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Olá, Mochileiros,

 

Faz aproximadamente umas 5 horas que acabo de retornar da minha Eurotrip de outubro, depois de um voo de 11 horas da TAP, de Lisboa a Porto Alegre.

 

O roteiro planejado e percorrido foi o seguinte: Roma - Florença - Veneza - Paris - Carcassonne - Barcelona - Madrid - Lisboa

 

A viagem foi planejada com seis meses de antecedência e nesse período eu obtive muitas informações, dicas e esclarecimentos de dúvidas aqui no fórum Mochileiros. Tudo saiu como planejado, e nenhum passo da viagem sofreu problemas maiores, exceto o stress que eu já previa, por estar viajando na companhia de duas pessoas muito estressadas: minha mãe e meu irmão, e algumas outras situações imprevistas, que contarei ao longo do relato. Fora isso, deu tudo certo, o que me credencia a continuar a planejar viagens de forma independente!

 

Todos os trechos aéreos que fizemos, com a TAP e com as low cost Easy Jet e Vueling, foram perfeitos. Foram 6 voos e apenas 2 atrasaram, mas o máximo de atraso foi de 40 minutos, e isso apenas porque 6 passageiros despacharam bagagens mas não embarcaram e então, por questão de segurança, suas bagagens tiveram de ser procuradas e retiradas do avião (isso ocorreu no voo de hoje, na volta de Lisboa a Porto Alegre). O serviço de bordo da TAP e da Easy Jet foram muito bons. O da Vueling foi bom, mas achei as comissárias mais estressadas que os das outras duas companhias. E na Vueling eu me indignaei um pouco porque eu estava com uma mala extra de bordo, mas que ultrapassava as medidas permitidas pela companhia e então, para evitar um prejuízo maior, eu resolvi incluir essa mala como bagagem de porão com antecedência de 1 dia, pagando mais 11 euros, e quando embarquei, vi muuuitas pessoas com malas de bordo bem maiores que a minha e inclusive pessoas carregando mais de um volume (mala de bordo grande + bolsa feminina grande).

 

Também não tivemos problemas com os trens (Trenitalia e TGV), e todos os trens partiram no horário. Aliás, é bem menos estressante viajar de trem, só por não ter de passar pelo check-in e pela segurança dos aeroportos.

 

O dinheiro que levamos deu muito bem. Os hotéis e as passagens aéreas e de trens já estavam todos pagos quando iniciamos a viagem. Assim, já saímos daqui com o dinheiro separado para as atrações e calculamos uma média de 90 Euros por dia por pessoa para alimentação. Posso dizer com segurança que 90 Euros por dia para alimentação na Europa é um exagero. Deu muito bem para nós, e isso que almoçamos e jantamos em restaurantes. Na média, gastávamos entre 8 a 10 euros por pessoa no almoço e entre 12 a 15 euros na janta. É claro que isso em restaurantes simples, mas bem ajeitadinhos e com comida bem satisfatória. E durante o dia, gastavamos algum trocado a mais com cafés e algumas guloseimas (gelatti, pasteis de belém, etc). Aliás, a média para alimentação por dia que eu previ foi tão exagerada que eu acabei fazendo compras que eu nem imaginava que faria, com o que ia sobrando dessa média de 90 euros por dia, hehe

 

Levamos uma parte do dinheiro em cédulas e outra parte em VTM. O VTM foi aceito sem problemas em todos os lugares que usamos.

 

Sobre a imigração: passamos pela imigração do Espaço Schengen em Lisboa. Eu já havia passado uma primeira vez sem problemas e desta vez não foi diferente: tínhamos todos os documentos, e mais vouchers das reservas dos hotéis, mas só pediram o E-ticket da passagem de volta e só perguntaram o dia do regresso, para onde iríamos e quantos dias ficaríamos em cada país. A única gafe foi que minha mãe esqueceu de tirar os óculos de sol e a funcionária da imigração teve de pedir que ela os tirasse, depois de a encarar por alguns segundos...

