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Moto travessia - Paraguai, Argentina, Bolivia e Chile - Deserto e Pasos - Off road extremo


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Dia 10 de janeiro de 2013.

 

Saída Cafayate Argentina

 

Destino Fiambalá Argentina

 

Km percorrida 470 km

 

Km acumulada 4260 km

 

Dormimos muito mal, demoramos para arrumar as coisas, estávamos preguiçosos.

 

Enquanto tomávamos o café da manha, um casal mais uma amiga se aproximou e pediram para tirar fotos nas motos, terminamos o café e colocamos as motos no saguão do hotel para que subissem na moto e tirassem suas fotos, pessoal muito alegre, estavam fascinados com nossa viagem, não parecer de fazer perguntas, foi muito legal, nos animou bastante.

 

No GPS adicionou o nome da próxima cidade Fiambala, cidade que seria a partida para a travessia do Paso San Fernando.

 

Saindo da cidade ainda fomos avistando vinhedos, grandes fabricantes de vinho, wine resorts, fascinante, vale passar alguns dias conhecendo a cidade e seus atrativos.

 

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De Cafayate a estrada segue por um asfalto, cortado dezenas de vezes por badenes, rebaixo no plano do asfalto para facilitar a passagem da agua do degelo, ou chuvas torrencias nos picos das montanhas.

 

Seguimos por El Paso, em vez de desviar este trecho por Amaicha Del Valle, desta forma passamos por vários pequenos povoados, daqueles q as casas não tinha quintal na frente acabavam direto na rua, interessante, deveria m ser antigos.

Continuamos neste trecho por 40 km, ate novamente voltar para RN40, mas antes passamos um rio seco, com uns 500 m de extensão, com cada pedra enorme.

 

Na RN 40 seguimos por trechos com ótimo asfalto e por trechos com grandes pedras, onde estavam fazendo a camada de compactao para posterior cobertura asfastica.

 

Somente depois de Hualfin, acabaram os trechos de terra, nesta cidade paramos para abastecer, e encontramos com um tcheco e uma américa, q estavam fazendo um pequeno lanche e conversamos, abastecemos e voltamos conversar com ele.

 

Não estavam viajando juntos, se encontram ali ao acaso, o tcheco comprou uma moto vstrom 10000 nos EUA e foi descendo, tudo organizadinho, o americano, no melhor estilo porra loca, com uma Suzuki, com enormes mochilas penduradas, e com direito a um enorme pelegao sobre o banco, conversamos animosamente, e cada um seguiu seu caminho, uma coisa engraçada, os estavam sem GPS.

 

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Algumas dezenas de quilômetros depois acabaram as curvas, e a estrada virou um retao plano que devia seguir por mais 100 km, dai começou a me dar sono, pois estávamos seguindo em media a 100 km/h.

 

Para mim estas retas são piores q pilotar em estrada sem pavimento, onde o estado de alerta é constante.

 

Fomos administrando o cansaço ate chegarmos a Belem, acredito q deveria ser depois das 14 horas, pois estava tudo fechado, mercado, panificadoras, e ate restaurantes ! Consegui achar um pequeno comercio , questionei se poderiam fazer sanduiches e fomos atendidos. Cai na besteira de perguntar se o rapaz do lugar gostaria de comprar US$ 100, pois meus pesos argentinos estavam acabando, ele pegou um jornal, e falou q a cotação era $1 = 4,90 PA, e q ele poderia me pagar 450 pesos por 100 dolares, eu expliquei que este cambio oficial era fictício, ninguém consegue compra rdólar na argentina na cotação oficial, o dólar para compra é vendido por 7 pesos. Ele disse q eu estava querendo me aproveitar da situação, e começou um blabla. Eu paguei minha conta e fui embora.

 

Chegando na cidade de Tinogasta, a minha situação econômica com base na moeda local, estava tensa, tentei cambiar dólar e ninguém queria, fui no posto YPF, o gerente ligou para o dono questionando se eu poderia pagar em dólar, e cambiar 100 doalres por peso, pedido negado. Eu não poderia deixar para resolver isso em Fiambala, que era uma cidade muito pequena, com certeza não haveria comprador para dólares.

 

Ate que frentista perguntou se eu tinha cartão de debito, ! Situacao resolvida, enchemos os tanques, e os galões com gasolina reserva para o Paso San Fernando, e ainda como ele havia acabado de receber 220 pesos em dinheiro de uma abastecimento, ele me deu o dinheiro e passou no meu cartão, agora eu tinha por volta de 400 pesos argentinos.

 

Agora faltavam pouco mais de 40 km para chegar em Fiambala, fui direto ao posto, tentei a mesma conversa dos dólares e nada, nem cartão, abastecemos com o pouco q faltava e fomos procurar hotel, achei um q aceitava cartão, mas tava lotado.

 

O rapaz me indicou um outro bem mais simples, ficamos por la, ao preço de 200 pesos.

 

Banho e saímos jantar, gastamos quase 140 pesos, e ainta tínhamos q comprar algo para comer no caminho com 60 pesos.

 

Depois da janta, fomos procuarar um super mercado, quando de repente um rapaz, perguntou meu nome, de onde eu era, colocou um fone em mim, e me deu um radio HT, para uma entrevista ao vivo para a radio local, daquelas rádios que tem vários alto-falantes espalhados pela cidade !!

 

Foi bem engraçado. Compras feitas, bolacha e sucos, e repor o estoque de agua.

 

Voltamos ao hotel no exato momento q começou uma tempestade, as motos estavam bem na frente do hotel, segundo a recepcionista (q mora ali) a garagem era nos fundos, pegamos as motos e fomos ao fundo, a garagem era um tecido perfurado ! Voltamos para frente do hotel, mas antes visualizamos uma grande moto Yamaha, com placa de Porta Alegre, ba tche um Gaucho!

 

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Q logo saiu na porta dos fundo do hotel, dei um grito pra ele, chamando ele pra frente, pois iriamos colocar as motos sob a varando do hotel.

