Colaboradores isabela vs Postado Junho 13, 2010 Colaboradores Compartilhar Postado Junho 13, 2010 (editado) Oi gente! Fiz essa viagem em agosto e setembro de 2009, e vou tentar retribuir a ajuda que recebi do pessoal aqui do fórum com esse relato. Correndo o risco de ser repetitiva, com certeza a minha viagem não teria sido a mesma sem as dicas de vocês. Agradecimentos especiais ao LeoRJ, Mi_GR e Júnia, pois os perturbei incessantemente nas loucas três semanas que tive para montar meu roteiro, planejar e programar a viagem. Vou tentar esclarecer algumas coisas antes: • Primeiro... eu escrevo muito, então mesmo tentando resumir, este relato está grande (já que são 40 dias para descrever) e pode acabar ficando chato, desculpem-me desde já... • Segundo... a viagem era para durar 20 dias a princípio, mas no final troquei minha passagem e acabei ficando 40... Então, no início eu estava anotando tudo certinho, com preços, coisa e tal... Depois eu fiquei um pouco relapsa com certos detalhes... Principalmente na parte da Bolívia, onde sempre deixava para anotar tudo depois, mas esquecia, então quando lembrava já tinha esquecido o que deveria anotar... Tico e Teco estavam muito distraídos e cansados! • Terceiro... os meus preparativos foram muito rápidos! Decidi viajar pela primeira vez para o exterior, pela primeira vez sozinha e comprei a passagem para três semanas depois, pois queria passar o meu aniversário viajando! Isso me causou alguns custos extras, pois tive comprar vários itens para levar, como bota, casaco, toalha (daquela pequena que seca rápido), bateria extra para a câmera (muito importante!), até meia, entre outras coisas que agora não lembro! ãã2::'> Várias coisas eu poderia ter comprado mais barato lá, mas por causa da correria só soube depois... .Quarto... antes de tomar coragem de ir sozinha, eu tentei ver alguns pacotes em agências de viagem, mas nenhuma me dava as opções que eu queria... No final, sozinha mesmo, fui a muitos outros lugares que a princípio nem sabia que existiam (fiquei sabendo pesquisando aqui), e em vez de uma semana fiquei fora 40 dias. Nesse tempo devo ter gasto no máximo o preço de um pacote para Machu Picchu... Este foi o meu roteiro final: Ica (Laguna Huacachina)/ Nazca/ Arequipa/ Copacabana/ Puno/ Cusco/ Aguas Calientes/ Machu Picchu (os 20 dias originais) Cusco/ Copacabana/ La Paz/ Copacabana/ Cusco/ Machu Picchu/ Cusco (os 20 dias acrescentados!) Então, vou começar os trabalhos, espero que gostem e que seja de alguma ajuda!! Editado Junho 2, 2011 por Visitante Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Colaboradores isabela vs Postado Junho 13, 2010 Autor Colaboradores Compartilhar Postado Junho 13, 2010 (editado) Dia 01: Rio/ SP/ Lima/ Ica/ Huacachina Saí do rio às 6h da matina e cheguei em Huacachina (Ica) às 19:30h (21:30h, horário de Brasília)... Foi um dia bem cansativo... Meu roteiro para esse dia era chegar em Lima e pegar direto um ônibus para Ica, com a Laguna Huacachina como destino final. Um dia antes da viagem descobri que em Lima não tem uma rodoviária central, cada companhia de ônibus tem sua garagem, então você precisa saber exatamente para onde está indo, o que me assustou muito... Por isso, quando desembarquei no aeroporto de Lima fui direto ao balcão de informações turísticas para ver quais as companhias faziam o trajeto Lima/ Ica. A moça foi muito simpática, tentou ao máximo entender meu portunhol e até imprimiu um papel com o nome de várias empresas. Depois troquei alguns dólares por soles e perguntei de novo sobre os ônibus para o atendente, pois precisava decidir para onde eu iria dali... Ele ia me mandar para a Cruz del Sur, mas como eu já tinha lido várias coisas aqui a respeito do valor exorbitante da Cruz não valer a pena, perguntei então da cia Soyuz (que em vários relatos as pessoas diziam que viajavam por ela). O cara ficou meio surpreso, me disse inclusive que essa empresa era meio “pirata”, mas falou também que seria até melhor eu ir para lá porque eles tem ônibus pelo menos de hora em hora para vários lugares. Aproveitei também para perguntar quanto mais ou menos o taxi iria me cobrar pela corrida, para tentar não ser muito enganada, pois o taxi em Lima é muito caro, e como não existe taxímetro, é preciso combinar o valor que vai pagar antes... Fui pegar um taxi e consegui negociar o preço e pagar o quanto eu queria, fiquei muito orgulhosa! Mas também, erro crucial, fechei sem ver o carro, e quando vi o taxi... Quase caí na gargalhada! Era tão velho e amassado que parecia que nem ia andar! Rs... Mas andou, e o taxista ainda deu uma de guia me mostrando todos os lugares por onde passamos... Pena que era só lugar feio, pois estávamos na periferia... Assim como o rapaz do aeroporto, ele também comentou que eu estava bem informada, pois não era comum turistas irem àquela empresa pegarem ônibus. Enfim, chegamos ao terminal, ele foi comigo lá dentro e esperou até eu comprar a passagem para garantir que eu não ia comprar errado! Foi bem simpático! Peguei o horário de 13:30h ou 13:45h, se não me engano, e o ônibus era bem simples, realmente não era nada turístico, era de uso do povo mesmo. Quanto à bagagem, o mochilão coloquei lá em baixo, no bagageiro, e pelo que me lembro me deram um papel (mas não lembro se pediram quando peguei em Ica), e a mochila menor foi o tempo todo no meu colo. Não tive problemas com isso durante toda a minha viagem. A viagem é cansativa, mas tudo é novidade, a paisagem é completamente diferente de tudo que já vi antes... É um deserto na beira do mar, muito estranho. E na maior parte da estrada as pessoas e as cidades são muito pobres e vivem em casebres, muitos com paredes e até tetos feitos com um tipo de forro de bambu, parecido com o que usamos aqui... Para cansar ainda mais, o ônibus ia parando de poste em poste e de cidadezinha em cidadezinha... Isso sem contar a TV na altura máxima, e o rádio do motorista que também ficava aos berros, tudo ao mesmo tempo agora! Coloquei uns tampões de ouvido, acessório essencial para viagens em ônibus no Peru e na Bolívia... A certa altura da viagem caí na besteira de perguntar o nome do lugar onde estávamos para o cara que sentou do meu lado... Para que?.. Ele não calou mais a boca, queria ir pra Huacachina comigo, pois morava perto e ainda não conhecia a laguna, perguntou se eu estava sozinha (claro que eu disse que não!), queria meu telefone, e-mail, me deu o telefone e o e-mail dele, caraca!! Sorte que ele saltou logo depois, e depois disso fui muda até o fim da viagem! Quando finalmente saltei em Ica, vários taxistas voaram berrando “Huacachina!! Huacachina!!” Escolhi um, mas na hora de negociar o preço ele cobrou a mais do que eu tinha visto o pessoal comentar aqui no fórum... Ele alegou que era porque o carro dele era grande, sei lá o que mais... Só que eu estava tão cansada que nem discuti... Entrei quase pedindo pelo amor de Deus para ele me levar!! Ele até estava com um cartão do hostel onde eu ia ficar, o Casa de Arena 2, aí eu disse que já tinha reserva lá. (aqui preciso abrir um parêntese: várias vezes enquanto estava planejando a viagem levei bronca do Leo, pois queria reservar hospedagem... o motivo era esse: eu sabia que ia chegar exausta aos lugares e não queria ficar andando com um mochilão nas costas a procura de um quarto! afinal, se eu não gostasse, no dia seguinte poderia sair e procurar outro lugar, descansada e com calma! mas no final acabei só reservando mesmo nas duas primeiras cidades que fui, porque os lugares foram bem recomendados aqui e não precisei pagar nada adiantado para garantir as reservas). Huacachina é muito perto e muito pequena, logo chegamos. Mas tive uma surpresa desagradável, não tinha nem toalha nem papel higiênico no quarto! Não sei se eles fazem isso para você ter que pagar alguma coisa por fora ou se era só pedir mesmo (em um lugar que fui depois você tinha que pagar 1 S pela toalha, e papel higiênico você tem que levar na mochila o tempo todo, pois não tem em lugar nenhum, e quando tem... socorro! rs... isso é muito importante, de verdade)... Como eu tinha levado, não me estressei... E eu estava tão exausta que mal tive forças para tomar banho e comer... Mas tinha que fazer isso, né? E ainda tive que ir ao outro hostel, Casa de Arena 1, que é como se fosse o irmão mais velho do Casa de Arena 2, pois precisava ligar para o Brasil e só lá tinha telefone público... Perdi umas boas moedas nesse telefone! Rs... Depois voltei e caí como morta na cama... Gastos: • Câmbio – 200 dólares = 550,93 soles • Taxi Lima – 30 S • Salgado – 3 S • Passagem p/ Ica – 28 S • Taxi p/ Huacachina – 8 S (deveria ter sido 5...) • Jantar no restaurante do hostel – 18 S (um super hamburguer + batata frita + coca cola, ganhei um copinho de sorvete e comprei uma água grande para levar para o quarto. ah! e metade da comida foi embalada para viagem, porque não consegui comer tudo... ficou de café da manhã!) primeira impressões do país: indo de Lima para Ica Dia 02: Huacachina Pela manhã fui dar uma volta na laguna, que é bem pequena, mas muito bonita. Parece mesmo um oásis no meio de um deserto, bem diferente! Eram umas 11h e não tinha quase ninguém circulando, deduzi que todos deviam estar dormindo, então devia ter alguma coisa boa para fazer a noite... Era o que eu queria porque era meu aniversário! :'> :'> :'> Na volta parei no Casa de Arena 1 e fui perguntar sobre passeios e atividades do lugar, porque esse hostel tem fama de ser mais animado! Para minha alegria havia um “barbecue” naquela noite e, no mesmo lugar, depois virava uma “boate”. Fechei com eles o passeio para as Islas Ballestas para o dia seguinte de manhã e fiquei de pensar sobre Nazca, que poderia fazer sozinha também, por minha conta. Acabei ganhando o churrasco como “regalo de cumpleaños”, legal né? Ia fechar também com eles o passeio de buggy/ sandboarding, mas fui orientada a fazer a reserva no meu próprio hostel, pois assim ganharia um desconto de 5 S na minha diária. O hostel é bem legal, tem um bom espaço externo com jardim e restaurante, apesar do quarto ser bem simples. Então, enquanto não chegava a hora do sandboarding (escolhi fazer de tarde para ver o pôr do sol nas dunas) resolvi ir para a piscina... Sim! Lá é um calor do cão de dia, muito sol!! Rs... Bem, fui para a piscina e resolvi tomar uma cerveja para comemorar o meu aniversário, mas, que decepção... Eu estava crente que ia experimentar uma Cusqueña, algo do tipo, e eles só tinham Brahma!!! Não conseguia acreditar... Para compensar ganhei um Pisco Souer para experimentar (adoro fazer aniversário!), só que achei parecido com caipirinha... As gringas que conheci mais tarde quase me mataram quando falei isso, disseram que caipirinha é muuuito melhor. Como não sou muito fã de caipirinha, não podia opinar muito a respeito, então fiquei quieta... Hora do passeio: o parque das dunas é imenso e lindo demais! A gente vai num “carro” muito esquisito e o motorista vai correndo pelas dunas, é muito legal! Na hora do sandboarding pensei que não ia ter coragem de descer na prancha, mas desci. Deitada, claro! Bem, mas me machuquei, claro! Ralei feio o braço... Mas foi muito maneiro! E o pôr do sol é maravilhoso! Quando nos demos conta, tínhamos dado a volta pelas dunas e chegamos de volta por cima da laguna! Oito da noite, hora do “barbecue”. Foi bem legal, mas completamente diferente do nosso e tinha bebida liberada (água, refrigerante e cuba libre). Fui com as meninas que conheci no passeio e brindamos meu aniversário. Depois foi chegando mais gente para a “boate” que nada mais era do que o mesmo lugar, sem estar servindo a comida! Ficamos conversando com o pessoal, jogando totó, sinuca, experimentei um outro drink com pisco, mas não sei o nome, achei melhor que Pisco Souer... Dica: • Para fazer o sandboarding vá de tênis, calça e cinto, ou pelo menos uma calça que prenda firme na cintura! Senão você corre o risco de ficar sem calça durante a descida! E uma coisa que ninguém fala por lá... Isso é um esporte, é para ser levado a sério e pode ser perigoso, algumas pessoas já morreram lá... Inclusive uma menina do meu grupo machucou feio o ombro... Tem que ter cuidado mesmo... Gastos: • Buggy/ Sandboarding – 45 S + 3,60 S taxa p/ entrar no parque • Passeio Islas Ballestas – 55 S (com desconto de 10 S) • Bar piscina – 8 S • Churrasco – 20 S (mas não paguei!!) parque das dunas e sandboarding Dia 03: Huacachina/ Islas Ballestas Foi duro acordar às 6h da matina para ir ao passeio... E sem ter tempo de comer nadica de nada... Para completar o tempo estava horrível, fechadão, muito frio e chovendo... Fomos numa van e acho que esse trajeto até Paracas durou umas duas horas... No barco estava mais frio por causa do vento, e mais chuva!!! E isso porque lá quase não chove... Mesmo assim o passeio foi lindo, milhares de aves, pinguins, leões marinhos... Até golfinhos nadaram em volta do barco! Mas os leões marinhos para mim foram a atração principal, com certeza! Os barcos passam bem pertinho deles, muito fofos!! Só na volta pudemos ficar um pouco na orla de Paracas, lá tem restaurantes, umas lojinhas e barraquinhas vendendo artesanato... Aproveitei para tomar um chocolate quente... Bem, mais parecia um leite quente com duas gotas de chocolate, mas colocando muito açúcar serviu para esquentar um pouco, pelo menos! Rs... Como comentei antes, a paisagem nessa região do Peru é diferente de tudo que já tinha visto antes... Essa região foi muito atingida por um terremoto fortíssimo que teve em 2007, se não me engano, e até agora muita coisa não foi reconstruída. Existe um grupo de pessoas fazendo trabalho como voluntários por lá, ajudando a reconstruir casas e escolas, inclusive um dos meninos que estava hospedado no hostel estava indo passar uma semana com eles em Pisco, muito legal! De volta a Huacachina, o sol também estava de volta, firme e forte! Realmente, você pode morrer de frio e de calor com poucas horas de diferença... Encontrei minha amiga, fomos para a piscina e depois almoçar num restaurante... Mais tarde, depois de pensar bem, resolvi fechar a ida para Nazca pelo hostel mesmo. Achei que a diferença de preço valia pelo custo-benefício (conforto, na verdade)... Então de noite quando fui novamente encontrar minha amiga já acertei tudo para o dia seguinte. Fomos dar uma volta fora do hostel, mas não tinha nada para fazer... Pelo menos conseguimos encontrar uma Cusqueña para beber num restaurante na beira da laguna! Essa noite fez muito frio! Depois voltamos e ficamos no bar da piscina conversando com o pessoal que estava lá. Mais tarde subimos para a “boate” e não conseguimos decifrar o mistério de onde tinham ido parar todas as pessoas que estavam lá durante a tarde na piscina! Rs... Mas foi maneiro! Gastos: • Entrada Islas – 1 S • Leite com chocolate – 3 S • Almoço – 14 S (sanduíche com batata de novo + suco de maracujá) • Cusqueña – 8 S • ‘Night’ – 23 S • Ida e vôo Linhas de Nazca – 70 dólares passeio pelas Islas Ballestas Dia 04: Huacachina/ Nazca Acho que se teve alguma coisa chata na viagem foi ficar arrumando e desarrumando o mochilão... Sempre tinha ou que acordar super cedo, ou que dormir muito tarde, para fazer isso. E, como marinheira de primeira viagem, meu erro foi levá-lo já lotado do Brasil, então é claro que cada vez parecia que cabiam menos coisas dentro! Rs... Nesse dia acordei passando muito mal, e já tinham me avisado para evitar comer muito e até de tomar café antes de fazer o vôo sobre as Linhas de Nazca, porque é muito enjoativo... Ótimo dia para passar mal... Comprei então apenas uma água e uma coca cola no restaurante do hostel, fiz o check out e fui de taxi para o terminal da Soyuz em Ica (taxi e ônibus Ica/ Nazca incluídos no preço que paguei). Acho que de Ica para Nazca foram umas duas ou três horas de viagem, a estrada bonita, super árida, mas cheia de curvas, para me ajudar no enjôo! Chegando ao terminal da Soyuz em Nazca (que também não tem rodoviária, como Lima) já tinha um carinha de taxi esperando para me levar ao aeroporto (também incluído). Mas antes passamos numa empresa de ônibus para eu comprar a minha passagem para Arequipa, pois já queria garantir a minha ida naquela mesma noite, e deixar lá o meu mochilão guardado (isso também é uma prática comum a respeito das bagagens, quando você compra a passagem, eles guardam o mochilão para você e te dão um papel, também não tive nenhum problema com isso). Fomos então para o aeroporto, onde tive que pagar a taxa de embarque, única coisa que não estava incluída no meu pacote, e esperei o horário do meu vôo. Tive que guardar a minha mochila menor no stand da empresa do avião, porque apesar de dizer que ela é pequena, não era tão pequena assim para poder ver as linhas comigo! Sinceramente, fiquei um pouco decepcionada com as Linhas de Nazca... E muito grata por não ter teimado em ver também as Linhas de Palpa! Quando a gente vê na internet os desenhos estão sempre nítidos e parecem tão especiais... Mas na hora é difícil de ver, e você tem que ficar super concentrado e focado (ainda mais eu que sou cegueta) para conseguir enxergar, e o avião chacoalhando o tempo todo! O cara atrás de mim quase vomitou, então o piloto pegou álcool para ele cheirar, aí eu que quase vomitei! Rs... Além do calorão que faz no avião, todo fechado... No final já estava pedindo pelo amor de Deus para aquilo acabar... Quando desci, fechei com o cara do taxi de ir conhecer o cemitério e os aquedutos. Eu não tinha visto muita informação aqui sobre os preços desses passeios porque não tinha muita vontade de ir, mas tenho certeza de que fui extorquida... Só que não tenho a menor paciência para essa parada de ficar negociando, pesquisando e pechinchando preço, isso lá é muito irritante! E isso para mim é muito ruim, pois sempre acabo pagando mais caro... Mas o que eu ia ficar fazendo de 14:30h até às 22h, que era o horário do ônibus para Arequipa? E eu já tinha conhecido o cara, e como estava sozinha, não queria me meter em alguma furada... Enfim, lá fui eu. De qualquer forma, passei mó perrengue... Paramos para almoçar e a minha mochila pequena ficou no carro dele. Aí, do nada, ligaram para o celular dele e ele, do nada, disse que precisava sair rapidinho e que já voltava. E foi! Só que ele não voltava nunca! A comida chegou e eu comecei a pensar que tinha me fu... que ele não ia voltar mais... momentos de tensão... eu me sentindo a maior de todas as otárias... Só que graças a Deus ele voltou... Ufa! Aprendizado... Demoramos demais para o meu gosto e fomos para o cemitério. Foi bem legal, ele explicou várias paradas e ainda saímos do caminho pré estabelecido e tirei umas fotos com crânio e cabelos pré incas de dois mil anos (eca!)