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Resumo: Itinerário: Recife a Natal Distância Aproximada Entre Origem e Destino (Google Maps): 278 km Distância Aproximada Percorrida Incluindo Passeios: 450 km Período: 29/07/2023 a 17/08/2023 (19 dias) Gasto Total: R$ 1.576,62 Gasto sem Transporte de Ida e Volta: R$ 1.300,62 - Média Diária: R$ 68,45 Ida: Viagem pelo BlaBlaCar de Beberibe a Recife por R$ 166,00, com Carlos. Volta: Viagem pelo BlaBlaCar de Natal a Beberibe por R$ 110,00, com Charlenson. Paradas: 1- Recife: 3 dias 3- Olinda: 2 dias 5- Itamaracá: 2 dias 6- Carne de Vaca - PE: 1 dia 7- Praia Bela – Pitimbu - PB : 1 dia 8: João Pessoa: 2 dias 9: Lucena: 1 dia 10: Baía da Traição - PB: 1 dia 11: Baia Formosa - RN: 1 dia 12: Pipa: 2 dias 13: Tabatinga/Búzios: 1 dia 14: Natal: 2 dias Considerações Gerais: Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, preços, acomodações, rios a atravessar, meios de transporte e informações adicionais que eu achar importantes. Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis na internet. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade. Informações Gerais: Em boa parte da viagem houve bastante sol, ocorrendo algumas pancadas de chuva breves, geralmente fracas. Dias com chuva prolongada foram poucos (acho que só 2). Não houve raios. A chuva, quando me pegava nas praias, apesar de não ser tão forte, tornava-se mais sensível devido ao vento forte. As temperaturas estiveram bem razoáveis (para um paulistano), variando de 20 C a 30 C. As praias, o mar, as lagoas, a vegetação, as falésias, as paisagens naturais, os mirantes, as construções históricas e típicas e os itens culturais agradaram-me muito . Em alguns trechos de mar aberto, o mar estava bravo, com ondas fortes e grandes, com alguma correnteza. O mar geralmente tinha uma cor verde linda ou azul . Em Recife e arredores não me arrisquei a entrar no mar devido à possibilidade de ataques de tubarões 🦈. Peguei 2 limões no chão em um caminho. Encontrei muito lixo nas praias, principalmente plástico. A população de uma maneira geral foi cordial e gentil. Em vários locais as pessoas se aproximavam para ouvir melhor e tentar ajudar com informações . Não pude entrar em alguns locais por estar com sunga de banho. Precisei tirar a roupa para cruzar a praia de nudismo. Foi grande a generosidade de alguns donos de acomodações, que ofereceram cafés da manhã que eu não havia contratado ou uma que até ofereceu a estadia inteira sem pagar, achando que eu estava em dificuldades . Procurei ser o mais educado possível e recusei quase todos para não abusar da hospitalidade. A caminhada no geral foi tranquila. Os maiores problemas foram os rios a atravessar. Mas acabei conseguindo as travessias em quase todos, só precisando atravessar nadando em dois. Não tive nenhum problema de segurança (nenhuma abordagem indesejada) nas praias nem nas estradas nem nas cidades. Evitei trechos do centro de Recife no domingo. A população pareceu-me não ter grandes preocupações com segurança, pelo modo como andavam, comportavam-se e me atendiam (um estranho), mesmo à noite. A maioria aceitava cartão de crédito, mas alguns com acréscimo. Quase todos aceitavam PIX. Meus gastos foram R$ 212,00 com alimentação, R$ 1.016,72 com hospedagem, R$ 71,90 com transporte durante a viagem e R$ 276,00 com ida e volta pelo BlaBlaCar (https://www.blablacar.com.br). Mas considere que eu sou bem econômico. A Viagem: Minha viagem foi de Morro Branco, Beberibe, Ceará, a Recife no sábado 29/07/2023 pelo BlaBlaCar. Meu vizinho Francesco veio despedir-se de mim antes de eu sair, deu-me um abraço e me desejou boa viagem. Caminhei até o ponto de encontro, que era no acostamento da estrada CE-040, perto da entrada de Beberibe. No caminho comprei pães para complementar meu café da manhã e para a viagem. Cheguei pouco antes da hora combinada. Esperei um pouco e o motorista Carlos quase passou por mim. Só parou porque me reconheceu pelo rosto. Pareceu ser um bom motorista e bastante culto, torcedor do Sport, engenheiro civil com experiência em vários projetos, trabalhando atualmente em Fortaleza e com a família morando em Recife, já tendo feito projetos em Angola. Embarquei cerca de 8h30. Já estavam no carro uma outra moça que iria até Aracati e Gabriel, argentino, que tinha crescido em Campinas e morava no Nordeste há bastante tempo, que iria para Natal. Deixamos a moça em Aracati e lá embarcou a venezuelana Luz. Ela trabalhava de modo itinerante dando aulas de inglês e não era crítica ao governo da Venezuela. Na parada em Aracati, Carlos reabasteceu e eu aproveitei para pagar minha passagem pagando o reabastecimento com cartão de crédito, Paramos numa tapiocaria na estrada em Angicos. Todos comeram. Eu comi parte dos pães que havia comprado e uma tapioca com manteiga. A estrada tinha pista simples em boa parte do trecho até Natal (acho que de Aracati para frente), sendo que em alguns pontos havia obras de recapeamento, com barreiras para passar em meia pista alternadamente cada sentido, o que aumentou consideravelmente o tempo de viagem, sem contar o risco maior de acidentes. Em Natal deixamos Gabriel e Luz e embarcaram Jamerson e um outro rapaz de Apodi, que era engenheiro eletricista. Chamou minha atenção ele falar que sendo recém formado sua remuneração era próxima do salário mínimo. De Natal para frente a estrada era duplicada, o que aumentou consideravelmente a velocidade e deixou a viagem mais confortável e segura. Em João Pessoa deixamos Jamerson e embarcou uma moça paraibana. Pudemos apreciar o lindo pôr do sol na Paraíba, perto de 17h15, bem cedo para os padrões paulistanos, nem tanto para os padrões cearenses. A viagem foi tranquila e eu fui o último a descer em Recife. Carlos gentilmente levou-me bem mais perto do que o combinado inicial, deixando-me na Praça do Derby, cerca de 10 minutos a pé do hostel que eu havia reservado. Chegamos perto de 19h. De lá fui a pé para o hostel. Fiquei no Recife Hostel (https://www.google.com.br/maps/place/Av.+Manoel+Borba,+796+-+Boa+Vista,+Recife+-+PE,+50070-045/@-8.0588931,-34.8950038,17z/data=!3m1!4b1!4m6!3m5!1s0x7ab18c3a6a9dfcf:0xff54dae811692ae9!8m2!3d-8.0588984!4d-34.8924289!16s%2Fg%2F11cpplyxdf?hl=pt-BR&entry=ttu). Estava terminando uma festa 🥳. Esperei que concluíssem para fazer o procedimento de entrada. Paguei R$ 105,30 por 3 diárias. Após me estabelecer, fui ao supermercado para comprar legumes, mas achei os preços altos e nada comprei. Observei que na região do hostel havia vários bares e similares com bandeiras e símbolos de apoio ao público LGBT. Voltei e fui fazer o jantar. Tinha levado comigo um pouco de arroz integral, feijão, milho, proteína de soja texturizada e limões. Cozinhei para os 3 dias, pretendendo guardar na geladeira para os 2 dias seguintes. Uma francesa e a chinesa Estela de Hong Kong, com quem comecei a conversar, quiseram experimentar. A francesa pareceu gostar, pois repetiu. Ou então estava com fome 😄, posto que minha comida é totalmente fora dos padrões. Uniram-se à conversa o voluntário do hostel Flávio, que era amazonense, outro moço que era de Natal, um alemão e acho que alguns outros esporadicamente. Durante a noite havia uma pessoa roncando alto em parte do tempo, mas como meu sono é pesado, não gerou grande impacto. Apareceu uma mosca (não era mosquito, era mosca mesmo), mas também não incomodou muito. Achei o ar condicionado um pouco forte. Para as atrações de Recife veja https://visit.recife.br e https://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g304560-Activities-Recife_State_of_Pernambuco.html. Os itens de que mais gostei foram o Marco Zero, as praias, os itens históricos e culturais e o Parque das Esculturas . No domingo 30/07 inicialmente saí para procurar por uma padaria para comprar pão. Mas não achei nenhuma aberta. Não quis ir ao supermercado, pois tinha achado o preço do pão alto nele. Assim sendo, comi no café o mesmo que tinha comido no jantar, só que em menor quantidade, acrescido de biscoito de polvilho, que havia gratuitamente na área compartilhada do hostel. Conheci Ana, pernambucana do interior, que estava ali para resolver questões na capital. Após o café da manhã, saí para conhecer a região central. Algumas pessoas disseram-me para não ir às áreas comerciais do centro, pois estariam desertas no domingo e poderia não ser seguro. Nelas também havia atrações históricas e culturais. Assim sendo, concentrei-me no Marco Zero e arredores. Havia muitas construções históricas no caminho para lá e no seu entorno. Havia praças, igrejas, sinagoga, museus, casas de exposição (frevo, bonecos gigantes), museu de cera etc. Visitei a maioria por fora e entrei no Centro de Artesanato (que achei muito interessante), na Torre Malakoff e no Centro Cultural Caixa. Pude apreciar também as estátuas dos poetas, o Rio Capibaribe, os canais e a vista do Parque das Esculturas, do farol e da barreira de recifes. Fiz um passeio pelas redondezas englobando o forte, os armazéns, o Porto Digital e a orla, além das construções históricas. Achei magníficas as vistas, principalmente do Parque das Esculturas, da orla, do rio e do mar. Esta era a vista do Parque das Esculturas a partir do Marco Zero. Havia muitas pessoas passeando ou fazendo itinerários de bicicleta. Como houve greve de ônibus neste dia, algumas atrações ou locais de informação estavam fechados. Fiquei um tempo apreciando um show na Praça do Arsenal, onde espectadores dançavam frevo. Fiquei também apreciando o mar, o Parque das Esculturas e todo o movimento na Praça do Marco Zero. Depois apreciei também uma batucada de um grupo ali perto. Houve ainda uma manifestação contra o abate de jumentos, cuja carne estava sendo vendida para a China. Passei ainda pelo Palácio do Governo, pela praça na sua frente e vi o teatro ao lado por fora. No caminho de volta ainda foi possível apreciar um trecho histórico da Rua Aurora, com casas antigas. Quando voltava para o hostel, encontrei a chinesa Estela, que disse que estava indo dar um passeio, pois estava começando a festa no hostel e ele ficava lotado. Eu não tinha ideia do que era este “lotado” 😄. Chegando, como a festa ainda não tinha começado, jantei o mesmo do dia anterior, acrescido de farinha de milho, pega da área compartilhada do hostel. Pouco depois do jantar começou a festa, que imagino ser dirigida ao público LGBT, tendo inclusive apresentação de transsexual ou travesti e muita música. Eu estava na sala, uma espécie de área de convivência. Havia tanta gente que o caminho para o banheiro e para a cozinha ficou inviável. Mesmo para entrar no quarto era difícil, pois o palco ficava bem na porta. A festa durou umas 2 a 3 horas. Durante a festa levei várias picadas de pernilongos 🦟 ou similares. Após acabar, pude escovar os dentes e fui dormir. No quarto conheci uma moça que havia sido assaltada numa ocasião de madrugada quando voltava do shopping ali perto. O ar condicionado estava bem mais forte (19 C), pois Flávio desejava expulsar a mosca, o que realmente ocorreu. Porém passei um pouco de frio durante a noite. Na 2.a feira 31/7, após tomar café da manhã com o mesmo que havia jantado (se bem me lembro acrescido de alguns biscoitos de polvilho), fui à Praia de Boa Viagem. Fui andando. Muitas pessoas me deram informações no trajeto. No meio do caminho, quando houve uma bifurcação num viaduto, perguntei a um rapaz que prestava serviços para a companhia de energia, eu acho, se seguia em frente, o que parecia ser o caminho indicado pelo mapa. Ele me disse que era melhor não, pegar o outro ramo da bifurcação e sair na Praia do Pina, que seria um caminho mais seguro, além de mais bonito. Caso contrário eu pegaria a Via Mangue. Fiz o que ele disse e pouco depois cheguei à praia. Andei pelo calçadão até encontrar um banheiro funcionando. Depois fui para a areia. Achei as praias lindas . Estava bastante sol e a maré estava baixa, o que fazia a caminhada bastante agradável e as paisagens muito belas. A praia estava cheia, apesar de ser 2.a feira. Principalmente em Boa Viagem, havia vários