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Madri, Paris e Roma - 14 dias - SOZINHA - Mar/2015


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Prezados (as),

 

É com muita alegria que eu compartilho o relato da minha viagem pela Europa.

 

Com alegria, pois como sempre o mochileiros.com me ajudou muito mesmo.

 

Lógico que nem todo o planejamento sai “redondo”, mas essa é uma fase imprescindível de uma viagem bem sucedida e o fórum ajuda muito. Além de estudar, estudar, estudar e estudar, até para poder ter dúvidas e ai sim lançá-las no fórum, lógico que se não houver respostas para elas.

 

O relato ficou beeeeeem longo, mas tentarei fazer o máximo para ser o mais esclarecedor possível. Nada substitui o in loco, mas um bom relato ajuda muito e motiva. Pode ser por isso que ando falando tanto dessa viagem. Vá gente, vá... A vida é curta e o mundo é enorme para ficar esperando a coragem chegar. A coragem chega conforme a necessidade.

 

Outra coisa que inclui no meu relato foram os custos, por uma necessidade minha de ter um controle sobre eles e não passar sufoco! Arredondei para mais todos os gastos em caso de ter centavos!

 

Pelo que eu li para ir à Europa é necessário comprovar no mínimo €80/dia. Levei €100 para me garantir, mais dois cartões de crédito internacionais, mais um montante em reais. Quem chegar até o fim verá que foram bem poucos os dias que gastei €100 ou mais (o mais era um pouquinho mais). Gastei em média €50 por dia! Voltei com muitos euros para casa (para a próxima viagem hehehe)

 

Minhas viagens envolvem duas prioridades: comer tudo o que eu quiser e fazer todos os passeios que eu sentir vontade!

 

O restante é superfulo (para miiiiimnhê) ::ahhhh:: . Então todas as minhas hospedagens foram em hostels, e exceto um deslocamento (que eu vou explicar o porquê), todos os demais foram feitos com tranquilidade por transporte público.

 

Ahhhh também sou extremamente diurna... Ando muito, muito mesmo e fico sem forças para a night. Não sou mais tão novinha para conseguir passear de dia e ir para balada a noite... Então não teve balada!

 

Que os leitores desse relato possam ir comigo! ::love::

 

Boa viagem para nós!

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1.O começo de tudo!

 

O sonho de ir para a Europa era antigo. Mas sempre pesou o quesito companhia, dinheiro, blábláblá... Há alguns anos aprendi a viajar sozinha e comecei a curtir muito isso!

 

Ano passado foi um ano muito pesado em relação a trabalho. Consegui juntar um dinheiro e decidi que iria para a Europa em 2015. DECIDIR e MENTALIZAR são duas palavras muito fortes. Tão fortes que fui contemplada pela promoção/erro/seja lá o que for da KLM. ::love:: #ObrigadaEstagiário

 

Comprei um voo Rio de Janeiro – Madrid. Sou de Brasília, mas para esse deslocamento eu dava um jeito fácil. Comprei a passagem em dezembro. Viajei em março. Pouco tempo para se planejar... E no mesmo dia comecei a fazer isso exaustivamente.

Pesquisei blogs, fóruns, guias de viagens, li muitos relatos. Fiz uma planilha de custos.

 

Primeiros custos que vos apresento:

 

Passagens: Todas compradas no Brasil com cartão de crédito. Por orientação de amigos e de colegas aqui (thanks) comprei franquia de bagagem em todas as low cost (e foi mais que fundamental fazer isso, recomendo comprar pelo menos o mínimo – como eu fiz – que varia bastante de acordo com a companhia. (todos os valores com taxas).

 

Brasília – Rio de Janeiro – Avianca – R$ 120

Rio de Janeiro – Madrid – Rio de Janeiro - KLM – R$ 666 (tive medo desse número kkkkk)

Madrid – Paris – Easy Jet – Aprox € 62 (com 20 Kg de bagagem de porão a €15)

Paris – Roma – Vueling – Aprox € 58 (com 23 Kg de bagagem de porão a €15)

Roma – Madrid – Ryanair - € 64 (com 15 Kg de bagagem de porão a €15)

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1.A ida

 

No dia 8/3 fui de Brasília para o Rio de Janeiro, do Rio de Janeiro para São Paulo de onde partiria o voo que passava por Amsterdam antes de chegar a Madrid. Foram 28 h de viagem. Pelo preço que paguei não tenho e nem posso reclamar. Sou apaixonada por aviação... Para mim, voar é uma dádiva, mesmo que com esse tanto de conexões seja cansativo.

 

Sobre a KLM

Gostei muito da companhia. Sou uma pessoa muito simples, então é difícil não me agradar kkk

 

Pontos a favor: entretenimento com bons filmes (alguns em estreia no Brasil kkk), serviço de bordo muito bom (tem comida direto... gostei da comida... adorei ter amarula a bordo kkkkk), tripulação extremamente simpática.

 

Pontos contra: O espaço entre as poltronas era muito pequeno. Quase igual ao da gol kkkkk (passei a amar a gol depois que conheci a ryanair kkk). Não sei se senti mais o aperto porque fui na cadeira do meio (quando fui marcar assento não tinha mais corredor nem janela!)

 

Cheguei por Amsterdam numa conexão super curta. A imigração foi tranquilíssima. Tenho cara de imigrante, né... então antes que eu abrisse a boca ou mostrasse o passaporte o agente já me cumprimentou com um bom dia tão do fundo do coração dele, que me senti tranquila. Ele me pediu a passagem de volta e só.

Fui para Madrid em um outro voo da KLM, 2h30 de viagem, extremamente tranquilas.

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2.Madrid

 

Chegada/Dia1.

 

A chegada ao primeiro lugar é sempre a mais tensa. Quando você pega as bagagens pensa na hora... Agora é a hora de começar a praticar o que estudei tantoooo.

