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6 Noites em Fernando de Noronha - Abril de 2010


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  • Colaboradores

Salve galera!

 

Recém cheguei de 6 noites em Noronha!

 

Cheguei em Recife às 23:55. Peguei um carro na localiza que me custou ao fim de todas despesas $52 (seguro meu cartão de crédito já dá, foi $40 da diária do pé de boi + 0,46/km +10%. Alcool não foi preciso pois o ponteiro nem mexeu) e fui pro motel Lemon. Ótima pedida. $120 pelo pernoite na suíte mais simples que por sinal tem banheira digital, 2 lcd, home, notebook, cafézão incluso... Valeu pra carai!

 

Depois de umas fotos em Boa Viagem (linda!) paramos pra almoçar no carrefour e aproveitamos para completar nossa cota de bagagem com bebidas e comidas devidamente encaixotadas.

 

Praia de Boa Viagem:

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A vista da chegada no lado esquerdo é espetacular. Só perde pra Los Roques de tudo que já vi.

 

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O táxi cobrou $17 pra levar até a casa da Iris, reservada previamente. O quarto é ótimo, limpo, amplo, banheiro no capricho com box, frigo, ar split, $50 por cabeça. Ela troca as toalhas e dá uma geral no quarto todo dia.

 

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Passei na Atlantis que teve a cara de pau de pedir $306 por uma saída com 2 imersões (batismo é pouco mais barato, mas é só uma imersão). A Noronha Divers pediu $280 no dinheiro no balcão! O Valdecy, da agência Costa Azul, pediu R$ 255 nas 2 imersões pela Noronha Divers!

 

Jantei no Ousadia. $30 o quilo, não é grandes coisas, mas me quebrou o galho vários dias...

 

No 2o dia acordamos as 8h, ainda cansados por ter dormido tarde com o agrave do fuso.

 

Café made in carrefour, bolsa de equipamentos arrumada, protetor passado e antes das 9 estávamos no ponto de ônibus.

 

Fomos ao porto. Os barcos em geral já tinham saído. O objetivo era fazer snorkel no naufrágio e depois assuntar pelas 11h quando os barcos chegassem.

 

Praia do porto:

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Snorkel maravilhoso! Dizem que o porto é um dos melhores points pra quem sabe fazer snorkel (não pra quem não sabe onde procurar vida. Para estes as piscinas são melhores).

 

Vi cardumes enormes! Sabe o que é em todo seu raio de visibilidade você não ver fundo de mar, só ver peixe? Eu também não sabia o que era isso. Agora sei!

 

Achamos também uma escavadeira afundada. Soube que uma raia a habita, mas não estava em casa.

 

Ainda quando entrava na água vi golfinhos onde os barcos estavam ancorados. Com tantos peixes fiquei otimista de trombar um e nadei até os barcos. Aja perna! Mas não foi dessa vez...

 

Ao sair da água chegavam de volta os barcos. Aproveitei pra abordar o pessoal da águas claras. Já cheguei intimando se mergulhador pobre tinha vez com eles. Responderam na lata que quem é mais barato é a noronha... Olha o barco deles e olha o nosso disseram! Como meu interesse é no fundo do mar e não no barco, e não creio que a noronha tenha o equipamento de segurança sem qualidade, fui mesmo pela noronha.

 

Antigamente o pessoal gostava de ver os pescadores alimentar tubarões no porto. Agora estão proibidos. Que bom né? Melhor eles continuarem caçando peixes do que se habituarem com carninha boiando hehe.

 

Aproveitamos para conhecer todas as atrações da região do porto: capela, espaço air france (fazem ali artesanatos lindos com latinhas derretidas), buraco da raquel (não pode mais descer lá) e o museu do tubarão.

 

Vista da capela

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Espaço air france

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Almoçamos na barraca da tia regina, a primeira quando pisa na praia do porto. Um baita peixe grelhado com salada por R$23! Recomendo muito! Sem contar que a Regina é 10! O filho dela faz guia pro atalaia, mas me pediu o mesmo valor que as agencias pedem.

 

Passei na agencia naonda e em outra por lá, mas não consegui nenhuma pechincha para passeio de barco ou locação de câmera estanque.