banheiros funcionando. Passei pela Igreja de Nossa Senhora de Boa Viagem, mas estava fechada. Mesmo assim, gostei de rever sua arquitetura simples. Depois visitei o Parque Dona Lindu e o Monumento aos Retirantes (que alguns me informaram como sendo a família do Lula). Não entrei no mar, mesmo com maré baixa, pois não quis correr nenhum risco com tubarões. Mas pela quantidade de gente que estava nas piscinas naturais formadas, acho que o risco era muito baixo ou quase inexistente com a maré tão baixa daquele jeito, dados os arrecifes que bloqueavam o acesso e geravam os remansos. Depois de desfrutar bastante das vistas, da praia e da orla, fui pela praia ao Parque das Esculturas. Após acabar a Praia do Pina passei pelo Buraco da Velha e pela Praia de Brasília Teimosa. Trabalhadores perto da entrada do parque, que faziam procedimentos de revitalização ou urbanização, deram-me informações para acesso. Achei espetacular o Parque das Esculturas (https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_das_Esculturas_Francisco_Brennand). Não conhecia as obras do Francisco Brennand. A Torre de Cristal pareceu-me a mais imponente e impactante. Mas achei as outras muito interessantes também. Um trabalhador de uma empresa de restauração, que havia participado do projeto original, contou-me que muitos itens foram roubados do parque, que não possuía vigilância. Falou que quase tudo que era de cobre ou bronze (ovos de tartaruga, partes de estátuas de aves e outras, fiação etc) ou que tinha algum valor foi roubado. Disse que levaram caminhões à noite para roubar. Falou-me também de um assassinato ocorrido à noite de um homem de um casal de homossexuais. Como o mar era muito bravo, não pude ir até a ponta onde estava o farol. Achei muito belas as vistas da cidade e do oceano a partir de lá. Em especial, tirei esta foto do Marco Zero e arredores: Não havia barcos para travessia, por ser 2.a feira, então voltei pelo mesmo caminho que tinha vindo, passando novamente na avenida da comunidade que lá morava. Não entrei na comunidade, pois não sendo conhecido, achei que poderia haver algum estranhamento. De lá fui visitar o Recife Antigo. Precisei passar por uma ponte sem área para pedestres 😨. Visitei a sede do Galo da Madrugada, Memorial Estátua de Luiz Gonzaga, Casa de Cultura (que parecia ser uma antiga cadeia ou forte), Pátio de São Pedro, Igreja e Convento do Carmo, Mercado de São José e outras igrejas. Ex-policial que tinha um restaurante no Pátio de São Pedro falou-me como havia decaído a região, que antigamente era muito frequentada por turistas e que atualmente estava bem mais deserta e até com algum risco de segurança, principalmente após o horário comercial. Comi uma tapioca e um pastel no meio e fim da tarde. Quando já voltava para o hostel, ainda visitei outra parte da Rua Aurora, com seus casarões antigos e a Ponte da Boa Vista. As pontes à noite ficavam iluminadas e me pareceram muito bonitas 👍. A quantidade de pontes próximas lembrou-me um pouco São Petersburgo. Não tive nenhum problema de segurança ao longo do dia. Fiz arroz, feijão e soja juntado com limões para o jantar, pois não contava com o fato de que mais pessoas além de mim comeriam nem que eu comeria o mesmo nos vários cafés da manhã, o que fez a comida acabar um dia antes. Acrescentei farinha de milho ao jantar e comi de sobremesa alguns biscoitos de polvilho, ambos da área compartilhada do hostel. A chinesa Estela experimentou um pouco, mas achou que a farinha estava muito seca e pediu para colocar o caldo ou um pouco de água. Conversamos bastante sobre as viagens (minha e dela), Brasil, América do Sul, China e Hong Kong. Pedi a Flavio e o ar condicionado foi aumentado para 23C, bem mais confortável, porém a mosca voltou. Na 3.a feira 1/8, após o café da manhã com o mesmo que havia comido na janta mais biscoito de polvilho da área compartilhada, saí para visitar a Praça do Derby, onde eu tinha descido na chegada, mas que não tinha tido tempo de conhecer, a Ilha do Retiro, não podendo entrar no campo porque estava em obras, mas podendo visitar todo o complexo esportivo do clube e o Memorial Dom Helder Câmara, onde não pude entrar. Voltei para o hostel, despedi-me de Flávio, Ana, Estela e de outros e parti para conhecer alguns itens que faltavam e ir para Olinda. Passei então pela Capela Dourada. Não entrei no museu, mas entrei na igreja ao lado, de onde se podia vê-la da porta. Depois fui fazer visita ao Teatro Santa Izabel, em que fui guiado por Wellington, que conhecia muito bem sua história e o contexto que o envolvia. Saindo de lá, fui pela Rua Aurora vendo as estátuas e construções antigas ou de interesse até a Assembleia, o Parque 13 de Maio, a Faculdade de Direito e a Câmara Municipal. Depois retomei a orla do rio e fui vendo suas estátuas de poetas e outras, Monumento Tortura Nunca Mais, outros monumentos, obras de arte e o rio, que caminhava em direção ao mar. Ao fim, peguei a avenida e rumei para Olinda. Passei por longo trecho semideserto, ao lago de área de vegetação. Achei as vistas do rio e das matas muito belas. Cheguei em Olinda pouco antes das 15h. Pessoas deram-me informações para eu chegar até o hostel. Lá fiquei no Hostel Temporada Rosário (https://www.google.com.br/maps/place/Ros%C3%A1rio+Hostel/@-8.0092428,-34.8558455,17z/data=!3m1!4b1!4m9!3m8!1s0x7ab22ae71c43143:0x9c5b3d9a41f458ff!5m2!4m1!1i2!8m2!3d-8.0092481!4d-34.8532706!16s%2Fg%2F11cjgfftfy?hl=pt-BR&entry=ttu e https://www.instagram.com/rosariohostelolinda241), pagando R$ 75,42 por duas diárias em uma cama compartilhada num quarto com banheiro. Porém fiquei sozinho, pois não havia outros hóspedes no quarto. Em outros quartos havia um casal de pernambucanos e um casal de franceses. Daniel, o dono do hostel, deu-me ampla explicação sobre Olinda e sobre as próximas etapas da caminhada, principalmente ida à Itamaracá. Mostrou-me também a vista da sacada, que permitia ver parte do centro histórico e áreas de vegetação natural. Após me estabelecer, passei na padaria e comprei alguns pães para um pequeno lanche. Depois visitei 4 Cantos, onde peguei informações turísticas, andei por algumas ruas centrais e fui até a Sé. Lá dei um passeio pelas atrações existentes, visitei a feirinha e fui apreciar a vista a partir dos mirantes e depois o pôr do sol, que estava lindo 👍, mas de que não tirei foto porque havia deixado o celular no hostel. Havia um observatório lá e estavam fazendo uma atividade com dois telescópios nas praças para observação da lua cheia. A lua 🌕 estava linda e a observação através do telescópio, podendo ver suas crateras, manchas e detalhes foi maravilhosa. O tempo estava limpo, o que ajudou bastante. Havia fila para olhar e tirar fotos da imagem produzida pelo telescópio. À noite, como era Dia do Maracatu, houve apresentação de vários (acho que 8 ) grupos de Maracatu 💃, desfilando pelas ruas a partir do Largo do Amparo e chegando aos 4 Cantos, onde faziam uma apresentação mais longa final . Acompanhei o desfile do primeiro grupo pelas ruas e depois fiquei nos 4 Cantos para assistir a apresentação dos demais grupos. Creio que assisti a cerca de 7 grupos. Numa das apresentações, um músico desmaiou, foi carregado, mas logo foi reanimado e, depois, levado ao hospital. No fim do desfile que acompanhei, encontrei o alemão que havia conhecido no hostel de Recife. À noite cozinhei o resto do arroz, feijão, soja e milho que tinha levado e juntei com os limões. Passei das 22h, que era o limite de uso da cozinha. Mas Daniel havia me autorizado a ficar um pouco mais, desde que não fizesse barulho. Ainda assisti parte do jogo da Copa Sulamericana enquanto jantava. Para as atrações de Olinda veja https://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g304559-Activities-Olinda_State_of_Pernambuco.html e https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/olinda/. Os itens de que mais gostei foram os itens históricos e culturais, as praias, os mirantes, o desfile de grupos de maracatu e o observatório astronômico. Na 4.a feira 2/8 saí para comprar 10 pães de manhã, vi na padaria que estava acabando o primeiro tempo do jogo do Brasil contra a Jamaica na Copa do Mundo de Futebol Feminino e voltei para o hostel para comer o café da manhã enquanto via o segundo tempo. Conversei com o casal de franceses e me despedi do casal de pernambucanos que estava indo embora. Lamentavelmente o Brasil ficou no empate e foi eliminado. Após isso, apreciei um pouco mais a vista da sacada, esbocei meus trajetos do dia a partir dela e saí para conhecer a cidade. Visitei igrejas, becos, praças, casas antigas, o farol, a prefeitura, a câmara, a faculdade, biblioteca, itens históricos, culturais e outros. Achei boa parte muito bem preservada. A maioria das igrejas estava fechada e o farol também, mas pude entrar em algumas. Um atendente do Centro de Cultura explicou-me sobre as praias de Olinda e falou de uma, em direção a Recife, em que havia desova de tartarugas, poderia haver problemas de segurança e em que um surfista havia morrido há pouco tempo devido a ataque de tubarão 🦈. Andei pela orla, onde achei as vistas do mar e da orla muito belas. Houve pequena garoa, que criou um lindo arco-íris. O mar parecia bravo. Havia vários trapiches em que se podia caminhar e ter uma vista ainda melhor do mar. Guardei 3 pães do café para comer no almoço. Lamentavelmente 2 mulheres pediram-me pão ou comida logo após eu ter acabado de comer os pães e fiquei sem atendê-las. No entardecer voltei a Sé para ver o pôr do sol e a Lua quase cheia, mas o tempo não estava muito bom. Veja pela foto. Começou a garoar e então decidi não esperar pela visualização da Lua pelo telescópio, que imagino que deve ter sido cancelada. No fim do dia, após voltar ao hostel, a chuva engrossou e houve goteira na cozinha, sobre a mesa. Daniel e seu assistente rapidamente moveram a mesa e fizeram um contorno. Eles ainda me deram mais algumas dicas sobre a caminhada a Itamaracá a ser feita no dia seguinte, falando de travessias e opções. À noite houve pernilongos, mas como havia ventilador no quarto, liguei-o para espantar os pernilongos e pude dormir tranquilo. Na 5.a feira 3/8 comprei pães, comi o café da manhã, perguntei a Daniel qual o melhor caminho para chegar na orla, despedi-me dele e parti para Itamaracá. Ao chegar perto da orla aproveitei para sacar dinheiro, pois poderia ir para lugares em que não se aceitasse cartões ou PIX. Logo após fui para a Praia do Bairro Novo e de lá prossegui pela areia. Achei as praias lindas e boas para caminhar. Houve vários trechos com pedras na areia e recifes. Ao longo do dia algumas pessoas deram informações precisas e detalhadas. Passei por esta estátua de Iemanjá, que ficava na foz de um rio ou na lateral de um braço de mar, mas que tinha uma ponte próxima para travessia. Ao passar por Maria Farinha vi um enorme prédio abandonado, de que Daniel havia falado, como sendo perto do ponto para pegar o acesso ao ponto de travessia. Ainda fui até o pontal, mas depois voltei em direção ao ponto das balsas e barcos. Ao chegar ao ponto onde havia a balsa, os barqueiros me deram opções de ida a vários locais. Deram-me a melhor solução para gastar menos 👍. Optei por fazer a travessia mais simples, que ia somente até o outro lado, deixando-me em Nova Cruz, município de Igarassu. Paguei R$ 3,00 pela travessia. O barqueiro que me atravessou parecia bastante preocupado com o bem-estar dos clientes. Estava argumentando com outro que era necessário haver número suficiente de barcos, mesmo em dias com menos movimento, para que os passageiros não ficassem esperando muito. Chegando em Nova Cruz, fui caminhando até Mangue Seco e de lá, conforme me haviam dito, consegui atravessar andando para Coroa do Avião com a maré baixa. Achei esta região muito bela. Eis uma foto dela: Coroa do Avião era um banco de areia no meio do mar. Lá conheci uma família de goianos, com quem deixei minha mochila para ir tomar um banho de mar. Conversei um pouquinho com eles sobre nossas viagens. Procurei por um barqueiro para me atravessar, que