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14 dias sozinha pela Patagônia Argentina: Ushuaia, El Calafate e El Chalten!


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Bem, vamos lá!

 

A Patagônia Argentina é destino antigo na minha lista de lugares a conhecer, porém adiei a viagem sem motivo várias vezes, desta vez resolvi encarar!

 

A princípio faria a viagem de 1 a 17 de novembro, porém, uma prova de concurso público bastante esperada me fez mudar de planos e troquei meu voo de volta para 14/11.

 

Para aproveitar sem tanta pressa, defini meu roteiro com apenas três locais para explorar: Ushuaia, onde fiquei os sete primeiros dias, e depois El Calafate e El Chalten, locais onde dividi minha outra semana.

 

Em ordem de beleza, no meu ver, recomendaria de fato começar com Ushuaia, que é linda, mas a beleza aumenta gradativamente seguindo esta sequência que eu fiz! ::otemo::::love::

 

Reservas

Fiz as reservas de hospedagem todas pelo Booking, e em todas nada me foi descontado de pagamento antecipadamente, paguei no local, em pesos argentinos.

 

- Ushuaia - "Antarctica Hostel": local bem concorrido, inicialmente não tinha conseguido vaga, mesmo com meses de antecedência, havia reservado outro local, mas ao pesquisar de novo cerca de um mês depois, havia surgido a vaga e mudei pra reserva com eles. Equipe atenciosa, em especial o Gabriel, atendente que já veio ao Brasil, adora Brasileiros (adora gente de qualquer lugar, na realidade!), e diz que o Brasil tem a riqueza da Xuxa e da Sasha... ::lol4:: #SQN!!! Hostel limpo, com uma cozinha excelente (e você VAI precisar!). café da manhã sem tanta variedade, mas gostoso, rola fazer um ovo mexido sempre que tiver disposição pra lavar panelas...hahaha Os quartos têm uma calefação tão boa que você pode dormir de short e regata se quiser, sério! A única desvantagem é só ter banheiro no andar de baixo, aí tu acorda com aquela cara amassada e tem que dar bom dia pra pessoa da recepção antes de lavar o rosto, escovar os dentes, tomar banho... ::putz:: mas fora isso, tudo ok, localização excelente, muito perto de um supermercado, que também te digo, você vai precisar, e a apenas duas quadras da San Martin, avenida principal da cidade. ::cool:::'>

 

- El Calafate - Hostel "Bla!": Não tinha tanta indicação de hospedagem em El Calafate, depois de ler algumas avaliações na internet, optei por este hostel. Local bem pequeno, e acolhedor. Fica a umas quatro quadras do centro, mas como a cidade é bem pequena, tranquilo caminhar por ali. As atendentes são acolhedoras também, em especial a Marisol, que era quem sempre me respondia as dúvidas etc no email, respostas rápidas! Ela morou no Brasil por quase um ano e tivemos um ótimo contato durante a minha estadia! Tem uma cozinha não muito grande, mas suficiente, você possivelmente vai precisar cozinhar alguma coisa! A única desvantagem é não ter locker individual, mas ainda assim, recomendo! ::cool:::'>

 

- El Chalten - "Hostel Condor de los Andes": Hostel a uma quadra do terminal de ônibus, localização estratégica. Há uma padaria deliciosa ali perto, vende lanchinhos bons e não é tão caro como o resto da Patagônia! O hostel tem uma cozinha bacana, e repito, você vai querer cozinhar! A desvantagem foi que ninguém me respondia emails, e eu precisei trocar a data da reserva, por causa da alteração das datas que citei acima, mas a atendente me migrou pra um quarto mais caro e pelo mesmo preço, então não tive problemas! Essa atendente que não sei o nome, era a única mais bacana, fala português também, embora eu quisesse falar em espanhol com ela, e gosta de Maria Gadu! :mrgreen: As outras atendentes eram mais distantes, e depois escutei de uma argentina da capital que o povo do sul do país deles é mais "frio". Mas, hostel recomendado. café da manhã com poucas opções, mas tudo fresquinho.