 

Não estava muito disposto a pagar $60 para passar de barco na frente das praias de dentro e nadar meia hora no sancho. Dependendo do ponto que fosse o mergulho, veria o mesmo de graça, a caminho.

 

Peguei carona com o caminhão da atlantis até a vila do trinta e depois outra carona até a vila dos remédios.

 

Carona é o melhor transporte em noronha. Ninguém nega uma vaga a um dedo estendido lá! Assim sendo, é ridículo pagar R$100 pela diária do bugguie e R$ 3,80 pelo litro da gasolina, perdendo a oportunidade de fazer amigos e ser ecologicamente correto...

 

Fui na pousada deixar a tralha. Eram 16h já. Fui na praia do cachorro que é pertinho. Lindo o canto direito. Subi no forte ao lado. Vista linda. Com um pouco de paciência conseguimos ficar a sós no alto do forte e de lá da pra ver com antecedência se alguém for subir... Não preciso continuar esta dica né? hehe

 

O som do reggae me conduziu até a pizzaria. A partir das 23 começa a banda. Mas ainda era cedo, estava vazio, e aproveitei pra assuntar por um guia para o atalaia.

 

Papo vai, papo vem, e fizemos uma amiga nativa que se propôs a fazer uma trilha especial com a gente.

 

Saí em busca de uma câmera. As agências cobram 70/60. Os avulsos 60/50. Perguntei por alguém a Iris e em minutos chegou o Jerry (96887247/87749613/81714690). Ele pediu 50. Mandei 120 por 4 dias e ele topou! Ele faz passeios, aluga buguie e moto, etc. Nos ofereceu pegar o bugguie na 2a cedo e entregar a tarde no aeroporto na 3a por $100, uma opção interessante pra aproveitar bem o último dia que é curto.

 

No 3o dia saímos com o ônibus das 7 rumo ao mirante dos golfinhos. Quanto mais cedo melhor pra ver. Vimos vários.

 

Vista do mirante dos Golfinhos:

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Bichinho típico de Noronha, o mocó, avistado no mirante:

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Trilha até o Sancho:

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De lá fomos rumo ao sancho onde fizemos snorkel. A idéia era atravessar com a cara na água até a baia dos porcos, mas o mar foi ficando agitado passada a piscina e a visibilidade caiu muito. Preferimos guardar perna e voltamos. Já estava pensando que de fato o porto foi melhor quando avistei uma grande moréia verde e um linguado. Outros viram raia. Nenhuma tartaruga. No porto vimos 3 tartarugas.

 

Linguado:

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A trilha pelo costão rumo aos porcos está fechada, mas encaramos mesmo assim pra não ter que subir tudo.

 

Não recomendo a quem não tiver acostumado a aventuras com boa dose de emoção, até que arrumem a trilha.

 

Chegada da trilha na baia dos porcos:

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Piscina na baia dos porcos; proibido entrar:

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Atravessamos pelo costão até a cacimba onde tomamos um banho gostoso. Mar para surf nessa época.

 

Seguimos pela areia até a praia do bode, passamos pela praia do americano, boldró e aí começou a chuva que durou o tempo exato da travessia pelas pedras até a praia da conceição.

 

Estava carregando equipamento para 2 e algum peso morto e resolvemos que chegava de caminhar nas pedras, de forma que deixamos pra depois o snorkel na piscina atrás da pedra de fora.

 

A idéia original era ir desde a conceição até a praia do cachorro sempre com a cara na água, mas o mar não permitiu.

 

Tomamos um banho na piscina do cachorro onde também é chamado de buraco do galego e, exaustos, subimos pra almoçar no restaurante do jacaré. $15 livre, comida até que boa.

 

A colega que foi com a gente na trilha foi ótima. Ela tinha se oferecido pra ir na camaradagem. Achei isso legal e imaginava que ela aceitaria o que viesse a título de reconhecimento, mas no final não aceitou receber. O máximo de reconhecimento que consegui fazê-la aceitar foi um almoço.

 

Para as trilhas fora da área denominada de parque como a que vai ao atalaia ou ao capim açu, não precisa de guia. Se for pra você ir com esses guias que fazem de tudo pra conseguir te empurrar os produtos deles e dizer que não dá ou não vale a pena o que eles não trabalham é melhor ir sozinho.

