Membros Dérien Postado Abril 23, 2010 Membros Compartilhar Postado Abril 23, 2010 E aí , pessoal! Bom, sou de SP e desci de avião em Caxias, onde aluguei um carro (melhor coisa que fiz), com o qual acabaria rodando 1.000Km, passando por Gramado, Canela, Cambará do Sul, Praia Grande (SC), Torres e Bento Gonçalves. Em Gramado e Canela focamos nossa viagem nos atrativos naturais, ou seja, Parque da Ferradura e Parque dos Paredões (novo). O da Ferradura tem um visual impressionante, as trilhas são limpas e agradáveis e os mirantes muito bem localizados. Ali, no mirante da Ferradura, dei, finalmente, a aliança para minha esposa (seis anos morando juntos e um ano de casado no civil). Mas isso é uma outra história. Bom, no Ferradura a visitação, tirando uma trilha que é mais longa, leva umas duas horas. Nos Paredões, leva um pouco menos. Depois fomos ao teleférico (que, na minha opinião, substitui muito bem o Pq. do Caracol, pelo menos na vista da Cachoeira, ou seja, economia). Ficamos em Canela no Hostel, que achei caro para um Hostel (R$90,00 o casal). Depois, fomos para Cambará do Sul. No caminho, tem o Passo do Inferno, que agora se chama Pq. das Cachoeiras e, justamente por essa mudança, passamos batido sem conhecer o lugar, mas parece que vale a pena dar uma passada por lá, você faz o caminho dentro do carro, só curtindo o visu. Antes de chegarmos a Cambará, passamos pela Cachoeira dos Venâncios e Passo do S, que tem uns 10 km de estrada bem ruinzinha, mas passável, ainda mais quando o carro é alugado. A parte da estrada até a Cach. Venâncios é mais tranquila. Agora, como tudo em Cambará, sem carro, só de agência. Pra finalizar esse dia, fomos jantar no Galpão Costaneira: bifes grelhados c/ queijo coalho, farofa de pinhão, linguiça caseira, etc. Comi com louvor. No dia seguinte, fomos ao Fortaleza, a mais gigantesca paisagem que já vi em minha vida (até que os Glaciares em Calafate). Dia de sol e conseguimos ver Torres. Percorremos toda a borda, vagarosamente, e terminamos no ponto mais alto do Canyon, que muita gente parece não saber se acessível (principalmente porque não há qualquer sinalização no Fortaleza). A trilha do segredo é que foi mais complicada: sem sinalização, foi difícil entender que era preciso atravessar o rio em local tão próximo à queda dágua (por sinal gigante, a Cachoeira do Tigre). Entendam que a travessia é antes da queda. Mas é tranquilo, as lajes do leito do rio formam um caminho pelo qual dá pra passar e não há correnteza. Já do outro lado da margem, a trilha é segredo: muito mato, praticamente não há trilha e o negócio é pegar a direção em que está o alambrado de observação (estrategicamente vislumbrado ainda na outra margem) e seguir até lá. Dali em diante, o visual é de encher os olhos. Tremo só de pensar que quase não fizemos essa trilha. Em Cambará, fiquei na Pousada Simone. Barata (R$ 60,00 o casal), limpa e c/ um ótimo café da manhã. Já no Itaimbezinho não cometemos o mesmo erro do Fortaleza, ou seja, levamos uma garrafa de vinho, salame e queijo, desfrutados ao longo da trilha do cotovelo. Na verdade, acho que deveria ter ido lá primeiro, já que o Fortaleza é o clímax, o Grand Finale. O Fortaleza ainda é selvagem, não tem mirante construído, você fica mais em contato com a imensidão do lugar. As estradas, tanto de um quanto de outro, estão ruins, mas dá pra ir tranquilo. Então descemos até Praia Grande para fazer a Trilha do Rio do Boi. Íamos fazer a do Malacara, mas um casal que encontramos no Itaimbezinho disse que não era o que eles esperavam. Chegando lá, ficamos no Hostel Nativo dos Canyons, gente muito boa os donos, o hostel mais sociável que já fui. Não havia ninguém mais para dividir o guia, então morremos em R$ 100,00. Mas valeu muito a pena, realmente é sensacional, do começo ao fim. Isso sem falar que nosso guia tem um sogro, cozinheiro de mão cheia, que tinha acabado de abrir seu restaurante. Fomos até lá e não