 

Passeios

Reservei do Brasil via email, com o hostel de Calafate, o Mini Trekking e a Estância Cristina (Discovery), e foi bom, pois como tinha pouco tempo nesta cidade, pude fazer as coisas com mais calma. Conheci quem não tenha conseguido o Mini Trekking para o dia seguinte à chegada a Calafate, então recomendaria tentar uma reserva. Não fiz Big Ice, mas estava concorrido igual. De Ushuaia havia conversado com o Mario do Brasileiros em Ushuaia e acabei fechando tudo com ele, comentarei ao longo do relato. E Chalten você precisa só de uma reserva de tempo adequado lá com São Pedro! O parque nacional de Chalten é MUITO CONSERVADO! Que possamos perpetuar sua conservação! ::cool:::'>

 

Em Ushuaia, tive gasto de 1.300 reais com passeios :o

Em El Calafate, em torno de 3.400 pesos argentinos os dois passeios, Mi Trekking e Estância Cristina Discovery (no câmbio de 3,60 pesos por cada real)

Em Chalten, passeios free, só gastei com o transfer da hosteria Pilar, 100 pesos argentinos por pessoa

 

A grana $$

P-R-E-P-A-R-A o bolso! ::ahhhh::

Sem brincadeiras, foi a viagem mais cara que eu já fiz!

Não levei dólares porque estavam a venda por R$4,11 cada dólar, sem condições. Viajei com uns R$4.200 em espécie e os U$300,00 que eu havia trazido de outra viagem, porém guardei estes dólares e não troquei, voltaram comigo. A grana que eu levei deu, mas saquei uns R$200,00 em pesos argentinos nos meus últimos dias. Deu pra sobreviver porque fiz compra nos mercadinhos e cozinhava todo dia...detalhe: eu não sei cozinhar! Mas...era o jeito pra fazer os tours, os passeios são muito caros, mas valem.

 

Câmbio na Patagônia

Não tive tempo para fazer câmbio em Buenos Aires, caso você também não tenha, faça seu câmbio todo em Ushuaia, seja de reais ou de dólares, porque pagam melhor. Paguei 3,60 pesos por cada 1 real. Dólar estava 15 pesos para cada dólar, mas se eu tivesse comprado dólar aqui a 4,11 cada, não teria lucro nesta conversão!

Em Ushuaia recomendo o Hotel Antartida, ele fica bem perto do hostel que eu me hospedei, cerca de uma quadra. Era unânime o que pagava melhor por lá. Em Calafate, estavam pagando no máximo 3,50 por real, e enquanto estive lá abaixou pra 3,30, então melhor trocar uma boa quantia em Ushuaia mesmo. Dólares em Calafate estavam entre 13 e 14! Em Chalten não acetam reais, e o câmbio de dólar estava abaixo de 13!

 

Segurança

Todos os locais que visitei me pareceram MUITO SEGUROS, sem nenhuma exceção!

Claro que é bom estar atento sempre, mas há muitos turistas, pessoal caminhando com câmera no pescoço, etc, sem problemas de segurança nessa região.

 

Imigração

Imigração muito rápida, não perguntaram muita coisa, só cidade base da viagem, quantos dias, motivo, e tiraram foto, pegaram a digital, nada mais. Não te entregam nenhum papel migratório pra carregar, você devolve a sua entrada no pais logo que chega, achei mais tranquilo! Como se sabe, tendo RG emitido em menos de dez anos, entra numa boa em qualquer país da América do Sul, mas, passaporte vai bem!

 

Dia a dia

 

Dia 1/11

 

Meu voo pela Aerolíneas (comprei multitrechos com esta companhia aérea e a recomendo) saiu no horário previsto, voo tranquilo até Buenos Aires. Ao chegar, tive tempo de fazer um pouco de câmbio e como não podia sair do aeroporto por causa do horário, fiz ali mesmo, mas câmbio bem baixo: 2,50 por cada real. Dali fui ao embarque, meu voo saiu no horário previsto para Ushuaia, o voo é longo. Cheguei à tarde, por volta de 14h30. Pela internet havia combinado o transfer "gratuito" (incluso devido a ter fechado todos os passeios com eles) com o Mário, do Brasileiros em Ushuaia, uma agência de um brasileiro que se mudou para Ushuaia e está trabalhando com turismo. Só tinha eu na van, logo fui deixada no hostel. Fui recebida pelo Gustavo, que me mostrou as instalações e fui ao quarto. Aproveitei pra calcular quanto pagaria de total nas diárias e fui ao câmbio do Hotel Antatida, muito próximo de onde me hospedei. Aproveitei pra comer algo e caminhei pelo porto. Estava cansada. Combinei com o Mário o tour do dia seguinte: passeio "megatour" que é um combinado de uma visita à Playa Larga, uma praia local, o Parque Nacional e o Glaciar Martial, porém, como eu iria num grupo de brasileiras que já conheciam o Parque Nacional, esta parte foi excluída do passeio, ficou à parte noutro dia.

