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Marshal® no Deserto do Atacama de XRE 300.


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17 de Novembro – 3º Dia de viagem.

 

O nosso terceiro dia de viagem começou encontrando o amigo Carlos que não quis esperar por nós em seu hotel de modo que mal tínhamos acabado de arrumar as coisas nas motos e ele já estava lá.

 

Pagamos a conta do Hotel Presidente (o qual recomendo) e partimos, nosso destino do dia seria a cidade de Salta a 650km de distancia. Nos vários relatos que li, esse trecho sempre foi descrito como sem atrativos, mais é o caminho mais curto para San Pedro de Atacama.

 

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A manhã de domingo estava ensolarada e estava prometendo forte calor, rodamos alguns kilometros e chegamos à rotatória em Avia Terai, que divide o caminho, quem vira a esquerda vai rumo Santiago del Estero e quem vai reto segue para o meio do Chaco.

 

A estrada vai em uma reta só a uma altitude de mais ou menos 90 metros sobre o nível do mar, não tem curas, nem subidas ou decidas, a vegetação é bem feia, tipo um campo cerrado com arvores baixas e espinhosas e tudo é bem seco, disseram que fazia seis meses que não chovia na região, o asfalto é de boa qualidade e tem uma tonalidade diferente, meio alaranjada, que me chamou a atenção eu achei bem bonito, a medida que vai se afastando de Presidência o tamanho e vigor das propriedades as margens da estrada vai diminuindo e o cenário vai ficando mais pobre. Por ser domingo o movimento era pequeno e bem de vez em quando ultrapassávamos ou éramos ultrapassados por alguém.

 

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UM lado.

 

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O outro lado.

 

À medida que íamos adentrando no Chaco, percebemos como tinha sido acertado esticar o segundo dia até Presidência, pois somando-se os 150km percorridos na noite anterior aos 650km de hoje, teríamos 800km dessa monotonia.

 

Dizer monotonia é força de expressão, pois viajar de moto em uma estrada com animais soltos na pista não da tédio em ninguém. Lá tem, bois, cavalos, burros, cabras, ovelhas, porcos e galinhas soltas na pista em grande quantidade. No inicio parávamos, mais com o tempo vai-se acostumando aí só se diminui a velocidade e vai para a outra pista, vimos muitas carcaças de animais atropelado e de alguns caros destruídos. Seguíamos com muita atenção e às vezes quem vinha na frente fazia sinal com a mão e o grupo parava na pista para esperar um rebanho cruzar de um lado para o outro.

 

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Tocamos até a cidade de Pampa del Inferno aí paramos para bater umas fotos, como havíamos rodado bem pouco decidimos abastecer mais para frente, em Pampa de los Guanacos e aproveitamos para almoçar e nos refrescar no ar condicionado do restaurante que fica no posto, se não me engano o posto chama-se “Refinor”, a temperatura do lado de fora era de 38ºC e eu fiquei imaginando em Janeiro ou Fevereiro como aquilo deve ser.

 

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Conversando com um motorista de caminhão fomos alertados que encontraríamos cerca de 50km de asfalto em mal estado nas proximidades da cidade de Monte Quemado e que a quantidade de animais soltos na pista nessa região era bem maior.

 

Eventualmente passávamos por postos da Policia Caminera, mais não fomos parados em nenhum. As pequenas cidades estão espalhadas pelo caminho em distancias que variam de 30km a 50km todas tem posto de gasolina, restaurante e algum tipo de acomodação, de modo que não é o fim do mundo como comentam.

 

Rodamos mais uns 120km e paramos novamente em Monte Quemado, nos hidratamos e abastecemos as motos. Mais um tiro e paramos em Joaquin V. Gonzales, onde não encontramos combustível. A essa altura a paisagem já começava a mudar a altitude aumentou um pouco e a vegetação se tornou mais verde e bonita, algumas belas propriedades agrícolas com grandes maquinários e algumas plantações de soja e girassol. Como ainda tínhamos bastante combustível tocamos sem preocupação até Ceibalito, onde abastecemos em um bom Posto YPF, alias essa marca na Argentina é sinônimo de qualidade nos serviços.

 

Ao sairmos da cidade, observei uma imensa cadeia de montanhas no horizonte e fiquei emocionado, pois pensei que aquela era a minha primeira visão da cordilheira, fique meio chateado pois não consegui bater uma foto bacana, mais depois descobri que aquelas montanhas eram na verdade uma serra que fica antes de Salta.

 

A tarde já se estendia e depois das 18:00hs chegamos ao fim da RN16, num entroncamento sem graça viramos a direita e seguimos em direção a Salta na excelente RN09. Fizemos uma última parada na sombra de uma arvore e depois tocamos direto até Salta.