 

Agora se você conseguir uma pessoa legal e que conheça bem os locais pra te acompanhar irá aproveitar muito mais.

 

Se tiver condições leve uma bota/sapato de mergulho, daqueles de neoprem. Escolha um com a sola igual a de tênis, que não escorregam. É o melhor calçado para as trilhas e você entra na água com ele. O nosso foi muito útil e assim evitamos carregar tênis, chinelo, ficar naquele tira e põe.

 

Fora isso carregue na mochila apenas a nadadeira, a máscara, o dinheiro num porta moedas estanque ou enrolado em saco plástico, água, umas barras de cereais, câmera estanque, óculos de sol, boné e protetor solar.

 

Se puder trazer o seu snorkel, máscara e nadadeira, é vantagem. Os locados costumam ser surrados e pouco confortáveis.

 

Não alugam nadadeiras abertas, dessas que usa com a bota/sapato e que são muito melhores de colocar e tirar dentro da água, além de serem ajustáveis e não machucar os pés.

 

Se você costuma ir à praia e puder investir compre uma destas câmeras digitais olympus a prova de água até 10m e 3m de choque. Serão muito úteis no snorkel e na praia. Só não vão servir no mergulho com cilindro. Me flagelo toda vez que lembro que deixei de comprar uma por R$ 250 novembro passado em San Andres porque não me serviria pro mergulho. Verão que a qualidade das fotos, batidas na câmera com caixa estanque que aluguei, deixam muito a desejar. A caixa estanque embaçava por dentro a todo tempo e não dá pra ver direito o que saiu na foto com a câmera dentro da caixa.

 

O cansaço pós trilha foi grande e depois do almoço prolongamos a lomba.

 

A noite fomos à palestra dos tubarões. É imperdível! O Leonardo, que dá esta palestra normalmente, é muito didático e engraçado!

 

No 4o dia cedo saímos para mergulho com a Noronha Divers.

 

Pela Noronha saem os certificados pela manhã e os batismos a tarde. Questionei o preço oferecido pela agência costa azul, abaixo do deles, e confirmaram. Fizeram o preço da costa azul: $255. A princípio tinham me pedido para uma saída 270 no cash, sem a roupa 260 (não fez falta nenhuma a roupa de borracha. lá é quente e sou acostumado com água fria!). A cada saída adicional cai $10 o valor por saída.

 

O movimento da Noronha Divers é bem inferior ao das outras. No dia anterior nem tiveram saída para certificados. Quando fomos, éramos só nós.

 

Estavam rolando saídas para o mar de fora, mas recomendavam um dramim já que o mar estava agitado. Pessoas que conversei, que recém mergulharam no mar de fora e de dentro, disseram que isso não prejudicava o mergulho no de fora, mas que a correnteza estava forte.

 

As operadoras alegam não ser possível escolher o local, que é o ibama que determina pela manhã. Depois, tentam te atender nos seus pontos de interesse pra te convencer a uma 2a saída. Então o lance não é tão rígido assim.

 

Disseram pela manhã que iríamos fazer a caverna da sapata e a laje dois irmãos. Foi bom pelo passeio de barco já que ficam na ponta da ilha, percorrendo todo mar de dentro.

 

A caverna é bonita, rendeu boas fotos de dentro dela. Vimos também muitas barracudas grandes. Mas o mero que dizem habitar a região estava passeando...

 

Foto de dentro da caverna:

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Aí aconteceu algo que me desagradou. O plano era ir até a caverna a 25m e voltar a 17, profundidade da caverna, mas na saída da caverna a correnteza forte e a insistência do instrutor em seguir o plano lutando contra nos consumiu meio cilindro e o mergulho acabou com 30 min. Isso ainda porque depois de identificar o consumo de quase 80 bar esbaforido contra a correnteza e sem o instrutor sequer olhar pros meus acenos, resolvi mudar o plano por minha conta. Aí ele me seguiu.

 

Eu não tinha as informações sobre o impacto no resgate pelo barco em curtir o mergulho com a correnteza nos levando, o conhecido drifty, mas o resgate foi tranqüilo e me pareceu falta de experiência do instrutor o ocorrido.