! Rs... Só que ele falava muito e mais uma vez demoramos demais, saímos de lá para os aquedutos com o sol se pondo... Chegamos muito tarde aos aquedutos, inclusive já estava fechado, então não consegui ver nada direto por lá, fiquei bem chateada com isso... Na volta fiquei na Plaza de Armas de Nazca e fui comprar alguma coisa na farmácia para enfim conseguir fazer um curativo decente no meu machucado. De lá fui congelar de frio na Cial, companhia do ônibus para Arequipa, que ainda por cima atrasou e só saiu quase 23h... Essa foi a passagem mais cara de toda a viagem (fui extorquida mais uma vez!), mas também foi o melhor ônibus que peguei, sem sombra de dúvida... E, considerando o estado lastimável em que eu me encontrava nesse dia, não me arrependi nem um pouco! Tinha até travesseiro e cobertor! Dormi como um anjo! No dia seguinte a mulézinha do ônibus teve que ficar me sacudindo uns bons minutos para conseguir me acordar e me fazer devolver os acessórios para ela guardar! Rs... Gastos: • Check out Huacachina – 75 S • Água + Coca – 5 S • Passagem p/ Arequipa – 100 S (roubo!!!) • Taxa Aeroporto Nazca – 20 S • Almoço – 8 S (menu com sopa de entrada e lomo saltado de prato principal + inka cola grande que dividi com o taxista, mas não gostei...) • Passeio cemitério + aquedutos – 80 S (entradas incluídas, só que ele não pagou entrada nenhuma, no cemitério só visitamos a parte de fora - o que eu descobri vendo o relato e as fotos do Lico, otária! - e no aqueduto chegamos quando já estava fechado, quase pedi os 20 S correspondentes de volta...) • Farmácia – 2,10 S • Câmbio – 40 dólares = 116 soles nazca: voo pelas linhas invisíveis e cemitério Dia 05: Arequipa Cheguei no hostel Los Andes por volta de 8:30h, ou seja, antes do check-in e meu quarto ainda não estava pronto... Pelo menos ainda estava no horário do café e consegui comer e usar o banheiro, antes de sair para dar uma volta na cidade enquanto esperava o quarto. Aqui foi o outro hostel onde fiz reserva, e foi bom eu ter feito, pois era festa da cidade e eu não sabia... Estava tudo cheio... Esse foi o melhor hostel de toda a viagem, e o meu quarto ainda era triplo, enorme, só para mim! [picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100613185008.jpg 350 263.714285714 Corso de Arequipa na Plaza de Armas]15 de agosto é aniversário da cidade, em 2009 estavam comemorando 469 anos, eram vários dias de comemoração. Neste dia estava tendo festa na rua, várias ruas estavam fechadas para a passagem do “Corso de la Amistad”, uma Parada tipo o nosso 7 de setembro, mas muito maior e mais diversificada. Durou o dia inteiro e o povo estava todo na rua para assistir, e muitas pessoas de outros lugares do Peru também vão. Depois de me instalar e tentar descobrir o que poderia estar aberto no feriado, fui conhecer o Monasterio de Santa Catalina. Lá é lindo, uma mini cidade, onde você anda, anda, anda, até cansar... Passei a tarde lá e depois fui comer (para variar um sanduíche! pedi também um mate, esperando um mate leão como o nosso, mas quando veio era um saquinho desses de chá industrializado de mate de coca!). Ainda fui tentar trocar dinheiro, pois já estava tarde e quase tudo estava fechado, mas consegui.[/picturethis] A partir daí foi um caos, várias ruas estavam fechadas inclusive a do hostel, pois o tal do Corso passava bem em frente a ele... Eu pedia informação aos policiais e cada um me mandava tentar ir por um lugar diferente! E a essa hora a festa estava bem maior, e o número de pessoas na rua assistindo também... Nessas ruas por onde passava o Corso, alguns lugares eram reservados para a travessia das pessoas, mas o “público” simplesmente fechava esses lugares e não deixava ninguém passar não! Ficavam na frente, colocavam cadeira, sentavam e já era! Uma zona! Aí num desses momentos uma senhora chamou um policial para tentar restabelecer a ordem e reabrir a passagem... Só que simplesmente as pessoas chegavam na cara do seu poliça e diziam que não iam sair, pronto e acabou! Sabem o que ele fez? Virou as costas e foi embora, sem fazer nada! E eu só pensava “ah... se isso fosse no Brasil”... Quando finalmente consegui chegar à rua certa, estava um caos na calçada, uma muvuca, criança espremida, pior que micareta, carnaval, sei lá... Não consigo pensar em outra coisa para comparar! Só sei que levei uma eternidade para conseguir chegar à porta do hostel e correr lá para dentro... Eu ainda queria sair de noite, mas depois dessa confusão toda, desanimei... Eu sempre ouvi dizer que a noite de Arequipa é bem legal. Inclusive durante a tarde mesmo vi vários lugares legais, já com um pessoal, mas pensei que seria melhor voltar ao hostel para descansar e sair mais tarde... Burra! Depois também lembrei que um chileno esquisito que tinha cismado sério comigo em Huacachina estaria lá naquele dia... Fiquei imaginando o doido perambulando no meio daquela multidão... Aí que desisti mesmo! Essa é a merda de viajar sozinha... Gastos: • Taxi para hostal – 5 S • Cyber – 0,6 S • Entrada Monasterio – 30 S (não aceitam a carteira int. de estudante) • Gravar fotos em cd – 7 S • Almoço – 10,50 S • Câmbio – 300 dólares = 882 soles Dia 06: Arequipa/ Yura No café um amigo meu francês me chamou para conhecer uma cidadezinha, Yura, que fica perto de Arequipa, tem uns poços de águas termais, mas não é muito turística. Pensei “por que não?”. Eu queria também ir num Mirador, de onde se pode ver o vulcão Misti mais de perto e ele ainda queria voltar para ir a uma “pellea de toros” que fazia parte das comemorações do aniversário da cidade. Achei que seria interessante e saímos, só que no meio do caminho ele achou melhor irmos de ônibus comum, em vez de taxi, que devia ser perto (a gente não sabia que eram 30km). Ai, ai... Bem, já estava lá com ele, né? Fui... Até que o ônibus em si foi tranquilo, mas demorou pelo menos uma hora... A cidadezinha se espalha na beira de uma montanha, a vista é linda... Mas ele nem levou a câmera porque tinha escutado um boato de que uns turistas haviam sido assaltados lá... Ai, ai 02 (agora que ele me avisa?)... Enfim, o lugar onde ficam os poços é todo bonitinho e arrumadinho por fora... Mas lá dentro é um nojo!!! Eu só pensava “o que eu estou fazendo aqui???”... Tente imaginar 4 mini piscinas de 2x4m com 10 peruanos esquisitos, a maioria velhos e gordos, enfiados dentro de cada uma, com uma água fedida borbulhando dentro... Acredite, nem de perto você consegue imaginar o que eu vi lá... Minha vontade era ir embora correndo, mas não fui... E entrei naquela coisa horrorosa... Tentando disfarçar a minha cara de horror e nojo, coisa que não faço muito bem... O negócio é você ficar pelo menos uns 10 min em cada poço para a água fazer algum efeito no seu corpo, mas ficamos uns 2 min em cada uma... Acho que o meu amigo também ficou com nojo, mas não quis admitir! Rs... Aí depois você tinha que usar um chuveiro frio para tirar aquela parada podre de você... Eca, muito eca mesmo!!! Sobrevivi... Mas não sei como... Finalmente saímos de lá e fomos comer num restaurante na beira da estrada. Pelo menos nessa nos demos bem, a vista era linda e a truta estava uma delícia! Pena que o que é bom dura pouco, e pegamos um ônibus lotado pra voltar... Meu amigo ainda decidiu que devia dar tempo de ver a tal pellea de toros, então saltamos no meio do caminho, antes de chegarmos em Arequipa. Duas senhoras que estavam no ônibus e moravam na vizinhança se dispuseram a nos ajudar a encontrar o lugar, pegamos então um taxi com elas, pois já estava tarde e não queríamos perder mais tempo. Mas quando chegamos a tal da arena, não havia nada... Mais tarde soubemos que a programação foi trocada em cima da hora e a tal pellea foi em outro lugar da cidade... Bem, voltamos para o ponto e pegamos outro ônibus lotado para o centro de Arequipa, onde chegamos já de noite... Antes de ir para o hostel fiquei tirando umas fotos da Plaza de Armas e da catedral iluminadas. Como esse foi um dia perdido, decidi modificar o meu roteiro e incluir um dia a mais em Arequipa. Até porque eu ainda precisava pesquisar preços e agências para fazer o trekking no Cañón del Colca, e pelo horário só poderia ver isso no dia seguinte... Saí para jantar com esse mesmo amigo, mas como era domingo não havia quase nada aberto... E, definitivamente, nenhum lugar animado, com música, essas coisas... Mas conseguimos achar um restaurante bonitinho, o Inkari Pub Pizzeria, na Pasaje Catedral, que tinha uma promoção de pizza + uma taça (micro) de vinho por 12 S. Estava bem gostoso, foi legal, mas acabamos voltando cedo mesmo. Gastos: • Yura passagens – 1,70 +1,70 + 0,70 S • Entrada poço – 5 S • Almoço – 15 S (acho) • Jantar – 12 S Dia 07: Arequipa Prioridade do dia: pesquisar várias agências que faziam o passeio para o Cañón del Colca. Fui logo cedo e acabei fechando com a que tinha sido indicada pelo pessoal do hostel, a Colca Aventuras. O preço era praticamente o mesmo dos outros lugares, e como eu havia gostado do hostel e dos funcionários de lá, levei isso em conta. Imaginei que eles não iriam indicar uma agência ruim, afinal se desse algum problema pegaria mal para eles também. Bem, posso adiantar que não me arrependi nem um pouco, muito pelo contrário! Tirei o resto do dia para tentar conhecer o resto da cidade... Arequipa é uma cidade linda, cada vez que eu chegava na praça e dava de cara com o vulcão no fundo, por trás da catedral... É simplesmente lindo... E limpa, no dia seguinte daquele tumulto todo não havia um papel no chão, nenhum lugar fedendo, nada, inacreditável! Gostaria de ter ficado mais uns dias lá, pois fiquei passeando o dia inteiro e não consegui ver tudo... Fui ao museu da famosa Múmia Juanita (que era exatamente na frente do hostel), mas não achei nada demais... Além de caro ainda acabei perdendo uma tarde inteira... Você entra e tem que deixar guardada todas as suas coisas na recepção, menos o casaco, pois é bem frio lá dentro. Então te dizem que você vai assistir a um vídeo sobre a expedição que encontrou a Juanita congelada lá em cima da montanha e te mandam esperar no pátio. É legal você ver a múmia tão bem preservada, por tanto tempo, é bem diferente de todas as outras que eu já tinha visto, mas é também meio chato e demorado... E a guia falava rápido demais, nem adiantava pedir para ir mais devagar! Só consegui entender bem as coisas porque vi o museu duas vezes! Rs... É que enquanto eu estava no pátio um menino estava conversando comigo e o grupo dele entrou com a guia no museu, então eu fui junto. Quando eles estavam indo embora eu achei estranho e perguntei sobre o filme, aí ele me disse que para eles não tinha filme. Foi quando me dei conta que tinha ido de gaiata na visita de um grupo fechado, que a minha ainda ia começar... Depois do tal do filme, que tinha horário marcado e eu não sabia! Rs... Lá fui eu de novo! Saindo de lá passei num mercado para comprar umas coisinhas para levar para o Colca e mais tarde fui até a Catedral. Em Arequipa foi o único lugar em que pude fotografar dentro de uma igreja... Em nenhum outro lugar, nem na Bolívia, é permitido... Sendo que em Cusco você ainda paga para entrar nas igrejas... De noite ainda fui até outra igreja linda, Iglesia San Francisco. E passei numa feirinha de artesanato que tinha ao lado, para comprar umas lembrancinhas e um gorro para levar para o Colca. Eu tinha que voltar cedo para o hostel para arrumar as minhas coisas e dormir um pouco, afinal o pessoal da agência ia passar lá para me pegar às 3h da matina... Então, para não perder tempo escolhendo um lugar para comer, fui jantar no mesmo restaurante da noite anterior. Aí, aconteceu uma das cenas mais hilárias de toda a viagem... Quem me atendeu foi o mesmo garçom da véspera, que tinha inclusive ficado conversando em francês um tempão com o meu amigo... Pedi para ele tirar uma foto para mim, mas não sei se ele me reconheceu... Enfim, na hora em que eu estava indo embora, passando pela porta, esse garçom (um peruano baixinho e gordinho) me solta essa pérola em um inglês muito do capenga: “I will wait you to come back”!!!! Algo do gênero, não vou lembrar as palavras exatas, mas com uma entonação de ator de filme romântico barato! Rs... Caraca, eu nem olhei pra trás!! Fui que nem uma maluca gargalhando sozinha do restaurante até o hostel!!! Ninguém merece!! Gastos: • Trekking 2d/1n Cañón del Colca – 120 S • Almoço – 4 S • Museu Juanita - 15 S (tb não aceitam a carteira int. de estudante) • Guia Museu – 5 S (você é orientado a pagar no final, separado e eles praticamente ficam com a mão estendida esperando, só paguei porque fui duas vezes...) • Mercado – 22 S • Feirinha de artesanato – 57 S • Jantar – 12 S • Câmbio – 100 dólares = 294 soles Dia 08: Cañón del Colca - dia 01 3h da matina... A postos na recepção... Check out: nesse hostel eles aceitavam a carteira int. de estudante (uhu!! finalmente) e eu tive 10% de desconto na diária! Só que eles não dizem isso, eu que vi e perguntei... :'> :'> :'> Guardar o mochilão: tem gente que prefere continuar com o quarto reservado e pagando diária enquanto vai para o Colca, mas eu acho que não tem necessidade. Na recepção, eles tem uma sala onde guardam as bagagens dos hóspedes e te dão um papelzinho. Havia mais um casal de amigos holandeses lá no hostel esperando... O guia Marcelo (que só descobrir se chamar Marcial quando já estava de volta ao Brasil e troquei e-mail com o pessoal do grupo! rs) chegou e nos levou ao ônibus, que nos aguardava na Plaza de Armas. Já tinha mó galera lá dentro, eram grupos de outras agências e mais quatro pessoas que formariam o nosso grupo (um casal de espanhóis com mais um amigo, e uma argentina). Catamos mais algumas pessoas pela cidade e partimos para o Mirador Cruz del Condor, onde só chegamos por volta de 9h. Lá é lindo, mas muito cheio... Milhares de pessoas amontoadas, disputando o melhor lugar para sentar e esperar as aves aparecerem para o show... Demorou um pouco, mas elas apareceram, e que show!! Fiquei tirando fotos e filmando, até que depois de um tempo parei para ficar só apreciando. Elas são enormes e passam pertinho da gente, juro, em cima das nossas cabeças, a uns dois metros, sei lá... Muito perto, de verdade... Pena que ficamos pouco tempo lá, uns 40 minutos. Indo em direção ao ônibus, fomos orientados a comprar bastante água, tipo 1,5L por pessoa para levar para o trekking. O ônibus nos deixa num ponto no meio do nada um pouco mais a frente e descemos para começar a tortura! Rs... Algumas pessoas, que fazem o passeio sem a parte da caminhada, continuam no ônibus nos olhando com cara de “boa sorte, vocês são corajosos...”. No início era um campo aberto, aos poucos os grupos foram se separando, e depois começou a descida. Eu realmente tive sorte, o pessoal do grupo era muito legal, divertido e animado. O nosso guia era nota 10, tinha sido criado naquelas montanhas e sacava tudo do lugar. Só fiquei bolada com uma coisa... Logo no começo ele nos pediu para tomar bastante cuidado enquanto andávamos, pois era comum aparecerem animais na trilha como cavalos (deviam ser mulas, mas entendi cavalos na hora) e macacos. E que geralmente eles estão agitados e irritados, e passam e empurram as pessoas! Aí contou que uns 15 dias antes um macaco tinha empurrado um gringo que estava no grupo dele, e o cara tinha rolado uns 15 metros montanha abaixo... Na hora todos ficaram assustados e prometeram tomar cuidado... Mas até agora não sei se é verdade ou se ele disse isso justamente para prestarmos muita atenção no caminho... O que realmente era necessário, eu mesma tropecei várias vezes, tentando andar e fotografar ao mesmo tempo! O trajeto do primeiro dia era o seguinte: descer até lá embaixo do Cañón, atravessar o rio, depois subir até uma cidadezinha que tem do outro lado (4h caminhando até aí). Uma hora para almoço e descanso. Depois sobe mais até passar por outra cidadezinha, aí começa a descer de novo, atravessa o rio de novo (para o lado onde começamos tudo!). Anda mais até chegar ao lugar íamos dormir, Sangalle (que eles chamam de Oasis, porque tem aguas calientes). Isso são mais 4h de caminhada, tá bom para você? Rs... Nem preciso dizer que o pior era sempre a subida... Eu e o meu amigo holandês éramos os piores do grupo! Depois do almoço teve uma votação: existiam dois caminhos que levavam até o nosso destino, um atalho com a duração de 3h, e o completo de 4h. A diferença era que o segundo passaria pela outra cidadezinha mais acima da montanha. Só que essa votação foi fajuta, porque até hoje não sei quem decidiu que iríamos pelo caminho mais longo (claro!!). E dois malucos de outro grupo que foi pelo caminho mais rápido resolveram se juntar a nós! Enfim, nesse caminho tinha uma subida sinistra, mas sinistra mesmo!!! Subimos uns 400m em um ritmo frenético, eu quase morri, de verdade! Quando cheguei lá em cima com o holandês, bufando, já estavam todos descansados, só nos esperando. Então o que eles fizeram? Levantaram para continuar andando, e nós retardatários, para acompanhar o grupo, mal pudemos descansar... Quando levantei para continuar, senti mó dor no peito e pensei que fosse ter um treco bem ali, no meio do nada com lugar nenhum! Juro, que desespero! Graças a Deus não foi nada, mas comecei a ficar muito preocupada com o dia seguinte, que seria só subida o tempo inteiro... Tirando isso o passeio foi ótimo!! Rs... Sério, apesar de parecer fantasma, a cidade era uma graça! Mas o sol foi descendo, o frio foi chegando, só a gente que não chegava nunca... Aí, infelizmente aconteceu o que eu estava temendo: chegamos no tal do oásis anoitecendo, já estava frio e não tinha luz elétrica lá (eu já sabia, por isso estava preocupada). Conclusão: nada de aproveitar a piscina, tomar banho de água fria (ok, aguas calientes, mas 22 graus no frio não é nada caliente para mim!)... O lugar é maneiro, lindo, mas completamente roots. Na hora do jantar (à luz de velas) eu estava seriamente preocupada com o dia seguinte, tanto que todos estavam percebendo o meu nervosismo. Então o Marcelo veio nos explicar como seria a volta e tentar me acalmar. Disse que a gente subiria 1200m em 4h (bem, no meu ritmo seriam mais ou menos 6, 7h!!), que seria puxado, mas num ritmo bem mais tranquilo do que aquele estirão de 400m que tínhamos feito naquele primeiro dia. Mas que se eu quisesse poderia alugar uma mula (acho que era uns 50 S), que muita gente fazia isso, coisa e tal... Mas e o meu orgulho?? Não!! Já tinha chegado até lá, iria até o fim!! Rs... E depois, vai que a mula escorrega ou tropeça comigo em cima dela! Fomos dormir cedo porque o dia seguinte seria duro... Mas ainda fiquei lá fora sozinha o máximo de tempo que o cansaço e o frio me permitiram, pois o céu estava deslumbrante... Simplesmente o céu mais lindo que já vi na vida... Só isso já teria valido a pena... Gastos: • Check out Los Andes – 115 S (diárias + serviço de lavanderia) • 3 Águas – 9 S • Entrada no parque do Cañón – 35 S começando o trekking, e mais tarde, na cidadezinha que eu não sei o nome Dia 09: Cañón del Colca - dia 02 Claro que não dormi bem... No meio da madrugada pensei que já era para acordar e não consegui dormi mais... Só um tempão depois o Marcelo veio nos acordar... ãã2::'> 5h da matina, sem tomar café (só os belisquetes que cada um levou e um chá de coca), lanternas em punho (quer dizer, na cabeça!) e lá fomos nós para o segundo round! Já dava para ver as lanternas da galera que tinha começado antes da gente, um monte de pontinhos na montanha! Acho que atrasamos um pouco, para variar, porque logo depois a luz do sol já começou a aparecer... Bem, foi melhor do que ficar de lanterna na cabeça! Rs... A subida foi sinistra mesmo... O Marcelo e mais um espanhol ficaram para trás comigo, e o meu amigo maluco holandês aparecia e desaparecia, ele dava um estirão e depois eu encontrava com ele morrendo lá na frente! Quando chegou na metade do caminho eu não aguentava mais o peso da minha mochila e queria dar todas as minhas coisas para quem passasse... E, se não passasse ninguém, eu ia tacar tudo montanha abaixo! Afinal, para o quê serve uma escova de dentes?! E aquele casaco, que você acaba descobrindo que pesa uma tonelada?! Mas o Marcelo não deixou e carregou a mochila para mim... Eu fiquei com pena, mas se não tivesse sido por isso eu não teria conseguido, tenho que admitir... No final o espanhol também ficou com pena dele e pegou a minha mochila para carregar um pouco! Algumas pessoas realmente passaram nas mulas-taxi, mas eu não quis arregar! Rs... Pelo menos não tanto! Meu lema era devagar e sempre! Depois de um milhão de horas (foi o que me pareceu!) conseguimos chegar ao topo da montanha!!!!!!!!!!!! Tiramos fotos de “conseguimos”, “sobrevivemos”, muito engraçado! E para mim foi realmente uma vitória! Mas o sofrimento ainda não tinha acabado... Tínhamos que andar até a cidade de Cabanaconde, onde finalmente tomamos café da manhã (muito bom, por sinal), reencontramos todo o pessoal do dia anterior e o ônibus nos pegou. De lá partimos para os banhos termais de Chivay, mas os espanhóis saltaram antes para pegar um ônibus para Puno. Eu também ia para Puno naquela noite, mas nem sabia que existia essa opção... E mesmo se soubesse não teria ido, pois estava exausta e imunda... Melhor mesmo foi ir para os banhos termais! Aquilo lá que foi uma maravilha para relaxar! Pena que a cerveja também era caliente! Rs... E pena também que você fica muito pouco tempo lá, mais ou menos uma