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Viagem de moto a Ushuaia em 26 dias.


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Buenas. Coloco os principais fatos na viagem realizada do Cassino - Ushuaia - Cassino. Os dois parceiros vieram de Timbó- Sta Catarina.

 

1º DIA   DATA =  03/02/2020 - TRECHO = TIMBO – OSÓRIO

2º DIA    DATA =  04/02/2020 - TRECHO = OSÓRIO - CASSINO

3º DIA    DATA =  05/02/2020 - TRECHO = CASSINO

4º DIA - DATA =  06/02/2020 - TRECHO = CASSINO – COLONIA SACRAMENTO

O dia esperado chegou. Um pouco de ansiedade e vontade de conhecer novos lugares e vencer esse desafio de mais de 10.000 km.

Preparado fisicamente, psicologicamente e espiritualmente com um planejamento detalhado, vamos aproveitar essa viagem.

Vamos fortalecer os laços de amizade, talvez formar outros e encontrar novos irmãos de estrada.

Programação feita, vamos testar se está boa ou não.

Partimos do Cassino as 08:11 hs com tempo bom e temperatura alta rumo a primeira parada, Chuí, distante 245 km.

Abastecemos as motos, cambiamos alguns reais por pesos uruguaios para as despesas até Colonia do Sacramento e fomos até a duana para fazer os trâmites de entrada no Uruguai.  Papelada para o ingresso no Uruguai foi rápida. Tocamos até a cidade de Rocha ( 132 km ) onde paramos para o almoço em um posto YPF.

De Rocha fomos diretos até Montevideo onde paramos para abastecer e fazermos um lanche. Utilizamos a estrada que margeia a capital uruguaia, evitando o trânsito pesado de uma capital.

Feito o lanche, fomos até Colônia do Sacramento.  Depois de estarmos instalados no Hotel CASA DE CAMPO LO DE FATSIA, pegamos um Remis (similar ao UBER ) pois o hotel era afastados uns 5 km da cidade e fomos jantar em Colonia do Sacramento. O valor do Remis foi de US$ 10,00.

 

5º DIA    DATA =  07/02/2020 - TRECHO = COLONIA DO SACRAMENTO -  AZUL

Saímos do hotel em Colônia rumo ao BQBUS que partiria as 10:15 hs. Após os tramites de aduana, acomodamos as motos no porão e fomos para a ala dos passageiros. Pensei em fazer cambio no barco mas a cotação estava em  56 $A para cada US$. Como achei baixa, resolvi cambiar por Real pois a cotação estava melhor ( 16$A por US$ ). Resolvi comprar uma água mineral e paguei caro, R$ 10,00 uma garrafa de ½ litro. Um absurdo.

Chegando em Buenos Aires, fomos até a Calle Corrientes para fazer cambio e comprar chip para os telefones.

Estava um calor infernal. Saímos de Buenos Aires para pegar a estrada o mais rápido possível pois começaram aparecer no céu nuvens carregadas, prevendo uma boa pancada de chuva, tipo aquelas de verão.

Ao entrarmos na rodovia de saída de Buenos Aires começou a chover de leve e resolvemos parar para colocar a roupa de chuva. Não demorou muito e começou a chover forte.

 Paramos em um posto SHELL e ficamos por umas 2 horas. Quando deu uma diminuída, resolvemos pegar a estrada.

A programação era dormir em Tres Arroyos ( 500 km ) , mas como tivemos que parar por causa da chuva, resolvemos dormir em Azul ( 290 km ).

Chegamos em Azul no início da noite.

O hotel que reservamos foi o PORTAL DEL CALLVÚ HOTEL.  Pela fachada e fotos dos apartamentos o hotel parecia ser muito bom.

Só que não tinha restaurante, então optamos para ir para o HOTEL LOS ÁLAMOS. O hotel era limpo, porém de apresentação mais baixa que o inicialmente pesquisado.

 

6º DIA – DATA = 08/02/2020 - TRECHO = AZUL - VIEDMA

Saímos de Azul cedo e rumamos para Bahia Blanca. Nesse dia notei que a Polícia Provincial e a Gendarmeria instalavam postos de fiscalização na rodovia de acesso e saída das cidades. Pois em nenhum momento da viagem fomos parados em blitz nas rodovias ou ter postos da polícia nas rodovias. Depois tirei a conclusão que talvez pelas distâncias longas entre as cidades não é racional ter essas instalações afastadas dos municípios.

A ideia era almoçar em Bahia Blanca e cumprimos o roteiro. Ao entrarmos em Bahia Blanca pedimos informação a uma Sra. que estava em um FIAT onde poderíamos almoçar. Fez uma gentileza e nos indicou um excelente restaurante, REVOQUE – BAR, RESTAURANTE E CAFÉ, próximo ao TEATRO MUNICIPAL. Comemos um file de merluza sensacional. Foram 3 pratos de filé com salada, 1 água e 2 sucos, totalizando $A 1.000,00 , aproximadamente R$ 63,00 ( R$ 21,00/pessoa ).

Ao sair, colocamos no GPS a rota de saída. Com estávamos fazendo um trajeto com muitas voltas, sugeri que voltássemos pela mesma rota que entramos. Resultado, o pessoal não me seguiu e seguiu pelo GPS. Acabamos não nos encontrando.

Como o acordado era dormir em Viedma, resolvi tocar sozinho. Depois de percorrer uns 210 km, encontrei a turma parada em um posto de serviço YPF. Seguimos juntos, mas acabei entrando em Stroeder para abastecer. Paramos em um hotel em Viedma, simples, mas com banho bom e camas limpas.

A noite saímos para jantar. Viedma é uma cidade média / grande com boas opções de lazer. O Rio Negro corta a cidade, dando um toque bem legal a cidade.