 

Tivemos alguns gastos estúpidos e desnecessáros: Por exemplo, quando embarcamos no trem de alta velocidade na Estação Termini em Roma, em direção a Florença, pedi para minha mãe subir no trem primeiro enquanto eu alcançava as malas para ela, e ela, sem saber, deixou um malandro carregar as malas até o nosso local. Ela ingenuamente achou que era um funcionário do trem, mas eu logo percebi que teria de desembolsar a gorjeta para o malandro. Eu ofereci 5 Euros, mas o infeliz exigiu 10 euros. Eu só paguei esse absurdo porque não quis saber de me estressar e discutir com um safado em um país estrangeiro.

 

OBS: Eu gosto muito da Itália e de Roma, tanto é que é a segunda vez que eu fui para lá. Mas acho que de alguma forma sempre tem um meliante romano/italiano tentanto me enganar. Por exemplo, quando saímos do aeroporto Fiumicino, decidimos pegar um táxi, já que o preço tabelado pela prefeitura de 40 Euros do aeroporto até o centro histórico, seria mais em conta e mais cômodo para três pessoas do que pegar o Leonardo Express. Mas os taxistas queriam cobrar 60 Euros ou mais pela corrida, o que prontamente me fez optar novamente pelo trem. Além disso, eu comprei um casaco na Zara da Galeria Alberto Sordi e um relógio em uma loja da Swatch em Roma e os vendedores não quiseram me dar o formulário do TAX FREE para o reembolso do IVA, e argumentaram que o preço que eu estava pagando era o preço sem o IVA. Mas o fato é que o preço que eu paguei por esses produtos era o preço de etiqueta da loja, ou seja, o preço que todo cidadão europeu paga se comprar nessas lojas.

 

Aliás, é uma tormenta conseguir o reembolso do IVA nos aeroportos. Ninguém sabe informar nada, inclusive em Portugal, onde supostamente não há dificuldade de compreensão lingüística (hehehe). Mas conseguimos descobrir o caminho das pedras para conseguir o reembolso, pelo menos no aeroporto de Lisboa, depois de muito bater cabeça e de enfrentar três filas quilométricas erradas (contarei com mais detalhes quando fizer o relato completo).

 

Bem, sobre o clima, o outono europeu nos países mediterrâneos (Itália, Espanha e Portugal) é na verdade uma extensão do verão. Errei um pouco nas roupas, pois eu esperava um clima mais ameno. Pegamos muito calor em Roma, Florença e Lisboa e frio na parte da manhã e noite e calor insuportável durante a tarde em Madrid e Barcelona. Em Veneza e Paris pegamos chuva e frio. Aliás, eu fiquei pesteada depois de pegar a maior ventania gelada da minha vida ao subir o campanário da Piazza San Marco em Veneza (de onde quase saí voando, hehehe). Isso foi no sétimo dia de viagem e depois disso, minha saúde meio que deteriorou. Cheguei em Paris com dor de garganta, me tratei por 5 dias com um antibiótico providencialmente receitado por meu médico (trazido na mala do Brasil). Melhorei um pouco em Barcelona, mas depois do entra e sai dos ar condicionados em Madrid e Lisboa, minha garganta deteriorou novamente, até que ontem, no último dia da viagem, em Lisboa, eu estava completamente sem voz, como aliás, ainda estou nesse momento!

 

No momento, alías, estou bem podre de cansada, e fico só pensando em como vou encontrar forças para voltar ao trabalho já amanhã à tarde. Mas é trabalhando que eu consigo viajar, e então, eu vou cair logo no trabalho para no próximo ano voltar à Europa mais uma vez. Já temos mais ou menos alinhavado um próximo roteiro!

 

No final de semana que vem, eu atualizo o meu relato e tento colocar fotos também!

 

Abs,

 

Cris

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Ola, Cris

Parabens pela iniciativa de co,eçar a escrever seu relato pouquissimas horas apos seu retorno. Muitos usuarios do site passam meses pedindo informações aos colaboradores e visitantes do site e no retorno não escrevem sequer uma linha com suas experiencias.

parirei pra minha 3a Eurotrip consecutiva já nesse dia 01/11, retornando no dia 28/11

Tao logo eu chegue em Blumenau tb relatarei a minha viagem

Abraços

 

Alessandro

http://alessandrojiora.bllogspot.com

  • Membros
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Olá Cris,

 

Parabéns pelo seu início de relato. Foi um prazer imenso encontrá-los lá em Roma. Nós também gripamos em Paris. Quando chegamos em Amsterdam a chuva aumentou e o corpo arriou :)

Também já comecei meu relato, inclusive citando o nosso encontro. Já falei sobre Roma, hoje provavelmente devo postar o dia de Veneza.

