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Mochilão Croácia, Bósnia e Eslovênia - 19 dias - Junho 2014


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  • Membros de Honra

[align=justify][t3]Dia 11 – 20/06/14 – A melhor vista de Dubrovnik[/t3]

 

Ainda bem que a previsão do tempo estava certa e o sol saiu! Então minha programação deu certo. Como o tempo não estava dos melhores nos dias dessa viagem foi essencial o app do The Weather Channel, que me ajudou a programar melhor os dias para aproveitar o máximo possível.

 

Peguei o teleférico para subir até a fortaleza da cidade, custou 100 Kunas. Também dá pra subir por trilha, mas não sei qual é o esquema… Aparentemente não deve ser nada muito complicado. Lá em cima se tem uma vista fantástica da cidade! Dá para ver todo a cidade murada, os mar azulzinho e as ilhas próximas. Dentro da fortaleza funciona um museu sobre o cerco de Dubrovnik durante a guerra de independência da Croácia. A entrada é paga em separado, acabei não indo.

 

À tarde fui conhecer algumas das praias de Dubrovnik, que são um espetáculo de beleza. Fui em duas praias que me recomendaram no hostel, saindo dos portões da cidade deve-se seguir para a esquerda, no sentido oposto ao do porto e da rodoviária. A primeira praia fica a uns 5 minutos de caminhada do portão, é bem bonita e mais movimentada. Continuei andando por mais uns 10 a 15 minutos para chegar na segunda praia, que é igualmente bonita e mais vazia. Como a maioria das praias da Croácia elas são de pedra, então sinceramente não achei nada bom para nadar e curtir, mas que são lindas são. Imperdível fazer essa caminhada curtinha e com vistas lindas. Além disso na segunda praia tem também um hotel abandonado que dá para explorar.

 

Voltei para o centro e andei mais um pouquinho, estava rolando uma feira de comidas típica em um parque ao lado da fortaleza.

 

Para quem curte Game of Thrones, vários dos lugares que passei nesse dia foram set de filmagens, como o hotel e o parque, e além disso algumas cenas clássicas são filmadas das muralhas. Se você for mais fanático também rola um tour guiado por lá, é só perguntar onde você estiver hospedado que provavelmente vão saber te informar como conseguir.

 

Voltei para o centro para um almo-janta, comi um lasanha perto da fonte grande, saiu até barato para os padrões de Dubrovnik, mas nada muito especial que mereça ser recomendado… E depois disso foi fazer as malas para acordar bem cedo e explorar a Bósnia no dia seguinte.

 

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A vista do teleférico

 

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Dubrovnik vista do alto

 

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A praia mais próxima do centro antigo em Dubrovnik

 

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Olha a cor desse mar!

 

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Na praia em Dubrovnik

 

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Hotel abandonado

 

Gastos do dia:

Café da manhã – 55 Kunas

Cable car – 100 Kunas

Cerveja – 8 Kunas (mercado)

Sorvete – 14 Kunas

Almoço – 79 Kunas[/align]

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[align=justify][t3]Dia 12 – 21/06/14 – Mostar[/t3]

 

Logo que o sol nasceu saí do hostel para ir pra rodoviária (dessa vez sem dormir!) pegar o busão para Mostar, que saiu 8h. No começo a viagem é voltando pela mesma estrada que vem de Split, até de chega na fronteira com a Bósnia e aí entra pro interior do país. A viagem não foi muito longa, pouco depois das 11h já estava em Mostar. Fui direto no guichê comprar a passagem para Sarajevo na mesma tarde. Achei mais conveniente pegar o ônibus das 15h. Antes disso seria muito corrido, e depois disso o próximo só sairia às 18 ou 19h, não me lembro bem, mas achei que já seria muito tarde. Paguei a passagem em euros e peguei o troco em marcos para não precisar fazer câmbio, e realmente não é necessário, pois em tudo lá aceitavam euros, pelo menos nas duas cidades que eu passei, Mostar e Sarajevo. Além de comprar a passagem por 25 marcos ainda paguei 2 marcos no próprio guichê de vendas para guardarem a minha mochila.

 

A parte turística de Mostar é bem pequena, e percorri tudo a pé. O que realmente vale a visita é a vista da ponte que é linda, o rio tem uma cor incrível em dias de sol, e a arquitetura islâmica dá um charme na cidade. Recomendo subir no minarete da mesquita Koski Mehmed Pasha, que tem a vista mais bonita da ponte, e ainda se pode ver toda a cidade.

 

Se você ainda não percebeu, Mostar é uma cidade islâmica, e toda a Bósnia é um país de maioria islâmica. Foi minha primeira vez em um país com essa cultura, e fiquei apaixonada!! A arquitetura, o movimento do comércio, os artesanatos, é tudo tão diferente do que estamos acostumados. Como não sabia o quanto tradicionais os bósnios eram nesse dia fui para Mostar de calça e uma blusinha de manga, apesar do calor, mas eles são um povo bastante moderno e liberal, além do mais o país tem quantidade considerável de outras etnias, então não precisa ter uma preocupação tão grande com as roupas, só evite shots curtos, se não quiser atrair muitos olhares. Somente para entrar nas mesquitas é que exige um certo respeito, é bom usar calça ou saia longa e cobrir os ombros.