*Fotos do dia:

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Dia 2/11

 

Este dia foi bem atípico porque nevou, e nevou tipo MUITO, bem incomum para esta época do ano. Já tinha tido algum contato com neve na Bolívia, mas neve caindo o dia todo, e fortemente, nunca. Apesar de ter atrapalhado um pouco o roteiro, foi lindo sentir a neve caindo! ::love::

O roteiro começou à tarde, primeiro fui a um restaurante, Andino Gourmet, encontrar Mário e de lá sairia ao tour. Restaurante localizado na San Martin, fácil de achar. Comi um prato executivo, incluso no passeio, e a van me buscou no próprio restaurante, já com um grupo de amigas de Brasília.

 

Seguimos primeiro para a Playa Larga, ventava muito forte e começou a nevar moderadamente. Dali seguimos até o Glaciar Martial e neste momento chovia e nevava mais intensamente. Eu e uma das moças de Brasília optamos por voltar à van, pois tinha neve como que 20 centímetros nos pés e estava nevando forte, embaçou meus óculos e já não conseguia ver nada. Apesar disso, o local é bacana, vale conhecer num dia de tempo mais estável!

 

Dali voltei ao hostel, descansei um pouco e saí ver algo para comer. Como não queria gastar muito, e Ushuaia e toda a Patagônia são locais caros pra comer, optei por empanadas. Muito perto do hostel, como que duas quadras, no começo da San Martin, número 137, tem um restaurante chamado 137, e olha...que empanadas boas! Pedi uma de cada sabor, a de carne era a mais gostosa.

 

Ao comer, saí e tinha mais neve! Pedi pra uma pessoa que passava na rua do hostel para me filmar com a neve caindo, e depois fiquei quieta curtindo a preguiça! Combinei os tours com o Mário do Brasileiros em Ushuaia. Para o dia seguinte: Parque Nacional Tierra del Fuego e Canal de Beagle.

 

*Fotos do dia:

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Dia 3/11

 

Este foi dia de Parque Nacional Tierra del Fuego. O tour saiu ela manhã, não muito cedo, e como fechei com o Brasileiros em Ushuaia, a van me buscou no hostel. Só brasucas na van, tinha gente de Minas Gerais, SP etc, a maioria mais velhos. A guia é uma argentina local de Ushuaia, deu várias explicações, foi simpática. Esqueci o nome dela! Neste dia pós-neve não nevou, porém choveu bastante, e ainda assim, achei o Parque muito bonito, vale a pena. Não fui ao Trem do Fim do Mundo, achei caro, e pelo que li, não faria nenhum caminho diferente do que eu já vi da van. Ninguém da van quis fazer, fomos todos direto. Percorremos algumas partes e finalizamos na Bahia de Lapataia. Confesso que achei os colegas de van muito acelerados, eu estava achando o lugar o máximo, e a galera já dentro da van como quem queria ir embora, mas mesmo assim, super curti o visual, recomendo. E vá com calma! ;)

 

Ao voltar, comprei uma massa num local que você só compra comida pra viagem, o forte deles é massa, só tem massas, desde nhoque a empanadas, mas é o local com preço mais acessível. Fica a umas duas quadras do hostel onde me hospedei. O local se chama El Noble, fica bem perto do restaurante 137, mas é uma rua paralela à San Martin. Almocei e quando desci para o porto, com tempo, descobri que o horário do passeio era outro e que eu havia perdido. Na hora fiquei brava, eu havia confirmado no dia e me aconteceu isso. Voltei para o hostel bufando, mas respirei. Aproveitei para organizar algumas coisas, e ao final acabei dando uma volta pela cidade, fui a um museu onde me entregaram um panfleto que dava desconto, na hora não quiseram dar o desconto, eu segui caminhando e fotografando, tirei várias fotos mesmo, e parei pra comer no Banana, um restaurante na San Martin que é bem famosinho. O preço depende do que você pega. Eu ia pedir media luna, mas não tinha, acabei comendo um sanduíche tostado que era bom, mas muito grande e por isso não tão barato. Ainda tomei uma espécie de milk shake de banana caramelizada ou algo assim,. Gente... eu fiquei estufada ::dãã2::ãã2::'> hahahaha

 

Dali voltei ao hostel. Socializei no whatsapp, curti a preguiça e dormi.

 

*Fotos do dia:

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Dia 4/11

 

Este dia foi de tour completo: 4x4 dos lagos Fagnano e Escondido. O guia e condutor foi um argentino natural de Ushuaia, Kristian, divertido por sinal. Conheci um casal bem bacana de brasileiros, claro. Angela e Juciano, pernambucanos que atualmente moram na bela Brasília. O dia foi bem proveitoso, apesar de ter iniciado com chuva. Este dia teve de tudo, só faltou neve, melhor, não faltou não! ::lol4:: Choveu, ventou e abriu sol. O sol do meio até o final do passeio tornou as fotos e o roteiro mais proveitosos.

