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De carro pelo Simpatico Uruguay com belas paradas no Rio Grande


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Cointinuação do relato:

 

Parte IV – Colônia e Montevideo

 

Acordamos sem nenhuma pressa aproveitando o hotel confortável. Tomamos café e partimos para Colônia. A estrada é praticamente toda duplicada, mas é preciso atravessar Montevideo e passar por algumas zonas urbanas com sinal de transito (farol, sinaleira). Com isso a viagem acabou sendo um pouco mais demorada do que eu imaginava. Ao chegar em Colônia escolhemos a pousada Manoel de Lobo (bem próxima ao centro histórico) e seguimos rapidinho para o Museu Português que não abriria no dia seguinte (quarta) e fecha as 16:45hs. Deu tempo exato! Quando estávamos terminando a visita veio um funcionário avisar que estavam fechando...

 

Do museu fomos almoçar. Escolhemos o Pulperia de los Faroles indicado pelo guia criativo do viajante e pelo frommers, além de simpático e bem localizado. Mas foi uma verdadeira la furada. As porções eram pequenas, a comida sem graça e os graçons enrolados. Até o clericot foi decepcionante. Para alegrar os estômagos que tinham esperado até o fim da tarde para almoçar, tomamos um sorvete que fica bem próximo ao portão da bairro histórico.

 

De lá seguimos caminhando pelas ruas do bairro histórico e admirando Colônia. Por fim, fomos assistir ao por do sol no paseo San Gabriel. Voltamos para a pousada, tomamos banho e retornamos para conhecer o bairro histórico a noite. Aquelas ruas e casas antigas iluminadas são muito lindas. Valeu ter optado por dormir em Colônia. Comemos uma pizza num restaurante com vista para o Rio da Prata e retornamos para dormir com os pés já cansados de tanto bater perna pelo bairro histórico.

 

No dia seguinte o tempo fechou e a chuva caiu forte quando ainda tomávamos café. Esticamos um pouco mais no café, mas a chuva era persistente. Acho que foi a melhor medialuna da viagem. Tivemos que desistir de subir o farol e de caminhar um pouco mais pela cidade. Debaixo de temporal fomos ao museu municipal, casa de Nacarello e arquivo regional. Antes de partir para Montevideo ainda passamos na Plaza de Toros.

 

Sobre os museus em Colônia, você compra um ticket no Museu Português ou no museu Municipal que dá direito a visitar 6 ou 7 museus na cidade. São todos museus pequenos que podem ser visitados em pouco tempo. É bom verificar quais fecham em qual dia da semana para programar sua visita. O horário de funcionamento é das 11:15 as 16:45hs.

 

O melhor de Colônia acho que é mesmo caminhar pelo bairro histórico tanto de dia quanto de noite e entender um pouco da história da cidade nos museus.

 

Economizaríamos 50km se tivéssemos seguido de Punta para Montevideo e de lá para Colônia. Porém optamos por conhecer antes Colônia, por algumas questões de logística e flexibilidade do roteiro de viagem. Sendo assim, retornamos pela Ruta 1 até Montevideo. Fomos direto para o mercado do porto onde almoçamos.

 

Escolhemos o El Palenque pelas muitas indicações. Mas a relação custo benefício não foi boa. Comemos carnes melhores e mais baratas no Uruguay. De lá fomos ao ministério de turismo que fica no porto, onde pegamos indicações de estâncias no interior do país. Seguimos pela Rambla até o Íbis onde nos hospedamos. Estávamos no 11º dia de viagem (19/01) e precisamos levar as roupas para lavar. Bem ao lado do Ibis tem um supermercado onde fizemos compras para o lanche feito no quarto. Não saímos a noite e guardamos as energias para conhecer Montevideo caminhando no dia seguinte.