 

Agora escrevendo esse relato só me vem na cabeça coisas boas de Mostar e com toda certeza vale a visita, mas preciso falar de uma coisa que me incomodou bastante quando estava lá, que foi a quantidade de turistas. Por causa da proximidade com Dubrovnik, várias agências de viagem fazem tours de um dia em bate-e-volta, então a cidade estava lotada, e como o centro histórico é pequeno e as ruas de pedra são estreitas, tinha horas que chegava a formar engarrafamento de gente! Fiquei super irritada e acabei ficando menos tempo do que queria nessa área por isso.

 

Então resolvi sair do centro histórico, no caminho comi um burek, que é um tipo de massa folheada que eles comem por lá e tem várias opções do recheio, os mais comuns são carne, queijo, frango e espinafre. Achei uma delícia e então nesses dois dias que passei na Bósnia minha alimentação foi à base de burek de diferentes sabores rsrs. Na Croácia eles também comem, mas não vi em muito lugares… Segui para a outra parte turística de Mostar, que é a região do antigo front da guerra na cidade. Para ser sincera, se você quiser ver ruínas da guerra na Bósnia não precisa procurar nenhum lugar específico. É só andar por uma rua qualquer, em uma cidade qualquer, as marcas estão em todos os lugares. Mas em Mostar tem alguns prédios que são símbolos importantes e vale a pena passar para ver.

 

A essa altura já estava na hora de pegar o ônibus e voltei para a rodoviária. Cheguei em Sarajevo no fim da tarde, comprei logo a passagem de ônibus para Ljubljana para a noite seguinte, e ainda deu tempo de jantar outro burek e dar uma voltinha à toa pela cidade que estava super animada porque naquela noite tinha jogo da Bósnia na Copa do Mundo. Obviamente perderam e foram eliminados, e eu nem aguentei ficar acordada até a hora do jogo que começava meia noite.

 

Fiquei hospedada no hostel Travellers Home, altamente recomendado! Hostel pequeno, bem arrumado, super limpo e bem tranquilo, além de muito bem localizado, pertinho de tudo. Só não é muito perto da rodoviária e da estação de trem (elas ficam uma do lado da outra) e para chegar no hostel peguei um tram, mas dá para ir andando também, leva uns 20-25 minutos.

 

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Rua do bairro histórico de Mostar

 

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Mostar

 

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Mostar

 

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A ponte vista do alto do minarete

 

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Mais uma vez a famosa ponte

 

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A ponte de Mostar

 

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Escola de Musica de Mostar, no front da guerra

 

 

Gastos do dia:

Ônibus do Pile Gate para a rodoviária de Dubrovnik (1b) – 12 Kunas

Colocar a mochila no bagageiro – 10 Kunas

Ônibus de Mostar para Sarajevo – 25 marcos

Guarda-bagagem – 2 marcos

Burek – 3 marcos

Coca – 1,10 marcos (mercado)

Minarete – 8 marcos

Banheiro na rodoviária de Mostar – 1 marco

Souvenir – 3 marcos

Colocar a mochila no bagageiro – 1 marco

Ônibus de Sarajevo para Ljubljana – 45 euros

Tram em Sarajevo – 1,80 marcos

Hostel (1 noite) – 19,50 marcos

Burek – 3 marcos

Água (2L, mercado) – 1,05 marcos[/align]

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  • Membros de Honra

[align=justify][t3]Dia 13 – 22/06/14 – Sarajevo[/t3]

 

Esse seria meu único dia em Sarajevo, então acordei cedo para aproveitar o máximo. Como era domingo os museus fechariam ao meio dia, então reservei a parte da manhã para a visita de um deles. Existem 2 museus principais em Sarajevo. O Museu do Túnel fica afastado do centro da cidade e conta a história do cerco de Sarajevo e é possível visitar uma parte do túnel que ligava a cidade ao aeroporto, por onde chegavam os suprimentos. Tem também o Museu Histórico da Bósnia e Herzegovina, que foi o que eu escolhi para visitar, teoricamente tem uma visão mais ampla da história do país, mas o museu ainda está em construção e por enquanto a única coisa disponível é uma grande sala sobre a história do cerco e os crimes de guerra. O museu é muito interessante, mas eu esperava ver mais coisa sobre a história do país… Infelizmente muitos museus estão desativados desde a guerra, e os que estão abertos tem suas restrições, por mais que já tenham se passado cerca de 30 anos da guerra, o país ainda está se recuperando.

 

Fui para o museu andando, apesar de não ser pertinho, levei uns 20 minutos para chegar lá. Fica perto da rodoviária e da estação de trem. O caminho foi bem interessante, fui andando pela beira do rio e dá para ver os contrastes de uma cidade em recuperação. Várias fachadas cravejadas de balas contrastando com as estruturas modernas dos shopping centers e com a interessante nova ponte em frente ao Museu de Arte Moderna. Soma-se a isso vários canteiros de obras espalhados pela cidade.