 

Aos menos experientes ressalto que mergulhar com correnteza não necessariamente é um problema. Na verdade é uma modalidade. Exige um melhor controle de flutuação para desviar dos corais, mas poupa muito ar já que você não nada, simplesmente cruza o braço e a correnteza te leva. Ao final você lança um sinalizador à superfície e o barco vai ao seu encontro.

 

No 2o mergulho vimos um pequeno tubarão cabeça chata (o mais agressivo) e uma bonita moreia verde, o que me animou um pouco...

 

Mais fotos do mergulho:

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O mergulho foi bom... É, bom... Devido a serem situações bem diferentes, fica difícil comparar, mas achei o mergulho em Noronha bem inferior aos que fiz em San Andres, Los Roques e Bonaire. Esperava ao menos que fosse o melhor do Brasil, mas o meu primeiro batismo em ilha grande continua sendo o meu número 1 por aqui.

 

Mas quem mergulha sabe que vai muito da sorte... O mesmo mergulho no dia seguinte poderia ter sido maravilhoso.

 

Ponderado o custo/benefício, arraial do cabo ficou acima também. Tudo bem, noronha tem mesmo que ser caro. Pagam taxa até para espirrar lá, mas não posso levar isto em conta na minha análise.

 

Quando falo de custo/benefício, Considerem também que eu consigo ir e voltar pra Bonaire, meu lugar preferido, gastando R$ 800 de passagens. Isso me faz achar muito caro gastar o mesmo valor com 3 saídas em Noronha.

 

A lomba de depois do almoço foi estendida, pois acordamos com ventania e um pé dágua.

 

Se puder ir até março é o ideal, apesar disso foi a única vez que o clima nos limitou fortemente de fazer algo. Dizem que após Setembro o mar de dentro vira uma lagoa de tão parado.

 

Acordei com uma dor de cabeça do cão, febre, e o intestino que desde o dia anterior andava rebelde, desandou de vez. Aí comecei a entender a razão de eu ter chamado o hugo pela primeira vez em uma embarcação. Fui vítima de alguma comida estragada...

 

A chuva que caiu até o final da manhã do meu 5º dia na ilha coincidiu com o tempo que precisei pra me recuperar.

 

Depois do almoço rumamos ao sueste. Foram 3 caronas até lá. Uma até o ibama, outra até o aeroporto e outra até o sueste.

 

Em nenhum momento recusamos pagar um ônibus, é que sempre conseguimos carona antes do ônibus passar mesmo. Conseguimos carona até para subir as ladeiras em Noronha. O melhor lugar pra pedir carona é junto aos obstáculos (tartarugas), afinal, gasolina é cara lá e assim você ajuda a quem te ajuda. Não tenha vergonha! Estique o seu dedo e grite o seu destino sempre que passar um carro. Não esqueça que os ônibus dão a volta nas praças de cada vila. Os carros não, passam reto pela BR, portanto se posicione na BR.

 

O sueste não é a praia mais linda, mas é uma piscina, com cerca de 90cm de fundo, cheia de tartarugas, onde só pode entrar na maré alta, e com colete, para poupar de pisadas os corais rasteiros onde elas se alimentam.

 

A água estava bem turva. Não mais que 4m de visibilidade, e mesmo assim teve 2 momentos que vi 4 tartarugas ao mesmo tempo. Teve uma enorme, com cerca de 1m de comprimento que surgiu em baixo de mim. Foi um susto espetacular!

 

Na volta do sueste mais chuva e desanimamos para fazer a trilha até o leão... E mais 2 caronas pra casa...

 

Praia do sueste:

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Tartaruga no sueste:

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No 6º dia pegamos um bugguie logo cedo. Locamos ele com o marido da Iris, o Maciel, já que o Jerry estava com os dele locado. Ele fez o mesmo valor que eu tinha tratado com o Jerry: R$ 100 para entregar no dia seguinte somente as 15h no aeroporto. O Maciel tem uma oficina de bugguies.

 

A idéia era aproveitar melhor o dia da partida, e foi o que ocorreu, já que como lerão abaixo, no dia que pegamos o bugguie quase nem usamos ele!