encontrei por R$ 25,00, mas acabou aparecendo uma lancha que iria levar um casal de volta a Itamaracá. Negociei com o piloto que aceitou me levar junto por R$ 10,00. O homem do casal concordou. Quando chegamos lá, o homem disse que eu não precisaria pagar nada, mas como havia combinado com o piloto, paguei. Chegando em Orange, aproveitei para visitar o forte, que achei bem conservado, e depois fui para a praia rumar para a pousada mais barata que havia encontrado, ao preço de R$ 120,00 a diária. Na praia havia pessoas praticando kitesurf. No caminho questionei outras pousadas e até um apartamento para aluguel, mas as outras pousadas eram mais caras e o apartamento não tinha infraestrutura para alguém somente com uma mochila, além de só estar disponível por um dia. Quando já procurava pela pousada que havia pesquisado, perguntando para um rapaz que estava na rua sobre possíveis moradores que alugassem quartos, ele me apontou para a casa de Antônio Mário, que disse que alugava, mas que achava que tinha parado, posto que não havia mais placa na porta. Mesmo assim arrisquei e fui até lá. Antônio Mário atendeu-me e disse que ainda alugava. Ofereceu a quitinete por R$ 150,00 por dois dias, o que dava R$ 75,00 a diária. Prontamente aceitei. Paguei-o em dinheiro. Após me estabelecer, fui tomar um banho de mar e depois, com orientação de Antônio Mário, fui comprar legumes, queijo e pães para o jantar e o café da manhã. Houve alguns insetos parecidos com pulgas na cama e pernilongos 🦟 durante a noite, mas consegui dormir bastante. Para as atrações de Itamaracá veja https://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g793395-Activities-Ilha_de_Itamaraca_State_of_Pernambuco.html e https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/ilha-de-itamaraca/. Os itens de que mais gostei foram as praias, a Trilha dos Holandeses, o Forte Orange e Vila Velha. Na 6.a feira 4/8 fui tomar banho de mar logo de manhã. Na volta Antônio Mário estava me esperando sentado num banco numa espécie de pracinha na esquina. Convidou-me para tomar café da manhã com ele. Eu lembrei a ele que não estava incluído, mas ele convidou mesmo assim. Acompanhei-o até sua casa, onde ele me ofereceu pães, queijo, frutas etc. Tentei não abusar e depois saí para comprar pães e complementar meu café da manhã, dado que não pretendia almoçar. Devido aos insetos durante a noite, pedi a Antônio Mário que retirasse os colchões que estavam ao lado da cama na quitinete. Ele fez isso e ainda me disse que jogaria uma espécie de repelente enquanto eu estivesse ausente. Acho que deu resultado, pois os insetos parecidos com pulgas sumiram e houve bem menos pernilongos durante a noite. Após o café, saí andando pela praia em direção ao centro. Lá conheci a igreja, mas não pude me aproximar do altar por estar de sunga. Fui ao setor de turismo da prefeitura tentar obter informações. Não pude ir até a sala correspondente por estar de sunga, mas me deram um folheto com as principais atrações da cidade. Um guarda da câmara municipal deu-me várias informações e me recomendou não entrar no mangue quando estivesse procurando travessia de barco para a Praia do Sossego, por razões de segurança. Fui andando pela praia até o Pontal do Jaguaribe e descobri que poderia atravessar para a Praia do Sossego andando com a maré baixa. Fiz a travessia para testar e a água chegou apenas na cintura. Achei muito bela a vista a partir do pontal e a partir da própria Praia do Sossego. Voltei caminhando e passei pela Igreja de Jaguaribe e pelo Espaço Ciranda, que tinha murais grafitados. A gestora disseram-me estar viajando (acho que na Suíça ou semelhante). Voltei pela praia e rumei para o Forte Orange, onde aparentemente começava a Trilha dos Holandeses até Vila Velha. Algumas pessoas deram-me informações, mas preferi perguntar aos atendentes do forte para não ter dúvidas. Indicaram-me onde era o início da trilha, na Capela de São Paulo, que ficava na estrada, mas acabei pegando a rua errada na capela e andei parte do caminho errado . Uma moça que trabalhava no quintal até me disse que eu estava no caminho errado, mas não acreditei nela. Quando voltei, disse para ela que ela tinha razão. E ela reforçou que um homem havia passado por ali (imagino que ela tenha perguntado) e dito que a trilha era pela outra rua, o que eu segui e desta vez deu certo. Achei a trilha muito preservada e limpa, com linda mata no entorno. No final, para chegar em Vila Velha, havia um rio ou braço de mar que era necessário atravessar. Achei que teria que desistir, mas havia um barqueiro da prefeitura que me atravessou gratuitamente. Quando disse a ele que não havia levado dinheiro e teria que desistir, ele me disse que não havia problema, pois o serviço era público e gratuito. Estavam construindo uma ponte para futuramente facilitar o acesso. Visitei a igreja, vi o mirante, a partir do qual achei a vista linda, e desci até o forno de cal, onde Ednildo, que construiu uma casa em cima, linda e singular, recebeu-me muito bem. Ele disse que foi para lá com a família inicialmente por necessidade, viver ali no buraco. Com o tempo foi construindo a casa, que me pareceu uma espécie de chalé montanhês de madeira. E estava vivendo ali vendendo as obras de arte que produzia. No caminho para o forno havia uma cobra verde 🐍, que olhei, mas não molestei nem me atacou. Atrasei para voltar, mas o barqueiro ainda me esperava. Ele morava na comunidade, o que acho que facilitou. Atravessou-me, peguei a trilha de volta e fui parar na praia, ainda antes do pôr do sol. Voltei pela praia, tomei um banho de mar e cheguei de volta à quitinete. Comprei pães, queijo e legumes para sanduíches no jantar e pães doces para sobremesa. A operadora de caixa do supermercado trocou dinheiro para mim, mesmo pagando com cartão. A noite foi bem mais tranquila que a anterior, sem os pequenos insetos e com muito menos pernilongos. No sábado 5/8, inicialmente tomei um banho de mar, depois comprei pães para o café da manhã e, após comê-los, despedi-me de Antônio Mário e parti pela areia da praia em direção ao Pontal do Jaguaribe. Passando pelo centro tentei sacar dinheiro, mas não consegui, pois o caixa eletrônico estava sem dinheiro. Cheguei lá com a maré já baixa o suficiente para poder atravessar andando para a Praia do Sossego. Estava um pouco mais alta do que no dia anterior, mas nada que impedisse a travessia andando. Comi algumas bananas 🍌 que estavam um pouco verdes antes da travessia e não me caíram bem. Acabei devolvendo parte delas, inclusive para não correr riscos de ter algum mal-estar durante a travessia. Ao longo do caminho todas as praias me pareceram muito belas. Passei por várias praias e cheguei ao Pontal da Ilha. Lá havia um ponto em que barcos passavam e levavam passageiros para Goiana, que era o município do outro lado do rio ou canal. Perguntei a um casal e me disseram que tinham vindo até lá com um barqueiro, mas só voltariam à tarde. O dono do restaurante ou bar do local de embarque me disse que o movimento estava fraco e que não havia barcos para travessia. Outros disseram-me para esperar. Várias pessoas deram-me informações e tentaram ajudar-me a conseguir um barco. Resolvi tomar um banho de mar enquanto esperava. Depois, vendo o tempo passar, saí para procurar por barqueiros. Um rapaz que trabalhava com várias coisas no local, disse-me que estava aguardando chegar uma encomenda com seu barco e que me levaria se eu não conseguisse outro. Porém, após algum tempo, indicaram-me que vinha um barco, pilotado por Benedito, que poderia atravessar-me. E, de fato, ele atravessou-me por R$ 10,00. Chegando lá, andei por toda orla de Goiana pela praia. Havia vários trechos com recifes e piscinas naturais, o que me lembrou Porto de Galinhas. As vistas das praias continuavam muito belas. Eis uma foto delas: No caminho encontrei um rapaz que vendia jujuba, amendoim, castanha de caju e similares e perguntei sobre distâncias e tempos de caminhada. Já perto de chegar a Carne de Vaca, último povoado de Pernambuco e onde eu pretendia dormir, encontrei o carteiro Antônio Carlos na praia, se bem me recordo, caminhando com sua família. Ele me falou de onde poderia encontrar quartos baratos para passar a noite. Segui suas informações e de mais alguns outros, mas nenhum dos locais tinha quartos disponíveis. Seu Nô, do mercado, disse que em 26 anos lá, eu era o primeiro a procurar um quarto para alugar por um dia. No caminho, passei por uma pousada que tinha visto pela internet e perguntei se tinha vagas e qual era o preço. Tinha e era R$ 120,00. Quis procurar algo mais barato, mas imaginei que por ser sábado, corria grande risco de não ter mais vaga quando voltasse. E foi exatamente o que ocorreu 😄. Não consegui os quartos baratos e, quando voltei, não havia mais vaga nela. Até perguntei para o dono se não tinha nem um quarto de empregado, mas ele disse que estava tudo lotado. Tinha também ligado para a única outra opção de hospedagem que havia visto na Internet, que era a Guest House Dadeb (https://www.google.com.br/maps/place/GUEST+HOUSE+DADEB/@-7.5805717,-34.8400229,17z/data=!3m1!4b1!4m9!3m8!1s0x7ab5fa106576397:0x933c0847ac7c1017!5m2!4m1!1i2!8m2!3d-7.580577!4d-34.837448!16s%2Fg%2F11t6x0fd1q?hl=pt-BR&entry=ttu e https://www.instagram.com/guesthouse.dadeb), imaginando que poderia ser um hostel. Mas não era. Era uma casa inteira, ou uma suíte. Só a casa estava disponível por R$ 150,00. Pedi algumas informações para a dona, Deborah, e ela foi muito gentil dando-me informações sobre um hostel e outros locais de hospedagem mais baratos nas paradas anteriores. Porém não havia ônibus, só mototáxi. Fiz uma contraproposta para a Deborah, de R$ 100,00 sem uso de ar-condicionado nem de nenhum item de luxo. Acho que ela viu minha dificuldade e aceitou. Fui à padaria e ao mercado para comprar o jantar e o café da manhã. Neste intervalo encontrei novamente Antônio Carlos, que me disse que me levaria até uma das paradas anteriores, se eu não conseguisse local para ficar. Mas eu disse para ele que não precisava, que tinha viabilizado com a Deborah. Após eu comprar, pães, legumes, queijo e broas doces, ao voltar da padaria e do mercado e ir em direção à Guest House, ele me encontrou de novo, acho que tinha ficado esperando, e me acompanhou de moto até lá. Disse que o local era tranquilo, mas que poderia haver alguns meninos que usassem algum tipo de substância ilícita no caminho e, por isso, era melhor me acompanhar, também para saber se a hospedagem era confiável. Fomos tranquilamente, não houve nenhum problema e rapidamente encontramos a Guest House. Deborah já estava me esperando. Agradeci Antônio Carlos, que cumprimentou Deborah, a quem não conhecia, e entrei. Ele conhecia o pai dela, que era austríaco e disse que era gente muito boa. A casa era linda, muito bem cuidada, com muitos detalhes. Conforme havia falado, retirei tudo que era opcional para não sujar. Adorei o local. Ao ver minha aparência de mochileiro, considerando que eu estava a pé, Deborah ofereceu-me não pagar nada, se eu estivesse passando por alguma dificuldade . Disse que eu poderia usufruir da noite e ir embora de manhã, sem nada pagar. Eu agradeci muito, mas não aceitei e paguei a ela o que havíamos combinado. Ela deixou na geladeira um prato de frutas de cortesia para mim, com uvas mamão e bananas. O cachorro dela era muito simpático. A noite foi excelente, apesar de alguns pernilongos, com sono muito bom. Poderia ter ligado o ventilador para espantá-los, mas não quis movê-lo de local, dado que eles quase não incomodaram. No domingo 6/8 após tomar o café da manhã que havia comprado no dia anterior com pão, queijo, tomate, bananas e frutas deixadas por Deborah (mamão, uvas e bananas) aprontei-me e fui procurá-la para agradecer pela hospedagem e pela oferta de gratuidade e me despedir. Conversamos bastante. Ela falou que já havia dado “rolês” em alguns locais e por isso entendia minha situação. Falou de sua mudança de Recife para Carne de Vaca, do seu filho bebê, de seu pai, de sua vida na casa e me deu