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Relato de viagem - 12 dias - Santa Cruz, Sucre, Uyuni, La Paz, Copacabana e Isla del Sol


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Olá pessoal,

 

Em junho (2015) estive na Bolívia por 12 dias, fazendo um mochilão sozinha. Esse foi meu roteiro:

 

- 17.06.15: Voo São Paulo para Santa Cruz (TAM, com escala em Assunção), dormi em Santa Cruz

- 18.06: Voo Santa Cruz para Sucre (BoA, Boliviana Aviación, muito boa, tudo tranquilo), dormi em Sucre

- 19.06: Ônibus Sucre para Uyuni (empresa 6 de Octubre, boa), durante a noite

- 20.06: Uyuni (cheguei de manhã, em seguida fui ver o passeio para o deserto, fui para o deserto no mesmo dia)

- 21.06: Deserto

- 22.06: Deserto, volta para Uyuni, ônibus noturno para La Paz

- 23.06: La Paz

- 24.06: La Paz

- 25.06: La Paz

- 26.06: Ônibus para Copacana (empresa Titicaca, muito boa), dormi em Copacabana

- 27.06: Copacabana, peguei um barco para Isla del Sol, dormi lá

- 28.06: Isla del Sol, voltei de barco para Copacabana, e à tarde peguei um ônibus para La Paz

- 29.06: voo de La Paz para Santa Cruz (BoA) e depois de Santa Cruz para São Paulo (TAM)

 

Vou dar mais detalhes nas próximas postagens.

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Custos

 

Contando todos os gastos (avião, alimentação, hospedagem, passeios, presentes, tudo), tive uma média de gasto de R$325,00 por dia.

 

Transportes

Voo ida e volta São Paulo para Santa Cruz (TAM): R$1.100 (contando impostos e taxas)

Voo Santa Cruz para Sucre (BoA - ótima empresa aérea, sem atrasos, todos muito simpáticos): R$ 110,00

Passagem de ônibus Sucre para Uyuni: 60 b

Voo La Paz para Santa Cruz (BoA): 530 b

Passagem de ônibus La Paz para Copacabana (Titicaca - muito boa, recomendo, tem até banheiro e Wifi que funciona): 30 b

Barco de Copacabana para Isla del Sol: 20 b

Táxi: em geral, são muito baratos, a maioria é ilegal. Em La Paz, para diferenciar os que são legalizados, é só ver os que têm propagandas no carro, esses são legalizados, mas é tão difícil de achar que você desencana. O mais caro que paguei foi 70 b para ir até o aeroporto El Alto. Nas outras cidades, gastei no máximo 10 b em táxi.

Ônibus dentro das cidades: por volta de 6 b

 

Alimentação

Os almoços, em geral, são pratos fechados (o mesmo para todos mundo), compostos de entrada (sopa) + segundo (prato principal) + postre (sobremesa), por 25 b.

Claro que para comer os preços variam muito, dá para gastar 15 b ou 60 b. O mais comum é gastar por volta de 30 b em uma refeição decente.

 

Alguns gastos a mais: é pouco, mas só para ficar ciente: banho (alguns lugares cobram à parte, por ex, em um dos hotéis no deserto, paguei 10 b por um banho quente); travessia barco lago Titicaca (quando você está no ônibus, tem uma parte em que todos descem e pegamos um barco para atravessar, custa 2 b.); entrada em uma parte da estrada da morte, 25 b (paga na hora).

 

É importante sempre ter moedas!!! Isso porque tem muita coisa que é barata, e em geral eles não têm troco. Atenção especial na Isla del Sol, que eles não têm troco de jeito nenhum. Não vá com notas grandes!! Com uma nota de 100 b, é muito difícil fazer qualquer coisa, para eu conseguir trocar esse dinheiro foi uma saga!!!

 

Passeios

Deserto de Uyuni: 3 dias - Aprox 530 b (mas aluguei um saco de dormir, e comprei junto a passagem de volta para La Paz), pela empresa Cordilheira.