 

Um grande abraço,

Sandro Stéfano.

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Olá, pessoal,

 

Depois de uma semana cheia, já que eu retornei ao trabalho apenas 1 dia após o meu retorno da viagem, vou continuar com meu relato da minha Eurotrip. Durante a semana, mal tive tempo de desfazer as malas e colocar tudo para lavar e organizar as coisas. Apenas hoje que eu consegui começar a organizar as fotos. Ainda não consegui organizar TODAS as notas fiscais de todas as despesas (desde água até compras) para fazer a planilha de gastos efetuados. Mas o relato eu já posso começar Então vamos lá!

 

ITINERÁRIO DA VIAGEM: PORTO ALEGRE - LISBOA (CONEXÃO) - ROMA - FLORENÇA - VENEZA - PARIS - CARCASSONNE - BARCELONA - MADRID - LISBOA

 

Ah, quero lembrar a todos que não foi uma viagem ao estilo verdadeiramente mochileiro, com "low budget" total, mas sim uma viagem independente. Fizemos uma enconomia de 50% do total dos custos em relação aos pacotes das agências de viagem e viajamos ao nosso estilo, sem estarmos presos aos roteiros mirabolantes como os da CVC. Fizemos economia voando dentro da Europa de Low Cost e nos locomovendo dentro das cidades de metrô, ônibus ou a pé, entramos em alguns museus em dias de gratuidade, comemos em locais relativamente baratos, mas algumas despesas de hospedagen ficaram acima do que a maior parte dos participantes desse forum pratica. Ficamos em hotéis 3 estrelas, e em Roma, ficamos em um 4 estrelas. Alguns hotéis foram relativamente baratos, como em Lisboa, Veneza (Mestre) e Barcelona, mas outros foram um pouco mais caros, como em Roma e Carcassonne. A nossa principal preocupação nessa viagem era justamente quanto aos hotéis, e por isso, não queríamos arriscar em pegar algo mais barato, mas sem muita segurança em relação às fotos que vimos na internet.

 

Dia 1: 01/10/2011: Sábado, dia inicial da viagem. No dia anterior, eu trabalhei normalmente e voltei para casa às 19h, fiz o check-in on-line do voo da TAP e terminei de arrumar minha mala. Também ajudei minha mãe a terminar sua mala, pois ela não tinha experiência nesse tipo de viagem. Fomos dormir cedo e acordamos no sábado no meio da manhã, bem descansados. Almoçamos no shopping perto de casa e às 16h, meu tio e minha tia (irmão de minha mãe) nos buscou em casa e nos levou ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre.

 

O voo da TAP, direto de Porto Alegre para Lisboa, estava marcado para as 19h26. Chegamos no Salgado Filho às 16h20. A fila para despachar as malas no balcão da TAP estava tranquila, mas como minha mala era nova, resolvi fazer aquela plastificação. A fila desse serviço estava bem grande. Ficamos mais ou menos uns 40 minutos nessa fila e quando fomos despachar as malas, a fila da TAP já estava grande também. Não tivemos problemas com os assentos, pois eu já havia marcado os assentos com antecedência.

 

Depois das malas despachadas, como o portão de embarque internacional ainda não estava liberado para nós, fomos tomar um café na praça de alimentação do andar de cima. Ficamos ali mais uns 30 minutos e descemos para o embarque. Éramos os primeiros da fila, mas o pessoal do aeroporto não estava ainda em seus postos para verificar os passaportes. Ficamos parados na fila esperando por uns 10 minutos, até ser liberado o portão de embarque. Depois de liberados, só esperamos mais uns 30 minutos no saguão até entrarmos no finger para o avião.

 

A aeronave da TAP era uma das mais novas, um A330. Nós ficamos em assentos da janela e corredor, acima da asa direita da aeronave. A disposição dos assentos nesse avião é 2 - 4 - 2, de forma que eu fiquei na janela na fila da frente e minha mãe e meu irmão ficaram atrás de mim, respectivamente no corredor e janela. Tinha a esperança de o assento ao meu lado estar vazio, para não ter ficar espremida durante a viagem, já que o espaço entre os assentos é bem limitado nos aviões da TAP, mas logo um rapaz sentou ao meu lado. O voo foi lotado!