 

Sair do aeroporto de Madrid de metrô é muito simples. Se estiver com pouca bagagem, pelo amoooor, não invente de pegar táxi! Baixei o mapa do metrô para saber das conexões que precisava fazer no metrô, fui seguindo a sinalização até chegar ao metrô (muito bem sinalizado!). Comprar os bilhetes de metrô nas máquinas parece assustador, mas é muito intuitivo. Embarquei, fiz as conexões e cheguei a estação Anton Martin, bem perto do hostel que escolhi.

 

Sobre o hostel:

Escolhi o Living Mad. Super recomendo. É muito bem localizado, preço justo, limpo, com um café da manhã de hostel (que a gente não pode esperar muito... mas justo!). Os únicos deslocamentos que fiz sem ser a pé foi aeroporto-Madrid e Madrid-aeroporto (tá, andei muito, mas em Madrid compensa e é factível).

Paguei €33 por 3 diárias.

 

Instalada, com roupas limpas e de posse de um mapa fui circular pela cidade.

Como era o dia da minha chegada, não me impus um destino... fui caminhar para sentir a atmosfera do lugar, já era fim de tarde, fui a Puerta del Sol e caminhei pela Gran Via. Jantei, visitei algumas lojas de roupas, voltei a Puerta del Sol para sentar e sentir... Cidade incrível!!!

 

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Gastos do dia:

Metrô: €5

Frapuccino no Starbucks: €5

Dois monaditos no 100 monaditos (era promoção e adoreeei essa rede! Recomendo!) €1

Adaptador de tomada: €5

Imãs de geladeira: 3 por €5

Água: €1

Hostel: €33

Total: €55

 

Dia 2 – Vamos andaaaarrr!!!

 

A cidade é incrível de ser percorrida a pé!

Peguei meu mapa e fui em direção à estação de atocha. Comprei mais monaditos no caminho (hahaah gostei mesmo) e fui em direção ao Parque do Retiro. Que lindo!!! Merece o tempo que você tiver... Merece um piquenique.

 

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Andei bastante no parque (quase meio dia), fui em todos os atrativos, e sai dele em direção a Gran Via (passei por praças, bibliotecas e lugares turísticos que estavam no mapa). Minha intenção era comer em alguma das lojas do museo del jamon. Comecei a comprar algumas coisinhas. Parei numa loja do museo e comi um pão com presunto de verdade e a famosa sangria da qual virei fã (e alcoólatra). Uma das primeiras provas de que nós brasileiros somos amados demais é... Ganhei comida de grátis do garçom... kkkkkk... Não sei muito bem o que era, me pareceu um cozido de carne com lentinhas. Tive que recusar porque o sanduiche era gigante e eu não tava dando conta nem dele!

 

Como os espanhóis fazem muito bem, fui à Plaza de España para tirar minha siesta. Depois retornei em direção à Puerta del Sol, passei na FNAC e em algumas outras lojas e sai perambulando... Congresso... Jardim Botânico... Parei na porta do museu do Prado com a intenção de entrar... Mas eu não sou muito chegada a museus... Avaliei se era melhor eu ir ao museu para dizer que fui lá e cumprir um protocolo ouuuuuu sair perambulando como eu tanto gosto! Fiquei com a segunda opção e andei, andei, andei até chegar na Puerta del Sol de novo, mas por um outro caminho (a cidade é muito intuitiva e pequena – pelo menos a parte turística)... Resolvi ir à calle fuencarral, pois precisava de um casaco que resistisse ao frio de verdade. E lá é o antro das coisas boas de comprar... E ai vai uma dica: se você precisar de comprar alguma coisa, compre em Madri... Os preços são bem melhores do que o das outras cidades... Comprei coisas realmente necessárias... Outras nem tanto... Jantei por ali... Andei mais e mais... Até estar esgotada!

 

Gastos do dia:

Monaditos: €2

Regalos: gorro, luvas e outros cacarecos: €8

Starbucks: €5

“Almoço” – Sanduiche e sangria: €3

Suco - €2

Duas camisas: €22

Uma mochila pequena, uma toalha dry fit, um fleece e mais algumas coisas que não lembro: €33 (a mochila foi €11 e o fleece foi €10)

Lanche completo numa rede espanhola que não lembro o nome agora (sanduiche, batata e refri) €7

Total: €83

 

Dia 3.

Andei um lado inteiro da cidade no dia anterior... Foi hora de conhecer o outro lado.

 

Comecei indo pelo bairro de La Latina até a Porta de Toledo. Depois fui em direção à Catedral e ao Palácio Real. A Catedral estava fechada pois havia um evento na hora que fui (tinha muita imprensa!). Fui ao palácio... Eventos também... O rei estava recebendo visitas, o trânsito estava todo fechado e a porta do palácio estava cheia de turistas tentando entender o que estava acontecendo... Foi interessantíssimo... Desfile de carros lindos... Carruagens... Cavalaria... Se o rei passou em um deles eu não reconheci kkkkkk

 

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Depois fui a Plaza Mayor e a chocolateria san ginés, que vale a visita tooooodos os dias, pelo incrível churros com chocolate que tem lá (não me lembro onde peguei essa dica, mas agradeço demais... demais mesmo!). Depois fui comer mais no Mercado San Miguel, que também vale muito a visita... Tapas... Presunto... E sangría (bebuuuuummm)

 

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Voltei a Catedral para ver se já estava aberta e consegui entrar... Momento de agradecer muito a Deus pelo passeio e de... descansar... Deus que me perdoe, mas as igrejas são ótimos lugares de descanso!

