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BOLÍVIA – CHILE – PERU EM 23 DIAS (ABRIL/2016) POR $ 1.300,00 DÓLARES NA VIAGEM


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CAP.9: Cruzando a fronteira do Peru pra chegar em Arequipa

 

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08/04/2016

 

[Você pode ler esse relato ao som de A Estrada]

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)

 

OBS: Como esse post é um post de transição/locomoção, infelizmente, terá pouquíssimas fotos.

 

Pegamos o ônibus em San Pedro de Atacama às 21:30 e rapidinho apagamos de tão cansados que estávamos. A viagem foi bem tranquila sem qualquer tipo de problema. Chegamos em Arica por volta das 8:30 da manhã e já fomos nos direcionando para o terminal de táxis internacionais.

 

OBS: Para atravessar a fronteira de Arica pra Tacna (chegada ao Peru – imigração) você tem duas opções:

 

1. ÔNIBUS: 2.000 pesos por pessoa

 

2. TÁXI DE DENTRO DA ESTAÇÃO (tem uma rodoviária pequena do lado da rodoviária que você desce): 4.000 pesos por pessoa para 5 passageiros (os taxistas, às vezes, esperam encher os 5 passageiros).

 

Em ambas as opções é preciso pagar uma taxa de embarque de 350,00 pesos por pessoa.

 

Optamos pelo táxi por ser mais rápido. Imagina você entrar num ônibus com 40 pessoas e esperar todas passarem pela imigração. Haja paciência, né? Apesar de mais barato, ir de ônibus seria uma economia burra, então, fomos direto para o terminal de táxis internacionais sem nem titubear.

 

OBS.2: Assim que você sai da rodoviária que você chega, atravessando a rua, você verá vários táxis parados e alguns até com plaquinhas de internacional. NÃO pegue nenhum desses táxis, opte por pegar os táxis de dentro do terminal que são autorizados.

 

Saia da rodoviária que você chegou, atravesse a rua e ande mais um ou dois minutinhos e você verá um terminal pequeno, cheio de lojinhas e táxis. Entre nesse terminal e se dirija a um dos táxis. Geralmente é legal você ir em grupo, por segurança e comodidade. Segundo relatos, alguns taxistas esperam o carro encher com 5 pessoas (às vezes, pessoas aleatórias), nós fomos só nós quatro mesmo!

 

Chegamos no terminal de táxis internacionais e ficamos meio perdidos sem saber se deveríamos ir em alguma lojinha ou direto no taxista. Acabou que um taxista veio até a gente perguntando se era pra ir pra Tacna e dissemos que sim. Ele cobrou 4.000 pesos pra cada (1.000 pesos a mais que o valor que o Rodrigo tinha pagado há 1 ano atrás, mas tudo bem, pensamos que poderia ser a inflação ou que era porque estávamos indo só quatro, talvez se fossem cinco seriam 3.000 pesos... ah sei lá! To especulando hipóteses pra colocar a culpa em alguma coisa e não parecer que fomos enrolados hahahahaha).

 

Enfim, concordamos com o valor de 4.000 pesos e fomos logo colocando os mochilões na mala do carro. Entramos crente crente que já íamos sair e o taxista pediu os passaportes. Nessaaaa hora geral se olhou como quem pergunta: Damos o passaporte ou não? Aí demos o passaporte meio querendo não largar, sabe? E o cara pediu os 350 pesos da taxa de embarque e saiu do carro. Ficamos apreensivos por 5 ou 10 minutos até ele chegar de volta.

 

Ele pega os passaporte pra fazer nosso formulário da imigração, que é todo bonitinho com informações digitadas e tudo. Aí nos entregou os papéis da taxa de embarque e partimos!

 

Depois de alguns poucos minutos (uns 20 ou 30 minutinhos) chegamos à fronteira do Chile. O taxista parou e pediu pra gente trazer nossos documentos e disse que não precisávamos tirar os mochilões da mala. Seguimos ele e foi tudo muitoooo tranquilo mesmo. Ele ficou na fila com a gente, cada um passou seu passaporte e o formulário de imigração do Chile (aquele que você ganha quando entra no país, sabe?) e depois o taxista pediu pra gente esperar ele atrás da cabine de imigração.

 

Ele se dirigiu à outra cabine e mostrou os documentos do carro e a carteira de motorista dele e foi lá buscar o táxi. Os policiais abriram a mala do carro deram uma olhadinha que nem a cara deles e deixaram o táxi passar. A gente entrou e seguiu viagem até Tacna (fronteira do Peru).

 

Depois de mais ou menos uns 40 minutos chegamos em Tacna (o trajeto total de Arica à Tacna dura em média 1 hora). Chegando em Tacna já ajuste seu relógio para duas horas a menos que o Chile. De cara já vimos aquele monumento famoso com a logo do Peru e deu uma felicidade. Já era nosso terceiro país em 8 dias! O taxista parou e pediu pra gente pegar tudo: mochilas de ataque, documentos e mochilões porque passaríamos pela fiscalização do Peru.

 

Chegamos direto e já fomos pro guichê passar nossos passaportes e o mocinho da imigração fez umas perguntas sobre nossos sobrenomes (pra eles é engraçado a gente ter mais de dois sobrenomes aí eles perguntam qual é o do pai e qual é o da mãe) e sobre quantos dias ficaríamos no Peru. Tudo carimbado, passamos os mochilões pelo raio-x e ficamos lá fora esperando o taxista.