 

Me surpreendi pelo fato de o voo ter saído pontualmente no horário, às 19h26. O voo foi tranquilo e bem atendido pelos comissários de bordo. As refeições servidas (janta e café da manhã) estavam ok para o padrão de voo intercontinental. Na janta, havia opção entre frango ou lasanha. Achei a apresentação e a própria refeição melhor que a que me serviram nos voos da TAP que eu fiz em fevereiro.

 

Dia 2: 02/10/2011: Domingo. Antes das 10h, aterrissamos no aeroporto de Lisboa, onde iríamos fazer a conexão com outro voo da TAP em direção a Roma. Ao desembarcar, tivemos que caminhar toda a extensão do terminal 1 para chegarmos aos guchês da imigração portuguesa. A fila estava enrome, pois havia outros voos chegando ao mesmo tempo. Nós três conseguimos passar pela imigração juntos. Apenas entregamos os passaportes e os e-tickets com a data da passagem de volta. A agente só nos perguntou a data do regresso ao Brasil, para quais países iríamos e quantos dias ficaríamos em cada um. Fui tudo muito tranquilo, exceto o fato de minha mãe ter esquecido de tirar os óculos de sol. A funcionária da imigração ficou encarando minha mãe por uns 15 segundos e nem assim minha mãe se ligou na gafe ... Foi preciso a agente dizer para ela tirar os óculos ....

 

O nosso voo para Roma deveria partir às 14h20, mas logo que chegamos no saguão de embarque vimos que haveria atraso no painel de voos. Ficamos perambulando pelos Free Shops. Depois fizemos um lanche em um dos bares da praça de alimentação e fomos para o saguão de embarque esperar a chamada. O atraso não foi tanto: esperamos apenas 30 minutos a mais e depois embarcamos. O voo saiu às 15h. Foi outro voo tranquilo.

 

Aterrissamos no aeroporto Fiumicino aproximadamente às 18h20, hora local de Roma. Fomos para a esteira de retirada de bagagens. Bem, eu já tinha passado por esse aeroporto em fevereiro, e me lembrei que a coisa demorava. Não foi diferente desta vez. Esperamos uns 20 a 30 minutos pelas malas chegarem na esteira. A essa hora, já estávamos um tanto cansados, pois já fazia quase 24 horas que estávamos em função de aeroportos.

 

Saímos da aéra do desembarque e a primeira coisa que eu fiz foi me dirigir ao balcão de informações turísticas para comprar o Roma Pass. O escritóirio de turismo estava fechado (achei imperdoável para uma cidade mega turística como Roma!). E para complicar mais as coisas, havia cartazes fixados nos vidros, dizendo que não havia mais disponibilidade de Roma Pass e que estes só estariam disponíveis em 6 dias. Bem, tentei comprar os Roma Pass em uma banca de revista, mas ali também não tinha mais. Primeiro imprevisto da viagem!

 

Como estávamos em 3, e o preço do táxi do aeroporto até o centro histórico é tabelado pela prefeitura em 40 euros, eu pensei que o táxi seria uma opção mais vantajosa do que pegar o trem Leonardo Express. Contatei o balcão de informações sobre táxi e o responsável confirmou que era mesmo 40 euros, mesmo com nossas 3 malas. Nos dirigimos então à fila do táxi, mas todos os taxistas que eu contatei queriam cobrar 60 euros ou o preço que desse no taxímetro. Não estava a fim de arriscar e então, decidimos pelo Leonardo Express (3 passagens, 42 Euros). Foi difícil achar o caminho dentro do terminal 3, mas por fim, achamos.