Depois da siesta na catedral(auiauiauiauiauia) voltei a andar... Jardins de Sabatini e um outro parque gigante que não lembro o nome agora... Tentei ir ao teleférico, mas estava fechado! Massssss teleféricos sempre valem a pena, então fica a dica! Programei um piquenique no parque que era lindoooo, mas quando fui procurar um mercado para comprar as coisas do piquenique me perdi (adooooro) e acabei indo parar meio longe do parque, como já estava cansada abortei a missão e voltei à querida Gran Via com a sensação de dever cumprido hahahaha

 

Gastos do dia:

Chocolate com churros na san ginés: €4

Sangría: 3

2 tapas: 2

Compras no supermercado (sanduiche, suco e algo que não lembro mais) €4

Frapuccino no Starbucks: €5

Remédio para dooooor no corpo: €5

Monaditos: €2

2 carteiras de couro: 6

Mais presentes que eu nem lembro mais o que foi: €9

Total do dia: €69

 

Dia 4.

Como eu já havia percorrido todos os principais pontos da cidade e teria que ir ao aeroporto às 13h, resolvi fazer um repeteco do que havia de melhor...

Amanheci na chocolateria comendo os churros com chocolate... E no mercado comendo tapas com sangria kkkkkkkkkk

Organizei minhas coisas, e parti, com dor no coração de deixar Madrid... Eu me apaixonei pelo pouquinho que tive oportunidade de ver da cidade!

 

Gastos do dia (inclui um táxi em Paris):

Chocolate com churros: €3

Sangría: €3

Tapas: €3

Remédio: €5 (como estava com muita dor, sou fluente em espanhol e mal sei falar oi em francês, resolvi me garantir comprando os remédios que eu precisava em Madrid)

Metrô: €5

Lanche no aeroporto: €7

Táxi em Paris: €25 (me explicareeeeeeiiii)

 

Total: €50

 

 

3.Madrid – Paris (Easy Jet)

 

Hora de partir para Paris pela Easy Jet. E hora do segundo imprevisto da jornada (o primeiro foi quando passei super mal, com uma crise de labirintite no voo de ida).

O avião que iria nos levar estragou na decolagem e não pôde prosseguir. Até tentaram consertar, mas não dava. Resultado: 7 horas de atraso até chegar um outro avião.

A companhia deu voucher no valor de €9 para o lanche. E achei louvável a atitude do piloto de pedir desculpas para todo mundo, um a um.

Mas o atraso me desestabilizou. Tinha programado meu deslocamento do aeroporto para Paris de trem. A 1h da manhã não tem trem. Teria que ser fatalmente de táxi.

Conheci alguns brasileiros que resolveram se juntar na fila do táxi. Resolvemos rachar um táxi. Mas na fila do táxi, descobri que eu achava que algumas meninas iriam para o mesmo hostel que eu. Resolvi me juntar a elas. O hostel era o mesmo, mas a localidade não! Enfim, no fim o taxista resolveu deixá-las e me deixar depois. Confesso que tive MUITO medo... Mas já estava na merda... não tinha muito o que fazer a não ser pedir a calma e a proteção divina. Acho que Deus é mochileiro, porque é cada uma que a gente passa e que no fim dá certo, que no fim a gente ri e agradece!

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4.Paris

 

Sobre o hostel: Eu escolhi o Christopher Inn da Gare Du Nord. Em Paris é tudo muito caro. Hostels também. Então depois de pesquisar bastante escolhi esse hostel pelo custo-benefício. O hostel tem uma estrutura excelente. Um dos melhores que eu já me hospedei nessa vida bandida mochileira. Acho que a melhor parte dele são as camas, com cortinas, que dão privacidade mesmo em um quarto coletivo! E na cama tem lâmpada individual, tomada, carregador USB. No quesito cama com certeza foi a melhor que já tive em hostels. O local é limpo, tem um bar super bacana embaixo, café da manhã dentro dos padrões de hostel, com Nutella (apaixoneiiiiiii muito com Nutella no café da manhã ::love::::love::::love:: ). Tem uma lavanderia no último andar. Staff ok. O ponto negativo é a localização. Por mais que esteja a 2 minutos (cronometrados por mim, pelo medo kkkk) da estação ainda assim não me senti segura andando ali pela madrugada. Eu voltaria, mas me planejaria para chegar e sair durante o dia (e pelo destino e por mongolice minha eu acabei chegando e saindo de madrugada!).

Foi minha única despesa no cartão de crédito! Fiquei com medo de pagar no dinheiro e talvez ficar sem para alguma coisa. Foram €150 para 5 noites.

 

 

Sobre a cidade: Paaaaaris... é absoluta de linda... é tudo o que a gente sempre sonhou misturado a tudo o que a gente viu. Massss confesso que me senti muito insegura na cidade. Algumas estações de metrô são esquisitas, com gente esquisita e cheiro de xixi. Em alguns pontos turísticos há constantes avisos sobre a presença de batedores de carteira. Ouvi relatos de gente que foi assaltado, vi gente gritando a polícia do alto da torre, vi o exército andando com armas pesadas em vários lugares. Mas vamos lá...

 

Dia 5.

Acordei disposta a ver um dos maiores sonhos da minha vida! A torre Eiffel! Chegar lá (e em tudo) de metrô é bem tranquilo. Com um mapinha e os bilhetes está tudo feito! Ahhhh segui alguns conselhos e comprei logo a cartela com 10 bilhetes. Em quatro dias dá para usar tudo e necessitar de alguns. Para testar a máquina, comprei primeiro um para depois comprar os 10 (medo de não saber operar o negócio e perder o dinheiro). Mas assim como em Madri a máquina é nem intuitiva e tem opção de idioma em inglês e espanhol, o que facilita nossa vida!

