Colaboradores Viajante Inveterado Postado Julho 28, 2017 Colaboradores Postado Julho 28, 2017 Fala, viajante!! A região de Santa Marta, definitivamente, me deixou com gostinho de quero mais. O Parque Tayrona e seus arredores têm muita coisa pra mostrar, mas o fim da viagem estava próximo e tínhamos que seguir para Bogotá. Bogotá e a Catedral de Sal Deixamos nosso hostel em Santa Marta e partimos de táxi (COP 12.000) até a estação rodoviária. Pagamos COP 60.000 (70.000 se for no cartão) pela passagem do semileito da Berlinave até a capital – com direito a wifi que teve um papel fundamental, fazendo as 18 horas de viagem passarem mais rápido. Pela manhã, fizemos a única parada da viagem em um restaurante simples na estrada para tomar café. Por volta do meio das 10h entramos na região metropolitana da capital, e enfrentamos um trânsito bem lento. Pela janela, o que víamos era muita pobreza. Quase duas horas depois, chegávamos à rodoviária. Já estávamos com fome e aproveitamos para almoçar por ali mesmo. Em seguida, após analisarmos o custo x benefício do transporte público, decidimos encarar o táxi (principalmente para fugir do trânsito). O primeiro preço era COP 25.000, mas choramos e conseguimos um taxista que nos levasse por COP 15.000. Ficamos hospedados no hotel La Santa María, no bairro Chapinero, localizado próximo às badaladas Zona G (que oferece muitas opções gastronômicas) e Zona T (conhecida por suas opções de compras e casas noturnas). Todos os quartos são privativos e possuem banheiro, TV a cabo e telefone. Em frente ao hotel fica o Hostal La Pinta, da mesma rede do La Pinta Boogaloo que havíamos ficado em Cali dias antes – os três estabelecimentos são do mesmo proprietário. Após nos instalarmos, seguimos até o Museo del Oro que merece destaque por sua organização, por seu acervo riquíssimo e pelas interessantes instalações. Ao lado do museu fica a Galeria Artesanal com as mais diversas lembrancinhas que exaltam desde o café, um dos principais produtos de exportação do país, até a grande variedade cultural indígena. Já anoitecera e caminhamos um pouco por aquela região. O movimento de carros e pessoas era grande. Depois de muito escolhermos, encontramos um local para comer, uma espécie de Subway colombiano, chamado Q. Depois tomamos um táxi para voltar ao hotel. No dia seguinte o passeio seria fora de Bogotá. Nosso destino era a famosa Catedral de Sal de Zipaquirá – conhecida como a Primeira Maravilha da Colômbia, que fica nos arredores da capital e o trajeto leva cerca de uma hora. Para chegar até lá fomos de táxi (por COP 20.000) até a Calle 170, onde encontram-se vans e micro-ônibus para diversos lugares. O micro até Zipaquirá custou COP 4.800 por pessoa. Desde a parada do ônibus até o complexo da Catedral são cerca de 10-15min a pé e dá pra aproveitar o caminho pra conhecer um pouco da cidade. Chegando lá, a escadaria é grande e o caminho é demarcado por um risco branco no chão. O preço da entrada é bastante salgado (desculpe o trocadilho… rsrs). O ingresso básico custa COP 50.000 e dá direito ao Tour Guiado + Vídeo musical na maior tela de LED subterrânea + Projeção 3D do filme Nucuma (O Território do Sal). Existem ainda os opcionais: Ruta del Minero, Parede de Escalada, Museo de la Salmuera, Passeio de trem pelo centro histórico e guia exclusivo. O que hoje é uma importante atração turística, surgiu, na verdade, como uma mina de sal e sua origem remonta ao ano 1816. A antiga Catedral começou a ser construída em 1950 e a nova Catedral teve seu início em 1991 e foi concluída quatro anos depois. Na parte externa do complexo há lojinhas e uma praça de alimentação. O acesso para a Catedral se dá por um longo túnel que leva até a Via Crucis: um caminho de 386 metros com 14 capelas escavadas nas rochas de sal, representando o caminho percorrido por Jesus Cristo. Seguindo esse caminho chega-se à Cúpula, que conecta o túnel à grande nave central e é o local mais disputado para tirar fotos. A partir daí chega-se às três naves: La Nave del Nacimiento, La Nave de la Ressurrección e La Nave Central, construída a 180 metros de