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Mochilão (nerd) pelo Japão 2015 -- Planilha de Custos e Vídeo ^^


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13º Dia – Hiroshima /// Parque e Museu Memorial da Paz

Deixamos Osaka e partimos rumo a Hiroshima onde iriamos passar 2 dias.

Novamente as malas tornaram a viagem um desafio, mais chegamos vivos no hostel rs

Sem muitas delongas partimos pra conhecer a cidade, e fomos direto para o que pode ser considerando seu maior atrativo: Parque Memorial da Paz.

É nesse parque onde estão todas as atrações relacionadas a Segunda Guerra Mundial e a Bomba Atômica.

Do hostel pra lá tomamos um bonde, é um trajeto relativamente curto.

Saindo do bonde a poucos metros já nos deparamos com o Domo da Bomba Atômica, na época da guerra ele servia como um prédio do governo. Ele esteve bem próximo do epicentro da explosão da bomba, sendo a única construção que permaneceu de pé (apesar de todos ali terem morrido); foi decidido manter sua estrutura exatamente como ficou no local.

Domo da Bomba Atômica

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O Domo fica beirando o rio, num belo ponto do parque... Ali perto também vimos a Chama da Paz, a chama que somente será extinta quando a ultima arma nuclear do mundo for destruída.

Alinhado a ela fica o Cenotáfio, o monumento possui uma cobertura em forma de arco que representa um abrigo para a alma das vítimas e possui a inscrição: Descansai em paz, pois o erro jamais se repetirá (安らかに眠って下さい 過ちは 繰返しませぬから).

Infelizmente pouco depois de deixa-lo para traz começou a chover bastante.

Aproveitamos a chuva e corremos pro Museu (ainda tínhamos outros monumentos pra visitar no parque).

O Museu Memorial da Paz sem duvida foi o melhor museu que já fui na vida. Assim que se compra os ingressos vc pode alugar um aparelho tradutor (é um valor bem baratinho), o tradutor tem várias opções de idioma (inclusive português-br!!), é um item obrigatório pra visita do Museu, não deixe de alugar!!!

Cada ponto do museu possui um número, quando você quer saber do que se trata aquele item vc aciona o tradutor no número indicado. O museu tem historias extremamente tristes e pesadas, imagens fortes... vários itens pessoais das vitimas são expostos, e juntos com os itens a historia da pessoa, o que ela fazia naquele dia, a reação dos familiares... cara... que foda... o pior mesmo são as historias.

A segunda guerra mundial é um dos meus temas favoritos, e mesmo já tendo lido muito a respeito teve coisas ali que eu desconhecia totalmente... minha esposa chorou em vários pontos, tem gente que sente até um clima pesado. Só posso classificar como imperdível, o museu é ótimo... algumas pessoas mais sensíveis podem achar perturbardor... um triste período da nossa historia.

 

Depois da visita ao museu continuava chovendo... resolvemos esperar um pouco pra ver se melhorava e nada... então mais uma vez decidimos visitar os demais monumentos na chuva mesmo.

Fomos para o “Salão do Memorial da Paz nacional de Hiroshima das Vitimas da Bomba Atomica”. Esse Memorial não estava nos planos, mais como podíamos fazer a visita e nos abrigar da chuva foi uma boa. Nele um salão subterrâneo abriga uma pequena fonte que tem o formato da hora em que a bomba foi lançada (8:15)... uma sala anexa com os nomes e fotos dos sobreviventes, e vídeos com relatos dos sobreviventes.

Visitamos também o “Monumento das Crianças a Paz”, baseada na historia da menina Sadako, uma garota que morreu de leucemia em virtude dos efeitos da radiação da bomba. Ela acreditava que se fizesse 1.000 origamis de tsuru seria curada... ela morreu antes de completar o número, mais seus amigos da escola completaram a tarefa. Desde então pessoas de todo o mundo depositam na base da estátua suas dobraduras em sinal de respeito. Infelizmente nesse momento chovia muito, e não deu pra curtir o monumento como gostaria -_-

 

Obs: Apesar de ter tirados fotos do interior do museu, eu achei melhor não postar nada em respeito as vitimas... alem de não achar de bom tom... como eu disse, tem coisas fortes lá, acho que não vem ao caso postar aqui.