 

A visão da torre é uma das visões mais lindas da vida. Não me cansei de olhar, tirar fotos e me emocionei muito! Desci no Trocadero (onde fica o metrô) e fui caminhando... E esse sonho ficava mais perto! Olhei todos os ângulos. Tirei fotos de todos os ângulos. Depois de muito tempo, ainda sem estar acostumada com a cidade passei a andar nos arredores. Tem uma rua liiiinda muito pertinho da torre. Nela tem umas frutarias lindinhas e coisas muito interessantes para se comer (para todos os gostos e bolsos)... Fica no caminho da torre para o museu dês invalides. Perambulei pelos lados desse museu e depois andei mais em direção ao sena e a champs elisee... Sinceramente eu estava meio perdida por estar ali... Acho que comprometeu minhas funções cerebrais. Peguei o metrô em direção a montparnasse. Chegando lá andei, andei e andei... depois peguei outro metrô de volta para perto da rua que eu tinha gostado. Lá comprei algumas comidinhas para um piquenique na torre (era um sonho, brega, mas sonho não se escolhe). Voltei para a torre e fiz meu piquenique. Fiquei esperando até o fim da tarde para subir, pois queria ter a visão da cidade no claro e no escuro (vale a pena fazer isso).

 

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Perdi a noção do tempo que eu passei lá em cima. É muito lindo e muito frio kkkkkk Quando anoiteceu desci e ao chegar de volta ao trocadero fui presenteada. As 20h acende-se umas luzes tipo pisca-pisca. Se a torre por si já tem uma iluminação perfeita, piscando é... indescritível! Ela pisca por 2 ou 3 minutos, mas não sei se isso ocorre sempre!

Voltei para o hostel que nem uma bobalhona... Feliz!

 

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Gastos do dia:

Metrô: €18

Crepe de Nutella: €4

Água, suco e sanduíche no supermercado: €3

Quiche e macarrons: €8

3 imãs de geladeira: €5

 

Total: €38

 

Dia 6

Confesso que o começo do 6º dia foi meio tumultuado! Conheci uma indiana super gente boa no hostel que pediu para passear comigo... Até ai tudo bem, nas viagens a gente pode conhecer gente legal... mas... explico daqui a pouco!

Fomos ao Louvre de ônibus. Andar de ônibus também é legal porque nos possibilita conhecer mais a cidade do que nos buracos do metrô.

O problema começou no Louvre... A menina estava com muita pressa... Então estava fazendo tudo com muita pressa. A visita no Louvre acabou sendo muito rápida. Pensei positivamente que ela não deveria gostar de museu, que nem eu. Caminhamos pelo jardim das tulieries, tudo muito rápido... Até que quando chegamos na Champs Elisee a menina propôs que nós corrêssemos literalmente. Meu incômodo começou. Ela tinha o objetivo de fazer a champs elisée, o arco do triunfo, concierge e notre dame, pompindou, sacre coeur e montmartre no mesmo dia. Eu não! Nunca!

Fiquei tentando arrumar um jeito de despachá-la delicadamente. Entrei numa loja de roupas na champs elisee, não resolveu muito. Chegando ao arco do triunfo eu queria subir e ela não, pois não ia dar tempo! Foi ai que eu falei que ela poderia seguir o caminho dela que eu ficaria por ali. Sinceramente foi libertador!

 

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Subi no arco do triunfo. Depois me perdi numa rua vizinha dele. Consegui contemplar a Champs Elisee (que é glamusosa demais da conta!), depois voltei ao parque... E fiquei por lá, bebendo uma cerveja (que eu detesto) para ver se o álcool amenizava um pouco da dor que eu estava sentindo por caminhar tanto!

 

Depois andei tranquilamente em direção à ponte dos cadeados, que mesmo que esteja interditada, a galera dá um jeito de colocar seus cadeados (um dia espero voltar lá para colocar um). Caminhei, caminhei, até chegar a concierge e depois a notre dame. Não cheguei a subir, porque cheguei depois do horário para isso. Mas pude contemplar e agradecer a Deus lá.

 

Sai em direção ao Pompindou (também não entrei) e sai andando. Queria chegar até Opera e Galerias Lafayette. Me perdi, me achei, me perdi, me achei (e ai que é bom. Até que cheguei. Não passei muito tempo nas Galerias Lafayette pois quando cheguei faltava 20 minutos para fechar (fecha as 20h). Depois sai para comer. Foi o dia da aberração gastronômica da viagem ::ahhhh:: , mas estava tão cansada que parei no primeiro lugar que tinha comida que eu pudesse pagar, sem critério algum. Esse lugar se chamava Mc Donald’s (Deus, me perdoe!) ::toma:: . E foi assim que eu terminei esse dia exaustivo!

 

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Gastos do dia:

Um vestido e uma saia na H&M: €30

Arco do Triunfo: €10

Baguete e suco no mercado: €3

Cerveja: €3

Louvre: €12

Starbucks: €5

Esmaltes: €10

Mc Donalds: €8

 

Total: €52

 

Dia 7

Era domingoooo... Domingo é dia de missa. E no dia anterior eu tinha dado uma olhada nos horários das missas em Notre Dame. Resolvi participar da missa em canto gregoriano. Foi uma experiência espetacular. O canto é feito por sopranos que ao meu ver cantam divinamente. O canto dos anjos deve ser daquele jeito. A gente recebe o folheto da missa (como em todo lugar) e o folheto dos cantos! Tentei acompanhar... Baixinho.

 

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No domingo eu estava beeeeem debilitada. A gripe havia me encontrado e o frio era intenso! Tive muita falta de ar, não estava bem. Optei por ir de metrô a sacre coeur e montmatre.

Chegando à basílica de sacre coeur vi que ou eu pagava o transporte para chegar lá em cima ouuuuu eu subiria sabe Deus quantos degraus para chegar lá em cima. Em nome de uma economia insana resolvi subir. E cheguei lá muuuuuito pior kkkkkkkkk Ainda peguei um pouquinho da missa de lá, mas estava tão esgotada que entrei na basílica para descansar, pedir para Deus devolver minha saúde e me benzer.