hora, no máximo, e já tem que ir almoçar... Por mim eu não almoçaria e continuaria lá, mas o restaurante era longe e não dava para ir sozinha depois, então tive que acompanhar o grupo... Bem, pelo menos o almoço foi ótimo, num restaurante tipo buffet (apesar de caro). Depois, todos de volta ao ônibus, doloridos e andando com a trilha sonora de “ai, ui, ai, ui”, para voltar a Arequipa... Essa parte é horrível... A viagem é longa e cansativa, parece que não chega nunca... Ainda fazemos uma ou duas paradas nuns pontos para tirar fotos. Eu só saí em uma, no Mirador de los Andes, que era a parte mais alta do caminho a 4910m. E quase congelei! Nessa hora dei graças a Deus por não ter jogado o meu casaco de uma tonelada cañón abaixo! Rs... Realmente só chegamos de noite e fomos todos descarregados na praça. Nessa noite eu ia pegar o ônibus para Puno, e os meus amigos tentaram me convencer a só fazer isso no dia seguinte... Eu estava tão cansada e tinha gostado tanto de Arequipa que eles quase conseguiram! Depois me arrependi... Se eu imaginasse que iria estender em 20 dias a minha viagem, teria ficado com certeza! Bem, de volta ao hostel, peguei meu mochilão e eles me deixaram usar o banheiro compartilhado para tomar um belo de um banho! Fui para a rodoviária (terminal terrestre, em Arequipa tem!) dividindo um taxi com uma americana que também estava indo para lá. Só que o taxista me deixou no terminal errado, no do desembarque, e tive que andar até o terminal de embarque... Ainda bem que é praticamente um do lado do outro... Como o meu destino final na verdade era Copacabana, ainda tentei achar uma empresa que fizesse esse trajeto direto... Como não encontrei, tive mesmo que ir para Puno, e de lá iria para Copa na manhã seguinte. Comprei a passagem pela Julsa e fiquei esperando na sala deles, assistindo novela em espanhol, toda dolorida e com frio... O frio em Arequipa era diferente de qualquer frio que eu já havia sentido, era muito seco e ardia o nariz... Nessa noite eu fiquei com medo deles colocarem meu mochilão no ônibus errado, pois tinham vários ônibus de vários horários, indo para vários lugares diferentes... E eu cheguei cedo lá e meu ônibus era só às 22:30h... Pedi várias vezes para a moça que vendia as passagens prestar muita atenção nisso, e deu tudo certo, mais uma vez. Como sempre o ônibus foi parando de poste em poste, só que dessa vez foi pior, pois eu fui na parte de cima... Burrice, porque é um entra e sai de gente... Mas estava tão morta (para variar!) que dormi quase na mesma hora! Dicas: • Se você tiver tempo, faça o trekking no Cañón de 3d/ 2n, acredito que seja muito mais prazeroso... Fiquei bem chateada de não ter aproveitado o sol e a piscina, e de não ter podido ficar olhando mais o céu por estar exausta e preocupada em acordar cedo no dia seguinte... Mesmo assim, se só der para fazer o de 2d/ 1n, faça! Vale muito à pena, e apesar do perrengue faria tudo de novo! • Leve dinheiro para lá, tem gente que acha não precisa e não leva... Mas você vai precisar no mínimo comprar água (e eles sabem disso, então uma garrafinha custa 5 S! parece ouro! e na verdade vale mais que ouro, sem água eu teria morrido, de verdade!). Leve também bastante chocolate e besteiras para beliscar: você vai precisar de energia, principalmente na volta, porque só comemos quando chegamos lá em cima... • Não leve muita coisa, a mochila fica 10x mais pesada quando a subida começa! Sério, preferia ter passado frio a ter levado o meu casaco... Toalha também não precisa, pois você pega lá por 1 S. Qualquer peso extra deve ser eliminado (só não elimine o chinelo, pois o lugar todo, inclusive onde a gente dorme, tem o chão de terra e de madrugada fica nojento...)! • Recomendo mesmo a agência Colca Aventuras (Calle Santa Catalina, 312 Of.3), o nosso guia era muito bom e divertido (até o menino que depois se juntou ao nosso grupo falou que ele era muito melhor que o dele, que entrou mudo e saiu calado). Outro diferencial foi no início da viagem, quando entrou uma senhorinha no ônibus vendendo aquelas empanadas (sei lá como chama aquilo) e chá de coca, mas para o nosso grupo (e só para o nosso grupo) isso estava incluído como café da manhã. Pode parecer bobagem, mas fez muita diferença, pois ninguém tinha comido nada... De qualquer forma, na hora de contratar o passeio, tem que confirmar essas coisas todas, né? • Quanto às viagens entre uma cidade e outra: 1. Dê sempre preferência pelo primeiro andar dos ônibus. Mesmo que os atendentes digam que os assentos de cima são a mesma coisa, não são, embaixo é leito (bus cama), em cima é semi-cama. Caí nessa indo de Arequipa para Puno... 2. Lá as passagens não tem preço tabelado, então você pode pagar um preço e a pessoa que está do seu lado pode ter pago outro... Sempre pechinche na hora de comprar (saco!). 3. Quando a cidade tem um terminal terrestre, você tem que pagar uma taxa de embarque, não deixe para pagar em cima da hora, pode não dar tempo e perder o ônibus... 4. Leve sempre uma coberta, tampão de ouvido, e bagagem de mão no colo. Gastos: • Água – 10 S • Chocolate – 2 S • Entrada banhos termais – 10 S • Cerveja – 10 S • Almoço – 20 S • Taxi p/ rodoviária – 2 S • Taxa de embarque – 2 S • Ônibus p/ Puno – 20 S é... rapadura é doce mas não é mole, não... Dia 10: Puno/ Copacabana Era para ter chegado a Puno por volta das 4h, mas chegamos às 6h... Quando acordei tinham várias pessoas descendo o tempo todo, e como eu não tinha confirmado que Puno era o destino final, pensei que tinha perdido o ponto! Rs... Aí tive que perguntar onde a gente estava para o cara sentado do meu lado, com medo de repetir a experiência do início da minha viagem, lembram?.. Mas graças a Deus ele só me respondeu que ainda não era Puno, mas Juliaca, e que sim, estávamos atrasados! Ah, ainda me deu um lenço para assoar o nariz, porque eu não parava de fungar (pois é, lá não é falta de educação ficar assoando o nariz na rua, é sobrevivência, mas nunca consegui me acostumar com isso! )! Depois me deixou em paz! O motorista era meio lerdo mesmo, e como eu estava na parte de cima do ônibus, as pessoas que estavam sentadas lá na frente (exatamente em cima dele) ficavam dando pisadas no chão para reclamar! Para mim esse atraso foi bom, porque não cheguei de noite na rodoviária. Estava um frio desgraçado, tinha até gelo na janela do ônibus... Quando enfim chegamos ao terminal, consegui o primeiro ônibus para Copacabana pela empresa Titicaca. Era um ônibus laranja, grande, bem bom mesmo. Comprei a passagem e já fui pagar logo a taxa de embarque. Mas a burra aqui não sabia que essa taxa me dava o direito de usar o banheiro do terminal uma vez... Então também paguei para ir ao banheiro... Na verdade durante a minha viagem paguei várias vezes para usar esse banheiro até descobrir isso, pois passei umas 4 vezes por esse terminal em Puno! Otária! Acho que o ônibus saiu às 7h, 7:30h da manhã (eu lembro que existiam dois horários, esse e mais um, tipo 2h da manhã... esse eu não consegui entender, você deve chegar na fronteira de madrugada e ter que ficar esperando abrir...). Eles te dão um papel do governo boliviano, para você preencher e entregar na fronteira. Estava muito, mas muito, mas muito frio mesmo!!!!!!! Nem no sol dava para esquentar... O ônibus estava bem vazio, com apenas mais uns turistas. Sentei do lado esquerdo para ficar vendo o lago Titicaca e pegar um solzinho, mas acabei cochilando. Um pouco antes de chegar à fronteira paramos numa casa de câmbio para trocar uns bolivianos (moeda da Bolívia). Fronteira Peru/ Bolívia: lá você desce, passa pela imigração do Peru onde tem que entregar o papel que eles te dão quando você entra no país. Aí você atravessa a fronteira andando, e o ônibus já está te esperando do outro lado. Passa pela imigração da Bolívia, onde eles pegam o papel que você preencheu no ônibus e pronto. Voltamos para o ônibus e logo depois já estávamos em Copacabana! Um pouco antes de entrarmos na cidade, entrou um cara no ônibus cobrando uma taxa de 1 Bs... Eu fiquei meio bolada, mas ele deu um papel escrito “Gobierno Municipal de Copacabana – por visita al santuario”, etc... e todo mundo pagou. Bem, nem preciso dizer que quando contei isso para o Leo depois ele me zoou até a morte!!! Disse que nunca ouviu falar disso, que eu sou muito boba, que os caras deviam estar rindo da gente até hoje, coisa e tal... Realmente quando voltei lá em setembro ninguém cobrou nada. Não sei se foi porque tinha acabado a alta temporada, ou se foi extorsão mesmo... E o Leo continuou me zoando mesmo depois de eu ter mostrado o tal “recibo” para ele... Enfim, até hoje não sei se era ou não para pagar aquela merda... Saltando do ônibus, já quis garantir a minha volta no dia seguinte, pois a minha programação era bem apertada: iria para Puno, faria o passeio para as Islas flotantes de Uros, e na mesma noite pegaria um ônibus para Cusco! Então perguntei ao motorista se aquele mesmo ônibus faria o trajeto (tinham me recomendado a Tour Peru, mas eu tinha gostado do ônibus, era muito confortável). Ele disse que sim e me apresentou a uma moça que iria me vender a passagem. Acabei fechando com ela a minha volta, o passeio para a Isla del Sol e também o passeio para Uros. Esse último comprei lá, e não em Puno, porque eu queria garantir que, mesmo se o ônibus atrasasse, eu não iria perder o passeio e ter que passar uma tarde vagando por aquela cidade horrorosa... Bem, chorei um desconto e consegui, mesmo assim no final descobri que acabei pagando a mais (para variar) pela Isla del Sol. Saindo de lá fui para o Hotel Paris, que tinha sido recomendado aqui no fórum. O recepcionista me botou num quarto no último andar... E lá fui eu “ai, ui, ai, ui”... O passeio saía às 13:30h, então só tive tempo de largar as coisas e carregar um pouco a bateria da câmera antes de sair correndo para o cáis. Quando cheguei lá o barco já estava super lotado, de pessoas e de bagagem do pessoal que ia dormir na ilha. Não pesquisei muita coisa a respeito de dormir lá, pois a princípio Copacabana nem fazia parte do meu roteiro... Apenas vi que algumas pessoas recomendam dormir e fazer o trekking de um lado ao outro, outras dizem que não vale à pena... Confesso que fiquei com um sentimento contraditório em relação a isso... Tive vontade de ter dormido lá, mas não sei se teria aproveitado, por causa do frio! Rs... Enfim, o barco é super lerdo e demora demaaais para chegar à ilha... Mó galera dorme durante a viagem, eu não consegui porque estava espremida lá na parte de baixo do barco e não tinha posição! Rs... Então depois de muito tempo chegamos à parte sul da ilha... Assim que descemos vi um restaurantezinho na praia e uma escadaria!! Ai, meu Deus!! Bem, tá no inferno, abraça o capeta, né?.. Rs... Tinham uns velhinhos cobrando outra taxa, dessa vez para entrar na ilha, mas essa eu tinha lido aqui que era para pagar! Paguei e comecei a subir... Subia, subia e não chegava a lugar nenhum... Só via uns hostels, e a vista era linda, com certeza... Fiquei com pena da galera subindo cheia de tralha... Mas eu continuava subindo, na ilusão de que ia conseguir chegar ao topo e ver do outro lado e nada! Na verdade, acho que nem cheguei perto! Até que resolvi acreditar num menininho que me disse que realmente ainda faltava muito e comecei a descer. Até porque o barco só fica lá uma hora mais ou menos e vai embora mesmo! Aí aconteceu o inacreditável! Eu consegui me perder na descida! Como? Não sei, não me pergunte... Quando dei por mim não havia mais escada e estávamos eu e os burrinhos e as ovelhinhas no meio do pasto! Rs... Então eu olhei em volta e vi uns meninos descendo por ali, aí pensei “Oba! Tem um caminho por aqui”! Ok... Você achou o caminho? Não? Nem eu... Sei que no final eu já estava correndo, descendo por umas pedras e fui sair lá no final, do outro lado da praia, e quase perdi o barco... Tem que rir para não chorar! Na viagem de volta o barco ainda parou numa ruína, mas ninguém fez o favor de explicar o que era aquilo lá. Só fui porque não tive que pagar mais taxa nenhuma para entrar! Devo ter tirado umas duas fotos bem do tipo “estive aqui” com uma cara horrorosa cheia de olheira, e voltei para o barco... Estava exausta e dessa vez fui na parte de cima. O barco estava super vazio e decidi que pelo menos na volta eu ia relaxar um pouco, né? Um frio do kct, mas ainda estava sol, então fui deitada, quase dormindo... Gostoso... Quando cheguei à cidade, ainda tentei tirar satisfação com a mulher da agência, pois ela tinha me vendido o passeio mais caro, mas ela só dizia que não e virava de costas para mim! Eu já estava tão pau da vida, cansada, que fui embora... Me disseram tanto que na Bolívia tudo era muito barato... Mas eu me senti extorquida por tudo e por todos e não achei nada disso! Acho que até no hotel me cobraram mais caro! Só perdi essa má impressão quando voltei lá no final da viagem. Tomei um merecido banho e resolvi finalmente descansar antes de sair para comer... Acontece que eu nunca consegui sair! Rs... Quando acordei estava um frio do cão! Não dava para colocar o dedinho para fora do cobertor! Que ironia, sair do Rio de Janeiro para morrer de frio em Copacabana!! E eu estava tão cansada que nem fome estava sentindo! Conclusão: dormi até o dia seguinte! Afinal, esse não parecia ser mesmo o meu dia de sorte... Gastos: • Ônibus para Copacabana – 20 S • Taxa de embarque – 1 S • Banheiro – 0,50 S (que não precisava pagar, lembram?) • Entrada na cidade – 1 Bs (hein??) • Água – 3 Bs • Passagem p/ Puno – 30 Bs • Passeio p/ Isla de Uros – 45 Bs • Passeio para Isla del Sol – 20 Bs (compre direto no cáis por 15 Bs) • Entrada Isla – 5 Bs • Câmbio – 20 dólares = 138 bolivianos fronteira Peru/Bolívia; Isla del Sol Dia 11: Copacabana/ Puno/ Cusco Foi preciso muita coragem para levantar, ainda estava um frio de rachar pela manhã! Desci para tomar café, mas o restaurante do hotel estava fechado. Fui então comer num lugar que ficava ao lado, o Pueblo Viejo, bem gostoso. Aproveitei para ficar pegando um solzinho e ver se conseguia me esquentar um pouco. Depois voltei, arrumei as minhas coisas todas de novo, deixei no hotel e fui andar um pouco pela cidade. Copacabana é pequena, com várias lojinhas e barraquinhas vendendo de tudo pelas ruas, e na maior parte, suas construções são feias e sem cor... Mesmo assim, sabe-se lá porque, a cidade encanta... Tem uma pracinha fofa e uma igreja linda! Entrei na igreja pela porta dos fundos e liguei a câmera para fotografar... Como a máquina faz um sonzinho, um policial que estava escondido lá dentro, sei lá onde, ouviu o barulho e veio do nada na minha direção. Chegou perto de mim quase berrando, falando que se eu fotografasse qualquer coisa ali dentro ele ia tirar a câmera de mim! Eu, hein?! Claro que desliguei na mesma hora e ainda guardei na mochila, para ele não ter dúvida de que eu não estava usando a bichinha... Só depois vi que tinham vários avisos dizendo que era proibido fotografar... Mesmo assim, que exagero! Depois tive que trocar mais dinheiro, pois como não tinha noção de quanto eu gastaria nesse dia que ia ficar lá, acabou faltando. Comprei umas coisinhas e fui para o hotel fazer o check out e pegar a bagagem. Quando fui pegar o ônibus, claro que o que estava lá não era o mesmo do dia anterior... Era um da Tour Peru, bem mais apertado e lotado... É sempre assim, não importa onde nem com quem você compra a passagem ou o passeio, no final eles juntam todo mundo e tacam no mesmo lugar! Mas o pior foi que ele estava parado lá no final de uma ladeira... Cheguei ao ônibus quase morrendo, no meu já tradicional “ai, ui, ai, ui” e senti muita dor de cabeça na viagem... Acho que foi aí que finalmente senti o mal da altitude (afinal Copacabana fica a uns 3.800m), mas só me dei conta disso bem depois... Antes de o ônibus sair, um rapaz passou recolhendo as passagens e não devolveu. Eu fui falar com o cara que foi no ônibus junto com a gente, pois na minha passagem estava marcado que eu ia fazer o passeio lá em Puno. Ele me disse que não tinha problema, que ele ia anotar tudo direitinho, para eu não me preocupar. Fronteira de novo! Dessa vez você preenche o papelzinho da imigração do Peru e faz o trajeto contrário. Tudo tranquilo mais uma vez. Para de novo para trocar dinheiro, mas dessa vez não precisei porque já tinha soles comigo. Depois o cara do ônibus foi passando de um em um conferindo quem ia para Arequipa, quem ia para Cusco... Falei mais uma vez que eu ia para o passeio de Uros (aliás, falei um milhão de vezes) e ainda grudei nele quando chegamos em Puno para ele não me esquecer. No terminal de Puno mais uma vez... Guardei o mochilão na Tour Peru e fui comprar a minha passagem para Cusco. Depois um outro cara levou a mim e a um argentino de taxi para o cáis. No início eu estava achando bem estranho, porque só estávamos nós dois naquele barco enorme, mas depois foram chegando as outras pessoas. Conheci um pessoal legal e, pela primeira vez na viagem, encontrei dois brasileiros! Eles eram de Joinville e contaram que também pegaram várias informações aqui no fórum! Eu achei Uros muito legal e interessante, apesar de todo o apelo turístico que ouvimos falar e que realmente existe... Mas deixando isso de lado, é muito bonito e super diferente! Tem um barco grande feito para os turistas irem de uma ilha a outra, mas ninguém quis ir, porque além de ter que pagar, quando o sol baixou, tcharam!! O meu amigo Frio veio com força total!!! Quando chegamos de volta ao cáis cada grupo foi embora no transporte da sua agência ou hotel, aí eu percebi que não sabia como ia voltar, nem tinha me ligado nisso... Primeiro pensei em voltar andando, pois o terminal era perto dali, mas quando reparei estava tudo fechado na rua e bem escuro. Só conseguia lembrar das palavras do LeoRJ: "Puno é uma merda de lugar!! Assaltos, sujeira, golpistas...". Então resolvi pegar um daqueles moto-taxi, que parecem uns tuk-tuk! Chegando ao terminal, liguei para avisar ao LeoRJ a hora do meu ônibus e depois fui jantar no segundo andar. Lá encontrei o mesmo grupo engraçado do barco: eram duas argentinas, um argentino e um inglês/indiano. Foi bom para passar o tempo até a hora da viagem. Eles também iam para Cusco, mas apesar da minha indicação da companhia de ônibus (San Martin) eles compraram a passagem por outra, e pagaram o mesmo que eu... Depois fiquei sabendo que o ônibus deles não tinha calefação e ainda quebrou no caminho... Gastos: • Café da manhã – 22 Bs • Água – 3 bs • Internet – 4 Bs • Compras – 30 Bs • Check out – 40 Bs • Câmbio – 10 dólares = 69 bolivianos • Ônibus p/ Cusco – 25 S • Taxa de embarque – 1 S • Banheiro – 0,50 S • Taxi tuk-tuk – 2 S • Jantar – 14 S (fiz a besteira de pedir truta a milanesa... nem preciso comentar que ela veio boiando em gordura, preciso? fora isso estava boa...) Basílica Nossa Senhora de Copacabana; Islas flotantes - Uros Editado Junho 2, 2011 por Visitante Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Colaboradores isabela vs Postado Junho 19, 2010 Autor Colaboradores Compartilhar Postado Junho 19, 2010 (editado) Dia 12: Cusco Saí de Puno por volta das 21h do dia anterior e cheguei a Cusco mais ou menos 4h da manhã... O Leo falou para pagar no máximo 3 S até a casa dele, e vários taxistas tentaram me enrolar... E conseguiram! Não me enrolar exatamente, mas eu para variar estava exausta e acabei pagando 5 S... Chegando lá, mais um pouco da sessão “ai, ui, ai, ui”, o ap. dele era no último andar, claro! Rs... Ainda bem que quem carregou o mochilão foi ele! Ainda ficamos conversando e depois fui dormir mais um pouco. Ah! Preciso explicar uma coisa... Em Cusco fiz uma coisa que chamo de “tirar férias das férias”! Então tiveram dias em que não fiz absolutamente nada, ou quase nada! Rs... Não estranhem, ok? Começando por esse primeiro dia! Acordamos e saímos de moto para eu conhecer um pouco a cidade (me cagando de medo, diga-se de passagem! ). Demos uma volta rápida pelo centro histórico, depois subimos até Monumento Cristo Blanco, de onde você vê a cidade de cima. De lá também dá