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Na volta decidimos parar pra comer algo perto do hostel, aproveitamos pra realizar um desejo meu: comer em um Izakaya.

Izakaya é uma mistura entre um bar e um restaurante tipicamente japonês.

É difícil definir o que de fato é um izakaya. Não é simplesmente um bar, mas também não é propriamente um restaurante, pois o cardápio é mais substancial do que um bar, porém mais simples do que a de um restaurante.

Eu queria muito ir em um pois sempre achei interessante um “bar” com esse padrão que comporta no máximo umas 8 ou 10 pessoas, bem intimista.

Sem duvida foi um dos melhores lugares que passamos por toda a viagem. O nome desse Izakaya é Matobaru Django, é administrado por dois amigos: Hiro e Yu.

Os dois foram as pessoas mais legais que encontramos por todo o Japão, o nosso tratamento no lugar foi impecável, depois de boa comida e bebida, nos ofereceram pra ficar lá tomando sake com eles de graça. Não preciso dizer o que fizemos rs

Ficamos lá por horas conversando, o Hiro é fã do Brasil e ficou extremamente entusiasmado com nossa presença, foi realmente muito divertido estar ali, recomendo fortemente que também visitem o bar do Hiro, tenho certeza que terão uma ótima experiência.

Ele insistiu pra que a noite fossemos com ele pra uma balada onde rola musica latina (Três Marias), mais realmente estávamos muito cansados, não rolou. Fica ai as orientações pra chegar no bar dele! Sério vcs precisam ir!! Foi realmente um momento épico!!

Matobaru Django - Povo de Osasco + Hiro e yu

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Mapa da area pra se chegar no Matobaru, a seta não está exatemente em cima do bar, mais é um daqueles ali

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Três Marias -- se vc procura uma balada xD

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Review do bar dele no trip advisor, com mais detalhes da localização

http://www.tripadvisor.com/Restaurant_Review-g298561-d4901360-Reviews-Matobaru_Django-Hiroshima_Hiroshima_Prefecture_Chugoku.html

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14º Dia – Miyajima /// Itsukushima, Monte Misen e Daisho-in

Novamente o tempo mudou totalmente de um dia pra outro. No dia anterior aquela chuva chata. Hoje o tempo perfeito, muito sol ^^

Partimos para um daytrip na ilha de Miyajima.

A Ilha é patrimônio cultural da Unesco, uma das principais atrações turísticas do japão. Entre varias atrações estão o templo Itsukushima e o grande torii vermelho no meio do mar, na maré alta o templo fica parcialmente submerso e o torii acaba ficando lá no meio do mar, inacessível. Já quando a maré desce é possível caminhar até o torii... sensacional!! Parece muito o cenário do Haomaru na Samurai Shodown 2.

Torii flutuante (maré alta e baixa)

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Para se chegar a ilha basta pegar o trem na estação de Hiroshima e ir até a estação de onde sai a balsa que leva até a ilha. O trem e a balsa estão inclusos como itens do JR Pass!

Bem fácil chegar, sem mistério. O trajeto da balsa é tranquilo, acho que não chega a durar nem 30 minutos.

Desembarcando na Ilha vc vai se deparar com os já conhecidos cervos. Assim como em Nara os cervos caminham livremente pela Ilha e são igualmente dóceis.

Vc nem vai precisar andar muito pra já começar a se deparar com as atrações. Logo de cara vimos o torii flutuante, muito bonito mesmo.

E logo depois dele vc já vê a entrada do templo Itsukushima. A forma de píer do templo vem do status de sagrado que a Ilha tem, basicamente não era permitida a entrada de plebeus.

