundo e’ mundo. Nao ache voce, Brasileiro que se acha malandro, que vai chegar no Marrocos e passar a perna em quem tem isso no sangue. Nao confunda malandragem com habilidade e lisura, tino mesmo para o comercio. Se tu negocias com eles e achas que fez um grande negocio, pode ter certeza que para eles foi 5 vezes mais lucrative. Sempre e’ assim, sempre foi e sempre sera’. E eles esperam que a gente negocie. E’ cultural, quase ofensivo nao negociar.

 

Dia 43 – Marrakesh / Ourzazate / Marrakesh - 24/12/2011

Tinhamos negociado com o motorist do hotel que foi nos buscar no aeroporto um passeio de dia inteiro, bem cansativo, pela estrada das montanhas Atlas, uma visita a mais famosa casbah Marroquina, a Ben-Ait-Haddou, os estudios Oscar e a cidade de Ourzazate, voltando para Marrakesh no final do dia. Importante salientar que esse passeio e’ caminho de quem faz o passeio maior e mais comum, de dormir nas tendas com os berbers acampando no deserto e andando 2 ou 3 horas de camelo. Minha mae nao foi muito partidaria de passar a noite no deserto e tambem de ficar quase 3 desconfortaveis horas no lombo de um camelo. Se algumas pessoas de 30 ou menos reclamam, imagina para quem beira a sexta decada? Entao decidimos apenas ter um gosto do interior Marroquino. E valeu muito a pena. A estrada, subindo as montanhas nevadas foi linda demais, visual memoravel. Apos umas 3 horas chegamos na Casbah, tipica fortificacao marroquina usada para defesa e abrigo de exercitos nomades que lutavam contra invasoes de outros povos barbarous. La’ foi cenario de alguns filmes famosos, dentre eles, a Joia do Nilo com Michael Douglas e Kathleen Turner. Seguimos na estrada ate’ a pacata e linda cidade de Ourzazate, verdadeiro oasis no deserto. Limpa, organizada e tao silenciosa em comparacao a Marrakesh, vale a pena para quem tem tempo, ficar 1 noite e visitar a maior casbah da cidade, que me pareceu olhando por fora, mais conservada e ate’ mais bonita que a Ben-Ait-Haddou. Finalizado o passeio, mais quase 4 horas de estrada para voltar a Marrakesh. Chegamos no hotel quase as 21 horas esgotadissimos. Um passeio imperdivel.

 

Dia 44 – Marrakesh / Casablanca - 25/12/2011

Nesse dia tinhamos uma viagem de trem de 3h entre Marrakesh e Casablanca. A novissima estacao de trem de Marrakesh e’ otima e e’ facil achar atendentes que falam Ingles. Os trens sao bons e modernos e o preco e’ otimo. Com certeza e’ a melhor forma de se viajar pelo pais. Iriamos chegar em Casablanca logo apos o meio-dia e dormiriamos la’ pois a minha namorada chegaria na manha seguinte vinda do Brasil. Tinhamos, entao, tempo para visitar uma unica atracao. A imponente, espetacular e diferente Mesquita Hassan II. Nosso hotel ficava no final da Medina, perto do mar, entao fomos caminhando pelo porto ate’ a fantastica construcao, que ja’ ao longe enxergavamos. Fizemos um tour guiado em Espanhol por dentro da Medina, sala de oracoes, Banhos turcos e purificadores dos muculmanos. E’ um passeio interessantissimo pois alem de presenciar esta magnifica obra arquitetonica esplendorosa, pudemos tambem aprender um pouco sobre a religiao muculmana, tao prejudicada em termos de imagem devido ao radicalismo idiota de muito. La’ pelas 4 da tarde saimos de la’ e fomos caminhando ate’ a Medina mas entramos pouco. O cansaco dominava e entao decidimos parar. Importante salientar que essas caminhadas eram sempre, no minimo, uns 5 ou 6km…haja sola de sapato!

 

Dia 45 – Casablanca / Marrakesh - 26/12/2011

Fomos ate’ o aeroporto de Casablanca buscar a minha namorada e de la’ partimos para a principal estacao de trem da cidade, conhecida como Casa Voyageurs. De la’ fomos de trem p/ Marrakesh, onde chegamos no final da tarde e fomos direto para o nosso hotel. A noite demos uma caminhada basica ate’ a praca, olhando as milhares de lojas nos souks e ruelas estreitas da medina de Marrakesh.

 

Dia 46 – Marrakesh - 27/12/2011

Decidimos nesse dia visitar a praca Djeema-El-Fna durante o dia, para perceber a diferenca. Nao e’ tao tumultuada quanto a noite pois de dia nao ha’ as barracas de comida no centro da praca, porem, ha’ os encantadores de serpentes com diversas najas sendo enfeiticadas pela musica incessante das flautas norte-africanas. Aquilo que a gente conhece de desenho animado, foto ou historia de amigos e familiares, acontecendo ali na tua frente. O mais legal e’ que eles vem com a maior naturalidade pra cima do turista com 1 ou 2 najas na mao, com a maior naturalidade, ja’ pedindo dinheiro pra tirar fotos. Obtemos as nossas de uma distancia bem segura e pronto, fomos pra longe delas e de sua danca reptilica milenar. Fomos visitar 2 palacios em Marrakesh, o Palacio Baldi, que parece um mini-forte em ruinas e que achei bem sem granca e tambem o Palacio Bahia, um pouco mais luxuoso e mais estruturado, que serviu de residencia para o pessoal da corte. Depois do almoco fomos a parte nova da cidade, moderna, com grifes de luxo e tudo mais, conhecida como ville nouvelle, e onde ha’ mais uma feirinha de artesanatos, numa versao mais requintada e muito menor dos famosos souks. Nisso passamos a tarde inteira e voltamos, ja’ ao anoitecer, para a famosa e interessantissima Djeema-El-Fna e souks, onde tudo acontece em Marrakesh noite e dia. Acho que so’ quem visita o Marrocos entende a magia do pais, sua cultura, seu povo e costumes e tambem sua comida. Creio que seja uma experiencia unica e recomendo ao viajante visitar esse pais, principalmente, aquele que esteja melhor preparado para o choque cultural que, sem sombre de duvidas, existira.