 

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Numa praça de pedágio aproveitei para marcar no GPS o endereço do Hostel que havíamos reservado. O contratempo do dia foi termos nos separado na entrada da cidade, mais fiquei tranqüilo pois o Marino também estava com o GPS ligado e alguns minutos após eu ter parado a moto na frente do Hostel eles encostaram.

 

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O nome do hostel que ficamos é Hostel Coloria e trata-se de uma casa de classe média, com uns 30 anos de idade, muito bem decorada, que nos leva de volta aos anos 80. a casa é bonita mais os equipamentos são antigos, é relativamente limpa e o atendimento mais ou menos, menos que mais, por termos ficado em um quarto muito pequeno com duas beliches achei que a economia não valeu a pena.

 

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Ao planejar a viagem pensei em ficar duas noites em Salta para poder ter um dia livre para conhecer a cidade. Essa idéia se mostrou muito boa, pois vale muito a pena e acaba dando vontade de ficar mais tempo.

 

Pela primeira vez chegamos com luz do sol no destino e após arrumar as coisas e tomar um banho, saímos em busca de um lugar legal para tomarmos uma cerveja e podermos bater um papo sossegado e sem pressa. Pergunta daqui pergunta dali e um argentino nos indicou um lugar chamado “Paseo Balcarce”, que a princípio achávamos ser um bar ou restaurante e depois descobrimos que se tratava de um trecho de uma rua com um monte de bares e restaurantes, que servem uma infinidade de pratos típicos, regado a uma boa cerveja além de música e dança regional. Bem legal! Era o que estávamos procurando!

 

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Escolhemos um bar na esquina e pedimos uma cerveja de litro chamada “Salta”, só para experimentar e a partir daí a Quilmes virou segunda opção. Ficamos curtindo o movimento no “Paseo” até um pouco mais tarde, pois no dia seguinte estávamos “de folga”.

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  • 2 semanas depois...
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Dia 18 de Novembro - 4º dia de viagem.

 

Apesar de termos ido dormir tarde na noite anterior e do cansaço acumulado dos três dias seguidos de viagem, acordei no horário de costume. Tomei um banho e desci para tomar café, fiquei esperando os colegas mexendo no computador que fica a disposição dos hospedes na sala de estar da casa.

 

Algum tempo depois já estávamos na rua com dois objetivos marcados para o dia, dar uma caminhada para conhecer os prédios históricos que ficam no centro da cidade e conhecer o teleférico que leva as pessoas ao alto do Cerro San Bernardo.

 

Por ser segunda feira as ruas estavam movimentadas com muitas pessoas e carros, num burburinho típico de cidade grande. Confirmamos a impressão do dia anterior que a cidade era bem grande e agitada além de bem limpa apesar da enorme quantidade de cachorros soltos nas ruas, cachorros de médio e grande porte que vagam pelas ruas em busca de alimento.

 

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Mas estávamos em lua de mel com a Argentina e achávamos tudo bem legal. Bem no centro da cidade na Plaza Nove de Julio encontramos uma casa de câmbio muito grande chamada Dinnar e lá trocamos mais Dólares em uma ótima cotação.

 

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Ficamos andando por ali batendo fotos e admirando a arquitetura dos prédios e não nos animamos em ir ao Museu de Arquitetura de Alta Montanha para ver as múmias e então decidimos partir a pé até a estação do teleférico que fica a umas 8 ou 10 quadras do centro.

 

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Apesar do forte calor, rapidamente chegamos à estação do teleférico, nos hidratamos e descansamos um pouco curtindo a bela arquitetura do lugar, pagamos o ingresso e subimos para apreciar a cidade de um ponto de vista diferente.

 

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È possível chegar ao topo do Cerro San Bernardo de carro ou de moto, mais acho que vale muito a pena ir de teleférico. Lá existe infra-estrutura completa para turistas, restaurante, bar, banheiro, além de feirinha de artesanato.

 

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Estávamos aproveitando o lugar, batendo fotos quando vi duas Falcon equipadas para viagem subir a estrada e pararem do outro lado do local, então eu e o Marino fomos ver. Eram dois Argentinos de Buenos Aires que estavam viajando pelo norte do pais, conversamos por um tempo com eles que se mostraram bastante curiosos em relação à XRE, depois pegamos o teleférico para voltar a cidade.

 

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A essa altura já se aproximava o horário do almoço e ficamos espantados pois a cidade estava vazia e o comércio de portas fechadas, aí lembramos que naquela região da Argentina o povo aproveita para fazer a cesta, devido ao forte calor do meio do dia. Assim a cidade para na hora do almoço e retorna a atividade depois da 16:00hs e o comercio funciona normalmente até às 22:00hs.

