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Bodyboarding na Costa Rica - março 2017


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Relato da viagem (Costa Rica - Pacifíco Centro-norte - 05/03/17 a 12/03/17)

 

Preparativos de viagem

Comecei os preparativos da viagem ainda em outubro de 2016. Passei meses estudando lugares, ondas, e principalmente preços. Ainda não sabia o que mais valia a pena entre as opções que estavam a minha frente: viajar por conta própria, contratar uma agência para um pacote completo, ou contratar um pacote que incluiria parte da viagem. Deixando outros dias livres. As três opções têm seus prós e contras.

Pesquisava todo o santo dia no Decolar.com e sites de passagem, além de locadoras de carros, desde as grandes até as menores, por dicas de colegas do Mochileiros.com. Muitos, por sinal, recomendaram fazer a viagem de transporte público, mas garanto que se vais viajar com duas pessoas ou mais é muito válido o carro. Os deslocamentos são loooooonnnngggoooossss e a autonomia do carro é um diferencial.

Depois de muito pesquisar valores, e ficar quase que neurótica com preços de passagem, carro e hospedagem, resolvi correr atrás de agências que oferecessem pacotes especiais para surf trips. As opções apresentadas eram as seguintes:

A primeira, que por medo do desconhecido, quase fechei, era a completa: passagens, carro, e hotéis inclusos. Eles nos dariam uma lista de hotéis em vários lugares da Costa Rica, e iríamos reservando pela viagem. Achei a ideia ótima, pela comodidade, mas ai é que estava a pegadinha, dependeria da disponibilidade, é caso o tipo de quarto que tínhamos incluso não estivesse disponível, teríamos que pagar a diferença. Lá se ia me segurança financeira. Pegar um pacote completo, mais caro, mas sem a segurança de que não teria mais gastos como acomodação.

Decidi então por um pacote intermediário: passagens, carro e 4 das 10 noites em um hotel na Playa Hermosa, que é a mais perto de San Jose.

 

A partir daqui contarei da viagem em si:

 

Chegamos dia 05 de março à tarde, por volta das 14h30, hora local. Tudo lindo até a imigração. Acho que chegaram uns 3 voos ao mesmo tempo e 90% dos passageiros eram estrangeiros. Foram um pouco mais de uma hora na fila. Mas vamos falar a verdade, início de viagem, tudo é festa.

Na saída do aeroporto já tivemos os primeiros sinais da simpatia do povo. Não tínhamos a menor ideia de como achar o transfer da locadora de carro, até eu pedir para um rapaz de outra locadora, que muito simpático, não só me falou que tinha recem visto a van, como depois foi atras de mim para me mostrar onde estava. 

Na locadora, pegamos um carro comum sedan. Pegamos seguro completo que cobria tudo, e ainda disponibilizavam um Wi-Fi. Isso sim foi a mina de ouro. Tínhamos baixado no Googles Maps o mapa da Costa Rica, mas ter internet disponível o tempo inteiro, é ótimo!! (E pega em tudo quanto é lugar mesmoooo, fora que todos os lugares tem Wi-Fi também. Então desconectado do mundo você não fica, se não quiser)

A ida de San Jose a Playa Hermosa é de 1h40 mais ou menos. Estrada decente, partes em pista dupla (foi propaganda enganosa hahaha).

Até o dia 07, ficaríamos num hotel de frente pro pico, com estrutura de luxo. O Terraza del Pacífico é no início da Playa Hermosa, e tinha café da manhã, piscinaS, ar condicionado, chuveiro quente (não que seja necessário, mas que faz falta, faz), e cerveja litro por $4! O restaurante eu não achei um absurdo, tanto que jantamos nele todas as noites que ficamos hospedados. Casado: $10

Não sei se decidimos ou nossos corpos decidiram por nós, mas mantivemos o fuso do Brasil (3h a mais). 20h30 estávamos no berço, e 6h no outro dia na água. 

O que falar da Playa Hermosa... olhando de fora um doce, de dentro um Mike Tyson. Quem conhece a Silveira-SC, pensa nela nos seus dia grandes. Ali já vimos que o surfe não seria brincadeira, mas que a adrenalina ia nas alturas. Surfe até as 8h30 e café da manhã completo de frente para as ondas. Tudo de melhor nessa vida.

Deu pra surfar de manhã e de tarde, mas a maré boa aqui é baixando, então à tarde, nesse dia, tava muito baixa (e gente, os horários das marés mudam muito, é bom ter no celular o Magicseaweed). 

No dia 07, surfamos de manhã, e partimos, para Guanacaste. Ainda não sabia onde ficar, mas queria muito ficar pela Playa Negra. 

IMPORTANTE: da pra ir de duas formas, pela Ferry ou por fora. Se vão para o norte de Guanacaste, vão por fora. São 3h50 de viagem, mas é asfalto por todo o caminho.