 

O gaúcho Iuri, dono da Tnr 1200, q estava viajando com sua esposa Maira,tinham acabado de chegar do Paso, por volta das 22 horas, começamos uma longa conversa, contaram seus causos da viagem, contaram q haviam encontrado com 4 motociclista na saída de Copiapo, indo em direção ao Paso, sem combustível reserva, e sem ao menos saber que havia trecho sem pavimento. O encontro com este casal, não sei porque, mas nos deu um animo maior para seguir viagem.

 

Logo após a tempestade, veio uma tempestade de areia, pois Fiambala, e rodeada por montanhas e dunas enormes.

 

Quando a chuva voltou , a luz acabou, ficamos um tempo no escuro, ate conseguirem ligar o gerador do hotel.

 

Nisso o Iuri, escutou um barulho na frente do hotel, e voltou com a noticia q havia chego mais 2 gauchos, isso por volta das 23 horas ou mais.

 

Encerramos nossa conversa, e chamei ele para ver o meu suporte Ram para a GOPRO, junto as minhas motos, estavam as dos gaúchos, sendo q primeira coisa q eu vi foi de onde era uma das motos: uma Transalp do Telmo de Santa Maria RS, a outra era de outra cidade próxima (Marcio desculpe, esqueci o nome da sua cidade) uma Vstrom 650.

 

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Ali mesmo já começamos outra animada conversa, detalhe o Marcio, qdo viu a placa das nossas motos, falou pro meu filho: “Parece q te conheço”.

 

Dai comecei a contar, q em janeiro de 2012, depois de desistir de uma viagem para os EUA, de onde voltei do Atacama, encontrei com 8 gauchos em moto, com uma SW4 de apoio. O márcio começou a rir, e falou: “Baralho, vc é o cara da tnr250, q tava triste voltando pra casa.....”

 

Q felicidade encontrar com ele, e relembrarmos deste dia, esse pessoal de Santa Maria era tao, mas tao gente boa, que insistiram muito para q eu volta-se para o Atacama com eles, q grupo fascinante.

 

Como a luz do gerador não era suficiente para suprir com energia o ar condicionado do quarto, eu abri a janela q ficava sob minha cama, pois estava muito calor.

 

Ainda de madrugada ainda chegou um carro barulhento atrás de hospedagem, atrapalhando nosso sono. (mais um dia)

 

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Dia 11 de janeiro de 2013.

 

Saída Fiambalá Argentina

 

Destino Copiapó Chile

 

Km percorrida 500 km

 

Km acumulada 4760 km

 

Mais uma noite mal dormida, e ainda não se qual tipo mas levei varias picadas no antebraço e pernas, caramba como coça !

 

Acordamos por volta das 7:30 h, as 8:30 quando café seria servido já estávamos prontos, estávamos começando a tomar o café quando os Gaúchos Marcio e Telmo, apareceram logo depois o Casal Iuri e Maira.

 

A pressa acabou ficamos batendo papo, e saímos do hotel para um test drive, o Marcio e Telmo pilotaram a minha BMW sertão e eu pilotei a

Yamaha TNR 1200 do Iuri, caramba q moto sensacional !

 

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Tiramos algumas fotos e nos despedimos.

 

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Ainda não tinha saído, quando o Iuri voltou dizendo que seu pneu estava furado, e não havia luz na cidade, para funcionar o compressor, Telmo e Marcio ser propuseram a ir consertar com os seus equipamentos.

 

Dirigimos-nos para a estrada em direção ao Paso San Francisco, parecia q eu esteva começando há viajar aquele dia, o anciosidade do que viria pela frente, depois da conversa com os pilotos que já tinham enfrentado o trecho e com um novo entusiasmo, pela força dada pelos novos amigos.

 

Logo paramos para tirar a primeira foto de uma placa, e depois de um refugio, que eu sempre via através de fotos, e das marcações nos mapas do GPS, paramos, tiramos fotos e entramos, uma cabana muito legal, da para passar a noite sossegado, só não tem banheiro, nem chuveiro, mas é muito bem feito e protegido, tem também um sistema de radio, para comunicação de emergência.

 

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Logo q saímos do refugio avistamos os 4 motociclistas que o Iuri havia falado, e que Telmo e Marcio ultrapassaram na estrada, mas não tinha chegado à noite em Fiambalá.

 

Seguimos pela estrada asfaltada ate a divisa com o Chile, onde começaria a estrada sem pavimento, de novo paramos em um destes refúgios para fazer um lanchinho à sombra.

 

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Logo chegamos a Migração e Aduana Argentina, e tinha umas 8 pessoas na fila, acredito q ficamos por volta de 1 hora para os tramites, com os sossegados, mas simpáticos soldados e funcionários.

 

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Uma situação me chamou a atenção, ainda enquanto estávamos na fila, do lado de fora, um funcionário chamou os soldados, e todo mundo saiu lá de dentro, com um casal, e foram em direção ao carro deles. Voltaram com uma pistola enorme, vários carregadores, e mais uma pochete rosa. Colocaram tudo em cima da mesa, a pistola, 3 carregadores, mais uma dezena de projeteis, e ainda tiraram da pochete rosa mais uma pistola menor.

 

Ficamos vendo a cena pelo vidro, sem entender nada, pegaram tudo e colocaram em um grande envelope selado e todos assinaram, e o envelope ficou na Aduana, provavelmente o casal deveriam ser policiais, cabuloso.

 

Logo chegou a nossa vez, dai foi mais rápido, perguntas, relatórios, carimbos, e buena viagem !

 

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Uma informação que eu não tinha, e deve ajudar muito os futuros viajantes, junto à aduana tem um escritório da vialidad, órgão responsável pelas estradas da Argentina, e eles vendem gasolina, em barril com 200 litros com uma bomba manual, por curiosidade – já que nos levávamos nosso combustível – se sempre havia combustível e eles garantiram que nunca falta !

 

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Depois da Aduana começa uma subida com muitas curvas, muito bacana, curvas em subida, abertas e longas.

 

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Mas logo depois já vimos a tradicional placa de fronteira, como sempre algumas fotos, continuamos o caminho, agora na estrada sem pavimento, com muitas pedras e areia.