para ver de cima as ruínas de Saqsayhuaman. Depois passamos em um mercadinho, voltamos para casa e ficamos de bob o dia todo. Só saímos de novo de noite, quando voltamos ao Cristo Blanco para ver a cidade iluminada (muito mais bonito do que de dia, porque Cusco é muito monocromática!) e fomos comprar um lanche no Mc Donalds. O engraçado foi que ele não tinha colocado o baú na moto... Então ele levou os sacos com os lanches dentro do casaco! Eu, com a minha imaginação fértil, fui o caminho todo imaginando o menino igual a Papai Noel distribuindo presentes... Que, no caso, seriam os nossos lanches caindo de dentro da “barriga” dele pelo meio da rua! Bem, felizmente nada disso aconteceu e conseguimos comer quando chegamos em casa! Gastos: • Taxi – 5 S • Mercado – 10,20 S • Mc Donalds – 17,50 S enfim... Cusco!! Dia 13: Cusco Era domingo, dia da preguiça, mas como eu já tinha descansado bastante na véspera, resolvi perambular pelo centro histórico. Nada específico na cabeça, só andar aleatoriamente pelas ruas da cidade... Então peguei um taxi e fui! O centro é uma graça, mas estava um pouco vazio e não quis ficar me embrenhando muito pelos cantos... Afinal, vocês já devem ter percebido que eu sou um pouco perdida, não é mesmo?! Ainda mais depois que conheci uma senhora que fazia uns trabalhos num tear... Quando contei a ela que estava sozinha, ela ficou me aterrorizando, dizendo que havia ladrões que chegavam a cortar as mochilas das costas dos turistas! Bem, achei um exagero, mas de qualquer forma não ficava andando com a câmera na mão! Acabei até comprando um cinto dessa senhora... Eu acho que tenho mesmo um letreiro luminoso na testa escrito “otária”, e um coração mole... Ah, o trabalho era bonito, tirei até foto dela fazendo o cinto... [picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100619151038.jpg 188 260 yajuu]Bem, depois de andar bastante, parei para comer um belo e gigante hamburguer mais um sucão, numa casa de sucos chamada Yajúú! (esquina da Calle Heladeros com a Calle Marquez, perto do Convento de La Mercedes). Gente, como se come nesse país! Muita coisa mesmo, todos os pratos são enormes e exagerados! Dali, fui para a Plaza de Armas e fiquei um tempão sentada tomando um sol, e vi a Cynthia Howlett gravando um programa para o GNT. Mas Cusco tem uma coisa chata... Você não consegue ficar muito tempo em paz, toda hora tem alguém te oferecendo alguma coisa. Seja uma pintura, manicure, massagem, engraxate, tudo o que você possa ou não imaginar! E não adianta dizer que não quer, pois eles continuam insistindo e enchendo o saco, sentam do seu lado, não vão embora nunca, um porre!! Mas eu até que estava conseguindo ficar tranquila, até que aconteceu uma coisa que me deixou chocada! Eu ainda estava lá, quietinha, esperando o sol acabar de ir embora e o frio ficar insuportável para pegar um taxi... Quando de repente senta do meu lado um peruano coroa, gordo, suado, nojento... E começa a me contar uma história esquisita de umas inglesas que não estavam querendo fazer um passeio no ônibus dele, coisa e tal. Eu olhei para ele com aquela cara de “e eu com isso?”, mas não adiantou.[/picturethis] Aí ele perguntou de onde eu era... Eu, ingênua, ainda não sabia direito do preconceito que existe com as brasileiras por lá, caí na besteira de dizer que era daqui... Para que? O cara simplesmente virou de frente para mim e ficou me chamando para fazer o passeio no ônibus dele. Queria saber se eu estava sozinha (claro que eu disse que não, que ia encontrar com uns amigos, naquele instante, aliás!), e perguntou se eu não queria encontrar com ele de noite! Socorro!! Nesse momento eu já estava em pé, andando, tentando ir embora, mas ele continuava vindo atrás, segurando o meu braço e me pedindo um beijo de despedida!! Eca!! Eu já estava quase correndo quando ele desistiu! E tudo isso no meio da Plaza de Armas, com o céu claro ainda!! É... Infelizmente é verdade, esse preconceito com as brasileiras existe mesmo... Para eles nós somos calientes (sinônimo de piranhas) e fáceis, qualquer um pode chegar agarrando! E o pior, são as próprias peruanas que são assim! É uma hipocrisia... A partir desse dia eu passei a ter mais cuidado e, dependendo da situação, eu dizia que era portuguesa... Um absurdo, né?! Já em casa, refeita do susto, comecei a pensar sobre quando e como eu ia para Machu Picchu... Aí o Leo veio com a boa notícia de que estava muito complicado conseguir a passagem de trem, que por algum motivo misterioso as passagens estavam esgotadas. E que havia, inclusive, muitos turistas presos em Aguas Calientes sem conseguir voltar para Cusco... Cogitei até a famosa aventura de alugar um 4x4 e fazer o off road, mas... Eu, sozinha, dirigindo naquela estrada? No way!! Fui dormir sem solução... Gastos: • Taxi ida – 3 S • Cinto – 10 S • Almoço – 16 S • Taxi volta – 3 S Dica: • No Peru você tem que andar o tempo todo com água, mas em Cusco foi onde senti mais essa necessidade, o ar é muito seco e você tem que se hidratar o tempo todo... Ah! E com um protetor labial também, porque os lábios racham!! Outro item essencial é o lenço de papel, questão mesmo de sobrevivência, tem que deixar a vergonha de lado para não arranjar um problema grave de saúde... Dia 14: Cusco A prioridade do dia era ir até a estação tentar achar passagem de trem para Aguas Calientes. Mas, como era caminho, paramos antes na Av. El Sol para eu comprar o Boleto Turístico. Este boleto dá direito a visitar vários lugares na cidade, inclusive as ruínas do City Tour e as do Valle Sagrado (e mais uns museus mixurucas que se não tivessem incluídos ninguém pagaria para entrar, com certeza!). Aqui aceitavam a carteira int. de estudante! Também no caminho, paramos para almoçar num restaurante muito bom em frente a Plaza de Armas, o Don Ceferino. Só depois fomos para a estação de trem, que para a minha alegria estava fechada! Eu pensei que o Leo fosse dar um tiro em alguém, sério mesmo! Quando estávamos voltando eu encontrei os meus amigos holandeses (que fizeram o trekking do Colca comigo). Como eles estavam indo para a estação, eu dei a boa notícia para eles... Bem, eu ainda tinha vários dias para ficar em Cusco e tentar comprar as passagens, mas eles não... Então surgiu de novo a idéia do 4x4 e o Leo disse que ia também. Aí a história mudou de figura! Expliquei como era o esquema para os meus amigos e dali já saímos direto para alugar o carro. Fiquei no centro com os holandeses e fomos ao Museo Inka, achei bem legal, grande e organizado, tem uma mega maquete de Machu Picchu. Como foi o primeiro que visitei, eu estava com bastante paciência para olhar tudo com calma e atenção! Depois fomos para a Catedral. Lá, para a minha surpresa, descobri que também existe um Boleto Religioso, para visitar algumas igrejas da cidade e outro museu! Sim, você tem que pagar para entrar nas igrejas, a não ser que seja horário de missa... Como também tinha desconto para estudante e eu teria tempo para conhecer tudo, valia a pena, então comprei. O legal dessas igrejas é que você pode fazer a visita com um áudio de guia: eles te dão um fone e um mapa e você vai fazendo o tour sem ser incomodado por ninguém. Só que nesse dia nós não tivemos como pegar um, pois faltavam 30min para a igreja fechar e o tour demora pelo menos uma hora... Mas a menina da entrada disse que eu poderia voltar outro dia e explicar a situação que eles me deixariam entrar de novo sem pagar... Duvidei muito na hora, mas realmente consegui fazer isso depois! Fomos jantar com outros amigos num lugar chamado Jack’s Café, na Calle Choquechaka, em San Blas. Lugar legal, bonitinho e arrumadinho, famoso, tinha até fila na porta. Foi maneiro, gostoso e divertido. Eles ainda queriam que eu ficasse para tomar um drink mais tarde, mas preferi ir embora... Como já falei antes, em Cusco, as brasileiras são malvistas... Já houve caso de taxistas tentarem agarrar meninas só porque elas estavam saindo “alegrinhas” da boate e disseram que eram brasileiras... Infelizmente é verdade... De qualquer forma, não quis ficar sozinha na rua até tarde depois da experiência traumática da véspera, e fui me preparar para as aventuras do dia seguinte! Gastos: • Boleto turístico – 70 S (com 50% de desconto) • Aluguel carro – 50 dólares (por pessoa) • Museo Inka – 10 S • Boleto igrejas – 25 S (com 50% de desconto) • Jantar – 26 S • Taxi – 3 S Dia 15: Cusco/ Santa Teresa/ Hidrelétrica/ Aguas Calientes O dia começou cedo... Os caras deixaram o carro lá no ap. e saímos. Caímos na estrada! A vista é linda, mas a princípio é a mesma que se tem do trem. A primeira parada foi em Ollantaytambo, para tomar café. A cidade é linda, de longe você já vê as ruínas lá atrás... Dá dó ver todo o trânsito, inclusive caminhões pesados, tendo que passar ali por dentro, por cima daquele calçamento antigo... De volta para a estrada. Sempre parávamos quando alguém queria tirar foto, essa primeira parte é tranqüila, porque apesar de ter muitas curvas fechadas é asfaltada. Chegamos à parte mais alta da estrada (Abra Málaga), e aí foi decepcionante, pois apesar de estar muito frio, não tinha neve... Bem, lá no topo do tal do nevado que sempre esqueço o nome, tinha né... Mas não ali pertinho... Mais fotos e para a estrada de novo... Lá é lindo mesmo, formam uns laguinhos onde ficam uns patinhos muito fofos! Aliás, de um modo geral, os bichos no Peru e na Bolívia são uma graça, todos peludos! Chegamos numa cidadezinha, Santa Maria, e foi a última parada antes do terror começar! Preparem-se, tomem uma cerveja para relaxar, façam xixi, e vamos lá! No início a estrada de terra ainda é larga, o pior é depois quando ela fica bem estreita e cheia de curvas, mal passa um carro... Como se isso não fosse o suficiente, a estrada ainda corre o risco de desabar, ou então pode rolar uma pedra em cima do carro. Resumindo: você não pode ir devagar porque é perigoso ficar parado ali, e se for correndo pode dar de cara com outro veículo vindo na outra direção! Maravilha pura! E tem também que manter a velocidade, porque se ficar arrancando com o carro, fazendo algum barulho muito alto, pode provocar um deslizamento... Claro que o Leo fez questão de nos demonstrar e deu uma acelerada que fez cair uma pedrinha no teto do carro! Depois de horas de muita aventura, adrenalina e tensão, chegamos a Santa Teresa. Fomos direto tentar comprar a passagem do trem que sai de lá pra Aguas Calientes, e conseguimos! Meu anjo da guarda foi bonzinho comigo! Senão ainda teríamos que caminhar pelo trilho do trem até lá... :'> :'> :'> Mas não é só apenas isso! Vocês acharam mesmo que tinha acabado??? A gente tinha que ir para a tal da Hidrelétrica, que é de onde sai o trem... Eu pessoalmente achei a pior parte... Pois além de ser muito sinistra a estrada (tipo mata fechada, cheia de buracos, sobe e desce, e curvas horrorosas) tem realmente mais movimento, porque várias pessoas estão indo e vindo por causa do trem! O risco de você dar de cara com outro carro vindo na direção contrária é enorme, o que aconteceu algumas vezes! PQP! Felizmente chegamos vivos e sem incidentes mais uma vez e entramos no trem, aliviados e exaustos... Chegando a Aguas Calientes, fomos direto comprar a passagem da volta e, para minha surpresa, a minha amiga disse que não voltaria com a gente de jeito nenhum! Cara, eu não tinha percebido que ela tinha ficado tão apavorada assim! Bem, por mim estava tranquilo, o problema foi que ela só conseguiu um trem carão para Ollantaytambo... Eu e o outro holandês compramos a volta para a Hidrelétrica. O chato disso é que o único horário é tipo 12:30h, então tem que sair cedão de Machu Picchu... Mas, fazer o que?.. Compramos também o de ônibus ida e volta pra MP e a entrada do parque. Achamos um hostel (não lembro o nome), tomamos banho e fomos comer e comemorar a nossa vida! Hahahaha!!! Na volta compramos alguns belisquetes num mercado para levar no dia seguinte (sairia muito mais barato se tivéssemos feito isso em Cusco, mas como a gente achava que ia ter que caminhar umas 3, 4h até Aguas Calientes, seria mais peso para carregar...). Fomos dormir cedo, mas felizes!! Gastos: • Diesel – 34 S • Trem ida – 24 S • Trem volta – 8 dólares • Ônibus ida e volta MP – 14 dólares • Entrada MP – 62 S (com 50% de desconto) • Hostel – 25 S (por pessoa, e lá você tem que pagar adiantado) • Jantar – 29 S • Mercado – 8 S início da viagem, com o nevado por onde passamos ainda lááá em cima; vista animadora da estrada... Dia 16: Aguas Calientes/ Machu Picchu/ Hidrelétrica/ Cusco Minha amiga exagerada levantou às 3h da matina para subir andando para MP (muita gente faz isso)... Essa histeria toda é por causa da senha para subir a Wayna Picchu: como tem um número limitado de 400 pessoas por dia, eles distribuem a senha assim que o parque abre... Eu e meu amigo levantamos às 4h, nós dois decidimos que seria loucura ir a pé por causa disso (vocês lembram que ele era sempre o último comigo no Colca?)... Bem, chegamos à fila do ônibus às 4:45h, mais ou menos, e a fila estava imensa!! Isso porque o primeiro ônibus só sai às 5:30h... Mas não teve problema, até que foi rápido, pois são vários ônibus. Eles chegam a todo o momento, um atrás do outro, enchem e saem na mesma hora, nós entramos no oitavo. Chegando lá em cima, claro que a fila estava maior, pois juntou a galera dos ônibus com os loucos que foram a pé... Ainda vimos a nossa amiga entrando no parque, lááá na frente! Bem, já tínhamos perdido a esperança de ir a Wayna Picchu quando vimos uma moça passando pela fila perguntando pelos interessados. Aí ela pegou o nosso ingresso, colocou de caneta vermelha um número e o horário de entrada (são dois, o primeiro às 7h, o segundo às 10h, acho). Conseguimos!! Assim que entramos encontramos a nossa amiga, o horário dela também era o das 7h, a única diferença é que a senha dela era tipo número 23 e a minha era 124! Quem se importa??? Vou te falar... O caminho para subir de Aguas Calientes é bem íngreme e sinuoso... Para ir a pé você sobe ora por uma escadaria, ora por esse caminho sinuoso, escada, estrada, escada, estrada... Quando começamos a subir Wayna Picchu ela já estava morta! Mas tenho que admitir que ela foi guerreira! E subir Wayna Picchu é outro calvário, e outra fila, até eles abrirem a entrada às 7h... Olha, mas como se anda, e sobe, e desce nessa terra, meu Deus... E para variar é difícil... E aqui é perigoso... Aliás, acho que eles não avisam que é tão difícil e perigoso, porque eu vi várias pessoas subindo sem a menor condição... Teve um senhor que estava com a cara tão vermelha que pensei que ele fosse ter um treco (muito pior do que eu no Colca!)... E qualquer deslize você cai despenhadeiro abaixo... Mas o pior mesmo são as outras pessoas, pois existem muitas sem noção, que vão sem o menor cuidado, se desequilibram e ainda se apoiam em você... Só que ver Machu Picchu surgindo por detrás das nuvens não tem preço, de verdade... Pena que não pudemos curtir muito o visual lá de cima e, consequentemente, descansar... Como o nosso trem de volta era cedo, tínhamos pouco tempo para conhecer as ruínas, então foi praticamente bate-volta lá em cima. Bem, para mim a descida é sempre pior, eu tenho muito medo de descer dos lugares e escorregar, vou que nem uma lesma mesmo... E especificamente nessa descida tinha um grupo de idiotas descendo os degraus pulando. Isso mesmo, pulando! Eram brasileiros e estavam zoando todo mundo, achando que ninguém estava entendendo nada do que estavam dizendo... Ainda levaram uma bronca de um guia que passou, mas mesmo assim continuaram! Eu estava vendo a hora que um babaca daqueles ia escorregar e carregar todo mundo que estava pela frente, eu inclusive. Aí chegou uma hora que eu já estava muito puta, virei na maior grosseria e falei alguma coisa assim: “se vocês querem ir mais rápido, podem passar”. Aí eles se assustaram, tentaram brincar comigo “puxa, ela é brasileira”, coisa e tal, mas eu estava com uma cara tão amarrada que só falei de novo para eles passarem e nem respondi. Eles passaram e também não olharam mais para trás. Ah, vai se catar! Mais uma vez cheguei viva ao meu destino e fui curtir o parque. Isso significa andar mais, subir e descer mais escadas! Antes de fazer a viagem, quando ainda estava no planejamento, eu já pensava em ir duas vezes a MP, mas nesse momento tive certeza de que teria que voltar. Afinal, só tive uma hora e pouco para ficar perambulando antes de ter que ir... Fui embora com o coração na mão... Mas não sem antes carimbar o meu passaporte na saída! Sim, eles tem um carimbo que é um desenho do parque! Desce no ônibus, desce no trem, chegamos à Hidrelétrica e o Leo quase teve um ataque de riso (quer dizer, ele teve um ataque de riso! ) quando soube que a minha amiga ia voltar de trem! E ela ainda tinha ficado bolada dele ficar chateado, bobinha! No trem encontrei o figura do inglês/indiano que eu tinha conhecido em Puno e ele voltou com a gente no lugar dela. Até que foi bom, porque estávamos muito cansados, mas ele falava tanta merda que deu para divertir um pouco! Antes de pegar a estrada de novo almoçamos num restaurante gostosinho em Santa Teresa, relaxamos, tomamos uma cerveja... O Leo conheceu um maluco argentino (maluco de verdade) que estava viajando de moto há cinco anos (a moto toda ferrada) e estava indo para o Alaska. Aí ele marcou de encontrar o cara em Ollantaytambo para combinar de ir com ele! Pode?.. Bem, mais algumas horas de tensão... O inglês/indiano não soltava o ‘puta-que-pariu’ do carro! Encontramos o argentino louco em Ollantaytambo e fomos para um barzinho nos esquentar um pouco. Aí o Leo ficou triste, pois descobriu que o cara já tinha ido até o Alaska, ele tinha entendido errado... ãã2::'> Quando saímos já estava de noite, e no meio da estrada vimos que o combustível estava acabando... Como a estrada de asfalto era sem graça, o Leo quis pregar mais essa peça na gente! E não parou por aí! Ele ainda deu carona na caçamba do carro para um peruano e dirigiu como se não houvesse amanhã, com o cara quicando lá atrás! Depois ainda deixou subirem mais dois! Felizmente o combustível deu até acharmos um posto e os três pobres coitados chegaram vivos em Cusco (e nós também!), e ainda queriam pagar pela carona! Descarregamos também o holandês e o inglês/indiano no centro e fomos para casa... Os caras da agência foram buscar o carro e finalmente pude tirar as toneladas de terra que tinha por todas as partes do meu corpo!! Mas estava muito, muito feliz! Mesmo com o Leo me perturbando: “você vai mesmo pagar outra entrada para MP? aquilo lá é uma enganação, só para turista ver, não tem nada de místico, bibibi-bobobó”. A essa altura eu nem respondia mais! Gastos: • Almoço + diesel + lanche – 40 S (nesse dia não anotei nada direito... sorry!) fila do ônibus em Aguas Calientes e fila em Machu Picchu, para subir Wayna Picchu Dia 17: Cusco Fui ao centro contratar uma agência para fazer o City Tour e o Valle Sagrado. O boleto turístico tem validade de 10 dias (eu comprei o meu no dia 24/08 e vencia no dia 02/09). Na verdade, acho que não faz muita diferença com que agência você vai fechar esses passeios, todas são mais ou menos o mesmo preço e no final te tacam num ônibus só... Você tem que dar sorte de no dia pegar um guia menos chato... Bem, eu fechei com a Mollepata Tours, uma das milhares que tem em volta da Plaza de Armas e já marquei o Valle Sagrado para o dia seguinte. O que eu achei legal deles, mas não tenho como dizer se as outras também fazem isso ou não, foi que eu não precisei fechar um dia exato para fazer o City Tour... Podia ligar na véspera, ou passar no mesmo dia para avisar que queria ir... Almocei de novo com o Leo no restaurante bom do outro dia, o Don Ceferino, e troquei dinheiro. Depois fomos à loja da The North Face, pois ele precisava ver alguma coisa lá. Mas estava em promoção, aí não aguentei, né?! Afinal, não se leva uma mulher numa loja em promoção! Acabei comprando dois casacos... Mas foi muito útil, de verdade! Eu não tinha casacos apropriados para o frio, os meus eram muito volumosos e pesados... Esses que