 

Na retirada do bugguie ele nos recomendou colocar uns 20 litros.... Colocamos 10 litros. Deu e sobrou! Segundo o frentista, os bugguies fazem cerca de 6km/l e, do posto, que fica em um extremo da ilha (perto do porto), até o sueste, que é no outro extremo, são menos de 10km. Uma sugestão para não deixar muito deste liquido precioso e não andar com medo de ficar sem combustível é encher uma garrafa de 2l, que te serviria como uma reserva em caso de ficar sem combustível. Os bugguies sempre são entregues com combustível suficiente apenas para chegar ao posto e certamente é pratica de todos os locadores secar o combustível deixado pelos turistas. O posto fica aberto apenas em horário comercial e os locadores sempre lhe propõem a gentileza de já te entregar o veículo abastecido....às suas custas é claro. Assim sempre ganham um pouquinho mais....

 

Os bugguies em geral apresentam mal estado. O nosso não tinha limpador de pára-brisas e no painel não funcionava nada, nem marcador de combustível, nem velocímetro, nem piscas. Era eu o farol e Deus mesmo hehe.

 

Abastecemos o bugguie e fomos conhecer a piscina da caieira, que fica logo atrás do posto. Esta piscina é o final da trilha longa do Atalaia. Entramos nela as 11h, sendo que o pico baixo da maré neste dia seria as 14:30h. Já estava um pouco rasa, mas ainda foi em tempo de aproveitar bastante a piscina!

 

Tudo em Noronha gira em torno das marés e não há como precisar qual horário é ideal já que os horários das marés mudam todos os dias. Também não há como precisar que o horário ideal é o de pico da maré baixa, por exemplo, pois os picos também mudam. Há dias em que o pico da maré baixa é 0,1m e há dias em que é 1,0m. O que dá pra dizer é qual é a profundidade ideal de cada ponto conforme a maré.

 

Para a piscina da caieira, já que entramos 3,5h antes do pico da maré baixa, e naquele dia a maré baixa teria 0,5m, eu chutaria que o ideal para esta piscina é entrar nela com algo em torno de 1,2m. Muito mais que isso as pedras que fazem a piscina ficam submersas e conseqüentemente não é mais uma piscina. Passa a ter ondas, repuxo, correnteza dentro. Muito menos que isso, fica muito raso, e você não consegue nadar.

 

Outra observação é que o ideal é chegar no momento em que a maré está com cerca de 1,0m, mas enchendo, e não esvaziando, pois quando a maré esvazia cria-se uma correnteza que te puxa na direção de onde a água escoa, o que é desconfortável. Além disso, é melhor chegar com a piscina ainda um pouco rasa e esperar ela encher um pouquinho mais, do que o contrário. Mas claro, conforme o regime da maré no dia em que você for, isso pode nào ser viável, por ser muito tarde ou noite por exemplo.

 

Enfim, a piscina da caieiras é linda! Muita vida, muitas cores. Vimos muitos peixes, tubarões, polvo, lagostas.... Mas pelo amor de Deus, PRESERVE-A. Ela tem o fundo todo de corais, nada de areia. Não é preciso nadadeira dentro desta piscina, só atrapalha e destrói. Se você não tem intimidade com o snorkel, prefira a piscina do Atalaia, que tem boa parte do fundo arenoso, e você poderá botar seus pés no chão sempre que tiver qualquer dificuldade. Colocar os pés no chão na piscina da caieiras é um verdadeiro CRIME, além de um risco para os seus pézinhos.

 

Muitos peixes:

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Polvo:

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Esse se camuflava lindamente em meio a vegetação amarela:

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Peixe papagaio dos grandinhos:

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Com a piscina já ficando rasa demais resolvemos sair pra não causar nenhum dano. As informações em Noronha são muito controversas. No posto nos disseram que na piscina da caieiras não tinha muito o que ver. No museu do tubarão disseram que lá só podia ir com guia. No meio de tantas informações controversas e equivocadas, resolvemos seguir fazendo trilha pelas pedras até a piscina da pontinha, que é a piscina que os guias levam depois do atalaia pra quem faz a trilha longa. Depois entendemos que estávamos fazendo a trilha longa do atalaia no sentido inverso e sem guia.