informações sobre a travessia, oferecendo-me inclusive carona até o porto, o que educadamente recusei. Por fim pediu-me desculpas por me ter oferecido a estadia gratuita, achando que eu poderia estar em dificuldades. Eu respondi que não havia problema nenhum e que isso mostrava que minha aparência era de peregrino, que era o que eu era 😄, e não turista. Depois parti e fui até o ponto de saída da balsa, que me atravessou para Acaú, primeira cidade da Paraíba, por R$ 7,00. Nela estava o rapaz que vendia jujuba e similares, que havia encontrado no dia anterior. Ele pretendia ir até Pitimbu. Achei as praias muito belas. Nas proximidades de Pitimbu encontrei estes simpáticos habitantes, usufruindo da existência. Segui o caminho até a Barra do Rio Abiaí. Lá não havia barqueiros e não dava para passar andando. A água me cobria, com razoável correnteza. Fiz um teste e percebi que teria que nadar. Testei duas opções sem a mochila antes de decidir qual seguir. Enrolei celular e carteira com vários plásticos, Fechei o saco plástico que continha minhas roupas, coloquei tudo que tinha dentro dele e fui. Até que foi tranquila a travessia nadando, mas molhou um pouco a mochila, o que fez com que molhassem um pouco as últimas roupas do saco. Celular e carteira ficaram totalmente secos. Prossegui, satisfeito com o resultado da travessia. O tempo mudou um pouco e houve uma rápida chuva leve. A paisagem mudou e apareceram falésias, várias delas coloridas. Eu adoro falésias. Eis as fotos de algumas: Esta é a da entrada de uma. Esta é de dentro de uma, em direção ao mar. Após apreciá-las bastante, segui viagem. Alguns quadriciclos passaram por mim. Cerca de 1h depois cheguei em Praia Bela, meu destino final daquele dia. O pessoal nadava numa espécie de lagoa ou remanso de um rio que lá existia e praticava tirolesa em cima. Achei linda a paisagem. Após um banho de mar e um banho de rio, cuja água doce era mais quente, procurei informações de como subir nas falésias para chegar até a cidade e o hostel que eu havia pesquisado. Informaram-me que havia uma trilha, segui e cheguei lá em cima, sem precisar atravessar o remanso de barco. De lá fui procurar o Vida Linda Camping e Hostel (https://www.google.com.br/maps/place/Vida+Linda+Camping,+Hostel+e+Su%C3%ADte/@-7.389287,-34.8057783,17.22z/data=!4m9!3m8!1s0x7acbdbd0205667d:0xe45331556c0bf119!5m2!4m1!1i2!8m2!3d-7.3881479!4d-34.8056531!16s%2Fg%2F11fk1kfx_d?hl=pt-BR&entry=ttu e https://www.facebook.com/vidalindacamping/) com quem havia conversado por whatsapp e me tinha dito que cobrava R$ 60,00 pela diária e tinha instalações de hostel para quem não tivesse barraca. Chegando ao hostel, Roberto, o dono carioca ao lado de sua mulher Susana, deu-me uma explicação sobre a área, explicou-me que preferia viver ali isoladamente para não ter problemas com vizinhos, porém estava perto de João Pessoa e Recife caso necessitasse de algo mais complexo ou de saúde. Indicou-me onde acharia um supermercado, o único das redondezas, para comprar mantimentos para o jantar e me disse que poderia usar o que havia ali na área compartilhada, caso não conseguisse comprar o que desejava, pois as pessoas deixavam muitos alimentos e poderiam se perder. Comprei batatas-doces, tomate e cebola e misturei com macarrão, arroz e cuscuz que havia na área comum, fazendo uma mistura que achei interessante para o jantar e para o café da manhã. Ainda tinha bananas para sobremesa. Fui visitar o 3.o andar antes de escurecer, que tinha uma espécie de mirante para a área, com uma vista que achei interessante da vegetação, da orla e da área ao redor. Ainda saí para tomar um banho de mar e dei um passeio na praia, desde do hostel até o ponto em que havia saído da praia para subir as falésias. Um cachorro desviou do seu curso de corrida e quase me mordeu no caminho 🐶. Peguei um pouco de chuva com vento durante o retorno do passeio. Havia um casal de alemães (Frederich e Fiona, com sua cachorra Berta) no hostel, que havia conhecido na chegada. Durante meu passeio, cruzei com Frederich, que tinha saído para passear com Berta. Na volta conversei bastante com Frederich. Eles estavam fazendo uma viagem de 1 ano e meio pela América do Sul. Tinham trazido seu carro num container desde a Alemanha. Ficavam em campings, o que era mais barato. Se me recordo ele era engenheiro, mas durante a viagem não trabalhava, apenas dirigia. Fiona era jornalista e trabalhava cerca de 2 dias por semana como autônoma. Pretendiam ficar cerca de 3 meses no Brasil devido ao período do visto e depois acho que pretendiam ir para a Guiana. Acho que tinha havido algum problema com o sinal de internet em todo o povoado e minha internet móvel da Vivo não pegava também, então não pude planejar a próxima etapa. Depois da conversa, jantei e pude dormir um sono tranquilo, sem mosquitos. Na 2.a feira 7/8 fui tomar um banho de mar pela manhã, comi o café da manhã com as batatas-doces, tomate e bananas, despedi-me dos alemães quando partiram e depois, como o sinal de internet não havia voltado, Roberto usou sua internet móvel para me mostrar o caminho que eu seguiria ao longo do dia, fazer uma simulação completa do caminho pelo Google Earth e mostrar o rio fundo que teria que atravessar, que ele disse ser possível sem nadar, desde que a maré estivesse baixa. O horário previsto para isso era entre 14h e 15h. Depois disso ele me acompanhou até o Rio Graú, para o qual eu precisaria de uma prancha. Como ele tinha bom relacionamento com o hotel às suas margens, entramos lá e ele pegou uma, deu-me um remo e eu atravessei, com alguma dificuldade, posto que não estou acostumado a remar. Quase virei com a mochila e a prancha. Na volta, contra a correnteza, mas já sem a mochila, que deixara do outro lado segura, comecei a patinar na água, e depois de um bom tempo sem sair do lugar acabei virando. Decidi abandonar a ideia de remar, deitei na prancha e vim remando com as mãos. Em alguns segundos atravessei deste modo, sem dificuldade. Agradeci. Ele até brincou comigo que não contava com a minha dificuldade no remo 😄. Atravessei de volta nadando, acenei para ele despedindo-me e rumei para João Pessoa. Houve um pouco de chuva rápida pela manhã e no fim da tarde. Após andar perto de 1h cheguei à Praia de Nudismo de Tambaba. Entrei sem perceber que tinha que tirar a roupa até encontrar um rapaz nu. Perguntei se tinha que ficar nu e ele me disse que sim, na realidade desde a outra extremidade da orla que eu já tinha atravessado. Tirei a sunga então e prossegui. Encontrei a atendente de uma pousada de lá e perguntei até onde precisava ficar sem roupa. Ela disse que só até o fim da próxima enseada. Chegando lá, vendo que do outro lado da passagem as pessoas já estavam vestidas, recoloquei a sunga e prossegui. Havia outra parte da Praia de Tambaba que era para vestidos. Cruzei-a também e depois subi num morro para pegar uma trilha e ir para a próxima praia. Tirei esta foto de lá, que mostra a praia das pessoas vestidas. Prossegui então. Voltaram as falésias, de que tanto eu gosto. Tirei as fotos seguintes delas, sendo que a primeira tinha uma cruz no meio da clareira. As outras pareciam bem coloridas. Achei as praias deste trecho muito belas também. Havia também lagos e rios. Nadei em um lago e em um rio, em águas deliciosas. Depois de andar umas 2h cheguei ao rio de que Roberto havia falado (acho que era o Rio Gurugi). Eram cerca de 14h07, ponto exato da maré mais baixa. Com isso consegui atravessar o rio andando, com água pela cintura, sem precisar nadar. A quantidade de batatas-doces deu-me um certo desarranjo intestinal, que consegui contornar com a ajuda da água do mar. Prossegui e cerca de 1h30 depois estava na Ponta do Seixas. Parei para admirar o ponto mais oriental das Américas e as placas indicativas de distâncias. Senti falta da distância para um país ou localidade na África. Ali já era João Pessoa e perguntei a algumas pessoas se era possível ir pela praia, dado que a maré estava subindo e as encostas eram altas. Disseram-me que sim, mas eu precisava ir rápido, pois com maré alta não havia passagem e eu precisaria subir para a estrada, cujo caminho disseram que era ruim para pedestres. Eram cerca de 6 km. Fui pela praia e consegui chegar a tempo, embora perto do fim a faixa de areia já estivesse bem estreita. Vendo a orla de João Pessoa de longe na chegada, achei-a linda . A cidade parecia muito bela. Chegando nas praias urbanas, com ampla faixa de areia, desacelerei e parei para me localizar, agora que tinha internet. Localizei o Hostel Orla de Tambaú (https://www.google.com.br/maps/place/Hostel+Orla+de+Tamba%C3%BA/@-7.1152007,-34.8227062,18.68z/data=!4m9!3m8!1s0x7acdd26917f13b7:0xa5c4e6e1ef410015!5m2!4m1!1i2!8m2!3d-7.1148032!4d-34.8227582!16s%2Fg%2F11gxm7fx8k?hl=pt-BR&entry=ttu), onde pretendia ficar e rumei para ele. Fiquei lá, numa cama de um quarto enorme, mas onde estava somente eu. Paguei R$ 44,00 pela diária, com café da manhã incluso. Após instalar-me saí para comprar o jantar num hortifruti (batatas inglesas, mandioca, alface, pepino e laranja). Conheci Walisson, um instagramer, que estava fazendo vídeos na cidade para publicar em seu canal. Ele ficou no outro quarto. Comprou cuscuz para o jantar e acabamos jantando juntos. Aceitou um pouco da salada que ofereci, mas acabou não comendo a batata porque não cozinhou a tempo. Fui dar um passeio no calçadão, que era bastante movimentado à noite, mesmo na 2.a feira. O sono foi tranquilo. Para as atrações de João Pessoa veja https://turismo.joaopessoa.pb.gov.br/ e https://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g303428-Activities-Joao_Pessoa_State_of_Paraiba.html. Os itens de que mais gostei foram as praias, a orla diurna e noturna, os itens históricos e culturais e o Memorial Abelardo da Hora . Na 3.a feira 8/8 inicialmente fui tomar um banho de mar, posto que o hostel era na orla. Depois fui tomar o café da manhã oferecido, que achei excelente , considerando o preço pago. Incluía pães, margarina, queijo, presunto ou peito de peru, cereais salgados e doces, mamão, abacaxi, achocolatado, café, leite e suco. Após o café com Walisson, que comentou que nos Estados Unidos tinha comido muitos cereais parecidos com aqueles, gravou um pouco do café da manhã e disse que iria gravar seu vídeo no centro (acho que na lagoa), saí e fui pela orla em direção ao Centro de Atendimento ao Turista. Estava fechado, mas havia outro ponto de atendimento ali perto, onde consegui informações e um mapa. Após conversar com a atendente, planejei meu dia e fui em direção ao centro, seguindo a sugestão de trajeto dela. Inicialmente passei pelo Centro de Artesanato e depois, no meio do trajeto ao centro histórico, fui ao Centro Cultural José Lins do Rego, onde havia vários itens a conhecer, como museus, lagos com peixes, esculturas, pinturas etc. Em especial, no Memorial Abelardo da Hora, achei espetaculares as esculturas de mulheres nuas e de retirantes , além dos vasos e quadros, que também me pareceram interessantes. O Museu dos Dinossauros, outros animais e minerais só vi de fora, pois estava fechado devido à hora do almoço. Depois fui para a Praça da Independência, que achei bela, com seu obelisco. De lá fui para a lagoa e o parque ao seu redor. Prosseguindo fui conhecer as igrejas, casas e construções antigas, convento, monumentos, prédios e palácios públicos etc. Na visita ao Hotel Globo o atendente deu uma explicação da história da região e do hotel. Lá havia também quadros de arame, que eu acho que nunca tinha visto. Na Casa de Pólvora havia uma exposição sobre Nossa Senhora das Neves 👍, cuja história eu não conhecia. Num dos pontos em que pedi informações, um homem me disse que tratava todos de maneira igual, fosse eu ou um desembargador. Após concluir a visita ao centro histórico, passando pela área externa do mercado, resolvi ir ao Cristo, onde achei que haveria uma estátua. Mas não havia, Cristo era o nome do bairro . Acabei andando bastante e conhecendo uma parte da cidade que não era turística. Valeu a experiência, mas foi quase 1h andando para