Bike tour na Estrada da Morte (La Paz): 480 b, na Xtreme Downhill (recomendo, foi quase tudo ok)

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Sobre a viagem no geral

 

Ameeei!!! Foi muito, muito boa!!! Recomendo sem dúvida.

 

Os pontos altos: deserto de Uyuni, com o salar, passeio de bike na estrada da morte e lago Titicaca.

O deserto é incrível, fui na época de seca, estava com receio porque todos dizem que é muito mais bonito na época chuvosa, quando o salar vira um espelho. Olha, eu adorei mesmo seco! Muito incrível, as dimensões são inexplicáveis, tudo para o que você olha é gigante, diferente, chama a atenção.

Sobre o passeio de bike na estrada da morte... bem, eu esperava algo menos perigoso do que foi, chegando lá deu muito medo, a estrada é muito íngreme, tem muita pedra, a bicicleta chacoalha absurdos e você tem certeza que não vai conseguir fazer aquelas curvas tão fechadas. Mas dá! Minhas mãos ficaram com calos de tanto apertar os freios, mas valeu muito a pena, paisagens sensacionais e sensação de superação. Adrenalina corre solta.

O lago Titicaca é simplesmente incrível...não dá para explicar, as fotos com certeza não dão conta. A cor é mágica, cada hora que você olha é um tom de azul diferente, rodeado por belas montanhas. Imperdível! Fui para a Isla del Sol ver o pôr e o nascer do sol, foi incrível.

 

Pontos complicados

O mais difícil para mim, sem dúvida, foi a altitude. Passei bem mal... Parecia que eu tinha 80 anos, não tinha força para nada, me cansava com tudo, enjoava o dia todo, foi complicado. Tomei as Soroche Pills (você compra em qualquer farmácia), mas só elas não dão conta. Tomei muito chá de coca e masquei um pouco as folhas, isso é o que alivia um pouco. O corpo leva uns 15 dias para se adaptar, como passei só 12...não deu tempo. Fiquei com cara de doente a viagem toda, evitei até sair nas fotos.

Outro ponto delicado foi a falta de higiene nas comidas. Comida de rua, nem pensar! Água, só tome de garrafa lacrada. Uma vez pedi um chocolate quente, quando coloquei na boca senti gosto de água de torneira! Não tomei! É muito complicado, não há opções, tudo pode estar contaminado. A dica é levar Floratil e algum remédio para segurar dor de barriga (se você estiver no deserto, por exemplo, ou nos ônibus que não têm banheiro).

 

Viajando sozinha

Foi bem mais tranquilo do que imaginei. Como moro em São Paulo, não me assustei com o caos de La Paz, é só tomar aqueles cuidados básicos. Os passeios, você faz com grupos, e nos hostels encontra gente. Foi bem tranquilo.

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Oi Letícia!

Que legal, você vai amar! Uma experiência inesquecível!

Olha, acho que não alteraria meu roteiro não. No fim da viagem, fiquei com dó de não ter ficado uns dias a mais para ir até Cusco e Machu Picchu, mas eu já estava bem cansada, na verdade.

Tem gente que para em Potosí, eu não parei, fui direto de Sucre para Uyuni. Não me arrependi, mas é uma opção.

Em La Paz, eu gostei bastante, achei que tinha vários passeios para fazer e não deu tempo, mas isso é muito particular, tem gente que não gosta de lá.

Foi muito mais tranquilo ir sozinha do que eu imaginava, viu.... mas sou de Sp, estou preparada para a guerra....rs. La Paz assusta um pouco porque é muita gente, muito trânsito, muito caos, mas com isso estou bem acostumada. O lugar onde mais senti medo, por incrível que pareça, foi em Copacabana! Isso porque a cidade é super vazia, mesmo. Você vai para umas ruas fora do centrinho, e já não tem alma viva. Isso me limitou um pouco, pensei, se aparece algum tarado, não tenho nem como correr, por causa da altitude você fica igual a uma lesma....kkk. Então em Copacabana fiquei mais nas ruas centrais, não me arrisquei. Acho que esse é um ponto de atenção, por causa da altitude você fica com tontura, enjoo, tem que ficar ligada para não desmaiar em algum lugar, sabe? Mas isso não aconteceu comigo, eu andava devagar, parava para descansar, e as vezes que achei que podia desmaiar, avisava alguém ou entrava em uma loja.