 

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Seguimos a estrada ate chegar a Laguna verde, que devido a pouca incidência de sol, não estava tão verde, ao lado da Laguna há um posto dos carabineiros, achei que se tratava de algum controle, e paramos as motos, quando começávamos a descer delas, o policial saiu do posto e falou que podíamos seguir caminho, que ali não se tratava de nenhum controle, e pediu para tomarmos cuidado, pq segundo ele, um dia anterior, haviam passado 8 motos, e três haviam caído ! A oitava moto da historia foi uma f800gs preta q encontrei na estrada quando estávamos indo para Fiambalá.

 

 

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Não sei onde dormiram, mas os 4 motociclistas que nossos amigos tinham encontrado 3 haviam caído no dia anterior, triste estatística !

Demorou certo tempo, ate avistarmos e chegamos à Estação de Aduana e Migração Chilena, bem organizada, no estilo de um enorme barracão. Havia uma fila de carros, talvez uns 5 ou seis, passamos pela lateral e colocamos as motos próximo ao barracão. Entramos no escritório e primeiro fizemos a migração, depois a um escritório no fundo fazer a aduana, e preencher um relatório de confirmando que não transportávamos alimento.

 

Saímos, e conversamos com os agentes que nos acompanharam ate as motos, sempre muito sérios, mas muito educados, como sempre antes de qualquer coisa, mostro oque temos de alimento, e garanto q não transportamos nenhum tipo de alimento em natura, desta forma, sempre facilita as coisas, e quase nunca me revistam.

 

Seguindo em direção a Copiapó, na nossa ultima parada para abastecimento, verifico que errei na conta do consumo da moto do meu filho, e chego à conclusão que poderia faltar um litro de gasolina para chegar a Copiapó, pedi para ele maneirar no acelerador e continuamos sem passar de 60 km/h.

 

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Na parte Chilena por ser estrada sem pavimento, parece q demora uma eternidade para chegar, talvez pela velocidade que estávamos andando.

 

 

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Para nossa sorte, havia um posto bem na entrada de Copiapó, que não constava no meus mapas de GPS, coloquei 5000 pesos chilenos, acredito que quase 7 litros de gasolina na moto do meu filho, e depois iriamos completar os tanques e os galões em um posto Copec, pois queria (coisa de criança) muito, comprar um bidon azul da Copec.

 

Seguimos o GPS para o posto Copec mais próximo, mas devido a não conseguir virar para esquerda, demos um volta de uns 12 km, ate chegar ao posto, que estava lotado, com muita fila, paramos a moto, e comecei a perguntar para os frentista se havia bidones de 10 litros, os frentistas, faziam que não me entendiam, e eu pedindo para ver, e nada, ate que um me indicou uma direção no posto onde poderia ter, pois ninguém queria ir lá comigo. Ate que eu achei uma pilha deles, todos de 20 litros...

 

Procurei outro Copec no GPS, distante 15 km deste. Fomos tentar a sorte, sem antes eu conseguir ver em frente ao semáforo uma placa de hotel, memorizei o lugar, e seguimos para o posto, demoramos em chegar, e como o outro estava lotado. Enquanto aguardávamos, avistei os bidones (galões) azuis, perguntei ao frentista se eu poderia pegar 2, abastecer e depois pagar tudo junto, ele afirmou que poderia.

 

Chegou nossa vez, enchemos os tanques, os 2 bidones de 10 litros cada, e mais outro galão, com 8 litros. O galão de 20 litros que comprei na Bolívia, ficou abandonado, entre as bombas de combustível, depois fiquei pensando, se fosse nos EUA, eles iriam isolar toda área, ate conferirem o galão, imaginação fértil ! Ainda depois comprei também o guia Copec de estradas Chilenas, muito bom, vale para estudo de rotas.

 

Com combustível garantido para o próximo dia, que seria atravessar novamente para a Argentina via Paso Pircas Negras ate Villa Union, lembrando que paguei tudo com o Cartão de Credito. Enquanto amarrávamos os galões, e a bagagem, notei uma aglomeração silenciosa próxima a nos, já sabia, que a curiosidade era pra saber: “Se eram los del Dakar ¿” Ate que um cara com a família em um jeep, me chamou em Inglês, eu respondi para que se quisesse também poderia falar em espanhol, e ele me perguntou – enquanto sua mulher se escondia atrás das próprias mãos – “Vc poderia dar um autografo para minha esposa e tirar foto com minha família ¿ Sem duvida, respondi. Perguntei o nome da esposa, e escrevi no papel:” Para Vanessa com carinho Robson jan. 2013, e depois tirei uma foto com a filha.

 

Foi uma situação bem legal, enquanto eu estava ali, ainda varias pessoas tiravam fotos.

 

Do posto , depois dos meus 15 segundos de fama, seguimos para o hotel que tinha visto, paramos em frente ao hotel, que fica em frente a uma rodoviária ou terminal rodoviário, mas infelizmente não havia vagas, fiquei preocupado, pois queria ficar ali, pois na outra esquina tinha um supermercado, onde compraríamos o lanche para o outro dia, e nossa janta, que teria que ser paga com cartão, pois eu só tinha uns 25000 pesos chilenos.

 

Mas nem precisei perguntar de outro hotel, no fim da negação, o atendente me disse, não se preocupe na esquina tem um hotel bom, e esta vazio, ufa...

 

Para lá seguimos, e já ataquei com 2 perguntas a atendente: Tem vaga, e aceita cartão de credito, afirmação positiva, ate ela tentar passar o cartão, um depois outro, e depois meus cartões pre pagos, nada dava certo ! (claro a maquina estava estragada, no fim ela me contou !) Perguntei se poderia aceitar dólar, e qual seria o valor, US$ 105 para um hotel daquele nível ! fiquei espantado, mas já sabia, q o Chile estava muito caro.

 

Ofereci US$ 100 e ela aceitou, terceiro ou quarto UFA !

 

O hotel mais caro de toda viagem, 100 dólares são equivalente a 630 pesos Argentinos!

 

Fomos para o mercado, fizemos nossas compras de agua, e alimentos e a janta do dia, suco de laranja, pães de forma, presunto, e patê de queijo, que depois fomos descobrir era sabor de salame!

 

Voltamos ao hotel, fizemos nossa ceia no quarto, e fui tomar banho.

