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Tiradentes, S. João Del Rei e Bichinho - MG - Maio/2013


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1º dia: quinta-feira, 30/05/13

Feriado de Corpus Christi, meu marido e eu partimos para Minas Gerais para conhecer Tiradentes, São João Del Rei e Bichinho. Ficamos hospedados em Tiradentes na Pousada São João da Serra, que fica a dois minutos a pé do Largo das Forras. (Rua dos Inconfidentes, 247, Centro. Tel: (32) 3355-1112; Móvel: (32) 9103-3269. Não tem site, só Facebook). A pousada é muito simples, sem luxo, mas estava muito limpa, tem estacionamento, café da manhã simples e um ótimo preço. Não teria problemas em me hospedar lá de novo.

 

Chegamos no final da tarde e almoçamos um tutu à mineira no Restaurante Dona Xepa, estava muito gostoso! Demos uma volta rápida pelo Largo e fomos tomar banho e descansar um pouco na pousada. À noite, voltamos ao Largo e fomos ao Confidências Mineiras, lugar gostosinho que tem muitas opções de cachaças. Tomamos uma Vale Verde muito saborosa e comemos um trio de linguiça, torresmo e aipim, que estava bom, mas já comi melhores.

 

2º dia: sexta-feira, 31/05/13

No Largo das Forras fomos ao Centro de Informações Turísticas, pegamos um mapinha da cidade e tentamos reservar o passeio de jardineira que ouvi falar muito bem, mas já estava lotado por todo o feriado.

 

O centro histórico é uma graça, eu fiquei muito encantada com a cidade! Cercada pela belíssima Serra de São José, Tiradentes é o encontro da beleza de Paraty com o cheiro de Ouro Preto! Passamos o dia percorrendo as ruas, conhecendo os pontos turísticos, sempre com aquele clima gostoso de cidade mineira. Trem dos bão meis!

 

Seguindo pela Rua Ministro Gabriel Passos, bebemos água no Chafariz de São José para garantir um próximo retorno (“Considerado um dos mais bonitos de Minas, o chafariz datado de 1749 tem três fontes e é o único do estado com oratório e imagem de santo - São José de Botas, feita no século 18, em terracota. Foi construído com três funções: na parte da frente, abastecer com água potável a população, à direita servir como suporte para as lavadeiras locais e à esquerda servir de bebedouro aos animais. A lenda diz que basta você beber um gole desta água e novamente você retornará a Tiradentes”).

 

Depois, subimos a Rua da Câmara para fotografar a Matriz de Santo Antônio e no informar sobre o show de som e luz que acontece nos fins de semana às 20h. Os ingressos são vendidos uma hora antes do espetáculo, então resolvemos não entrar na igreja e voltar lá á noite.

 

Descemos a Rua Direita, conhecemos a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, onda estava tocando uma música ao vivo muito gostosa na praça em frente, e o Sesi Centro Cultural Yves Alves, que é muito bem cuidado, mas não tinha nenhuma atração interessante. Já estava dando fome, então almoçamos um frango ao molho pardo que estava bom, mas não tão gostoso quanto o da minha mãe, no Restaurante Tempero da Roça (R. Ministro Gabriel Passos). Bem ao lado do restaurante, há uma loja de doces que não me lembro o nome, mas que tem as balas de coco mais deliciosas que já comi em toda a minha vida, daquelas de derreter na boca!

 

Depois do almoço, subimos a Rua Santíssima Trindade para conhecer o Santuário e a sala dos ex-votos. De lá, descemos para a Rua Padre Toledo e conhecemos o Museu Padre Toledo, que está todo reformado e muito bem cuidado, com destaque para a Sala dos Espelhos, com espelhos no chão que refletem as pinturas no teto. Na saída, pose para foto na Estátua do Alferes Tiradentes, em frente ao Museu.