Daí começou nossa peregrinação: para Playa Negra e Avellanas, é estrada de chão e não tem praticamente nada de estrutura, fora as pousadas. Como o swell estava quase negativo por ali, não quisemos ficar. Queríamos estar pertinho do pico, pra não usar carro, mas as pousadas eram em média $96 pro casal. Um pouco salgado.

Fomos até Tamarindo então, essa sim com muitas pousadas, restaurantes, bares. Decidimos estender até Playa Grande, que também não mostrou muita estrutura como a Playa Negra ou Avellanas. Decidimos, então, voltar a Tamarindo e ficar por lá. Queríamos ir a Witch's Rock (Roca Bruja) e de lá conseguiríamos mais opções de tours. 

Depois de pouca procura, bem no inicio de Tamarindo, onde rola um surf, achamos o Hotel/Hostel Tsunami. Foi  $45 por noite com ar condicionado. Super simples. Quando entramos no quarto estava cheio de mosquitos na primeira noite (compramos um spray que ajudou muito. DICA: Spray e repelente para mosquitos), e não tinha água quente, mas quem precisa dela?! Jantamos ali por perto, no Eat Joes, onde mantivemos uma média de preço de comida (de $8 a $10).

Pensamos em fazer snorkeling no dia seguinte que ainda não tinha swell previsto. Como trouxemos nossos equipamentos de snorkling, achamos que era só achar uma praia e aproveitar, mas não. Os lugares para snorkling eram em ilhas, e passeios eram de $55 a $60 por pessoa. Passamos o primeiro dia em Tamarindo brincando nas ondinhas, com mais ou menos uns 40 longs das escolas de surf. Ali funciona na maré alta, e não é que as ondinhas eram mega divertidas.

Naquele dia, à tarde, começamos a nossa busca para irmos a Witch's Rock. Que foi a parte mais sofrida da viagem. O pessoal só fazia pacote para grupos fechados de no mínimo 4 pessoas. Depois de passar mais um dia procurando, uma anja, que tinha ficado com meu número, me passou o contato do Sebas, que tinha uma agência, e que ia direto para lá, mesmo que fosse só ele e uns amigos. Ainda assim, a confirmação do passeio só saiu às 22h30. Ufaaa. (Preços e contato no fim do relato)

Então partimos para pegar o barco. Em vez de sairmos da Playa del Coco, o Sebas, nos levou até uma praia um pouco mais longe, de Tamarindo, mas mais perto de Witch’s Rock. O legal do passeio: no barco fomos apenas com locais, que já conheciam o pico. Best experience ever!

Para finalizar o passeio, o Sebas ainda providenciou um Casado ao pôr do sol. Que fez o dia acabar com chave de ouro.

Pronto, para nós, Tamarindo já tinha dado tudo o que tinha para dar, era hora de partir para um novo destino.

Um casal de brasileiros que conhecemos em Playa Hermosa havia nos comentado que estavam indo para Santa Teresa, e depois da dica, resolvemos conferir essa praia que nem estava nos meus planos iniciais.

Tamarindo fica a “apenas” 180km de Santa Teresa, mas este percurso pode demorar de 4h a 5h, por causa das estradas, que na maioria é de chão batido.

Mas, sério, não é cansativo, porque as paisagens que passamos são tão lindas, que distrai.

Chegando em Santa Teresa, procuramos logo por um lugar pertinho da praia, e de restaurantes e mercados, pra não precisar mexer no carro. Ficamos no Hostel Cuesta Arriba.

Santa Teresa é incrível! Tem o centrinho e a “civilização” que buscávamos e a onda mais divertida da viagem. Enquanto que na Playa Hermosa e na Roca Bruja, ficavámos tempos escolhendo ondas, aqui, era uma atrás da outra. 1m de onda, abrindo bem. Sem muito crowd (aliás, crowd mesmo não encontramos em lugar nenhum na Costa Rica. Tem pra todos!).

Ficamos 2 dias aqui, mas podia ter sido mais.

Como já tínhamos reserva no hotel em Playa Hermosa, na segunda dia 13 pegamos a estrada, e dessa vez, resolvemos ir pela ferry (que Santa Teresa é BEM mais perto).

A ferry sai poucos horários por dia, com às vezes 3h entre uma saída e outra, então é muito bom controlar o horário de saída de Santa Teresa, para não precisar ficar esperando muito tempo. Saímos às 10h30 de Santa Teresa e chegamos na ferry às 11h40. Perdemos a ferry das 11h, e tivemos que esperar até às 14h para a próxima. Como ali não tem praticamente nada, só um restaurantezinho de rodoviária, não recomendo chegar com tanta antecipação. A espera pode ser um pouco entediante. Mas o passeio é ótimo.