 

Dia 47 – Marrakesh / Tangiers - 28/12/2011

Descansamos pela manha e logo apos o almoco fomos para a estacao de trem pois rumariamos ao extreme norte do Marrocos, cidade de Tangiers, que e’ onde chegam as balsas que vem da Espanha fazendo a travessia do estreito de Gibraltar. O trem Marrakesh ate’ Tangiers demora entre 4 e 5 horas pelo que me lembro. Chegamos no anoitecer ja’ e fizemos check-in no nosso hotel. Nao pudemos visitar a cidade que pareceu tranquila e simpatica. O taxista nos garantiu que era uma cidade tranquila e agradavel, bastante frequentada por Espanhois e outros Europeus nos meses de verao. Segundo ele, as temperaturas da agua na estacao do calor chega aos 27 graus!

 

Dia 48 – Tangiers / Madrid - 29/12/2011

Nesse dia partiriamos de volta a Espanha, porem tinhamos voos em horarios diferentes e com empresas distintas tambem. Minha namorada chegaria em Madrid 2 horas antes da gente, no meio da tarde, enquanto nos chegariamos por volta das 17:30. Passamos pela imigracao Espanhola, tomamos um taxi e fomos ate’ a nossa guesthouse no centro de Madrid, a menos de uma quadra da famosissima Puerta del Sol. Fizemos check-in, descemos para jantar e caminhar nas ruas do centro da linda capital Espanhola, verificar algumas lojas de souvenir e tambem tentar ver um restaurant para reservarmos nossa janta de ano novo nos dias seguintes.

 

Dia 49 – Madrid - 30/12/2011

Nesse dia, la’ pela metade da manha, compramos o Bus turismo que roda a cidade num percurso de mais ou menos 2 horas. Decidimos fazer o trajeto inteiro, conhecer um pouco, nos situarmos para depois escolher que parade fariamos. Por ser pertinho do feriado de ano novo, varias atracoes estavam funcionando com horarios diferenciados. Fique atento sempre a esse detalhe quando planejar sua viagem. Decidimos entao, em virtude da longa fila que vimos formada quando passamos de onibus, visitar o famoso Palacio Nacional. Apos uma espera de 30 minutos, considerada rapida pros padroes de grandes atracoes turistiscas da Europa, adentramos no lindo e pomposo palacio. Ele realmente e’ luxuosissimo e possui todos os ingredients que alimentam aquele sonho infantil de todos, muitas joias e colecoes, pinturas, salas amplas e bem decoradas, moveis luxuosos, antiguidades e reliquias pertencentes a coroa. Pode-se aprender muito sobre a historia da Espanha e de seus governantes desde os tempos mais primordios. Separe, para visitar essa magnifica atracao, no minimo, 1 hora e meia. Saimos do palacio e fomos caminhando pelas charmosas ruas do centro Madrilenho ate’ o nosso hotel, sem hesitar, claro, em parar nas lojas do caminho. E’ uma cidade muito agradavel de se conhecer caminhando.

 

Dia 50 – Toledo - 31/12/2011

Como nesse dia muitas atracoes que queriamos visitar em Madrid, como o Museu do Prado, estariam fechadas, decidimos fazer um dia de visita a charmosa cidade medieval de Toledo, distante uns 45 minutos de Madrid de trem. E que escolha mais acertada. Uma das mais bonitas cidades que ja’ vi na vida, ela preserva ate’ hoje seu estilo e sua cultura medieval. Na chegada na estacao de trem, ja’ nos impressionamos com a beleza da mesma e sua arquitetura com influencias Europeias medievais e decoracao de estilo Mouro. Uma bela mistura. Fomos caminhando ate’ a famosa Puente Alcantara, um dos cartoes postais da cidade. O frio castigava os menos agasalhados e subir um ingreme morro com 1 grau de temperature apresentava os seus desafios. Tinhamos que parar uma vez que outra para recobrar o folego. Na chegada a parte medieval da cidade, de onde eramos agraciados com uma vista espetacular do restante da cidade, chegamos ao Alcazar, principal predio administrativo e governamental da regiao e que possui um estilo arquitetonico tambem condizente ao resto da cidade. Visitamos algumas lojas de souvenir e fomos caminhando pelas ruas medievais, estreitissimas e que representam uma das atracoes da cidade. Chegamos ate’ a Catedral de Toledo, ponto turistico mais procurado da cidade. E logo ao entrar-se na igreja percebemos o porque. Na minha opiniao a mais bonita que vi na Espanha e sua imponencia e luxo surpreendem os viajantes e fieis do mundo todo. Dentro dela, varias mini capelas contam a historia do catolicismo em pinturas gigantes e o altar, que chama muito a atencao, possui toda sua decoracao em ouro e prata. Impressionante. Mesmo para quem nao gosta muito de Igrejas, essa vale a pena visitar. Almocamos tarde e continuamos nossa caminhada pelas ruelas pequeninas e charmosas de Toledo. Voltamos ate’ a estacao de trem com tranquilidade caminhando sob o sol que nos brindava com um dia perfeito, apesar do frio intenso. Esperamos nosso trem para Madrid e compramos num dos famosos pequenos mercados da cidade, algumas guloseimas para passar o ano novo na Puerta del Sol, tradicao local. Nao tinhamos conseguido reservas nos restaurantes entao tivemos que improviser. Uma multidao imensa reuniu-se na Puerta del Sol para comemorar a passagem de 2011 para 2012. Muita gente mesmo, com isolamento feito pela policia e tudo mais. Tudo bem organizado. Emissoras de televisao nos terracos dos predios antigos e edificios de luxo transmitiam a aglomeracao e a festa que ja’ acontecia. Para nossa decepcao, apos a meia-noite, alguns poucos fogos foram soltados, deu uns 3 minutos e a galera comecou a ir pra casa! Pode!? Nos Brasileiros, com espirito festivo e loucos para comemorar nossos momentos de felicidade com a chegada de 2012, voltamos cedo para o hotel (ficava mais ou menos ha uns 2 minutos – exagerando!) de caminhada dali e curtimos nossas companhias mesmo, aproveitando e agradecendo a oportunidade de passarmos em familia uma ocasiao tao especial. Lembrem-se que para quem mora no exterior, passar com a familia as festas e’ uma bencao!