profundidade, que exibe a maior cruz do mundo. Ainda debaixo da terra (ou seria do sal?), os demais corredores dividem atrações diversas, lojas de suvenir e um café. Tudo, tudo foi escavado em rochas de sal. Deixamos a catedral, fomos conhecer um pouquinho da cidade. Seguimos até a Plaza Monumento a Los Mártires, onde fica a Iglesia Zipaquirá. Descemos a Calle 4, que é um calçadão comercial bastante movimentado, e chegamos ao bonito Parque La Esperanza. Os ônibus de volta para Bogotá saem da esquina dessa parque, no encontro da Calle 4 com a Carrera 16. O preço é o mesmo da ida: COP 4.800. Estávamos bastante cansados e, literalmente, dormimos no ponto. Passamos batido do nosso ponto de desembarque e tivemos que enfrentar o trânsito da capital por bastante tempo, até desembarcarmos no terminal rodoviário. O “passeio” forçado serviu para conhecermos uma outra parte do Bogotá que possui uma grande concentração de construções de tijolos à vista. Pegamos um táxi (COP 10.000) do terminal até o hotel. Mais tarde saímos pra comer uma pizza e depois queríamos ir para um barzinho, mas estávamos cansados demais. Aquela era a nossa última noite na Colômbia, a nossa última noite de mochilão. E não tínhamos disposição nem pra tomar uma cervejinha na esquina. O cansaço e saudade de casa estavam batendo. Mas ainda tínhamos mais um dia pra aproveitar! De repente, abri os olhos. Tudo estava ficando diferente. Era o último dia. Não queríamos perder nada e, ao mesmo tempo, seria impossível percorrer todos os lugares que ainda faltavam ser visitados em Bogotá. Não sei como é pra você mas, no meu caso, quando o mochilão vai chegando ao fim a tendência é eu ficar mais cansado, com a cabeça longe. Nossa prioridade era visitar todo o centro histórico que lá em Bogotá é conhecido como Candelária. E começamos na Plaza Chorro de Quevedo, local que, segundo alguns, deu origem à cidade. É uma pracinha pequena, simples, que possui uma igrejinha e um certo encanto. A praça costuma ser ocupada por estudantes, artistas de rua e músicos. Em seus arredores, pelas ruelas estreitas de paralelepípedos, distribuem-se fachadas coloridas, lojas de artesanato e albergues disputados. Seguimos para os museus. Iniciamos na Casa de La Moneda, onde a entrada é gratuita. O local exibe, entre tantas outras moedas, as primeiras de ouro cunhadas na América do Sul, além de prensas de diversas épocas. Um dos pontos altos da nossa visita à Bogotá foi o Museo Botero. O museu possui uma coleção incrível de telas e esculturas do artista colombiano Fernando Botero, com destaque para a Monalisa rechonchuda. Mas o acervo vai além e conta com obras de pintores europeus consagrados como Dali, Monet, Picasso, Renoir e Van Gogh. Dá pra melhorar? Dá, a entrada é gratuita! Ainda na onda dos museus, chegamos até o Museo Militar que mostra sua coleção de armas e possui um espaço dedicado aos combatentes. A entrada também é gratuita. Depois, foi a vez da grande Plaza de Bolívar, no coração da cidade. Ao redor da praça estão a Catedral, a Prefeitura, o Capitólio Nacional e o Palácio da Justiça. Para comprar as últimas lembrancinhas de viagem, encontramos o Centro Artesanal Plaza Bolivar, localizado a poucos metros da praça – os produtos são praticamente os mesmo aos da feirinha ao lado do Museo del Oro. Sem muitas pretensões continuamos caminhando tranquilamente entre as milhares de pessoas que aproveitavam o domingo para lotar as praças e ruas centrais. Algumas ruas estavam fechadas e havia diversos artistas (alguns nem tão artistas) exibindo seus dons ou fazendo brincadeiras com as pessoas. No meio dessa multidão, passou uma marcha pacífica em favor da maconha – e os participantes faziam questão de acender seus baseados na frente dos policiais, que ficavam só olhando. Depois de ver tudo isso, decidimos ir de táxi até o Cerro de Monserrate, um morro que atinge 3.152 metros de altitude. Para subir, existem três opções: funicular, teleférico ou a pé. Escolhemos subir de teleférico e descer de funicular e pagamos COP 10.000 – preço especial de domingo. Apesar de ser muito alto (eu disse muuuito