comprei eram os tais “casacos técnicos” que tanto ‘ouvimos’ falar aqui, mais finos e leves. Usei direto até o final da viagem... E lá eles são infinitamente mais baratos! De resto não fiz nada demais, fui ao mercado acho... Estava muito cansada, fala sério! Gastos: • City tour + Vale sagrado – 45 S • Taxi – 5 S • Câmbio – 100 dólares = 292 soles Dia 18: Cusco/ Valle Sagrado O passeio era às 9h, mas eu tinha que chegar meia hora antes (me atrasei uns 15 min...). Chegando à agência o cara me levou até uma pracinha que tem ali atrás, onde outras pessoas também estavam esperando. Só que os ônibus de turismo não tem permissão para ficar ali parados, então às vezes a gente entrava, achava que já estava indo, mas só dava uma volta no quarteirão e parava na praça de novo para pegar mais um pingado de gente. E assim foi por um tempo até juntar todo mundo que ia... Um saco... Enfim saímos em direção a Pisac, muito depois das 9h, com certeza. No caminho paramos num lugar que tem uma vista linda para tirar fotos, mas eu já tinha passado por lá, e paramos numa feira de artesanato onde desnecessariamente perdemos quase uma hora... E nem era o famoso mercado de Pisac, porque esse só abre alguns dias da semana... Aí sempre tem alguém que demora a voltar ao ônibus, e geralmente é sempre a mesma pessoa em todas as paradas. Neste dia era uma mulher, que só não ficou para trás nenhuma vez porque as suas filhas e sua mãe também estavam no ônibus (eles realmente vão embora depois que perdem a paciência). Pisac: mais um lugar onde você anda, sobe, desce! Rs... É lindo, mas não dá tempo de visitar tudo (como todos os lugares que visitamos)... Realmente uma pena... De lá saímos para almoçar num restaurante em Urubamba, para variar caro, sistema de buffet, mas a comida era boa. [picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100619154032.jpg 350 263 Ollantaytambo]Depois partimos para Ollantaytambo... Bem, a minha primeira impressão da cidade se confirmou e tenho certeza de que quero voltar lá um dia! Se possível, me hospedar lá e olhar tudo com calma, pois são várias ruínas, inclusive umas que não estão no boleto turístico... Enfim, entramos e era uma escadaria... O sol foi baixando e o frio chegando, claro. Sabia que era muita coisa para ver, mas não imaginava que a visita ia ser tão rápida... Fiquei decepcionada demais... A gente indo embora e eu ficava olhando outras pessoas lá no alto da montanha, onde nós nem chegamos perto... Tem uma coisa que não consigo entender... Esses lugares são longe, os caras sabem que as pessoas demoram e que nunca dá tempo de ver tudo (acontece a mesma coisa no city tour), então porque eles não marcam um horário mais cedo para começar a porra do passeio??? [/picturethis] Bem, fomos para Chinchero então... É muito estranho ter que mostrar o boleto para entrar numa cidade... Um frio do kct!! Quando chegamos lá em cima já estava escuro, e ficou muito frio mesmo!!! Não tem quase nada para ver, mas achei a igreja linda, antiga, descascando, caindo aos pedaços! O chato eram as crianças perseguindo a gente o tempo todo para vender uns fantoches de bichinhos! E na volta eu fui cair na besteira de perguntar para uma se ela tinha uma llama... Para que?.. A menina não tinha, nem a do lado, aí tentaram me vender todo o zoológico, e eu dizendo “não, só quiero la llama”, no meu portunhol safado e entrei correndo no ônibus. Daqui a pouco escuto uma garota na porta berrando: “señorita!! yo tengo la llamaaa!!!”. Caraca, todo mundo caiu na gargalhada, e eu tive que sair e comprar! Mesmo se ela quisesse me cobrar 50 soles não teria jeito!! Todas as outras crianças me cercaram mais uma vez e fugi de novo para o ônibus! Na volta ainda paramos numa “oficina” para ver como se tingem artesanalmente as lãs para tecer. Foi legal, mas para mim o dia já tinha rendido o suficiente... De lá nos largaram na mesma praça e voltei para casa. Gastos: • Taxi – 3 S • Almoço – 20 S • La llamita – 1 S • Taxi – 3 S Dia 19: Cusco Neste dia só fomos numa praça perto da casa do Leo, onde estava tendo um evento da faculdade de gastronomia. Eram umas tendas montadas, onde eles estavam servindo uns pratos feitos na hora. Tinha até o tal cuy. Eu não comi, ele ficou me zoando e comeu, mas não gostou e jogou fora (bem feito! ). Tadinho do bichinho! Nessa praça mesma tem uma feira que vende de tudo, comida, plantas, móveis, bichos... Aí a gente perguntava para o pessoal sobre os bichos e eles diziam que os coelhos eram para estimação e o cuy era para comer! Só que o cuy é tão fofinho quanto, parece um coelho, só que com a orelha pequena... Depois fomos ao mercado fazer compras. E depois fomos num outro lugar, um mercadão tipo um saara, também perto da casa dele, para eu comprar um edredom. Até esse dia estava tranquilo para dormir, pois como tinha aquecedor no quarto, um lençol resolvia, mas estava começando a esfriar de verdade... Bem, esse foi praticamente um dia de PN (fazer porra nenhuma)! Ah, mentira!!! Fomos tomar uma coca cola enquanto estávamos na praça! Rs... O problema foi achar uma gelada, porque no Peru eles bebem tudo quente, não importa qual bebida seja. Você chega num lugar, olha aquele freezer cheio de cerveja e quando olha direito, o freezer está desligado! É verdade, não é exagero! Se você quiser beber alguma coisa gelada precisa perguntar antes se tem, e rezar para ter nem que seja um gelinho... E pergunte mais de uma vez... Se eles responderem que a bebida está gelada, você repete: “gelada? fria?”. Geralmente não está, o gelado deles é mais ou menos um “não está fervendo”... Gastos: • Mercado – 50 S • Edredom – 40 S Dia 20: Cusco Simplesmente não lembro o que fiz nesse dia... Não tenho nem foto, nem anotação de nenhum gasto... Bem, mais um dia de PN então! Ah, pelo menos lembrei que tomei uma decisão muito importante!! Minha volta para o Rio estava marcada para o dia 01/09 e já tinha uns dias que o Leo estava tentando me convencer a trocar a passagem e ficar mais tempo. Eu decidi ficar, a gente ia para La Paz. Mas não sabia quanto tempo a mais eu iria ficar, e consequentemente, para quando eu ia trocar a passagem... Acho que foi nesse dia que sentamos para calcular mais ou menos quanto tempo ia levar para ir e voltar da Bolívia, eu ir a Machu Picchu de novo... Cusco foi a cidade mais cara do Peru que eu fui... Realmente só consegui ficar mais esses dias porque não gastei com hospedagem e quase não comia na rua. Essa economia fez toda a diferença, senão provavelmente eu teria que voltar na data programada mesmo... Dia 21: Cusco Acordei cedo para resolver a troca da minha passagem e descobri que não podia ser feita nem pela internet nem pelo telefone, só numa loja da Tam... Ótimo, você pode comprar pela internet, mas não pode resolver mais nada por lá depois... Ok, mas só tem loja da Tam em Lima e eu estava em Cusco... Acreditam que a minha mãe teve que fazer isso para mim no Brasil??? Um absurdo... Pelo menos consegui para o dia que eu queria: 22/09 (se bem que a minha mãe contou que por pouco eu não tive que ficar no Peru até 03/10!). Eu ia fazer o city tour nesse dia, mas quando cheguei ao centro o tempo fechou e ficou tão feio, mas tão feio, que passei na agência e perguntei se podia cancelar e fazer outro dia... Sem problemas! Ainda bem que fiz isso, pois depois do almoço começou a chover granizo! Mas muito, e eram pedaços de gelo enormes! Como eu almocei no Mc Donalds (sim, eu como muita besteira!), já estava do lado da Catedral, então resolvi voltar lá para tentar usar o tal do áudio guia, e consegui que me deixassem entrar de novo. Bem, a catedral na verdade são três igrejas: duas menores dos lados e a maior no meio. A principal é enorme e impressionante, mas a que mais gostei foi a última... Depois fui ao Templo de la Compañia de Jesus, que é a outra igreja que fica na Plaza de Armas. Também muito bonita... De lá fui subir para San Blas, entrei na igreja de lá também (também fazia parte do boleto das igrejas, e tinha o tal áudio). A igreja é super famosa, mas achei bem sem graça... É a mais antiga de Cusco, se não me engano, e bem simples. O que é bonito mesmo é o tal do púlpito de madeira de cedro, todo esculpido... É realmente um trabalho impressionante! Dali, continuei subindo até o mirador de San Blas, que na verdade é uma pequena praça de onde se tem a vista da cidade. Esse dia estava realmente bem frio! Fiquei um pouco lá descansando, tirei umas fotos e desci para continuar o meu tour. Aí passei na frente de um “Museo de la Coca” e resolvi entrar (eles aceitavam a carteira int. de estudante). É novo, parece mais uma lojinha do que um museu, mas é bem interessante, tudo arrumadinho, gostei bastante. E é impressionante ver tudo o que é feito com coca no país... Até cerveja! Rs... Continuei descendo, recomeçou a chover e a esfriar mais ainda... Já estava escurecendo, decidi terminar de ver os outros itens dos meus boletos no dia seguinte... Então peguei um taxi e fui embora... Gastos: • Taxi – 3 S • Mc Donalds – 15,50 S • Museo de la coca – 5 S (com 50% de desconto) • Taxi – 3 S eu e a vista do "mirador de San Blas"; fachada do Museo de la Coca Dia 22: Cusco Fui novamente até a estação de trem tentar comprar as passagens para Aguas Calientes, porque agora eu já tinha uma nova programação. Para a minha surpresa, estava aberta! E para a minha surpresa, eu não pude comprar as passagens, pois eles só vendem com no máximo 5 dias de antecedência! Expliquei que nesse período eu estaria na Bolívia, por isso queria comprar antes, mas nada feito... Que raiva... Saí de lá bufando!!! Enfim... Passei na agência para marcar o City Tour para o dia seguinte, era o último dia de validade do meu boleto, então teria que ir mesmo se chovesse granizo de novo... Almocei de novo na tal casa de sucos (tá bom, lanchonete!) Yajúú!. Depois saí para completar o circuito dos museus... Primeiro: Museo de Arte Religioso. É legal, numa casa bonita, tem muitas pinturas e áudio guia. Mas no final eu já estava cansada de escutar tanta explicação sobre a pintura cusqueña... Esse era o último item do boleto das igrejas. [picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100619155407.jpg 263 350 museo arte contempo]Segundo: Museo Municipal de Arte Contemporaneo... Cara, desculpa... Mas esse eu achei uma piada... Sei lá se eles estavam em reforma, mas não parecia não... A única coisa mais interessante e contemporânea que tinha lá era uma pequena exposição logo na entrada, de algum pintor atual, e os quadros estavam até a venda... Mas lá dentro... No térreo alguns quadros ficam no chão, encostados na parede!! Sério mesmo! E parece não ter nenhum critério de seleção das obras expostas... O segundo andar também é decepcionante, mas pelo menos não tem nada no chão... Devo ter visto no máximo 3 quadros legais, de um pintor cusqueño que lembrava um pouco arte naif, e ele era de 1900 e pouco... Bem, eu não sou crítica nem muito entendida de arte, mas não gostei, e posso dizer o mesmo das outras pessoas que estavam visitando o lugar na mesma hora que eu... Na saída ainda tem tipo umas vitrines com peças de artesãos, com preços e os endereços das lojas deles... (esta foto está aqui ao lado para vocês verem que não é exagero ou implicância minha: vejam os quadros no chão, lá no fundo!! )[/picturethis] Terceiro: Museo Historico Regional. Esse parece uma versão mais chatinha do Museo Inka (que foi o que eu mais gostei, com certeza)... Não tenho muito que comentar... Gostei mesmo foi da exposição de fotografia que estava tendo do lado de fora sobre o Conjunto Arqueológico de Ollantaytambo... :'> Lá tinha uma moça vendendo umas lembrancinhas, então eu vi umas llamas de metal, cópias daquelas que os incas colocavam nos túmulos como oferendas... Não comprei, pois achei meio caro, e queria deixar para comprar besteirinhas quando voltasse da Bolívia, se sobrasse algum dinheiro. A moça disse que ficava lá todos os dias (me arrependi depois, pois claro que ela não estava quando voltei... ). Quarto: Museo de Sitio de Qorikancha... Outro que é uma piada... Não é o grandão não! É o que fica subterrâneo, debaixo do gramado, entrando pela Av. El Sol... Não sei como alguém tem coragem de chamar aquilo de museu... Você anda meio metro quadrado e acabou! Quando vê já está do lado de fora! Por isso que antes eu disse que algumas atrações devem fazer parte do boleto porque senão ninguém pagaria para ir!! Quinto: Museo de Arte Popular... Esse é maneiro, fica no mesmo lugar onde se compra o boleto turístico. Tem um monte de esculturas, de todos os tipos. Pelo que li, todo ano no natal tem uma feira de artesanato na Plaza de Armas. Então um júri se mistura no meio das pessoas comuns, seleciona as obras dos artesãos que estão ali, e as compram. São essas as peças expostas no museu (que na verdade é uma sala). O lugar é meio bagunçado, as esculturas amontoadas, mas é legal! De lá ainda voltei para a praça e fiquei um pouco sentada na escadaria da catedral antes de ir embora, junto com o sol. Obs. Essas são as minhas opiniões e impressões pessoais, ok? Nunca deixe de ir a algum lugar que você queira conhecer porque alguém disse que não é legal! Vá assim mesmo e tire suas próprias conclusões! Gastos: • Taxi – 5 S • Almoço – 12 S • Taxi – 3 S Dia 23: Cusco/ City Tour O passeio só começava às 14h, mas saí mais cedo para passar no Monumento Pachacuteq (também parte do boleto) que ficava perto de casa e dava para ir a pé. É tipo uma torre com uma estátua do Super Inca lá no topo. Você vai subindo as escadas lá por dentro. Em cada andar existem uns posters com uma ilustração e um texto falando sobre os principais incas, até claro chegar ao Pachacuteq. Lá de cima você vê grande parte da cidade, mas não tem uma boa visão da estátua, que é enorme! Resolvi ir andando até o centro, é praticamente um retão e logo, logo você chega na Av. El Sol (outro retão). Fui tirando fotos pelo caminho, pena que não deu tempo para parar em alguns mercados de artesanato que tinham por ali, com certeza eram mais baratos que os do centro... Cheguei à agência e foi o mesmo esquema do outro dia: me levaram para a mesma praça, onde o ônibus ficou dando as mesmas voltas até estarem todas as pessoas dentro... A única diferença desse dia foi o guia, que falava muito! Vocês devem estar pensando “mas todo guia fala muito”. Sim, mas esse era demais da conta, muuuito chato! E toda hora ficava se vangloriando, dizendo que era diferente dos outros porque ele realmente estudava a história da cidade e os outros falavam qualquer besteira que ouviam por aí... E o pior foi que tinham duas estudantes de turismo no grupo, gravando e anotando tudo que ele dizia... Se ele já falava demais antes, imagina depois que descobriu isso! Primeira parada, Qorikancha (agora sim, o grandão). A entrada desse não está incluída no boleto, mas aceitam a carteira int. de estudante. Eu já estava com um pouco de implicância com o lugar de tanto o Leo falar que era chato... Nem foi tão chato, mas não tem necessidade de ficar tanto tempo lá dentro... É legal e bonito, mas a atração principal do dia era Saqsayhuaman! E eu fiquei com um pouco de medo de ter que subir para o segundo andar, onde tinham várias pinturas com o famoso estilo cusqueño, e ter que ouvir aquele chato explicar uma por uma! Graças a Deus isso não aconteceu... Ufa... Mas o pior anda estava por vir... Partimos para Saqsayhuaman, e em vez de o cara ir dando as explicações magníficas dele enquanto andávamos pelo lugar... Não! Ele nos colocou sentadinhos em uma rodinha, como indiozinhos, e ficou nos dando aula! Eu até vi uma ou duas outras rodinhas, mas muito mais rápidas do que a nossa, claro! No final o cara virou para a gente e disse: “agora vocês tem 15 minutos para tirar fotos”. 15 minutos??? 15 minutos para conhecer Saqsayhuaman??? Dessa vez fui uma das últimas a entrar no ônibus, e o cara largou um casal lá. Fomos para Q’enqo, lá o mais legal é a entrada, quando você passa entre duas enormes pedras. Depois Pukapukara, onde nem entramos, só pudemos saltar para tirar foto de longe, porque senão chegaríamos de noite em Tambomachay... A essa altura o guia já estava desesperado com a hora... E mais uma vez eu pergunto: se eles sabem que não dá tempo de ver tudo com calma, porque marcam para começar às duas da tarde? Chegamos ao entardecer em Tambomachay e saímos já de noite. Aqui um casal de australianos passou muito mal, parece que eles tinham chegado no mesmo dia em Cusco e estavam sentindo a altitude... Eles nem entraram, lá fora tinha uma ambulância e eles ficaram lá sendo atendidos. Na volta paramos num lugar onde segundo, o cara, se vendia lã de alpaca e baby alpaca legítima (para isso tem tempo, né?)... Cheguei em casa revoltadíssima e super chateada... Tanto que o Leo nem me zoou mais e fez um esforço para finalmente irmos para a night!!! Chegamos à Plaza de Armas quase meia noite e, assim que saltamos do taxi, fomos atacados pelos tais carinhas que trabalham para as boates. Eles ficam dando papéis de drinks grátis e tentando te convencer a entrar onde eles estão indicando. O Mama Africa estava fechado desde o dia que cheguei a Cusco (lembro que vimos um monte de polícia na frente e depois disso não abriu mais, até o letreiro tiraram). Perguntamos sobre isso para um desses carinhas e ele respondeu que não tinha acontecido problema nenhum e que iria reabrir em outro lugar (o que realmente aconteceu depois que eu já tinha ido embora). Bem, o plano era o mesmo de todos os turistas: pegar os drinks grátis e vagar entre as boates para depois escolher onde ficaríamos. Mas não fizemos isso... Entramos na Mythology, que é ao lado do Mc Donalds, e acabamos ficando lá a noite toda. Isso porque chegamos cedo e pegamos uma mesa legal do lado da janela. Ficamos bebendo e conversando, e quando vimos o lugar já estava cheio. Foi maneiro, lá é bem animado, várias pessoas sobem para dançar no balcão do bar. Mas eu achei a galera muito louca... Enfim, fiquei feliz de não ter me atrevido a sair sozinha, porque uma coisa é você estar num hostel, conhecer uma galera e sair todo mundo junto, outra é você entrar solamente só numa boate... Tirando que os peruanos só faltam agarrar você! E, sempre que alguém se dignava a perguntar, eu falava que era portuguesa, de Lisboa. Quando via que ia precisar dar mais informações sobre meu falso país de nascença, virava as costas e conversava com outra pessoa! Sei que só saí inteira de lá porque estava com guarda-costas! Mas foi muito legal, dançamos até de manhã! Gastos: • Lanche – 9,50 S (está anotado, mas não lembro onde foi...) • Entrada Qorikancha – 5 S (com 50% de desconto) • Taxi – 3 S • Night – 11 S (acho! ) • Taxi – 4 S Super Inca Pachacuteq; tentando fotografar Saqsayhuaman enquanto o do guia nos dava aula... Dia 24: Cusco Dia de PN, ou melhor, ressaca! Só me lembro de ter visto um filme... E dormir muito... Dia 25: Cusco Nesse dia fomos dar uma volta de moto. A gente queria ir a Maras e Moray, mas acordamos tarde e não ia dar tempo de voltar antes de escurecer... Ficamos então pelos arredores da cidade. Fomos ao Templo de la Luna, depois em Pukapukara (não tinha ninguém pedindo o boleto para entrar) e Tambomachay. Lá o Leo conversou com o carinha da entrada e explicou que quando eu fui com o guia já estava de noite, etc... Aí ele me deixou passar com o boleto vencido, na verdade acho que nem mostrei o boleto... Depois continuamos descendo, passamos por Pisac e demos a volta pelo outro lado da montanha, passando por outras cidadezinhas... Encontramos uma igreja enorme, no meio do nada, lá em cima da montanha, numa cidadezinha chamada San Salvador. Até passamos perto de Tipón, mas estava tarde para parar e tentar entrar... Nessa estrada da volta tinha uma coisa muito engraçada, pois cada cidadezinha ali na beira tinha uma especialidade culinária. Então ficava um restaurante do lado do outro vendendo a mesma coisa. A primeira era Tipón, terra do cuy. Aí pouco depois, na próxima cidadezinha, a especialidade mudava e acontecia o mesmo: um restaurante do lado do outro! Paramos em Saylla (a 17km de Cusco) para comermos um chincharrón (prato típico peruano/boliviano de carne de porco frita). Chegamos em casa já de noite, fomos ao mercado comprar porcaria, e só! Gastos: • Almoço – 26 S (para 2 pessoas) • Taxi – 3 S (volta do mercado) Dia 26: Cusco Logo de manhã chegou mais uma visita no ap.: o figura do Lico! Ficamos um tempo conversando até ele e o Leo saírem de moto, e combinamos de nos encontrar mais tarde. Fiquei no centro, na varanda de um restaurante (o Los Portales I, na Plaza Regocijo), assistindo a um desfile que estava tendo pelas ruas da cidade. Era alguma festa típica, bem legal. Bebi Pisco Souer (esse tava bom! :'> ) e comi burritos até os dois chegarem. De lá fomos a um restaurante chinês, que ficava na rua da lanchonete Yajúú!, para comer mais. E para variar era tanta comida que deixei quase tudo... Sempre ficava mal com isso... Mas todo mundo dizia para eu não me preocupar, pois lá eles nunca jogam a comida fora, nem que vá para o cachorro... Bem, fiquei meio preocupada com isso! O Lico bebeu a tal da Inka Cola, ele gostava... Não sei como... Eu já tinha tomado e não tinha gostado... Gosto não se discute! Depois ele ficou na Plaza de Armas zanzando e fui com o Leo comprar mais um aquecedor, porque agora tinha mais uma pessoa em casa só que não tinha mais um edredom! A gente tinha combinado de sair de noite e eu estava contando com a pilha do Lico para conseguir isso. Mas não fomos... E ele não pareceu se importar muito, pois estava dormindo, aí surgiu como um zumbi na sala, viu que não íamos mais sair, e desapareceu no mesmo instante! Gastos: • Taxi – 4 S • Drinks + burritos + almoço – 40 S • Taxi – 3 S Dia 27: Cusco Praticamente mais um dia de PN... O Lico saiu cedinho, acho que para o Valle Sagrado, nem o vi... De tarde fui andando até a rodoviária com o Leo: tinha que comprar a minha passagem para Puno, para o dia seguinte. De manhã ele sairia de moto para Copacabana e, de noite, eu iria refazer o trajeto de ônibus (Cusco/ Puno/ Copacabana). Ficamos pesquisando preço de passagem e compramos de uma empresa diferente da que eu tinha vindo, Libertad o nome. Primeiro piso do ônibus, bus cama. De lá ele quis ir ao Mc Donalds e resolvemos ir andando para o centro, na falta de algo melhor para fazer! Chegando lá, ele comeu e voltamos para casa! Mais tarde o Lico chegou e se juntou a nós para fazer PN! Quer dizer, ficamos conversando, o Leo cozinhou e ficou enrolando para arrumar as coisas da moto para a viagem do dia seguinte... Eu com certeza fui dormir antes deles! Gastos: • Passagem p/ Puno – 25 S Dia 28: Cusco/ Puno Quando acordei já não vi nem o Leo, que tinha ido para Copacabana de moto, nem o Lico, que tinha ido fazer a trilha de Salkantay... Mas, segundo ele, o Leo colocou laxante no jantar da véspera, porque todo mundo acordou com dor de barriga! Acho que fiquei mais tranquila, até porque ainda estava em casa! Mesmo assim, praticamente não comi nada o dia inteiro por causa da viagem que ia fazer de ônibus de noite... Passei o dia na internerd, arrumei minhas coisitchas mais uma vez, fui para a rodoviária mais uma vez, e às 22h peguei um ônibus com destino a Puno... Mais uma vez! Só que dessa vez teve mó bafafá por causa dos valores das passagens... Tinha uma coroa peruana muito pau da vida! Ela pagou 20 soles, eu paguei 25 S e tinha gente que tinha pago 40 S! Ela começou a reclamar dizendo que era peruana, mas que achava aquilo um absurdo, fez mó confusão, chamou até polícia, mas não deu em nada, né... Gastos: • Taxi – 4 ou 5 S Obs. aqui parei de anotar os gastos... então, não vou mais colocar tudo direitinho... sorry... Editado Junho 2, 2011 por Visitante Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Colaboradores isabela vs Postado Junho 20, 2010 Autor Colaboradores Compartilhar Postado Junho 20, 2010 (editado) Dia 29: Puno/ Copacabana Quando saltei no terminal de Puno descobri que a tal coroa da confusão também ia em direção a Copacabana. Ela fez questão de me acompanhar até o guichê da cia de ônibus para não deixar ninguém me enrolar! Mó figura! Dessa vez a passagem foi 10 soles, pela mesma cia da outra vez, Titicaca, no mesmo ônibus grande laranja (em agosto paguei 20 soles). Acho que foi nesse dia, só por causa dela, que descobri que podia usar o banheiro sem pagar, uma vez! [picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100619194507.jpg 350 263 kasani]Dessa vez foi um sufoco atravessar a fronteira porque estava tendo festa, cheio de barracas montadas, pessoas no meio da rua, mal dava para o ônibus passar sem atropelar alguém... Um caos!! Na imigração em si foi a mesma coisa, tranquilo... Mas o carinha do ônibus ficou falando para não levarmos nada com a gente por causa da confusão, para deixarmos nossas coisas lá, pois tinha muita gente na rua e podiam acontecer furtos, etc... O ônibus realmente fica fechado e não aconteceu nada. (foto da festa na fronteira) Fiquei em outro hotel dessa vez, porque o Leo tinha chegado no dia anterior e mudado de idéia quanto ao lugar, dessa vez foi o Las Kantutas. Era realmente melhor que o Paris, ele conseguiu um bom desconto, então ficou o mesmo preço. Encontrei com ele, larguei as minhas coisas, fomos comer num restaurante que fica na beira do lago (Brisas del Titicaca) e passear um pouco de moto. Graças a Deus não estava muito frio, nem perto de como foi da outra vez que estive lá! :'> :'> :'>[/picturethis] Saímos de noite e a cidade estava super vazia... Fomos para o mesmo bar onde eu tinha tomado café da outra vez, o Pueblo Viejo. O dono de lá é uma figura e adora brasileiros, sempre colocava algum cd de música brasileira quando a gente chegava! Rs... Tomamos uns drinks, conversamos com o pessoal de lá, brincamos com um cachorro figura, Spike, que empurrou a porta do bar e entrou para fugir do frio! Quando voltamos o hotel estava trancado. Mas trancado mesmo, com porta pantográfica, tipo de loja. Lá eles fazem isso, fecham os hotéis! Bem, o Leo ficou esmurrando a porta até acordar um vizinho, que disse para ele bater numa janela que tinha ao lado. Provavelmente era ali que o recepcionista dormia, pois deu certo e conseguimos entrar (o vizinho já devia estar acostumado com isso)! Gastos: • Taxa de embarque – 1 S • Passagem p/ Copacabana – 10 S • Almoço – + ou - 30 bol (por pessoa) • Drinks - + ou – 60 bol (por pessoa) Dia 30: Copacabana Acordamos ao som dos motoristas de taxi e van gritando: “KASANI!! KASANI!!” (que é a cidade lá na fronteira onde estava tendo a festa). Como se não bastasse eles ainda buzinavam... “KASANI!! KASANI!! BIBI-BIBI!!” Mas era o tempo todo, sem parar, desde cedo... Como se precisasse, numa cidade daquele tamanho, fazer tanto escândalo!! Como se toda a população não soubesse que eles iam para lá... Como se aqueles carros multicoloridos, pintados e escritos “KASANI” não chamassem atenção o suficiente... Saímos para tomar café no mesmo restaurante na beira do lago que tínhamos ido na véspera (acho que tinha café na diária do hotel, mas além de nunca acordarmos na hora, segundo o Leo, não prestava...). Resolvemos sair de moto para conhecer uma cidadezinha que fica depois de Copacabana, Sampaya. Andamos para caramba, tiramos várias fotos, o lago é lindo, parece mar, sem brincadeira... Você não vê o outro lado, é imenso, impressionante... Quando chegamos lá estava tendo uma festa! Ma esse povo adora uma festa, hein?! Não dava para passar porque tinha uma banda no meio da única rua da cidade, que margeia o lago... Tivemos que voltar... E depois descobrimos que não era essa a cidade que a gente queria conhecer, era outra, Yampupata eu acho! De noite resolvemos ir a outro bar, o Mankha Uta, tinha mais gente lá dentro e descobrimos que a maioria era de brasileiros. Só na parte de fora do bar era “happy hour”, compre um drink, ganhe dois... Vai entender! Então, apesar do frio fomos lá para fora! Rs... E também, tinha demorado pouco tempo para descobrirem que nós éramos brasileiros, e estava passando um jogo Brasil x Chile na tv, combinação suficiente para fazer o Leo querer sair correndo dali! Ficamos lá fora até o bar fechar (o que não demorou muito) e fomos novamente para o Pueblo Viejo, para a alegria do nosso novo amigo! Fomos embora acompanhados pela gang dos cachorros de rua (lá tem aos montes e eles realmente andam em bando, parecem gangs e caem na porrada!) e tivemos mais uma vez que esmurrar a porta para entrar! Gastos: • Café da manhã – + ou - 25 bol (por pessoa) • Mercado – + ou - 40 bol • Night – + ou - 60 bol (por pessoa) Muito importante!! Fui comprar umas coisas num mercadinho e o dono não aceitou uma nota minha de 50 bolivianos: era falsa! Eu tinha trocado na mesma casa de câmbio da outra vez, onde o ônibus para antes de cruzar a fronteira Peru/ Bolívia! Tem que tomar muito cuidado com isso, pois existe muita nota falsa lá, e no Peru! Mas eu fiquei mais pau da vida ainda porque, mais tarde, eu fui comer a batata Pringles que comprei lá, e esta também era falsificada!!! Filho da mãe!!! Quer dizer que ele não podia aceitar a minha nota falsa, mas eu podia comer a batata falsificada dele? Como esse povo gosta de falsificar as coisas... festa na cidade de Yampupata; gang dos cachorros pelas ruas de Copacabana Dia 31: Copacabana “BIBI-BIBI!! KASANI!! KASANI!!” ai, ai... Acordamos tarde de novo e resolvemos almoçar direto... Fomos comer uma truta num quiosque (ou barraca, sei lá o que era aquilo) na beira do lago. Bem, se eu estivesse sozinha não teria comido ali só pelo aspecto da velhinha que nos atendeu e cozinhou para a gente, mas... Até que a comida estava boa! Ela só não escutava nem entendia nada do que a gente falava, e vice-versa! Não sei se foi por causa dessa refeição especificamente, mas nesse dia eu passei um pouco mal... Na verdade, em Copacabana a gente comeu muita fritura... E geralmente a batata frita era PT (perda total) de tanto óleo... Mais tarde a gente resolveu subir o Calvário para ver a cidade e o pôr do sol lá de cima. O Cerro Calvario fica no topo de um morro e é um caminho onde estão marcadas as 14 estações do calvário de Jesus. Da primeira vez que fui a Copacabana eu nem sabia da sua existência... Quem me falou a respeito foram os brasileiros que conheci logo depois em Puno, e fiquei muito chateada... Só que nesse dia, quando subi, vi que não teria mesmo tido condições de ir lá daquela vez! Ia acabar perdendo o ônibus da volta! Devido à altitude, é bem difícil de subir, apesar de ser um caminho aberto, de pedra. O nome faz juz à atividade, é realmente um calvário chegar lá em cima! Como eu não conhecia fiz a grande burrice de ir de tênis all star... Foi difícil mesmo, muito frio e um vento sinistro que vinha sei lá de onde e dava mó dor de ouvido... No meio do caminho tem um ponto onde dá para parar, descansar e apreciar a vista... Bem, mas vale a pena, lá em cima é lindo, apesar de sujo... Não dá para entender como eles são tão porcos... Os peruanos também... É diferente do Brasil, sei lá, não tem como explicar... Eles comem e largam casca de tudo, e garrafa de tudo, jogado nos lugares mais lindos... Enfim, vimos o pôr do sol e depois ficamos esperando as luzes da cidade acenderem para fotografar... Só que as luzes não acendiam nunca... Comecei a pensar que o povo era mão de vaca e ficava economizando na conta de luz... Com o sol indo embora o frio estava ficando insuportável (pelo menos para mim), e ainda tínhamos que descer devagar porque o meu tênis escorregava muito... O negócio foi o seguinte: o meu frio nos salvou! As luzes simplesmente não acenderam antes do dia seguinte! Estava rolando um “apagão” na cidade e se a gente tivesse continuado lá em cima, sem lanterna, só deus sabe como iríamos conseguir descer naquele breu! Quando chegamos lá em baixo mal dava para ver a rua! Ficamos direto na rua e entramos no Pueblo Viejo onde o nosso amigo preparou uns ‘choconhaques’ especialmente para conseguirmos nos esquentar! Depois fomos jantar num restaurante italiano muito bom, o La Posta, e comemos uma pizza maravilhosa. Lá eles nos disseram que não tinha nenhum motivo específico para a falta de luz, por aquelas bandas às vezes eles simplesmente fazem isso... Chegando ao hotel, ótima notícia: tinha água quente! Uhu!! E como não tinha luz até a fronteira com o Peru, o céu estava bonito pacas... Gastos: • Almoço – não lembro • Drinks – 50 Bs • Jantar – + ou – 60 Bs (por pessoa) Cerro Calvario e a vista de Copacabana Dia 32: Copacabana/ La Paz “KASANI!! BIBI-BIBI!! KASANI!!” ô despertador bom! Acordamos e já arrumamos as nossas coisas: dia de ir para La Paz. Fechamos a conta no hotel, deixamos a bagagem guardada lá e fomos comprar as passagens (o Leo foi de ônibus comigo, pois segundo ele é suicídio entrar de moto no trânsito de La Paz). Do outro lado da praça onde estão os Kasani Boy’s, ficam parados os ônibus que vão para La Paz. As pessoas ficam na rua vendendo as passagens, não tem erro, eles também ficam berrando “La Paaaz!!”. Tem uns ônibus melhorezinhos, outros piorezinhos... O nosso até que era legalzinho, mas não era turístico, meio sujinho... Pelo menos as malas iam no bagageiro, e não amarradas lá em cima como em outro que eu tinha visto antes! :'> Demos uma entrada para verificar e já tinha gente lá dentro sentada, com o ônibus todo trancado! Isso porque deviam faltar pelo menos umas duas horas para o horário de partida... Anyway, compramos as passagens e fomos comer no Mankha Uta. Quer dizer, eu fui tomar um café... Comi um misto e o Leo só tomou uma limonada, porque ele enjoa na viagem... Demos um tempo, pegamos um solzinho e fomos buscar a bagagem no hotel. Deixamos para entrar no bus pouco antes dele sair e logo escancaramos a janela, claro! Só que quando o motorista ligou o motor... Saía mó fumaceira e entrava tudo pela janela! Rs... Não sei qual fedentina era pior! Pelo menos a fumaceira parou depois que a gente começou a andar! A primeira parte da viagem foi tranquila, a vista é linda (não tem como não ser, o lago é lindo!). Aí chegamos num lugar onde temos que atravessar o lago: ou você salta e paga para atravessar num barquinho, ou fica dentro do ônibus e atravessa nele, numa balsa grande. Quase todo mundo, na verdade todo mundo pelo que me lembro, saltou e esperou o ônibus do outro lado. Na segunda parte da viagem, a paisagem também é bonita e interessante, com as montanhas Illampu, complexo do Condoriri, Huayna Potosi e Chacaltaya, mas já fica mais cansativa... Principalmente quando vai chegando perto de La Paz e vai começando o trânsito... Bem, pelo menos o Leo não passou mal! Saímos de Copacabana mais ou menos às 14h e chegamos por volta de 19:30h... Chegamos lá já de noite e saltamos numa “rodoviária” alternativa, que na verdade é mesmo um ponto desses ônibus piratas, e fica meio fora do centro da cidade. Fomos pegar um taxi e, então, começou uma comédia dramática: em poucos minutos tivemos exemplos da boa e da má polícia de La Paz. Primeiro a boa, que anotou a placa e o nome do taxista, a nossa nacionalidade, para onde ele estava nos levando e perguntou quanto ele estava nos cobrando, para o cara não nos enrolar. Mas depois disso... Lá existe um rodízio de placas para descer ao centro da cidade, por causa do trânsito, e o nosso taxi só poderia descer depois de uns 20 minutos... Só que, como ele estava começando a trabalhar como taxista, pensou que não teria problema. Conclusão: pouco depois foi parado por um policial, e tivemos que emprestar dinheiro para ele pagar o cara! Mesmo assim, continuou descendo, e foi parado de novo!! Dessa vez ele conseguiu não pagar nada, mas tivemos que ficar um tempo parados esperando a hora passar... Só que o motorista era uma figura e simplesmente não conseguia ficar parado... Aí ele começava: “vamos descer só mais um pouquinho, devagarzinho... não vai ter problema, faltam só uns minutos”... E a gente dizia que era melhor ele esperar... No final eu não conseguia mais parar de rir! Finalmente conseguimos chegar ao Hotel Torino. Nem acreditei, já deviam ser umas 20:30h! Depois de nos acomodarmos fomos comer num restaurante de massa. Pizzaria Italia se não me engano, na Calle Illampu (se estiver errado a culpa é do Leo! rs), que ele conhecia e enfim experimentei a famosa cerveja boliviana: a Pilsener de La Paz. Muito boa, melhor que a Cusqueña... Comemos muito bem e voltamos para dormir. Gastos (por pessoa): • Check out Las Kantutas – 120 Bs • Café da manhã – não lembro • Passagem p/ La Paz – 15 Bs • Barco travessia lago - 1,50 Bs • Taxi – 5 Bs • Jantar – + ou - 45 Bs nosso ônibus atravessando o Titicaca; rua do Hotel Torino Dia 33: La Paz Hoje não teve despertador!!! O Torino é um hotel muito antigo, o quarto é bem simples, mas legal (uma dica é pedir para ficar nos quartos do último andar, pois eles ficam nos fundos e tem a janela maior, então são mais arejados). Só o piso de madeira que range que é uma beleza! Rs... E outro diferencial é a roupa de cama: a minha era do Pokemon! Eles estão construindo uma parte nova, mas nem fui ver. Se você gosta de construções antigas, vale à pena dar uma olhada no restaurante deles, é lindo! A localização do hotel é ótima, do ladinho da Plaza Murillo, onde fica o Palácio do Governo. [picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100619200319.jpg 263 350 la paz 01]Fomos passear aleatoriamente pela cidade, já que eu não conhecia nadica de nada! La Paz é diferente e engraçada... Eles simplesmente vendem de tudo na rua, principalmente de noite, quando as barracas se multiplicam... Parece um mega camelódromo da Uruguaiana, mas espalhado por toda a cidade! Mas o que impressiona mesmo é a vista do vulcão Illimani, que se tem de vários pontos da cidade... Ele é tão grande que dá a impressão de que é bem pertinho, logo ali do lado... Na verdade é longe, uns 70km da cidade... Bem, na verdade, fomos fazer um tour pelos lugares e restaurantes preferidos do Leo! Nesse primeiro dia fomos almoçar em um restaurante que ficava escondido numa ladeira, lá em cima, e que servia um mix de frutos do mar à milanesa, Cevichería Rico... Humm... Muito bom... A única coisa estranha foi que tivemos que pagar quando fizemos o pedido, antes de comer! Será que eles acharam que a gente ia encher a barriga e sair correndo?.. Nem o Leo que já conhecia o lugar entendeu, parece que tinha mudado o dono... Pelo menos a comida continuava boa! :'> Na volta fomos andando para uma parte da cidade que é mais bonita e arrumadinha, Prado, onde mora o pessoal de lá que tem grana (lá e em Miraflores). Existem vários restaurantes, cinemas... Paramos numa lanchonete enorme para tomar sorvete, Dumbo (Paseo El Prado), e mais uma vez o Leo ficou com cara de criança que ganhou um presente: tinha pão de queijo!!! Lá eles chamam de “cuñapé”.