 

Depois do café seguimos caminhando para o centro por ruas bem arborizadas. Já nas imediações da 18 de julho (principal avenida da cidade) fomos ao museu da educação. Vale uma visita rápida (é grátis) e refletir sobre a importância da educação e da cultura para a sociedade uruguaia. Continuamos para a cidade velha e fizemos mais ou menos o roteiro indicado pelo mapa distribuído nas informações turísticas. Entramos em alguns museus (todos gratuitos), outros estavam fechados. Perdemos o horário da visita guiada ao teatro Solis. Dos museus visitados, gostei mais do Palácio Taranco. Lá para as 16hs resolvemos almoçar. Optamos por comer massas para variar e escolhemos um restaurante na San Jose (paralela a 18 de julho). Andamos a beça e quando chegamos lá estava fechado. Duas quadras antes tínhamos passado pelo El Fogon, especializado em carnes. Não era nosso idéia comer carne, mas a fome, felizmente, não nos deixou pensar em outra alternativa. A carne estava maravilhosa! E muito mais barato que o El Palenque...

 

Depois do almoço nos dividimos. Alguns foram ver feira de artesanato e eu e os meninos voltamos caminhando pela Rambla para o hotel, passando antes na lavanderia. Batemos um bom papo com a dona, mais uma atenciosa e orgulhosa uruguaia.

 

Enquanto esperávamos os outros consultei por telefone as alternativas de hospedagem em estâncias próximas a ruta 5 por onde seguiríamos viagem no dia seguinte. Depois de verificar fotos no site confirmei reserva na posada valle éden no vale éden próximo a tacuarembó. Na verdade não tinhamos muitas alternativas na região.

 

Como já estávamos cansados para caminhar, encerramos o dia passeamos de carro pelas Ramblas e retornamos passando pelas ruas internas sempre muito tranqüilas e arborizadas.

 

No dia seguinte fomos conhecer o cerro de Montevideo e a fortaleza com belo visual da cidade e do Rio da Prata e um museu que conta um pouco mais da história da independência do país. Como o cerro fica na saída da cidade em direção as rutas 1 e 5, de lá já seguimos viagem. No caminho para o cerro, fomos pelo centro da cidade para conhecer um pouco mais (também é possível e mais fácil seguir pelas ramblas e continuar passando o porto até o cerro). Um carro parou ao nosso lado e simplesmente perguntou para onde íamos para nos indicar o caminho. Não estávamos perdidos, mas a ajuda e a boa vontade foram muito bem recebidas.

 

Saindo de Montevideo paramos num restaurante (parador) de estrada e acabamos resolvendo comer por lá mesmo. Comida boa e barata.

 

Custos relevantes com valores em pesos para 6 pessoas, valores convertidos em reais (1 peso = 11 reais) e valores por pessoa. No caso das hospedagens, valores em dolares

 

18/jan pedagio de Punta a Colonia 200 18,18 valor por carro

18/jan Posada Manuel de Lobo 200 340 56,66

18/jan almoço na Pulperia de los Faroles 1505 136,81 22,80

18/jan Pizza em Colonia 900 81,81 13,63

19/jan Hospedagem no Ibis Montevideo 180,5 306,85 51,14

19/jan Pedágio de Colonia a Montevideo 100 9,09 valor por carro

19/jan Almoço no El Palenque 2830 257,27 42,87

20/jan Hospedagem no Ibis Montevideo 180,5 306,85 51,14

20/jan Almoco no El Fogon 1860 169,09 28,18

21/jan Ingressos no forte do Cerro 80 7,27 1,81 menores até 12 anos gratis

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Parte V – Interior: Valle Éden (Uruguay) e Missões (Brasil)

 

A ruta 5 é duplicada apenas no inicio. Mas o asfalto é bom em todo percurso e a estrada é vazia e fácil de ultrapassar. Em alguns trechos ficamos muitos kms sem ver viva alma. Somente pastagens e muito gado.

 

Chegamos na posada Valle Éden perto das 19hs e seguimos direto para conhecer o poco hondo e um mirante. O visual do mirante não tinha nada de especial. A cachoeira não conhecemos, pois erramos o caminho bem próximos, mas já estava anoitecendo. De qualquer forma foi uma caminhada agradavel e serviu para esticar as pernas depois da viagem de carro.