 

Dia 51 – Madrid - 01/01/2012

Esperavamos, neste dia, estar com aquela ressaquinha basica de ano novo, porem, como a comemoracao Madrilenha deixou a desejar, acordamos bem e dispostos. O clima era uma mistura de alegria e tristeza. Alegria pela chegada do novo ano e tristeza porque minha namorada tinha que voltar ao Brasil apos apenas 6 dias juntos (esperamos quase 5 meses para ficarmos juntos por 6 dias – que valeram muito a pena). Fui leva-la ao aeroporto e quando voltei, com a cara inchada e “tristonho”, fomos eu, minha mae e meu irmao jantar no tradicional museu do Jamon. Essa e’ uma experiencia a parte para quem visita a Espanha. Com todas as atracoes turisticas fechadas, so’ poderiamos fazer uma coisa: comer! O museu do Jamon eu recomendo porque tem comida boa, rapida e barata, alem de conter, no andar de baixo, aqueles tipicos pernis de porco pendurados que serao o presunto de amanha! Sensacional. Nao deixe de visitar uma loja deles, estao em todo lugar.

 

Dia 52 – Madrid - 02/01/2012

Fomos visitar varias atracoes que estavam fechadas ate’ o dia anterior, como a Calle de Atocha. Depois pegamos um taxi e fomos ate’ o Santiago Bernabeu, conhecer o estadio do Real Madrid e fazer o tour. Bem interessante. Ate’ a minha mae que nao e’ chegada em futebol curtiu o passeio. Diz ela pelo menos! Ja’ no meio da tarde voltamos a regiao central de Madrid e ficamos na fila do museu Reina Sofia, ja’ que o museu do Prado nao abria nesse dia. Me decepcionei com o lugar. O fato de eu nao gostar de arte moderna e contemporanea tambem nao ajuda, mas ja’ visitei outros lugares com esse tipo de arte e gostei ou nao achei tao ruim. Exposicoes confusas, grandes e muito alternativas pro meu gosto classico e rabugento. Boa sorte pra quem gosta, mas, se o tempo e’ curto, passe esse museu e va’ ao Prado ou a outro qualquer.

 

Dia 53 – Madrid / Barcelona - 03/01/2012

Dia de viajar para a Cataluna, ficariamos 4 dias em Barcelona. Fomos ate’ a estacao Atocha em Madrid de onde partiria o trem rapido AVE. Apos 2:30 min de viagem chegamos em Barcelona e fizemos check-in. Fomos caminhando ate’ o bairro central Las Ramblas, onde ficam as ruas mais famosas do centro da cidade, seguimos ate’ o antigo e bonito Bairro Gotico, onde fica a Catedral de Barcelona. Saindo de la’, caminhamos ate’ a beira da praia, onde fica a grande avenida Cristoban Colon, conhecida como Passeio Colon. Fomos ate’ o Mirador de Cristovao Colombo, e subimos a apertadissima torre para uma vista nao tao boa da cidade. Seguindo nossa exploracao por Barcelona, fomos ate’ o Funicular de Montjiuc, para subir na historica montanha com uma vista linda da cidade. Conhecemos o castelo de Montjiuc e de la’ saimos caminhando tambem ate’ a regiao Olimpica da cidade, onde haviam parques, quadras de esporte e o Estadio Olimpico. Ainda em Montjiuc, fomos ate’ o Poble Espanyol, que e’ uma vila construida para representar a historia e arquitetura de varias regioes da Espanha. Achei um pouco sem graca e caro, entao nao recomendo. De la’ fomos ate’ a Fira de Barcelona, que e’ uma linda e grande fonte com show de luzes. So’ falou o show de luzes, ficamos la’ ½ hora esperando no frio ate’ nos darmos conta de ler uma placa que explicava que naquele dia nao haveria o espetaculo, infelizmente. Na volta ao hotel, fomos ate’ o Shopping Arenas que parece uma Plaza de Toros, bem iluminado e com varias lojas famosas, vale uma visita com certeza.

 

Dia 54 – Barcelona - 04/01/2012

Programados para o dia estavam os passeios mais culturais, com foco, claro, em Gaudi, magnifico arquiteto Espanhol que pensava muito a frente de seu tempo. Fomos caminhando ate’ a Casa Amatlier, para logo visitar a vizinha surpreendente e famosa Casa Batlo. Vou poupar as descricoes primeiro porque e’ dificil descrever o estilo dele e tambem porque as fotos dirao muito mais do que as palavras. Impressionante o que ele fez la’, nao deixe de visitar a casa Batlo se fores a Barcelona. Seguimos a caminhada ate’ a Casa Mila (La Pedrera). Fizemos tambem a visita por dentro e fomos almocar. No meio da tarde caminhamos ate’ a famosissima Sagrada Familia, uma das igrejas cartao-postal da cidade. Pegamos de la’ um taxi ate’ o Parc Guell, construido tambem por Gaudi e onde ele chegou a residir tambem. Outro taxi ate’ o Funicular Tibidado, para subirmos nessa montanha que tambem tem uma vista bonita da cidade e uma imponente Catedral. A noite, nossa mae ficou em casa e eu e meu irmao pudemos ir ate’ o estadio do Barcelona, o Camp Nou, pois jogariam naquela noite, para nossa sorte, Barca e Osasuna pela Copa do Rei da Espanha. Sim, vimos Lionel Messi marcar 2 gols dos 4 do Barcelona no jogo. Um fenomeno do futebol o tal Argentino franzino. Vale ressaltar que ele entrou no jogo aos 15 minutos do segundo tempo apenas.