Em Sucre fiquei no Hostal CasArte Takubamba. É bom, bem bonito, tem água quente no chuveiro (é, lá tem isso, muitos lugares dizem que tem água quente, mas na verdade ão tem), tem um café da manhã legal também e wifi.

Sucre achei bem bacana, mas não precisa ficar muito tempo, um dia já é suficiente. Fui no Museu La Casa de la Libertad, vale a pena para saber mais sobre a história da Bolívia, e fui no mirador, esse foi duro, porque é uma subida, levei um tempão, ia parando para descansar.

 

 

Oi, Isabella!

Comprei a passagem pra ir em setembro e meu roteiro tá bem parecido com o seu. Queria saber se você faria alguma alteração nesse roteiro, sentiu falta de ir em alguma cidade e tal. Estou indo sozinha tbm, foi tranquilo? Alguma recomendação? Em Sucre vc se hospedou onde?

Obrigada :D

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Santa Cruz de La Sierra

 

Essa cidade em geral é só a porta de entrada, não é muito turística. Tem um voo da TAM barato para lá, fiz isso. No fim, foi mais bacana do que eu pensava, apesar de ter ficado pouco.

Cheguei no início da tarde, no aeroporto peguei o mapa da cidade e perguntei sobre ônibus para ir até o hostel, e foi isso que fiz. Pegar ônibus na Bolívia é incrível, recomendo! Tudo muito diferente. São vans, e vão parando em tudo que é lugar, raramente tem ponto de parada. As pessoas são muito gentis, te ajudam a chegar nos lugares, e isso é bem importante, porque muitas ruas não tem placas, muitas casas não tem número... o importante é não desesperar e ir perguntando, que você chega.

Fiquei no Hostel Santa Cruz Backpacker´s, recomendo. Os funcionários são super simpáticos, a cama é boa, tem piscina e café da manhã.

Tudo o que fiz na cidade foi andar um pouco na praça principal. Achei muito legal, dá para sentir o povo boliviano, as músicas, a cultura...andar por aquelas ruas foi bem interessante. Parecia que eu tinha voltado no tempo, para um Brasil do passado. Músicas dançantes na rua, povo animado...é legal sentar na praça e ficar observando. A altitude da cidade é 400m, calor e úmido, bem diferente do resto das paisagens que encontrei.

No dia seguinte, saí cedo para pegar o voo para Sucre, e fui para o aeroporto de ônibus também. O ônibus dá um pouco de medo, a impressão é de que tudo é bagunçado, mas dá certo. Custa só 6 b, chega rápido no aeroporto, você vai observando os bolivianos, enfim, muito melhor que táxi.

A foto é da igreja na praça principal.

 

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Sucre

 

Pousei em Sucre, saindo de Santa Cruz é apenas meia hora de voo. Fui pela BoA (Boliviana Aviacion), achei ótima, não atrasou, funcionários simpáticos, voos baratos, sem erro. Na hora de sair do aeroporto, tem muito taxista te abordando, a maioria é ilegal, eu acabei pegando um desses, porque os legalizados são poucos e como táxi é barato, todo mundo pega. Deu um medinho, mas cheguei bem e paguei pouco.

Sucre é a primeira cidade alta em que desci, 2.800m. Meia hora depois de pousar, comecei a sentir uma dor de cabeça terrível. Era a altitude, saí correndo para a farmácia para comprar as Soroche Pills, que ajudam um pouco. A moça da farmácia disse que eram duas por dias, no máximo. Aquilo não resolveu, daí comecei minha saga para encontrar as folhas de coca. O chá dá para encontrar fácil, em qualquer café, mas a maioria é de saquinho industrializado, e não da folha (que tem mais efeito). O chá me resolveu um pouco, mas não muito. Só tinha folha de coca no mercado municipal, uma mulher só que vendia, e quando fui ela não estava. Voltei mais duas vezes e nada, só na quarta tentativa é que comprei, por 5 b um saquinho. Depois descobri porque era tão difícil de achar, porque o governo restringiu as áreas de plantio da coca por causa do narcotráfico. Mascar a coca dá alívio mais rápido, mas o gosto é horrendo!