alto), a subida é bem tranquila e suave. Era fim de tarde, ventava bastante e as nuvens, por vezes, cobriam toda a vista da cidade. No topo do morro tem uma igreja e dois restaurantes com vistas espetaculares. O passeio estava bacana mas não tínhamos muito tempo – nosso voo sairia à noite e ainda tínhamos que descer e passar no hotel para pegar as bagagens. Descemos de funicular e, na base, compramos umas lembrancinhas gastronômicas que estavam sendo vendidas em saquinhos: formigas – sim, pra comer! Fomos até a esquina esperar um táxi que nos levasse até o hotel e, depois, seguisse para o aeroporto. Eis que avistamos um carro grande, que comportaria nossos mochilões e fizemos sinal. Combinamos a corrida toda por COP 45.000. Chegamos no hotel, pegamos as bagagens e já partimos para o aeroporto. Na hora de pagar, achei estranho ele dizer que minhas notas estavam rasgadas, e pediu pra trocar. Na pressa, fui ingênuo e não percebi o golpe. Ele havia trocado as minhas notas por notas falsas (truque velho, manjado… mas eu caí!). Só fui perceber isso quando fui fazer umas comprinhas no duty free. Tirando o golpe, nossa experiência foi fantástica, conhecemos lugares incríveis, aprendemos muito e os três países desse mochilão (Peru, Equador e Colômbia) arrumaram um lugarzinho em nossos corações! O gostinho de quero mais ficou no ar, o sentimento de tristeza, pela viagem que acabou, e de alegria, por estarmos voltando pra casa, se misturavam a todo momento. Agora, em casa, é hora focar nos próximos destinos, na próxima viagem, na próxima aventura. Porque o importante é não ficar parado! Guarde as informações abaixo para a sua viagem: Ônibus Santa Marta / Bogotá – COP 60.000 (70.000 se for no cartão) pela passagem do semileito da Berlinave, com wifi. Hotel La Santa María – End: Calle 65 #5-50. Diárias por pessoa a partir de COP 96.000/individual, COP 65.000/duplo, COP 66.000/triplo, COP 55.000/quádruplo. Hostal La Pinta – End: Calle 65 #5-67. Diária por pessoa em dormitórios para 8 pessoas COP 28.000; 6 pessoas COP 30.000; 4 pessoas COP 32.000; 4 pessoas feminino COP 38.000. Diária por pessoa em quarto privativo com banheiro compartilhado COP 75.000/52.000/49.000/40.000 para 1/2/3/4 pessoas respectivamente. Diária por pessoa em quarto privativo com banheiro privativo COP 96.000/65.000/52.000/49.000. Museo del Oro – End: na esquina da Carrera 6ª com a Calle 16 (Parque Santander). Abre: ter/sáb 9h-18h, domingos e feriados 10h-16h. Entrada: COP 3.000; gratuita aos domingos. Catedral de Sal – End: Carrera 6, Calle 1, Zipaquirá. Abre: diariamente 9h-17h40. Entrada: o ingresso básico custa COP 50.000 e dá direito ao Tour Guiado + Vídeo musical na maior tela de LED subterrânea + Projeção 3D do filme Nucuma (O Território do Sal). Opcionais: Ruta del Minero COP 6.000; Muro de Escalada COP 6.000; Museo de la Salmuera COP 3.000; Passeio de trem pelo centro histórico COP 4.500; Guia exclusivo COP 60.000 + impostos. Para chegar: COP 4.800 por trecho em micro-ônibus desde o terminal da Calle 170 em Bogotá. Casa de Moneda – End: Calle 11 #4-93. Abre: seg/sáb 9h-19h; domingos e feriados 10h-17h; fechado às terças. Entrada gratuita. Museo Botero – End: Calle 11 #4-41. Abre: seg/sáb 9h-19h; domingos e feriados 10h-17h; fechado às terças. Entrada gratuita. Museo Militar – End: Calle 10 #4-92. Abre: ter/sex 9h-16h; sáb/dom 10h-16h. Entrada gratuita. Cerro de Monserrate – End: Carrera 2 Este #21-48. Abre: seg/sáb 6h30-0h (meia-noite); dom 6h30-18h30; feriados 7h-18h30. O funicular e o teleférico possuem horários de funcionamento diferentes, visite o site oficial para maiores informações. Ingressos (funicular ou teleférico): seg/sáb COP 9.000 por trecho; aos domingos COP 5.000 por trecho. A trilha de pedestres está fechada temporariamente. --- O post original com fotos está no blog Viajante Inveterado: http://viajanteinveterado.com.br/bogota-e-a-catedral-de-sal/ Leia todos os posts desse Mochilão pelo Peru / Equador / Colômbia: http://www.viajanteinveterado.com.br/indice-de-posts-mochilao-america-do-sul-ii/ Citar
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