 

Na volta do museu também fui andando de volta, desta vez por uma das principais avenidas da cidade, a Marsala Tita. Passei pelo monumento para as crianças mortas na guerra, pela chama eterna, até chegar ao bairro de Bascarsija, que foi o que eu mais gostei na cidade. O bairro é composto por várias ruelas cheia de lojas, restaurantes e cafeterias, tudo no estilo árabe. As grandes atrações do bairro são a Mesquita Gazi Hüsrev Bey Camii e a praça principal com sua fonte que é símbolo da cidade.

 

Depois segui para a ponte latina, um dos pontos mais importantes na história da cidade. Quando você estava na escola com certeza ouviu um milhão de vezes a história do assassinato do arquiduque austro-húngaro Francisco Ferdinando que deu início à Primeira Guerra Mundial. Pois bem, foi nessa ponte que morreram ele e sua esposa Sofia, e foi da esquina logo em frente que Gavrilo Princip disparou o tiro, existe uma placa marcando o local. Isso tudo aconteceu há 100 anos, em 28/06/1918. Lá tem também um museu sobre a dominação do Império Austro-Húngaro em Sarajevo, mas como estava fechado não sei dizer se vale a pena.

 

Uma coisa que acaba passando despercebida mas é que é legal reparar são as marcas no asfalto deixadas pelas explosões da guerra conhecidas com Sarajevo Roses, pela forma como lembram pétalas de rosa. Muitas delas são preenchidas com cera, e ficam como lembrança das marcas da guerra. É possível encontrá-las em vários lugares pela cidade.

 

Já estava chegando o fim da tarde e voltei para o hostel para pegar minha mochila e ir para a rodoviária. Dessa vez fui a pé para aproveitar e comer alguma coisa no caminho. Acabei parando no McDonalds da Marsala Tita, toda feliz achando que ia comer uma especialidade local, mas não tinha nada de diferente nos sanduíches… Pra quem não sabe o Mc Donalds tem sanduíches diferentes ao redor do mundo, geralmente inspirados por alguma coisa da culinária típica local, e eu que já adoro comer porcaria sempre faço uma visitinha para experimentar. Dessa vez minha decepção foi grande ao não encontrar um Mc Burek rsrs.

 

Preferi fazer o trajeto de Sarajevo para Ljubljana de ônibus, em primeiro lugar porque eu prefiro viajar de ônibus, e em segundo lugar porque o trem não é direto, é preciso trocar em Zagreb, o que de madrugada não seria legal. O ônibus era da Eurolines, era confortável, mas não tanto quanto os brasileiros, e o bom é que estava vazio. Daria pra dormir bem se não fosse toda hora ter que parar para a imigração, porque tem que cruzar a Croácia no caminho.

 

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Na frente desse prédio cravejado de balas ficava um shopping center super moderno

 

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O famoso Holliday Inn, hotel onde ficavam os jornalistas na época da guerra e que muitas vezes foi alvo

 

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Placa no Museu Histórico da Bósnie e Herzegovina que indicava a Avenida dos franco atiradores na época da guerra

 

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Praça da fonte

 

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As ruas de Bascarsija

 

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Foi daqui que Gavrilo Princip atirou para matar Francisco Ferdinando e começar a Primeira Guerra Mundial

 

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Há 100 anos atrás…

 

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Sarajevo Roses

 

 

Gastos do dia:

Museu – 5 marcos

Burek + coca – 5 marcos

Sorvete – 1 marco

Souvenir – 24 marcos

McDonalds – 18,50 marcos

Banheiro na rodoviária – 1 marco

Mochila no bagageiro do ônibus – 2 marcos[/align]

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  • Membros de Honra

Oi Ana, obrigada!!

A viagem acabou saindo até mais barato do que eu esperava. Não foi a viagem mais barata que eu fiz, mas também não é tão caro quanto os países mais badalados da Europa. Na Croácia e na Bósnia dava pra comer em bons restaurantes gastando bem menos que no Brasil, e a hospedagem lá também é mais barata do que aqui. COmo as cidades lá são pequenas eu fazia quase tudo a pé, então de transporte só gastava o deslocamento entre as cidades, e não precisei usar avião. Já a Eslovênia é um pouco mais cara... Mas também nenhum absurdo, já já posto essa parte do relato.

Ainda não fechei certinho a conta dos gastos, mas acredito que no total gastei entre 6.000 a 6.500 reais, sendo que mais ou menos a metade disso foi só a passagem aérea que foi carésima porque comprei em cima da hora

Então classificaria como um destino de gasto médio... não foi super barato mas também está longe de ser uma viagem muito cara

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  • Membros de Honra

Em média os trajetos são de umas 4 a 5 horas, dá pra encarar tranquilo.

De Sarajevo pra Belgrado também não é longe, deve ser mais ou menos esse tempo, talvez um pouco mais por causa da imigração. Sei que tem ônibus direto porque vi na rodoviária, mas não sei te dizer horários...

O único trajeto longo que eu fiz foi de Sarajevo pra Ljubljana, que foi uma noite inteira, mas mesmo assim foi tranquilo, a maioria das fronteiras por lá nem precisa descer do busão

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