Recebemos a informação que a 30 km de Viedma havia uma praia chamada El CONDOR que possuía uma colônia de louros (papagaios) que faziam seus ninhos em buracos nas falésias. Resolvemos ir na manhã do dia seguinte dar uma olhada, antes de seguir viagem.

 

7º DIA – DATA = 09/02/2020 - TRECHO = VIEDMA – PUERTO MADRYN

Saímos do hotel e tomamos um café no YPF mais próximo. Para variar, meia taça de café com leite e duas media lunas. Tomamos o rumo da praia El Condor para ver os papagaios.

A distância de 30 km em asfalto bom fizemos em meia hora. Mais uma hora na praia e coma meia hora para voltar, acabamos saindo de Viedma pelas 10:30 hs.

Tocamos até San Antonio Oeste e paramos para abastecer e almoçar. O trecho começou com uma reta e acabou em uma reta. Incrível 130 km só de reta e o vento que seria uma companhia constante no restante da viagem.

O restaurante El Cruce é bem simples com boa comida e preço bom. Localizado ao lado da estação de serviço da YPF.

As 14:00 h, pegamos estrada para Puerto Madryn. Seriam 270 km.

Paramos em Sierra Grande para abastecer e esticar as pernas. O nome dessa localidade é bem sugestivo. Uma vasta planície e de repente aparece uma grande elevação. Daí o nome Sierra Grande.

Após a parada fomos direto para Puerto Madryn.

Uma bela cidade e não foi difícil achar um hotel. Ficamos no HOTEL PIRÉN, em frente à praia. Bom hotel, com café da manhã e garagem para as motos.

Feito a descarga da bagagem, ligamos para a agência de turismo para confirmar o passeio a Península Valdés no dia seguinte.

 

8º DIA – DATA = 10/02/2020 – PENÍNSULA VALDÉS

Conforme combinado com a agência de Turismo, as 09:00 hs  motorista passou no hotel e fomos para Valdés. Como fomos somente os três, o passeio foi bem produtivo. 

O passeio em Valdes é muito bonito, com colônias de leões marinhos, alguns pinguins e várias espécies de aves marinhas. Praticamente toda a península é uma reserva. Possui alguns campos de criação de ovelhas. Passeio recomendável pela beleza do local e diversidade da fauna. Quem aprecia esse tipo de atividade o passeio é imperdível.

Pelas 14:30 retornamos a Puerto Madryn. Passamos antes em uma ferragem para comprar uma bota de chuva, pois estragou a de um parceiro. Procuramos algo para almoçar o que ficou difícil pelo adiantado da hora. Acabamos encontrando um restaurante próximo ao hotel e muito bom.

 

9º DIA – DATA = 11/02/2020 – PUERTO MADRYN – TRELEW

Como o dia era tranquilo, pois só iriamos a Trelew visitar o museu paleontológico e no dia seguinte é que iriamos a Punta Tombo ver os pinguins, acordamos um pouco mais tarde que o de costume, pegamos o café no hotel e saímos pelas 10:00 hs.

 A estrada é boa e a distância de 65 km que percorremos em 01 hora. Na entrada de Trelew tem uma estátua de um dinossauro em tamanho natural. Paramos para tirar umas fotos e seguimos até o hotel. Como o hotel ficava a 2 quadras do museu, optamos por ir primeiro ao museu e depois sair para almoçar. O  TOURING TOUR HOTEL é um hotel  antigo mas bem conservado. Não sei por que razão, mas quando entramos no hotel me veio na hora a lembrança dos filmes do Tarantino.

O museu é de tamanho pequeno – médio e fizemos a visita em 1:30 hs. Fomo almoçar e depois da siesta ( hábito argentino ) fui até  a loja da PERSONAL CELULARES para acertar o meu chip, comprado em Buenos Aires , que não estava operando.

O caso do chip foi resolvido e elogio o excelente tratamento do funcionário da Personal.

Como estávamos com tempo, pegamos as motos e fomos até Gaiman, cidade de pequeno porte fundada pelos galeses. Tomamos um chá com tortas, que nem chega aos pés do café em Gramado no RS.

Retornamos para Trelew já com um vento bem forte de lateral. O vento será um companheiro fiel e inseparável pelo resto da viagem.

 

10º DIA – DATA = 12/02/2020 – TRELEW ( PUNTA TOMBO ).

Na manhã do dia seguinte houve um pequeno problema com a agência de turismo. Eles haviam dito que iria o mesmo motorista e somente nos três é que estaríamos no carro. Além do que falaram que iria haver um atraso de aproximadamente 1:30 h, pois o restante da excursão estava no museu. Optamos por cancelar e contratar um taxi para fazer o percurso. Como resultado o passeio foi mais rápido, mais eficaz pois o motorista conhecia muito bem a região e as informações foram relevantes e elevaram o nível cultural do passeio. Além de que valor ficou em 50 % do que a agência havia cobrado.

Retornamos do passeio pelas 15:00 hs, fomos para o hotel e saímos para almoçar. Após o almoço, retornamos ao hotel para acertarmos a programação do dia seguinte, que seria ser grande. A previsão era ir até Três Cerros ( 660 km ).

 

11º DIA – DATA = 13/02/2020 – TRELEW – TRÊS CERROS

Acordamos cedo e partimos. Como na maioria das vezes, abastecemos as motos após o café e seguimos viagem. Esse percurso se caracteriza por longos trechos sem ter um recurso sequer. Praticamente uma estação de serviço a cada 180 – 200 km

A Ruta Nacional 3 se caracteriza por estar com um bom asfalto. Somente no trecho entre Comodoro Rivadavia e Caleta Olivia é que a estrada está com muitos reparos provocando ondulações na pista.