 

No banho, senti algo coçando em minhas costas, nas escapulas, e também nos braços, no braço notei q as picadas tinham aumentado para dezenas, e o mesmo estava acontecendo nas costas quando olhei no espelho, caramba, oque era aquilo, uma reação alérgica ¿ pulgas ¿.

 

Fiquei com a primeira opção, como no meu mini-hospital eu tinha fenergam creme para picadas de insetos, usei, e senti uma melhora.

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Legal seu relato Robson

 

Fico no aguardo de novas atualizações e sonhando com uma aventura perecida, já fui de carro para o Atacama com minha esposa e sinto muitas saudades, valeu

 

Abraços

 

André

Maringá

 

Andre,

 

Obrigado por acompanhar.

 

Esta aventura tambem é possivel de carro, mas em 2 veiculos, é mais seguro (4x4).

 

Abraço,

 

Robson

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Dia 12 de janeiro de 2013.

 

Saída Copiapó Chile

 

Destino Villa Union Argentina

 

Km percorrido 460 km

 

Km acumulada 5220 km

 

 

Acordamos bem antes do horário do café da manhã, as motos ficaram bem próximas ao salão, onde iria ser servido, equipamentos colocados e bagagens arrumadas. Café tomado ao estilo chileno, café instantâneo, leite em pó, pão com margarina ou geleia em potes bem pequenos, um suco, iogurte e uma barra tipo wafers. Que saudades daqueles cafés da manha, estilo buffet, servidos em alguns hotéis do Brasil. Para-nos o café da manha, era uma refeição muito importante, pois a próxima, poderia acontecer por volta de 12 ou mais horas, depois.

 

Estranho como nos acostumamos rapidamente, a ficar sem alimentação por longos períodos. Às vezes uma barra de proteínas ou de cereais, ajudava a quebrar o jejum, salvo alguns dias, que antecipadamente comprávamos bolachas e alguns sucos ou bebida a base de leite.

Saímos do hotel por volta da 8 horas, e nas ruas já havia um grande movimento de carros, colocamos a rota a seguir no GPS para a cidade de Villa Union na Argentina, assim seguiríamos para o Paso Pircas Negras.

 

Passamos por Terra Amarilla, e logo depois entramos para a esquerda em uma estrada de terra bem compactada.

 

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Chegamos a Aduna Chilena, e todos estavam sentados conversando ao lado de fora do escritório, ali mesmo começamos a conversar com os funcionários, e fomos entrando para fazer os tramites, uma equipe bem animada, que rapidamente carimbou nosso passaporte e anotou os dados das motos, logo depois um soldado já nos esperava na porta, para que o acompanhássemos ate outra sala, só anotação de mais alguns dados.

 

Logo já estávamos seguindo novamente o caminho para Argentina, a partir deste ponto a estrada começava uma forte subida com muitas curvas, em uma dela parei para fotos, e meu filho continuou.

 

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Em certa curva vi uma atalho que cortava muitas curvas, mas de baixo não parecia que era tão forte, comecei a subida, e tive acelerar forte, pois além de forte, tinha muitos pequenos degraus no solo, que faziam a moto perdem a tração, ainda bem que a sertão tem muito torque já em baixa rotação. No final da subida, vi meu filho vindo pela estrada a minha esquerda e a direita uma camionete parada com quatro homens fazendo um lanche. Eles se assustaram com minha súbita chegada, parei bem próximo a eles, e logo me ofereceram um café, e começaram a falar que se eu estava indo para Pircas Negras, tomar cuidado com possíveis mudanças no clima, e etc. E no final um deles falou: “Cuidado com a Cordilheira, ela pode ser perigosa!”.

 

E realmente é, se não respeitarmos nossos limites.

 

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Depois deste encontro a estrada de subida, agora era uma descida sem fim, e do meio dela avistamos uma longa reta, lembrei-me de um filme que se passava em Marte, o terreno era todo de um marrom avermelhado, de uma beleza impar.

 

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Havíamos subido, descido, atravessado um longo traço de terreno plano e de novo, estávamos em outra sequencia de curvas e subindo, no fim da subida era a fronteira entre Chile e Argentina.

 

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Bem no topo da montanha, paramos para algumas fotos, algumas crianças que estavam com seus pais, se aproximaram e tiramos algumas fotos delas em nossas motos.

 

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Seguiamos agora em solo argentino, ate que vimos uma ponte, sobre um riacho de aguas limpas e geladas, ótimo lugar para nosso almoço na sombra da ponte.

 

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Terminado o lanche tomamos nosso rumo, ate chegar à Laguna Brava, uma lagoa que deve ser de agua salgada pois tinha a aparência de um salar, logo após a passagem da Laguna o GPS, insistia em mandar-nos virar para a direita, eu pensei q ele estava errado, porque sair daquele asfalto ¿

 

Mas a frente o asfalto estava interditado, e fomos obrigados a seguir a rota sugerida pelo GPS. Uma estrada bem interessante sem pavimento, com subidas e descidas súbitas, daquelas que dão impressão que a moto vai decolar.

 

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Viramos a esquerda novamente para um longa reta, ate começarmos uma longa descida a um Canion, seguimos pelo interior dele, por muitos quilômetros, neste trecho haviam muitos carros parados, visitando a área.

 

 

 

 

Muito tempo depois chegamos novamente ao asfalto, um asfalto com longas retas. Não lembro ao certo porque parei, acredito que talvez para tomar agua, e na saída minha moto não quis pegar na partida. Funcionava o motor de arranque, mas me parecia que não havia combustível, pelo meu odometro, tinha ao menos meio tanque. Desliguei a chave, religuei, nova tentativa frustrada. Comecei a pensar, oque pode negar a partida: “sensores” desci da moto, e deitei embaixo dela para ver o sensor do descanso lateral, não sabia como este sensor que tem sua parte superior emborrachado era preso, mas estava solto, peguei meu canivete, e cutuquei a peça, e escutei o barulho do acionamento da bomba. Como a moto estava com a primeira marcha engatada quando tentei ligar a moto, o sensor cortou a ligação da bomba, passando a informação que o descanso lateral estava acionado.

 

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Só sei que foi tenso, a sensação de ter a partida negada, naquele lugar a centenas de quilômetros da cidade mais próxima, ainda mais com o calor que naquele momento sentíamos.