 

Dia 55 – Barcelona - 05/01/2012

No roteiro para o nosso ultimo dia na Espanha estavam o Museu Nacional de Arte da Catalunya e Palacio Real, a Gran Via e o Mercado de reis magos. O museu mistura arte antiga de varios periodos e tambem arte moderna e contemporanea. Atende todos os gostos entao eu recomendo uma visita. 2 horas no maximo para ver o museu sao suficientes. Ele era tambem o antigo palacio real Espanhol entao a construcao em si e’ muito bonita alem de propiciar otimas fotos. Saindo de la’ nos caminhamos ate’ a Gran Via, uma das principais avenidas de Barcelona e la’ acontecia a tradicional feira dos reis magos, que e’ um feriado bastante comemorado na Europa catolica, no dia 6 de Janeiro. A tarde entao tinhamos encerrado nossa programacao em Barcelona, sairiamos cedo na proxima manha para Marselha.

 

Dia 56 – Barcelona / Marseille - 06/01/2012

Na falta de trens com precos aceitaveis e horarios que nos serviriam, fomos de onibus mesmo ate’ Marselha. 8 horas de viagem mais ou menos numa otima estrada com lindo visual. Chegamos ja’ quase no final da tarde em Marselha, pegamos um taxi e fomos ao hotel. Caminhamos rapidamente ate’ a prefeitura que se ilumina a noite e por outras ruas da cidade.

 

Dia 57 – Marseille - 07/01/2012

Comecamos nossa visita da manha pela regiao do porto velho e da marina de Marselha, com varios restaurantes localizados proximos a agua. De la’ pegamos um onibus para subir o monte e visitar a famosa igreja Notre-Dame de la Garde, que nao e’ muito grande mas e’ linda por dentro. La’ de cima tem-se uma vista espetacular de Marselha e do mar mediterraneo. Descemos com o onibus e fomos ate’ a area do porto novo e caminhamos mais um pouco pelas ruas do centro. A noite iriamos de trem ate’ a linda cidade vizinha de Aix-en-Provence, onde iriamos jantar com minha amiga e seu namorado. Na volta pra Marselha, trem ate’ a estacao e taxi pro hotel.

 

Dia 58 – Aix-en-Provence - 08/01/2012

Na agenda do dia iriamos conhecer, dessa vez com a luz do sol, a lindissima e charmosa cidade universitaria de Aix-en-Provence, onde mora a minha amiga Francesa Aurelie. Pegamos o trem em Marseille e descemos em Gardanne, pequeno vilarejo no interior de Aix, nas montanhas, onde eles moram. Nos buscaram de carro por la’ e nos levaram ate’ a rua principal de Aix, com varias padarias tipicas e uma feira de antiguidades de rua. Fomos ate’ uma feira livre tipica da regiao, visitamos a igreja principal da cidade, o palacio de justice e um Mercado de flores, tudo isso, caminhando calmamente pelas ruelas tipicas do centro. Fomos ate’ a casa dos pais dela pois teriamos um almoco em familia, que eu ja’ tinha conhecido quando visitei o sul da Franca em 2007, e foi otimo reve-los 5 anos depois. Apos o delicioso almoco tipico Provencal, meus amigos Aurelie e Ludovic nos levaram ate’ as montanhas proximas a Aix, onde o famoso pintor Cezanne se inspirava na exuberante natureza local para criar suas obras primas. Fomos ate’ Gardanne novamente para conhecer o flat onde moravam a Aurelie e o Ludovic e depois nos despedimos, com promessa de uma visita deles ao Brasil, e eles nos deram uma carona ate’ a estacao de trem para voltarmos a Marselha.

 

 

Dia 59 – Marselha / Nice / Menton - 09/01/2012

Seguindo nosso roteiro pelo Sul Frances, pegamos um trem de Marselha para Nice, chegando cedo ainda a linda cidade Mediterranea. Fizemos check-in e o pessoal do hotel nos deu uma dica valiosa. Por 1 Euro, isso mesmo, 1 misero Euro, embarcavamos em uma das principais pracas de Nice para visitar toda a regiao, fazendo o trajeto Nice-Monaco em 1 hora. Desistimos de alugar carro na hora, pois, alem da economia, poderiamos aproveitar a vista sem ter que dirigir e se preocupar com estacionamento, acidentes, etc, e ainda no conforto dos onibus locais que sao otimos e pontuais. O numero da linha Nice-Menton e’ 100. Monaco seria visitada no dia seguinte, entao, pegamos o bus em Nice e fomos ate’ Menton, ultima “grande” cidade antes da fronteira com a Italia e nos deslumbramos. Realmente e’ uma linda regiao e a vista que se tem do onibus e’ algo indescritivel. De carro nao se tem a mesma perspectiva, entao, recomendo o onibus totalmente. Conhecemos Menton rapidamente, almocamos, compramos souvenirs e pegamos o onibus para nos deslumbrar novamente no caminho de volta ate’ Nice. Simplesmente espetacular. Ja’ tinhamos passado por Monaco nesse trajeto, mas nao tinhamos descido do onibus, apenas olhamos pelas janelas. A previa do dia seguinte foi, simplesmente, fantastica.