 

Encontramos um restaurante típico da Argentina e por insistência do Carlos entramos para experimentar a tão famosa “Parrilada”, acompanhada de uma”Quilmes 1890”, de minha parte gostei tanto da cerveja que lembre a Brahama como da Parrillada que além das carnes oferece uma variedade de miúdos de boi grelhados, os amigos não gostaram e o chinchulim que nada mais é que a tripa do boi, virou gozação no resto da viagem, pois tudo virou chichulim.

 

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Outro acontecimento foi termos feito amizade com uma jovem turista argentina a Celeste que mora na cidade de Córdoba, garota meio maluca e muito divertida, boa companheira de boteco, fã de rock dos anos 80, muito articulada e que à noite nos acompanhou ao Paseo Balcarce.

 

Saindo do restaurante, aproveitamos para comprar umas lembranças na única loja aberta e depois voltamos ao Hostel para descansar da parrillada, à noite curtimos mais uma vez o Paseo Balcarce, onde tivemos a oportunidade de saborear “una docena de empanadas de lhama” empurrada para baixo por mais alguns litros de “Cerveza Salta”.

 

Voltamos mais cedo para o hotel, pois no dia seguinte iríamos cruzar a grande montanha e chegaríamos a San Pedro do Atacama. De saldo essa parada em Salta no deixou a nítida impressão de que se esse fosse o destino da viagem ela já teria valido a pena.

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  • 2 semanas depois...
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Dia 19 de Novembro - 5º dia de viagem.

Salta x Purmamarca - 137Km

 

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Quando o errado da certo.

 

Já havíamos discutido na véspera o caminho a ser seguido para chegarmos a Paso de Jama, saindo de Salta, duas alternativa oferecem condições bem distintas para chegar a cordilheira, a primeira que é sair de Salta pela zona norte seguindo pela ruta 9, percorrendo 92 km até San Salvador de Jujuy, caminho esse recomendado pela beleza das paisagens, no entanto bem mais demorado e a segunda alternativa, sair pela zona leste (o caminho pelo qual chegamos) e seguir para San Salvador de Jujuy pela ruta 34, percorrendo cerca de 120km pela alto pista, onde a velocidade média é bem mais alta, apesar do transito.

 

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Antes das 8:00hs já estávamos de partida, deixando para traz o Hostel Coloria que tinha sido nossa casa nas últimas duas noites. Com o GPS programado fomos cortando a cidade e logo estávamos completando o tanque de gasolina em um YPF na saída da cidade, de onde tivemos nossa primeira visão clara da grande montanha, que preenchia o horizonte de Norte a Sul.

 

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Cordilheira dos Andes

 

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Estatua gigante do armadillo na saída de Salta

 

Seguindo as indicações do GPS e sempre tomando cuidado para não desrespeitar a sinalização, saímos da cidade e começamos a curtir o belo visual da Ruta 9. A estrada segue ao lado do leito seco do rio que é formado pelas águas do degelo da montanha, alguns quilômetros a mais e começamos a subir a serra que separa as províncias de Salta e Jujuy.

 

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A estrada vai serpentando, subindo a serra em curvas fechadas, que devidamente sinalizadas indicam a passagem de um veiculo de cada vez, pois a pista é de mão dupla e nas curvas só cabe um veiculo, então pela lógica a preferência é sempre do maior.

 

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Fomos bem econômicos nas fotos nessa parte da viagem, pois o dia seria longo e o melhor ainda estava por vir. Seguimos adiante e paramos no portal que indica a fronteira entre as províncias, a partir desse ponto começa-se a descer a serra. Passamos pela indicação de duas barragens que devem ser bem bonitas e com certeza deve valer a visita, mais não entramos para conferir, na seqüência a pequena cidade de El Carmem e a partir daí uma tocada só até San Salvador de Jujuy.

 

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No planejamento iríamos parar para abastecer as motos em S. S. de Jujuy, pois o próximo posto seria em Susques e talvez poderíamos ter problemas de abastecimento. Mais como estávamos meio que “viajando”, por não vermos nenhum posto nas margens da estrada tocamos direto.

 

A altitude subia rápido e a temperatura caia na mesma proporção e logo depois de S. S. de Jujuy, já podemos notar alguma diferença, tanto nas motos como nos pilotos.

 

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Passamos batido pelo posto da Gendameria que fica no entroncamento da Ruta 9 com a ruta 52 e eu fiquei com a nítida impressão de ter lido uma placa escrita a mão que dizia “Paso Jama cerrado”, não sei se os outros viram, eu fiquei grilado mais fingi que não vi e não comentei.