 

Pernas pra que te quero, subimos o morro de São Francisco, que descortina uma das mais bonitas vistas da cidade. Lá fica a Igreja São Francisco de Paula, que não entramos, nem sei se estava aberta. Depois descemos e fomos ao Largo das Mercês, pois queria conhecer a Igreja Nossa Senhora das Mercês dos Pretos Crioulos, mas infelizmente estava fechada.

 

Ali no Largo das Mercês, fomos no Marcas Mineiras, um café muito charmoso que fica no quintal de uma casa, com várias árvores, plantas e flores que dão ao ambiente um clima muito gostoso! Na entrada da rua tem umas mesinhas, mas não se engane, o bom é ficar nos fundos do café.

 

Fim de tarde, fomos tomar banho e nos arrumar para a noite. Chegamos na Matriz de Santo Antônio às 19h, compramos nosso ingresso para o espetáculo de som e luz e fomos dar umas voltinhas por ali até a hora do início. O espetáculo é bem legal, nós ficamos sentados nos bancos da igreja e há uma narração do Paulo Goulart falando sobre a construção e explicando um por um os monumentos da igreja, que são iluminados de acordo com a narração. Depois do espetáculo, teve um concerto no órgão, (que também era pago) mas não quisemos assistir. O espetáculo de som e luz é muito legal, mas não vale a pena pagar para visitar a igreja de dia e depois pagar para voltar à noite. Ou vá de dia ver por conta própria, ou vá de noite ver o espetáculo.

 

Fazia muito frio e o Largo das Forras fervia de gente! Optamos por tomar um esquenta-peito e comer pastel de angu no Point Real, que é ao ar livre e tinha uma música ao vivo com um cantor muito ruim mesmo. O pastel de angu é famoso em Tiradentes, não é recheado de angu, mas sim com a massa feita com angu e recheios variados, parece um salgadinho de festa. Estava gostoso, mas não é inesquecível. Não aguentamos o cantor e o frio, então buscamos abrigo no Mandalun, um lugar bem gostosinho, onde ficamos na varanda coberta (o que nos permitiu ver o movimento mais aquecidos) e eu tomei um creme de aipim e meu marido comeu uma porção de jiló frito, que, segundo ele, estava muito boa!

 

Como a pousada que ficamos é pertinho do Centro Histórico, fizemos todos esses passeios de hoje a pé.

 

3º dia: sábado, 01/06/13

No dia de conhecer São João Del Rei, decidimos ir de carro porque meu marido não é muito fã de passeios de trem (já fizemos em Ouro Preto e em São Lourenço e para ele já foi mais que suficiente). O problema é que a cidade é grande, não há sinalização nenhuma nas ruas e o GPS só mandava a gente entrar na contramão. Rodamos por cerca de 1 hora e quando já estávamos quase desistindo conseguimos chegar à Praça Frei Orlando, onde fica a Igreja de São Francisco de Assis e a Casa de Bárbara Heliodora, onde supostamente funciona a Secretaria de Turismo. Enfim. Em pleno feriadão de Corpus Christi, a igreja estava fechada e o endereço que eu tinha da Casa de Bárbara Heliodora, onde eu pretendia pegar mais informações sobre a cidade, indicava um consultório odontológico que também estava fechado. Entrei na loja de artesanato ao lado e a vendedora me informou que a Casa de Heliodora era ali mesmo, no mesmo endereço do dentista, mas que estava fechada, porque só abria durante a semana.

 

- É lá o centro de informações turísticas?

- É, mas só funciona nos dias úteis.

- Então fica fechado nos feriados e fim de semana, quando a cidade recebe turistas?

- É.

- Sei... Tem alguma mapinha da cidade aí?

- Tem. Custa R$12,00.