O visual do templo é sensacional, acima da água como se estivesse flutuando. Muito foda.

Enquanto estávamos lá estava rolando uma cerimonia de casamento, foi bem interessante presenciar.

Itsukushima

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De lá seguimos para o Monte Misen. É possível subir boa parte da montanha através de um teleférico de duas etapas (Ropeway). A vista que se tem lá de cima da Ilha é ótima, muito valido esse passeio. O mais legal é que após a subida tem um trekking para que você possa chegar ao topo do Monte Misen. Alem do topo o trekking também da acesso ao Reikado Hall (salão da chama espiritual), que tem historias muito interessantes.

Apesar de não ser um trekking longo ele tem um trecho de subida bem puxada, tava um sol forte então deu pra cansar um pouquinho.

O templo de Reikado foi onde Kobo Daishi meditou por 100 dias após retornar da China no século 9. Em Reikado a uma chama acesa por Kobo Daishi que permanece acesa por seus discípulos a 1200 anos!!!!!! O___O

O templo também é conhecido como templo do amor, segundo a crença se vc acender um incenso utilizado a chama de Reikado terá muita felicidade no amor.

Essa mesma chama foi usada para acender a Chama da Paz no parque de Hiroshima.

Desse templo é só subir mais um pouco e se chega no observatório do topo, lá tem uma espécie de construção coberta de 2 andares, com banheiros, mirante e uns trecos que vc pode usar pra deitar, todo mundo chega ali e acaba se esticando um pouco e curtindo a brisa.

Ropeway

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Reikado Hall e a chama de 1200 anos

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Iniciamos a descida, queríamos ver o torii flutuante e o Itsukushima na mare baixa, mais antes decidimos visitar o templo Daisho-In.

Depois de ver tantos templos fodas durante toda viagem nós fomos até ele sem empolgação, tipo: ”Já estamos aqui né... está no caminho mesmo”

Mal sabíamos a surpresa!! Sem duvida um dos meus templos favoritos de toda trip!!

Ele fica aos pés do Monte Misen, as escadarias possuem rodas de oração para os Tengus (aquele mesmo, com narigão e asas).

Acompanhando a lateral do templo desce um rio, lá em cima aquele barulho de cachoeira *__*

Todas as instalações do templo possuem figuras, cores e características totalmente distintas. Por exemplo: um pavilhão de uma área não se parece em nada com o outro. E muito do que vimos dele não se parece com o os demais templos do Japão.

Outra característica muito bacana é que vc entra em todas as áreas do templo, não tem restrições de áreas como muitos, esse é totalmente “sem frescura”.

Você pode visita-lo indo ou voltando do Monte Misen, como vai estar no caminho você não perde tempo pra chegar nele, da pra fazer uma visita rápida se for o caso.

Outro detalhe lindo é que a visita é totalmente gratuita S2

Daisho-in

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Na volta pra Hiroshima finalmente fomos experimentar nosso primeiro Okonomiyaki.

Caral**, que negocio gostoso!! Okonomiyaki é um daqueles pratos típicos que merecem ser experimentados!! O que fomos ficava logo na saída da estação de Hiroshima, vale a pena!!

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15º Dia – Retorno a Tokyo /// Oedo Onsen Monogatari

Mais um estágio concluído. Nos despedimos de Hiroshima e retornamos ao ponto inicial: Tokyo.

A viagem é feita de shinkansen, como são quase os dois extremos do pais a viagem é longa, por isso partimos cedo pra tentar aproveitar o resto do dia quando chegássemos em Tokyo.

Aqui um detalhe é muito importante: Os shinkansens abrangidos pelo JR Pass não fazem o trajeto Hiroshima x Tokyo (e vice versa).

Nesse caso vc precisa ir até Osaka, e de lá tomar outro shinkansen com destino a Tokyo.

Os únicos shinkansen que fazem esse trajeto direto são os expressos Nozomi e Mizuho (como dito, eles não são incluídos no JR Pass).