 

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Cegamos na cidade de Purmamarca e tiramos algumas fotos do Cerro de los 7 colores, na saída da cidade o Marino perguntou a respeito do meu combustível e eu disse que ainda tinha mais de meio tanque e alertei novamente que combustível agora só em Susques lá no meio da cordilheira. Decidimos então tentar abastecer em Purmamarca.

 

Perguntamos a uma mulher que nos indicou um deposito de materiais de construção como o único lugar que vendia combustível na cidade. Voltamos e encontramos o lugar, mais o proprietário lamentou que não houvesse recebido combustível e estava sem.

 

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Posto de combustível em Purmamarca

 

Conversamos um pouco e optamos em voltar e abastecer em Tilcara, pequena cidade que ficava a uns vinte e seis quilômetros de distancia. Tilcara está no caminho que deixa a Argentina com destino a Bolívia, numa região chamada “Quebrada de Humahuaca” e tem um forte apelo turístico sendo freqüentada principalmente por europeus.

 

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Posto em Tilcara

 

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Tilcara

 

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Turista europeu

 

Abastecemos em um grande YPF e aproveitamos para comer um lanche, pois já passava de 11:30hs. Aproveitei que um motorista de ônibus estava conversando com um frentista do posto e fui me informar a respeito da possível interdição do Paso e a resposta me veio como um soco no estomago. Segundo o motorista, o Paso estaria fechado por causa de uma forte nevasca, isso ia contra tudo o que eu sabia a respeito da região, pois essa passagem era a única fora o Túnel Cristo Redentor, que ficava aberto o ano todo, então não era possível estar fechado por neve!!!

 

Fui contar a novidade aos amigos e decidimos voltar até o posto da Gendarmeria onde tinha visto a tal placa, lá com certeza teríamos informações precisas.

 

Chegamos ao Posto da policia e de pronto fomos atendidos por um soldado da Gendarmeria que de imediato confirmou a interdição do Paso, mais por conta de greve da aduana chilena e não de neve, como pensávamos.

 

Estávamos discutindo o que fazer e já estávamos decididos a tocar assim mesmo para ver que bicho ia dar, quando um outro policial, dessa vez um sujeito bem mais velho e com uma patente bem superior interveio em nossa conversa e frisou com veemência que não deveríamos tentar seguir ao Chile, pois o “parô” não tinha previsão de termino e poderíamos ficar presos na cordilheira sem opção de entrar no país vizinho, sob pena de ter que voltar atrás.

 

O sujeito foi convincente de modo que desistimos de seguir adiante, enquanto decidíamos o que fazer, uma oficial vestida com um uniforme diferente dos demais, nos abordou e puxou assunto sobre a viagem e as motos e como já era de costume, meio que envergonhada pediu para sacar uma foto. Deu um berro ao soldado que estava perto, dizendo algo como:

 

- Andale, andade! Va buscar mi maquina!

 

Aí ela ficou ao lado do Marino e o soldado bateu umas fotos, depois ela pediu para eu e o Carlos também posarmos ao lado deles. Quando disse que isso já era de costume, me referi ao fato de tal sena já ter acontecido pelo menos umas três vezes na viagem, uma vez no segundo dia, quando duas mulheres cercaram o Marino e ficaram pedindo para eu bater a foto, outra vez no posto do Chaco e a terceira vez em Salta onde duas mulheres bem jovens e bonitas, acompanhadas de uma menina, ficaram se abrindo como para-quedas, pedindo para sacar uma foto com “lo brasilenho”. O grandão só dava risada!

 

Meio que perdidos, sem poder acreditar na falta de sorte, fomos procurar acomodações em Purmamarca, para esperar o dia seguinte e ver no que ia dar.

 

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Foi aí que o errado começou a dar certo. Pois após perguntar em algumas posadas o Carlos lembrou de uma que ele viu, meio que na saída da cidade, chegamos ao lugar que se chama El Refugio de Coquena e conhecemos o cara que viria a se tornar nosso amigo, o Orlando, gerente o hotel e gente finíssima.

 

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Orlando na véspera nos esperando na beira da estrada...hehe...

 

Acertamos o preço e fomos descarregar as motos para poder dar uma fuçada na internet e manter contato com parentes e amigos.

 

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El refugio do coquena

 

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A tarde estava fria, saímos para dar uma volta em Purmamarca e podemos curtir o clima da pequena cidade, paramos em um café e comemos uma empanada com refrigerante, compramos umas lembranças eu comprei um vinho bem baratinho para dar uma “calibrada” antes da janta.