 

O Leonardo Express nos deixou na Estação Termini 35 minutos depois, Já havia anoitecido em Roma (quando aterrissamos, ainda havia sol). Na saída da plataforma, meu irmão, muito afobado, desceu uma escadaria na minha frente e segiu por uma saída lateral. O problema é que essa saída dá para rua, para a Via Giovani Gigliotti (ou algo assim). Teria sido bem mais fácil puxar as malas por dentro da estação, até a saída principal, do que fazer isso pela rua. Nosso hotel estava localizado a apenas 3 quadras da Estação Termini, mas isso contando da saída principal, hehe. Mas como ele já havia descido as escadarias, eu achei que seia demais pedir para ele subir com as malas novamente para irmos pelo caminho interno. Assim, saímos para a rua mesmo, bem no final da Termini... DICA IMPORTANTE: antes de viajar, reserve um tempo para procurar na internet mapas e planilhas dos aeroportos e estações pelas quais você vai passar, pois isso é importante para você conseguir se localizar em um local que você não conhece. Isso ajuda bastante, especialmente para evitar esse tipo de coisa que nos aconteceu. Eu mesma já conhecia a Estação Termini, mas não sabia que a plataforma do Leonardo Express era na parte mais distante da estação, hehe...

 

Bem, depois de uma caminhada de 10 minutos puxando as malas rua acima, finalmente conseguimos chegar ao nosso hotel. O nosso hotel em Roma foi o Augusta Lucilla Palace. Não é um hotel barato. É um hotel de categoria turística superior (4 estrelas), mas escolhi esse pela proximidade da estação Termini e por ter um quarto amplo, necessário já que estaríamos em 3 pessoas. O staff do hotel foi muito prestativo e o quarto correpondeu ao que eu tinha visto nas fotos e no Booking.com.

 

Já eram umas 9 horas da noite quando finalmente nos vimos instalados no nosso quarto do hotel. Como estávamos famintos, resolvemos apenas nos recompormos um pouco e saímos para jantar. Eu tinha uma boa indicação de uma Tratoria a duas quadras do hotel, atrás da Via Cavour. Ao chegarmos lá, encontramos um ambiente bem descontraído, que eu não tinha encontrado em fevereiro. Muita gente nas mesinhas externas dos restaurantes, cantores e tocadores de gaita nas ruas, etc. A Tratoria que eu tinha pensado (Nuova Stela) estava lotada e então, resolvemos sentar em uma outra ao lado que tinha apenas mais uma mesa vaga. Como eu disse, estávamos com fome e um pouco cansados da longa viagem intercontinental, então, preferimos não esperar.

 

A janta foi muito agradável. Não pedimos aquele exagero italiano de entrada, 1º prato, 2º prato, etc. Pedimos apenas um prato (pasta) para cada um e mais vinho da casa. A conta total deu aproximadamente 36 Euros para nós 3, o que deu 12 Euros por pessoa. Muito bom para uma janta em restaurante, sentando ao ao ar livre e com uma garrafa de vinho (eu estava esperando gastar uns 25-30 Euros por pessoa por janta nessas condições).

 

 

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Eu e minha mãe jantando na Tratoria que não lembro o nome, mas localizada na Via Daniele Marin (atrás da Via Cavour)

 

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Minha mãe na Tratoria. Meu irmão, sem muito espírito de aventura, achou cafona ficar tirando fotos do jantar e não quis mais ficar com a câmera. Que bocó! rsrs

 

Depois da janta, paramos ainda numa gelateria meia-boca apenas para comer um sorvete. Depois, fomos para o hotel. Queríamos dormir mais cedo para nos recuperarmos da viagem de ida e também porque eu gostaria de ir bem cedo no dia seguinte a uma banca de revista na Estação Termini ver se ainda conseguia o Roma Pass. Se não conseguisse, nós iríamos ter de estar cedo na frente de nossa primeira atração, o Coliseu, para evitar as filas.

 

Vou continuar o relato no decorrer dos próximos dias.

 

Abs,

 

Cris

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Mais um dia de relato de viagem:

 

Dia 3: 03/10/2011: Segunda-Feira: Nesse dia, acordamos cedo porque a programação seria puxada: Coliseu, Circo Máximo, Bocca della Veritá, Palatino e Foro Romano, Pantheon, Piazza Navonna e Fontana di Trevi.

 

Às 7h30 estávamos no café da manhã do nosso hotel. Muita variedade no buffet, praticamente uma refeição, tinha até omelete com bacon, mas obviamente eu não tenho o costume de cometer tal desatino a essa hora da manhã (meu irmão não recusou, contudo).