 

Dia 60 – Monaco - 10/01/2012

Empolgados pelo que tinhamos visto no dia anterior, tomamos novamente o onibus numero 100 para Monaco. Descemos e fizemos longas caminhadas pelas ruas do GP (meu irmao e’ um grande fa de Formula 1), Casino de Montecarlo, Castelo de Monaco e as lindas ruas que o cercam e assim seguimos explorando a cidade. Achei que o grande prazer de Monaco, pra quem nao tem dinheiro pra ficar jogando em Monte Carlo, era mesmo caminhar e explorar visualmente cada canto do luxuoso principado. Ao anoitecer, depois de tomarmos um café e uma cerveja na frente da Marina, voltamos para o nosso famoso bus 100, ja’ saudosos do exuberante local que deixavamos para tras nesse roteiro epico.

 

Dia 61 – Nice / Roma - 11/01/2012

Nesse dia tinhamos um voo no final da tarde para Roma, entao decidimos aproveita-lo conhecendo Nice mesmo e o que a bonita cidade tinha para oferecer. Caminhamos pelo centro velho de Nice, Marina e Promenade des Anglais. Nao era muito perto do hotel mas, com um café-da-manha reforcado dava pra encarar a caminhada numa temperature agradavel. No meio da tarde, deslocamo-nos ate’ o aeroporto para pegar nosso voo pra Roma. Fizemos o check-in no hotel na capital Italiana e tivemos tempo, apos o jantar, para passar rapidamente pelo Templo de Adriano, visitar a famosissima Fontana de Trevi, que fica linda a noite, o imponente Panteao, que fica tambem muito bonito quando esta’ iluminado. Caminhamos ainda ate’ a Piazza Navona e depois, ja’ bastante cansados, retornamos ao nosso hotel proximo a estacao Termini, famoso ponto de referencia da capital Italiana.

 

Dia 62 – Roma / Cidade do Vaticano - 12/01/2012

Nesse dia haviamos planejado visitar a cidade do Vaticano, comecando pelo Museu do Vaticano. Aqui ja’ deixo uma importante dica, compre seu ingresso online porque as filas sao sempre gigantescas. Lembre-se que voce vai visitar uma das cidades com maior numero de turistas do mundo, logo, filas e longas esperas sao inevitaveis. Visitamos o vasto e lindo museu, sua atracao principal - a Capela Sistina e o restante do museu. Para uma visita rapida, recomendo, no minimo, meio-dia, pois o museu e’ muito grande e interessante. Depois, na saida, fomos ate’ a Praca Sao Pedro, entramos na imponente e maravilhosa Basilica de Sao Pedro, inclusive subimos na cupula apos passarmos pela claustrofobica escadaria em espiral e, no final, vale muito a pena pois tem-se uma exuberante vista da Roma antiga. Caminhamos entao ate’ o Castelo Sant’Angelo, que, pra ser honesto, achei muito sem graca. Ate’ nos livros de Dan Brown ele parece mais interessante. Saindo do castelo nos caminhamos ate’ a famosa Piazza del Popolo, onde fica a famosa estatua de Romulo e Remo alimentando-se da loba. Seguimos caminhada pela Via del Corso e de la’ fomos ate’ os disputadissimos Spanish steps, lotado de turistas. Voltamos ao hotel pois ja’ havia entardecido e estavamos cansados da maratona.

 

Dia 63 – Roma - 13/01/2012

Roteirão turístico básico na programação do dia. Estrategicamente estávamos hospedados num hotel próximo à Termini e de lá fizemos tudo caminhando. Sim, é tranquilo e não é tudo muito longe. Pense também que Roma tem tanto monumento, escultura, igreja, ruína, que a cada esquina há uma atração que pode surpreender o turista e, com isso, mesmo as caminhadas mais alongadas tornam-se prazerosas. Iniciamos pelo Coliseu, que também tínhamos comprado ingresso online. Era minha segunda vez lá então fiquei mais de guia da minha mãe e meu irmão e fotógrafo, já sabia os melhores ângulos do local para tirar aquela foto bacana. De lá, fomos ao Palatino e ao Foro Romano (o ingresso que compramos online para o Coliseu também valia para o Palatino e o Capitólio). Acho o Palatino meio sem graça pra ser honesto, mesmo conhecendo um pouco da história. Agora o Foro Roamano é mesmo sensacional. Não tem como não ficar imaginando o que acontecia ali há milhares de anos atrás em virtude do ótimo estado de conservação das ruínas, fascinante mesmo. Após deslumbrarmo-nos com esses locais, já era umas 14 da tarde e fomos até a Fontana di Trevi, para vê-la imponente à luz do dia (muito mais legal à noite). Almoçamos por ali com toda calma e tranquilidade e visitamos umas lojinhas de souvenir no caminho. Tem bastante loja e muita opção, para todos os gostos. É tanta loja naquela região da cidade que não tem como não comprar uma coisinha aqui e ali. Fomos até o Panteão (mais bonito também quando iluminado à noite). Entramos no Panteão, que é sem dúvida uma construção fantástica, observamos seu interior respeitoso, as tumbas de entes históricos e tiramos algumas fotos. Calmamente fomos caminhando de volta ao hotel, jantamos num ótimo restaurante que achamos perto e com bons preços e fomos dormir cansados. Lembrem que fizemos tudo à pé...sim, é possível e não cansa muito, o segredo é saber parar na hora certa, tomar bastante água e se alimentar direito. Não tem erro.