 

Antes ainda de chegarmos à cidade de Vinchina, mais uma vez a estrada se tornou sem pavimento, seguindo um rio, cheio de curvas.

 

E ainda passamos em uma blitz, no meio do nada, fomos parados, enquanto esperávamos um oficial conferir os documentos de uma carro que havia chegado antes. O oficial, veio ate-nos, nos olhou, e falou que a Aduana ficava na cidade de Vinchina, e nos liberou ! Não entendi nada, foi bem engraçado, eu acho que deu um branco na cabeça dele !

 

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A aduana, ficava em um rua para direita bem pra dentro da pequena Vinchina, em uma espécie de casa /quartel dos Gendarme, logo que paramos, um soldado nos atendeu, e ligou para o funcionários que faria os tramites, que deve ter demorado uns 40 minutos para chegar ali, em uma cidade de umas 10 quadras...

 

Enquanto esperávamos, chegou à camionete que estava em nossa frente na blitz, um casal de alemães que tinham por volta de 65 anos, conversamos muito, e eles conheciam tudo na Argentina, incluindo esta região. Eles nos contaram que iriam viajar por 40 dias.

 

O senhor da Aduana/migração chegou, copiou nossos dados em um caderno, carimbou os passaportes e nos liberou rapidamente.

 

Ainda tínhamos que percorrer cerca de 80 km ate Villa Union, e a tarde estava muito quente, o vento era quente. Chegamos à cidade,e la notamos que haviam muitos jovens caminhando na rua, depois fui entender o porquê. Não tínhamos nenhum peso argentino, fui a um caixa eletrônico do Banco de LA nacion, tentar sacar dinheiro com meu cartão pre pago, que deu certo, tentei com meu cartão de debito do banco HSBC, e deu certo, consegui sacar 1000 pesos argentinos. Agora tinha que procurar hotel, mas ou estavam lotados ou eram caros, em um dos hotéis encontrei com três motociclistas, 1 tnr 660, 1 triumphy 800 estilo f800gs, e outra moto que não tem aqui no Brasil de 650cc, mas do tamanho de uma Falcon.

Pessoal estranho, não sei, acho q faltava um pouco de humildade. Desde 2007 viajo com minha família de carro pela América do Sul, fiz 2 anos de espanhol com minha vizinha que é Argentina, tenho um bom conhecimento de gramatica e vocabulário. Nunca tive problemas para me comunicar falando espanhol, e o cara me diz que eu não sei falar espanhol !

 

Ate perdi a vontade de ficar no mesmo hotel que eles, mas foi bom, acabei achando uma cabana em um lugar bem sossegado por 180 pesos, bem sossegado, ate eu descobrir que a 500 metros dali haveria uma Reave ate as 10:00 horas da manha, era por este motivo q a cidade estava com tanta gente andando pelas ruas.

 

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Tomamos banho, e saímos para comprar nossa janta e o café da manha, e também procurar um farmácia, pois minha alergia, tinha evoluído muito, haviam manchas, que lembravam a picadas em minhas pernas e braços.

 

Andamos umas 10 quadras para chegar ao mercado, enfrentamos uma longa fila para comprar pães, e nova palavra adicionada ao vocabulário, descobri que pão francês na Argentina é pan francês! Depois mais um longa fila para o caixa, e fomos à farmácia, comprei um Decadron, um antialérgico a base de corticoide.

 

Jantamos pães com presunto e queijo, e depois fizemos uma sopa instantânea, ideia do meu filho, tomar uma sopa, com aquele calor, para melhorar a sensação de calor, o ar condicionador não funcionava, e com o cair de uma chuva intensa, não podíamos abrir a janela! É pra acabar mesmo.

 

Deitamos e dormimos por muito pouco tempo, pois parecia que o palco era dentro da cabana.

 

E meu filho também estava com medo das aranhas, onde ele mexia achava uma maior que a outra, rs...

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Dia 13 de janeiro de 2013.

 

Saída Villa Union Argentina

 

Destino Charata Argentina

 

Km percorrido 1000 km

 

Km acumulada 6220 km

 

O roteiro do dia previa seguir para Presidência Roque San Peña, seriam longos 1100 km.

 

Passaríamos por três capitais de Província: La Rioja, San Fernando Del Valle de Catamarca e Santiago del Estero.

 

A cidade de Villa Union é base para conhecer o Parque Nacional Talampaya, pelas fotos que eu vi é um lugar muito bacana, próximo também há a cidade de Chilecito, que dizem tem um estrada muito bonita.

 

Achei que era possível, ver alguma coisa do Talampaia da Estrada, mas tem q seguir muitos km pra dentro, este parque ficou para outra viagem.

 

Continuamos nossa longa jornada, em um calor de derreter asfalto.

 

Fomos abastecendo a cada 150 km em media, para relaxar um pouco do calor. Mas sempre evitando os postos q ficavam dentro das cidades, ou seja, optamos pelos q ficam a beira da estrada. Um recurso q já citei e que uso constantemente, é o de visualizar no GPS, para mostrar pontos de interesse – neste caso, combustível – que estão na rota atual.

 

O mapa para GPS mapear, na Argentina, é bem atualizado, com muitos pontos de interesse, então sempre confiei como base principal dos meus roteiro neste pais, para evitar entrar em San Fernando del Valle de Catamarca, Capital da Província de Catamarca, escolhi um posto no GPS, que ficava depois da cidade.

 

Chegando neste posto, o mesmo estava fechado para reforma, tivemos que voltar para uma pequena cidade, pois o próximo posto estaria a mais de 100 km.

 

Enquanto estávamos abastecendo, passaram em frente ao posto duas camionetes hilux da organização do Dakar.

 

Abastecemos, e seguimos em direção ao banco La Nacion, para sacar dinheiro, novamente meus Pesos Argentinos estavam acabando.

 

Quando cheguei ao caixa automático, as duas toyotas estavam lá, fui em direção ao motorista de uma delas q estava para fora do carro, comecei a conversar com ele, e a olhar as modificações que a Hilux tinha recebido para entrar nos padrões do Dakar, muito legal, difícil dizer oque poderia ser original, tudo era diferente. Questionei sobre sua participação na organização e há quanto tempo fazia parte. Eles faziam parte da equipe responsável por tomadas terrestres, este mesmo motorista, já tinha participado de pelo menos uns 15 Dakar competindo em moto, falou q conhecia os pilotos brasileiros, e que gostava muito de viajar de moto.