 

Ele demorou uns 10 minutos porque teve que passar os documentos dele de novo pela fiscalização e dessa fez a revista dentro do carro foi mais intensa. Entramos no carro e dali da imigração até a rodoviária de Tacna foram mais uns 20 ou 30 minutos. Chegando lá na rodoviária pagamos o taxista e ele nos informou onde era o terminal de ônibus que ia pra Arequipa.

 

Entramos dentro do terminal que eles nos deixou e vimos várias mesinhas de câmbio estilo bolsa de valores, sabe? Massss, bem pobrinha! Hahahahaha Aí fomos de mesa em mesa ver quanto tava a cotação e por incrível que pareça eles aplicam cotações diferentes. Então, dê uma pesquisada antes de sair trocando seu dinheiro!

 

Como não tínhamos soles algum, decidimos trocar o mínimo possível só pra comprar nossas passagens pra Arequipa e pagar o táxi até nosso hostel. Então, trocamos todos os pesos que ainda tínhamos (2.300 pesos) e mais 10,00 dólares o que nos deu um total de 42,50 soles (cotação de 3,33 soles por dólar).

 

Seguimos andando e atravessamos uma rua para ir pra rodoviária do lado, que era da onde saiam os ônibus para Arequipa. Fizemos uma pesquisa mega rápida de valores e horários e decidimos ir pela Moquegua que era a que tinha o horário mais próximo e um valor não tão caro. Pagamos 25,00 soles e saímos às 9:15 com previsão de chegada em Arequipa às 15:30.

 

Esperamos uns 20 minutinhos só e nesse meio tempo arrumamos nossas mochilas de ataque e pagamos a taxa de embarque de 2,00 soles. Antes de entrar eles filmaram nosso rosto para em casos de acidentes em que precisem reconhecer os passageiros! EEEEE lêlê! A gente sentou lá trás nos últimos bancos do segundo andar. O ônibus tinha um cheiro mega estranho, mas a gente ignorou, pegou nosso travesseirinho de dormir e metemos bronca no ronco!

 

Do nada o ônibus para e manda geral descer! PQP! Desce todo mundo, tira todas as malas. Hora de passar por mais uma fiscalização, essa era completamente aleatória porque a mulher nem abriu as malas. Que ódioooo! Todos ficaram esperando o ônibus ser revistado e depois colocamos todas as malas pra dentro, sobe de novo, pega o travesseirinho e dorme de novo!

 

A viagem foi bem chatinha, cheia de curva e parecia nunca terminar, deu 14:00, deu 14:30, deu 15:30, deu 15:45 e nada da gente chegar. Já tinha passado do horário de previsão da chegada e a gente ainda rodando. Sabe aquela empanada que compramos pra viagem lá em San Pedro de Atacama há 1 dia atrás? Então, chegou a hora da gente matar a fome! Foi bem nojento, mas deu pra forrar o estômago. Hahahahaha

 

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Uhullll! Finalmente chegamos em Arequipa! Descemos do ônibus com a cabeça girando de tantas voltas que aquele ônibus deu. Esperamos uns 15 minutos pelos mochilões e enquanto isso a Elisa ficava na fila da Cruz Del Sur pra ver quanto era a passagem pra Ica pra daqui a dois dias. Pegamos os mochilões e a Elisa ainda era a quarta da fila que não andava nunca e adivinha o que aconteceu? O sistema parou! Aí mermão! Decidimos ver essa passagem lá do centro da cidade mesmo e descobrimos que além de uma loja da Cruz Del Sur no centro da cidade ainda tem outras lojas filiadas que vendem as passagens pelos mesmos valores sem qualquer taxa extra.

 

Bom, a gente tava meio tonto ainda da viagem de ônibus e decidimos pegar o táxi dentro da rodoviária mesmo pra ir direto pro hostel. O taxista nos cobrou 8,00 soles então rachando o valor pra quatro pessoas deu 2,00 soles pra cada um. Entramos no táxi e relaxamos até a gente ver que o trânsito é completamente caótico. Caraaaaa! Que medo de morrer! Brotava carro de tudo quanto era buraco e eu já tava vendo a hora que ia vir um carro voando em cima da gente. Ninguém respeitava o sinal, geral buzinando... uma loucura. Enfim, chegamos numa parte um pouco mais civilizada e o taxista disse que os carros só podiam ir até ali, que dali pra frente (Plaza de Armas) teríamos que ir andando. Achamos que era conversinha dele, mas pagamos e seguimos andando com os mochilões nas costas.

 

Como não tínhamos muito dinheiro, decidimos ir fazendo uma pesquisa de preços sobre o passeio de um dia no Cañon del Colca pra ver os famosos condores e fomos perguntando também o horários que as agências fechavam, a maioria fecha entre 19:00 e 20:00. Os preços variavam bem pouquinho entre 40,00 a 55,00 soles por empresa e todas ofereciam basicamente as mesmas coisas (transporte + guia + café da manhã), o almoço e os passeios são a parte. Ah! Conferimos também o horário de retorno do passeio pra gente poder comprar a passagem pra Ica (esse passeio retorna em torno das 17h/17:30).

 

Enfim, seguimos andando em direção ao nosso hostel e já no caminho pudemos ver a beleza da Plaza de Armas de Arequipa. Sem dúvida alguma essa foi a Plaza mais bonita que vimos durante toda viagem. Andamos mais uns 10 minutinhos e chegamos no Hostel Wild Rover (se você quer badalação e festas fique nesse hostel). A nossa diária foi 23,00 soles num quarto com 16 pessoas eu acho, mas no final só tinha a gente dormindo porque o resto tava tudo se acabando de beber e dançar lá embaixo.