 

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Rua de Purmamarca

 

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Rua de Purmamarca 2

 

Voltamos ao hotel e ficamos na recepção conversando com o Orlando e tomando o vinho que era muito bom (para meus padrões). A essa altura já era mais de 20:00hs, então o Orlando pediu licença e foi ao centro da cidade para comprar o nosso café da manha. Mais tarde nosso anfitrião nos acompanhou ao bar Peña entre amigos muito bom com musica ao vivo e ótima comida, onde fomos jantar.

 

 

Aproveitamos e curtimos o show do musico local Duende cardozo

 

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Marino

 

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Carlos

 

Tivemos um dia muito agradável, não estava programado, mais não poderia ter sido melhor, de modo que eu recomendo. Saído de Salta, parem em Purmamarca e aproveitem a cidade, de preferência fique no hotel de nosso amigo Orlando.

Link do hotel: http://www.elrefugiodecoquena.com.ar/

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Editado por Visitante
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Dia 20 de Novembro - 6º dia de viagem.

Purmamarca x San Pedro de Atacama

374km

 

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Acordei cedo e fui procurar noticias a respeito da greve da Aduana Chilena e para nossa alegria descobrimos que a greve havia terminado e como eles dizem lá “se levanto el paro”.

 

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Café da manha

 

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Saímos para trocar dólares, pois esse dia a mais na Argentina havia consumido o resto de Pesos Argentinos que tínhamos e necessitaríamos dinheiro argentino para mais uma abastecida em Susque e o almoço, além de deixar uma reserva para o dia que retornássemos para a Argentina.

 

Andamos pela cidade e em vários lugares encontramos quem trocava, mais todos com uma cotação irreal, quase no valor do cambio oficial, hehe... Andamos mais um pouco e uma jovem em uma loja ofereceu uma cotação mais perto da realidade $9,60 por dólar. Aceitamos e ela por telefone chamou o “irmão” que após uns quinze minutos apareceu e fez o cambio conforme combinado, cada um trocou US$ 50,00.

 

Voltamos ao hotel pagamos a conta, nos despedimos do amigo Orlando e partimos após as tradicionais fotos.

 

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Partindo do hotel

 

Ao sair de Purmamarca já se está subindo a Cordilheira, o visual é deslumbrante e em pouco tempo já estávamos nas curvas da Cuesta Lipan. Aí não tem jeito é um sobe na moto, roda um pouco, para, desce da moto, fica contemplando, bate foto e sobe na moto para rodar novamente, dessa forma os quilômetros vão passando devagar e o tempo vai voando.

 

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Cuesta Lipan

 

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Quando chegamos ao ponto mais alto do lado argentino (4.170 mts), um lugar chamado Abra de Potrerillos, já era mais de 11:00hs da manhã e ainda tínhamos muito chão para andar. A partir desse ponto a altitude diminui e eu já esperava pela chegada das Salinas Grandes quando resolvi parar para colocar mais uma blusa e a bala clava, pois o frio estava intenso. Tínhamos combinado que quando um parasse para bater fotos os outros seguiriam em velocidade mais reduzida sem parar de modo a não atrasar tanto a viagem.

 

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Local mais alto do lado argentino

 

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Entroncamento com a RN40

 

O desconforto por conta da altitude se fez presente e me fez lembrar os velhos tempos de infância quando eu padecia com a falta de ar provocada pela bronquite, acredite a sensação é a mesma, você tenta respirar e não tem ar.

 

Alguns quilômetros a mais e já pude ver ao longe as Salinas Grandes e fiquei pensando se daria para sair da estrada com a moto para bater umas fotos. Ao começar a atravessar a salina observei que a pista segue uns dois metros acima do nível do lago seco e eu não me animei em descer aquela altura com a moto.

 

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Salinas Grandes

 

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Vi o Marino parado à beira da pista filmando e o Carlos lá embaixo com a moto, o Marino fez sinal para eu passar para ele filmar, então decidi procurar um lugar mais fácil para poder descer também. Um pouco mais a frente cheguei a um retiro em que se faz comércio com artesanato de sal, parei ali para bater fotos e esperar os amigos.

 

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Logo eles chegaram e contaram que nas margens da estrada o terreno não é sólido e a lama poderia atolar as motos, inviabilizando qualquer tentativa de entrar ali com segurança.

 

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Ficamos um tempo por ali curtindo o lugar e comendo umas bolachas, quando reparamos em um gringo que chegou de Lander, com placa da Argentina ele levava uma traia bem leve, bateu umas fotos e partiu apressado, nós também partimos rumo a Susques.

 

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Altiplano argentino

 

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No altiplano tudo é bem árido, mais bem bonito e diferente, varias localidades iam passando e notei que o lugar não é desprovido de civilização como pensava. Campo Amarilo, Trez Pozos, Cerro Negro e varias estradinhas variantes que derivam da rodovia principal, levando Deus sabe para onde.