lá chegar. Passei por uma área de mata, acho que do lado de um bosque ou parque. De lá voltei andando para a orla. Aí sim, foi um longo caminho, passando por vias expressas e áreas de mata. Em alguns trechos acabei ficando no canteiro central, por receio de ficar ao lado da mata, mas não foi uma boa ideia . A cidade pareceu-me tão tranquila que acho que corri muito mais risco no canteiro estreito, com carros em alta velocidade na pista, do que teria corrido andando pela calçada ao lado da vegetação. Depois de 1h30 cheguei à orla, acho que na divisa de Tambaú com Cabo Branco. Não houve nenhum problema de segurança em nenhum momento do dia. Em um trecho de mata houve um local com morcegos. Perto do fim do dia houve um pouco de chuva. Aproveitei para dar um passeio noturno na orla, conhecer uma área de lazer que não tinha estado aberta na 2.a feira e apreciar a paisagem. Achei a orla muito interessante, com toda sua movimentação, restaurantes, bares e pessoas se divertindo ou praticando atividades físicas. Voltei para o hostel, jantei novamente com Walisson, que havia feito seu vídeo no centro. Jantei batatas, alface e um pouco de cuscuz, cedido por ele. Conversamos sobre a viagem e sua atuação como instagramer. O sono novamente foi tranquilo. Na 4.a feira 9/8, pela manhã tomei banhos de mar, dei um passeio pela praia até pouco depois do ponto em que havia deixado a praia no dia da chegada, e após o farto café da manhã, tomado em parte junto com Walisson, despedi-me dele e parti rumo a Lucena. Fui pela areia da praia. Continuei achando as praias de João Pessoa muito belas. Após andar bastante cheguei a Cabedelo. Lá havia pessoas praticando kitesurf, logo após cruzar a fronteira do município. Continuei rumo à ponta, onde havia o moinho, o forte, o porto e o ponto de travessia de balsa. Passei por algumas igrejas pequenas pelo caminho. Peguei um pouco de chuva no caminho e resolvi parar um pouco quando ela engrossou, numa espécie de oficina ou atelier de barcos. Alguns homens lá pareciam não estar contentes com o prefeito, pois o criticavam. Após uns 15 minutos retomei a caminhada. Achei interessante esta árvore na Praia Formosa, já perto do fim do caminho. O tempo estava um pouco fechado. Esta foto permite ver como ventava, pelo modo como a areia fluía na praia. Cheguei à ponta, admirei a vista do mar e do Rio Paraíba a partir do dique com uma estrutura na ponta que havia lá, com João Pessoa ao fundo. Depois contornei e peguei uma trilha que passava por trás do moinho, armazéns e seus cilos e ia até o forte. Peguei chuva neste trajeto. Após andar um bom trecho encontrei o Forte de Santa Catarina, que achei grandioso. Entrei somente na sala de recepção. A chuva 🌧️ havia engrossado e fiquei lá por um tempo para ver se diminuía. Tirei minha toalha para secar as mãos e poder mexer no celular, para ver sobre o hostel que havia pesquisado em Lucena. Acabei esquecendo a toalha lá . Quando a chuva diminuiu um pouco, dei uma volta no forte para conhecê-lo por fora e rumei para o porto. Quase passei da entrada. Cheguei lá imediatamente antes da balsa partir, o que me fez ganhar cerca de meia ou uma hora de espera🙏. Paguei R$ 1,90 pela passagem. Achei bela a vista durante a travessia. Quando a chuva diminuiu fui para a área descoberta apreciá-la melhor. A balsa deixou-me em Costinha. De lá fui para a praia e rumei para Lucena. Novamente achei as praias e paisagens muito belas, constantemente olhando para trás, para ver João Pessoa afastando-se e o encontro do rio com o mar. Havia algumas rampas no caminho. No fim o tempo voltou a fechar e eu voltei a parar um pouco para deixar a chuva diminuir. Como já estava ficando tarde e ali anoitece cedo, resolvi prosseguir mesmo assim, mas não havia ninguém na praia a quem perguntar e, provavelmente minha internet móvel não pegava ali, além do que com a chuva, não quis me arriscar a tirar o celular da mochila. Acabei achando 2 surfistas que me disseram que eu já havia passado da Ponta de Lucena e que deveria voltar e pegar a estrada. Voltei um pouco e tentei achar alguém num condomínio para perguntar melhor. Mas não havia nem porteiro. Acabei tentando ir para a estrada pela lateral do condomínio, que era de mato e se transformou num charco . Desisti, voltei para a praia e voltei até achar barracas com pessoas. No caminho reencontrei os surfistas que me disseram que era ali mesmo que eu deveria pegar a pista. Parei na barraca para deixar a chuva diminuir um pouco, enquanto me informava com as pessoas de lá. Como a chuva não parecia querer parar, fui assim mesmo. Peguei a pista e andei cerca de 20 minutos até o centro do povoado. Lá, numa padaria, perguntei onde era o hostel e as pessoas não sabiam direito, informando um endereço que já não era válido, pelo que a dona havia me informado. Mas uma das pessoas deu-me o endereço correto. Aí, perguntando nas proximidades, localizei-o. Ainda estava em reforma, conforme a dona havia dito. Mas ela disse que me aceitaria. Paguei R$ 60,00 pela noite com café da manhã. Após acomodar-me, fui comprar pães e legumes para o jantar. Jantei sanduíches, laranja e pães doces. Havia rapazes que pensei serem filhos dela conversando sobre um conjunto de música de que faziam parte e de shows a fazer. Apesar de estar em reforma, com vários itens por fazer, para mim foi muito bom o custo x benefício e a noite foi boa. Como sua rede sem fio ainda não estava instalada, usei a conexão à internet através da rede sem fio da padaria em frente, com o consentimento das atendentes da padaria. Na 5.a feira 10/08 fui inicialmente tomar um banho de mar e caminhar até o ponto da praia em que havia saído no dia anterior. Pela praia foi muito mais perto. Não precisava ter feito nada daquilo que fiz . Se não estivesse chovendo ou não tivesse encontrado os surfistas, teria seguido em frente, feito a curva que era um pouco à frente e logo teria visto barracas e o início da região central. Sem problemas. O passeio e os banhos de mar pela manhã foram deliciosos. Depois voltei ao hostel e conversei com Lou, a dona do hostel, que me explicou que havia mudado para aquela cidade há apenas alguns anos, tinha aberto um hostel e restaurante, mas há pouco tempo havia mudado de endereço e estava adequando as novas instalações para reabrir. Primeiro planejava abrir o restaurante, já no fim de semana. Aquele rapaz que eu havia conhecido quando cheguei não era seu filho. Era membro do conjunto musical que ela apoiava, acho que como uma espécie de gestora e empresária. Chegou sua amiga e dona da casa que ela estava alugando e tomamos café da manhã juntos. Após, aprontei-me, agradeci e parti rumo à Baía da Traição, onde já havia falado com Ari, dono da Pousada Bicho Preguiça, a mais barata que achei. Novamente achei as praias lindas, com bastante vento, como mostra a foto. Durante o trajeto encontrei uma tartaruga morta. Precisei atravessar outro rio a nado, acho que era o Rio Miriri, de que Lou havia falado. Já com a experiência do rio atravessado a nado há alguns dias atrás, fiz o mesmo procedimento, testei menos, mas tudo correu bem. Porém, quando já estava bem no fim da parte que não dava pé na travessia, que foi curta, uma onda me pegou e molhou a mochila 🌊. A carteira e o celular estavam bem protegidos, mas algumas roupas ficaram molhadas. Acho que baixei a guarda dado o sucesso da travessia anterior e bobeei . Após caminhar bastante, perto de 13h, cheguei à Barra de Mamanguape. Fui até a ponta e dei a volta no mangue pelas margens do rio para chegar ao povoado. Pareceu-me um local bem interiorano, com gente simples e amável, porém desconfiada com um estranho, e algumas casas muito precárias. Ao chegar ao local onde ficavam os barcos, procurei por alguém para me atravessar, mas me disseram que os barqueiros estavam almoçando. Deram-me o nome de dois, que disseram seriam os mais baratos. Fui então para o povoado, que ficava a menos de 1 km, procurar pelos barqueiros. Não encontrei os indicados. Lá indicaram-me mais alguns. O primeiro que achei disposto a me atravessar disse que me cobraria R$ 50,00 pela travessia mais curta. Como na praia haviam dito que o preço barato seria R$ 30,00, agradeci e fui procurar um pouco mais. Não tive muito sucesso, até que me indicaram um outro. Fui até sua casa e ele se interessou. Era Ronaldo. Disse que cobrava R$ 30,00. Aceitei. Ele foi buscar a hélice ou alguma peça para o motor. Percebi que eu não tinha dinheiro trocado e pedi a ele que trouxesse R$ 10,00 de troco. Ele pegou tudo de que precisava e fomos andando até a praia onde estava seu barco. No caminho perguntou-me se eu estava de cueca ou similar 😄. Acho que ele se arrependeu de ter cobrado só os R$ 30,00 após eu pedir o troco, pois comentou que me dando os R$ 10,00 de troco eu poderia comer algo no caminho. Atravessamos. A paisagem pareceu-me muito bela. Durante o percurso, uma traíra 🐟 pulou da água na nossa frente. Deixou-me na Praia do Amor do outro lado, perto do Rio Sinibu. Aproveitei e fui tomar um banho de mar. O canal ali era muito raso. Andei um pouco até as margens do rio e depois voltei no sentido oposto em direção à Baía da Traição. Quando fui me arrumar para a caminhada percebi que tinha esquecido meu chinelo no barco . Sem problemas. Ficou de presente para o barqueiro que me tratou tão bem 🙂. Passei em território indígena potiguara no caminho. Ao fazer perguntas a eles e ao ir a uma pousada deles, trataram-me muito bem. Cheguei na Baía da Traição perto de 16h. Nesta região o sol se põe cedo e já estava nesta posição. Depois de muito perguntar, indicaram-me onde era a Pousada Bicho Preguiça (https://www.google.com.br/maps/place/Bicho+Pregui%C3%A7a+Hospedagem/@-6.683972,-34.9476095,724m/data=!3m2!1e3!4b1!4m9!3m8!1s0x7ad14add26c75b9:0xce5c19f87b029fef!5m2!4m1!1i2!8m2!3d-6.6839773!4d-34.9450346!16s%2Fg%2F11fy_dq48z?hl=pt-BR&entry=ttu e https://www.instagram.com/bichopreguicahospedagem/). Lá encontrei Ari, que me atendeu e tinha me oferecido a estadia de um dia por R$ 60,00 com café da manhã simples (na realidade não foi nada simples 😄) em suíte privativa. Ainda saí para tomar um banho de mar e dar uma volta na praia pela areia, posto que após virar na curva da ponta eu tinha ido para a calçada. Havia uma linha de pedras que adentrava o mar, com um farol no fim. No caminho para o mar um siri 🦀 apertou meu dedão do pé com sua garra. Muito bonita a paisagem e o entardecer. Apreciei o pôr do sol. Depois fui ao mercado e à padaria para comprar mantimentos para o jantar. Choveu um pouco à noite. O sono foi tranquilo. Na 6.a feira 11/08 inicialmente fui tomar um banho de mar. Depois voltei para tomar café da manhã junto com Ari. O café não me pareceu nada simples 😄, incluía, pães com queijo, cuscuz, ovos, mamão e coco. Conversamos sobre a vida dele, suas viagens, suas atividades como ecologista, guia e dono de hostel. Contou-me que antes trabalhava em uma outra cidade e cuidava de bichos-preguiça lá, o que lhe deu a ideia de colocar o nome atual na pousada. Falou que seu pai comprou de indígenas a casa em que era o hostel, sendo que um vendeu a casa e outro vendeu o coqueiro do quintal. Deu-me informações sobre o trajeto que eu teria até Pipa, as condições da caminhada, as distâncias etc. Falou-me que ele e os amigos tinham feito uma caminhada de Baía Formosa até o hostel e tinham levado 12 horas, porém parando várias vezes ao longo do trajeto. Após acabar o café e a conversa, tirou esta foto nossa: Em seguida saí em direção à Praia do Sagi, em que não tinha achado acomodações baratas, mas pretendia tentar pesquisar no local. Novamente achei as praias lindas. Ao longo do dia houve trechos com areia fofa, em que era um pouco difícil de andar, falésias e pedras nas praias. Houve um pouco de chuva fraca também. Passei por áreas dos indígenas potiguaras novamente. Creio que este era um trecho de camping deles para turistas ou similar. Vários pescadores ao longo do caminho pareciam de origem indígena. Precisei atravessar a Barra do Rio Camaratuba. Jovens disseram-me que conseguiria atravessar, mas após o