 

Como a gente não tinha dinheiro pra nada, perguntamos pro moço da recepção se ele podia segurar nossa vaga, porque precisávamos trocar mais dinheiro e ele disse que sim, que tínhamos que pagar até às 21:00. E, nesse momento adivinhem quem a gente encontrou voltando de um passeio?!? Arthur e Vitor! Caraaaa pensa na felicidade! Geral se abraçando e perguntando um monte de coisa junto. Enfim, eles tavam voltando do rafting e só iam trocar de roupa pra partir pra Cusco, o ônibus deles era às 20:00.

 

Enquanto eles trocavam de roupa, eu e Elisa fomos dentro do bar do Hostel fazer uma pesquisa de opinião se valia ou não a pena fazer apenas um dia de Cañon de Colca. A maioria disse que era melhor fazer logo o trekking de dois dias, mas explicamos que não tínhamos dois dias em Arequipa e nem condições físicas (você desce 15km no primeiro dia e sobe 4km de forma absurdamente íngreme no segundo. Tudo isso na altitude, meu bem! Foi o que me disseram – não fui lá conferir, então confirme essa informação! rs) pra isso. Aí algumas pessoas falaram pra fazer o rafting porque era bem legal e outras disseram que vir até Arequipa e não conhecer o Cañon mais famoso da cidade era idiotice. Aí decidimos fazer um dia de Colca mesmo. Apesar do passeio ser mais dentro do que fora da van, até que valeu a pena.

 

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Os meninos voltaram prontos e fomos todos juntos trocar dinheiro e deu pra matar um pouquinho da saudade, mas ficamos tristes de novo em ter que dizer adeus. Trocamos 400,00 dólares a uma cotação de 3,36 o que nos deu uma bolada de 1.344,00 soles. Aí pra nossa sorte, a empresa que fazia o câmbio também vendia as passagens da Cruz Del Sur e pagamos 115,00 soles num ônibus de leito top que tinha até wi-fi em certos trechos e nosso horário de saída seria às 19:00.

 

Nos despedimos dos nossos amigos com a certeza de que nos veríamos mais uma vez em Cusco. Depois seguimos direto para a agência de passeio chamada Pacha Travel e fechamos um dia no Cañon de Colca por 45,00 soles (achamos a empresa mais séria, mas nossa guia era um saco, ficava chamando a gente de ‘Pumas’ e tratando a gente como crianças do maternal, mas acho que essa coisa de guia é sorte mesmo). Mas, a empresa era séria sim, só a guia que vacilou!

 

Reservamos nosso passeio do dia seguinte (a van passaria pra nos pegar por volta das 3h/3:30 da madrugada no nosso hostel) e já era mais do que hora de comer alguma coisa, né? Achamos um restaurante de massas bem gostosinho e pedimos um pratão de macarronada (cada um escolheu seu sabor) e metemos pra dentro em menos de 10 minutos. Caraaa o prato veio muito bem servido e nem conseguimos comer tudo - deu pra matar legal a fome. Pagamos 8,00 soles e como ninguém é de ferro, fomos direto pro Mc Donald’s comprar uma casquinha de sobremesa (2,00 soles).

 

Ah! Arequipa foi a única cidade que tinha várias lojinhas e restaurantes famosos como Starbuck, Mc Donald’s entre outros. Eu fui logo comprar meus postais e paguei 3,00 soles e aí decidimos comprar mais uma água e biscoitos pro dia seguinte (eu e Elisa dividimos e deu 5,35 soles pra cada).

 

Voltamos pro hostel, pagamos nossa diária de 23,00 soles e subimos pro quarto, pegamos nossas roupas sujas e colocamos na lavanderia do lado do hostel (cada 1kg era 2,00 soles). Cada um pagou um valor porque dependia do peso, eu paguei 5,00 soles e combinamos com a moça de voltar no dia seguinte depois do passeio do Cañon de Colca pra pegar as roupas limpinhas.

 

Tudo certo pro dia seguinte e já tava mais do que na hora de tomar banho e arrumar os mochilões e as mochilas de ataque pro dia seguinte, já que a van passaria super cedo pra nos pegar no hostel. Deixamos tudo em ponto de bala e fomos dormir porque já eram 22:00 e iríamos levantar em 4 horas. No começo foi um pouco difícil porque entrava e saia muita gente do quarto e a música da festa lá debaixo tava bem alta, mas depois o sono veio vindo e o meu tapa olho e o meu tapa ouvido nunca me deixaram na mão, então, depois que coloquei meus acessórios, dormi que nem uma princesa. Zzzzzzzzz....

 

No próximo capítulo eu conto como foi um dia no Cañon del Colca pra ver o famoso voo dos condores e a nossa despedida de Arequipa.

 

SALDO DO DIA:

 

- 4.000 pesos – Táxi Arica X Tacna

- 350,00 pesos – Taxa de embarque

- 25,00 soles – Ônibus Moquegua | Tacna X Arequipa

- 2,00 soles – Taxa de embarque

- 2,00 soles – Táxi da rodoviária até a Plaza de Armas de Arequipa

- 115,00 soles – Ônibus Cruz Del Sur | Arequipa X Ica

- 45,00 soles – Passeio de um dia no Cañon del Colca

- 3,00 soles – Postais

- 8,00 soles – Jantar

- 2,00 soles – Casquinha do Mc Donalds

- 5,35 soles – Água e biscoitos

- 23,00 soles – 1 Diária no Hostel Wild Rover

- 5,00 soles – Lavanderia

* Trocamos 10,00 dólares = 33,3 soles (cotação de 3,33 soles por dólar)

* Trocamos 2.300 pesos = 9,20 soles (cotação de 250,00 pesos por nuevo sol)

* Trocamos 400,00 dólares = 1.344,00 soles (cotação de 3,36 soles por dólar)

 

TOTAL: 4.350 pesos + 235,35 soles

 

PRÓXIMO CAPÍTULO: (CAP.10) Um dia no Cañon del Colca pra ver o famoso voo dos condores

 

Se você tá curtindo meu relato, me segue lá no Instagram @vidamochileira que tem um monte de dicas legais também e dá uma passadinha no meu blog (http://www.vidamochileira.com.br), tem um montão de coisas interessantes por lá e muito mais vindo aí!