 

Eles seguiram seu caminho e nos o nosso.

 

O céu já anunciava que viria uma tempestade, como iriamos atravessar um serra, pensei que poderíamos nos distanciar da chuva, mas em 5 minutos, a chuva e o vento começaram muito fortes. Paramos para colocar as roupas de chuva, mas o vento dificultou nossa tarefa.

A chuva nos acompanhou forte ate próximo a serra, pois do outro lado, não havia chuva, e sim o calor que fazia-nos cozinhar dentro das roupas de chuva.

 

Paramos em Los Altos, para tirar as roupas de chuva, abastecer, e fazer um lanche.

 

Agora estávamos seguindo em direção a Santiago del Estero, a estrada com longas retas, muito monótona, só aumento o cansaço e a vontade de logo chegar.

 

Em Santiago del Estero, cidade que seria o dormitório do Dakar daqui a um dia, fomos recebidos pela população como pilotos do Dakar, todo mundo queria conversar, tirar fotos, muito engraçado, mas sempre contávamos à verdade que estávamos viajando. Mas mesmo assim as pessoas mantinham o interesse, pq éramos do Brasil, de tão longe.

De Santiago del Estero seguimos em direção a Taboada, passamos pela pequena cidade, e o GPS nos mostrava para seguir em direção a Suncho Corral, mas uma surpresa nos aguardava.

 

A estrada para Sancho Coral era uma pista única de concreto com 3 metros de largura com 33 km de extensão.

 

E vocês sabem quem q tinha que sair da pista, quando havia caminhões no sentido contrario ¿

 

Este era o perigo: sair da pista, pois a estrada lateral era ora formada por cascalho, ora por um pó tão fino, q a moto afundava e tornava impraticável pilotar neste piso.

 

Acontece que por falta de analise de riscos acabamos por optar continuar acelerando ao sair para a pista lateral, sendo que o certo é sair quase parando, parar e esperar o veiculo que vem no sentido contrario passar.

 

Há tempo suficiente para optar por parar, pois a estrada é quase sempre em linha reta, e a velocidade dos veículos, não deve ultrapassar os 60 km/h.

 

Logo no primeiro contato visual com a estrada, lembrei-me da historia contada pelo Iuri: “ele estava com seu amigo Rafael nesta estrada, quando seu amigo perdeu o controle da moto ao sair da estrada atrás de um veiculo, que desviava de um caminhão.”.

 

Resultado moto avariada, e uma lesão no ombro, que o fez abandonar a viagem, uma pena.

 

Depois de Suncho Corral a estrada era bem plana, mas com muitos animais a beira, principalmente porcos, que a meu ver, são mais imprevisíveis, ainda mais agora no por do Sol. Como nos dirigíamos para leste, e o sol agora estava atrás de nos.

 

GOPR1251.JPG

 

A noite caiu e ainda tínhamos muito a percorrer, optamos por continuar, pois desta forma, conseguiríamos estar em Foz do Iguaçu no Brasil amanha.

 

Não gosto de viajar a noite, mas às vezes se faz necessário, quando queremos atingir um objetivo.

A luz da G650GS é muito boa, gostei, mas senti falta de um pouco mais de luz nas laterais, principalmente em uma estrada com tantos animais andando pelo acostamento.

 

Para meu filho estava tudo bem, pois eu tinha colocado na moto dele os faróis de LED do Komy, que segundo ele estão aprovados.

 

Ate que chegamos a uma regiao com longas retas, com distancias maiores que 30 km, isso da uma sensação muito ruim quando há veículos vindo à direção contraria.

 

Diminui a velocidade para cerca de 60 km/h, onde me senti mais seguro, dessa forma iriamos demorar muito para atingir nosso objetivo, ate que dois caminhões nos ultrapassaram como eles estavam andando a 100 km/h, fomos seguindo eles por muito tempo, pois eles nos protegiam da luz contraria, e afastavam todo e qualquer animal da pista.

 

Sempre que passávamos, por alguma cidade, eu procurava no visual e no GPs, por hotéis, ate verificar que havia um na cidade de Charata, pensei é ali que eu vou dormir.

 

Uns 20 km antes de Charata, na cidade de General Pinedo, um policial nos parou, e me pediu os documentos – dei a ele a copia colorida e plastificada da minha habilitação – ele deu uma olhada no escuro, perguntou de onde estávamos vindo, e para onde iriamos, e já pediu: “Uma colaboracion para una Coca-Cola!”.

 

Eu já passei por inúmeras situações, em que dei um valor irrisório para policia, apenas para não perder tempo de viagem, mas acho que porque eu estava cansado, sem muita vontade de seguir em frente,ergui a cabeça, olhei para ele e disse: Não compreendo!

 

Ele me devolveu a minha habilitação.

 

Fui ao hotel, que constava no GPS, um hotel que com certeza deve quase ser um 5 estrelas, muito bonito e chique, custo 400 Pesos e aceitava

Cartão de Credito, apesar do horário, achei melhor dar uma olhada nas outras opções.

 

Na saída, encontrei com 2 paraguaios, pai e filho, o filho estudou agronomia no RS, e conhecia muito o Brasil, ficamos conversando, e ate pedi pro pai dele me pagar o Hotel, mas não teve jeito, rs...

 

Entrei no centro da cidade, com um movimento intenso de pessoal de todas as idades andando pelas ruas, com muito restaurantes lotados.

 

Visualmente não localizei nenhum hotel, ate que parei para perguntar para uns 5 policiais de transito que estavam parados a beira da calçada. Eu perguntando sobre hotéis, e eles querendo conversar sobre futebol, a moto, brasil, etc. Pessoal muito bacana. Indicaram-me dois hotéis, um eu descartei e parti para segunda opção.

 

Como não estava conseguindo achar, e estava andando com o capacete aberto, perguntei a um menino q estaca pilotando uma bizz sem capacete, ele só me disse me siga... E me levou ate o hotel.