A principio pra min a única diferença pros shinkansens comuns dos super expressos era a velocidade... mal sabia... então façam bom uso dessa informação pra otimizar seu tempo.

Novamente a saga da malas... argh... nesses momentos batia um arrependimento de ter comprado tanto art book.

 

Ficamos hospedados no mesmo hostel da nossa primeira passagem pela cidade.

Como a viagem é longa chegamos em Tokyo no meio da tarde. Fomos comer algo antes de partir pra única atração do dia.

Eu e Terry decidimos comer em um restaurante de sushi na esteira. Nesse esquema o cliente vai se servindo de acordo com o que vai passando pelo equipamento, cada prato que passa tem uma cor/desenho que identifica o valor daquele item. Tem vaaarias opções, o segredo é ir nos baratinhos kkkkk

 

Um único sushiman vai fazendo tudo ali na sua frente, extremamente rápido e habilidoso. Uma tabela com as cores dos pratos indica os valores, no começo é um pouco confuso mais com calma vc saca como funciona. Deu pra comer bastante e ficou barato, quando chegamos pensei que ia ficar caro. Esse restaurante fica praticamente do lado do Tokyo Cruise. No Brasil alguns restaurantes japoneses já adotaram um sistema parecido.

Sushi de esteira

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A tarde partimos para conhecer o “Oedo Onsen Monogatari”.

Um autentico onsen, que canaliza aguas de fontes termais situadas a 1.400 abaixo da Baia de Tokyo.

Poucas coisas podem ser mais relaxantes do que se banhar nessas aguas. É uma experiência mega obrigatória se vc estiver no Japão, foi um dos pontos altos da viagem sem duvida, é algo único do pais e extremamente divertido, vai render ótimas historias tenha certeza xD

 

A ideia inicial era ter visitado a cidade de Kinosaki (conhecida por seus inumeros onsens) e passado o dia ali, mais como tivemos que alterar nosso roteiro, tivemos que deixar a experiência do onsen japonês para o Oedo Monogatari.

Existem vários tipos de onsen no Japão, próximos ao mar, ao ar livre com um rio do lado, em montanhas... Esse que fomos é um onsen urbano, e a melhor definição para ele seria “parque temático de onsen”, tudo no formato de uma cidade do período Edo, com jogos e barracas de comida.

Chegando lá vc troca a sua roupa por um yukata (quimono usado no verão, mais leve que o tradicional). Você pode escolher entre algumas opções disponíveis, se não me engano eram 4 ou 5 modelos (5 tipos para homens e 5 para mulheres)

Depois de receber o yukata é hora de vesti-lo.

 

Em um vestiário vc deve se despir totalmente para usar o yukata (primeiro momento de vergonha alheia).

Apenas depois disso é que vc esta literalmente dentro do lugar.

Há diversos tipos de banhos, inclusive ao ar livre!!! Os banhos são divididos por gênero, mulheres em uma área, homens em outro.

Quando vc entra na área de banhos a um segundo vestiário, nele vc guarda seu yukata e fica peladão!

Sim, os banhos no onsen são totalmentes nus... da bastante vergonha em um primeiro momento, mais depois de sair e entrar algumas vezes se torna bem natural.

Mais ainda não é hora de entrar nos banhos termais, o certo (apesar de nem todos fazerem) é lavar o corpo em um daqueles chuveiros de padrão japonês (em que vc senta para usa-los), ou jogar alguns baldes de agua no corpo. Lembre-se: a águas das piscinas termais é pra ficar de molho, de boa, não pra se lavar!!

Cara os banhos termais são muito relaxantes, é muito gostoso vc ficar só de boa relaxando, indo de banho em banho, batendo papo...muito bom. O foda é vc ficar lá desfilando peladão no meio do povo. Apesar do esteriotipo dos japoneses serem tímidos e os brasileiros descolados, nessa hora se inverte... até vc se sentir totalmente a vontade demora um pouquinho, já os japas encaram com naturalidade, é totalmente comum pra eles.