 

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Depois da basílica desci e caminhei até o moulin rouge. Essa região é muito interessante. O moulin rouge é pitoresco e seu arredor é composto por sex shops e casas de diversão (sendo delicada... no popular, puteiro, cabaré, prostibulo). Além dos kits 50 tons de cinza que são mundiais, um acessório muito comum na região é um vibrador em forma de torre Eiffel (que não dá pra se passar por enfeite) ::lol4:: ... Fui caminhando até a Gare Du nord, onde eu estava hospedada e resolvi me dar um pouco de descanso e remédios. Foi um tempo para eu lavar minhas roupas também (e para isso eu usei a lavanderia do hostel... se você for esperto, dá muito certo... se for meio mongoloide como eu, vai fazer alguma coisa errada... mas nada comprometedor. A roupa terminou limpa!).

 

No fim da tarde resolvi passear na champs elisée (programa de domingo, não abre muita coisa na cidade). E vale muito a pena ir por lá a noite... Andei, andei, andei... e ela é linda!!!

 

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Depois, havia lido que no quartier latin tinha uns restaurantes com um bom custo-benefício. Queria um bom jantar, então peguei o metrô pra lá. Como eu não estava bem, estava meio sem critérios. Entrei no primeiro restaurante pagável que encontrei. Algumas coisas foram boas. Outras nem tanto. Pela dificuldade no idioma, escolher o cardápio às cegas as vezes é complicado!

Nesse dia passei meu maior medo na cidade! Voltando para o hostel, resolvi parar em uma das máquinas automáticas do metrô para comprar uma água. Estava contando minhas moedinhas, quando fui abordada por um mendigo. Dei algumas moedas para ele, mas ele não ficou nem um pouco feliz. Não entendo quase nada em francês, mas pelos gestos e pela insistência ou ele queria mais ou ele queria tudo! Ainda pensei em insistir na água, até que um bando deles foi se aproximando... Eu corri. Como o metrô em Paris é um verdadeiro labirinto fiquei morrendo de medo de onde eu iria entrar e onde eu iria parar. Foi um vacilo fazer isso no metrô. Mas isso é tão tranquilo em São Paulo que pensei que teria o mesmo sucesso. Tenho meus cuidados em não mostrar dinheiro, andar com dinheiro dividido, não mostrar celular. Mas nunca imaginei que usar moedas numa máquina fosse me trazer tantos problemas. Cuidado gente!

 

Gastos do dia:

Crepe de Nutella: €3

Lembrancinhas: €10

Lavanderia: €5

Livro com receitas de nutella: €5

Jantar (menu do dia, entrada, prato principal e sobremesa): €24

 

Total: €58

 

Dia 8

 

Tentei fazer desse dia um dia mais tranquilo para me recuperar. Acho que não funcionou muito kkkkkkkk

Enfim, sempre fui muito fã da gastronomia, e para quem conhece um pouco da área sabe que Le Cordon Bleu é a escola símbolo na gastronomia mundial! E durante algum tempo eu tive o sonho de estudar lá... Hoje em dia eu só queria conhecer! A escola fica próxima a rua de Vaugirard (uma rua bem lindinha). Consegui chegar lá muito fácil, entrei, dei uma bisbilhotada, comprei alguns regalos e contemplei, contemplei e contemplei... Confesso que achei que ela seria beeeem, mas beeeem maior... Mas continua sendo Le Cordon Bleu.

 

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Saindo de lá peguei um metrô para o Quartier Latin. Esse era o dia de explorar essa região e almoçar por lá. E é uma região lindinha de Paris que merece ser percorrida a pé. Por sorte saiu um solzinho que melhorou muito o passeio. Andei demais... Achei um pequeno restaurante em um beco e resolvi almoçar por lá. Entrei em lojas, mercados, andei e andei... Fui ao Jardim de Luxemburgo que fica perto dali. Por causa do sol estava lotado! Todo mundo tomando sol. Lógico que aderi ao movimento, tirei metade dos casacos, coloquei meu óculos de sol, meu fone de ouvido tocando uma rádio local, os itens do meu piquenique e fiquei por lá tomando sol e vinho hahaha

 

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Depois de sei lá quanto tempo voltei a andar pelas ruas da cidade... E depois de andar mais atravessei o Sena e fui parar na praça da Bastilha!

Andei mais pelos arredores. Andei até não dar mais conta. E terminei esse dia com um croissant e um cappuccino. E com o coração partido por aquele ser meu último dia na cidade luz!

Como deveria estar na estação as 5:30h para ir embora resolvi comprar o bilhete para o aeroporto no dia anterior.

 

Gastos do dia:

Imãs de geladeira em Le Cordon Bleu: €10

Chocolate quente no Starbucks: €5

Chocolate, vinho e sanduiche no supermercado: €8

Almoço (menu do dia: prato principal e sobremesa): €20

Roupas: 2 camisas e 1 vestido: €30

Quiche: €4

Ticket metrô para aeroporto: €13

Cappuccino e Croissant: €4

 

Total: €94

 

 

5.Paris – Roma (Vueling)

Aqui eu tenho vários pontos para comentar...

Primeiro... Não dormi com medo de ir para a estação de madrugada. O trajeto nem me importava tanto, já que era de 2 minutos. Mas pelo episódio do dia anterior, quem iria me garantir alguma segurança na estação de metrô? Enfim, tinha que ir... E achei que a estação estaria deserta as 5:30 da manhã. Que nada! Abarrotada. E o metrô foi abarrotado por uma ou duas estações. Depois foi tranquilo!

 

O mito. Por alguma pesquisas que fiz e algumas pessoas com as quais conversei ir para Orly era trágico. Li e ouvi alguns “evite pelo amor de Deus”. Confesso que não entendi. Optei pelo OrlyVal. Peguei o metrô na Gare Du Nord e desci em Antony. Tudo muito bem avisado e sinalizado. Em Antony, estação pequena o OrlyVal, que é um monorail que vai para o aeroporto de Orly está lá bem pertinho. Não vi o trabalho ou a dificuldade, sinceramente! Talvez num horário de pico seja recomendado ir com mais de uma hora de antecedência. Gastei uns 40 minutos para chegar ao aeroporto. E você fica dentro dele. Adorei!