 

O local fica a alguns km de Ushuaia, está incluso lanche ao chegar no lago Fagnano, tem um rancho onde o guia serve pão com salame (muito gostoso) e queijo. Você pode escolher tomar vinho, cerveja Quilmes, água ou refrigerante.

 

Depois desse dia proveitoso, entregue no hostel. Resolvi fazer algumas compras num mercadinho que tem muito próximo do hostel, o Anônima, já que gastar com comida e passeios estava fora de orçamento, comer na patagônia sai caro, e passear também. Achei hamburguer de soja, legumes já picados, algumas frutas, trouxe tudo, marquei meu nome no saquinho e guardei na geladeira comunitária. Fiz o hamburguer com as verduras e fiquei enrolando até dormir.

 

*Fotos do dia:

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Dia 5/11

 

Este foi dia de navegação dupla: Pinguineira terrestre e Canal de Beagle.

Fui ao porto pela manhã, o passeio sai em dois horários, no da manhã é bom chegar cedo, informei meu nome, paguei e peguei o crachá que te entregam para te marcar como pertencente ao grupo do passeio. Uma van (quando é grupo menor, pois já vi ônibus) nos conduziu até o local, diria que é um pouco longe de Ushuaia. A paisagem lindíssima ao redor sempre, chegamos até a Isla Martillo e lá pegamos uma embarcação bem rápida. Ao chegar já avistamos uma das espécies de pinguins, os Magallanes. Impossível não se encantar com a fofura deles! ::love:: aí você continua andando e vê outra espécie, bem maiores, imponentes e tão lindos, apaixonei!!!

 

Ao voltar, ainda fiz algo pra comer, engoli meu hamburguer com legumes e desci de volta ao porto. Peguei o passeio do Canal de Beagle, o catamarã em si é meio sem graça, mas quando você encara o vento frio e sai, fica interessante! Vi os lobos marinhos preguiçosos e vários pássaros. Passeio clássico, não achei dos melhores, mas é bom conhecer. Voltei este dia bem cansada, fui alugar uma bota galocha pra trilha do dia seguinte. Recomendo alugar nesta loja: Jumping, fica na 9 de Julio, só perguntar. Me saiu 100 pesos e foi um investimento bem gasto. Após o aluguel, fui eu "cozinhar" de novo!

 

Neste dia troquei uma ideia com dois amigos brasileiros, uma menina e um menino, da região de Brasília. Dali fui pra cama recuperar as energias. Troquei ideia com um gaúcho do meu quarto que era misto, mostrei fotos e não demorei a dormir.

 

*Fotos do dia:

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Dia 6/11

 

Dia de trekking, meu amô!

Acordei, banho, café da manhã e o guia Rodrigo veio chamar na recepção. Na van, somente eu e dois gringos que a priori achei que eram americanos. Qual não foi minha surpresa ao constatar que eram libaneses! E eu achando que vinha de longe, só que não.... ::ahhhh:: pena que os caras só falam inglês, mas deu pra tentar uma comunicação, o guia ajudava também! Um deles me mostrou no caminho da trilha um vídeo do Djavan cantando e me perguntou o nome da música, bem massa a "comunicação" por ali.

 

Comece a trilha com essa galocha estranha nos pés, porque em pouco tempo você vai descobrir porque está calçando isso: teu pé vai afundar bonito na neve e num barro bem forte, que é da vegetação local e parece um pântano. Mas o caminho é lindo! A trilha é de se considerar leve, caminhei umas 2h30 de ida e o mesmo de volta. Tem apenas subida mais íngreme no final, no mais, nada de esforços excessivos, dá pra curtir bem o visual da cordilheira dos andes, sem tanta pressa. Começamos por volta das 10h e retornamos às 15h. O tour inclui lanche. Dá pra fazer sozinho, mas como eu tenho receio de me perder, fiz com a agência do Brasileiros em Ushuaia. O guia é um nativo da cidade, menino de uns 20 e poucos anos, simples e simpático.

 

Ao voltar, fui de cara lavar as botas no chuveiro do hostel, limparam muito rapidamente, dali fui devolvê-las, voltei e aproveitei para pagar o Mário do Brasileiros em Ushuaia, já que ele havia vindo conversar com outros brasileiros que estavam no hostel. Feito isto, fui eu comer de novo meu hamburguer com verduras pré cozidas... ::putz::

E estava cansada, deu pra dormir bem essa noite! Minha última noite em Ushuaia.