Chegamos em Três Cerros pelas 19:00 hs. O nome dessa localidade é devido a ter três cerros pequenos na imensidão da planície.

O HOTEL TRÊS CERROS é muito bom. Camas e banho bons e uma boa limpeza. Hotel com 64 habitações, sendo que a que ficamos era acomodação tripla. Possui um bom restaurante e a lanchonete do posto YPF fica aberta 24 hs.

 

12º DIA – DATA = 14/02/2020 – TRÊS CERROS ( ARGENTINA ) – CERRO SOMBRERO ( CHILE )

Nesse dia saímos cedo pois a puxada iria ser longa, uma vez que além de cumprir os 700 km teríamos que passar de balsa pelo estreito de Magalhães.

Saímos as 7:30 hs e a próxima parada para abastecer seria em Puerto San Julian, depois em Cmte. Luis Piedrabuena .

A parada para o almoço seria em Rio Gallegos. A surpresa é que não havia posto de serviço na entrada de Rio Gallegos.

Tivemos que ir até a cidade para abastecer e aproveitamos para almoçar. Como era após as 14:00 hs tivemos uma certa dificuldade em encontrar um restaurante aberto.

Saímos de Rio Gallegos e por sorte fomos avisados por um motociclista que haviam dois trechos, um de 0,5 km e outro de 1,0 km que estavam sem asfalto, somente no rípio. Havia acontecido um acidente com alguns motociclistas, sendo que um argentino ficou bem machucado pois pela velocidade que estavam não foi possível frear a tempo.

Passamos pela duana da Argentina para dar saída e a entrada no Chile. Feito os trâmites, percorremos um percurso até Punta Delgada, que é o local de saída da balsa para a travessia do Estreito de Magalhães.

Tivemos sorte pois chegamos e esperamos somente uns 15 minutos e chegou à balsa. A travessia de 4 km dura aproximadamente 20 minutos. O valor foi de $A 4.900,00 o que corresponde a R$ 29,00.

Uma vez no outro lado ( Bahia Azul ) , nos deslocamos até Cerro Sombrero para pernoitar. O local chama-se HOSTERIA TUNKELÉN.

Muito bom local, mas com valor mais elevado do que estávamos pagando na Argentina. O que percebemos que no Chile o custo é mais elevado que na Argentina e Brasil.

Nessa localidade, Cerro Sombrero, não há nenhum atrativo. É um pequeno povoado.

 

13º DIA – DATA = 15/02/2020 – CERRO SOMBRERO ( CHILE ) – USHUAIA ( ARGENTINA ).

14º / 15º /16º DIA - DATA = 16 – 17 – 18 / 02 / 2020 - USHUAIA

A proposta nesse dia era sair cedo de Cerro Sombrero e chegar a Ushuaia no final do dia pois teríamos que passar por 02 duanas no trajeto.

Seguindo o planejado, acordamos, tomamos café, carregamos as motos, abastecemos e pegamos a estrada. Estava chovendo fraco na saída de Cerro Sombrero. Vestimos as roupas de chuva, pois além da chuva fraca também estava muito frio. Saímos de Cerro Sombrero as 07:30 hs

A passagem nas duas duanas foi tranquilo. Não houve maior perda de tempo.

O único inconveniente é que após a duana chilena acaba o asfalto e tem 14 km de estrada de chão. Como havia chovido na véspera acabamos pegando uma lameira das brabas. Mas o barro acumulado nas motos acabou dando um estilo mais aventura.

Acabamos nem abastecendo em San Sebastian, tocamos até Rio Grande. O vento ficou mais forte, obrigando a controlar as motos com um ângulo de quase 30 graus. A média de consumo caiu bastante nesse trecho, bem como tivemos que reduzir bastante a velocidade por causa desse vento.

Entramos em Rio Grande para abastecer e comer algo.

Tocamos até Toluim onde paramos para abastecer, comer algo e beber um café quente em um posto YPF.

Saímos e fomos até Ushuaia. A chegada é muito bonita, com um lago que margeia a estrada e descidas até a cidade.

Finalmente chegamos em Ushuaia as 17:30. A previsão era de chegarmos as 15:30 hs.

Fomos até o Hotel AIRES DEL BEAGLE APARTAMENTS. Um dos parceiros teve que ir até os Hotel Los Naranjos para pegar a chave.

Os apartamentos dispunham de três camas, uma pequena cozinha e um banheiro. Descarregamos as motos, tomamos um banho e saímos a pé até o centro da cidade para conhecermos um pouco. Fomos ao supermercado comprar alguns itens para o café da manhã e jantamos.

Aproveitamos e verificamos com um motorista de taxi – não recordo o nome, mas o número do celular é +54 9 290165-3053 ( REMIS tipo um UBER ), quanto sairia o passeio até o Parque Nacional Tierra del Fuego. Combinado o valor, acertamos para as 08:30 passar no hotel e nos pegar. Indico, pois é uma pessoa muito tranquila e proativo.

No domingo fomos até o Parque Nacional Tierra del Fuego. Local muito bonito com algumas atrações características, como o Correio mais austral do mundo. Aproveitei para carimbar o passaporte e enviar um postal para o meu endereço no Brasil. Até o momento ( 21/03/2020 ) a correspondência não havia chegado.

Pedimos para o motorista do taxi alguma indicação de lavanderia e de mecânico para a troca de óleo e resolver um pequeno problema no sensor da lenta da minha Harley.

A tarde eu fui visitar o Museu do Presídio e os dois parceiros foram fazer o passeio de barco. O museu é onde era uma antiga penitenciária para onde eram enviados os presos mais perigosos da Argentina.