Somente os banhos são divididos por gênero, então os casais e familias podem aproveitar todo o resto do onsen juntos, inclusive o "banho de pé" ao ar livre. Alias nessa área externa tem um lugar onde vc pode experimentar aqueles peixes-pedicure por um valor adicional, bem legal ^^

O Oedo Onsen Monogatari faz varias referencias ao anime Gintama (acho que é esse, não tenho certeza), boa parte da decoração e atrações tem algo desse anime.

Oedo Onsen Monogatari

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Do nosso grupo apenas o Anand não tem tatuagens, eu tenho 4 e elas são bem visíveis. Nos onsens normalmente pessoas tatuadas não são permitidas, como uma forma indireta de tentar excluir pessoas ligadas a máfia Yakuza, que quase sempre usam tatuagens. Essa norma também se aplica a estrangeiros, não adianta chorar.

O Oedo Onsen Monogatari não aceita pessoas com tatuagens (tem vários avisos logo na entrada), por essa razão aqui no Brasil nós já compramos aquelas fitas cor de pele pra cobrir as tatuagens, estilo Salonpas. Caso vc precise e não tenha comprado no Brasil é só ir até alguma loja Don-Quixote que vc encontra.

 

Deu pra aproveitar bastante, o horário de funcionamento é ótimo, fica a madrugada toda aberto, só fecha as 9 da manha do dia seguinte. Nos saímos de lá bem tarde, quase 23h e tinha bastante gente chegando ainda.

Tanto a ida quanto na volta fomos pelo monotrilho Yurikamome, que serpenteia aranha céus e oferece um visual incirvel! Procure ir no primeiro vagão, logo nos dois primeiros bancos... a composição não tem maquinista e desse ponto vc vai ter uma ótima visão, ainda mais durante o dia.

Yurikamome line

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16º Dia – Tokyo /// Fuji Q Highland e The Lockup

Dia de conhecer um dos maiores parques de diversão do Japão, o Fuji Q Highland.

Dois fatores foram determinantes para incluirmos o parque no roteiro:

1- Montanhas Russas: O parque possui algumas das montanhas russas mais insanas do mundo, algumas como a Dodonpa (a mais rápida do mundo, 172km), Takabisha (a mais íngreme do mundo), Eejanaika (segunda maior montanha de 4º dimensão do mundo) e a Fujiyama que já foi a mais alta do mundo por muito anos... isso apenas se falando em montanhas russas.

2- Evagelion World: Dentro do Fuji Q tem uma atração chamada Evagelion World, totalmente dedicada ao anime Neo Genesis Evangelion, sem duvida uma das minhas series favoritas. Entre algumas coisas que vc encontra nesse espaço está um busto em escala 1/1 (proporção real) do Eva 01, o robô gigante mais pica das galáxias ever.

Vou me extender um pouco no relato do parque, pq tem pouquíssima informação disponível por ai.

 

O parque fica na região do Fuji, bem próximo ao próprio Monte Fuji (do parque se tem uma ótima vista do monte).

A região do Fuji é bem longe de Tokyo, fica numa área chamada de região dos 5 lagos, composta por varias cidades, o deslocamento pra lá é demorado, umas 3h de viagem.

Pode ser que exista alguma forma mais rápida de se chegar (não conheço), nós optamos em ir de trem pra economizar, já que estávamos com o JR-Pass.

Pra chegar vc deve pegar um trem da linha Chuo partindo de Shinjuku até Otsuki. Em seguida baldeação para linha Fuji Kyuko até a estação Fujisan. O trem até Otsuki parece um trem de viagem, é bem confortável e faz poucas paradas. A paisagem que se tem durante a viagem é bem legal, bastante verde e natureza. Esse deslocamento até Otuski é o mais longo, da pra dormir de boas.

Se vc não tiver com o JR Pass vale a pena analisar com calma esse deslocamento, pois essa passagem até Otsuki é bem cara.