 

O hotel além de ser bom, era barato, pelas opções da cidade, 250 pesos, mas não tinha garagem, e deixar as motos, na calcada não seria uma opção viável em uma cidade tão movimentada.

 

Acabei voltando ao primeiro hotel, ao Catange Hotel, acho que fomos dormir era muito mais de 2:00 horas da manha.

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Dia 13 de janeiro de 2013.

 

Saída Villa Union Argentina

 

Destino Charata Argentina

 

Km percorrido 1000 km

 

Km acumulada 6220 km

 

O roteiro do dia previa seguir para Presidência Roque San Peña, seriam longos 1100 km.

 

Passaríamos por três capitais de Província: La Rioja, San Fernando Del Valle de Catamarca e Santiago del Estero.

 

A cidade de Villa Union é base para conhecer o Parque Nacional Talampaya, pelas fotos que eu vi é um lugar muito bacana, próximo também há a cidade de Chilecito, que dizem tem um estrada muito bonita.

 

Achei que era possível, ver alguma coisa do Talampaia da Estrada, mas tem q seguir muitos km pra dentro, este parque ficou para outra viagem.

 

Continuamos nossa longa jornada, em um calor de derreter asfalto.

 

Fomos abastecendo a cada 150 km em media, para relaxar um pouco do calor. Mas sempre evitando os postos q ficavam dentro das cidades, ou seja, optamos pelos q ficam a beira da estrada. Um recurso q já citei e que uso constantemente, é o de visualizar no GPS, para mostrar pontos de interesse – neste caso, combustível – que estão na rota atual.

 

O mapa para GPS mapear, na Argentina, é bem atualizado, com muitos pontos de interesse, então sempre confiei como base principal dos meus roteiro neste pais, para evitar entrar em San Fernando del Valle de Catamarca, Capital da Província de Catamarca, escolhi um posto no GPS, que ficava depois da cidade.

 

Chegando neste posto, o mesmo estava fechado para reforma, tivemos que voltar para uma pequena cidade, pois o próximo posto estaria a mais de 100 km.

 

Enquanto estávamos abastecendo, passaram em frente ao posto duas camionetes hilux da organização do Dakar.

 

Abastecemos, e seguimos em direção ao banco La Nacion, para sacar dinheiro, novamente meus Pesos Argentinos estavam acabando.

 

Quando cheguei ao caixa automático, as duas toyotas estavam lá, fui em direção ao motorista de uma delas q estava para fora do carro, comecei a conversar com ele, e a olhar as modificações que a Hilux tinha recebido para entrar nos padrões do Dakar, muito legal, difícil dizer oque poderia ser original, tudo era diferente. Questionei sobre sua participação na organização e há quanto tempo fazia parte. Eles faziam parte da equipe responsável por tomadas terrestres, este mesmo motorista, já tinha participado de pelo menos uns 15 Dakar competindo em moto, falou q conhecia os pilotos brasileiros, e que gostava muito de viajar de moto.

 

Eles seguiram seu caminho e nos o nosso.

 

O céu já anunciava que viria uma tempestade, como iriamos atravessar um serra, pensei que poderíamos nos distanciar da chuva, mas em 5 minutos, a chuva e o vento começaram muito fortes. Paramos para colocar as roupas de chuva, mas o vento dificultou nossa tarefa.

A chuva nos acompanhou forte ate próximo a serra, pois do outro lado, não havia chuva, e sim o calor que fazia-nos cozinhar dentro das roupas de chuva.

 

Paramos em Los Altos, para tirar as roupas de chuva, abastecer, e fazer um lanche.

 

Agora estávamos seguindo em direção a Santiago del Estero, a estrada com longas retas, muito monótona, só aumento o cansaço e a vontade de logo chegar.

 

Em Santiago del Estero, cidade que seria o dormitório do Dakar daqui a um dia, fomos recebidos pela população como pilotos do Dakar, todo mundo queria conversar, tirar fotos, muito engraçado, mas sempre contávamos à verdade que estávamos viajando. Mas mesmo assim as pessoas mantinham o interesse, pq éramos do Brasil, de tão longe.

De Santiago del Estero seguimos em direção a Taboada, passamos pela pequena cidade, e o GPS nos mostrava para seguir em direção a Suncho Corral, mas uma surpresa nos aguardava.

 

A estrada para Sancho Coral era uma pista única de concreto com 3 metros de largura com 33 km de extensão.

 

E vocês sabem quem q tinha que sair da pista, quando havia caminhões no sentido contrario ¿

 

Este era o perigo: sair da pista, pois a estrada lateral era ora formada por cascalho, ora por um pó tão fino, q a moto afundava e tornava impraticável pilotar neste piso.

 

Acontece que por falta de analise de riscos acabamos por optar continuar acelerando ao sair para a pista lateral, sendo que o certo é sair quase parando, parar e esperar o veiculo que vem no sentido contrario passar.

 

Há tempo suficiente para optar por parar, pois a estrada é quase sempre em linha reta, e a velocidade dos veículos, não deve ultrapassar os 60 km/h.

 

Logo no primeiro contato visual com a estrada, lembrei-me da historia contada pelo Iuri: “ele estava com seu amigo Rafael nesta estrada, quando seu amigo perdeu o controle da moto ao sair da estrada atrás de um veiculo, que desviava de um caminhão.”.

 

Resultado moto avariada, e uma lesão no ombro, que o fez abandonar a viagem, uma pena.

 

Depois de Suncho Corral a estrada era bem plana, mas com muitos animais a beira, principalmente porcos, que a meu ver, são mais imprevisíveis, ainda mais agora no por do Sol. Como nos dirigíamos para leste, e o sol agora estava atrás de nos.

 

GOPR1251.JPG

 

A noite caiu e ainda tínhamos muito a percorrer, optamos por continuar, pois desta forma, conseguiríamos estar em Foz do Iguaçu no Brasil amanha.

 

Não gosto de viajar a noite, mas às vezes se faz necessário, quando queremos atingir um objetivo.

A luz da G650GS é muito boa, gostei, mas senti falta de um pouco mais de luz nas laterais, principalmente em uma estrada com tantos animais andando pelo acostamento.

 

Para meu filho estava tudo bem, pois eu tinha colocado na moto dele os faróis de LED do Komy, que segundo ele estão aprovados.