O motorista do taxi ligou a noite informando o nome e endereço da lavanderia e da oficina. Era uma revenda Suzuki.

No outro dia os dois parceiros foram ao museu do presídio e fui até a oficina conversar com o mecânico e fazer as compras das lembranças para o pessoal da família. Sobre o mecânico, conversei superficialmente sobre o problema e o mecânico entendeu e me falou como poderia consertar. A partir desse momento, tive a certeza de que o mecânico entendia do assunto. O nome do mecânico é DANIEL, profissional dos bons.

Levei a moto as 17:00 hs e as 18:30 hs moto estava ok. Não conseguiu substituir o conector, mas fez uma solda gabarito. Veio até o Brasil sem acusar nenhum problema. Estamos falando de 5.000 km

Como havíamos cumprido o roteiro e não iriamos até Puerto Williams no Chile, pois a previsão era de chuva, resolvemos antecipar o retorno e saímos de Ushuaia no dia 18/02/20.

 

 

 

RETORNO

17º DIA – DATA = 19/02/2020 – USHUAIA ( ARGENTINA ) – CERRO SOMBRERO ( CHILE).

O plano era de sair cedo de Ushuaia e ir até Pta Arenas ou no mínimo chegar a Cerro Sombrero. Ocorreu que devido aos fortes ventos ( rajadas de mais de 120 km/ h) o serviço de travessia do estreito de Magalhães por balsa foi interrompido a partir das 11:30 hs. Soubemos disso quando paramos em San Sebastian para abastecer. Pensamos melhor e resolvemos ir até Cerro Sombrero ( HOSTELARAIA TUNKELÉN ) para no dia seguinte ir até Pta Arenas.

 

18º DIA – DATA = 20/02/2020 – CERRO SOMBRERO ( CHILE) – PTA ARENAS ( CHILE ).

Saímos cedo de Cerro Sombrero pois a informação que tínhamos era de que estava operante o serviço da balsa. Ao chegarmos em Faro ( 08:30 hs ) ficamos sabendo que o serviço ainda estava suspenso. O vento estava a 102 km / h com rajadas de 120 km / h. Ficamos o dia todo parado, descansando e conversando com vários motociclistas que aguardavam no local (Brasileiros, peruano, colombianos, argentinos).

As 17:00 foi liberado e as 17:30 hs embarcamos na balsa para irmos á Pta Arenas. O frio e vento estavam fortes nesse final de tarde, obrigando a andarmos a uma velocidade baixa e com roupas apropriadas.

Resultado, chegamos em Pta Arenas as 21:00 hs. Paramos em posto Shell na entrada da cidade para beber algo quente e escolhermos o hotel. Feito isso, fomos ao hotel, onde após descarregar as motos e tomar um bom banho saímos para jantar.

 

19º DIA – DATA = 21/02/2020 – PTA ARENAS ( CHILE ) – EL CALAFATE ( ARGENTINA ).

Como eu já conhecia a cidade de Pta Arenas, após tomar o café no hotel, saímos a pé para os outros conhecessem os principais pontos da cidade. Fomos ao centro, a praça onde está a estátua de Fernan Magallanes e ao Cerro Sta Cruz.

Uma particularidade na praça é que na parte de baixo do monumento a Fernan de Magallanes há um índio, que dizem ser um índio branco e, segundo reza uma lenda, quem beijar o dedão do pé do índio retorna a Pta Arenas.

 Independentemente de ser lenda ou não, eu estive na cidade em 2005, beijei o dedão e retornei agora em 2020. Depois fomos até o Cerro Sta Cruz da onde se tem uma bela vista da cidade.

Após o pequeno passeio, voltamos ao hotel, carregamos as motos e partimos rumo a El Calafate.

Paramos no Paso Dorotea para dar a saída do Chile e entrada na Argentina. Logo após a duana Argentina está a cidade de Rio Turbio. Cidade que gira entorno da mineração.

 Saindo de Rio Turbio, paramos em Tapi Aike, onde abastecemos e seguimos até La Esperanza, onde paramos para um café e abastecer as motos.

Seguimos viagem até El Calafate. Antes de chegar a El Calafate tem uma depressão com uma descida na estrada de alguns km. É bom adotar cuidados básicos na descida.

Chegamos em El Calafate e estava tendo uma festa. Resultado, algumas ruas interrompidas e não conseguimos chegar no Hotel. Pedimos a um policial informação de como chegávamos e ele prontamente chamou dois policiais para nos guaiarem até o hotel. Fomos escoltados e chegamos no hotel. Após as fotos, agradecemos e demos entrada no hotel.

Descarregamos as motos, tomamos um banho e acertamos o valor e horário para um taxi para nos levar no dia seguinte ao Parque do Glaciar Perito Moreno. Feito isso, fomos dar uma caminhada até o centro. Jantamos e retornamos ao hotel.

 

20º DIA – DATA = 22/02/2020 – EL CALAFATE ( ARGENTINA ).

Após tomarmos café o motorista nos levou até o parque. Fizemos o passeio de barco até próximo do Glaciar. Tivemos a felicidade de ver ocorrer o deslocamento de um pedaço de gelo do glaciar. Após o passeio fizemos a caminhada pelas 3 km de passarela que tem no parque.

Almoçamos e retornamos para El Calafate. Combinamos que no dia seguinte iríamos tocar até a até Três Cerros para dormir.

 

21º DIA - DATA =  23/02/2020 – EL CALAFATE – TRÊS CERROS .

Acordamos cedo, tomamos café no hotel, carregamos as motos e saímos para abastecer as motos e segui viagem até Três Cerros.

Optamos por fazer o retorno parcial pela RN 3 devido ao trecho após Três Lagos ser de rípio e estar em péssimas condições, segundo vários relatos de motociclistas.