 

*Fotos do dia:

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Dia 7/11

 

Dia de caminhar a toa, pois meu voo sairia de tarde. Andei, andei, andei, tentei um câmbio de reais, mas vi que tinha desvalorizado: de 3,60 passou para 3,50 cada real. Tentei fuçar uns cassinos etc, mas nada, tudo com cotação ruim.Foi então que pensei, já que eu iria pegar o transfer do Mario da agência Brasileiros em Ushuaia, resolvi ver se ele não me fazia um câmbio a 3,60. Ele disse que dava e que mandaria pelo motorista que me buscaria pra levar ao aeroporto. Ok, fiz o que sobrou da minha comida, enrolei super, troquei ideia com um brasuca de BH e fui pro aeroporto, estava no mesmo carro que Angela e Juciano, o casal boa pinta que conheci no passeio do 4x4 dos lagos. Esperamos juntos o mesmo voo para El Calafate, e logo chegou o Augusto, o menino de BH, fomos todos no mesmo voo. A esta altura eu já tinha o whatsapp da Angela.

 

O Voo saiu pontual, deu pra ver o lago argentino incrível ao pousar.

Meu transfer combinado com o hostel chegou, desses clássicos com a placa com seu nome. Esqueci o nome da van, mas é um concorrente da Ves Patagônia, 20 pesos mais barato (custou 100 pesos) e o bizarro era que só tinha eu na van, achei que ia esperar lotar, mas que nada, fui vip! ::lol4::

 

Chovia em Calafate, mas ao chegar, fazer check-in e me acomodar, paguei todas as diárias e passeios reservados para controlar minha grana, e em seguida fui logo ao supermercado Anônima, a umas três quadras dali e único da cidade. Comprei ravioli, queijo, salame e pão. Fui cozinhar e estava difícil, um monte de gente na cozinha, mas saiu!

 

Dormi quase em seguida, já que sairia para o mini trekking no dia seguinte.

 

*Fotos do dia:

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Dia 8/11

 

O horário de busca no hostel para o tour Mini trekking no Glaciar Perito Moreno foi combinado para 8h, mas atrasou quase uma hora, tirando isso o passeio foi sensacional. Dá pra ir vendo o lago argentino no caminho. No ônibus, sem sair de dentro dele, entra uma funcionária do Parque Nacional Los Glaciares, onde se encontra o Perito Moreno, e recebe seu ingresso. O preço varia de acordo com a nacionalidade, pra nacionais é mais barato, para sul americanos de alguns países também há desconto, no caso para brasileiros há este desconto e sai a 200 pesos por pessoa. Não solicitaram o passaporte ou RG para entrega do ingresso e tampouco tivemos que mostrar comprovante, não sei se para quem faz Big Ice ou só as passarelas é desta forma que procede a compra do ingresso.

 

Dali ao pagar, o ônibus conduz até o local onde pega-se um catamarã, no qual se tem uma vertigem louca ao ver o Perito Moreno. A duração do catamarã é bem rápida, fiz fotos, vídeos, gritei internamente, esse local é indescritível! ::cool:::'> ::hahaha::

 

Ao chegar do catamarã, algumas explicações e seguimos para os alojamentos. Recomendo muito que leve seu lanche, eu levei pão com salame e queijo, além de água e uma maçã. Comer lá é caro e longe do alojamento, ou seja, dará fome. Eu e todos deixamos as mochilas no alojamento, com os lanches dentro. Levei minhas duas câmeras, meu par de luvas e só.

 

É muito importante usar luvas, se você não tiver, eles emprestam lá sem custo adicional. Ao caminhar um pouco, se chega ao local onde os grampos nos pés vão ser fundamentais! O guia bate o olho em você e já sabe o tamanho, prende no teu calçado e aí é só aproveitar! Neste momento eu estava interagindo já com Horácio, um senhor argentino de Buenos Aires que estava sozinho nesse passeio, mas sua família estava em Calafate também. Foi ele quem fez a maioria das minhas fotos desse dia.

 

Uma hora e meia caminhando no glaciar, em alguns momentos tive dificuldade, mas os guias (dois por grupo de cada dez pessoas mais ou menos) Gabriel e Ariel eram atentos e auxiliavam sempre, nem tive como cair ou escorregar! ::otemo::

Visual lindo, e eu tive sorte: sem sol, mas também sem chuva e temperatura de 10 graus, foi moleza!!!

 

Depois dessa caminhada, um brinde com whisky, no meu caso, com água, e gelo do glaciar!