primeiro trecho, quando já estava no segundo, uma balsa que estava estacionando do outro lado me disse para esperar e me resgatou, dizendo que não conseguiria atravessar sem nadar, o que não estava preparado para fazer, visto que estava com a mochila na mão. Perguntei qual era o preço do resgate, mas não quiseram cobrar nada 👍, dizendo que estavam parando mesmo para almoçar. Seguindo o caminho, parei na Lagoa da Pavuna para tomar banho, que adorei. Mais à frente encontrei o Rio Guaju, que era a fronteira da Paraíba com o Rio Grande do Norte. Após fazer um teste em um trecho, um homem, que estava num restaurante na margem, indicou-me outro trecho melhor, em que atravessei andando. Aproveitei e depois tomei um banho no rio. Cerca de 2 km à frente ficava a Praia do Sagi, em que cheguei por volta de 15h. Achei que ainda dava para prosseguir. Um homem de lá deu-me informações sobre as opções de hospedagem e o caminho a seguir, caso continuasse. Como não tinha tido nenhum retorno das pessoas que havia consultado, como não consegui indicações claras de locais com preços baixos, resolvi prosseguir para Baía Formosa, que era maior e onde achei que poderia ter mais opções. As praias continuavam belas. Passei pelo Santuário das Tartarugas, onde entrei para visitar. Ele tinha ossos e itens de animais marinhos, além de um entorno natural que achei belo. Cheguei em Baía Formosa perto de 17h, encontrei um casal de paulistas que me informou sobre alguns locais em que poderia encontrar hospedagens mais baratas no porto. Acabei num primeiro momento não seguindo a orientação deles. Recebi indicações de outras pessoas e fui procurar outras opções, mas uma estava fechada e a outra, a Pousada Vista Bela custava R$ 120,00 sem café da manhã, que me pareceu possível, dadas as circunstâncias, mas com preço ainda acima do que eu desejava. Encontrei duas moças que me disseram que poderia haver hospedagens mais baratas perto do porto. Disseram-me que me levariam lá e eu aceitei. Perguntaram se eu tinha “erva” 😄. Sorri e disse que não. Perguntaram se poderia lhes dar R$ 10,00 se desse certo o hotel. Disse que daria como comissão. Chegando lá o hotel realmente era mais barato, cobrava entre R$ 50,00 e R$ 70,00, mas estava lotado. Lá indicaram-me outro. As moças perguntaram se poderiam me acompanhar, mas eu recusei. Pediram então R$ 10,00 para comprar fraldas para o bebê de uma delas. Mas depois de terem pedido a erva, eu fiquei receoso e disse que poderia dar em outro momento, mas não dei nada. Fui até o outro local que me indicaram e o dono parecia alcoolizado. Disse que o preço era R$ 250,00. Voltei para a Pousada Vista Bela, mas no caminho falaram-me da Pousada Bela Formosa, que outros já haviam citado antes. Passei lá e a dona, Geisa, disse-me que me poderia receber por R$ 140,00 sem café da manhã. Disse a ela que iria tentar a Vista Bela, mas que se não conseguisse voltaria, caso ela concordasse. Ela aceitou, mas me disse para chegar antes das 20h, pois dormiam cedo. Voltei à Pousada Vista Bela (https://www.google.com.br/maps/place/Pousada+Vista+Bela/@-6.3676568,-35.0089888,724m/data=!3m2!1e3!4b1!4m9!3m8!1s0x7b29d0de13a5473:0x75f5ce70a4191a2f!5m2!4m1!1i2!8m2!3d-6.3676622!4d-35.0043754!16s%2Fg%2F1tnpfn61?hl=pt-BR&entry=ttu) e a dona me disse que seu marido havia me dado informação equivocada, que o quarto de que ele falou estava com um problema na tampa da caixa do vaso sanitário e, se eu quisesse ficar, eles cobrariam R$ 100,00, sem café da manhã. Aceitei. Saí para comprar pães e legumes para o jantar e o café da manhã. Pedi para encherem minha garrafa de água potável no hostel. Jantei pão, tomate, chuchu, cenoura, cebola e banana, enquanto os outros hóspedes faziam uma festa. Pareciam ser conhecidos, todos bem jovens com carros novos e caros. Pelo que vi, divertiram-se bastante, fazendo comida, com bastante bebida e muita música. A festa pareceu muito animada e feliz 🥳. Eu ainda fui até a varanda para apreciar a vista noturna da orla. O sono foi tranquilo e a ausência da tampa da caixa do vaso não afetou em nada minha estadia. No sábado 12/08 fui nadar na piscina da pousada 🏊♂️. Apesar não ser muito extensa, era funda e boa para nadar. Acho que fiquei nadando uns 15 minutos. Comprei pães na padaria, tomei café da manhã similar ao que havia jantado e apreciei a vista a partir da sacada, agora com a luz do dia. Este é o caminho em direção a Pipa. Esta é a foto da praia em frente. O dia estava meio nublado, mas clareou e o tempo firmou por boa parte do dia, com um pouquinho de chuva fraca em alguns momentos. A dona do hostel ofereceu-me o café da manhã, mas como eu tinha combinado que o preço era sem, educadamente eu recusei. Arrumei-me e parti rumo à Pipa. Na saída ainda quis passar pela estátua do Ítalo, campeão olímpico de surf em Tóquio, que ficava na praia. Novamente achei as praias muito bonitas, com vários trechos com falésias. Ao longo do caminho houve pessoas praticando kitesurf e surf. Ari havia me dito que naquele primeiro trecho até a Barra do Cunhau eu precisaria ficar atento às marés, pois havia pontos em que não se podia passar com maré alta. A maré não estava alta na saída, então não tive problemas. Falaram-me também que precisaria passar por cima do Chapadão para ir a Pipa. Perto da hora do almoço cheguei à Barra do Cunhau. Lá havia uma balsa que atravessava por R$ 5,00. Estacionou, embarquei e fiquei esperando. Tirei esta foto do seu segundo andar, enquanto esperava. Porém estava demorando muito, acho que esperando por carros e outros passageiros, dado que era uma balsa grande. Vi um barco que chegava e disse aos operadores da balsa que iria ver se ele partiria antes. Pelas suas expressões faciais não gostaram muito, mas fui mesmo assim e o rapaz dono do barco disse que já estava saindo para a travessia. Mal deu tempo de eu embarcar. Perguntei o preço e disse que não era nada. Insisti e repetiu que não era nada. Sempre fico preocupado nestas ocasiões 🤔. Ele me falou para ir para Pipa pela estrada, algo que disse para ele que descartava. No meio da travessia o motor parou. O rapaz deu uma limpada, fez o procedimento de arranque várias vezes e conseguiu fazê-lo pegar e chegar ao outro lado, onde um grupo grande o esperava para atravessar. Perguntei novamente quanto era e ele disse que eram R$ 10,00. Contestei dizendo “Não é R$ 5,00 a travessia?” e então ele falou que não era nada. Desci sem nada pagar para não atrapalhar o embarque do grupo. Esta é uma foto tirada a partir do outro lado. Antes de prosseguir, aproveitei para tomar um banho de rio, que estava delicioso. Caminhando um pouco mais, atravessei o Rio Catu andando e cheguei ao início do Chapadão. Um vendedor ambulante me disse que eu teria que subir, pois a partir de um ponto não dava mais passagem. Fiz o que ele falou e tirei estas fotos lá de cima. A foto anterior em direção ao caminho que já havia percorrido, vindo da Barra do Cunhau. As duas próximas em direção a Pipa. Logo a seguir encontrei uma escada e desci até a praia por ela. Encontrei duas jovens moças, que me deram informações sobre poder ir caminhando pela praia até Pipa, dizendo que dava até um ponto com pedras, em que teria que ir pelo Chapadão, fosse subindo pelas falésias, fosse voltando até a escada. Realmente parecia dar para ir caminhando por um bom pedaço. Inclusive, voltei um pouco e vi que o trecho que tinha feito por cima dava para ter feito em boa parte pela praia. Quando cheguei nas pedras antes de que havia subido, como a maré já havia baixado um pouco, vi que dava para passar e voltei até o ponto em que tinha deixado a praia. Virei e rumei para Pipa, inteiramente pela praia. Novamente achei as praias lindas , com aquele enorme paredão ao lado. Vi um pessoal praticando surf 🏄♂️ e perguntei a eles se conseguiria ir andando a Pipa e um nativo (eu acho) disse que haveria um ponto em que eu precisaria ir pela estrada. Após afastar-me um pouco deles, para não atrapalhá-los, tomei um delicioso banho de mar, que me pareceu muito semelhante ao de Morro Branco, onde moro. Quando cheguei nas pedras de que as moças haviam falado, acho que a maré já tinha baixado mais um pouco e, com cuidado, consegui passar. Houve mais um trecho com pedras à frente pelo qual consegui passar. Encontrei uma moça na Praia do Amor (eu acho) e perguntei a ela se conseguiria passar pelas pedras à frente, que pareciam bem mais difíceis de atravessar. Ela disse que com maré baixa eu conseguiria, mas tinha que ser com maré baixa. Cheguei lá e achei que seria difícil na situação corrente. Falei com um homem que estava sentado nas pedras e ele me disse para subir por uma trilha que lá havia. Fiz isso, passei pelas pedras e mais à frente voltei à praia. Cheguei à Praia do Centro ou de Pipa. Subi na passarela e entrei na cidade para procurar pelo Hostel La Perla (https://www.google.com.br/maps/place/La+perla+hospedaria/@-6.2338023,-35.0474063,17z/data=!3m1!4b1!4m9!3m8!1s0x7b28f52c4d167ff:0xe4835614b0be4430!5m2!4m1!1i2!8m2!3d-6.2338076!4d-35.0448314!16s%2Fg%2F11qr3cyhwp?hl=pt-BR&entry=ttu e https://www.instagram.com/laperlapipa), que já havia reservado. Perguntei às pessoas e ninguém conhecia. Resolvi andar um pouco em direção ao que me disseram ser a área em que ele poderia ficar e pegar o celular para tentar localizá-lo por GPS. Chegando perto, uma moça de uma loja já o conhecia e me indicou o local exato. Fiquei lá em cama compartilhada por dois dias, pagando R$35,00 por diária. Após Miguel, argentino dono do hostel juntamente com sua mulher Mônica, receber-me e me dar explicações, passei no supermercado para comprar alguns pães para o lanche e fui ver o pôr do sol. Ainda consegui pegar o finzinho, conforme a foto. Depois de ficar um bom tempo apreciando o entardecer, enquanto ouvia música que tocava em um restaurante na orla, passei no supermercado e na padaria para comprar mandioca, chuchu, pepino, tomate, berinjela, beterraba, farinha de milho e broas de coco para o jantar e café da manhã. No hostel conheci viajantes do próprio Rio Grande do Norte (Natal e outras localidades) e João Pessoa, que estavam passeando por ali. À noite saí para visitar o centro, que era bem movimentado. Estava havendo um festival de jazz 🎺 e eu assisti alguns espetáculos. No dia seguinte um estudante de medicina de Recife, porém mineiro de origem, disse-me que tinha havido uma apresentação da Ângela Ro Ro, que eu acabei perdendo. Achei bem agitada, movimentada e interessante a noite de Pipa. O sono foi tranquilo, porém o hostel estava bem cheio. Para as atrações de Pipa veja https://pipa.com.br e https://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g303522-Activities-Praia_da_Pipa_Tibau_do_Sul_State_of_Rio_Grande_do_Norte.html. Os itens de que mais gostei foram as praias, a vista a partir do chapadão, as falésias, o ambiente natural e a região turística central. No domingo 13/08, tomei café da manhã com conteúdo igual ao que havia comido no jantar, exceto as broas de coco e conversei um pouco com os demais hóspedes. Falei sobre meu desejo de conhecer o Santuário Ecológico e um rapaz com sotaque mineiro falou-me que outro local indicado para se conhecer era o Chapadão. Como já tinha passado lá, comentei com ele sobre minha experiência e os caminhos que tomei. Conversei também com Miguel sobre suas experiências de viagem juntamente com sua muher. Ele me autorizou a mudar para a cama de baixo, pois com o hostel lotado dormi em cima, mas a maioria das pessoas foi embora no domingo de manhã. Depois saí rumo ao santuário, mas passei antes pelo centro para conhecer durante o dia suas construções. Depois andei pela rua lateral da mata do santuário e achei que não valia a pena pagar a entrada para conhecê-lo, depois de ter conhecido tantos locais naturais preservados ao longo da caminhada. Fui então até a entrada da Praia do Madeiro e peguei a trilha para descer. Achei magníficas as Praias do Madeiro e a Praia Baía dos Golfinhos . Seguem fotos delas. A primeira a partir da trilha. Depois a Baía dos Golfinhos já na praia. Apreciei bastante as praias, mas acabei