 

Jantamos uma massa bem gostosa na pousada sentados ao ar livre num ambiente muito agradavel. Depois caminhamos um pouco observando a lua cheia e o ceu lindamente estrelado tipico de interior e fomos dormir. No dia seguinte acordamos cedo para andar a cavalo. Passeio imperdível para os meus filhos. Entao, eu e os meninos fomos cavalgar e os outros foram até as marmitas, uma formação rochosa que não tem nada demais e onde tambem fomos a cavalo, e ao museu Carlos Gardel. É que o cantor nasceu no Valle Eden, mas foi morar na Argentina ainda menino. Depois da cavalgada uma cerveja bem gelada para recuperar as energias, um almoço caseiro na pousada e colocamos o pé na estrada para voltar ao Brasil. Foram as últimas e deliciosas Patricias e Pilsens da viagem no ambiente bucólico da posada no interior bem escondido e agradável do Uruguay. Claro que depois das cervejas fiz a viagem no banco de trás. Nada de dirigir depois de beber, ainda mais na estrada.

 

No caminho abastecemos usando nossos ultimos pesos e tivemos que completar com 5 reais. Ainda precisamos pagar o pedagio de 40 pesos em reais. Nunca imaginei fazer cambio numa quantidade tao precisa. Nem faltaram pesos nem sobraram.

 

Chegando em Rivera passamos na Aduana para fazer o registro de saída e passamos rapidamente nos free shops. A passada foi rápida, pois ainda tinhamos 400 km pela frente e, também, porque os preços não eram muito atraentes. Dos produtos que vi somente bebidas realmente valiam a pena.

 

Assim como no Chuí, é só atravessar a rua que estamos em Santana do Livramento em solo brasileiro. Seguimos direto para São Miguel das Missões passando por várias rodovias a maioria delas bem retas e vazias. No caminho relembrávamos nossos momentos no Uruguay e já sentíamos saudade do país, de sua cultura e de seu povo. Agradecemos a Deus pela viagem e aos nossos queridos vizinhos pela receptividade. Ao mesmo tempo estavamos alegres por estar em casa (Brasil) e com muita vontade de conhecer um pouco mais do Rio Grande do Sul.

 

Ao pesquisar no Google maps e no GPS são várias opções para fazer a viagem de Santana do Livramento a São Miguel das Missões. Optamos pelo seguinte caminho: BR-158 até Rosário do Sul, vira a direita na BR-290 e logo pega a RS-640 em direção a Cacequi. Depois segue até Santiago (não me lembro as rodovias) onde pegamos a RS-168 até São Luiz Gonzaga. Por fim entra a direita na BR-285 e segue até a entrada para São Miguel das Missoes. A viagem foi no sábado (22/01) e a RS-640 e a RS-168 estavam desertas. Nesta última passamos a noite e ao longo de mais de 70 km não ultrapassei ninguém e fui ultrapassado por um único carro. No meio do caminho paramos no acostamento apagamos o farol e ficamos observando o céu estrelado com a lua quase cheia (começando a lua minguante).

 

Chegamos em São Miguel e fomos direto para a pousada das Missões que também é albergue filiado ao HI. Para nós saia praticamente o mesmo preço 2 aptos triplos com ar condicionado ou ficar no albergue com ventilador. Com o calor do verão gaucho não havia dúvidas que a primeira era a melhor opção. Para não chegar tarde da noite sem reserva, tinhamos ligado no caminho para reservar. Aparentemente, em São Miguel são apenas 3 pousadas / hoteis...

 

Botamos o pé na pousada as 22:50 hs morrendo de fome e o restaurante anexo a pousada ia fechar em 10 minutos. Demos sorte e comemos bem. Caso contrário teríamos que voltar ao centro que também não tem muitas opções.