 

No caminho penoso, andando sobre pedras de tamanho médio, em que cada pisada tem que ser bem calculada, a maré baixa ia nos revelando varias pequenas piscinas e belas formações:

 

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A piscina da pontinha, mesmo em horário cuja maré devia estar com cerca de 0,7m, que era baixo demais pra piscina da caieira, tinha água suficiente para nadar. É muito bonita também. Lá cruzamos os guias que vinham do Atalaia, e que já vieram dizendo que não poderíamos estar ali sem guia e que deveríamos voltar.

 

No entanto, enquanto fazíamos snorkel na piscina da pontinha, contemplávamos também a destruição da piscina da pontinha pelas tiazinhas que estavam com o guia, e não tinham a menor intimidade com um snorkel. O guia assistia junto, e comia bolacha. ::prestessao:: Fica aqui a denuncia da falta de eficiência na gerencia do parque, o que não justifica a nossa atitude em ter feito a trilha sem guia.

 

Fotos na piscina da pontinha:

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Ao sairmos da piscina da pontinha seguimos adiante na trilha no sentido inverso.

 

Subimos a trilha pelo costão e fomos caminhando a esquerda pela beirada do costão. Esta parte da trilha não fica bem demarcada no chão, mas não tem grandes mistérios. Quando avistamos a formação chamada de "caverna do capitão kid", bem bonita por sinal, percebemos que lá vinha um rapaz com rádio na cintura em nossa direção, provavelmente informado pelos guias da nossa presença.

 

Caverna do capitão kid:

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Mas como em Noronha tudo é relax, explicamos a ele que havíamos nos enganado, que tínhamos sido informados que só para trilha do atalaia precisava de guia e que não sabíamos que o que acabamos fazendo era a trilha do atalaia inversa, e, após um leve puxão de orelha, ele acabou sendo o nosso guia pelo restante da trilha, até o portão de entrada oficial, na vila do trinta. Só não conhecemos mesmo a piscina do Atalaia.

 

A trilha do atalaia deve ser agendada no dia anterior, até as 16h. Pode arriscar ir sem reserva, mas se encherem todas turmas dança. Na baixa temporada disseram que nunca ficam todas turmas cheias, e, de repente, chegar no portão de entrada, e lá encontrar um guia que já esteja descendo com uma turma (cada guia pode ir com até 6 turistas), seja a opção mais interessante para reduzir a despesa com este serviço que lhe oferece muito pouco em troca.

 

São 6 turmas diariamente. O horário muda conforme a maré. Pra quem faz a curta a melhor é a última turma, pois pode ficar mais tempo na piscina do atalaia. Pra quem faz a longa as primeiras são melhores, pois aproveita a maré baixa nas outras 2 piscinas.

 

Tanto na curta quanto na longa a chegada ao atalaia é pelo mesmo caminho e, se choveu muito no dia anterior, eles não deixam descer porque fica muita lama e escorrega, alem da água ficar turva. Ao que entendi o agito do mar não afeta as condições da piscina do atalaia.

 

Ao final da minha aventura, todo enlameado, não tive coragem de pedir carona, e fiz um cooper pela estrada até o bugguie, enquanto a patroa esperava na vila do trinta com o equipamento de mergulho.

 

A noite aproveitamos o carro pra procurar um lugar diferente pra comer, mas depois de olharmos algumas opções caríssimas, acabamos na pizzaria, comendo uma pizza meia lagosta meia polvo, que foi uma boa pedida.

 

No nosso 7º e derradeiro dia em Noronha, havíamos combinado no dia anterior com o Zezinho (3619-1015 / 9990-3720) de fazer o Planasub, vulgo pranchinha, ás 9h. Ele nos cobrou R$ 50 por pessoa e disse que nos faria esse preço porque não teria agencia no meio. Disse que as agencias nem isso repassam a ele. O conhecemos assuntando pelo porto. Aliás, o responsável pelo porto se chama Bita. Ele é meio atarefado, mas é gente boa, pode ser uma opção para dar informações precisas sobre quem faz o que por ali.