 

Saimos do hotel às 8h porque eu queria passar na Estação Termini para ir em algumas bancas de revista ou tabacarias que eu sei que tem ali e que sempre tem o Roma Pass. Mas eu fui em três delas e não tinha o tal do Roma Pass. Bem, nesse momento eu percebi que realmente não havia disponibilidade do passe e eu aceitei que teríamos algum prejuízo em relação aos descontos e entradas que deveriam na gratuidade prevista pelo passe. Compramos então o bilhete de transporte de 3 dias, por 11 euros cada um. Talvez fosse mais vantajoso comprar um bilhete de transporte por vez, mas não tinha como saber qual o limite de caminhadas da minha mãe (uma senhora em forma, mas de 64 anos, hehe). Então, achei melhor comprar um bilhete que nos permitisse subir e descer dos transportes quantas vezes fosse necessário, sem nos preocuparmos com compra de bilhetes na hora. No fim, nem foi tão necessário. Não é necessário usar muito transporte público em Roma, pois as atrações estão relativamente próximas.

 

Nos dirigimos então até o Coliseu a pé, descendo a Via Cavour, numa pequena caminhada de uns 15 minutos. Bem, eu já tinha feito isso em fevereiro, então não tive o impacto visual que eu já tinha tido alguns meses antes. Mas foi uma imensa alegria rever o cenário, e aconteça o que tiver de acontecer (como romanos tentando dar uma de espertinhos quando se trata de dinheiro), eu AMO essa cidade chamada Roma!

 

Tiramos algumas fotos na frente do Anfiteatro e fomos direto para a fila. Para minha surpresa, a fila estava pequena e não esperamos mais de 5 minutos nela para entrar, mesmo sem o Roma Pass. O ingresso do Coliseu custa 12 Euros, mas serve também para o Palatino-Foro Romano.

 

Ficamos lá dentro por aproximadamente 1 hora, subindo e descendos os dois andares. Aqui um fato legal aconteceu. Quando estávamos na parte superior, minha mãe me chamou porque tinha dois brasileiros que queriam que ela tirasse fotos deles, mas como ela não tem muita prática, pediu para mim. Qual não é a minha surpresa quando descubro que o casal brasileiro em questão se tratava do mochileiro do fórum Sandro Azevedo e sua esposa! Foi muito legal encomntrá-los. Tirei a foto para eles e ainda conversamos sobre os voos e sobre as primeiras impressões! Depois nos despedimos e descemos para tirar fotos lá embaixo no Arco de Constantino.

 

Partimos em direção ao Circo Máximo, que hoje não passa de um terreno baldio, mas que na época da Roma Antiga era o lugar das corridas de bigas. Depois, como estávamos por perto, fomos à igrejinha de Santa Maria in Cosmedim, onde fica a famosa "Bocca della Veritá", imortalizada pelo cinema no filme "A Princesa e o Plebeu", com a Audrey Hepburn e o Gregory Peck (filme imperdível sobre Roma ... hehe). Eu e minha mãe tiramos fotos com a mão dentro da "boca" e ainda entramos na igrejinha, que tem estilo bizantino.

 

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Na Bocca della Veritá, pedi para minha mãe fazer uma "expressão dramática" na hora da foto, mas o máximo que ela conseguiu foi esse beiço esquisito, hehehe...

 

Depois, voltamos para a área das ruínas para ver o Palatino e o Foro Romano. DICA IMPORTANTE: Não se esqueça de pegar um folder na entrada, com a localização e nome de cada "ruína" do Palatino e do Foro, porque se não, fica difícil de se imaginar como era aquilo na época da Roma Antiga. O guia visual da Folha de São Paulo também traz mapas, desenhos e explicações bem detalhadas.

 

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Nuna área do Monte Palatino - Eu e minha mãe

 

Depois do Foro Romano, passamos na frente do Monumento a Vittorio Emanuelle. Como meu roteiro previa visitá-lo mais detalhadamente em outro dia, apenas passamos na frente mesmo e seguimos em direção à Via del Corso para encontrar algum lugar para almoçar e ir ao toilette (estava um clima bem quente na nossa estadia em Roma, e por isso, bebemos muita água natural potável e geladinha das fontes e bicas que se espalham pela cidade, inclusive na região do Foro Romano mas isso aumentou também a nossa vontade de ir ao banheiro, hehe).