 

No dia seguinte acordamos no limite para tomar o café que termina as 9:30 hs. A grande atração de São Miguel são obviamente as ruínas das missões que funcionam de 9 as 12 e de 14 as 18hs (até as 20hs no horário de verão). Para não ficar com o tempo limitado de visita, optamos por visitar as ruínas a tarde. O problema foi ter o que fazer de manhã. Fomos a uma casa / museu ao lado da pousada, visitamos a fonte missioneira, demos uma volta pela cidade que é mínima e não tínhamos mais o que fazer. Ainda estávamos sem fome, mas mesmo assim fomos almoçar cedo e voltamos para a pousada para tirar um cochilo no ar condicionado. A cidade estava um forno!

 

Com as energias renovadas fomos caminhando até as ruínas que ficam bem próximas da pousada. Lá contratamos uma guia por R$ 50. Valeu muito a pena. Entre ver o filme, as ruínas e o museu gastamos mais de 3 hs. Outros grupos, mesmo com guias, foram mais rápidos. Acho que demos sorte de fazer o passeio com uma guia que tinha muito conhecimento e sabia explicar a história das missões.

 

Voltamos para a pousada, fizemos um lanchinho rápido, tomamos banho e voltamos para assistir ao espetáculo de som e luz nas ruínas. No dia anterior quando chegamos tinha faltado luz e ficamos sabendo que o espetáculo começou muito atrasado e ainda faltou luz no meio. Estava quase na hora de começar o espetáculo quando novamente faltou luz. Ficamos por lá curtindo as estrelas e nada da luz voltar. Na véspera o pessoal da pousada disse que faltar luz não era normal. Mas 2 dias seguidos? Sei nao... Várias pessoas foram desistindo e nós já estávamos quase abrindo mão do show quando a luz voltou. E valeu a pena esperar! O espetáculo NÄO é um teatro. Como o nome diz é som e luz contando de forma romanceada a história das últimas batalhas dos Guaranis pela sua terra. Mais que história, é uma oportunidade para pensarmos que mundo fizemos e que mundo queremos para o futuro.

 

Filosofia a parte, seguimos para o centro onde comemos uma pizza muito barata no Casarao e voltamos para a pousada. Era domingo a noite e, aparentemente, a cidade estava parada.

 

No dia seguinte pegamos a estrada para os Canions de Cambará do Sul. No caminho entramos em Santo Ângelo para conhecer a catedral que é uma réplica da igreja de São Miguel da Missões.

 

Gostamos muito de conhecer as Missões. São Miguel é uma cidade bem pequena com poucas opções de hospedagem e refeições. O grande atrativo é conhecer as ruínas das missões e sua história de dia (visita guiada) e de noite (espetáculo som e luz). Outra alternativa seria visitar uma das fazendas próximas. Chegamos a ligar para almoçar em uma delas, mas era necessário reservar com antecedencia.

 

Custos relevantes (valor para 6 pessoas e valor por pessoa. Despesas no Uruguay primeira coluna é o valor em pesos

 

 

21/jan Almoco no parador da Ruta 5 840 pesos R$ 76,36 R$ 12,73

21/jan Posada valle Eden 2800 pesos R$ 254,55 R$ 42,42

21/jan Jantar na Posada Valle Eden 820 pesos R$ 74,55 R$ 12,42

22/jan passeio a cavalo 1200 pesos R$ 109,09 R$ 36,36

22/jan Almoco na Posada Valle Eden 365 pesos R$ 33,18 R$ 5,53

22/jan pedagio 40 pesos R$ 3,64

22/jan Jantar na Pousada das Missoes R$ 87,00 R$ 14,50

22/jan Pousada das Missoes R$ 320,00 R$ 53,33

23/jan Almoco em São Miguel das Missoes R$ 55,00 R$ 9,17

23/jan Guia nas Missões R$ 50,00

23/jan Espetaculo som e luz R$ 22,50 inteira R$ 5 e estudante R$ 2,50

23/jan Pousada das Missoes R$ 67,00 R$ 11,17

23/jan Pizzaria Casarao R$ 43,00 R$ 7,17

23/jan Pousada das Missoes R$ 320,00 R$ 53,33

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Parte VI – Canions em Cambará do Sul

Decidimos mudar o clima da viagem depois de 15 dias de muito sol e calor. Optamos por ir para Cambará do Sul conhecer o cânion da Fortaleza e algumas cachoeiras. O Cânion do Itaimbezinho já tínhamos ido 2 vezes em outras viagens.