[/picturethis] Nem preciso dizer que, além dos sorvetes, ele comprou TODOS os pães de queijo que tinham lá! Os que não conseguimos comer, levamos para viagem... E ainda tivemos que tomar o sorvete na hora, pois não tinha como levar, né! Pelo menos ele ficou bem à vontade no local, que era daqueles tipos de lanchonetes que tem um cara vestido de palhaço com bolas de gás na porta, música, milhares de pais com crianças! Acho que nesse dia jantamos pão de queijo também! Dica do Leo para chegar na Cevichería: “É assim: entra na Calle Oruro (onde tem a sede dos correios de La Paz), sobe até a Calle Murillo, vira a esquerda e sobe a primeira rua a direita. Não tem o nome da rua no google maps. A rua a direita tem uma escadinha no canto e é a rua dos restaurantes de frutos do mar (que se chamam mariscos lá)”. Gastos: • Almoço – 80 Bs (o melhor prato para duas pessoas) • Lanchonete – não lembro o comércio pelas ruas da cidade ferve à noite!!! Dia 34: La Paz Hoje, mesmo sem o despertador, o Leo acordou cedo, pois estava se sentindo mal, e saiu para dar uma volta. Voltou cheio de doces e mais pães de queijo, dá para acreditar? Ele achou uma cafeteria maravilhosa na Av. Comercio, a Fridolin, e comprou tudo o que viu pela frente! Demos um tempo para ver se ele conseguia repousar e melhorar um pouco e já saímos novamente para o Prado, para almoçar. Dessa vez fomos num bom restaurante, comer uma boa comida, para restabelecer a saúde dele… Infelizmente, não lembro o nome do restaurante... Só lembro que ficava na entrada de uma galeria e ao lado de uma sorveteria famosa! Saímos de lá e eu quis ir até a lanchonete Bimbo, ali perto, onde segundo o meu “guia” faziam drinks com sorvete! Chegando lá... eles não estavam mais fazendo os drinks... Mas acabei tomando um sunday de chocolate, meio decepcionada... Não fizemos quase nada hoje, andamos um pouquinho e voltamos cedo para o hotel. Como o Leo continuava não se sentindo muito bem, não saímos mais e acabamos jantando o restante dos nossos pães de queijo, de novo! Parece até que somos mineiros, e não cariocas! Gastos: • Café da manhã – não lembro • Almoço - não lembro • Sorvete - + ou - 12 Bs Dia 35: La Paz Saímos tarde hoje e fomos direto tomar um café da manhã/almoço no Burger King que ficava ali perto... Nossa! Que batata frita maravilhosa!!! Nesse dia a nossa tarde foi dedicada a procurar peças de reposição para a moto do Leo... Fomos a vários lugares até achar uma loja de peças escondida, perto de uma praça bonitinha que nem ele conhecia. Ficamos tomando um solzinho lá, enquanto esperávamos a loja abrir... Pois é, La Paz tem isso de chato, o comércio fecha de 13h às 15h (mas não existe muita definição, pois cada lugar tem horário próprio)... Infelizmente esperamos à toa, pois eles não tinham o que o Leo precisava. Então de lá fomos à loja da Yamaha, que também não tinha... Conclusão, ele não achou as peças em lugar nenhum... Pegamos um taxi, e fomos em busca da câmera Nikon que eu queria comprar. Existem dois lugares na cidade ótimos para comprar eletrônicos: um numa rua mais em baixo que não me lembro o nome, e outro mais em cima, chamado Mercado Sopocachi. Em ambos, é só tomar um taxi que qualquer motorista sabe onde ficam. Teoricamente o primeiro é um pouco mais caro, pois lá aceitam cartão de crédito, o segundo é mais barato, pois o poder de pechincha é maior, já que o pagamento tem que ser em cash. Fomos pesquisar no primeiro: são lojas e galerias, uma do lado da outra, muitas mesmo... Depois de andarmos muito, paramos num cyber para dar uma pesquisada no preço da câmera no Brasil, e conferir se estava valendo a pena comprar lá. Não satisfeitos, entramos novamente num taxi e fomos para o Sopocachi, mas como chegamos bem tarde, a maior parte das lojas estava fechada, ou fechando... Só que o Leo queria ir numa em particular, e infelizmente descobrimos que esta não existia mais... Ainda tentamos dar uma olhada geral, mas não encontramos o que queríamos... Começou a chover, então catamos outro taxi para voltarmos ao primeiro lugar e tentar negociar o valor da câmera numa lojinha onde tínhamos encontrado o melhor preço. Bem, essa parte eu deixei com ele, pois já disse aqui que não gosto e nem sou boa nisso. Oba!!! Comprei a câmera!!! Aproveitei para comprar também uma bateria extra, que é muito útil nessas viagens que fazemos, pois ficamos para lá e para cá e muitas vezes não temos como recarregar a bateria... O chato da câmera da Nikon é isso, a bateria tem que ser a dela, específica (pelo menos as minhas)... Inclusive, antes de viajar comprei uma bateria extra para a minha câmera pequena por causa disso. Foi caríssima, mas várias vezes a bateria acabou no meio de um passeio, e dei graças a Deus por ter gasto esse dinheiro... :'> Bem, o Leo também resolveu fazer umas comprinhas e entramos em outras lojas para procurar um troço lá que ele queria. Sempre a primeira coisa que ele perguntava era se tinha “tarjeta de crédito”. Quando encontramos uma que tinha, ele entrou, e ficou horas escolhendo o modelo, olhando, experimentando, perguntando todos os detalhes... Até que enfim decidiu o que ia levar. Na hora de pagar, tirou o cartão do bolso. Aí a mulher da loja olhou para ele com uma cara de espanto e disse: “no aceptamos tarjeta de crédito”. Eu saí correndo de lá para não dar uma gargalhada na cara dos dois! Só vi o Leo largando a caixa de qualquer jeito na mesa e saindo bufando lá de dentro! A mulher teve sorte de não ter levado uma porrada! E eu também, pois não conseguia parar de rir! Depois disso ainda tivemos que dar um tempinho na rua, pois começou a chover granizo... Quando parou, descemos andando e fomos jantar mais uma vez na Pizzaria Italia, e mais uma vez comemos muito bem. De lá voltamos para o hotel, exaustos da correria que tinha sido este dia, e deixei o Leo brincar um pouco com a minha câmera nova para ele não ficar mais de mau humor! Gastos: • Burger King - 28 Bs (para duas pessoas) • Cyber - não lembro • Taxis - 16 Bs (total) • Jantar – não lembro Dia 36: La Paz Neste dia fomos tomar café da manhã na maravilhosa cafeteria Fridolin! Olhando o cardápio descobrimos que eles também serviam almoço, jantar... Nossa, comemos tanta coisa... Salgados (pão de queijo, claro!), doces (uma torta mousse de chocolate de lamber os beiços!) e tomamos chocolate quente... Mentira... Tomamos um drink, mas tinha leite e chocolate nele também! Rs... Na hora de pagar o meu cartão não passou, foi aí que começou a pior parte da minha viagem... No dia anterior, quando fui sacar o dinheiro para comprar a câmera, não consegui de primeira e fiz algumas tentativas... No final consegui, mas um valor muito baixo. Depois desse segundo problema na cafeteria, fui para um cyber e posto telefônico ligar para a central Real Visa, para saber o que estava acontecendo. Primeiro descobri que o número de telefone que existia no meu cartão, para ligar a cobrar do exterior, estava errado... Então, resumindo a história: não resolvi nada, perdi uma tarde inteira, me estressei e gastei uma fortuna de telefone! Nesse mesmo dia eu precisava comprar pela internet as passagens de trem para Machu Picchu, e de avião Cusco/ Lima, e o meu cartão foi recusado em todas as tentativas... Se eu estivesse sozinha, provavelmente estaria mendigando pelas ruas de La Paz até hoje (exagerada!)... Ainda bem que eu ainda tinha alguns dólares e tinha levado alguns reais comigo... Saindo de lá, estressada e super chateada, resolvemos finalmente visitar alguns pontos turísticos da cidade... Fomos à Catedral, à Catedral Metropolitana, uma outra igrejinha que tem perto da Plaza Murillo... Aproveitei para estrear a minha câmera nova. Por mais que o Leo falasse que não tinha problema, eu não conseguia me sentir à vontade andando com aquele trambolho pendurado no pescoço, então enfiava dentro do casaco... Antes de sair para jantar, fechamos com a agência que fica no hotel o passeio do Chacaltaya, para o dia seguinte. Aproveitamos e compramos também as nossas passagens de volta para Copacabana com eles, mas dessa vez em ônibus turístico. Saímos de lá e fomos comer umas fatias de pizza, numa pizzaria fast food que tem ao lado de um cinema, lá para os lados do Prado também. Depois passeamos um pouco por ali, onde tem uns jardins lindos na rua... Na volta, antes de entrar no hotel, ficamos sentados um pouco na escadaria da Plaza, e fomos dormir. Gastos (por pessoa): • Café da manhã - + ou menos 45 Bs • Telefonemas p/ o banco - 190 Bs • Chacaltaya - 40 Bs • Passagem p/ Copacabana - 20 ou 30 Bs • Pizza – não lembro foto tirada de uma passarela perto da Catedral; Palácio do Governo, Plaza Murillo Dia 37: La Paz/ Chacaltaya Acordamos cedo para o passeio e não havia nada aberto para comprar algo que servisse de café... Uma van nos buscou, e dentro dela já haviam mil pessoas esmagadas... Dentre elas, um casal de Campinas e um menino de Belo Horizonte. Pegamos trânsito para ir e demoramos um pouco... Já perto do Chacaltaya começa uma estrada de terra bem sinuosa e, apesar do calor, temos que ficar com as janelas todas trancadas por causa da poeira. Mas até que passou rápido, pois o casal de Campinas estava contando os “causos” da viagem deles de ônibus até lá... Surreal! [picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100619202751.jpg 263 350 neve]Nesse caminho a paisagem já é diferente e linda, algumas lagunas já começam a aparecer. Lá em cima, assim que saltamos da van, já sentimos o vento e o frio... Para a minha decepção, não tinha neve... Bem, começamos a subir, e ali a altitude pegou, a cada dois passos tínhamos que parar para recuperar o fôlego. Ufa! E muito vento, e muito frio! Até que finalmente chegamos num ponto onde havia neve!!! Um pouquinho só, como vocês podem ver ao lado, mas para mim que nunca tinha visto, foi o máximo! Depois de brincar um pouco, continuamos subindo e demos a volta para chegar ao outro lado da montanha, onde a vista é mais bonita. Nesse momento eu achava que estava perdendo as pontas dos dedos! Tinha certeza de que assim que eu tirasse as luvas elas estariam roxas, a ponto de cair congeladas! Mas com certeza valeu a pena, lá é muito, mas muito lindo! O que estragou, como sempre, foi o guia, que a todo o momento ficava berrando que a gente tinha que ir para um lado e não para o outro, ou que a gente já devia estar voltando, em vez de estar seguindo em frente... Enfim... É muito pouco o tempo que temos para ficar lá... Voltamos para o abrigo, onde nos ofereceram um cafezinho, mas preferimos ficar lá fora conversando mesmo. Quando entramos na van, o guia veio com o cara do abrigo para cobrar a entrada de quem ainda não tinha pago. Não conseguimos entender o porquê de ter que se pagar para entrar ali... Achamos que deve haver algum conchavo entre os guias e o carinha que fica lá... Se não fosse assim, porque o guia faria questão de levá-lo até a van para cobrar a galera? [/picturethis] A volta como sempre foi mais cansativa e demorada do que a ida... Ainda mais porque o Leo começou a se sentir mal e fiquei com medo da gente ter que saltar e ficar ali, largados no meio do nada... Ainda bem que isso não aconteceu! Paramos num ponto em que se tem uma visão panorâmica de La Paz, tiramos fotos e voltamos para ir à segunda parte do passeio. Quando estávamos no centro da cidade o Leo me disse: “nós vamos descer aqui”. Conclusão: não fomos ao Valle de la Luna, que segundo ele é muito chato, e saltamos no meio do caminho. Bem, acredito que se ele tivesse dito isso na véspera para a moça da agência, ela poderia ter nos dados um desconto maior, mas... Realmente a gente tinha muita coisa para resolver naquela tarde, já que íamos embora na manhã do dia seguinte. Como saltamos perto, fomos almoçar na Pizzaria Italia (quando nós gostamos de um lugar somos muito fiéis! ). Acho que o estresse da véspera + caminhada da manhã não foi uma combinação muito boa, pois estávamos quase dormindo na mesa do restaurante! A vontade era sair de lá e pegar um taxi para o hotel! Mas antes ainda tivemos que passar numa loja da Tatoo para o Leo ver umas coisas, e passar no centro para trocar dinheiro... Só aí pegamos o taxi! Acho que a gente devia ter feito mais alguma coisa... Mas não aguentamos... Depois de uma soneca básica, fizemos o check out antecipado na recepção do hotel e fomos jantar. Tentamos ir ao Fridolin (clientes fiéis! rs), mas como a soneca tinha durado mais do que o previsto, eles já estavam fechando... Então compramos algumas coisinhas para levar, acredito que uns pães de queijo e uns doces, só para variar um pouquinho! De lá fomos então mais uma vez ao Prado, achar um restaurante. Entramos em um bem bonitinho, moderninho, que ficava ao lado do Burguer King de lá. O ambiente era bem legal, mas o antedimento não era lá essas coisas... O Leo tinha colocado na cabeça que queria beber outro drink com chocolate, e no cardápio só havia ou chocolate quente, ou drinks com café. Então ele perguntou à garçonete se havia como fazer um drink com o chocolate para ele... Para quê?.. A garçonete ficava lendo o cardápio e repetindo todas as opções de bebidas com chocolate, e todas as opções de drinks com café. Então o Leo olhava para ela e repetia: “eu sei, mas vocês não podem fazer um drink com chocolate para mim?”. Aí ela repetia tudo de novo... Até que ele se estressou e desistiu do drink... Resolvemos então experimentar um vinho boliviano. Outra novela! O nome do vinho era Campos de Solano, e o Leo foi perguntar se era Cabernet Sauvignon... Para quê, pergunto novamente? Rs... A garçonete respondia: “não, é Campos de Solano”. Aí o Leo falava: “tá, mas é Cabernet Sauvignon?”. A garçonete tornava a responder “não, é Campos de Solano”! Gente, vocês tinham que ver a cara que ele fez! Ele simplesmente virou de costas para a mulher e ela continuou ali parada esperando, e eu sem poder rir e sem saber o que fazer... Afinal era ou não para pedir o vinho? Pedi para a moça voltar depois, porque ainda íamos pensar um pouco. Quando o Leo virou de frente para mim, mais uma vez com aquela cara de quem ia dar um tiro em alguém, não aguentei mais e caí na gargalhada! No final, pedimos o tal do vinho e comemos uma pizza. Nenhum dos dois estava mil maravilhas, mas no final tudo deu certo e foi bem legal! Rs... Íamos voltar andando para o hotel, mas ele se sentiu mal de novo e pegamos um taxi. Quando estávamos chegando perto da Plaza Murillo, algumas ruas estavam fechadas e o taxista teve que dar uma volta... Isso era sinal de que o presidente devia ter chegado... Bem, infelizmente não tivemos tempo de fazer nem uma visitinha, porque ainda havia uma mochila enorme para arrumar para o dia seguinte! Gastos (por pessoa): • Entrada Chacaltaya – 15 Bs • Almoço – + ou - 35 Bs • Câmbio - 100 reais = 335 Bs (acho) • Check out Torino - 390 Bs • Fridolin - + ou – 35 Bs • Jantar - + ou – 50 Bs • Taxi (2) – 7 + 7 Bs Dia 38: La Paz/ Copacabana Acordamos cedo para pegar o ônibus, e mesmo assim acho que nos atrasamos, pois a mulher da agência foi lá em cima nos buscar... O ônibus nos aguardava na Plaza, e só de andar aqueles poucos metros com o mochilão nas costas... Ui! Quase tive um treco! Essa droga de altitude é fogo mesmo! Esse ônibus era bem melhor do que aquele que pegamos na vinda, e estava bem vazio. Como era um ônibus turístico, o motorista foi direto pela via expressa, em vez de ir por El Alto, o que nos poupou bastante tempo e engarrafamento... Meu café da manhã foram os quitutes que compramos na noite anterior, e o Leo não comeu nada para não enjoar na viagem. Atravessamos novamente o lago no barquinho, mas dessa vez demoramos mais, pois ficamos do outro lado esperando um casal que tinha perdido o barco porque ficaram tirando fotos... O motorista estava muito pau da vida e quase foi embora sem eles! Entrou também um policial no ônibus pedindo os nossos documentos e o papel da imigração boliviana... Eu estava com a identidade em mãos, mas o papel estava no bagageiro, dentro do mochilão... A princípio ele queria que eu descesse e pegasse, mas depois sei lá porque, deixou para lá. Em compensação eu tive que levar uma bronca do Leo, pois dei mole, tinha que estar com todos os meus documentos comigo... Verdade, não sei porque fiz sso. Chegamos a Copacabana e o ônibus nos deixou lááá em cima da ladeira... Tivemos que andar um bocado de volta ao Las Kantutas, e a altitude pegou de novo... Fomos deixar as coisas no hotel e eu aproveitei para descansar um pouco enquanto o Leo ia buscar a moto, que tinha ficado numa “garagem” todos esses dias. Depois fomos almoçar novamente naquele restaurante que fica na beira do lago (Brisas del Titicaca). Após o almoço resolvemos tentar mais uma vez ir até a cidadezinha vizinha, Sampaya, tomando cuidado para não errar o caminho desta vez! Acho que algumas agências alugam bicicletas para o pessoal fazer esse trajeto, mas não se iludam, pois é longe e difícil... Logo na primeira subida encontramos uma gringa colocando os bofes para fora... E, já que eles estão incentivando esse passeio, podiam pelo menos colocar uma plaquinha indicando a direção correta na bifurcação onde erramos o caminho, da primeira vez. Dessa vez fomos direitinho e chegamos lá! Tinha uma van saindo com uns turistas, e um pessoal filmando alguma coisa com o moço que tomava conta da igreja. Ele nos perguntou se queríamos conhecer a igreja por dentro, e nós fomos, claro. Por fora ela é linda, mas por dentro é bem simples, decorada com bandeirinhas, e o Leo disse que parecia que ia ter uma festa junina ali... Na hora de sair, o moço insinuou que algumas pessoas deixavam umas moedas num potinho que tinha perto do altar, para ajudar na manutenção igreja. Aí eu dei um olhadão para o Leo, que colocou umas moedas meio a contragosto! De lá fomos andando por dentro da cidade, que na verdade é um pequeno vilarejo onde as pessoas vivem da plantação de cebolas (eca! ). As casas são feitas de pedras e ficam espalhadas pelas encostas das montanhas. A impressão que eu tive era a de que estava dentro do filme do Senhor dos Anéis, na vila dos Hobbits! O lugar é uma graça! Fomos andando por uma trilha tentando chegar a um ponto que desse para ver a Isla Del Sol, e passamos por várias plantações. Até que, como não chegávamos nunca a esse ponto imaginário, cansamos e voltamos. Mas o lugar é lindo, e qualquer vista do lago é maravilhosa! Na volta ainda encontramos mais dois gringos que estavam indo, caminhando com um guia. Provavelmente iam dormir em algum lugar por lá, pois já era tarde e eles ainda estavam longe... À noite fomos tomar um choconhaque no Pueblo Viejo. A programação era depois ir comer uma pizza no La Posta, mas encontramos os três brasileiros do passeio do Chacaltaya e acabamos ficando lá a noite toda. Era aniversário do dono do bar, que tinha ficado nosso amigo, lembram? Ele nos ofereceu uma rodada de cerveja, foi uma noite bem engraçada e divertida! Na volta, mais uma vez tivemos que acordar o recepcionista espancando a porta do hotel para entrar! Gastos (por pessoa): • Travessia lago – 1,5 Bs • Almoço – não lembro • Pueblo Viejo - 25 Bs vista do caminho e Igreja de Sampaya Dia 39: Copacabana Saímos tarde e fomos tomar um super café da manhã no restaurante Coffee Copacabana, muito bom! :'> :'> :'> Depois fomos de moto até o final da praia e ficamos pegando sol e catando pedrinhas durante a tarde... Quando voltamos, comprei minha passagem para o dia seguinte, para Puno, e fomos dar uma volta pelas ruas da cidade. Quando chegamos à Catedral, vimos uma cena muito engraçada: havia dois papagaios empoleirados nos portões de entrada, divertindo turistas e crianças! Vocês imaginam dois papagaios repetindo tudo o que as pessoas diziam com sotaque, em espanhol? “Lorito, lorito”! Muito engraçado! Rs... Dali fomos a algumas lojinhas, pois eu precisava comprar uma bolsa (ok, uma mala!) extra para levar as minhas coisas de volta para o Brasil. E olha que eu não comprei quase nada durante a viagem... Acho que o erro foi mesmo ter levado daqui o mochilão completamente lotado... Mas tudo bem, porque as malas de lá são lindas e super baratas! Comprei também mais uns fantoches de llama (eram mais bonitinhas do que a de Chinchero) para levar de lembrança. Dei uma para o Leo e ele aproveitou e comprou um fantoche de burrinho... Bem, eu dei o nome de Kasani para a llama e o burrinho dele virou Cabernet! Precisa explicar? Procuramos também um cyber onde tivesse uma impressora, pois eu precisava imprimir os e-mails com a confirmação do meu voo Cusco/Lima, e as minhas passagens de trem para Aguas Calientes. Só tinha um, mas a impressora não funcionava... Procuramos também um telefone público, para eu ligar a cobrar para o banco, e tentar novamente resolver o problema do meu cartão. Mas na cidade não existe nenhum! Eu consegui ligar porque pegamos um número da Embratel, que você disca direto a cobrar, e fui de novo para o cyber. No banco tiveram a cara de pau de me dizer que não havia problema nenhum com o meu cartão, que tinha sido apenas falha de comunicação... Resolvi tentar sacar dinheiro para testar, mas em Copacabana também não existe caixa eletrônico... Para relaxar, voltamos ao Coffee Copacabana para comer um prato típico boliviano: salchipapas (batata frita com salsicha), e experimentar uma outra cerveja boliviana. Não lembro o nome, mas de qualquer forma a Pilsener de La Paz é melhor. Ainda ficamos sentados lá um tempo assistindo o desfile das gangs de cães, fazendo amizade com alguns deles, e vendo quando eles se vingavam dos vendedores das barraquinhas