Membros Este é um post popular. roarti Postado Março 5, 2018 Membros Este é um post popular. Postado Março 5, 2018 Esse é um trocadilho que explica o mochilão que decidi encarar por 65 dias. O norte do Brasil, com direito a passagens por Guiana Francesa, Colômbia, Peru e Venezuela. Foram menos de um mês pra organizar o roteiro. Na verdade minha intensão foi planejar pouco e deixar mais minha intuição trabalhar. Minha vida andava complicada. Haviam quase seis meses que tinha me desligado do meu antigo trabalho. A idéia era começar um processo de transição de vida, já que aquela não vinha me satisfazendo.por inteiro. Minha parceira e eu, já não estávamos bem. Então, a soma disso tudo, culminou nesta viagem. Sai de São Paulo no dia 28/02/2018 num vôo da Latam com sentido a Belem do Pará. Ainda no aeroporto, enquanto eu aguardava o embarque que seria as 6:35 da manhã, tomava um café do lado de fora. Um caminhoneiro, de talvez 60 anos, veio me contar que estava ali em congonhas tentando vender tudo que tinha de valor, para comprar uma passagem de emergência para Porto Velho. A emergência era seu filho que acabará de ser atropelado. Notícia essa que o caminhoneiro recebera há alguns kms de Sao Paulo na noite anterior, após ja ter viajado por mais de 50 horas. Bom, dei a grana que eu podia, e não quis o que ele estava me vendendo. Acho que toda história, somada ao fato dele ter vindo do Norte e eu indo, me fez fazer esse relato. Voltando ao vôo. Eram nada menos que duas escalas até chegar a capital paraense. São Paulo para Confins, Confins Brasília e Brasília Belém. E depois de 8:30 de viagem, cheguei a Belém!!! Belém. Uma cidade linda, suja e exótica. A hospedagem: Cheguei em Belém e fui direto para ocupar meu sofá. Sim, me cadastrei dias antes no couchsurfing para conseguir parceiros de viagem e ate quem sabe uma acomodação free. O Sr Dantas e seus filhos, Isa, Bia e Augusto, me receberam muito bem. Me fizeram café da manhã, me levaram pra conhecer a cidade de dia e claro, de noite. Eramos eu, e a Inez, uma polonesa que estava começando sua viagem pelo Brasil. A casa era bem simples pra comportar todo mundo. Não havia sofá pra mim. Na verdade, não havia sofá na casa. Então em vez de couch foi hammock surfing. Mas fomos muitíssimos bem tratados, e dormir na rede foi uma delícia. Belém é uma cidade fantástica. A culinária paraense é muito exótica. Pratos como tacacá, peixe com açaí, arroz com jambu e tucupi, são os carros chefes. Existe também a Manisoba, feijoada paraense wue no lugar do feijão preto, eles usam uma farinha chamada maniva. A maniva é extraída de uma especie de mandioca (lá é macaxeira) não comestível num primeiro momento. Ela fica de molho por sete dias, para que suas substâncias tóxicas, saem por completo. Eu não provei a manisoba porque não achei vegetariana, mas me contaram que é uma iguaria. Além dos pratos exóticos, tem peixes que não se acha no resto do Brasil. O Pirarucu e o filhote, além do dourado, foram os peixes que eu provei. Sim, abri uma exceção para os peixes na minha dieta sem carne. Achei que seria difícil manter o no meat numa viagem tão longa, por lugares onde a carne ainda é a honra no prato. Ah, claro. O famosíssimo choop ou chopp oi chupe. O nosso geladinho. Mas não de ki-suco. La é suco de verdade. No ver-o-peso, um tipo de mercadão só que parcialmente a céu aberto, você encontra absolutamente de tudo. Roupa, alimentos exóticos, artesanato, peixes, frangos, patos e muito, mas muito açaí. Açaí na porra toda, menos o açaí na tigela que tem em sampa. Pelo menos eu não vi. Na noite, fomos provar a cerveja local, Tijuca (antiga cerpa) e a cachaça de jambu. Bicho, esse jambu deixa sua boca dormente, muito dormente. A cachaça é muito saborosa e paulada na nuca mesmo. Lá você não encontra facilmente cervejas como Heineken, Original, Cerra Malte e etc. A única das nossas conhecidas de São Paulo, é a Brahma. Aliás as únicas coisas que você vê em tudo que é lugar. Brahma, Bradesco e igreja universal. Égua viu!!! (égua é o caramba paraense) Rolou até uma baladinha com guitarrada, estilo musical paraense. Sensacional. O Pará parece, de verdade, outro país dentro do Brasil. Eu já viajei pra lugares muito mais distantes de casa, porém eu não tinha me sentido tão estrangeiro quanto lá. E o som alto? Ah, isso sim tem e muito em São Paulo. Com certeza alguns moradores de São Paulo, copiaram essa ideia de som alto dos paraenses. Só que eles, tem som alto o tempo todo. Todo estabelecimento, se bobear ate farmácias, tem um baita de um aparelho de som no ultimo volume. O que toca? De tudo amigo. Os paraenses são muito ecléticos. De Belém, você pode conhecer varias praias e ilhas. Eu visitei a ilha de cotijuba. Chegando no porto vi um batalhão de mototaxistas gritando "Vai quem qué, vai quem qué". Eu só fui entender, depois que eu já tava na garupa. O nome da praia é vai quem quer. Uma praia linda de água doce que nem paçoca. Uma das poucas praias que visitei no Pará que não tem risco de água viva ou arraia. Além de cotijuba, existe a ilha do algodoal a 300 km de Belém, a ilha do Mosqueiro, a 100 km e a exótica ilha do Marajó. Essa última eu estive, e faz parte da segunda parte do rolê. Quanto custou meu primeiro trecho da viagem? Vamos lá: Noites: 3 Hospedagem: R$ 0,00 Alimentação: R$ 100,00 Transporte: R$ 133,34 (contando transporte público, taxi, barco e as taxas da passagem de avião de São Paulo que resgatei com pontos Laser: R$ 137,35 Outros: R$ 48,00 (incluí não da pra comprar tudo num mochilão, mas eu preciso carregar duas garrafinhas de tucupi pra levar pra São Paulo haha. Além disso, comprei minha rede, parceira pro resto da.viagem) TOTAL: R$ 418,69 5 Citar
Membros roarti Postado Março 26, 2018 Autor Membros Postado Março 26, 2018 to devendo ne? rsPois é, decidi colocar os relatos no fim da viagem. Mas se precisar de alguma.dica, pode me.pedir.abraço Citar
Colaboradores LF Brasilia Postado Março 27, 2018 Colaboradores Postado Março 27, 2018 @roarti , vi em outro tópico que você fez trabalho voluntário em Manaus e me interessei. Você fez em outros lugares também? A gente vê a situação complicada que os venezuelanos que vêm para o Brasil estão enfrentando. Se tiver indicações de ONGs e grupos de ajuda para deixar aqui... Obrigada! Citar
Posts Recomendados
Participe da conversa
Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.