 

O planasub foi demaaaais. A velocidade é baixa, segundo o barqueiro não passam dos 5km/h, mas mergulhado dentro da água a sensação é mesmo de estar voando. De quebra eles ainda ficam circulando a região do naufrágio. É muito lindo! Eu mesmo só subia pra respirar e já afundava de novo. Sem bater perna e nem braço o fôlego dura um monte submerso e vi com detalhes tudo que tive alguma dificuldade de ver fazendo mergulho livre no naufrágio no primeiro dia! Nota 10!

 

Do planasub tocamos para a praia do Leão. O carro foi conveniente aqui, pois não perdemos tempo caminhando na estradinha de terra que liga o sueste ao leão. Chegamos lá pelas 11h, pico baixo da maré seria às 15h, mas as piscinas já estavam muito secas. Quase não aproveitamos. Mesmo com a maré bem baixa já, as ondas ainda estouravam pra dentro das piscinas, ou seja, com a maré cheia não rola entrar nas piscinas do leão. Calculo eu que algo em torno de 1,2m também seja o ideal no leão. Mas a praia do leão é um lugar pra passar o dia todo! Muito linda!!!

 

Praia do leão:

 

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Piscina do leão:

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A facilidade de estarmos de carro aqui nos fez aproveitar pra das uma passadinha no mirante da ponta das caracas, que fica numa bifurcação a caminho da praia do leão.

 

Mirante:

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Ainda na volta passamos no forte do boldró. Estava tudo fechado lá, pois pelo visto o movimento lá é mesmo no horário de por do sol. Como não tivemos nenhum dia de céu 100% limpo, a vista do por do sol no boldró vai mesmo ter que ficar para a próxima!

 

Forte do boldró, ruínas, bem arruinadas:

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Vista do forte:

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Era o fim da linha em Noronha! Só nos restava tempo para arrumar as trouxas e embarcar!

 

Na chegada em Recife pegamos novamente o carro na Localiza.

 

Tocamos direto para o motel Lemon no intuito de deixar uma suíte reservada para o pernoite, já que era véspera de feriado e lá são só 20 suítes, sendo que eram 18h e o pernoite seria liberado às 20h. Chegando lá disseram que não fazem reservas, nem pagando adiantado, mas fizeram uma proposta indecente: que pagássemos 1 hora adicional (R$ 120 do pernoite + R$ 29 da hora adicional) para que fizessem a reserva.

 

Fomos então para o Motel Fidje (R$ 110 o pernoite, tudo novinho, banheira eletrônica, 2 chuveiros, um baita LCD, computador no quarto, incluso café ou jantar, cardápio com preços justos - diferente do lemon), ali pertinho, onde o pernoite já tinha sido liberado desde as 14h e foram bem mais flexíveis conosco.

 

Depois de um banho de banheira no capricho, deixamos o quarto pago e saímos para jantar no Parraxaxá. Restaurante por kg, sugerido pela Adália (obrigado novamente!), com muitas opções de comidas típicas. Nota 10!

 

Os planos de acordar bem cedo e conhecer Olinda foram sucumbidos por uma manhã preguiçosa e confortável. Recife, aguarde por mim!!! Volto em breve!!!

Editado por Visitante
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  • Colaboradores

Galera,

 

Relato concluído! Qualquer dúvida existente após uma boa leitura do tópico de perguntas e respostas de Noronha é só dizer! Será um prazer se eu puder ajudar.

 

Segue o link do tópico de perguntas e respostas, que aliás é o lugar ideal para colocar duvidas que surgirem:

 

fernando-de-noronha-perguntas-e-respostas-t2680-315.html#p464696

 

São mais de 20 páginas, mas garanto que valeu muito a pena para mim ler cada uma das páginas!!

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  • 2 semanas depois...
  • Colaboradores

Oi Glauber, vou postar aqui porque não é necessáriamente uma pergunta sobre Fernando de Noronha.

 

Como eu sei que você conhece os três lugares, gostaria que você fizesse uma pequena comparação, tipo assim... qual te impressionou mais, melhor mergulho, preço...

 

Los Roques

San Andrés

Fernando de Noronha

 

Conheci Los Roques e me amarrei. Imagino que San Andrés tenha mais estrutura e Fernando de Noronha, apesar de ser no Brasil, nunca consegui achar voôs para lá através de milhas, portanto se tivesse que comprar a passagem sairia mais caro.