indo logo atravessar o trecho com pedras, pois com maré alta a passagem ficava inviável. Fui então para a Praia Central, onde vi o local em que havia acontecido o acidente de queda das falésias anos antes, que vitimou uma família. Depois, mais para frente, sentei, abrigado pela sombra da passarela, para contemplar a vista. A maré subiu e começou a invadir a faixa de areia. Fui então para a Praia do Amor. Lá achei um local com sombra e voltei a sentar para contemplar e tomar banho de mar de vez em quando. Foi quando o rapaz de um casal que tinha acabado de chegar alertou para o fato de haver cocos acima de nós, numa altura bem alta. Resolvi afastar-me um pouco, pois nunca se sabe o que pode acontecer e, um coco caindo daquela altura poderia até ser fatal. Chegaram algumas outras pessoas e eu as avisei, pois também não perceberam. Depois de algum tempo resolvi procurar pelo mirante do pôr do sol para apreciar a paisagem. Porém só havia um bar, com entrada paga. Mas havia uma trilha e, ao seu término, uma duna com boa vista da paisagem. Sentei ali para meditar. Eis fotos da paisagem a partir dali. Primeiro da praia em frente. Depois da paisagem em direção à Praia das Minas. Acabei fazendo uma contemplação, ao invés da meditação, mas mesmo assim achei muito boa. Adoro meditar de locais altos, olhando paisagens amplas, como o mar aberto, por exemplo. Pouco antes do pôr do sol, resolvi voltar para a mesma passarela do dia anterior para novamente apreciar o entardecer. Desta vez cheguei mais cedo. Não havia tantas músicas nem tanta gente quanto no dia anterior. Tirei várias fotos do pôr do sol, entre as quais selecionei estas duas. Depois do pôr do sol ainda esperei o entardecer avançar, voltei ao hostel, jantei o mesmo do café da manhã, conversei com o rapaz que tinha ido conhecer o Chapadão, que disse que tinha gostado e seguido alguns dos procedimentos que eu tinha feito. Mais tarde eu saí para dar uma volta no centro novamente, mas no domingo à noite estava bem mais vazio do que no sábado, ainda assim interessante e sem as aglomerações que dificultavam a passagem. Com o hostel praticamente vazio, só comigo e o mineiro, o sono foi tranquilo. Na 2.a feira 14/8 após o café da manhã, com conteúdo igual ao do jantar, conversei com o mineiro sobre sua experiência na viagem. Falou-me que era mineiro, fazia faculdade de medicina em Recife, que era sua primeira experiência em hostel e também viajando sozinho. Depois despedi-me dele, deixei a chave onde Miguel tinha pedido, avisei-os que estava partindo por mensagem de whatsapp e parti rumo a Tabatinga, que imaginava ser um ponto possível de parada. Mas existia a possibilidade de parar em Búzios ou Pirangi. O preço mais baixo que tinha encontrado era na Pousada Praana, R$ 100,00 a diária, no Surf Point em Búzios. Inicialmente passei pela Praia da Baía dos Golfinhos, que estava com o mar tão lindo , que resolvi tomar um banho, que não tinha feito no dia anterior, por medo da maré subir e eu não conseguir passar nas pedras depois. O banho foi magnífico. Iniciou o dia de maneira maravilhosa. Achei as praias ao longo do dia lindas, com falésias e rochas. Este foi um dos trechos da viagem que achei mais belos, juntamente com aquele das falésias coloridas. Houve chuva intermitente ao longo do dia. Esta é uma das praias do início. No trecho seguinte acabei assustando uma mulher que estava passeando com três cachorros num local deserto. Procurei afastar-me para ela não ficar tensa. Andei até Tibau do Sul, onde havia a Lagoa Guaraíras. O tempo virou e começou uma chuva fraca. Havia uma balsa que fazia a travessia, pela qual paguei R$ 10,00. Fui na parte superior da balsa. Mesmo com o tempo assim achei a vista muito bela. No meio da travessia passava-se perto de um banco de areia ou ilha no meio da lagoa, onde as pessoas paravam e havia estabelecimentos comerciais. Eis uma lancha cruzando na nossa frente com a ilha ou banco de areia ao fundo. Depois da travessia, tomei um delicioso banho de mar na lagoa. As margens da lagoa continham um trecho de mangue, pelo qual andei para voltar à praia do mar. A chuva apertou um pouco 🌧️, parei um pouco embaixo de uma árvore e depois prossegui. O tempo voltou a abrir. Este era o trecho que atravessei visto a partir do outro lado. Prossegui e continuei achando as praias lindas. A maré baixa mostrava as pedras existentes nas praias e formava remansos ou piscinas naturais em alguns pontos. Já perto de Tabatinga voltou a chover e engrossou 🌧️. Parei para me abrigar um pouco. Resolvi tentar uma hospedagem por ali mesmo, mas sem sucesso. Após várias indicações, não consegui nenhum local em que se alugassem quartos e o dono estivesse disponível. Num ponto de ônibus em frente à última pousada que tentei sem sucesso, tirei a calça e fiquei só de sunga para voltar à praia. Havia um menininha pequena, de uns 5 anos, que estranhou e perguntou se eu estava de cueca. Quando expliquei que estava indo para a praia, ela me perguntou espantada “Mas com chuva?”. Percebi o enorme incômodo da mãe 😞, que carregou a filha no colo e procurou tirar-me da vista dela. Resolvi colocar a calça de volta, mesmo com a possibilidade de molhá-la devido à chuva. Um rapaz de Natal que também estava no ponto me disse que já tinha trabalhado num hotel ali perto e mandou uma mensagem para o dono para ver o preço e se havia vaga. Não conseguindo resposta satisfatória, resolvi partir rumo à Pousada Praana em Búzios. O rapaz foi atrás de mim e disse que pagaria a hospedagem para mim, para que eu não dormisse na rua, pois já tinha dormido na rua no Rio de Janeiro, onde foi orientado por um vigia ou similar a dormir num posto de gasolina. Agradeci muito, expliquei que não estava sem dinheiro, somente preferia prosseguir para esta outra pousada que me parecia ter preço melhor. As paisagens continuavam lindas para o meu gosto. Se me recordo foi neste trecho que havia uma imagem de São Sebastião num pedestal já dentro do mar. Cheguei ao fim da faixa de areia, perto de uma colônia de pescadores e tive que ir para a estrada, pois com maré alta não dava para passar. Foi bom porque pude apreciar a vista lá de cima, incluindo o Mirante dos Golfinhos. O local onde eu pretendia ficar era abaixo da torre das fotos anterior e seguinte. A vista da praia lá embaixo ao passar na frente da torre. Depois de me atrapalhar um pouco para pegar a entrada da rua que iria para a pousada, perguntei a um rapaz chamado Yuri se conhecia alguém que alugasse quartos baratos por ali, pois ainda tinha esperança de conseguir reduzir o preço. Ele disse que poderia ficar na casa dele, sem pagar nada. Perguntei se ele costumava alugar quartos e ele disse que não, mas que me receberia. Achei que seria um enorme abuso da minha parte e preferi ir à pousada mesmo, mas dizendo que se desse algo errado voltaria. A Pousada Praana (https://www.facebook.com/praana.oficial/, https://www.google.com.br/maps/place/Praana+Pousada+e+Restaurante+-+Tabatinga,+RN,+Brasil/@-6.0466582,-35.112606,725m/data=!3m2!1e3!4b1!4m9!3m8!1s0x7b2f3b91c2975cd:0xe68a5a31dc3fc374!5m2!4m1!1i2!8m2!3d-6.0466635!4d-35.1100311!16s%2Fg%2F11sq1pzp1h?hl=pt-BR&entry=ttu) ficava no fim da rua, era a última construção antes das dunas e falésias. Achei a vista maravilhosa . Júnior Rocha, o gerente, perguntou se eu era quem tinha falado com ele. Disse para mim que poderia me fazer por R$ 80,00 sem café da manhã. Comentou que a moça que tinha me dado seu contato não aceitava homens desacompanhados em sua pousada porque certa vez ele tinha indicado um amigo surfista para lá e parece que ele a paquerou de um modo de que ela não gostou. Ofereceu-me também dormir na área em que ficavam as pranchas de surf, colocando lá uma rede ou colchonete, sem eu precisar pagar nada. E eu poderia usar os banheiros externos da pousada. Fui ver o quarto, adorei a vista da sacada e, depois dele ter abaixado o preço por não ter café da manhã, optei por ficar no quarto mesmo. Adorei este local. Acho que se tivesse que escolher só um da viagem toda, escolheria este, pelo mar, pela paisagem e por toda a atmosfera de Natureza linda . Havia também um cachorro chamado preto body que me pareceu simpático, embora de tamanho um pouco intimidador. Antes de escurecer ainda fui tomar um banho de mar, procurando não atrapalhar os surfistas, que ainda estavam no mar. Depois voltei para tomar banho, porém percebi que tinha esquecido onde tinha deixado minha camisa e chinelo. Andei pela praia procurando por uns 10 minutos até encontrar. Um surfista amigo deles que estava na área de convivência da pousada disse que me daria carona até o mercado, caso eu desejasse. Fui tomar banho e peguei carona com ele, economizando cerca de meia hora, imagino. Comprei pães, tomate, cebola e banana para o jantar. Na volta peguei chuva de média intensidade 🌧️. Durante meu jantar, Renato, atendente da pousada, deu-me um copo grande de vitamina de açaí com banana, que disse que tinha sobrado. À noite, após o jantar, fiquei deslumbrado com o céu noturno 🌃, estrelado, posto que ali havia pouca iluminação externa. O sono foi tranquilo. Na 3.a feira 15/8 acordei e por volta de 6h23 consegui tirar esta foto do nascer do sol visto a partir da sacada, já alto nesta altura. Aproveitei e tirei esta foto da Praia de Tabatinga, sob o Mirante dos Golfinhos. E esta na outra direção, de Búzios. Perguntei a Renato se era possível ir pela praia até o trecho de onde havia parado no dia anterior e ele me disse que sim, porém com cuidado, pois a maré ainda estava baixando e teria que andar um pouco pelas pedras. Disse que no fim eu encontraria uma colônia de pescadores, uma das primeiras a existir. Apontou-me para Júnior Rocha passeando com os cachorros na direção para a qual eu pretendia ir. Eu fui, encontrei Júnior Rocha, que confirmou que dava para eu atravessar a praia com cuidado. Perguntei se dava para nadar ali, ele disse que não havia pedras, só me falou de correntes de retorno. Fui então tomar um banho de mar já na direção do passeio a fazer, afastado dos surfistas. Adorei. Achei o banho maravilhoso . O mar era fundo, um pouco bravo, mas muito bom para brincar com as ondas e nadar. Fiquei um bom tempo brincando com o mar. Depois, voltei para a praia e fui caminhar até a colônia. A maré tinha baixado mais um pouco e facilitou a passagem pelos trechos com pedras. Fui até o ponto da casa em que havia saído da praia no dia anterior. Achei a vista daquele trecho magnífica vista a partir da praia, assim como tinha achado no dia anterior vista do alto. Na volta a maré´já estava bem mais baixa e a passagem pelas pedras foi mais tranquila ainda. Retornando para a pousada, fui novamente tomar um banho de mar no mesmo trecho anterior, agora já quase sem surfistas. Adorei novamente. Chegando à pousada, tomei meu café da manhã com pães, bananas e tomates e pedi, se fosse possível, para pegar um coco 🥥 que ficava bem na frente do quarto em que estava hospedado. Júnior me disse que era um pouco difícil de pegar por causa da altura e por ter que subir no muro, algo que eu não tinha observado bem. Mas Renato veio ajudar-me, pegou e furou o coco, que tinha muita água. Enquanto a água saía do coco, Renato falou-me de sua vida, que era mecânico em Natal e tinha ido para lá ganhar menos da metade, mas viver tranquilamente ao lado da Natureza. A água do coco lotou um copo enorme e estava deliciosa. Tomei tudo. Pedi um facão e tentei abrir o coco, mas tive dificuldade. No fim, Renato veio me ajudar e abriu. Não tinha muita massa, mas a que tinha estava boa. Renato deu-me explicações do trecho a seguir, disse em que ponto eu teria que sair da praia, posto que não se podia passar pela Barreira do Inferno, que era área militar. Mostrou-me no mapa pelo celular, os pontos de passagem e o ponto de saída. Ao término, peguei minhas coisas, despedi-me e ele me perguntou se era alguma promessa 😄. Respondi que não, apenas gostava muito de praias. Fui caminhando pelas praias e a maré estava ficando cada vez mais baixa. Tirei esta foto de piscinas naturais no caminho, que não foi a