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Olá Maryana! ::otemo::

Eu também acho que vamos fazer apenas o Canion del Coca em um dia, sem o penar no trekking.

Acho que meu joelho não vai gostar disto não.

Vi que existem outras opções pernoitando em Chivay, mas a ideia de relaxar um dia em Arequipa e curtir a cidade está em animando.

Aguardando o próximo capitulo para fortalecer minha decisão

beijos

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Olá Maryana! ::otemo::

Eu também acho que vamos fazer apenas o Canion del Coca em um dia, sem o penar no trekking.

Acho que meu joelho não vai gostar disto não.

Vi que existem outras opções pernoitando em Chivay, mas a ideia de relaxar um dia em Arequipa e curtir a cidade está em animando.

Aguardando o próximo capitulo para fortalecer minha decisão

beijos

 

Oiii Paulinha!

 

Então, parece que tem vários passeios possíveis em Arequipa, desde os mais tradicionais até os mais aventureiros!

 

Próximo capítulo te conto mais! ::otemo::

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  • 2 semanas depois...
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CAP.10: Um dia no Cañon del Colca pra ver o famoso voo dos condores

 

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09/04/2016

[Você pode ler esse relato ao som de Hold My Hands]

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Meu despertador começou a berrar às 2:30 da madrugada e já era hora de se arrumar porque disseram que a van passaria pra nos buscar entre 3h/3:30. Eu acordei a galera e todo mundo se vestiu rapidinho e fomos logo indo pro pátio do hostel esperar por lá. Deu 3:00 e nada da van chegar, deu 3:15 e nada ainda – eu já tava pensando que tínhamos sido enrolados - mas quando foi 3:30 entrou uma mulher gritando nossos nomes e fomos logo entrando na van. Nem tava tanto frio, mas pra carioca qualquer coisa abaixo de 20ºC já é motivo pra colocar luva, cachecol e gorro, né?

 

Sentamos separados e acabamos conhecendo dois brasileiros que tinham chegado em Arequipa no dia anterior e já estavam se aventurando na altitude. O Japa (como era chamado pelo amigo), coitado, não aguentou a pressão da altitude e pediu pra van parar pra ele poder vomitar. Tadinho cara! O menino tava mais branco que a parede lá de casa e tava passando super mal. Eu ofereci a ele o Diamox e uma plantinha que pegamos no Chile, que você esfrega na mão e cheira e aquilo te dá uma aliviada braba nos problemas de altitude.

 

Como o trajeto até a entrada do parque do Cañon Del Colca levaria algumas horas, aproveitamos pra cochilar um pouquinho. Em poucos minutos já sentíamos a diferença de temperatura do lado de fora da van, porque apesar de estar tudo fechado a gente tava se tremendo todo lá dentro.

 

Depois de umas 2 horas, eu acho, fizemos nossa primeira parada pra tirar algumas fotos no ponto mais alto do passeio: Mirador de los Andes a 4.910 metros de altitude (dava pra ver o Volcan Misti de lá). Descemos e tiramos rapidinho algumas fotos e curtimos bem rapidinho aquele visual maravilhoso, porque a verdade é que tava frio pra caralh*** e ficamos nem 10 minutos fora da van e nossas fotos ficaram tudo com cara de cu, porque os casacos não tavam dando conta. E eu tava super apertada pra fazer xixi e a guia me disse que a próxima parada seria em 40 minutos! PQP! Eu e Elisa começamos a procurar algum lugar pra eu fazer xixi ao ar livre mesmo, mas tava tanto frio que acho que se eu fizesse xixi sairia gelo em vez de líquido. Segui viagem apertada mesmo.

 

Chegamos na entrada do parque e a nossa van parou. A guia disse que ali devíamos pagar uma taxa de ingresso: 40,00 soles para sul americanos e 70, 00 soles para os demais estrangeiros. Perguntamos se tinha desconto para estudante e não rolou. Então, demos os 40,00 soles pra guia e ela foi lá fora resolver o pagamento dos tickets de geral e continuamos o trajeto infinito até a parada pro café da manhã.

 

Com a Graça de Deus, chegamos em Chivay, o vilarejo onde teríamos o nosso desayuno e eu sai correndo pro banheiro, ufaaa! Fiz xixi linda e bela e já conseguia até sorrir de novo! Tomamos nosso tradicional café da manhã: pão, manteiga, geleia, chá e café. Eu e Elisa acabamos pedindo um ovo mexido à parte e dividindo (1,25 pra cada). Comemos em 20 minutos e entramos na van.

 

Nossa guia parou por uns 10 minutinhos numa pracinha onde tava tendo uma apresentação da dança típica da região e descemos pra tirar algumas fotos. Ah! Nessa pracinha tinham umas lhamas todas enfeitadas e uma águia pra quem quisesse tirar foto. Óbviooo que a gente quis! Tiramos foto com águia, lhama e até com a mocinha que tava cuidando dos animais. O esquema da foto era “pague quanto você quiser” e eu e Elisa demos 5,00 soles ao todo (2,50 soles pra cada).