 

Valeu!!!!

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  • Colaboradores
Oi Glauber, vou postar aqui porque não é necessáriamente uma pergunta sobre Fernando de Noronha.

 

Como eu sei que você conhece os três lugares, gostaria que você fizesse uma pequena comparação, tipo assim... qual te impressionou mais, melhor mergulho, preço...

 

Los Roques

San Andrés

Fernando de Noronha

 

Conheci Los Roques e me amarrei. Imagino que San Andrés tenha mais estrutura e Fernando de Noronha, apesar de ser no Brasil, nunca consegui achar voôs para lá através de milhas, portanto se tivesse que comprar a passagem sairia mais caro.

 

Valeu!!!!

 

Thiago,

 

Sobre ir com milhas para Noronha, a dica é ir pessoalmente a uma loja tam no dia que antecede exatamente 3 meses a data que quer voar, já que os assentos são liberados com 3 meses de antecedencia.

 

Noronha é um destino muito legal. Tivemos um pouco de falta de sorte pois o periodo que estivemos lá era época de chuva e consequentemente não tivemos um único dia de céu 100% aberto que nos proporcionaria aquelas imagens que estamos acostumados a ver nas revistas. Fizemos também apenas 1 saída de mergulho que não foi das melhores como pôde ler. Pesa contra Noronha os custos altos com estadia, alimentação, passagens e principalmente os burocráticos do tipo taxa ambiental, guia para trilha, enfim, esses que não te dão nenhuma contrapartida.....Deu para perceber que Noronha é o meu 3o destino desta lista né...rs

 

Los Roques tem o mar mais lindo que já conheci, mas acima de tudo o esquema roots de andar pela aquela vila de pessoas simples, sem carro, sem asfalto e especialmente o lance de poder escolher uma ilha pra você passar o dia a sós, me faz eleger Los Roques como o destino de melhor benefício entre os 3 listados, porém o custo de Los Roques consegue superar o de Noronha, em especial devido às estadias que são caras, a não ser que você se disponha a encarar um camping ou uma pousada da Magali, que definitivamente foi a pior parte da minha estada em Los Roques. Numa próxima vamos nos dispor a pagar uns US$ 150 por dia do casal e ficar num lugar baita! Em noronha pagamos R$ 100 por dia do casal em um lugar bem legal.

 

O mar de San Andres não perde para Los Roques não. Os mergulho foram tão bons quanto, porém bem mais baratos! Paguei R$ 650 por 6 imersões inclusas no curso avançado que fiz!!! Encontra-se estadia barata em San Andres, a infra estrutura é boa, existem promoções aéreas onde você compra Bogotá- San Andres ida e volta por menos de R$ 400 e ir com milhas para Bogotá é uma delícia, diferente de Caracas que tem aquele aeroporto nojento. Por estas e outras elegi San Andres como o destino numero 1 destes 3 para um retorno futuro.

 

Ademais já que me perguntou pela ótica do mergulho, tem um outro destino que me coça demais as mãos para um retorno: Bonaire, com certeza é o top dos top places para mergulhar na minha opinião!

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  • 8 meses depois...
  • 1 mês depois...
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Olá Glauber,

 

Tudo bom? "Conheci" vc no tópico sobre Los Roques e aqui estou te acompanhando em suas viagens..., aliás, tô adorando o do inverno europeu.

 

Enfim, se puder, me passa o tel da Casa da Iris em Noronha, achei o preço que vc falou excelente, considerando, principalmente a qualidade da pousada.

 

Obrigada.

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  • Colaboradores

Oi Bruno! Que bom que meu relato te ajudou! Saudade e Noronha.... Boa Viajem!

 

MCDT, lembro de vc sim no tópico de Los Roques!

 

Não tenho mais o fone da Iris, mas coloca "Iris" no buscador to tópico de perguntas e respostas de Noronha que aparece. Pensei que tinha colocado neste tópico. Se você encontrar e puder colocar aqui te agradeço!

 

O post dass aventuras no inverno europeu estão só começando! A viajem foi muito doida!

 

Até mais!

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  • 8 meses depois...
  • 11 meses depois...

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