melhor, pois eu jé havia deixado passar outro trecho mais emblemático. Aqui se mostra a força do vento. Havia também trechos com falésias no caminho. Houve também alguns aviões voando ao longo do dia, como já tinha avistado em dias anteriores. Precisei passar por algumas trilhas em trechos com pedras. Isso possibilitou vistas de algumas praias a partir do alto, como estas. Passei pelo cajueiro de Pirangi. Não entrei. Fui até uma rua elevada atrás para ter uma visão global. Realmente era bem grande, ocupando um quarteirão inteiro. Depois segui, passei pela Praia do Cotovelo e fui até a entrada da Praia da Barreira do Inferno. Perguntei a algumas pessoas e me disseram que não se podia entrar naquela praia. Mas vi pessoas lá. Fui até uma placa que existia no morro e a placa dizia que não se podia entrar no morro, mas não apontava para a praia. Perguntei às pessoas que estavam na praia e elas disseram que era permitido ficar na praia sim, sem subir o morro. Resolvi então caminhar pela praia, em ritmo um pouco acelerado, até as pedras da ponta, onde não dava para passar mesmo e a partir das quais provavelmente realmente o acesso era restrito. No caminho encontrei um pescador, que parecia estar se escondendo. Ele me disse que não se podia ficar na praia e que às vezes havia patrulhas que por ali passavam e falavam para as pessoas saírem. Falei da placa em relação somente ao morro e ele não soube responder com precisão. Resolvi continuar. Fui até a ponta. Realmente os paredões vermelhos eram espetaculares . Acho que não foi à toa que receberam este nome. Perto da ponta vi algo que parecia se mover no alto. Achei que era alguma espécie de bandeira ou pano. Mas quando cheguei mais perto, vi que saiu, portanto era uma pessoa, talvez um vigia. Fiquei um pouco preocupado em estar transgredindo alguma norma, fui até as pedras, contemplei um pouco e voltei acelerado. No final, quase na Praia do Cotovelo novamente, encontrei outro pescador, que me disse que era proibido caminhar por aquela praia, mas que os turistas faziam aquilo sempre, de bugue, e, às vezes, apareciam patrulhas que os mandavam sair. Saindo da praia, peguei ruas para chegar à estrada litorânea em direção a Natal. Creio que era a Rota do Sol. No início com área bem urbana, onde inclusive passei por um atelier, com pinturas lindas. Perguntei ao pintor quanto cobrava por quadro e quanto demorava para pintar. Respondeu que entre R$ 100,00 e R$ 150,00 e demorava cerca de 1 dia a 1 dia e meio. O mesmo quadro em Natal custava muito mais, conforme eu perguntaria no dia seguinte. Estranhei o preço, pela duração e qualidade do trabalho. Ele achou que eu estava achando o preço alto, mas eu disse a ele que estava achando baixo. Ele respondeu que era o preço possível naquela localidade. Em seguida a estrada ficou bem mais ampla, passei por um condomínio chamado Alphaville de Natal, creio que semelhante ao de Barueri em São Paulo. Depois passou a haver área verde dos dois lados da estrada e uma ciclovia, porém naquele horário deserta. Caminhei cerca de 1h e cheguei à instalação militar do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno. Perguntei ao guarda que ficava na guarita e ele disse que havia um museu que se podia visitar. Achei muito bom todo o local a que tive acesso, contando muito sobre o programa espacial brasileiro. Havia o museu num prédio fechado e havia exposição de itens relacionados ao setor aeroespacial no entorno. O militar atendente do museu também recebeu-me muito bem, de modo muito simpático e atencioso e contou um pouco da história. Seguem algumas fotos do entorno. Novamente o foguete da primeira foto, mas sozinho e com imagem maior desta vez. Gostei bastante do Mural também. Perto do fim da visita chegou uma mulher, talvez militar, que parecia ser encarregada da gestão de alguma área administrativa da instalação. O atendente, a quem eu havia perguntado se havia ferido alguma norma ao entrar na Praia da Barreira do Inferno e me disse que não sabia ao certo, disse para eu perguntar para ela, que ela saberia. Ela me disse que isso ocorria várias vezes, não sabia ao certo onde eu tinha ido, mas que se tivesse cometido alguma infração, a patrulha teria me avisado, pois costumava passar por lá com frequência. Ela achava que a área onde eu havia entrado não era proibida. Falei para ela que não tinha encontrado placa na praia, somente no morro e ela me disse que abriria uma notificação interna para verificar se realmente a placa havia sido extraviada e era necessária ou se a área era de livre acesso mesmo. Eu me lembro que caminhando por Ponta Negra, em Natal, havia uma (ou mais) placa(s) na praia, dizendo do acesso não permitido. Ela ainda confirmou, o que o atendente já tinha dito, que não havia nenhuma outra área para visitação pública na instalação, nem de vegetação natural. Após agradecer ao atendente e acabar de tirar as fotos, segui em frente rumo a Natal. Continuava a área de mata de ambos os lados, com a ciclovia. Porém, como já era mais tarde e o sol já havia baixado bastante, agora havia bem mais gente andando de bicicleta, correndo ou caminhando. Após uma longa reta, uns 6 km, cheguei a Natal. Logo na entrada vi o Estádio Frasqueirão, que não conhecia. Perguntei ao porteiro se poderia entrar para visitar, mas ele disse que estava fechado naquele dia. De qualquer modo foi interessante conhecê-lo por fora e ver o campo e as arquibancadas através das frestas dos portões. Ao lado havia também uma área de treinamento das divisões de base do ABC, que fui conhecer a partir da porta. Seguindo, encaminhei-me para Ponta Negra, onde era a pousada que havia reservado. Fiquei 2 dias num quarto privativo com TV, sem banheiro e sem café da manhã na Pousada Lampião e Maria Bonita (https://www.google.com.br/maps/place/Pousada+Lampi%C3%A3o+e+Maria+Bonita/@-5.8817796,-35.1789918,17z/data=!3m1!4b1!4m9!3m8!1s0x7b2f8d3f60473e3:0xbe935dd3b85355ff!5m2!4m1!1i2!8m2!3d-5.8817849!4d-35.1764169!16s%2Fg%2F11xg14yqx?hl=pt-BR&entry=ttu e https://pousadalampiaoemariabonita.negocio.site/) pagando R$ 34,00 por diária. Após me acomodar, saí para dar um passeio na orla de Ponta Negra à noite. Tirei estas fotos. Acima em direção à Via Costeira. Abaixo em direção ao Morro do Careca. Um pouco mais tarde em direção à Via Costeira. Ainda parei para assistir um jogo de futevôlei na praia. Passei no supermercado e comprei pães e legumes para o jantar e o café da manhã. Os pães estavam em promoção, então comprei grande quantidade, para todos os dias. Jantei pão, tomate, cebola, chuchu, beterraba e banana. O sono foi tranquilo. Na 4.a feira 16/8, após tomar café da manhã com o mesmo que jantei no dia anterior, fui dar um passeio pela cidade e conhecer alguns pontos que ainda não conhecia. Inicialmente fui andando pela orla de Ponta Negra. Tirei as mesmas fotos do dia anterior, só que agora com dia claro. Depois fui caminhando até o fim da calçada pavimentada da orla e aí peguei a Avenida Roberto Freire rumo à região central. Fui com destino ao Parque das Dunas, que pensei ser enorme, com trilhas no meio das dunas. Achei muito interessante o caminho pela Avenida Roberto Freire, com calçadão ao lado de ampla área de mata. Mais à frente virei no acesso a UFRN, mas acabei não chegando ao parque que imaginava. Depois de muito andar, cheguei a um parque pequeno, basicamente uma pequena pista de caminhada ou corrida em volta de alguns pontos de interesse. Para se andar pelas trilhas era necessário agendamento prévio. Acabei nem entrando. Fui então conhecer a Arena das Dunas. Não pude entrar no campo nem na arquibancada, pois estava em recesso há um mês. Só pude apreciá-la por fora. Dei uma volta completa. De lá fui para o Parque da Cidade. Foi um pouco difícil achá-lo, ainda mais que a bateria do celular estava acabando. Mas, depois de muito perguntar, consegui achar a portaria, que imagino era a dos fundos. Parecia abandonado. Subi a escadaria e vi a trilha. Perguntei a um rapaz que lá estava se era tranquilo andar pelas trilhas e ele me disse que sim. Aí sim, eram realmente caminhos largos porém ao lado de vegetação nativa. Eu estive sozinho quase todo o tempo. Foi quase uma hora andando, até chegar perto do que parecia ser a portaria principal. Reencontrei o rapaz, que parecia agora estar fazendo corrida e ele me disse que encontraria uma bifurcação à frente, mas que ambos os caminhos me levariam à saída. Cheguei à bifurcação, escolhi o caminho de cima e cheguei ao que parecia ser a portaria principal. Esta é uma foto de um edifício de lá. O local estava cheio de militares. Informaram-me que haveria uma apresentação das bandas dos fuzileiros navais aberta ao público, que eu poderia ver se desejasse. Subi então para os prédios do parque e fui ver as exposições. Ainda bem que havia água lá, pois eu estava com bastante sede. Decidi então ficar para assistir a apresentação, ao invés de ir conhecer outros atrativos. Enquanto esperava fui andar pelo outro ramal da bifurcação e encontrei lá alguns cartazes explicativos da fauna e flora. Logo no início, havia uma cobra na lateral do caminho. Acho que se assustou um pouco com minha presença e foi embora para o mato. Voltei, esperei a apresentação que estava atrasada e fiquei assistindo por cerca de 1h. Gostei da apresentação, com as bandas, coral, cantores, temas de filmes etc. Todos trajados com os uniformes típicos de bandas militares. Só não fiquei até o fim porque não queria voltar na escuridão, principalmente a parte do caminho que não conhecia. Na saída ainda perguntei para os guardas sobre o melhor caminho, posto que minha bateria já estava em nível crítico e me deram orientações, que depois se mostraram coincidentes com o que eu tinha planejado com o mapa. Cheguei à Avenida Roberto Freie no fim do período de luz e caminhei por ela de volta a Ponta Negra. Novamente fui dar um passeio noturno na orla, assisti parte de outro jogo de futevôlei, voltei para a pousada, jantei o mesmo que no dia anterior, exceto a cebola, mas acrescido de 2 limões que encontrei na rua 🍋, ainda tive tempo de assistir parte da semifinal da Copa do Brasil entre Flamengo e Grêmio enquanto tentava achar uma passagem de ônibus ou uma viagem de BlaBlaCar para voltar para casa. Na 5.a feira 17/8 inicialmente tomei um delicioso banho de mar, caminhei até o Morro do Careca, apreciando a paisagem, tomei outro banho de mar para me despedir, conversei com um casal de turistas de São Paulo, sugerindo visita à Praia de Tabatinga sob o Mirante dos Golfinhos. Comi pão com banana de café da manhã. Depois de muitas tentativas, depois de desistir de ir de ônibus pela manhã, devido a ser muito cedo e precisar ir de táxi à rodoviária para não correr risco de perder o ônibus, consegui viabilizar uma viagem de BlaBlaCar (https://www.blablacar.com.br) saindo por volta de 15h. Paguei R$ 110,00 pela passagem. Fiquei até perto de 12h30 no hostel, quando consegui a confirmação final da viagem e rumei para o ponto de encontro, que era na Loja Agaé, que fica na estrada, que dentro da cidade é a Avenida Salgado Filho, bem mais perto do que a rodoviária. Fui caminhando pela Avenida Roberto Freire novamente, passei no supermercado, comprei pães e bananas para comer à tarde e durante a viagem e cheguei ao ponto de encontro bem antes. Esperei cerca de meia hora, encontrei Paulo, outro passageiro, que era militar da Marinha e esperamos juntos. Charlenson chegou na hora prevista. Ele era músico e passamos para pegar um instrumento (acho que era Baixo) num bairro de Natal. Isso atrasou um pouco a viagem. O outro passageiro era um rapaz advogado flamenguista que iria parar em Mossoró e ir para Limoeiro, a cidade de origem de sua família. Acho que ele morava em João Pessoa. A viagem foi tranquila. Viemos conversando sobre muitos assuntos. Cheguei no mesmo ponto de onde saí na ida e Charlenson me deixou no motel que fica na entrada da cidade por volta de 22h. De lá fui caminhando para casa, a cerca de 5 km de distância, passando antes na pizzaria para o jantar.
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