 

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Seguimos viagem e paramos em um mirante pra tirar fotos e pra quem quisesse comprar artesanatos. A vista dava pra um vale bem bonito, mas nada comparado ao que nos esperava no Cañon Del Colca. Entramos na van e a guia foi explicando que ficaríamos em torno de 45 minutos no mirante da "Cruz del Condor", o point onde a galera vê o voo dos condores. Tínhamos duas opções: ou ir andando até lá (20 minutos) ou ir de van direto. Algumas pessoas desceram e foram caminhando, Patrícia e Vagner disseram que a caminhada foi bem bonita. Eu e Elisa fomos direto de van e ficamos lá trepando nas pedras pra tirar foto e curtir o voo dos condores mais de perto, tão de perto que teve uma hora que um condor engraçadinho voou tão baixo que eu juro que achei que ele ia encostar na gente.

 

Eu e Elisa levamos um susto tão grande com nego gritando e aquele condor vindo na nossa direção que quase nos desequilibramos do banquinho que estávamos em pé. Caraaaa foi tenso, mas muito engraçado. A gente se abaixou gritando e geral rindo. Foi bem legal ver aquela ave enorme de perto! O voo deles é bem bonito, porque eles pairam sobre o ar quente que vem não sei da onde (desculpa minha ignorância). Só sei que eles quase não batem as asas e ficam lá curtindo a imensidão daquele Cañon como se tivessem flutuando.

 

O passeio começa cedão porque além de ser bem longe do centro da cidade de Arequipa é importante chegar pela manhã pra ver os condores voando, porque esse tal ar quente vem numa certa hora específica do dia.

 

Nesse mirante além do voo dos condores, você encontra o maravilhoso e imponente Canõn Del Colca e uma feirinha de artesanato com coisas muito lindas e algumas com preço bem em conta! Elisa comprou um gorrinho lindo pro priminho dela por 5,00 soles. Voo visto e compras feitas, entramos pra van e seguimos viagem para as Águas Termales.

 

A nossa guia foi explicando várias curiosidades sobre os condores, tudo muito interessante mesmo. Antes de nos deliciarmos nas águas quentinhas, paramos rapidamente em outro mirante com mais uma feirinha de artesanato e depois em uma praça no vilarejo de Maca, com outra feirinha de artesanatos. Caraaaaa! Pobre que viaja e fica indo em feirinha de artesanato fica tentado a gastar, mas se segura o máximo, né? Vagner e Patrícia nem desceram da van nessa hora pra não caírem em tentação.

 

Eu e Elisa descemos e eu acabei comprando uma caneta com uma lhaminha pra minha irmãzinha (ela adorou o presente e super se sente na escola com uma caneta que tem uma lhama fincada na ponta, mas ok). Andando mais um pouco achamos uma senhorinha com uma lhama e uma águia na cabeça. Caraaa eu e Elisa obviamente pedimos pra tirar foto! Aí foi show de bola, porque a senhora colocou o chapéu dela na nossa cabeça e a águia subiu em cima do chapéu. Parecíamos duas retardadas, mas adoramos! Pagamos 2,50 soles pra cada uma, porque era no mesmo esquema “pague quanto quiser”.

 

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Depois de mais um longo trajeto até as Águas Termales, finalmente chegamos ao paraíso! Nessa hora, o clima já tava bem quente, mas relaxar em uma água quentinha natural é outra história, né?

 

O lugar fica à margem do Rio Colca e tem duas opções de entretenimento: piscinas artificiais aquecidas ou piscinas naturais de pedra. Escolhemos as naturais, é claro. Pagamos 15,00 soles, atravessamos uma ponte, tipo aquelas ponte do Faustão, sabe? #medinho E lá fomos nós tudo afobado tirando a roupa e entrando direto naquela água quente pra caralh*!

 

Foi ótimo relaxar - depois que seu corpo acostuma com a temperatura da água fica maravilhoso! Aí você tem a opção de ir em três ou quatro piscinas naturais que tem diferentes temperaturas. Aí, você turista o que que faz? Não se contenta com uma só que já tá maravilhosa, vai pulando de uma pra outra, né?

 

Foi exatamente isso que fizemos. Saíamos de uma e entrávamos correndo na outra, até que acabou a graça quando pulamos com tudo em uma piscina que estava a uns 40ºC. Sérioooo! Queimei o pé e sinto que parte da minha pele tá lá até hoje! Caracaaaaa! Água quente da porr*! Pior é que tinham uns gringos lá de boa e mandando a gente entrar... idiotas!

 

Acabamos de relaxar na piscina principal que é coberta e fica em frente aos vestiários. Tomamos um banhozinho e trocamos de roupa. Era hora de voltar pra Chivay e almoçar! Caraaaaa! A gente pagou 28,00 soles num buffet liberado que tinha dezenas de opções deliciosas. Sério! Tiramos a barriga da miséria legal. Tinha até sobremesa liberada. Só eu comi 3 mousses de chocolate e Vagner repetiu 3 vezes a comida. Cara! A gente tava tão feliz que concordamos que foi o dinheiro com comida, mais bem gasto da viagem toda!

 

Por volta das 14:30/15h seguimos viagem de volta para Arequipa e aí meu filho, bucho cheio é cochilo na certa, né? Coitada da guia começou a falar e falar e falar e mal sabia ela que tava ninando a gente com aquela falação toda. Eu nem lembro de nada! Só lembro que entrei na van, abracei minha mochila e apaguei.