 

Seguir de São Miguel das Missões para Cambará é relativamente simples. Basta seguir a BR-285 até Vacaria, atravessar a cidade e continuar na BR-285 até Bom Jesus. De lá siga pela RS-110 e depois RS-020 para chegar em Cambará do Sul por estradas asfaltadas. É possível ainda de Bom Jesus seguir para São José dos Ausentes ou quando estiver na RS-110 seguir por Jaquirana. Porém, esses caminhos tem grande extensão de estradas de terra e, pelo que nos disseram, com trechos bem esburacados. Aparentemente, a opção pelo asfalto é a melhor.

 

A viagem foi bem tranqüila, mas demorou mais do que pensávamos. Chegamos em Cambará por volta das 19hs. Fomos conhecer a Pousada das Corucacas e ficamos por lá. A pousada fica a 1 km do centro em uma fazenda com um belo lago na frente da casa. A pousada não tem luxos desnecessários, mas é bem agradável e confortável. O café é ótimo e os donos muito gente boa. O local ainda tem um parque de rodeio e toda quarta o pessoal local vai treinar no final de tarde.

 

Era segunda-feira (24/01) e não tínhamos muitas opções para jantar. Aliás, depois percebemos que em Cambará as opções de restaurantes são poucas mesmo, mas na segunda tínhamos menos opções ainda. Comemos uma pizza e voltamos para a pousada.

 

No dia seguinte fomos ao Cânion da Fortaleza. Para evitar nevoeiro, os canions devem ser visitados o mais cedo possível, principalmente no verão. Na Fortaleza o parque abre as 8hs (o Itaimbezinho abre as 9 hs). Não chegamos tão cedo assim. Pelas informações que tinha, o caminho até o parque era uma estrada bem precária. A estrada tem muitas pedras, mas não achei ruim. Conforme o motorista e o carro, você vai andar entre 20 e 40km / hora. Acho que começamos a caminhada para o mirante as 10hs. A caminhada é curta. Quando chegamos só tinha um pouco de nuvem encobrindo parcialmente a vista do litoral. Não sei se mais cedo este lado esteve aberto. Ficamos um bom tempo curtindo o lindo visual e pudemos acompanhar o nevoeiro tomando conta.

 

Seguimos para a pedra do Segredo. Como tinha chovido muito nos últimos dias o rio estava cheio e era preciso atravessá-lo com água na canela. Pegamos informações sobre como seguir a trilha, mas não nos informamos sobre em que trecho atravessar o rio. Com o rio cheio, ficou difícil identificar. Um grupo chegou na beira do rio quando estávamos tentando descobrir o caminho. Eles também não sabiam, mas uma das meninas atravessou o rio e achou uma trilha. Não pensamos 2 vezes e atravessamos no mesmo local. Logo a trilha fechou na mata e só encontrávamos caminho para a esquerda, mesmo com várias bifurcações. Sabíamos que precisávamos ir para a direita, mas não tinha trilha. No outro grupo uma das pessoas estava descalça e começou a entrar em pânico. Chegamos a conclusão que o mais sensato era voltar. Avisamos aos outros, mas apesar da jovem em pânico, eles continuaram. Com as muitas bifurcações, fomos seguindo o barulho do rio até chegar na margem em outro local. Procuramos por outras trilhas que pudessem nos levar em direção a pedra do Segredo, mas não achamos. Atravessamos o rio de volta e fomos tentar encontrar outro local para atravessá-lo. O tempo já estava bem fechado e nossa preocupação com o grupo que seguiu pela trilha na mata aumentava. Para nosso alívio vimos que eles tinham conseguido sair da mata e achar a trilha correta para a pedra do Segredo. Resolvemos insistir mais para atravessar bem em cima da cachoeira até que começaram os raios e os trovões. Aí desistimos da Pedra do Segredo e retornamos bastante enlameados e molhados para Cambará. Não podemos dizer o quão bela é a Pedra do Segredo e a vista de frente para a cachoeira, mas até que foi divertida a caminhada. Mesmo o outro grupo tendo achado o caminho depois de muito andar, acho que fizemos o certo em retornar. Teremos outras oportunidades de voltar ao Cânion da Fortaleza e a Pedra do Segredo. Agora ja sabemos que o rio deve ser atravessado bem em cima da cachoeira!