 

Fui para Roma pela Vueling. Na minha opinião, a melhor das low cost que usei. Só não pude ser mais observadora porque passei muuuuuito mal no voo. Desejei que as máscaras de oxigênio caíssem para que eu conseguisse respirar.

Cheguei por Fiumicino. E no aeroporto você já sente a diferença entre Paris e Roma! Roma, sua linda... ligeiramente mais quentinha hahaha... Precisava.

Fui para Roma em si (Termini) pelo Leonardo Express que é uma graça. Você também compra o bilhete em uma máquina automática super intuitiva. A validação do bilhete não é tão intuitiva assim kkk Aprendi depois de pagar um micão e de constatar outra coisa: os italianos não são pacientes. Nem um pouco e bem menos que eu.

 

Gente, tanto em Madri, quanto em Paris e também em Roma, guarde seus bilhetes durante toda a viagem. Não vi nenhum fiscal em Madri e em Paris. Mas nos trens de Roma eles estão lá e vão pedir seu bilhete!

Viagem tranquila, 40 minutos, Roma cheguei!

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6.Roma

 

Dia 9.

 

Sobre o hostel: Fiquei no The Yellow hostel. Hostel alegre, beeeeem jovem e muito perto da estação (4 pequenos quarteirões, 5 minutos a pé). Recomendo só pela localização! Não tem café da manhã e o quarto não é muito confortável, mas é limpo! Como os italianos, o staff não é muito paciente. Se você chegar com seu inglês meia boca que nem o meu, dependendo do atendente, eles não vão ter muita paciência com você. E dependendo da quantidade de gente que estiver fazendo check in no mesmo horário que você. Não sou de fazer mimimi com as coisas e nem de querer muita atenção. Mas confesso que fiquei chateada porque o atendente não fez a mínima para me explicar como funcionava o cofre, se tinha toalha ou não, onde ficava o banheiro, enfim, o mínimo. Graças a Deus só precisei do staff para o check in e check out. Se precisasse para outra coisa estaria friiiiita!

 

Sai para almoçar em um restaurante perto do hostel e pensar o que eu faria naquela tarde. Ainda estava passando muuuuuuito mal e deveria ser algo “leve”. A comida em Roma é sempre muita. Peguei um menu do dia e era muita comida kkkkkk e bem gostosa.

Ensaiei o italiano com o maravilhoso Tradutor do Google (obrigada pela incrível companhia) e fui a uma farmácia comprar um remédio para a gripe. Deu tudo certo porque eu não precisava falar nada. O remédio fica em uma prateleira e só pegar e pagar. E tooooodo o italiano que você acha que aprendeu assistindo esperança e terra nostra vai pro ralo hahahaha No máximo um maledito, que eu não escutei por lá kkkk (mas é bem mais compreensível que o francês).

 

Precisava ir ao Vaticano pegar meu bilhete para a audiência papal (missa celebrada pelo Papa que acontece as quartas-feiras). Havia solicitado meses antes por fax conforme vários relatos que li. No fim das contas ele não é necessário para participar da celebração. Consegui um com um vendedor de passeio para guardar como lembrança. Aliás, esses vendedores de passeio no Vaticano enchem o saco de qualquer um. Acho que eles são um teste para a santidade que eu não tenho.

 

Já que estava gripada e sem ar optei por descansar naquele dia. Mas confesso que estudei pouco sobre Roma e o Vaticano. E como boa brasileira entrei numa fila que ia para a Basílica. Depois de meia hora na fila, comprar ingressos e descobrir que eu estava na fila da cúpula da basílica onde é necessário subir 330 degraus (morri de falta de ar só de lembrar). Cheguei lá no alto defunta kkkkkkkk mas a vista compensa muito e eu recomendo demais (mas vá sem gripe e com os pulmões em ordem).

 

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Ahhhh para ir ao Vaticano é aparentemente bem tranquilo. Você pode ir a pé (meio longe da Termini), de ônibus 40 (que para em um lugar mais compreensível, em frente ao castelo de são Ângelo) ou ao lado da praça que tem um acesso meio estranho. Me perdi muito. Mas um bilhete de ônibus em Roma tem a validade de 100 minutos (ninguém vai olhar nada, não tem cobrador, motorista não olha, dizem que tem fiscais, mas não vi... Mas enfim, compre o seu... O bom senso vale muito!) e consegui corrigir o trajeto e perguntar como chegava lá. Tem o metrô da estação Otaviano que para bem perto também!

 

Depois desse dia doente e cansada foi a hora de parar. Jantei em um McDonald’s de pizzas bem legal que fica na estação Termini e que tem uns combos enormes a bons preços!

 

Gastos do dia:

 

Chocolate quente no Starbucks em Paris: €5 (não achei uma loja de Starbucks em Roma... Alguém sabe se procede? Kkkkk)

Ticket do metrô aeroporto de Roma: €14

Hostel: €72

Almoço: €10

Ônibus: €3 (€1,5 o trecho)

Entrada da Basílica (cúpula): €7

Lanche da noite (um pedaço grande de pizza, um pacote com muitas batatas e um refri grande): €6

Remédio para gripe: €8

 

Dia 10.

 

Dia de ir à audiência papal... Gente, a audiência papal é uma missa com o Papa. Acontece todas as quartas-feiras (mas é bom conferir a agenda no site do Vaticano). Vale a pena. Vale muito a pena. A Praça de São Pedro lota muuuuuuito. Então se quiser um lugar muito bom chegue bem cedo. Eu cheguei as 9h. A missa começa as 10h. Consegui um bom lugar, ao lado de um casal de idosos búlgaros que se tornaram meus melhores amigos naquele dia.

Como a cidade lota nas quartas-feiras preferi ir ao museu do Vaticano depois.