acreditamos na quantidade de comida por R$15,00/pessoa. Entre peixes, massas, farofas e saladas, destaque para a pizza de peixe, que se chama assim por serem duas camadas de filé de peixe (a "massa") cobertas por molho de tomate, muito queijo e brócolis. A Casa do Sabor é o nome do lugar. Dia seguinte pela manhã, e fomos para Torres, onde achamos muito caro os restaurantes de frutos do mar do Cais do Mampituba. Na sorte, um desses restaurantes estava com promoção de R$15,00 buffet de grelhados, massas e muito mais. Em Torres, subimos nas Torres, curtimos muito o visual das praias e dunas e, é claro, estava sol e então tomamos um banho de mar. Tentei entrar com o carro na Praia da Cal e quase me dei muito mal: errei no traçado para descer por uma rampa e o carro ficou com as duas rodas da frente no ar. Mas nada que a prestatividade gaúcha não pudesse resolver: rapidamente um surfista e um senhor que passavam por ali se prontificaram a ajudar e conseguimos improvisar uma rampa de madeira. De lá fomos para Bento Gonçalves e pudemos curtir o espetáculo que é a subida pela Rota do Sol. Chegando em Bento, ficamos aturdidos com a cidade grande que encontramos. Ficamos na Casa Mia, bom, barato e com um excelente café da manhã. Na Vinícula Garibaldi, encontramos com uma guia e então fomos levados no bico. Supervalorizando seu trabalho, ela estava com uma coreana de Curitiba, que ela disse ser enóloga com experiência internacional mas que na verdade depois descobrimos tratar-se apenas de uma apreciadora de vinhos. Disse que faria com ela um passeio no dia seguinte pela Salton, mas degustando vinhos diferenciados da degustação normal, o que não aconteceu, ou melhor, provamos apenas um vinho diferenciado, e muito a contragosto da guia da fábrica. Depois nos levou a uma cachaçaria, que ela dizia ser difícil de encontrar o caminho, o que mais uma vez provou ser mentira. Bom, no fim das contas, pagamos R$50,00 por uma guia que apenas dirigiu seu carro, nos levando a lugares que poderíamos ter ido por conta própria e de graça. Mas depois fomos ao Vale dos Vinhedos, Caminho das Pedras e Vale das Montanhas, e tudo ficou às mil maravilhas. Nesses lugares, parece que os jardins floridos nascem naturalmente da vegetação, dá vontade de passar o dia inteiro dirigindo o carro e curtindo a paisagem, a melhor definição real para a palavra "bucólico". Pra onde você olha, dá pra pintar um quadro. É tudo muito bem cuidado, são muitas cores, o povo é pra lá de hospitaleiro (que história a dos italianos naquela região!!). O lugar mais próximo do "Condado" de "O Senhor dos Anéis" que já conheci. Ali degustei muitos vinhos, proseamos com várias pessoas, aprendemos muito sobre a cultura do vinho. Nota 10!!! Bom, é isso aí. Adoramos o Rio Grande do Sul, seu povo, cultura, paisagens, comida, bebida. Os canyons foram marcantes e com certeza voltarei lá outra vez. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros de Honra Frida_ssa Postado Janeiro 17, 2012 Membros de Honra Compartilhar Postado Janeiro 17, 2012 Olá Dérien, Em primeiro lugar parabéns pelo gesto romântico da alinça !!! Seu relato tá muito legal !!! Tenho muita vontade de conhecer o sul do país. as paisagens de flores e os vinhedos....coisas que não se vê muito aqui pelo nordeste!! Muito legal!!! prabéns! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros J. Carlos Postado Março 31, 2013 Membros Compartilhar Postado Março 31, 2013 E aí , pessoal! Bom, sou de SP e desci de avião em Caxias, onde aluguei um carro (melhor coisa que fiz), com o qual acabaria rodando 1.000Km, passando por Gramado, Canela, Cambará do Sul, Praia Grande (SC), Torres e Bento Gonçalves. Olá Dérien, vou descer em Caxias tambem, só que no terminal rodoviario e gostaria de alugar um carro, vc poderiame indicar a empresa na qual vc alugou? Obrigado... Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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