Então, fomos até La Esperanza, Rio Gallegos , Cmte Luis Piedrabuena, Puerto San Julian e Três Cerros. Pernoitamos no HOTEL TRÊS CERROS, que já conhecíamos.

 

22º DIA – DATA = 24/02/2020 – TRÊS CERROS – GOBERNADOR COSTA.

Saímos de Três Cerros cedo e tocamos até Caleta Olivia, onde paramos para um café. Na saída de Caleta pela RN 3 verifiquei que tinham algumas pessoas e carros parados próximos a praia. Diminui e avistei um bando de leões marinhos na praia. Como os parceiros estavam mais a frente, acelerei e perguntei se queriam volta.

Retornamos, descemos das motos e caminhamos até uma distância seguro para tirarmos umas fotos.

Tocamos até Rada Tilly pela RN 3 e pegamos a RP 26 para almoçar em Sarmiento. De Caleta até Sarmiento há um enorme campo petrolífero com muitos cavalos mecânico extraindo petróleo do solo.

Chegamos em Sarmiento pelas 13:30 e paramos para almoçar. Demorou a ser servido o almoço, o que causou um pequeno atraso, mas nada que comprometesse o plano.

Após o almoço a ideia era ir até Tecka, mas devido ao péssimo estado da RN 40 nesse trecho, tivemos que reduzir a velocidade, paramos em Gobernador Costa para um café e definirmos se dormiríamos em Gob Costa ou iríamos até Tecka. Como já era tarde e ventava muito e fazia frio, resolvemos dormir em Gob. Costa. Optamos pelo HOTEL e RESTAURANTE ROCA.

Foi uma boa decisão, pois em Tecka há poucos hotéis, segundo o relato de alguns nativos.

 

23º DIA – DATA = 25/02/2020 – GOBERNADOR COSTA – BARILOCHE.

Chegamos em Bariloche no início da tarde, tempo suficiente para chegarmos ao hotel tomar um banho, ver com a recepcionista um taxi para passeio no dia seguinte.

O hotel escolhido foi BARILOCHE SUITES HOTEL, muito bom com quarto limpo, banho ótimo e boa limpeza. O valor incluía o café da manhã, que por sinal foi muito bom.

Saímos para dar uma volta na cidade. Conhecemos a Catedral, a rua Mitre ( principal rua da cidade ) e o comercio local. 

 

24º DIA – DATA = 26/02/2020 – BARILOCHE.

O taxi chegou próximo da 09:00 hs no hotel e fomos para dar o passeio Chico, visita aos Cerros Catedral, Campanário e Otto. No Cerro Otto á ideia era almoçar na Confeitaria que está sobre um sistema de rodas, a qual gira lentamente em 360 º. Mas, como era feriado de carnaval, o local estava lotado com filas de espera de mais de 1 hora.

Resolvemos olhar a paisagem e abandonamos a ideia do almoço.

Os Cerros Catedral,  Otto e Campanário associado ao passeio Chico são locais de rara beleza. A natureza desses e vista desses locais foi sem dúvida a cereja do bolo. Não que ir a Ushuaia não seja legal.

É que o que oferece Bariloche sem dúvida foi o melhor. Isso associado ao iríamos ver no próximo passeio que é a Rota dos Sete lagos.

Após os passeios retornamos fomos almoçar e fomos descansar no hotel. Saímos a noite para comprar as últimas lembranças, beber um chocolate quente com churros e se despedir desse local.

 

24º DIA – DATA = 26/02/2020 – BARILOCHE – SAN MARTIN DE LOS ANDES.

Nesse dia como a distância era relativamente pequena, 165 km, acordamos um pouco mais tarde e após o café fui ver quem poderia trocar o óleo da moto e outro parceiro foi ver local para comprar um pneu.

Como nenhum dos dois consegui sucesso na empreitada, voltamos ao hotel, carregamos as motos e na saída um funcionário nos ofereceu uma sacola com caixas de chocolates. O hotel estava sob nova administração e queria agradecer aos clientes pela escolha.

Saímos do hotel e fomos a Villa Angostura, que é uma cidade pequena, mas muito bonita e faz lembrar um pouco a cidade de Gramado no RS. Almoçamos nesse local e seguimos viagem para San Martin de Los Andes. Escolhemos o Hotel HOSTERIA LA RACLETTE, boas acomodações, porém sem garagem para as motos.  

Como chegamos cedo, fomos conhecer a cidade e procurar algum mecânico que trocasse óleo da moto. Descobrimos um, mas o valor cobrado era alto.

No passeio pela cidade encontrei um motociclista que me indicou alguém que poderia. Fui até o local (MECANICA CITRINO ) e perguntei ao proprietário se trocava. Como o preço estava acessível além que tinha o óleo, facilitando bastante.

Fui até o hotel pegar a moto e quando cheguei o proprietário falou que só tinha 2 litros de óleo. Como são aproximadamente 2,5 litros sai para comprar o outro litro. Feita a compra, foi trocado o filtro e o óleo.

Retornei ao hotel e arrumamos a bagagem, pois no outro dia iríamos sair bem cedo. Havíamos combinado que a distância de San Martin a Buenos Aires era de 1600 km e a proposta inicial era de fazer em 3 dias, o que acabou ocorrendo em dois.

 

25º DIA – DATA = 27/02/2020 –  SAN MARTIN DE LOS ANDES – RIO COLORADO.

Como a ideia era sair as 05:30 hs do hotel e o café seria servido a partir das 06:30 hs, carregamos as motos, abastecemos e tomamos café em um posto YPF na saída da cidade.