 

Dia 64 – Roma - 14/01/2012

Dia para mais caminhadas pelo centro histórico da cidade. Iniciamos a visita pela linda igreja de Santa Maria Maggiore. De lá, seguimos até o famoso Campo di Fiori, que é uma feira ao ar livre. Muitas frutas e verduras é verdade, mas também há massas, perfumes naturais, outras atrações para o turista ávido em gastar alguns Euros. Tem de tudo na feira e a praça em que ela acontece é bem bonita e típica, com vários restaurantes tradicionais na volta. Vale a pena. De lá caminhamos até o Rio Tevere, que não é dos mais limpos mas tem muita história. No meio do rio tem a Isla Tiberina, minúscula e simpática, com umas 2 construções e que se tornou cartão postal também. Na frente mais ou menos da Ilha, fica a saída para a Piazza de la Boca de la Veritta, que apesar do nome, não abriga a Boca da Verdade. Na verdade não encontramos a Boca pois falam que não é tão fácil assim do turista encontrá-la. Próximo à Piazza ficava o famoso Circo Massimo, que era um local famoso onde os Romanos da época do Império se entretiam com corridas de Bigas, lutas de Gladiadores, shows de animais, etc. Citei todos os pontos turísticos do dia de forma linear, porém, caminha-se devagar, apreciam-se os nomumentos, cada esquina tem uma construção ou uma estátua imponente, observa-se a loucura do trânsito e o jeito tosco dos Romanos estacionarem, ou melhor, jogarem os carros de qualquer jeito, e daí o tempo passa. No meio disso acha-se um tempo pra almoçar. Após cumprir a programação do dia, voltamos caminhando do Circo Massimo para o Coliseu, porque o Circo fica atrás da montanha do capitólio e do Palatino, ao lado do Coliseu. De lá caminhamos até nosso hotel que, como disse, era muito bem localizado pra fazer tudo a pé, desde que tenha-se um pouco disposição para caminhar.

 

Dia 65 – Roma / Napoli / Sorrento - 15/01/2012

Dia de dar ‘ciao’ para Roma. Alugamos um carro e buscamos o mesmo na estação Termini, porque queríamos visitar a região mais ao sul da Costa Amalfitana de carro, no nosso tempo, parando onde quiséssemos e na hora que bem entendêssemos. Foram umas 2 horas de estrada desde Roma até Napoli. A estrada é ótima, ampla, bem sinalizada e agradável de viajar. Recomendo totalmente. Nosso destino era Sorrento, uma linda cidadezinha no topo da montanha, com vista pro mar, pra Capri e também para o monte Vesúvio. Na chegada fizemos check-in e fomos almoçar. Após enchermos a barriga, visitamos o pequeno centro de Sorrento, a famosa Piazza Tasso e de lá caminhamos até um famoso mirador, para apreciar o por-do-sol pois já era final de tarde. A vista do mirador é bem bonita e fica difícil descrever as belezas de todos os lugares da costa Amalfitana em palavras. Apenas fotos podem fazer 10% de justiça à extrema beleza do local. Os outros 90%, só estando lá e presenciando como a natureza forjou tantas belezas em uma única região geográfica. Minha dica: Não fique dirigindo o dia inteiro na Costa Amalfitana. Você pode achar que é o melhor piloto (a) ou motorista. As ruas são estreitíssimas e absolutamente sinuosas. A estrada vai serpenteando muito, subindo e descendo à todo instante e se faz muitas paradas para observar o lindíssimo visual. Resultado disso é que se tomam algumas horas para fazer um percurso de não muitos quilômetros. No final do dia, de tanta curva e de desviar de tanto ônibus e Italianos que dirigem sem a mínima noção, fiquei com dores musculares nos braços e nos ombros. Tive que relaxar cedo e bastante para estar inteiro nos dias seguintes, onde repetiria-se a mesma epopéia no trânsito uma vez que tínhamos o carro por mais uns 2 ou 3 dias.

 

Dia 66 – Capri - 16/01/2012

Reservamos o dia para visitar a famosíssima e badalada ilha de Capri. Como era inverno, aquela horda de turistas que se comenta que tomam aquela região nos meses de altíssima temporada na Europa simplesmente não existia. E mesmo assim o tempo estava absolutamente maravilhoso e ensolarado, então tivemos sorte e visitamos a ilha num ótimo dia. Isso é o bom de alugar um carro por lá. Se o dia está ruim, com muita chuva ou nublado, vai fazer outra coisa e volta à Capri quando o sol aparecer. Pegamos o Barco/Ferry no terminal portuário de Sorrento e iniciamos a travessia até Capri. Acho que são uns 50 minutos mais ou menos, não me recordo muito bem. Ao chegar, para-se na maior Marina da ilha e logo na saída já nos deparamos com a íngreme subida até o Centro Histórico. Pode-se ir caminhando mas eu não recomendo nem um pouco. É muito inclinado e eles têm ônibus e uma espécie de trenzinho que faz os trajetos de ida e volta. No inverno somente os ônibus. Dica: Tudo é muito caro na ilha, muito mais caro que no continente. Então, se você tem o orçamento apertado, prepare-se para ser criativo e tentar economizar por lá. Após descermos do ônibus ao lado do centro histórico da ilha, caminhamos pelas infinitas ruelas estreitíssimas até chegarmos aos Jardins de Augusto. Há muitas placas indicando o caminho aos turistas, uma vez que os Jardins são muito visitados. O bom de lá, na verdade, não são os jardins e sim a estupenda vista que tem-se de cima da ilha para o mar azulzinho lá embaixo. Simplesmente ficamos boquiabertos e acho que, no total, ficamos 1 hora lá parados, apreciando a vista e tirando claro um montão de fotos. Realmente esse lugar ficou na memória. Difícil descrever, mais uma vez, a beleza dessa ilha. Fica aí a dica. Se você só tem 1 hora em Capri, vá pra lá. Após nos deleitarmos com a natureza e a visão do local, pegamos um outro ônibus (tipo van mesmo) até Anacapri, outra parte da ilha. Caminhamos pelo pequenino centro histórico, almoçamos uma massa ruim e cara num restaurante dos Indianos e tomamos mais um ônibus até a famosa Grotta Azurra. Pra falar a verdade, achei Anacapri totalmente sem graça. Muito ruim mesmo. Lá fica a gruta azil mas tivemos azar de pegar a maré alta e muitíssimo vento, então as condições metereológicas não permitiram a visita debarco ao interior da gruta. Fazia muito frio, tipo, uns 10 graus mas a sensação era duns 2 ou 3 devido ao vento que não dava trégua e também por estarmos em uma ilha mesmo. Voltamos de ônibus até o centro de Capri e caminhamos mais um pouco, olhamos algumas lojinhas de souvenir, compramos algumas coisas e voltamos à Marina, para aguardar nosso barco pra Sorrento. Dica: No inverno, não se preocupe em comprar tickets de ida e volta já em Sorrento. Não tem muita gente então os barcos enchem somente na hora de embarcar, os Italianos compram na última hora. Assim você pode visitar a ilha no seu tempo, voltar e comprar o próximo ticket. As balsas fazem o trajeto dia e noite, porém, a última, sai da ilha lá pelas 19:30 mais ou menos. Assumo que no verão deve ser diferente e talvez seja melhor fazer a reserva com antecedência, talvez até de dias. Chegamos ao hotel em Sorrento, comemos num restaurante bem familiar e típico próximo ao hotel e recolhemo-nos. Estava riscada mais uma daquelas atrações do tipo ‘preciso visitar antes de morrer’.