Sucre é uma cidade bonita, parece do interior, as construções são brancas. Muito legal ficar na praça principal olhando as pessoas (fiz isso um pouco, mas logo fui abordada por muita gente vendendo coisas, e saí). Fui no Museu La casa de la libertad, bem interessante para conhecer melhor a história da Bolívia (e da América Latina). Faça a visita com guia. Outro lugar legal é o Mirador, mas o difícil foi o fôlego para subir até lá.... fui parando em cada esquina...

Fiquei no Hostal CasArte Takubamba, achei bom, é bem bonito, camas macias, tem tomada, wifi (não pega nos quartos de baixo), banho quente e café da manhã.

Resolvi comprar a passagem para Uyuni um dia antes de ir, fui para a rodoviária de ônibus. Tem que ter coragem! Tudo parece muito louco, você duvida que vai chegar, mas chega. A rodoviária é mais afastada, dá uns 15 ou 20 minutos. Quando cheguei lá....susto! Rodoviária muito trash...uma bagunça, muito movimento....Tem que respirar fundo e ir. Fui na 6 de Octubre, comprei, olhe bem se o cara anotou o seu nome na guia com os lugares, porque fiquei sabendo que as vezes vendem duas vezes o mesmo lugar. Outra coisa, se na guia dele você vê janela, no ônibus, o número corresponde a corredor, é tudo trocado...kkk... só descobri na hora. Os ônibus não têm banheiro e é uma viagem de 7 horas. Não tem jeito! E essa era a empresa mais recomendada pelo que pesquisei antes.

*Sobre a falta de banheiro: para aguentar, eu parei de tomar água 4h antes da viagem, só tomava goles. Deu certo, consegui segurar, até porque dormir a viagem toda. Outra coisa, o ônibus não tem aquecimento, fui no inverno, foi trash. Senti muito frio, então leve em cima toda a roupa de frio que tiver, gorro, cachecol, luvas...

Fiquei no total 1 dia e meio, no outro dia à noite já peguei o ônibus para Uyuni. Foi tempo suficiente para fazer as coisas com calma e se acostumar um pouco com a altitude.

 

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Deserto de Uyuni

 

Cheguei em Uyuni, vindo de ônibus de Sucre, às 4h da manhã!! E não adianta, não tem outro horário. É trash, você chega no escuro, no frio, não tem rodoviária, os ônibus param em uma avenida. O que dá para fazer é ir para um hostal e pedir para ficar até de manhã. Me aproximei de mais dois estrangeiros, e juntos pedimos um quarto, paguei 40 b. Bem caro para os padrões bolivianos, mas não me importei, só queria um banheiro e uma cama. A moça do hostal era bem antipática, e queria ficar com nossos passaportes, eu disse não, ela acabou cedendo. A regra é nunca deixar seu passaporte com ninguém, claro. Bom, fiquei nesse hostal até umas 8h, aí saí atrás de uma empresa que fizesse o passeio para o deserto. Fui na Cordilhera, recomendada em guias. Na primeira vez, estava fechado, dei uma volta, quando voltei estava aberto, mas não tinha ninguém. Depois apareceu uma mulher. É assim, meio que eles somem, fecham as lojas, depois reabrem... tem que ficar de olho.

Comprei o passeio de 3 dias (2 noites), gastei mais ou menos 530 b. Isso porque paguei uma parte em dólares, então ficou confuso. Aluguei o saco de dormir, foi a melhor coisa que fiz, em vez de levar a viagem toda, porque pesa, e não adianta dos mais finos, para o frio de lá tem que ser um grosso. Comprei junto também a passagem de ônibus para La Paz. O passeio é feito em um carro 4x4, com um guia e mais 6 pessoas. Paguei sozinha, e havia mais 5 pessoas já agendadas. Esse valor cobre tudo, passeio, hospedagem, comida. Só algumas coisas temos que pagar à parte, como entrada em uma das Ilhas e em uma área protegida em que dormimos na segunda noite.