 

Chegamos naquele ponto mais alto novamente e a guia começa a gritar pra gente acordar porque tava “nevando” lá fora. Descemos super felizes da van e tava até caindo uns floquinhos bemmmm pequenininhos de neve, mas a gente comooo: Let it go! Let it go! Tudo bobo lá tirando foto crente crente que o pessoal do Brasil ia ver a neve sobre nossos casacos. Hahahahah Porr* nenhuma! Entramos na van e fomos conferir as fotos, mal dava pra ver que aquilo era um floquinho de neve, parecia mais o espirro de alguém, mas tudo bem. Rs

 

Seguimos pra Arequipa sem mais paradas e a nossa guia inventou um quiz valendo prêmios sobre todas as curiosidades que ela nos contou ao longo do passeio. Eu e Elisa ganhamos uns presentinhos e quando menos esperávamos, chegamos em Arequipa às 16:30/17h lá na Plaza de Armas.

 

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Fomos rapidinho pro nosso hostel, mas antes passamos na lavanderia pra pegar as roupas. Pegamos os mochilões que estavam na sala de bagagens e perguntamos se rolava um banho rapidinho de graça. O moço do hostel deixou e saímos correndo pra nos arrumar e deixar tudo pronto pra viagem até Ica.

 

Tomamos um belo de um banho gelado, sabe lá Deus porque os chuveiros não estavam com água quente naquela hora, mas não dava pra ficar reclamando porque não tínhamos muito tempo. Nos arrumamos e partimos pra Plaza de Armas pra comer alguma coisa antes de seguir viagem. Todo mundo comeu uma empanada num restaurantezinho, mas como eu não posso comer nada com pimenta (sou intolerante), resolvi não arriscar e ir no que já era certo: Mc Donalds. Comprei um chicken júnior e uma batata frita pra viagem e encontrei o pessoal lá no restaurante. Eles já tinham acabado de comer, pagaram a conta e eu e Elisa decidimos comprar mais uma água pra viagem (2,30 soles pra cada) e depois fomos direto catar um táxi pra levar a gente pra rodoviária porque já era 18:15 e nosso ônibus era às 19:00. Pagamos 10,00 soles ao todo (2,50 pra cada).

 

Chegamos em uma rodoviária, mas tivemos andar uns 5 minutos até uma outra rodoviária e lá pagamos uma taxa de embarque de 3,00 soles e fomos na Cruz Del Sur pra embarcar. Rapaz! A gente se sentiu num aeroporto. Tinha até serviço de espera com poltronas super confortáveis e wi-fi que só a Patrícia com o Samsung dela usufruiu, porque os Iphones ficaram de graça e não conectaram.

 

Deu a hora marcada do nosso ônibus e entramos. Cara! Pensa num ônibus foda! Que empresa sensacional essa. Fomos no ônibus de leito (inclinação 160º), então a gente foi curtindo aquele assento super confortável e ainda tinha TV individual, cada um escolheu seu filme e foi muito bom.

 

A gente sabia que tinha jantar incluído porque a moça perguntou que tipo de carne queríamos assim que compramos a passagem, mas não sabíamos que ia vir tão gostoso (e depois descobrimos que também tínhamos direito a um lanchinho básico de café da manhã). Putz!!! Mandamos a comida pra dentro, apesar da gente já ter comido bem lá na Plaza de Armas. A comida tava gostosa e deu pra forrar o bucho legal e embalar a gente num soninho super tranquilo.

 

O ônibus partiu sem atraso e a previsão de duração da viagem era de 10 horas. Dormimos muito bem e ainda conseguimos usar o wi-fi em certos pontos do trajeto. Tinha um “comissário de bordo” que foi super atencioso e sempre que precisávamos ele nos ajudava.

 

Próxima parada Ica – Huacachina. Já fazia tempo que eu namorava esse lugar e não perderia a oportunidade de ver de perto um oásis pela primeira vez na minha vida!

 

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SALDO DO DIA:

 

- 40,00 soles – Entrada do Parque do Cañon Del Colca

- 1,25 soles – Ovo mexido do café da manhã

- 2,50 soles – Foto com a lhama e a águia

- 3,00 soles – Caneta de presente pra minha irmã

- 2,50 soles – Outra foto com a lhama e a águia

- 15,00 soles – Águas Termales

- 28,00 soles – Almoço

- 2,30 soles – Água

- 6,40 soles – Mc Donalds

-2,50 soles – Táxi

- 3,00 soles – Taxa de embarque

 

TOTAL: 106,45 soles

 

PRÓXIMO CAPÍTULO: (CAP.11) O dia que vi um Oásis pela primeira vez e me acabei no sandboard

 

Se você tá curtindo meu relato, me segue lá no Instagram @vidamochileira que tem um monte de dicas legais também e dá uma passadinha no meu blog (http://www.vidamochileira.com.br), tem um montão de coisas interessantes por lá e muito mais vindo aí!

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CAP.11: O dia que vi um Oásis pela primeira vez e me acabei no sandboard

 

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10/04/2016

[Você pode ler esse relato ao som de Tempos Modernos]

(

)

 

A viagem até Ica foi muito tranquila. Chegamos na rodoviária às 7:00 da manhã (2 horas mais cedo do que a previsão dizia) e fomos logo tratando de comprar nossas passagens pra Cusco pro dia seguinte, já que iríamos fazer a viagem noturna após o passeio pelas Islas Ballestas e Paracas.