 

Dia 67 – Costa Amalfitana (Sorrento/Ravello/Amalfi) / Montesano Sula Marcellana - 17/01/2012

Esse dia foi especial para nós por vários motivos. Além de visitar lugares incríveis em termos de beleza natural, ainda entramos em comunhão com a história da minha família. Saímos de Sorrento de carro lá pelas 10 da manhã. O plano era percorrer a costa Amalfitana meio ‘sem planos’, parando nos mirantes, tirando fotos, visitando as minúsculas cidades e tendo uma experiência mais de contao com os locais. O problema disso, naquela região, é que muitas vezes fica difícil mesmo parar o carro, pois o espaço é muito apertado e não há ruas, apenas a estrada principal onde todo mundo estaciona (leia-se ‘joga’ o carro de qualquer jeito) e ainda passam ônibus e veículos maiores. Ficamos com receio de deixar o carro alugado daquele jeito Italiano e então acabamos parando apenas nos mirantes. No caminho até Amalfi, que é a última cidadezinha da costa Amalfitana, paramos na Grotta Dello Smeraldo, uma linda gruta com água bem clara que se formou com a erosão marinha. Vale a pena a descida de elevador e depois pegar a canoa com a figuraça que era o barqueiro Italiano. Ele pede uma ‘gorjeta’ depois. Demos lá uns 5 Euros e ele ficou feliz da vida. Fazia piada o tempo inteiro, mas explicou direitinho... a figura ainda falava tudo em Português. Havia um casal de Argentinos na canoa conosco e ele também explicava tudo em Espanhol. Acho que ele arranhava um Francês também, mas, sem dúvida, ficou na memória o espirituoso canoeiro Italiano. De lá seguimos na estrada, observando a incrível beleza dessa região da Itália. Na chegada à cidade de Amalfi, um pouco maior que os vilarejos do caminho, estacionamos e fomos até a praça principal e decidimos entrar um pouco nas ruelas. É uma bonita cidadezinha, bem típica Italiana mesmo. Procuramos um restaurante por lá e decidimos relaxar um pouquinho, comendo com toda calma, olhando mais umas lojinhas no caminho. Quando percebemos já eram umas 14:30. Daí tive um ‘lapso’ de querer reviver a história e comentei com a minha mãe e meu irmão: Estamos há umas 2 horas, no máximo, de carro da cidade onde meus antepassados viviam antes de emigrarem ao Brasil. Vamos lá fazer uma visita, tentar descobrir alguma coisa? Não tínhamos muito um propósito, porém, decidimos ir até lá mesmo assim. Pegamos a estrada pra Salerno e de lá para a pequenina Montesano Sula Marcellana. A linda cidade fica no topo da montanha com vista pra todo um grande e bonito vale no interior da província de Salerno. Chegando lá, arranhando uma mistura de Italiano, Português, Espanhol e Inglês, conseguimos entrar na prefeitura, falar com o vice-prefeito e sermos encaminhados ao departamento de registro onde solicitei, formalmente, a certidão de nascimento do meu antepassado, para o processo de cidadania Italiana. Não sei como preenchi o formulário mas o fiz. Rimos muito de toda a ‘farra’ e a tarde já caía e a noite começava a se acusar quando voltamos, acompanhados do lindo pôr-do-sol das montahas e vales da Campania, na estrada rumo à Sorrento. Chegmaos no hotel e capotamos. Segue a viagem no dia seguinte!