 

Chegando em Cambará fomos almoçar. Como já passava das 15hs, a maioria dos restaurantes estava fechado. Encontramos a Lancheria da Regina que serve um a la minuta bom e barato. Bife, ovo, salada, arroz e batata frita. O comercial por R$ 16,00 dá para 2 pessoas e sobra.

 

Tínhamos combinado um passeio a cavalo na fazenda da pousada. Voltamos para lá na esperança de a chuva e, principalmente, os raios dessem um tempo para podermos passear. Nada feito. A noite comemos pizza novamente, por não termos descoberto nada mais interessante. Voltamos para a pousada, decidimos as opções de passeio do dia seguinte e fomos dormir.

 

No nosso ultimo dia completo de viagem fomos conhecer as cachoeiras dos Venâncios que fica numa propriedade particular na estrada para Jaquirana. É uma seqüência de cachoeiras bem bonitas.

 

Almoçamos no Restaurante do Lago que fica no caminho para o Itaimbezinho e serve trutas. Voltamos para a pousada e nos arrumamos para fazer o passeio de bote que tínhamos contratado pela manhã.

 

O passeio vai de Land Rover até a beira do rio Camisas. De lá seguimos remando até o Lajeado das Margaridas. A vegetação nas margens é bem interessante, mas praticamente não se vê animais. O esforço de remar não é muito grande, pois a correnteza ajuda. É mais um passeio para contemplar a natureza do que um passeio de aventura. Paramos 2 vezes para mergulhar em poções. Quando chegamos no Lajeado das Margaridas já estava chovendo bastante. Mesmo assim, caminhamos um pouco pelo lajeado e pegamos a Land Rover para retornar para a pousada. O passeio de bote é legal, só achei o preco salgado.

 

Era quarta-feira e estava rolando um treino de laço no parque de rodeio da fazenda onde fica a pousada. Os cavaleiros locais vão chegando em seus cavalos e pagam 5 reais para fazer 3 laçadas. Em cada uma o boi é solto e o cavaleiro deve galopar atrás do boi até laçá-lo. Ficamos um bom tempo acompanhando.

 

No jantar descobrimos o restaurante Vila Ecológica que também é pousada. Eles se dizem um restaurante oriental, mas tem várias outras opções. Eu tomei uma sopa de palmito deliciosa e bem barata. O jovem casal de donos demonstra muita vontade de fazer o local dar certo. Enquanto ela prepara as refeições, ele atende os clientes, cuida do simpático filho pequeno do casal e conversa. E como conversa com os clientes! Foi o melhor restaurante que conhecemos em Cambará. Pena que só descobrimos no ultimo dia. O restaurante fica na rua atrás da principal num local mais alto, próximo a casa do turista e em frente a um posto de gasolina. Para quem vem do centro em direção a casa do Turista, fica no alto a direita. Voltamos para a pousada para a ultima noite de sono da viagem.

 

Na manhã seguinte fizemos o passeio a cavalo que tinha sido adiado pela chuva. Dessa vez minha filha também foi, por isso optamos por um roteiro mais curto de aproximadamente 1 hora passando apenas pelos campos da fazenda onde fica a pousada. As cavalgadas pelos campos de cima, como chamam a região de Cambará, são sempre lindas com visuais maravilhosos. Mesmo para quem não é fanático como os meus filhos, acho que em Cambará vale um passeio a cavalo.