 

Nosso almoço foi um lanche rápido (panini, salada, água, refigerante e vinho), num pequeno restaurante localizado na Via del Corso com esquina para uma daquelas ruelinhas que levam à região do Pantheon. O restaurante tinha o nome genérico de "Tavola Calda", mas é bem fácil de achar. Pagamos 8 Euros por pessoa almoçando nas mesinhas do lado de fora (ótimo tendo em vista o calor que fazia).

 

Depois fomos ao Pantheon, ali pertinho. No caminho, paramos na "Casa do Pinocchio" para tirarmos fotos com o boneco de madeira sentado em um banquinho. Quando chegamos à Piazza della Rotonda, na frente do Pantehon, novamente encontramos o colega mochileiro Sandro Azevedo e sua esposa. Desta vez, pedimos que ele tirasse uma foto de nós três juntos na frente do Pantheon.

 

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"La famiglia" em frente ao Pantheon, Foto tirada pelo mochileiro Sandro Azevedo. Valeu, Sandro!

 

O Patnheon, eu já sabia e já tinha visto, é lindo. Por dentro, tem a maior cúpula de todas as igrejas de Roma, incluindo a da basílica de São Pedro. Mas do lado de fora, não dá para imaginar isso, pois a cúpula fica escondida atrás da fachada em estilo greco-romano. Então, por isso que quando se entra dentro há aquele espanto com aquela cúpula enrome e linda, toda iluminada, tanto por luzes artificais como por iluminação natural que vem do "ósculo" (buraco) que fica bem no topo da cúpula. Um dia eu terei de ver o Pantheon por dentro à noite, sob a luz da lua! (pretexto para voltar à Roma!).

 

Nos dirigimos então à Piazza Navonna, com suas três fontes, com a Embaixada do Brasil e com o melhor sorvete do mundo, servido no café "Tré Scallini". Por mais tentador que seja, não vale a pena sentar nas mesas do café, porque você vai pagar 10 Euros a mais pelo sorvete. Mas por mais pão-duro que você seja, não deixe nunca de pedir um gelatto da "Tre Scallini". Peça o seu sorvete para sair comendo mesmo; dois sabores custam 4,50 Euros, mas vale cada centavo, hehehe ... Tome seu sorvete sentado nos banquinos perto de uma das três fontes da Piazza Navonna enquanto contempla o movimento dos artistas de rua com suas pinturas e músicas!

 

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Na Piazza Navonna, próximo à Embaixada do Brasil e ao lado de músicos de rua. P. S.: Um dia eu ainda vou voltar a prestar mais uma vez o concurso do Instituto Rio Branco só para ser diplomata na Embaixada Brasileira em Roma!!

 

Depois desse sorvete dos deuses, voltamos na direção da Piazza della Rotonda, para ver uma outra igreja muito bonita que fica bem atrás do Pantheon. É a Igreja Santa Maria Sopra Minerva. Se você passar na frente dela sem saber, é capaz de nem perceber que é uma igreja ou então não dar nada por ela, porque a fachada é super simplória, é um simples prédio em forma retangular. Mas por dentro ela é linda com arcos góticos e uma exuberante pintura no teto. Tem uma escultura muito esquisitinha na frente da igreja: um elefantinho sustentando no lombo um obelisco egípcio. De tão esquisita, tal escultura chega a ser uma curiosidade sem igual. Pena que estavam restaurando o elefantinho e não deu para vermos direito. Entramos na igreja, vimos o maravilhoso teto gótico pintado de azul cravejado de estrelas douradas e saímos logo depois em direção à Fontana di Trevi. Quando estávamos quase chegando lá, minha mãe se deu conta que não estava mais com uma sacola que tinha umas 20 lembrancinhas que ela tinha comprado para as amigas e colegas de trabalho na lojinha do Coliseu. Nos demos conta na hora que ela deveria ter esquecido em um dos bancos da Santa Maria Sopra Minerva. A primeira coisa que ela pensou foi: "já pegaram minhas lembrancinhas e nunca mais vou recuperar a sacola". A primeira coisa que eu pensei foi: "Interditaram a igreja e nós vamos aparecer na CNN como suspeitas de terrorismo internacional por termos deixado um volume abandonado em um tempo religioso!". Bem, nada disso aconteceu: a sacola estava no mesmo lugar em que ela deixou, atrás de duas velhinhas que estavam ali orando!