 

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Sai de lá perambulando pela cidade em direção a Roma. Fui parar em uma feira do Campo de Fiori que é uma gracinha, vale a visita. Na feira tem frutas e verduras, flores, azeites e licores diversos, especiarias desidratadas para massas. Ao redor tem muitos restaurantes, pizzarias e gelaterias... Coma tudo... Tudo o que puder!

 

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Sai caminhando sem rumo... Muito mesmo. Fui ao Panteão, a Fontana di trevi (deixe uma moeda se quiser voltar a Roma e duas se quiser encontrar o amor da sua vida... Deixei umas 5 para me garantir kkkkkk). Caminhei por muitas praças e fontes, praças e fontes, praças e fontes até que não dei conta e fui jantar em um lugarzinho tipicamente italiano, com um dono senhorzinho bem extremamente muito mal humorado kkkkkkkk

A partir daqui não terei mais custos buáááá... Demorei tanto para escrever o relato que, em uma de minhas andanças, perdi meu caderninho com as anotações dos custos da viagem!!!

 

Dia 11.

 

Dia de andar mais, mais e mais...

Comecei o dia indo à Basílica de Maria Maggiori... Não entrei...

Fui descendo na direção do Coliseu... Gente... são muitas ruínas, muitas, muitas, em todas as partes... Resolvi andar mais pela cidade antes de pegar a tão temida fila que me falaram que tinha para entrar no coliseu... Fui ao bairro de Trastevere, do outro lado do rio... Comi uns gelatos no meio do caminho, entrei em alguns supermercados e lojas e roupas. No fim, peguei um buzão de volta para as redondezas do Coliseu.

Resolvi arranjar meu delicioso lanchinho de almoço em um mercado... Eu já falei que os supermercados são demais??? Aliados à nossa criatividade fazem milagres. Comprei uma torta de chocolate, uma caixa de framboesas e uma garrafa de vinho e tcharammmm... Sou uma gênia. As pessoas olhavam muito para a minha produção.

 

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Bom, depois do momento lanche, subi no monumento a Vittorio Emanuelle... Não sei quem ele foi, mas deve ser alguém muito importante porque o monumento é surreal de lindo, e a praça, as ruas, tem o nome desse cidadão.

 

Hora de ir ao Coliseu... Nem tinha fila, sério mesmo! O Coliseu é muito mais grandioso do que podemos imaginar. A atmosfera é estranha. Não cheguei a sentir desconforto, peso ou qualquer situação espiritual estranha, mas é impossível não lembrar do que aconteceu ali, do quanto as pessoas sofreram, como elas morreram. E é impossível não se admirar com a grandeza da arquitetura, mesmo sem os recursos que a gente tem hoje. Os caras eram geniais.

 

Do Coliseu é possível ir ao Foro Romano com o mesmo ingresso.

Adorei esse lugar. Minha primeira providência foi tirar uma sonequinha em uma das ruínas (favelizando o ambiente... mas imediatamente umas três pessoas que estavam perto de mim fizeram o mesmo). O Foro Romano me rendeu a tarde quase toda. O local é muito interessante, tem plaquinhas com os mapas e as indicações, mas pelo que eu li o audioguia é muito indicado, principalmente para os alucinados por história (aliás, os alucinados por história devem pirar em Roma). Eu não adquiri o audioguia, mas ainda assim amei a visita.

Terminei mais uma vez o dia perambulando pela cidade... E pensando para onde iria no dia seguinte...

 

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Três dias são perfeitamente suficientes para Roma (na minha opinião... se você amaaaar história, podem ser poucos).

 

Dia 12.

Depois de estudar muuuuuuuito para onde iria... de cogitar ir à Nápoles, mas de desistir por conta do cansaço que estava sentindo nessa altura do campeonato, li um relato muito interessante sobre Tivoli. Encontrei o relato no blog da Giulia Mancini http://giumancini.com/tag/tivoli/ e me ajudou demais, demais...

 

Sai de Roma cedinho e fui de metrô da estação Termini até a estação Tiburtina. De lá, comprei o bilhete no trem para Tivoli numa banca de revista. A pior parte do danado do bilhete é validá-lo... Eu não tive uma relação muito boa com a maquininha e precisei de ajuda. Também corri pra caramba atrás do trem. Quase que fiquei.

 

Cheguei muito cedo à cidade e não tinha quase nada aberto. Segui as instruções da Giulia e cheguei em Villa d’este. Tanto a Villa d’este como a Villa Adriana, sobre a qual vou falar depois, são jardins encomendados por pessoas bem modestas que viviam na região.

 

Villa d’Este tem um casarão e um big jardim (lógico) com muitas fontes. Muitas mesmo. Tem uma fonte que de tempos em tempos toca um órgão com o movimento das águas. Tem as 100 fontes. Tudo muito lindo! Tem panfletinho explicativo que ajuda a entender as coisas.

 

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Na saída, tomei o gelato mais gostoso da minha viagem e prossegui rumo a Villa Adriana. Para fazer isso, tem que ir à praça e pegar um ônibus (compre o bilhete na tabacaria perto).

 

Villa Adriana fica a uns 20 minutos de ônibus da Villa d’Este. E é muito, mas muito maior. Paga-se para entrar nas duas, mas eu não me lembro quanto (ahhhhh minhas anotações)...

Lá tem muitas, mas muitas ruínas... as explicações nas plaquinhas são bem interessantes... lá tinha jardim, sauna, biblioteca, piscinas... O povo realmente era bem ostentador e incríveis em relação à arquitetura e engenharia. Do lado de fora tem um restaurante, no qual eu não me atrevi a entrar... Pareceu bem chique!

 

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Para mim, reles admiradora de parques e igrejas, Villa d’Este foi mais interessante. Achei bem legal mesmo. Para os amantes de história, Villa Adriana é imperdível.