A temperatura começou a aumentar durante o dia, prejudicando um pouco o rendimento. Além do que seriam 815 km a ser percorridos.

Paramos em posto na estrada antes de Choele Choel e definimos que iriamos dormir em Rio Colorado, distante 140 km . Chegamos em Rio Colorado e pernoitamos em um hotel próximo a estrada que tinha umas casas geminadas, chamado RIO HOTEL. Cama boa, limpa e banho bom. Tinha garagem semicoberta em local fechado. Bom hotel e preço compatível.

Pagamos R$ 40,00 cada um, sem café da manhã. Saímos a pé para jantar no RESTAURANTE AMADO, simples, mas uma boa comida e bem em conta.

 

26º DIA – DATA = 28/02/2020 – RIO COLORADO – BUENOS AIRES.

Acordamos cedo, carregamos as motos e tomamos café e completamos o tanque em um posto YPF próximo ao hotel. Como a temperatura estava mais amena, tocamos um pouco mais forte até Bahia Blanca. Acabamos não abastecendo em Bahia Blanca, o que fez com que utilizássemos a gasolina dos galões reserva.

 Um dica muito importante, que não demos atenção, mas também sabíamos que a próxima cidade, Coronel Pringles, estava distante 40 km é de sempre que passar por uma cidade ou povoado e tendo um posto de serviço , entre e abasteça.

Chegamos em Buenos Aires em uma sexta-feira as 18:00 hs. Horário não recomendável para entrar em uma capital federal, as por sorte o trânsito fluía mais da capital para o interior. Posso até dizer que foi tranquila a entrada.

Colocado o nome do hotel no GPS, foi fácil de achar. Ficava muito próximo a área de embarque do BUQBUS e do Porto Madero, AMERIAN BUENOS AIRES PARK HOTEL.

Após guardarmos as motos, descarregar ( já não suportava mais esse operação de carrega/descarrega), tomamos um banho e saímos para andar pelo Porto Madero e aproveitar para jantarmos junto. Visto que no dia seguinte eu iria ficar em Montevideo para rever amigos de mais de 50 anos e os dois parceiros seguiriam viagem até o Chuí.

27º DIA – DATA = 29/02/2020 – BUENOS AIRES - MONTEVIDEO.

Saímos do BUQBUS das 12:15 hs de Buenos Aires, chegando em Colônia do Sacramento as 13:30 hs.

Como reforçamos no café, resolvemos tocar mais um pouco e paramos para almoçar em Colônia Valdense.

Fomos junto até a entrada de Montevideo, quando nos separamos.

Chegando em Montevideo, abasteci a moto e percebi a diferença de preço da gasolina. Na Argentina pagava R$ 3,2 – 3,5 / litro e no Uruguai estava R$ 7,20.

Fiquei hospedado no velho e bom BALFER HOTEL, conhecido há 50 anos. Na primeira vez que fui a Montevideo com meus pais, ficamos nesse hotel.

 E até então sempre fico por nele. O preço é bom US$ 33,00 / dia sem café e a grande vantagem é que é central.

A noite chamei um taxi e fui visitar meus amigos, onde algumas cervejas Patricias de litro foram degustadas e a conversa se estendeu até tarde.

 

27º DIA – DATA = 01/03/20 – MONTEVIDEO.

No domingo a dormida foi até mais tarde, pois não havia nada programado. A não ser visitar alguns locais já conhecidos, como o Mercado Público, Plaza Independencia e caminhar um pouco pela Avenida 18 de Julio.

A surpresa é que nesse dia seria empossado o novo presidente do Uruguai. O centro da cidade estava um inferno de gente na rua com bandeiras. Me lembrou um pouco o Brasil na posse do presidente. As pessoas demonstravam esperança. Como não conheço a política local, fiquei passeando e vendo os movimentos.

Almocei e fui para o hotel. Comprei alguns itens para o café, tipo suco de laranja, iogurte e bolacha para não perder tempo no café do hotel.

 

28º DIA – DATA = 02/03/20 – MONTEVIDEO - CASSINO

Sai cedo de Montevideo e como tinha abastecido a moto quando cheguei, toquei direto até San Carlos. Como não conhecia a Ponte nova em Laguna Garzón, alterei um pouco o trajeto.

Parei em Rocha para beber um café e comer a última meia luna.

Fui direto ao Chui, onde comprei uma lembrança no free shop , almocei, abasteci e segui viagem até o paradouro Costa Doce. Um amigo meu me avisou que estaria me aguardando no entroncamento da estrada Chui / Rio Grande e Pelotas / Rio Grande.

Chegando lá, estava o amigo de longa data. Poderia dizer que finalmente estava em casa.

Depois de um papo rápido, ligamos as motos e fomos até o Balneário Cassino.

Final de viagem. Foram 26 dias rodando, passeando e no final percorremos 10.029 km. Ainda tenho mais 320 km até Porto Alegre, cidade que vivo atualmente. Mas vou deixar a guerreira descansar e tirar uma folga do capacete.

As motos não apresentaram algum problema que impedisse o cumprimento do programa.

Quanto a questão gasolina, cumprimos o acordado de abastecer sempre que aparecesse um posto. Com isso não tivemos problema de pane seca na viagem.

Somente por uma vacilada, na volta passamos por Bahia Blanca sem abastecer, achando que daria para chegar em Coronel Pringles. Não deu, ao menos para mim. A HD era a mais beberrona do trio. Como um dos parceiros estava com dois galões de 3,5 litros cheios, paramos e cada um colocou 3,5 litros que foi o suficiente para chegar no posto. Abusamos um pouco da sorte, mas sabíamos que tinha uma reserva para uso imediato.