 

Saí da loja indignada, sem saber para onde ir. Perguntei para uma vendedora de doces da praça como eu fazia para chegar no centro histórico, mas ela não sabia responder porque não morava na cidade, só ia lá para vender doces mesmo. Aí foi a gota d’água para mim. Que cidade turística é essa? Será que só é bem vindo quem chega de trem ou quem tem dinheiro para bancar um guia da praça? Quem quer conhecer por conta própria faz como? Não há nenhuma orientação para quem chega de carro, o centro de informações turísticas e a principal igreja fechados em pleno feriadão... Já viajei muito e nunca vi nada igual. Me lembrei de cidades como Congonhas, em Minas mesmo, que logo na entrada havia um centro de informações com mapa gratuito, e a sinalização turística era tão boa que nem precisaria do mapa. Mas São João Del Rei, não. Ou a gente contratava um daqueles guias insistentes da praça ou íamos embora. Então fomos embora. Mas cadê que a gente conseguia achar a saída? Um carro parou do lado do nosso porque viu que nossa placa era do Rio, perguntou se poderia seguir a gente porque estava perdido tentando pegar a estrada para Tiradentes, mas nós também estávamos totalmente perdidos. Depois de muitas voltas, finalmente o GPS acertou e nos levou para a estrada. Tchau e bênção, São João!

 

Voltando para Tiradentes, pouco depois da estação de trem tem uma entrada à direita que leva para Bichinho. A estrada de pedra até lá é tranquila, o dia estava lindo e rapidamente aquele clima nos fez esquecer o caos anterior. São 8 km até a cidade do artesanato. Bichinho basicamente só tem uma rua, mesmo assim é mais sinalizada que São João.

 

Paramos o carro num estacionamento ao lado do Restaurante Tempêro da Angela, onde planejávamos almoçar. O restaurante estava vazio, era meio-dia, mas estávamos sem fome, então fomos dar uma volta pela rua para ver as lojas. São muitas! Depois meu marido cansou e foi tomar uma cerveja enquanto eu continuava andando. A cidade tem um clima muito gostoso de interior! Por volta de 13:30h, voltamos ao Tempêro da Angela e para nossa surpresa estava simplesmente lotado! Há um salão de espera, onde ficamos em pé por mais de uma hora esperando uma mesa. É claro que deixei meu marido lá tomando mais cerveja enquanto eu rodava mais um pouco pelas lojas. Apesar da demora, o clima era divertido, sempre que a menina chamava o próximo da lista, havia aplausos e comemoração! Finalmente chegou a nossa vez e posso dizer com toda certeza que foi o melhor almoço mineiro que comi em toda minha vida! A comida é simplesmente deliciosa! São dois fogões à lenha e a própria Angela fica cozinhando ali, na sua frente, no fogão, enquanto você se serve. Ela preparou um angu delicioso, ali ao vivo! E os torresmos?? Comi até quase enfartar! O bufê também inclui café e uns 3 tipos de doces caseiros. No final, a gente queria continuar comendo, mas não tínhamos mais forças. Éramos duas sucuris, não conseguíamos nem nos mexer! Deixamos o restaurante, e como quem tá no inferno tem mais é que abraçar o capeta, fui numa loja de doces do outro lado da rua e comprei várias guloseimas. No estacionamento, sugeri ao vigia que instalasse ali umas redes para a sesta dos que saíam do restaurante. Era tudo o que eu queria naquele momento!

 

Voltamos para Tiradentes com uma lembrança muito boa de Bichinho, certos de que não tardaremos muito para voltar.

 

Meu marido foi dormir e eu me arrastei até o Chico Doceiro, que fica pertinho da pousada, para garantir as encomendas de doces da família. Eram 17h e os doces já tinham se acabado, cheguei quando a loja estava fechando. Por sorte, ainda havia potes de doce de leite e o seu Chico, muito atencioso, providenciou para mim os cones de biscoito, que são deliciosos! Você compra um kit com um pote de doce de leite e um saco de cones de biscoito, coloca o doce no cone e se esbalda!

 

Saímos da pousada por volta das 21h e fomos no Sabor e Arte ali no Largo das Forras. Ficamos na mesa da calçada, tomando uma Germana para esquentar, tomei uma canja e comemos bolinho de bacalhau. A música ao vivo era ótima, gostamos muito do lugar!

 

4º dia: domingo, 02/06/13

Dia de voltar para casa, meu marido ficou de preguiça na pousada e eu fui bater perna pelas lojas da cidade antes de irmos embora.