Descemos, lanchamos e uma hora depois voltamos de catamarã. Ali o ônibus esperava e nos levou nas passarelas. Horácio já conhecia o parque e me comentava que o roteiro de cor amarelo é o mais curto e de onde se vê o glaciar mais de perto. Fomos nesse, tivemos só uma hora nas passarelas (ouvi comentários de grupos que tiveram duas horas), mas foi bacana. É lindo, arrepiante.

 

O Glaciar Perito Moreno, segundo nos explicava o guia antes do Mini trekking, tem cerca de 70 metros de altura desde a superfície da água e mais 30 metros abaixo da superfície. É um dos únicos glaciares que não está reduzindo de tamanho ao longo dos anos.

 

Voltamos no cochilo, ao final do dia, por volta de 18h, estava no hostel. Já tinha feito amizade com dois brasucas viajantes solo, um deles tinha falado comigo antes da viagem no Mochileiros. Cozinhei o de sempre, ravioli com queijo e salame, e fui dormir cedo.

 

*Fotos do dia:

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Dia 9/11

 

Dia de Estância Cristina.

Fui recolhida no hostel pontualmente, o passeio começa com uma van até a entrada do Parque, onde um catamarã te espera. Dali, cerca de 3 horas navegando e tendo contato com muitos, muitos e muitos glaciares. Vale a pena sair e tomar frio ali fora, rende fotos e vídeos bem legais.

 

Importante: todo o percurso tem lanche (media luna e café) já incluso, ou seja, você come o que quiser ali, e eu demorei muito a perceber, achei que era pra um grupo vip que estava sentado mais pra frente, até porque ninguém anunciou algo como: 'gente, lanche free' ::lol4:: mas estava com tanta fome, não queria comer o lanche que levei pro almoço, então fui perguntar da media luna no balcão onde estavam servindo, quando o rapaz falou que não pagava nada, meu pai... comi foram umas três! :roll:

 

Uma das guias chamou meu nome e me deu um botton, com um símbolo do grupo em que eu iria, pois há três tipos de passeios na Estância. Escolhi o Discovery e foi muito bom, é o que te leva ao mirante lindíssimo do Glaciar Upsala, o mais simples não leva, e o outro tipo é de trekking de horas, e eu estava tranquila de longas caminhadas neste dia. O Discovery te leva de 4x4 até bem próximo dos atrativos de mirantes, valeu a pena essa opção. Ali nas fotos conheci a brasuca Gisele, trocamos favores na tirada de fotos, lanchamos juntas, e nos despedimos no final. Ah, a volta de catamarã é mais rápida porque não passa pelos glaciares, mas ainda assim demora, eu cheguei já depois das 19h no hostel!

 

Fiz meu rango, e logo dormi ::hãã::

 

*Fotos do dia:

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Dia 10/11

 

Já havia comprado passagem para Chalten no meu segundo dia, este foi dia de fazer check-out, juntar da geladeira tudo que ainda ia cozinhar em Chalten, e seguir pro terminal de ônibus. Saiu pontual, ônibus confortável, só achei falta do banheiro, que estava fechado. Teve só uma parada, ao chegar, logo descobri onde era o hostel, fica a apenas uma quadra do terminal. Não perguntei o nome da funcionária que me atendeu, mas era a única simpática do hostel, as outras eram mais secas (depois uma moça de Buenos Aires me comentou que as pessoas do sul do país deles costumam ser mais distantes, que é algo cultural), me deu algumas dicas e eu optei por ir ao Parque Nacional no centro de visitantes.

 

Ali fiz caminhadas mais leves pra ir me adaptando, foi uma ótima escolha. Fiz dois mirantes do parque - Mirador de los Condores e Mirador de las Águilas, passei no centro de visitantes para pedir dicas do dia seguinte, a guia sem pestanejar me recomendou Fitz Roy. Disse que era o dia com clima mais apropriado naquela semana, que os demais dias teriam previsão de ventos muito fortes e eu não poderia fazer. Estava insegura pelo nível hard da caminhada, mas resolvi encarar, afinal, este é o percurso mais completo de atrativos num mesmo dia que tem o parque. Antes de dormir conversei com Ricardo, um mexicano que estava no mesmo quarto que eu. Ele já havia feito esse percurso e o faria de novo no mesmo dia, mas com outro transfer até a hosteria Pilar.

 

Arrumei lanches para o dia seguinte e dormi cedo.

 

*Fotos do dia:

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Dia 11/11

 

Dia da superação a gente vê por aqui.