Graças a Deus, foram 26 dias de viagem sem nenhum incidente, sem chuva ( só um pequeno trecho na saída de Buenos Aires ) e sem nenhum pneu furado.

Só temos que agradecer.

 

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­­­­A intenção não é a de ensinar, mas sim de sugerir. Pelo que vimos e passamos, seguem algumas sugestões:

- Façam uma boa revisão nas motos antes da partida;

- Passando a cidade de Bahia Blanca procurem abastecer mesmo tendo gasolina no tanque ou terem rodado uma pequena distância do último abastecimento. Pelas distâncias, dependendo da autonomia da moto eu diria até que é tranquilo. Mas o grande adversário é o vento, fazendo com que as médias caiam bastante. Mantenham o tanque sempre cheio. Essa prática deve ser obedecida principalmente no sul da Argentina;

- Saiam de pneus novos, zero km. O asfalto argentino é muito abrasivo e realmente come o pneu,

- Não subestimem o vento e o frio. Procurem iniciar a rodar cedo, tipo após as 06:00 hs. Nesse horário o dia começará a clarear.  Geralmente a partir das 09:00 hs o vento começa a mostrar a sua força. Levem roupa de frio. Em fevereiro pegamos temperaturas de 9ºC com sensação de 5º C. Diminui isso devido a velocidade da moto ( entre 100-110 km /h – sensação de -2 ºC);

- Se usam algum óleo específico e facilmente encontrado por aqui, levem quantidade para substituir pois é difícil encontrar. Não quero fazer propaganda, mas o Motul é o que mais se encontra. Isto é valido para o caso de trocar filtro de óleo. Levem o filtro sobressalente. No meu caso sendo uma HD, não há revenda ou loja de peças ao sul de Bahia Blanca;

- Adquiri umas luvas com aquecimento elétrico por meio de bateria recarregável. No início achei uma certa bobagem ( para não usar um termo chulo ) , mas foram de grande valia. No site Banggood tem várias opções e o custo / benefício é bom;

 

- Façam um bom planejamento. O que fiz levou 6 meses e periodicamente o revisava, quer seja por motivo de uma dica, conversem com quem já foi, questionem ou simplesmente ao me questionar sobre algo e não sabendo a resposta, procurava no velho Tio GOOGLE e atualizava. Não que estivesse 100 %, mas não tivemos problemas com o roteiro. E fizemos 10.00 km;

- Atualmente existem muitos recursos de pesquisa via NET. Leiam relatos de quem já foi, peguem o que interessa, contatem com os consulados e sites oficiais de rodovias dos países a serem visitados;

- Procurem se informar sobre o valor do cambio e locais para fazer. Como saiamos cedo e chegávamos no final do dia, não se tem muitas opções de cambiar moeda. No nosso caso, cambiamos em Buenos Aires e tocamos quase toda a viagem sem precisar cambiar. Quando foi preciso, usamos o cartão de crédito;

- Nada contra as empresas de turismo, mas se forem em número de 3 a 4 pessoas, vejam o preço de taxi para fazer os passeios. Os motoristas são pessoas bem esclarecidas, passam informações corretas, o preço é bem em conta e o tempo é bem adequado para os passeios. Não se tem o problema de esperar em todo lugar aquele turista que sempre quer tirar mais uma foto ou depois que todos estão no veículo alguém resolve sair para ir ao banheiro;

- Essa informação eu não poderia deixar de repassar. Se não tiverem bolha / para-brisa instalado na moto, INSTALEM. O vento faz com que o motociclista gaste uma energia valiosa suportando o vento. Eu não tinha, recebi essa dica e instalei. A cada trecho com vento forte me escondia na bolha e lembrava da dica de uma cara que já foi 3 ou 4 vezes a Ushuaia. Me recordo bem que quando fui pedir umas dicas e ele falou muito, olhou a moto ( HD ) e disse:  Vais nela? Respondi com peito estufado, sim. Ele respondeu, a moto vai tranquila. Tens bolha? Respondi não e ele respondeu, coloca uma, senão vais sofrer;

- Uns comentam que a viagem é fácil, outros que é um horror. O que tenho de registar é que tem que estar preparado fisicamente, psicologicamente e emocionalmente. Os trechos são longos sem uma simples árvore para alterar a paisagem. São planícies, retas intermináveis (pegamos uma de Viedma a San Antonio Oeste que tinha 130 km).

- Parabéns á POLÍCIA ARGENTINA, tanto a GENDARMERIA como a PROVINCIAL nas estradas do sul da Argentina. Nas ocasiões em que fomos parados para apresentar documentos os policiais foram educados e verificaram somente os documentos pessoais ( CNH ) e da moto. Muito diferente da POLICA PROVINCIAL de ROSARIA DE TALA . Em NOV / 2017 fomos abordados no posto policial e imaginávamos que se tratava de uma verificação rotineira. Não foi assim, os policiais recolheram os documentos de todos os quatros viajantes e inventaram uma infração que não existiu. Fomos extorquidos para que houvesse a devolução dos documentos. Polícia corrupta.

Esse tipo de viagem não é para principiantes. Tem que se preparar e preparar a moto. Não é aventura. Se considerar assim, vai passar por uns apertos.

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  • 1 ano depois...
  • 8 meses depois...
  • Membros
4 horas atrás, AndreCCC disse:

Boa noite,

Fui para Ushuaia de carro em 2004, e lembro que tinha um trecho longo sem posto.

Sabe me dizer que parte é?

Vou legar um galão de gasolina, mas estou na dúvida se levo 3 ou 5 litros. Alguma dica?

 

Vou te Ténéré 660.

 

Abraço

Bom dia. Tem vário trechos longos. 

Por exemplo : Bahia Blanca - Viedma = 280 km , mas tem várias cidades ao longo da rota.