 

Depois da cavalgada fomos caminhando até a cachoeira que fica dentro da fazenda da pousada e tem um poço bom para banho. Já passava das 13 horas quando colocamos o pé na estrada de volta para casa em Floripa. Descemos a serra em direção a Praia Grande e paramos várias vezes para apreciar os mirantes. Alguns trechos já em SC estão asfaltados, mas a maior parte da estrada continua de terra com bastante pedras, como das outras vezes em que passamos ali. De Praia Grande seguimos até a BR-101 e de lá de volta para casa.

 

Optamos por não parar na estrada para almoçar. Preferimos entrar em Imbituba, mais precisamente, em Ibiraquera para almoçar no já conhecido e sempre delicioso e barato Tartaruga que fica junto a praia e a lagoa de Ibiraquera. Boa comida e belo visual para fechar nossos 19 dias de viagem com chave de ouro. No inicio da noite estávamos em casa.

 

Curtimos muito essa viagem!!! Espero que este relato possa ser útil para quem vai para o Uruguay. Se precisarem de alguma informação adicional, é só postar.

 

Gostamos de todos os locais pelos quais passamos. Se fosse fazer novamente esse roteiro faria apenas uma mudança, ficaria uma noite em Cabo Polônio.

 

Abraço a todos

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  • 5 meses depois...
  • Membros

Parabéns pelos detalhes!!! Eu e meu marido queremos fazer este trajeto, atravessar o La Plata e ficar em Buenos Aires...

Gostei muito das suas dicas e valores, o que você pagou em dólares, foi utilizando o cartão de crédito ou você também tinha dólares??? Paga-se muita coisa em dólar ou apenas as hospedagens??

Aguardo....

Abraço

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Parabéns pelos detalhes!!! Eu e meu marido queremos fazer este trajeto, atravessar o La Plata e ficar em Buenos Aires...

Gostei muito das suas dicas e valores, o que você pagou em dólares, foi utilizando o cartão de crédito ou você também tinha dólares??? Paga-se muita coisa em dólar ou apenas as hospedagens??

Aguardo....

Abraço

 

Ola Cinara,

 

A moeda usada e a forma de pagamento variou conforme a regiao. No geral eu levei dolares, reais, cartao de credito e debito. Fiz cambio no Chuy, onde troquei reais. Acompanhando as taxas em casa de cambio ao longo da viagem, nao encontrei nada melhor depois. Os dolares em moeda foram como reserva para emergencia. Acho q so usei para pagar a pousada de Colonia que fazia desconto para pgto em dolar desde que fosse em dinheiro.

 

No litoral de Rocha (Valizas, Cabo Polonio, La Paloma e La Pedrera)

- na maioria dos lugares somente pesos e em efetivo (nao aceitavam cartao). Usei cartao de credito no hotel de La Paloma e em 1 ou 2 restaurantes.

 

Punta Del Este

- Alem de aceitar cartao de credito em quase todos os lugares, muitos tem precos em real, dolar e peso. Quando fui o cambio quase sempre era melhor para pgto em pesos. Entao usava pesos.

 

Colonia

- parecido com com Punta, mas alguns locais nao aceitam cartao

 

Montevideo

- em locais turisticos parecido com Punta. Em locais poucos turisticos somente pesos.

 

Espero ter ajudado. Se precisar mais infos, estou a disposicao.

 

Abracos

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  • 2 meses depois...
  • Colaboradores

Ola Diego,

 

Acho q nao tivemos nenhum passeio roubada q eu recomendasse nao visitar. Rio Grande nao tem maiores belezas, mas isso nos ja sabiamos. A praia do Cassino em Rio Grande era uma curiosidade e a cidade serviu como ponto de parada antes de irmos p o Uruguay. O Pq Nacional da Lagoa do Peixe em Mostardas me decepcionou um pouco, mas nao conseguimos fazer o passeio off road e como estava muito seco o carro tinha dificuldades p rodar pelas estradas de areia.

 

Acho q os lugares + bonitos q visitamos nesta viagem foram:

 

Uruguay - Cabo Polonio e Colonia a noite (a maioria das pessoas so passa o dia na cidade)

 

RS - Missões e Cambará do Sul (Canyons)

 

Se pecisar de + infos, entre em contato

 

Boa Trip!

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