Logo após o café da manhã, por volta de 9h o transfer até a hosteria Pilar me buscou no hostel. Caminho longo até o começo da trilha, mais ou menos 17 ou 20 km do centro de Chalten, e caía uma garoa nesse momento. Considerando as mudanças climáticas de Chalten, isso me deixou preocupada. Ventava moderadamente também. Ao longo da trilha, o tempo foi abrindo, o que foi uma grata surpresa. O caminho todo, absolutamente todo, traz algum cenário impressionante. O percurso é longo: 24km ida e volta, talvez até um pouco mais. O trecho final requer disposição e persistência, pois é preciso subir e subir infinitamente e levantar muito as pernas, já que as pedras são muitas e enormes. Persisti, ao chegar quase até a Laguna de los Três, encontrei Ricardo, o mexicano do meu quarto, e que apesar de ter problemas no joelho, fazia o percurso pela segunda vez na mesma viagem. Subi sozinha e ali o encontrei com um gringo da Suíça. Conversamos, lanchamos, e resolvemos ir até a base da lagoa e dali partir à Laguna Sucia (Sucia = a Suja em espanhol). Te digo: lagona límpida, água do glaciar verde, verde. Ricardo e eu viajamos ali olhando a paisagem e depois descemos.

 

A volta foi para ver a Laguna Capri, e neste momento o Fitz Roy estava total visível, sem nuvens. Dias de sol até 21h, foi bem aproveitado, chegamos pouco depois de 21h no hostel, mais ou menos 21h30, e eu estava literalmente acabada! Ainda fiz um lanche na cozinha e deitei desesperadamente!!! ::xiu::

 

*Fotos do dia:

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Dia 12/11

 

Acordei mais tarde, com as pernas menos doloridas, e ventava MUITO, mas muito mesmo. O vento "gritava" e as árvores pareciam resistir muito para não cair. E estava sol. Fitz Roy límpido. Pela questão do vento, o mais propício segundo a moça simpática da recepção, era a Laguna Torre, justamente o que eu tinha pensado em conhecer. Fui caminhando até o começo da trilha, e confesso que tive que parar de andar em alguns momentos, por causa da força dos ventos. Quando a corrente de vento cessava era possível sair do lugar.

 

A trilha é de 18 km ida e volta, mas nada puxada perto da do dia anterior. Há poucas subidas, muitos caminhos com árvores e de modo geral, o caminho é muito plano, embora seja bem longo. Andei com dia claro e bonito uns 5km. Aí senti na pele a mudança climática tão famosa de Chalten: chuva, e ventos ainda mais fortes. Continuei, outros trilheiros continuaram, a chuva oscilou bastante, mas as correntes de vento, quando vinham, eram muito fortes. Cheguei, a laguna estava encoberta pela neblina, fui comer meu lanche e o engoli pra sair dali logo, pois os ventos estavam de quase carregar, eu tive que me encolher, pois a região da laguna é descampada e não dava pra ficar sentado numa boa, pois parece que você vai sair voando! E chovia razoavelmente também. Uma mulher que viajava sozinha e estava no percurso na mesma hora que eu, também fez o mesmo, comeu bem rápido e tratou logo de voltar.

 

E eu cansada, comecei a ter pensamentos insanos: perdi meu passaporte, era o que eu pensava, pois ñ estava na mochila. Voltei voando pro hostel, e quando destranquei o locker, ele estava ali...bom, ao menos o desespero serviu pra me fazer chegar os 9km de volta com agilidade! hahahahahaha eu voltei com trechos de leve corrida e pulando, passei várias pessoas que tinham me passado. Gente, o que o medo faz com o ser humano?! ::hahaha::

 

Voltei sem força pra muita coisa, claro! Fiz macarrão, interagi um pouco com a Angie e a Paola, duas argentinas de Buenos Aires, irmãs, que estavam no meu quarto, pois o mexicano tinha ido embora neste dia. São duas fofas que eu mantenho o contato no facebook!

 

Não demorei muito a dormir. Última noite em Chalten!

 

*Fotos do dia:

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Dia 13/11

 

Neste dia, mais chuva...pretendia fazer uma caminhada curta até uma cascata, mas as pernas estavam doloridas, claro! Com o clima desfavorável, me restou tentar ver a possibilidade de voltar mais cedo a El Calafate, mas não deu certo, voltei ao hostel, as irmãs Angie e Paola estavam na área de convívio comum, conversamos, me despedi delas, comprei um lanche numa padoca pertinho do hostel, consegui sacar 200 pesos argentinos (sem habilitar meu cartão internacional para saque, pasmem!) e segui ao terminal. Viagem tranquila, dei umas boas cochiladas, mas não dormi tão pesado, pois desceria no aeroporto, antes da cidade. Cheguei ao aeroporto e ainda perguntei da possibilidade de adiantar meu voo, mas como não era possível sem pagar, deixei como estava. Aguardei com vista do lago argentino na sala de embarque, e parti então às 19h para Buenos Aires.