A estação Fujisan te deixa praticamente dentro do parque, não tem erro. Do trem já se tem a visão do Monte Fuji.

Monte Fuji

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Nós encaixamos a visita ao parque pra um dia de meio de semana (era uma quinta) pra evitarmos longas filas e a muvuca. Porem como o deslocamento é de umas 3h tivemos que acordar bem cedo pra ser proveitoso, pois durante o meio da semana o parque fecha bem mais cedo que o normal... durante a semana fecha as 17h, finais de semana 20h.

Detalhe: O parque fecha as 17, mais as 16:30 varias atrações já não deixam vc entrar na fila. E não tem choro, não adianta falar que é do Brasil, que seu amigo tem uma doença terminal... os funcionários são totalmente irredutíveis.

O valor do ingresso é bem salgado, mais um motivo pra otimizar o tempo e aproveitar ao máximo cada minuto rs

Tem um outro ingresso que dá direito apenas a entrar, e pra cada atração vc paga a parte... é muito mais em conta caso alguém só esteja indo pra acompanhar ou se vc estiver indo APENAS pelo Evangelion World.

 

Não vou me estender nos comentários sobre as montanhas russas, alias elas dispensam comentários, muuuuito foda xD

A única coisa chata em relação as montanhas russas é que os funcionários não deixam usar câmeras de aventura (estilo Go-Pro), não importa o quanto vc esteja com o equipamento necessário pra que não use as mãos e etc, vc não vai conseguir filmar... pior que eu tentei em todas, e eles são realmente bem rigorosos com vc estar portando objetos, vai tudo pra um locker.

Alem das montanhas russas tem varias outras atrações bacanas. Como era dia de semana tinha muitas atrações que era só chegar e ir, pq quase não tinha filas ^^

Fuji Q

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Ai chegou a hora de conhecer o Evangelion World... eu tinha visto alguns vídeos na Internet e não parecia grande coisa... porra eu gostei muito, bem loko mesmo. Pra quem é fã vale a pena sim. Tem várias reproduções de cenários e cenas pra vc interagir, atualmente a grande maioria das coisas tem foco no Evangelion 3.33 you can (not) redo. Pelo fato da serie comemorar aniversario de 20 anos em 2015 varias atrações e pontos do parque fora o Evangelion World estavam decoradas com referencias ao Evangelion, muito legal ^^

Se vc for ao parque APENAS pra visitar o Evangelion World eu acho que não vale a pena, principalmente pelo tempo de deslocamento pro parque e pelo valor de entrada que é caro. Mais se vc optar em conhecer tudo junto, ai sim, diversão garantida.

Rola uma apresentação na área do busto do Eva 01, no mesmo estilo da apresentação noturna do Gundam de Odaiba, dura algo em torno de 7 minutos, foda!

O busto já fica próximo da saida do Evangelion World, mais antes de sair (pra variar) tem uma loja com todo tipo de coisa da franquia... alias, se vc vai ao parque é ainda mais desnecessário visitar a loja de Evangelion em Ikebukuro (que relatei no 5º dia), pois essa loja do parque é ainda mais completa... o problema são os valores. Trouxemos apenas uns chocolates que vem em uma lata de metal com formato de Entry Plug *____*

Evangelion World

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Quando voltamos a Tokyo já era inicio da noite, decidimos jantar em um lugar que tínhamos visto em Ueno, no primeiro dia de viagem: The Lockup.

Antes da viagem eu havia visto no “Lugar Incomum” (programa de viagens que passa no Multishow, apresentado pela Didi Wagner) um episodio em que ela visitava um restaurante com temática de “terror” chamado Alcatraz, achei muuuuito foda, procurem assistir esse episodio (e todos os da temporada do Japão), tem ótimas referencias.

Então quando vimos o The Lockup na rua naquele dia, deduzimos que fosse um similar, ficamos muito curiosos pra ir, por isso voltamos.

SENSACIONAL!!! Vcs precisam visitar ele ou algum similar quando forem, muito muito muito bom.