Na saída da cidade, pouco antes de pegarmos a estrada, há uma loja chamada Qué Queijo que vende artesanato, queijo canastra e requeijão de corte muito bons.

Cidadezinha boa essa de Tiradentes!

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  • 2 semanas depois...
  • 1 mês depois...
  • Membros

Oi, Erika! Só agora vi sua mensagem, desculpe a demora!

Sugiro que vá a São João de trem para não ter os problemas que eu tive. E se tiver chance e gostar de uma boa comida mineira, vá almoçar em Bichinho, mas chegue cedo para não pegar fila

Mas cada viagem é uma! Minha irmã fez o mesmo roteiro que eu, adorou São João e odiou Bichinho, então vai pegando as dicas e decidindo conforme as coisas forem acontecendo. :)

Beijos!

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  • 3 semanas depois...
  • Membros

Oi, Erika! Eu passei um dia inteiro em Tiradentes e posso te dizer que conheci tudo que era importante. SJ também não pede mais que um dia. No meu caso, usei o dia de SJ para conhecer Bichinho também. Só aí são 2 dias inteiros. Se você conseguir chegar bem cedo no primeiro dia, dá pra ir logo conhecer uma cidade, no dia seguinte conhece a outra e no outro dia vai embora, passando duas noites só. Se chegar na hora do almoço, pode passar a tarde em SJ e o dia seguinte inteiro em Tiradentes, sem conhecer Bichinho, aí também são duas noites. Eu fiquei 3 noites e achei que foi um tempo bom.

Beijos!

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  • Colaboradores

Ei Beta!

 

Uma pena vc não ter gostado de São João. Eu gosto muito mais daqui do que de Tiradentes. Aqui as coisas são mais genuínas. Em Tiradentes tudo é fabricado. Tirando as igrejas e a fachada das casas, todo o resto é fabricado para agradar ao turista. Fica bonitinha, mas é artificial. E vc deu muito azar. As pessoas que você conversou provavelmente tinham algum interesse em não te passar as informações pq se vc chegou até a igreja de São Francisco então vc estava a 3 quadras do centro histórico. Era só seguir reto na rua da casa da Bárbara Heliodora em sentido oposto ao morro que chegaria em 3 minutos. E as Igrejas ficam abertas de acordo com sua própria programação, elas não seguem a lógica turística mas sim a lógica religiosa. Então nem sempre elas estarão abertas mesmo. Outra diferença daqui pra Tiradentes é que aqui os comerciantes ainda tem alguma noção do que é um preço razoável. Se tivesse almoçado aqui em São João teria visto isso.

 

Realmente a cidade tem muitos problemas. A falta de sinalização e o amadorismo quando se trata das questões turísticas são um problema. Além disso, há uma pequena máfia dos guias que são muito inconvenientes e deveriam ser um pouco mais regulados.

 

Mas fora isso a cidade é muito agradável e com um pouquinho menos de azar vc teria aproveitado muito mais!

 

Se algum dia voltar aqui para almoçar novamente no Bichinho, entre em contato que eu pessoalmente farei as vezes de guia para retirar essa má impressão sua! ::cool:::'>

 

Abraços

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  • Membros

Oi, Porreca!

Um pena mesmo, acho que dei muito azar...

Como eu disse num comentário anterior, minha irmã fez o mesmo passeio que eu, só que no feriado de Corpus Christi de 2012, e adorou São João! Ela me disse que o centro histórico é lindo, e que também foi de carro, que se perdeu, mas depois se achou e deu tudo certo.

A sinalização em SJ é realmente péssima. O fato de eu ter levado cerca de 1h para achar a igreja e ter dado de cara na porta me frustrou, ainda mais porque era um feriado religioso. Depois eu só encontrei gente que não sabia (ou não queria) me informar nada... aí já era o meu bom humor.

Mas não desisti de SJ, não. Ainda mais agora que vou ter um guia! Mas vou de trem, para garantir heheheheh!

Obrigada, amigo! Bjs!

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