 

Ica é uma cidade obrigatória para quem quer ir à Huacachina, pois é lá que fica a rodoviária. Já eram 7:30 quando compramos as passagens da Cruz Del Sur (160,00 soles ônibus-leito saindo às 21:50) e decidimos pegar um táxi até nosso hostel. Eis que Vagner tava conversando com um cara e depois chegou outro e no final os dois começaram a brigar pela vez da corrida. Optamos pelo que conversou com o Vagner primeiro, porque era mais simpático e a gente nem sabia que tinha coisa de vez.

 

A corrida foi bem rápida (30 minutos) e deu 10,00 soles (2,50 pra cada) e o taxista nos deixou bem em frente ao Hotel Casa de Arena que é bem maneiro. Tem um espaço comum bem legal, uma piscina no meio, um barzinho do lado da piscina que serve café da manhã, almoço e jantar e uma boate do lado.

 

Poderíamos escolher quartos coletivos com mó galera ou um quarto pra quatro pessoas. Como a diferença era bem pequena (até porque ganhamos 10,00 soles de desconto na diária porque fechamos o passeio de buggy com o hostel), optamos pelo quarto de quatro. Se não me engano, o quarto pra quatro era 35,00 soles com banheiro compartilhado, mas como ganhamos desconto pagamos 25,00 soles, que era o valor que estávamos pensando em gastar mesmo.

 

O valor de 40,00 soles do passeio de 2 horas de buggy incluía o sandboard e o pôr do sol do alto das dunas de Huacachina, isso porque optamos pelo horário das 16:00, mas existem outras opções de horários (10:00 e 13:00). O moço nos explicou que também era cobrada uma taxa de 4,00 soles sei lá por que. Como todos os valores estavam dentro do previsto, aceitamos e fechamos logo o hostel e o passeio de buggy pra aquele mesmo dia às 16:00 (eram 8:15 da manhã rs).

 

Não sei o que deu na gente que em vez de sairmos pra pesquisar os valores do passeio das Islas Ballestas + Paracas, já que tínhamos tempo de sobra, decidimos fechar esse passeio no hostel também e nos fudemos (desculpa o linguajar, mas só assim pra expressar nossa indignação)! Pagamos 90,00 soles pelo passeio que na nossa cabeça tava aceitável, já que o Rodrigo tinha fechado o mesmo passeio há um ano atrás pelo mesmo valor. Ah! E ainda tinha uma taxa de 18,00 soles a serem pagos no local pra entrar na Reserva de Paracas.

 

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Depois de 3 dias descobrimos que o Victor (o menino que perdeu o mochilão em Sucre) tinha pago 60,00 soles no mesmo passeio que a gente fechando com uma agência lá da rua. Que ódioooo! Aí ficamos nos martirizando porque tínhamos tempo de pesquisar e não fizemos isso. Então, sempre que tiverem tempo, procurem, se informem e pechinchem.

 

Enfim, passeios fechados, hostel pago, decidimos colocar as roupas que estavam molhadas do banho das Águas Termales de Arequipa pra secar no solzinho ali da piscina e o moço veio avisar que nosso quarto só ia ficar pronto lá pelas 11:00, então ele nos cedeu um outro quarto reserva pra gente se sentir a vontade e relaxar um pouco. #fofinho

 

Aí como já eram 9:00 da manhã a fome começou a se pronunciar e resolvemos tomar café da manhã no hostel mesmo. O desayuno era bem bom e eu e Elisa decidimos dividir um porque logo logo iríamos almoçar e não queríamos ficar empanturradas. Pagamos 13,00 soles (6,50 pra cada) e vinham três pães, manteiga, geleia, suco, café e ovo (acho que era isso). Tinham outras opções, mas pegamos a mais baratinha.

 

Comemos tudo e fomos logo sentar na área comum pra viçar na internet, atualizar Facebook, Instagram, Snapchat, dar ‘oi’ pra família e comprar a passagem de avião do final da viagem de Laz Paz pra Santa Cruz de la Sierra, já que a essa altura do campeonato a gente já tinha decidido que seria uma economia burra pagar menos pra ficar quase 24 horas dentro de um ônibus em uma das estradas mais perigosas da Bolívia.

 

A gente relaxou bastante! Conseguimos pela primeira vez na viagem ficar sentados sem fazer absolutamente nada e deu até uma sensação de vazio, mas conseguimos descansar um pouco a cabeça que tava a 1000 por hora desde o primeiro dia. Da piscina a gente conseguia ver aquela duna enorme de areia e só aí caiu a ficha de que estávamos num oásis de verdade. Obs: Não entramos na piscina por preguiça e porque tava batendo um vento do mal. Aí sabe como é né? Vento com areia = Delíciaaaa! #sqn

 

Há alguns anos atrás Huacachina era 100% natural, mas devido à expansão do turismo eles foram construindo estradas e a água foi secando. Hoje a água do centro do oásis é abastecidamente artificialmente por um cano que vem da cidade vizinha.

 

Depois de cansar os dedos de tanto digitar, mudamos de vez pro nosso quarto e decidimos caminhar pela “cidade”. Trocamos de roupa, powwww a quanto tempo a gente não colocava um shortinho, hein?! Pegamos as máquinas e saímos pra explorar o local, que não tem muitoooo pra ser explorado não. Fomos andando meio que sem rumo, tirando fotos, vendo artesanatos, chupando sorvete (3,50 soles) e pesquisando os valores das comidas pro nosso almoço. Eu aproveitei pra comprar um postal (1,00 nuevol sol).