Logo na entrada já começa a diversão, não é simplesmente entrar no restaurante, vc desce um longo lance de escadas inicial com varias vozes e áudios sombrios, quando chega a uma porta tudo para e fica silencioso, vc tenta abrir uma porta, mais quando chega na metade ela se fecha com uma força muito grande e vc não consegue abri-la. Depois de varias tentativas sem sucesso simplesmente ela destrava e volta a abrir... mais um lance de escadas, tudo escuro, apenas luz negra, vc fica cercado por vários espelhos, e ao olhar pra eles percebe que seus olhos, dentes e partes da roupa ficam com uma coloração brilhante. Outra porta que não se abre... vc fica extremamente tenso, esperando tomar um susto a qualquer momento kkkkkkk

Depois dessa segunda fase, finalmente vc chega a recepção, onde uma recepcionista fantasiada de policial algema vc e te leva até sua cela (onde fica sua mesa rs)

Vc literalmente fica em uma cela! O visual tanto da cela quanto do resto do restaurante é incrível, cheio de detalhes.

Os pratos e drinks tem uma temática sombria, os drinks vem em tubos de ensaio, outros com um olho dentro, ou com doces que tenta simular vermes e etc. Os pratos seguem a mesma pegada. A trilha sonora tbm é bem legal, rolou Marilyn Manson e Rob Zombie.

Enquanto vc está lá comendo de boa, em um momento do nada eles apagam as luzes, começam a tocar umas sirenes e aparece um pessoal fantasiado que fica entrando nas celas e circulando pelo restaurante te assustando, é muito engraçado e bizarro, nota 10.

The Lockup

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17º Dia – Tokyo /// Retorno a Akihabara e despedida

Ultimo dia no Japão, a noite iniciaríamos nossa longa jornada de regresso.

Fizemos o checkout no hostel, mais eles liberam um espaço pra deixar as malas até a hora da partida.

Voltamos pra Nakamise-dori que era bem perto do nosso hostel pra comprar lembrancinhas pro povo, lá tem boas opções.

Tambem voltamos pra Akihabara, pra comprar lembrancinhas e algumas coisas que acabaram ficando pra tras na primeira visita.

Depois de comprar o que faltava no final da tarde já partimos com nossas malditas malas pro aeroporto via metro.

Apesar de cheio vc consegue andar de trem e metro com as malas. Se fosse em São Paulo não ia rolar... como eu disse antes, apesar de cheio a postura do povo no transporte publico é totalmente diferente. Chegamos com um bom tempo de antecedência pra não ter nenhum problema pra despachar as malas ou qualquer coisa do tipo.

 

Tivemos um susto no momento do check-in. O Thiago preencheu errado o nome dele no site da Qatar, então o nome dele saiu errado no bilhete. No final deu tudo certo, o pessoal acabou não criando muito caso com isso, porem nós conhecemos historias de pessoas que tem a maior dor de cabeça por o nome estar com um detalhe diferente do documento, mesmo que seja um erro insignificante. É bom sempre conferir com atenção esse tipo de coisa. Mais uma vez ponto pra Qatar Airways.

 

Diferente da ida, a volta foi bem chata... passar tanto tempo dentro de um avião é de foder.

Chegando no Brasil eu fiquei com bastante receio. Muita coisa que eu comprei durante a viagem eu acabei esquecendo de guardar as notas fiscais, rolou muito medo de ter algum problema na receita federal, todos nós passsamos meio apreensivos mais deu tudo certo, não tivemos nenhum problema ^^

Saldo final de compras

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Nos dias seguintes eu tive um pouco de problema com jet lag, mais não foi nada demais. O Anand passou o resto das férias indo dormir e acordando em horários malucos kkkkk, foi o único que sofreu mais intensamente com isso.

 

Esse retorno foi bem melancólico, apesar da alegria de voltar pra casa, foi meio triste ir embora. O Japão foi perfeito em todos os aspectos. Conseguiu superar as expectativas de alguém como eu que já tinha altíssima hype antes da viagem.