 

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A moto vinha respondendo bem até então, mantendo a velocidade constante (100km/h), embora o acelerador estivesse no talo, mais a partir da Salina Grande, começou a soprar um forte vento no sentido contrario que fez o rendimento da moto despencar, a velocidade ia caindo nas subidas e a moto pedia marcha, 4ª, 3ª, aí na descida ganhava velocidade e na subida caia novamente.

 

Seguimos nessa tocada, o Marino à frente nos esperando com sua Shadow e depois eu e o Carlos nos arrastando com nossas motos. Eu achava que a XRE ia dar uma surra na Falcon do Carlos que havia tirado o snorkel em Purmamarca, mais em nenhum momento a Falcon andou menos que a XRE, a única vantagem da injeção eletrônica da minha moto, foi o fato de ela não falhar. Ela ia perdendo força de forma linear ao paço que a Falcon, engasgava, tossia e peidava, como louca....hehe

 

Chegamos em Susques depois das 13:00hs, embora tivéssemos visto uma placa na cidade indicando YPF a 4km, decidimos abastecer ali mesmo e não arriscar. Abastecemos no posto de gasolina mais feio da Argentina e provavelmente com a pior gasolina do país inteiro. Não animamos em almoçar em Susques, rodamos mais uns 4 km e chegamos ao YPF.

 

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Cidade de Susques

 

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Posto em Susques

 

Aqui vai a dica que eu não tive. Esse posto 4km à diante de Susques dispõe de toda infra-estrutura, posto, restaurante e pousada. Não aconselho dormir lá por conta da altitude e do preço, mais em uma emergência, você não vai passar privação.

 

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Ficamos chapados com a beleza do lugar, parece feito para motociclistas, a propósito, havia na garagem umas dez motos grandes, todas com placa do Brasil, uns vindo e outros indo para San Pedro.

 

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No restaurante conversamos com o gringo da Lander que nos contou em um espanhol bem mais ou menos que era da Áustria e que estava em férias na Argentina e vinha rodando desde Buenos Aires, onde havia alugado a moto, ele comeu alguma coisa e saiu rapidinho. Almoçamos bem, comemos outro bife monstro com batatas fritas e refrigerante, enrolamos um pouco conversando com outros brasileiros depois batemos umas fotos e partimos rumo ao Paso Jama, isso depois das 14:30hs.

 

A viagem seguia rendendo pouco, por conta do baixo desempenho de nossas motos e por conta das paradas para fotos. Em um determinado momento passamos o gringo que estava batendo umas fotos, logo depois ele nos ultrapassou sem tomar conhecimento de nossa velocidade, acho que por conta da moto dele estar bem mais leve. Nós não o vimos mais.

 

Demorou uma vida para percorrermos os 150km que separam Susques do Paso Jama, quando chegamos lá já era quase 18:00hs. Paramos no enorme YPF que tem antes da aduana onde fizemos um lanche usamos o banheiro e abastecemos as motos.

 

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Posto de fronteira

 

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Salar de Jama

 

Em todos os relatos que li, a informação era que a saída da Argentina se dava no Paso Jama e a entrada no Chile era feita em San Pedro, mais para nossa surpresa quando chegamos ao Paso, nos deparamos com uma estrutura enorme, tudo novinho. Na qual na mesma sala se faz a saída e entrada Argentina x Chile e vice-versa.

 

A saída da Argentina é rapidinha já a entrada no Chile é mais demorada, por conta de uma revista soviética para inglês ver, pois eles olham tudo e não olham nada.

 

Após os tramites apresentamos um papel na guarita da Gendarmeria chilena do outro lado do complexo, ele levantou a cancela e a partir daí já estávamos rodando no Chile. Rodamos mais alguns quilômetros para chegarmos à placa que indica o limite internacional dos dois paises.

 

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Para minha frustração as fotos não ficaram boas por conta da posição do sol que batia bem na nossa cara, foi aí que me caiu a ficha......Puta merda olha a hora!! Ainda falta 160km para chegar em San Pedro!

 

Eu sabia que o trecho chileno da cordilheira era o mais alto e por conseqüência o mais difícil e com aquele frio se por algum motivo ficássemos presos à noite por ali teríamos problemas. Não quis preocupar os amigos então não comentei nada, mais na medida do possível tentei ir apressando as paradas. O Marino já estava meio diferente, não estava curtindo muito a altitude e também não animava muito em parar.