 

Voltei para o centrinho de Tivoli no mesmo ônibus, refiz o trajeto com outro gelato hahaha, e peguei o trem de volta... A paisagem me pareceu melhor na volta... Acho que é porque na ida eu não tinha acordado direito! Ao redor de Tivoli tem umas cachoeiras lindas, lindas, lindas... Não sei como é o acesso, mas deve ser maravilhoso chegar até lá.

 

De volta a Roma, comi no fast food italiano que tem pizza no lugar de hambúrguer (yeahhhh) ::otemo:: ... e fiquei andando sem rumo pela cidade... até anoitecer... e chegar a hora do jantar e do sono.

 

Dia 13. Último dia... Buáááááá

 

Tirei o dia para andar sem rumo pela cidade até chegar ao Vaticano.

No caminho achei um casaco super legal a €20. Não podia perder essa oportunidade. Foi a melhor compra da viagem. Andei, andei, até voltar ao Campo de Fiori, onde comi a melhor pizza da minha vida (só não sei do que era) e bebi um troço delicioso chamado chinotto (experimentem... é tipo um refrigerante adocicado... minha tristeza foi tê-lo descoberto no último dia da minha viagem). Fui então rumo ao Vaticano para visitar o museu, minha última pendência. A fila estava enorme, mas eu conheci tanta gente que não vi o tempo passar.

 

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O museu é lindo e enoooorme. Compensa muito visitá-lo. As esculturas, as salas, as pinturas, é tudo muito bonito. E muito lotado também. O ponto alto da visita é a capela sistina, onde não pode tirar fotos, mas a galera tira na frente dos guardas... Como sou obediente, não tirei!

 

Hora de dar uma última volta na cidade. Vi uma pizza tão bonita no Campo de Fiori, que tive que voltar lá para comê-la. Era de rúcula. A de não sei o que que eu comi antes era melhor. E comi o outro melhor gelato da cidade... Nutella... Experimentem, sem moderação!

 

Peguei um bus, passei no mercado para comprar comida para a noite longa que me esperava. Aproveitei para fazer meu estoque de melatonina. Genteeeee melatonina no mercado é beeeeem mais barato do que nas farmácias e ninguém me disse isso! 150 comprimidos por €7. Comprei tanto que tive medo de ser presa por tráfico de entorpecentes se vissem minha mala (antes de mais nada melatonina não é droga, tá gente... Pra quem não sabe é um neurotransmissor que ajuda a regular o sono e que não é vendido no Brasil porque a ANVISA proíbe umas coisas que não deveriam ser proibidas).

 

Eu já tinha feito meu check out no hostel, mas mesmo assim tomei um banho na surdina...

Como o acesso ao banheiro do hostel é livre para qualquer um, tomei meu banho, peguei minha mala na recepção, voltei a arrumá-la dando aquela sentada básica em cima dela para que se fechasse e fui para o aeroporto.

 

Meu voo saia do aeroporto Ciampino. Não é nem um bicho de sete cabeças chegar lá (ao contrário do que tinham me dito). Na estação Termini tem uma loja que vende as passagens. Os ônibus saem ao lado. €6, mais ou menos uma hora de viagem, simples assim.

 

7.Roma – Madrid

 

Viajar pela Ryanair é emocionante do início ao fim. ::ahhhh:: Fiz meu check in em oração para minha mala não ultrapassar o peso. Fui atendida!

O aeroporto é muito pequeno, acho que só a Ryanair opera lá. Lembram-se das comprinhas do supermercado que eu fiz para a noite? Eu esqueci que não podia embarcar com bebidas. Tive que tomar o refri e a água antes de embarcar.

Gente, o embarque é muito engraçado. Eles medem mesmo todas as malas. É desesperador! Você vê as pessoas tentando colocar a mala no gabarito, sem conseguir. Elas se desesperam, sentam em cima da mala para ela caber... Ai você vê outras pessoas vestindo 3, 4 casacos... Os €15 que eu paguei para despachar 15 Kg de bagagem foram muito bem empregados.

 

E então a parte mais surreal da empresa... Os passageiros foram embarcando, e os compartimentos de bagagem dentro do avião foram enchendo. Uma hora lotou lá em cima e eles foram tomando as malas e as mochilas das pessoas e colocando no meio da pista para despachar... Se quer ter certeza de que voará com sua bagagem de mão, entre primeiro.

 

Voo tranquilo... Quando chega no destino toca uma musiquinha em comemoração (o som de uma harpa hahaha) e as pessoas batem palmas. Deve ser em agradecimento a Deus por terem chegado em segurança!

 

8. A volta – Sleeping in Barajas (Bônus hahaha)

 

Como sabia que chegaria a Madrid tarde, me organizei para dormir no aeroporto mesmo. Meu voo para Amsterdam sairia as 5 da manhã, seria impraticável ir dormir em algum lugar.

Recomendo o site http://www.sleepinginairports.net/. Nele as pessoas dão dicas dos melhores lugares para dormir nos aeroportos do mundo inteiro. Tem até ranking dos melhores e dos piores aeroportos para se dormir.

 

Segui a orientação do site e fui dormir próximo ao Burguer King. Não é que é o point de dormir mesmo??? Ainda bem que chegue cedo e peguei um bom lugar, perto de uma tomada. Vi muita gente chegar e ir embora porque o local estava lotado. Não gostei de dormir lá. Embora estivesse bem escurinho, o chão estava muito frio... Forrei com todos os meus casacos e não resolveu. Tem locais mais quentinhos para se dormir.

 

Depois disso fui para Amsterdam, São Paulo e no fim da noite cheguei em casa... Feliz por ter feito uma viagem tão sensacional, planejada por mim mesma, com muito estudo, ajuda aqui do fórum, de muitos blogs e deu muito, mais muito certo.

 

Vá... Viaje... Se der medo, vá assim mesmo! Dificilmente você se arrependerá. ::love::::love::::love::

 

Espero ter ajudado e estou à disposição para ajudá-los.

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