 

Cheguei no hostel após pegar um radiotaxi desde o Aeroparque. Detalhe: à noite este aeroporto não tinha guichê de informações, saí e vi em que lugar estava o fluxo de pessoas, aí então foi que eu achei a fila oficial dos táxis. Recomendo que faça isso, pois há diversos táxis clandestinos em Buenos Aires, diz a lenda, e tinham alguns taxistas sem identificação convidando pra embarcar em seus carros. Agradeci e não aceitei. Corrida a preço justo, saiu mais barato do que o preço do transfer oferecido no hostel. Ao chegar ao hostel, quarto vazio, os outros hóspedes não estavam ainda, então banho e cama, pois madrugaria na volta ao Brasil.

 

*Foto do dia

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Dia 14/11

 

Acordei bem cedo, e às 5h estava na recepção, pedi um táxi, corrida tranquila até o aeroparque, voltei ao Brasil sem atrasos, dentro do previsto. Nunca tinha voado com aerolíneas, gostei do serviço e recomendo!

 

E assim acabou essa trip! :D

Editado por Visitante
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  • 3 semanas depois...
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Oi Bruna!

 

Estava adorando ler o seu post, mas vai só até o dia 2. Não aparece mais nada a partir do dia 3. Por favor, termine de nos contar a sua viagem!

 

Olá, eu vou relatar e postar fotos, mas aos poucos, estudando para concursos e tá corrido!

Mas finalizarei, pode deixar! :)

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  • 2 semanas depois...
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Olá Bruna! Sensacional sua trip e seu relato! Adorei as fotos! Parabéns! Consegui me sentir quase lá!

Estou indo no carnaval sozinho para a Patagônia Argentina e Chilena. Vou ficar 14 dias por lá. A diferença da minha trip p a sua é que troco Ushuaia por Torres del Paine (W). Suas informações foram muito úteis para mim. Obrigado! Feliz Ano Novo

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Olá Bruna! Sensacional sua trip e seu relato! Adorei as fotos! Parabéns! Consegui me sentir quase lá!

Estou indo no carnaval sozinho para a Patagônia Argentina e Chilena. Vou ficar 14 dias por lá. A diferença da minha trip p a sua é que troco Ushuaia por Torres del Paine (W). Suas informações foram muito úteis para mim. Obrigado! Feliz Ano Novo

 

 

Olá Guajará!

Que massa. Bom saber que as informações foram úteis! :D

Desejo uma boa trip, boas vibes, a Patagônia é demais, curta cada segundo.

Feliz ano novo!

 

Abraços ::cool:::'>

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  • 4 semanas depois...
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Oi Bruna!

Excelente relato e muito bom para o roteiro que pretendo fazer em abril deste ano, já salvei aqui e vou lendo com mais calma...

Aproveitando que reservei o mesmo Hostel que você em El Calafate (Blá Guesthouse) queria te perguntar como você reservou os passeios.

Eu entrei em contato com o eles e fiz minha reserva, aproveitando para perguntar sobre reservar os passeios (minitrekking e ful day TDP), aí eles me pediram os dados do cartão de crédito (só a pretexto de reserva, sem debitar).

Com você foi assim? Acha que é seguro?

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Oi Bruna!

Excelente relato e muito bom para o roteiro que pretendo fazer em abril deste ano, já salvei aqui e vou lendo com mais calma...

Aproveitando que reservei o mesmo Hostel que você em El Calafate (Blá Guesthouse) queria te perguntar como você reservou os passeios.

Eu entrei em contato com o eles e fiz minha reserva, aproveitando para perguntar sobre reservar os passeios (minitrekking e ful day TDP), aí eles me pediram os dados do cartão de crédito (só a pretexto de reserva, sem debitar).

Com você foi assim? Acha que é seguro?

 

Olá Fred!

Que bom que o relato irá te auxiliar com sua viagem.

Quanto à reserva de passeios com o Blá Guesthouse, não me foi solicitado nada, apenas meus dados pessoais (nome, data de nascimento, local de onde estava vindo a Calafate, etc), mas não fiz full day ao TDP, não sei se é alguma exigência devido a estar no Chile e necessitar algum trâmite. Mas o hostel pareceu bem confiável. Quem me respondia era sempre a Marisol, gente boa ela.

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