 

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Os quilômetros iam passando revelando as belezas do lugar, a cada curva uma nova e espetacular paisagem, montanhas, lagos, vulcões e gelo! Quando observei um trecho do acostamento coberto por uma camada de gelo, comecei a ficar preocupado. Ainda estávamos subindo e o sol já ia se esconde atrás das montanhas, aí o frio ia pegar para valer, tínhamos que nos mandar rapidinho.

 

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Atingimos o ponto mais alto da viagem, algo em torno de 4.800mts, não me lembro bem a altitude que indicava no GPS, mais eu acho que era 4.847metros acima do nível do mar (foto do GPS? Sem chance..hehe). A temperatura deveria estar em torno de uns 5ºC, na moto em movimento a sensação era de frio negativo.

 

A roupa que eu vestia se mostrou bem adequada, não sentia frio no corpo só nas mãos que ficavam duras, paramos e aproveitei para esquentar a mão no motor da moto, eu tinha mais dois pares de luvas baú mais como estava dando para agüentar resolvi não perder tempo procurando.

 

No limite do tempo, quando o sol sumiu no alto da cordilheira, nós transpomos a última montanha e começamos a descer e ganhamos mais alguns minutos de luz solar, nesse momento o Carlos deu seta e parou fez sinal com a mão para pararmos e falou.

 

- Cara não dá mais minhas mãos vão congelar, pega a outra luva que você tem aí para mim!

 

Pelo GPS eu observei que faltáva um pouco mais de 20 km para chegar em San Pedro, eu sabia que a altitude iria despencar mais de 2.000 mts nesses vinte quilômetros e que a temperatura lá embaixo estaria bem mais amena. Então eu disse isso ao amigo e o incentivei a agüentar mais um pouco, pois em minutos já estaríamos em uma situação melhor e que não valia a pena perder tempo ali.

 

Conforme íamos descendo podíamos sentir a temperatura subindo e em minutos já estávamos na entrada da cidade, iluminados pelas luzes dos postes. Paramos para esticar o corpo que estava tenso e duro pelo frio, aproveitei para telefonar para casa e contar que havia chegado a SAN PEDRO DE ATACAMA!

 

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Foto tirada no dia seguinte

 

San Pedro estava movimentada, seguimos o GPS, desviamos de uma rua, proibida para motos e carros e chegamos sem dificuldade ao Hostel Intipara.

 

Fizemos o chek-in com a mulher que tomava conta do hostel, que nos atendeu com educação mais sem muita simpatia (típico dos chilenos), guardamos as motos e nos acomodamos no quartinho que era bem apertadinho.

 

O Hostel Intipara é bem simples, mais muito limpo e relativamente confortável, o atendimento é competente e honesto, na véspera havia trocado e-mails com a responsável que entendeu a situação e adiou o nosso check-in sem custos.

 

Após arrumar as coisas e tomar um banho, eu e o Carlos saímos para dar uma volta, o Marino não quis sair. Aproveitamos para arrumar dinheiro chileno e comer alguma coisa.

 

Conversamos e resolvemos testar nossos cartões que até agora não tinham sido usados, achamos um Banco com caixa eletrônico que se recusou em nos dar seu dinheiro, perguntamos e encontramos uma bela farmácia que tinha em seu interior dois caixas eletrônicos. O cartão do Carlos negou fogo mais o meu não, fiz uma conta meio que de cabeça e saquei 150.000,00 Pesos chilenos para min e depois mais 40.000,00 Pesos chilenos, que emprestei para o Carlos.

 

Na minha conversão eu cortei 3 zeros e multipliquei por 5, então achei que teria algo em torno de R$ 1.000,00. Dinheiro suficiente para uns 4 ou 5 dias no Chile.

 

Eu tinha o desejo de conhecer o Café Adobe, então aproveitamos e fomos para lá. O lugar estava cheio e realmente não decepciona, vale muito a pena. Eu pedi uma sopa e uma garrafa de vinho de 1/4 (devia ter pedido 1/1...hehe..), o Carlos pediu outro prato que não me lembro, acompanhado de cerveja.

 

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Café Adobe

 

 

Jantamos e depois voltamos ao Hostel, pelas ruas escuras de San Pedro.

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  • 1 mês depois...
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Dia 21 de Novembro - 7º dia de viagem.

San Pedro de Atacama

70km

 

 

Apesar de não termos nenhum compromisso, acordamos relativamente cedo em nosso primeiro dia em San Pedro de Atacama. Por termos chegado à noite não conseguimos comprar nenhum pacote de passeio para esse primeiro dia, de modo que combinamos aproveitar a parte da manhã para explorar a cidade e na parte da tarde sairíamos para um passeio de moto com destino ao Vale de La Luna.