Trelew - Garayalde = 200 km sem nada de recurso.

Garayalde - Comodoro Rivadavia = 180 km sem nada de recurso.

Fitz Roy - Entrada de San Julian = 270 km e só tem um posto com recurso ( local para pernoitar junto ao posto com uma boa infra ) em Tres Cerros a 140 km de Fitz Roy.

Comendante Luis Piedrabuena - Rio Gallegos = 240 km sem nada. Para mim esse é o pior trecho. Pois tens que entrar em Rio Gallegos para abastecer e ter recurso ( comida, local para dormir , etc ).

Rio Gallegos - San Sebastian ( cruzas o Chile , sais da Argentina, entras no Chile e entras novamente na Argentina ) = 300 km, Só tens recurso de abastecimento em Cerro Sombrero.

Depois é só alegria. Belas paisagens e tens Rio Grande, Toluim e Ushuaia.

Sugestão, leva um galão de 5 litros. Eu não usei mas, pode ser que nessa crise de combustível que está a Argentina tenha postos que não tenham gasolina. Leva mais por prevenção. Outra , abastece sempre que passares por um posto, nem que seja 2 ou 3 lts. Fui de Harley e fez 19-20 m / l. Os outros parceiros foram de Honda NX 700 e GS 800 ( 26-28 km/l  ).

Se quiseres posso te enviar o roteiro de viagem ( fui pela RN 3 e retornei pela RN 3  passando por Bariloche ).

Outra dica, faz cambio em Buenos Aires e com dolar. Há o cambio BLUE  ( nosso cambio negro ) e está cotado a 290 - 300 pesos por dólar ).

Tem vários sites, mas te recomendo o https://sig.se.gob.ar/visor/visorsig.php?t=3 que te dá todos os postos das localidades. Muito bom. Serviu legal no planejamento.

Se precisares de alguma dica que esteja ao meu alcance, podes contatar.

Abraço e boa trip.

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  • Membros de Honra

Fui a Ushuaia em abril e não tive nenhum problema com abastecimento mas sempre vale aquela dica, abasteça sempre que possível e, de preferência, nunca deixa baixar de meio tanque. Fui pela Ruta 3 e voltei pela Ruta 40.

Quanto ao dinheiro, dê preferência as remessas pelo Western Union onde se tem a melhor cotação para trocar reais por pesos. Eu levei alguns dólares e euros que tinha e uma quantia em reais para uma eventual emergência mas trouxe tudo de volta. Usei bastante o WU, quando necessário fazia uma compra de moeda pelo aplicativo e pagava via pix. Em alguns minutos estava disponível para saque nas agência do WU, que você encontra aos montes em praticamente todas as cidades. A única ressalva é fazer remessas em valores não muito altos, no máximo R$ 1.000,00 cada. Para valores maiores pode ocorrer do agente não ter disponibilidade .

Editado por eniobeier
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Pra que foi de moto, que pneu utilizaram?

Li que tem uns 150 km de rípio na terra do fogo, mas tem outros 5.000km de asfalto, então não da pra ir com um pneu muito off-road.

Tava pensando em alguma coisa tipo um 10%off/90%road, tipo o Anakee 3 da Michelin.

Qual vcs usaram?

Ano passado estive na Bolívia, e fui com um pneu de estrada, já que não peguei nada de terra

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  • Membros
5 horas atrás, AndreCCC disse:

Pra que foi de moto, que pneu utilizaram?

Li que tem uns 150 km de rípio na terra do fogo, mas tem outros 5.000km de asfalto, então não da pra ir com um pneu muito off-road.

Tava pensando em alguma coisa tipo um 10%off/90%road, tipo o Anakee 3 da Michelin.

Qual vcs usaram?

Ano passado estive na Bolívia, e fui com um pneu de estrada, já que não peguei nada de terra

 

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Bom dia Andre. 

Na resposta anterior errei ao digitar a RUTA de retorno. Foi pela RN 40 passando por Bariloche.

Como comentei, depende do recho que vc for pegar, pois tem como ir pegando só asfalto sem fazer muito km a mais. Eu peguei uns 10 -12 km pela RUTA 3 da duana Chile até a duana Argentina. 

Mas tem dois trechos que são de rípio. Os famosos malditos 73 km.

Um trecho é , se vc cruzar o Paso Dorotea ( antes de Puerto Natales ), e seguir pela Ruta 40, do entroncamento da RUTA 7 com a RUTA 40, deve ter uns 40 km de rípio. Nesse caso vc faz um by pass por La Esperanza, a mais uns 80 km , mas é tudo asfalto. Compensa o custo x benefício.

O outro é entre TRES LAGOS e Gobernador Gregores, os famosos 73 km malditos ( rsrsrs ), indo na manha passa tranquilo( só tem muito vento e atenção redobrada, lembrando que não é aconselhável fazer esse trecho sozinho ). São +/- 170 km, sendo uns 80 de rípio. Esse by pass é maior. Eu fiz pois a minha moto não é para rípio.  Desci de El Calafate até Rio Gallegos, peguei a RN3 até Rada Tilly, depois pela RP26 até a RN 40 e subi até Gobernador Costa.

Como tinha tempo, fiz esse desvio.

Essa escolha de rotas vai ajudar a definir qual o pneu. Só sai de pneu zero .

As estradas argentinas são " COMEDORAS DE PNEU " ( asfalto abrasivo ). Sai com dois zerados e voltei com o traseiro com meia vida. Um parceiro de viagem foi achando que estava legal de pneu e teve que trocar em El Calafate. Teve sorte, pois foi uma dificuldade de encontrar um pneu nas medidas.

Espero ter ajudado.

Abraço

 

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  • 8 meses depois...

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