O barco tem bares e assentos no ar condicionado, ou ao ar livre (que é o que eu recomendo).

Voltando para Playa Hermosa, passamos o resto dos dois dias aproveitando mais o hotel.

Aproveitamos e almoçamos uma tarde em Jaco para fazer as comprinhas das lembrancinhas.

 

Hoteis:

Playa Hermosa: Terraza Del Pacífico

http://www.terrazadelpacifico.com/

Tamarindo: Tsunami Surf Hostel ($45 p/ noite em quarto com ar condicionado e frigobar).

http://www.tsunamisurfhostel.com/

Santa Teresa: Cuesta Arriba Hotel ($55 p/ noite em quarto com ventilador e cofre)

http://www.cuestaarriba.com/

 

Aluguel de carro:

Thrifty Car Rental (alugamos um Toyota Yaris e pegamos o seguro completo por $19 p/ dia, que vinha com wifi, que é bem importante. Não é muito necessário carro maior, mas carros mais altinhos ajuda por causa das estradas de chão, mas chegam a ser o dobro do valor do aluguel).

 

Passeio para Witch’s Rock (Roca Bruja)

https://www.facebook.com/sweettravelcostarica/

Contato com o Sebas: +506 8460 7688

 

 

Dicas:

·         Em Santa Teresa tem um restaurante super local com uma comida muito boa e preços bem acessíveis. Se chama Soda La Tiquicia.

·         O Google Maps não falhou em nenhum momento com a gente. Vale baixar o mapa da Costa Rica e usar ele como GPS.

·         Se for alugar o carro pela Thrifty, pega direitinho na ida a localização deles. Eles não entregam em nenhum momento o endereço, e na volta procuramos por “Thrifty aeroporto San Jose”, e o Maps nos levou para um outro aeroporto, onde não tem Thrifty. Isso fez a gente perder 1h para chegar no lugar correto, além de vários pedágios.

·         Quando chegar na Costa Rica, troque só o essencial MESMO para Colones. Só para os pedágios, porque aceitam dólar em todos os outros estabelecimentos, e às vezes dão troco em colones. (Dá para pedir o troco em dólar também. No final da viagem, não fiquei com nada em colones, consegui trocar tudo).

·         A conversão na maioria dos estabelecimentos foi de 500 colones = 1 dólar. Mas no aeroporto troquei o dólar por 467 colones.

·         Não fique menos de 10 dias na Costa Rica. Como os deslocamentos são demorados, sempre conte de meio a um dia inteiro de estrada.

 

 

 

 

 

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As estradas que ligam San José com Playa Hermosa, e depois de Playa Hermosa até Tamarindo, eram asfaltadas, bem sinalizadas, de uma pista com alguns lugar em pista dupla, e vi muita obra de melhoramento das vias. As outras estradas são, sim, de chão batido, mas na sua maioria tranquilas, sem muitos buracos (pelo menos no período de seca). O ponto mais complicado foi para chegar em Santa Teresa pela estrada que segue o litoral. Muitos quilometros em estrada de chão, subindo e descendo vales, o que deixa a viagem mais longa (ainda mais num carro 1.0 como estávamos). Mas a paisagem era linda. Não é ideal viajar à noite, mais por causa da direção.

Tentamos ficar hospedados sempre muito perto dos picos de surf para não precisar usar tanto o carro. Se a ideia for de não se locomover muito, e se tu vai com tempo de viagem, talvez valha o transporte público, mas não saberia te dizer com clareza. Vi relatos aqui no Mochileiros que dá para viajar muito bem de ônibus. Mas tu fica preso em horários, né. O carro te dá essa mobilidade. 

Fui em março de 2017 (vou voltar em março de 2019 \o/). Os preços podem ter mudado, mas o que influencia é o dólar. Quase tudo tu pode pagar em dólar. Uma refeição bem servida é em torno de U$8 a U$10 (o casado, nosso PF). Com o dólar alto, a hospedagem também fica um pouco mais cara.

O preço da gasolina também equipara com o daqui.  

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  • 2 meses depois...
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Sobre as estradas:

Se for manter as estradas principais todas são ótimas, mesmo as estradas com pistas simples, ja as estradas que dão acesso a praias mais roots o acesso é complicado em dias de chuva, por esse motivo se indica pegar um carro 4x4;

valor da locação, paguei 800 dólares um Bego 4x4 por 11 dias, aluguel e seguro, rodei quase 2 mil km e gastei cerca de 150 dólares em combustível;

]La o valor é o mesmo, tanto para dólar ou colones, basta apenas fazer a conversão;

Se la cobrar mais barato para os ticos? Claro...isso acontece em quase todo lugar;

La tu almoça bem com 8 dolares...

quer comparar:

la uma cerveja artesanal de 500 ml custa 3,5 dolares se for converter é mais barato do que o brasil.

 

 

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