 

Ate que chegamos a uma regiao com longas retas, com distancias maiores que 30 km, isso da uma sensação muito ruim quando há veículos vindo à direção contraria.

 

Diminui a velocidade para cerca de 60 km/h, onde me senti mais seguro, dessa forma iriamos demorar muito para atingir nosso objetivo, ate que dois caminhões nos ultrapassaram como eles estavam andando a 100 km/h, fomos seguindo eles por muito tempo, pois eles nos protegiam da luz contraria, e afastavam todo e qualquer animal da pista.

 

Sempre que passávamos, por alguma cidade, eu procurava no visual e no GPs, por hotéis, ate verificar que havia um na cidade de Charata, pensei é ali que eu vou dormir.

 

Uns 20 km antes de Charata, na cidade de General Pinedo, um policial nos parou, e me pediu os documentos – dei a ele a copia colorida e plastificada da minha habilitação – ele deu uma olhada no escuro, perguntou de onde estávamos vindo, e para onde iriamos, e já pediu: “Uma colaboracion para una Coca-Cola!”.

 

Eu já passei por inúmeras situações, em que dei um valor irrisório para policia, apenas para não perder tempo de viagem, mas acho que porque eu estava cansado, sem muita vontade de seguir em frente,ergui a cabeça, olhei para ele e disse: Não compreendo!

 

Ele me devolveu a minha habilitação.

 

Fui ao hotel, que constava no GPS, um hotel que com certeza deve quase ser um 5 estrelas, muito bonito e chique, custo 400 Pesos e aceitava

Cartão de Credito, apesar do horário, achei melhor dar uma olhada nas outras opções.

 

Na saída, encontrei com 2 paraguaios, pai e filho, o filho estudou agronomia no RS, e conhecia muito o Brasil, ficamos conversando, e ate pedi pro pai dele me pagar o Hotel, mas não teve jeito, rs...

 

Entrei no centro da cidade, com um movimento intenso de pessoal de todas as idades andando pelas ruas, com muito restaurantes lotados.

 

Visualmente não localizei nenhum hotel, ate que parei para perguntar para uns 5 policiais de transito que estavam parados a beira da calçada. Eu perguntando sobre hotéis, e eles querendo conversar sobre futebol, a moto, brasil, etc. Pessoal muito bacana. Indicaram-me dois hotéis, um eu descartei e parti para segunda opção.

 

Como não estava conseguindo achar, e estava andando com o capacete aberto, perguntei a um menino q estaca pilotando uma bizz sem capacete, ele só me disse me siga... E me levou ate o hotel.

 

O hotel além de ser bom, era barato, pelas opções da cidade, 250 pesos, mas não tinha garagem, e deixar as motos, na calcada não seria uma opção viável em uma cidade tão movimentada.

 

Acabei voltando ao primeiro hotel, ao Catange Hotel, acho que fomos dormir era muito mais de 2:00 horas da manha.

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Dia 14 de janeiro de 2013.

 

Saída Charata Argentina

 

Destino Foz do Iguaçu Brasil

 

Km percorrido 950 km

 

Km acumulada 7.170 km

 

Escrevo meus relatos com base em minhas lembranças, fotos e pequenos lembretes, que coloco no meu computador ou em um pequeno caderno q já levo em viagens há algum tempo. Os lembretes quando faço são dos preços e nomes de hotéis, ou nomes das pessoas.

 

Parece que dormir mal, ou pouco virou um habito, mesmo dormindo pouco, acordamos cedo, e fomos os primeiros a tomar o café, e desde cedo já sentímos o calor q nos esperava.

 

A estrada ate o trevo que entramos na RN16, segue em um reta e plana estrada. Sem muitas modificações. Nestes momentos que sinto que falta faz a moto do meu filho ter mais potencia, para um velocidade de cruzeiro maior, pois o vento, o peso da bagagem, fazia com que sua moto não ultrapassasse os 110km/h. Sendo que andar a 130 km/h faria a viagem fluir e dificultar o marasmo que nos deixa entediados e traz o sono.

 

A RN16, estrada nacional que alcançamos próximo a Presidência Roque Sanz Peña, é a estrada conhecida por todos que vão para San Pedro de Atacama no Chile. Da Rn16 estávamos a 200 km de Corrientes.

 

Um pouco antes da cidade de Corrientes, paramos em um Posto Ypf, antes do pedágio e da grande ponte, que divide as duas províncias. Sempre que passo por esta estrada, independente do sentido, paro neste posto, e sempre esta com longas filas para abastecer. Mas tem uma lanchonete agradável e aceitam cartão de debito para o combustível e na lanchonete.

 

Atravessamos a grande ponte, e olhando para direita dava para ver, que a praia fluvial estava lotada, deu ate vontade, de passar uma tarde ali.

 

Depois da ponte já seguimos pela marginal direita, para evitar problemas com a policia, que adora parar motociclistas brasileiros, pois há placas que proíbem o transito de motos na via principal, tenho minhas duvidas se isto é certo, pois trafegamos em uma rodovia nacional.

 

Abastecemos mais uma vez, e na parada prevista já entramos em uma região com escassez de gasolina. Ainda bem que estávamos levando 8 litros de gasolina reserva cada um, com isso chegamos tranquilamente à cidade de Posadas, que agora tem um desvio para a direita por fora da cidade.

 

Por volta das 21 horas estávamos chegando ao Brasil, onde já eram 22 horas, pois aqui estamos no horário de verão.

 

Imigração e Aduana na Argentina com um pouco de fila, mas foi tudo rápido e tranquilo.

 

Vindo da Argentina entramos em Foz por uma avenida com muitos hotéis, parei para ver o preço de alguns, para depois verificar um que eu gosto de ficar, mas como só havia apartamento luxo, não quis pagar R$ 400 por uma noite. Voltamos ao hotel monaliza ao custo de R$ 200, mas antes paramos em posto de combustível Petrobrás próximo ao hotel, para fazermos um lanche antes de ir dormir.

 

Acredito que a ultima refeição tradicional que fizemos, foi quando jantamos em Fiambalá Argentina, antes de entrarmos no Chile via Paso San Francisco, depois disso, foram só lanches, e neste dia não foi diferente.

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