 

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Motos na garagem do hostel

 

No café da manhã encontramos um senhor brasileiro, o mesmo comentou que era de Recife e que sempre vinha de férias ao Chile e que essa era a primeira vez no norte do país. Ficamos escutando os comentários do sujeito, desfazendo de todos os lugares que tinha visitado, hoje tenho a impressão que o velho é um idiota, pois não da para ser “blasé” com as paisagens do Deserto do Atacama.

 

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Parte interna do hostel

 

Tomamos nosso café solúvel e saímos para a rua, batemos muitas fotos e aproveitamos para fazer cotação de preços dos passeios além do Marino e do Carlos trocarem Dólares por Pesos Chilenos é possível trocar Reais por Pesos Chilenos sem problemas em San Pedro.

 

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Fachada do hostel

 

O maior preço que encontramos para os passeios, foi o da agencia Grado 10 que leva os turistas em um caminhão amarelo adaptado, que tem um visual show, o menor preço foi o de uma agencia que não me lembro o nome, era quase a metade do preço da Grado 10 e oferecia praticamente as mesmas coisas, menos o caminhão, acabamos contratando dois passeios (Lagunas Altiplanas e Gêiser Del Tatio) para os próximos dois dias no próprio hostel com a nossa anfitriã e o valor saiu R$ 80,00 por pessoa, mais barato que o menor valor encontrado na cidade.

 

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Ruas de San Pedro

 

Em San Pedro os passeios partem bem cedo e a cidade fica vazia até à hora do almoço quando as excursões começam a voltar, aí fica aquela briga dos restaurantes fazendo de tudo para chamar a atenção dos turista.

 

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Ruas de San Pedro 2

 

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Ruas de San Pedro 3

 

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Clichê turístico de San Pedro

 

Uma mulher parada numa esquina com um cardápio na mão falando português, nos chamou e mostrou o cardápio com preços bem convidativos, concordamos e então ela nos acompanhou a um restaurante, que infelizmente não me lembro o nome, é pequeno e bem rústico, mais com o cardápio bem caprichado os pratos preparados com esmero por um chefe vestido a caráter. Infelizmente não bati nenhuma foto nem do chefe nem do prato.

 

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Cerveja Cristal, bem inferior a Cerveja Salta da Argentina, depois dessa aí, só tomamos no Chile Cerveja Corona.

 

Voltamos para o Hostel por volta das 13:00hs e fomos descansar, demos aquela dormida básica e lá pelas 15:30hs, já estávamos nos preparando para sair á rua com nossas motos. Decidimos sair de tanque cheio então partimos a procura do único posto de combustível de San Pedro.

 

Roda para lá, roda para cá e nada de achar, aí o Marino pediu informação para um taxi e uma tiazinha de meia idade que estava de passageira quase voou sobre o galã....UI mui rico...brasilenho... mui precioso....Rachei o bico de rir e a mulher fez o motorista do taxi nos levar até o posto de combustível.

Chegando ao posto, outra comédia, havia ali uma fila, pois estavam esperando descarregar combustível no posto e nessa fila havia umas cinco ou seis motos grandes, com placa do Rio Grande do Sul, BMW 800, Super Teneré 1200, Vstron entre outras, acompanhados por uma Hilux zerada, toda adesivada (carro de apoio). Quando eu encostei atrás, com minha XRE seguido pelo Carlos com a Falcom os olhares dos companheiros gaúchos foram cômicos, um deles até se afastou para nos ver melhor. Nossos cumprimentos foram respondidos com frieza, pois com certeza não éramos considerados, “motociclistas” a altura deles, então também não nos demos ao trabalho de conversar com eles.

 

Ficamos parados ali bem uns 40 minutos e quando partimos já era quase 17:00hs, encontramos sem dificuldades a entrada do parque do Vale de La Luna e lá fomos aconselhados a deixar o passeio para o dia seguinte pois já era bem tarde e daria para aproveitar pouco as belezas do lugar. Concordamos e não entramos, continuamos a rodar pela região aproveitando para bater fotos.

 

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Estrada, caminho ao Vale de La Luna

 

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Vulcão Licancabur

 

Voltamos para o hostel, tomamos um banho, secamos uma garrafa de vinho e fomos jantar. Íamos dormir cedo, pois no dia seguinte nosso transporte nos apanharia ás 06:00hs.

 

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Fomos surpreendidos com uma gentileza de nossa anfitriã (Consolação) que preparou para cada um de nós uma sacolinha, com café da manhã, dentro tinha, um lanche de presunto e queijo, um achocolatado, um pacotinho de bolachas e uma banana, achei bem legal isso da parte dela pois ela não tinha obrigação de fazê-lo.

 

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Nossa anfitriã Srta. Consolação, depois descobrimos que Ela é peruana e não chilena.

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