 

Já eram 14:00 quando voltamos pro hostel e almoçamos por lá mesmo um Pollo a la Plancha bem servido (24,00 soles) e nos preparamos pro passeio de buggy. Eles indicam levar água, ir de tênis e óculos de sol e passar protetor solar. Fizemos tudo isso e incluímos a gopro com aquele capacete pra lista.

 

Chegou a hora do passeio: Vagner e Elisa sentaram no banco da frente do lado do motorista e eu e Patrícia sentamos atrás do motorista na ponta. Nosso buggy parou no Hotel Casa de Arena 2 e pegou mais uns cinco israelenses pra completar o time. Vou te falar uma coisa: Pensa num povo que adora fazer merda, são os israelenses. Tudo que não podia fazer durante o passeio eles fizeram questão de fazer (desculpas a todos os israelenses que são normais, mas é que todo os que conhecemos nessa viagem era malucos. Todos, sem exceção).

 

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Funciona assim: Você entra no buggy que geralmente cabem 8 ou 10 pessoas, depende do modelo. O motorista te leva pra umas dunas pra fazer umas descidas e subidas bem radicais. Caraaaaa! Muito foda mesmo! O cara sacava toda manha da parada e fazia umas doideiras com o buggy que eu jurava que a gente ia virar (pena que não sei colocar vídeo aqui - nem sei se pode rsrsrsrsrs).

 

Aí, ele para numa área linda pra gente fazer fotos nas dunas e em cima do buggy pra quem quiser e depois segue fazendo mais manobras radicais em umas dunas ainda mais altas. Depois ele para o buggy e pede pra cada um pegar uma prancha (tente ser um dos primeiros a pegar pra não ficar com as pranchas velhas e/ou quebradas), nos passa as instruções e nos ajuda a passar a parafina (sei lá que coisa era aquela que a gente passava na parte debaixo da prancha). Nosso motorista era bem legal (apesar de no final ele ter me assediado com olhares bem estranhos), ele posicionou todo mundo na prancha, ensinou como fazer com os pés, mãos e tronco e foi colocando um de cada vez sem pressa. Todos foram deitados de barriga na prancha.

 

Depois que todos descem, ele vai lá com o buggy e nos pega pra darmos mais voltas radicais. Paramos umas quatro ou cinco vezes pra fazer sandboard. Eu e Elisa arriscamos ir uma vez sentadas as duas na mesma prancha e foi bem legal, apesar de ter dado um medinho de virar e ir capotando até lá embaixo. Graças a Deus deu tudo certo e fomos que nem divas.

 

Os brasileiros tavam certinhos (seguindo as regras - pela primeira vez na vida rs) e os israelenses querendo ir em pé, sentados, voando, dando duplo twist carpado... Foi uma loucura, porque o guia falava não podia porque era perigoso e eles faziam assim mesmo rindo.

 

Depois da quarta ou quinta duna, fizemos mais algumas manoras iradas no buggy e paramos numa duna muito alta longe do oásis, mas que nos deu um belo pôr do sol. Me senti no deserto do Saara sem o sol queimando a minha cara hahahaha #zoa! Tiramos várias fotos e aí o guia começou a avacalhar dando em cima de mim com uns olhares nojentos e umas mãozinhas no ombro que eu não tava curtindo, mas fiquei meio sem jeito de cortar, então eu só desconversava. Deu muito nojo!

 

Nossa última parada antes de voltar pro hostel foi perto do oásis. O motorista parou o buggy pra gente tirar fotos maravilhosas com Huacachina de fundo. Fim do passeio, hora de voltar pro hostel e postar os vídeos no Facebook, né? hahahaha A gente tava se sentido tirando onda com internet e tempo pra usá-la!

 

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Melhor do que os lugares que você conhece, são os amigos que você faz durante uma viagem!

 

Caraaaa o passeio foi simplesmente incrível, umas das sensações mais incríveis da viagem (nada comparado ao Downhill em La Paz rs). Foi adrenalina pura num lugar maravilhoso. Ah! Eu e Elisa acabamos dando 2,00 soles cada de gorjeta para o motorista, apesar dele não merecer, mas achamos o passeio tão legal que demos mesmo assim. :/

 

Tomamos banho, arrumamos os mochilões e as mochilas de ataque pro dia seguinte e fomos procurar um lugar pra jantar. Resolvemos comer num restaurante que ficava atrás da nossa rua e parecia bem legal: Huacafuckingchina. Lá comemos sanduíches e eu tomei um milkshake (25,00 soles tudo). O preço estava acessível e nós curtimos o ambiente e a comida.

 

Voltamos pro hostel, viçamos mais um pouco na internet e fomos dormir lá pelas 22:00 porque no dia seguinte teríamos que acordar cedo de novo, ó a novidade! rs

 

SALDO DO DIA:

 

- 160,00 soles – Ônibus Cruz Del Sur | Ica X Cusco

-2,50 soles – Táxi da rodoviária de Ica até Huacachina

- 25,00 soles – 1 Diária no Hotel Casa de Arena

- 40,00 soles – Passeio de buggy

- 4,00 soles – Taxa para o passeio de buggy

- 90,00 soles – Passeio das Islas Ballestas + Reserva Nacional de Paracas

- 6,50 soles – Café da manhã

- 3,50 soles – Sorvete

- 1,00 nuevo sol – Postal

- 24,00 soles – Almoço

- 2,00 soles – Gorjeta pro motorista do buggy

- 25,00 soles – Jantar + Milkshake

 

TOTAL: 383,50 soles

 

PRÓXIMO CAPÍTULO: (CAP.12) Um passeio pelo oceano Pacífico – Islas Ballestas e Reserva Nacional de Paracas

 

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