O deserto é incrível! Imperdível!! Fui na época de seca, mas não me decepcionei. O salar impressiona de qualquer forma! Muito bonito, muito branco, muito grande...as dimensões são gigantescas. Vimos paisagens impressionantes, vulcões, rochas, lagos, montanhas...As fotos não dão conta de tudo.

Na primeira noite, dormimos em um hotel de sal, foi tranquilo. As camas eram confortáveis, tinha um aquecimento fraco, mas tinha, e tinha até banho quente por 10 b. Paguei e não me arrependi.

Sou vegetariana, então avisei a moça da agência, e o mais importante, o guia (motorista). Ele que cuida de toda comida, e está bem acostumado com turistas vegetarianos, para mim foi bem tranquilo, não passei fome. Bem, não passei fome com relação à carne, mas a comida era bem contada, porções pequenas para cada um. E não há espaço para frescura, a comida que ele serve só tem aquela e pronto (mas achei bem razoável, tinha salada de pepino, tomate, arroz, macarrão, omelete, frango, peixe). E no deserto dá uma fome gigante, recomendo levar alguns snacks para complementar, levei chocolate e ajudou bastante. A água cada um leva a sua, o guia tem um pouco, mas ele só serve na hora das refeições. Levei 2 litros e deu bem, você não pode tomar muita água de uma vez, por várias razões: vai sentir sede toda hora, e se beber muito, sua água acaba. O deserto é extremamente seco, cada respirada seca o nariz e garganta, daí você toma um gole só para aliviar, várias vezes. Outra, não tem banheiro!!! Na maior parte do dia, o banheiro é o próprio deserto. Leve sempre seu papel higiênico, aliás isso é regra na viagem toda, raramente você encontra papel, mesmo em hostels e restaurantes.

Na segunda noite dormimos em um lugar mais alto, 4.200m, em um ponto mais distante no deserto, então era bem simples, perto da Laguna Colorada e....não tinha aquecimento. Bom, para mim foi ok, eu dormi com toda a roupa do dia, mais saco de dormir, mais os cobertores que tinha. Não passei frio. O duro é ir fazer xixi e abaixar a calça...kkk. E também a luz e a água eram escassas. Leve sua lanterna, usei para ir no banheiro, que não tinha luz. Banho nem pensar, mal tem água, muito menos água quente. Levei uns lenços umedecidos para supostamente usar como substituto para o banho, mas acabei não usando. Nesse frio, você não vai tirar a roupa para passar um lenço gelado em você, acredite. Muito melhor ficar suja mesmo.

Nesse dia, acordamos às 4h para ver os gêiseres. Foi muito, muito frio, aí sim senti o drama, estava abaixo de -15. Mas valeu a pena, os gêiseres são lindos. Em seguida fomos para as água termais....entrar na água! A água está a 30 graus, fora a -15....o mais difícil é colocar o biquíni e chegar na água. Poucos metros de sofrimento, mas vale a pena, uma sensação ótima, quentinho, que mesmo depois de você sair se mantém (tem que pagar para entrar na água e para usar o banheiro, mas é pouco, acho foi uns 6 b).

Durante o dia, fez calor, dava para ficar de camiseta em alguns momentos. Aí batia um vento frio e eu colocava o casaco. O pior para mim foram a altitude e a baixa umidade. A altitude varia, entre 3.600 a 4.900m, em cada momento você está em uma, mas te dá tontura, cansaço, enjoo, isso é difícil. Levei minhas folhas de coca. Quanto à baixa umidade, fique dando goles de água o dia todo, porque a garganta pegava mesmo. E meus olhos sofreram bastante, pinguei muito colírio. Levei sorine, pinguei algumas vezes, mas não sentir muita diferença. É crucial passar protetor solar no rosto, todos os dias, toda hora, porque não havia nuvens, era sol direto, em alta altitude. Óculos de sol também, e hidratante para as mãos (as minhas começaram a rachar, foi trash, só bepantol hidratante salvou).