do outro lado da rua... Explico: os vendedores ficavam expulsando os cachorros toda hora, então eles depois voltavam sem ninguém ver, e faziam um xixizinho básico em alguma mercadoria que estivesse no chão! À noite fomos direto ao La Posta jantar. Mais uma vez a pizza estava maravilhosa! Fomos dormir cedo, pois mais uma vez tínhamos que fazer as malas no dia seguinte cedo... Gastos: • Café da manhã – não lembro • Passagem p/ Puno - 25 Bs • Lanche – não lembro • Mala + fantoches - 84 Bs • Check out - 80 Bs (por pessoa) • Jantar - + ou – 40 bs (por pessoa) Dia 40: Copacabana/ Puno/ Cusco O Leo me ajudou com a minha bagagem, que agora era maior, e enquanto estávamos na rua esperando para eu embarcar, o nosso amigo do Pueblo Viejo passou e se despediu da gente! Por volta de 9:30h o ônibus saiu de Copacabana em direção à Puno. O Leo voltou de moto. Dessa vez eu estava muito nervosa para passar pela fronteira... Isso porque eu não poderia entrar pela terceira vez no Peru em menos de um ano, pelo menos não legalmente... Mas o Leo só me disse isso quando eu já estava na Bolívia, então não tinha mais saída: tinha que voltar para o Peru de qualquer jeito! A saída era entrar com a minha identidade, pois no meu passaporte já estavam marcadas as duas entradas anteriores... ::mmm: Graças a Deus deu tudo certo, apresentei a identidade e o funcionário da imigração ainda me deu um visto de 60 dias, quando o normal é um de 30! ::tchann:: Dentro do ônibus mesmo já tinha um cara perguntando quem ia para Arequipa e quem ia para Cusco, para vender ali mesmo as passagens. Eu não comprei com ele, saltei em Puno e fui direto às empresas ver os horários e preços. Dessa vez a San Martin só tinha horário tarde, então fui pela Libertad de novo. Comprei a passagem e fui tentar imprimir os e-mails num cyber que tem lá no terminal, finalmente consegui. O ônibus era muito bom, as poltronas excelentes (mas acho que foi sorte, pois era completamente diferente do ônibus da ida, apesar de ser a mesma empresa)... Mas fazer essa viagem durante o dia foi horrível! ::dãã2::ãã2::'> Primeiro: tinha uma campainha que ficava apitando toda vez que o motorista ultrapassava 80 ou 90km/h... Graças a Deus o rapaz que acompanhava o motorista, para vender passagens durante a viagem, conseguiu desligar. Mais uma vez o ônibus foi parando de poste em poste, de cidade em cidade... Tinha um casal com uma menininha, que era até bonitinha, mas chaaata! E ainda colocaram um filme de terror, de quinta categoria, às alturas... ::grr:: A viagem não acabava nuncaaa!!! Quando finalmente cheguei a Cusco, por volta de 19h/20h, peguei um taxi para a casa do Leo, que também tinha chegado a pouco tempo. Como não tinha nada para comer, só fizemos um bate-volta e pegamos outro taxi para o centro. Fui tentar sacar dinheiro com o meu cartão e finalmente consegui!!! Demos uma volta, fui num mercado de artesanato e comprei um álbum de retratos encapado com um tecido daqueles coloridos (foi bem caro, mas muuuito bonito!). ::love:: Fomos jantar numa pizzaria muito boa perto da Plaza de Armas e deu para descansar e relaxar um pouco! Comprei uns belisquetes para levar para Machu Picchu no dia seguinte, e uma garrafa de Pisco de presente para o meu pai. Bem, hoje também foi dia de dormir cedo... Além de toda essa viagem estressante, o trem para Aguas Calientes sairia cedo de Poroy na manhã seguinte. Gastos: • Passagem p/ Cusco - 25 S • Taxa de embarque - 1 S • Impressão de e-mails - 1 S • Álbum de retratos - 50 S • Jantar – 30 S (por pessoa) • Taxi - 3+3+4 S Dia 41: Cusco/ MP/ Cusco ( :roll: tá, eu disse que tinham sido 40 dias... mas foi para arredondar e ficar mais bonitinho... :oops: ) Saí cedinho de taxi, pois tinha que estar na estação às 07:12h, o horário do trem era 07:42h... Ai, o trem demooora... E eu nem consegui dormir... :( É incrível como a gente se acostuma fácil com as coisas boas, não é mesmo? No início da viagem, apesar de nunca ter viajado sozinha, eu me virava numa boa! Aí, foi só arranjar um “personal guiator tabajara” e eu não precisava me preocupar com nada, que parece que desaprendi tudo rapidinho, voltei à estaca zero! :lol: Quando cheguei a Aguas Calientes fiquei meio zonza e perdida (não me perguntem como, porque lá é micro e eu já tinha ido antes). Queria comprar a entrada para Machu Picchu antes de subir, mas não achei o lugar... Então passeei um pouquinho para lá e para cá e quando voltei... A fila do ônibus já estava gigante, claro! Todos tinham descido do trem e ido direto para lá, menos essa lesa que vos escreve! Bem, comprei os tickets e encarei a fila... ::putz:: Ai, ai... Machu Picchu... ::love:: Comprei a entrada lá em cima mesmo e já aproveitei para dar mais uma carimbada no meu passaporte. Mas, eu tinha esquecido da boa vontade e inteligência das pessoas que lá habitam, então entreguei o meu passaporte fechado à moça encarregada do carimbo. De cara fechada ela estava, de cara fechada ela abriu o meu passaporte em uma página qualquer lá no meio dele, e de cara fechada me devolveu... ::vapapu:: Bem, mas eu estava em Machu Picchu mais uma vez, ela não ia estragar o meu dia! ::bruuu:: Dessa vez eu tinha bastante tempo! :D Subi, desci, escalei pedra, muro... :D Sentei só para ficar olhando e admirando o lugar, fui até a Ponte Inca. :D Pena que o tempo estava fechado, e até choveu... E me esqueci de levar repelente, pois da outra vez eu fui embora cedo e não precisei usar... Erro crucial... Chegou uma hora que fui atacada pelos borrachudos! A vontade era sair correndo de lá! Só não fiz isso porque estava em Machu Picchu, e não num lugar qualquer, e dali nem os borrachudos iriam me expulsar! Depois eles deram uma trégua e pude ficar lá até cansar, literalmente... ::mmm: Fui embora quando já não tinha mais quase ninguém no parque, e mesmo assim cheguei em Aguas Calientes bem antes do horário do trem. Meu trem de volta era para Ollantaytambo... Choveu a viagem inteira... Pelo menos o trem era mais confortável, e tinha até lanchinho! Mas também não deu para dormir: música alta, apresentação de uma dança folclórica e até desfile de roupas feitas com lã de alpaca! ::dãã2::ãã2::'> É sério, juro!!! Chegamos quase dez da noite lá e eu ainda tinha que ir para Cusco... O bom é que muitas pessoas que estavam no trem também tinham. Me juntei com um grupo e pegamos um taxi. Mesmo com o motorista correndo muito e fazendo altas ultrapassagens, eu consegui dar umas cochiladas. Até chegar em Poroy... Quando, em frente ao Bungee Jump, ele resolveu ultrapassar uma van numa curva... ::ahhhh:: Eu acho que foi isso que aconteceu, pois eu estava no meio da cochilada, e quando acordei o carro já estava rodando na contramão! Até hoje não sei como não morremos... O carro deslizou e bateu na mureta da pista, virado na direção contrária, e ainda vinha um carro no outro sentido! O motorista saiu com o carro, e encostou mais na frente, para retornar e voltar ao sentido certo da pista... Bem, eu já tinha passado ali de dia, e aquela parte da estrada é bem alta, se o carro não tivesse parado na mureta... já era!!! ::hein: Depois disso estávamos todos nervosíssimos dentro do carro, o motorista pedindo mil desculpas, mas mesmo assim queria continuar correndo. Quando ele ameaçava acelerar todo mundo mandava ele diminuir! E quando chegamos em Cusco ele nos deixou numa praça, que eu nem lembro qual foi. Mas, em vez de dar a volta e ir para a frente da praça, ele quase passou por cima... Sei lá, nem sei explicar o que ele ia fazer! Mas quase batemos de novo! Saltamos todos correndo do carro e fugimos dali! ::vapapu:: Continuava chovendo e estava muito frio, mas eu estava muito grata por estar ali, sã e salva... No início eu havia pensado em pedir para o mesmo taxista me deixar em casa. Bem, não preciso explicar porque desisti da idéia, né? Fui andando na chuva até a Plaza de Armas e demorei muito para conseguir um taxi... Cheguei em casa encharcada, morrendo de frio e em estado de choque! Mas viva, graças a Deus! Ainda fiquei conversando com o Leo e tive que arrumar de novo as minhas coisas, pois no dia seguinte iria para Lima bem cedo. E dessa vez tive que pensar para arrumar a bagagem, pois decidi que colocaria na mala nova tudo o que eu fosse precisar usar nos próximos dois dias. A minha idéia (e esperança!) era não precisar mais mexer no mochilão! Fui dormir tarde para caramba... Gastos: • Taxi p/ Poroy – 15 S • Trem ida Backpacker– 48 dólares (cartão de crédito do Leo) • Ônibus ida/volta para MP– 14 dólares • Entrada MP – 62 S (meia entrada com cart int. de estudante) • Trem volta Vistadome – 43 dólares (cartão de crédito do Leo) • Taxi Ollantaytambo/Cusco – 15 S • Taxi p/ casa – 3 S eu e Machu Picchu, Machu Picchu e eu (e a llama! ::tchann:: ) Dia 42: Cusco/ Lima? Saímos bem cedinho para o aeroporto, pois o meu voo era às 07:50h. Fiz o check in na TACA e ficamos fazendo hora conversando. Quando fui entrar na sala de embarque, a moça me lembrou que eu tinha que descer e pagar a taxa de embarque… É, isso mesmo… Lá fomos nós… Paguei, subimos de novo, nos despedimos de novo, e consegui entrar. Estava aguardando um casal de senhores passar calmamente pelo raio-x, enquanto lá do outro lado havia um funcionário da TACA impaciente... Passei pelo raio-x, e o funcionário do aeroporto me disse que tinha uma faca na minha mochila! :shock: Aí começou uma confusão! Ao mesmo tempo em que eu dizia que não tinha nenhuma faca na minha mochila, o funcionário da TACA me puxava pelo braço, dizendo que eu ia perder o vôo. Então o funcionário do aeroporto dizia que ele tinha que sair dali, e eu respondia para o funcionário da TACA que eu não ia perder o voo, pois o avião só ia sair dali a 30 minutos... Isso durou uns minutos, até que eu resolvi olhar para a máquina de raio-x... Foi quando finalmente eu entendi que tinha esquecido o canivete suíço do meu amigo dentro da mochila... Então eu abri a mochila, peguei o canivete, entreguei na mão do cara do aeroporto, e saí correndo com o moço da TACA. Quando chegamos ao portão de embarque, a FDP da aeromoça fechou a porta na minha cara, e disse que eu tinha perdido o voo!!! ::ahhhh:: Eu olhava para a cara dela e não acreditava, ela tinha visto o que tinha acabado de acontecer... Mas não adiantou, ela não me deixou entrar de jeito nenhum, com aquela cara de nojenta... ::vapapu:: Não sei quem estava mais desolado, se era eu ou o moço da TACA, coitado... Perguntei para ele o que eu deveria fazer, e ele me explicou que eu teria que voltar ao balcão da companhia para pegar a minha bagagem, e tentar remarcar o voo... Cara, pensa comigo... O tempo que eles levaram para retirar a minha bagagem do avião atrasou muito mais o voo do que se aquela mulherzinha tivesse me deixado entrar!!! ::grr:: Fui para o banheiro me acalmar um pouco, enquanto todas as pessoas que estavam na sala de embarque terminavam de assistir ao espetáculo... Desci, fui ao balcão explicar o que tinha acontecido, mas ninguém podia me atender naquele momento... Fui então ligar para o Leo, mas nem tinha dado tempo dele chegar de volta em casa! Esperei mais um pouco e quando ele atendeu não acreditou no que tinha acontecido, disse que ia me encontrar de novo no aeroporto e eu voltei para o balcão da TACA. Olha, que pessoal mais enrolado... Minha bagagem demorou horas para chegar, a moça demorou horas para remarcar a minha passagem (só tinha lugar para o dia seguinte, num voo um pouco mais caro)! E o Leo rindo da minha cara o tempo todo, claro! Tenho certeza que tudo isso foi macumba dele! ::quilpish:: Quando consegui resolver tudo, ele me perguntou se eu havia pego o canivete do meu amigo de volta. Respondi que não, nem pensei nisso na hora, pois estava muito nervosa... Então, subimos para resgatar o canivete, até porque eu não queria ter que comprar outro para devolver quando chegasse no Brasil... Vocês acreditam que o mesmo funcionário disse na nossa cara que não ia devolver nada, que o canivete estava confiscado, e que eu sabia que não podia embarcar com aquilo na bagagem de mão? Caraca, a raiva subiu toda de novo! Eu olhei para ele e falei: “mas eu não embarquei, eu estou aqui, não estou? Na sua frente. E eu perdi o voo justamente por causa disso, então eu quero o canivete de volta”. Aí ele repetiu a mesma ladainha!!! E eu quase berrei “MAS EU NÃO EMBARQUEI!!!”. ::prestessao:: Durante toda essa discussão o Leo estava calado, olhando para o lado, e eu torcendo para que ele não precisasse se meter... Bem, o cara percebeu que a gente não ia desistir, então disse que ia ver o que ele podia fazer. Entrou e depois de um tempo voltou com dois canivetes na mão, perguntando qual dos dois era o meu. Eu não sabia dizer, a única diferença era que um tinha um desenho e o outro não... ::putz:: Na verdade, eu só usei esse canivete uma vez durante toda a viagem, nem lembro para que. Acho até que foi o Leo que usou, porque foi ele que disse com firmeza “é esse aqui” e pegou o troço de volta. Aí eu tive que entrar e assinar um papel dizendo que eu tinha resgatado o meu objeto que havia sido confiscado, e já guardei a porcaria dentro da mala, para não ter mais erro no dia seguinte. Voltamos para casa, e eu ainda não conseguia acreditar no que tinha acontecido... ::dãã2::ãã2::'> E o Leo continuava rindo da minha cara (macumbeiro!). Bem, já que ganhei mais um dia em Cusco, fiquei pensando onde queria ir novamente, ou tentando lembrar de alguma coisa que gostaria de ter feito mas não fiz... Mas de uma coisa eu tinha certeza: queria voltar em Saqsayhuaman! Relaxei um pouco, fomos ao mercado, depois tomamos café, entrei na internet... Um pouco antes de sair de casa, o tempo fechou e começou a chover... Realmente não era o meu dia. :cry: E o lado pior da tempestade era justamente o de Saqsayhuaman! Conclusão: não pudemos sair de moto, fomos para o centro de taxi mesmo e ficamos dando uma volta pelos arredores... Voltei ao Museo Historico Regional para ver se a moça que vendia as réplicas das llaminhas de metal estava lá, mas nada feito. Havia outra exposição fotográfica ali do lado de fora, de outro conjunto arqueológico, mas a que eu tinha visto antes, de Ollantaytambo, tinha sido melhor... Ficamos rodando as lojinhas para ver se eu encontrava as tais llamas em algum lugar. Até encontrei, mas não como eu queria... Acabou que comprei duas bonitinhas em frente ao Museo Inka. Comprei também uma bolsa daquelas coloridas e ganhei outra! ::hãã2:: Depois de muito passear e caminhar, fui me despedir do Mc Donalds... Voltamos para casa já de noite e fui dormir cedo, para chegar beeem cedo no aeroporto no dia seguinte! Gastos: • Taxi p/ aeroporto – 5 ou 6 S • Passagem Cusco/Lima – 120 dólares (cartão do leo) • Taxa de embarque – não lembro... • Multa e remarcação passagem – 31 dólares • Compras – uns 60 S • Mc Donalds – 17,50 S Dia 43: Cusco/ Lima/ SP/ Rio Dessa vez saí mais cedo ainda de casa, pois não poderia perder o voo de jeito nenhum!! Ainda bem que fiz isso, pois a fila para o check in estava imensa! Antes de subir para a sala de embarque, passei no guichê onde tinha que pagar a taxa de embarque, e confirmei que a taxa que eu tinha pago na véspera ainda valia para esse dia. Pelo menos isso, né?! ::vapapu:: Ficamos conversando um pouco do lado de fora, mas sempre de olho no que estava acontecendo lá dentro no embarque! Me despedi do Leo e entrei bem antes do horário do voo... ::kiss:: Esse dia foi uma chatice... Despedidas, horas de voo e espera em aeroportos... Saí de Cusco no voo de 07:50h da manhã e cheguei no Rio às 22:40h, mais ou menos... :cry: Sempre detestei o final das minhas viagens, a vida inteira, mas essa em especial foi muito ruim... Acho que quando fazemos uma viagem desse tipo realmente voltamos outra pessoa, alguém melhor, mas uma parte de nós fica lá... O que ameniza essa tristeza é já começar a programar a próxima aventura!! Gastos: • Taxi p/ aeroporto - 5 ou 6 S • Taxa de embarque Lima – + ou - 30 dólares (essa taxa não está incluída na passagem, você tem que pagar na hora. e em dinheiro, não pode ser no cartão) Bem, gente... É só isso tudo!! ::lol4:: Espero que este relato tenha ajudado em alguma coisa (até porque deu um trabalho do cão fazer esse testamento! ::mmm: )! Se tiverem alguma dúvida, podem perguntar! Valeu, e até a próxima! ::otemo:: Editado Junho 2, 2011 por Visitante Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros rafael aragao Postado Junho 20, 2010 Membros Compartilhar Postado Junho 20, 2010 Isabela parabéns pela viagem e pelo seu relato!!!! esse com certeza foi o maior e um dos mais detalhados relatos aqui do forum que tive a oportunidade de ler...!!!!! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Colaboradores isabela vs Postado Junho 22, 2010 Autor Colaboradores Compartilhar Postado Junho 22, 2010 valeu rafael! tá literalmente um testamento!! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Adriana_Bsb Postado Julho 3, 2010 Membros Compartilhar Postado Julho 3, 2010 Oi Isabela! Estou estudando o seu trajeto porque em janeiro/11 estarei fazendo o mesmo caminho. Obrigada pelo relato tão divertido e detalhado. E quanto as brasileiras"Calientes" concordo com vc porque passei por isso em Portugal.. triste né... . Um abraço Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Monicacca Postado Julho 4, 2010 Membros Compartilhar Postado Julho 4, 2010 (editado) Oi Isabela, adorei o seu relato e seu roteiro também, parabéns! É a partir dele que estamos montado nossa viagem , claro, que também estou de olho em vários relatos e dicas de todo o site e adorando Mochileiros .com, e eu não sei como fiz viagens antes sem ele , Quero agradecer a todos os que postam relatos e até mesmo perguntas, pois muitas vezes também são as minhas dúvidas. Estamos indo, meu esposo e eu, para Peru, Bolivia e Argentina, com data prevista para 2 de agosto e retorno não definido, mas por volta de 25/28 ago. Estamos montando nosso roteiro e estamos cheios de dúvidas. Pretendemos fazer Lima, Nazca, Arequipa, Cuzco (Machu Picchu e Aguas Calientes), Copa, La Paz, Uyuni, Cordoba, Buenos Aires. Pretendemos passar 3 dias em Lima e partir no 4º. Dia por volta das 4:00 ou 5:00 para Ica, mas ficaríamos poucas horas por lá, o suficiente para conhecer um pouco o local (1 ou 2 horas ). Em seguida pegar outro ônibus para Nazca , com chegada até as 15:00, a tempo de, como vc fez, comprar a passagem de ônibus para Arequipa para as 22:00, e ainda fazer o passeio de avião.Pretendemos com isso conhecer um pouco do litoral, sul de Lima, mais habitado, e ganhar um dia na nossa viagem. No seu relato vc disse que a Soyuz tem ônibus de hora em hora, no site da soyuz não tem tabela de horários e só informa que sai de 4 em 4 mim um onibus de seu terminal. É possível seguir esse nosso roteiro? Será que teria ônibus nestes horários para estes trechos? No relato, notei que vc comprou o ingresso pra Machu Picchu na hora, e muitos aqui falam que tem que ser feito com antecedência, afinal como devo fazer, já que pretendemos fazer a trilha Inca 2d? Outra dúvida é quanto às roupas que eu devo levar – pelas dicas, já sei que devemos comprar roupas de frio em Lima e La Paz, mas quais peças realmente devo comprar, afinal as roupas de frio que possuo são aquelas básicas para o Brasil. Obrigada, beijos Editado Julho 4, 2010 por Visitante Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Tercio Cintra Postado Julho 4, 2010 Membros Compartilhar Postado Julho 4, 2010 hahaha, to adorando o relato, e me fez lembrar do maldito cara que gritva: KASANI, KASANI, KASANI, nem sabia q era assim q escrevia. hehhehehhe tambem adorei copacabana, to pra ir de novo. felizes trips... Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros deniscf Postado Julho 4, 2010 Membros Compartilhar Postado Julho 4, 2010 Oi Isabela. To gostando muito do relato. Ainda não li tudo, mas logo logo acabo. Vou fazer uma viagem parecida em Agosto/Setembro próximos. Tô de olho nas dicas que, a propósito, estão muito boas. Obrigado por compartilhar. Abraço! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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