Normalmente quando eu faço uma viagem ou passeio, a vontade seguinte é sempre seguir pra um novo lugar que ainda não fui... com o Japão o sentimento foi diferente, voltaria tranquilamente para uma segunda ou terceira visita.

Se vc está em duvida em colocar o Japão na sua lista de destinos pode ir sem medo, posso resumir o destino como perfeito.

 

Caso vcs tenham duvidas ou queiram fazer qualquer questionamento, fiquem a vontade pra usar o topico! Prometo responder o quanto antes! É sempre uma satisfação ajudar outros viajantes e recordar a trip!

Abraços!!

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Tanagushi! Tudo bem?

"Devorei" seu relato, parabéns pelos detalhes!

Pode me ajudar? Vou para o Japão em dezembro/15 (inverno portanto) sozinha! Já mochilei pelo sudoeste asiático, agora estou pronta pra partir pra Terra do sol Nascente!

Estou em dúvida entre Hakone e Takayama. Não sei se Hakone é negócio no inverno..

Chego em Narita. O JR pass não serve para o trem até a estação central de Tokyo, certo? ficarei em Asakusa.

Esse JR pass também não serve para o metro de Tokyo?

Vou para Tokyo, Hakone OU Takayama, Kyoto, Osaka e volto pra Tokyo. Se der vou pra Yokohana! Acha que o JR Pass compensa?

Super obrigada!

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Tanagushi! Tudo bem?

"Devorei" seu relato, parabéns pelos detalhes!

Pode me ajudar? Vou para o Japão em dezembro/15 (inverno portanto) sozinha! Já mochilei pelo sudoeste asiático, agora estou pronta pra partir pra Terra do sol Nascente!

Estou em dúvida entre Hakone e Takayama. Não sei se Hakone é negócio no inverno..

Chego em Narita. O JR pass não serve para o trem até a estação central de Tokyo, certo? ficarei em Asakusa.

Esse JR pass também não serve para o metro de Tokyo?

Vou para Tokyo, Hakone OU Takayama, Kyoto, Osaka e volto pra Tokyo. Se der vou pra Yokohana! Acha que o JR Pass compensa?

Super obrigada!

 

Olá Naja!!

Vou te ajudar agora e vc me ajuda na próxima, pois a meta pra 2016 é o sudeste asiatico (já sonhando com Thailandia rs)

Takayama e Hakone

A vantagem de Hakone é que vc consegue fazer um daytrip partindo de Tokyo, ou passar apenas uma noite lá (no caso de não ter tantos dias disponiveis). Takayama me parece mais interessante, porem nesse caso vc iria precisar de mais tempo. Eu não estive em nenhuma das duas, então realmente não sei dizer se vc teria problemas em visita-las no inverno, mais sinceramente acredito que não.

 

JR Pass

Do Aeroporto de Narita pro centro de Tokyo (Shinjuku, Shibuya, etc) a forma mais pratica é pelo trem expresso, o JR Pass serve pra ele sim. Uma passagem nesse expresso fica por volta de 70 reais, então usar o JR Pass logo de cara pode ser uma boa rs

Acredito que tenha outras formas mais economicas de deixar o aeroporto, mais realmente não conheço pois desembarcamos em Haneda.

A péssima noticia em relação ao JR Pass é que ele não serve pras linhas de metro, só para as linhas operadas pela JR (trens, shinkansen, barcas, etc)... é como se a JR fosse a CPTM de São Paulo, não tem nd a ver com as linhas de metro.

Se vc está na duvida se o JR Pass vai compensar ou não a melhor forma é consultar esse site aqui: http://www.hyperdia.com/en/

Por ele vc pode simular seus trajetos, ai vc vê quanto vai custar cada deslocamento.

Dai é só calcular se vale a pena ou não. O site é meio confuso, mais tem tutorais no youtube como utilizar caso vc tenha duvidas.

 

Abraços

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