 

Dia 68 – Pompéia / Catania - 18/01/2012

Dia de visitar a famosíssima Pompéia, que é uma cidade antiga do Império Romano que está em ruínas, pois foi, por algumas vezes, vítima da ira devastante do majestoso Vesúvio, vulcão situado naquela região da Itália. A cidade é enorme e algumas construções ainda estão muitíssimo bem preservadas. Estava praticamente vazia no dia em que nós fomos e foi muitíssimo tranquilo para estacionar, pagar entrada e visitar as ruínas. Para quem realmente quer aprender sobre a história do Império Romano, aquele lugar é um prato cheio. Acho que eu esperava talvez um pouco mais de Pompéia, sei lá porque, achei mais ou menos. Reserve, no mínimo, 1 turno para fazer uma visita com um guia e tirar várias fotos. Sem guia, com panfletos ou com seu próprio guia de viagem, pode-se fazer a visita em umas 2-3 horas. Passamos a manhã inteira por lá e procuramos, na saída das ruínas, um restaurante. Como era baixa temporada, não foi uma tarefa fácil achar um restaurante por ali. Hora de voltar para o aeroporto de Napoli, entregar o carro alugado e embarcar num voo rápido de 1 hora para a Sicília. Chegamos, pegamos mais um carro alugado e instalamo-nos no centro da cidade. Demos uma rápida volta na praça principal do centro da cidade, jantamos e voltamos ao hotel. Na manhã seguinte pegaríamos mais um pouco de estrada para explorar a magnífica ilha da Sicília.

 

Dia 69 – Catania / Siracusa - 19/01/2012

Na programação do dia, acordar mais tarde e sair para Siracusa e conhecer uma das praias mais famosas e visitadas da Sicília. Fica a uma distância de 70km, mais ou menos, de Catania então é rapidinho pra chegar. No caminho há alguns pontos da estrada, quando se começa a subir uma colina, que se enxerga o mar e o vulcão Etna no fundo. Vale a pena preparar a câmera fotográfica e clicar aquela foto espetacular. Chegamos na cidade e fomos direto ao famoso Teatro Greco, que são ruínas do Império Romano também encontradas no extremo sul da Itália. A visita levou em torno de 1 hora, entre estacionar, caminhar até chegar ao teatro, fotos e retornar. Seguimos no carro e paramos numa parte mais turística e central, na ilha que fica dentro da própria cidade, chamada Ortigia. Foi feita uma fortificação ou uma muralha mesmo pra barrar as ondas do mar e impedir que elas invadam a ilha, ficou bem bonito e vale também tirar umas fotos por ali. Mas, tirando isso, não achei tão interessante. Acabamos por decidir que voltaríamos cedo e exploraríamos um pouco mais de Catania, caminhando mesmo. E foi o que fizemos.

 

Dia 70 – Catania / Taormina / Messina - 20/01/2012

Bem mesmo antes de chegar na Sicília achei que iria me deslumbrar mais com Siracusa e nem tanto com Taormina. Pois eu me enganei. Taormina é uma linda cidade no topo de um morro e para chegar até lá, saindo de Catania, são mais ou menos uns 50km de uma estrada que começa bem reta e à medida que vai se aproximando de Taormina, começa a ficar íngreme e sinuosa. Parecia um pouco com a Costa Amalfitana. É uma cidade para se explorar a pé mesmo. Deixamos o carro estacionado e fomos então conhecer os atrativos locais. Os maiores atrativos turísticos de Taormina são as praias e o teatro Greco, assim como Siracusa. Todavia, o teatro de Taormina é maior e mais bonito, além de suas ruínas estarem também muito bem conservadas, lá de cima, no topo das ‘arquibancadas’ localizadas mais acima em relação ao palco, tem-se uma maravilhosa vista para as praias de um lado e o vulcão Etna do outro. Simplesmente deslumbrante. Ficamos 1 hora ou mais explorando o teatro e tirando fotos da vista maravilhosa. Saindo de lá, olhamos várias lojas de souvenir pelo caminho e começamos a fazer uma das melhores coisas que se pode fazer na Itália: caminhar meio sem rumo e sem destino nas magníficas ruelas minúsculas, cheias de restaurantes, lojas e gente meio sem ter o que fazer demais que fica olhando o movimento dos turistas. Muitas cafeterias também pra quem gosta. Seguindo na avenidazinha principal fomos até uma igreja muito antiga e com luz natural apenas (século XIII ou XIV se não me engano) e paramos num mirante que tem lá, onde os velhinhos jogavam xadrez com tampinhas de garrafa e alguns turistas buscavam o melhor ângulo para suas fotos. Quando terminamos de almoçar e verificamos o horário, percebemos que seria muito cedo para voltar à Catania e daí pensamos em ir até Messina, no extremo norte da Sicília, onde se embarca nas balsas para chegar à parte continental Italiana. Lá também é o local de origem da família da minha namorada, então decidi ir lá e tirar várias fotos da cidade, para mostrar aos avós dela, ainda vivíssimos e cheios de saúde, que nasceram na Sicília e emigraram para São Paulo. Passeamos umas 2 ou 3 horas em Messina, tiramos várias fotos e, mais uma vez, pé na estrada. Hora de voltar pra Catania. No dia seguinte, sim, acreditem, terminaria a epopéia e nós 3 voltaríamos ao Brasil. Minha mãe e meu irmão rumariam à Porto Alegre e eu iria para São Paulo. Sim, depois de meses e meses realizando um grande sonho de vida, a mamata estava acabando.

 

Dia 71 – Catania / Brasil - 21/01/2012

Dia de ir embora. Minha mãe e meu irmão fizeram o trajeto Catania – Munique – Frankfurt – São Paulo – Porto Alegre.

Meu trajeto foi mais simples e rápido: Catania – Roma – São Paulo.

 

Fim da história. Espero que isso ajude alguém a planejar e executar uma viagem por algumas dessas cidades e desses locais maravilhosos que visitei.

Uma coisa é certa, boa companhia, seja família ou amigos, sempre faz um momento mais especial, ainda mais uma viagem como essa.

Estou à disposição para ajudar, escreva. Eduardo.camardelli@gmail.com

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davileichs,

Obrigado por ler todo o relato, sei que não é tarefa das mais simples mesmo.

Ainda não coloquei as fotos, estou construindo o blog - viajanteintraplanetario.blogger.com

 

Devo finalizar essa etapa de colocar algumas fotos lá nas próximas semanas.

 

Um abraço,

Eduardo.

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