As tretas: o guia nos recomendou um museu onde supostamente havia múmias de 3.000 anos. Claramente era "montado", uns esqueletos super branquinhos feitos para turista ver. E também nos levou em umas rochas onde supostamente havia pinturas rupestres, que mais provavelmente uma pessoa qualquer desenhou nesse século mesmo.

Outra coisa, não espere um guia maravilhoso, que te explica absolutamente tudo e ainda fazendo piadas. Bom, pelo menos o nosso não foi assim. Eu que enchi ele de perguntas, respondia meio seco, mas respondia.

Voltamos para Uyuni no terceiro dia, e o ônibus para La Paz era de noite, pela empresa Todoturismo. Dá para esperar na própria agência, lá é quentinho e tem wifi, funcionários simpáticos.

Esse ônibus foi mais caro, se não me engano, 170 b, mas valeu muito a pena. Estava super cansada do deserto, eles servem janta no ônibus, dão água, café da manhã (coisas simples, tipo avião), tem banheiro e aquecimento. Mas chegamos em La Paz super cedo, umas 6h.

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Ola Isabella<

 

Como são as estradas da Bolvia?

 

A estraqda entre Uyuni e La Paz, dá para dormir no onibus?

 

E entre Sucre e UYUNI?

 

 

Custos

 

Contando todos os gastos (avião, alimentação, hospedagem, passeios, presentes, tudo), tive uma média de gasto de R$325,00 por dia.

 

Transportes

Voo ida e volta São Paulo para Santa Cruz (TAM): R$1.100 (contando impostos e taxas)

Voo Santa Cruz para Sucre (BoA - ótima empresa aérea, sem atrasos, todos muito simpáticos): R$ 110,00

Passagem de ônibus Sucre para Uyuni: 60 b

Voo La Paz para Santa Cruz (BoA): 530 b

Passagem de ônibus La Paz para Copacabana (Titicaca - muito boa, recomendo, tem até banheiro e Wifi que funciona): 30 b

Barco de Copacabana para Isla del Sol: 20 b

Táxi: em geral, são muito baratos, a maioria é ilegal. Em La Paz, para diferenciar os que são legalizados, é só ver os que têm propagandas no carro, esses são legalizados, mas é tão difícil de achar que você desencana. O mais caro que paguei foi 70 b para ir até o aeroporto El Alto. Nas outras cidades, gastei no máximo 10 b em táxi.

Ônibus dentro das cidades: por volta de 6 b

 

Alimentação

Os almoços, em geral, são pratos fechados (o mesmo para todos mundo), compostos de entrada (sopa) + segundo (prato principal) + postre (sobremesa), por 25 b.

Claro que para comer os preços variam muito, dá para gastar 15 b ou 60 b. O mais comum é gastar por volta de 30 b em uma refeição decente.

 

Alguns gastos a mais: é pouco, mas só para ficar ciente: banho (alguns lugares cobram à parte, por ex, em um dos hotéis no deserto, paguei 10 b por um banho quente); travessia barco lago Titicaca (quando você está no ônibus, tem uma parte em que todos descem e pegamos um barco para atravessar, custa 2 b.); entrada em uma parte da estrada da morte, 25 b (paga na hora).

 

É importante sempre ter moedas!!! Isso porque tem muita coisa que é barata, e em geral eles não têm troco. Atenção especial na Isla del Sol, que eles não têm troco de jeito nenhum. Não vá com notas grandes!! Com uma nota de 100 b, é muito difícil fazer qualquer coisa, para eu conseguir trocar esse dinheiro foi uma saga!!!

 

Passeios

Deserto de Uyuni: 3 dias - Aprox 530 b (mas aluguei um saco de dormir, e comprei junto a passagem de volta para La Paz), pela empresa Cordilheira.

Bike tour na Estrada da Morte (La Paz): 480 b, na Xtreme Downhill (recomendo, foi quase tudo ok)

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