 

Sacola recuperada, fomos finalmente à Fontana di Trevi. Bem, eu já a conhecia, mas tal como o Coliseu, eu nunca vou deixar de me impressionar com o lugar. Eu acho a coisa mais emocionante ir andando pela Via del Murate e escutar o barulhinho de água correndo alguns metros antes de chegar à Fontana! Durante o dia ou durante a noite, aquele lugar é mágico! Jogamos moedinhas na fonte para voltarmos a Roma mais uma vez!

 

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Fontana di Trevi: Sempre linda e mágica! Não me canso de querer voltar a ela!

 

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Jogando moedinhas na Fontana di Trevi para retornar mais uma vez a Roma!

 

Bem, o roteiro do dia foi integralmemnte cumprido, talvez por ser o primeiro dia e estarmos com fôlego inteiro! Ainda não havia anoitecido e então resolvemos simplesmente ir caminhando pela Via del Corso, antes de anoitecer e decidirmos onde jantar. Acabamos entrando na Galeria Alberto Sordi, onde tem várias lojas legais e eu fui parar na Zara (hehe, espírito consumista se apresentando ..rs ...) Mas eu tinha uma boa razão: apesar de estar um calor infernal em Roma, eu sabia que em Veneza e Paris estaria mais frio e eu estava sem um casaco estilo "doudana" para o frio. Era uma das coisas que eu já tinha me programado a comprar antes de sair do Brasil. Na Zara, vi uma bem do meu gosto por 119 Euros e resolvi comprar (como minha forma física não é nada privilegiada, quando eu encontro algo que me serve, eu tenho de comprar, por temer não encontrar outra coisa que me sirva legal em outro lugar). Ao efetuar a compra, eu pedi o formulário para o reembolso do IVA, mas o atendente do caixa me disse que eu já estaria pagando sem o IVA, que com o IVA seria 159 Euros. Bem, como eu estava na Zara, eu não achei que fosse algo muito disparatado e deixei por isso mesmo. Mas depois de muito tempo, quando eu já estava na França e ver que todas as lojas, inclusive a Zara de lá, fornecia o formulário de reembolso, e que na etiqueta não havia nenhuma menção de preço com IVA e preço sem IVA, eu passei a ter a quase certeza de que eu fui enganada, heheh .. Ainda não digo 100% de certeza porque eu gostaria francamente de saber se existe mesmo essa prática de lojas venderem produtos com preço de etiqueta sem o IVA! (PS: Além disso, nas lojas da Zara em Barcelona e Madrid o mesmo casaco estava custando 79 Euros!! que raivaaaa!!! Mas eu teria morrido congelada no Campanário da Piazza San Marco em Veneza se não fosse o tal casaco! hehe).

 

Depois da compra na Zara, fomos jantar e meu irmão quis ir a um restaurante na frente do Pantheon. O clima lá estava bem legal, com muita gente na rua, etc. Eu temia que por ser local turístico, o preço fosse salgado. Mas arriscamos mesmo assim, e entre tantos restaurantes dali, encontramos um com preços acessíveis, tendo em vista apenas os pães do couvert, a entrada, um prato (tradicionalmemnte a "pasta"), água e uma garrafa de vinho da casa. Fomos muito bem atendidos pelo garçon peruano e tivemos uma experiência legal de jantar de frente para o Pantheon! Custo total de 45 Euros, ou 15 Euros por pessoa. Para a janta, estava ok, pela minha previsão!

 

Depois da janta, nos dirigimos novamente à Via Cavour para pegar um ônibus em direção à Estação Termini, para retornarmos ao nosso hotel. Não esperamos mais de 5 minutos pela linha 175 e chegamos em poucos minutos ao nosso hotel para dormir. No dia seguinte, nosso roteiro também seria grande: Vaticano, Castel Sant'Angelo, Igreja Santa Maria della Vitoria e Piazza di Spagna.

 

Continuo o roteiro amanhã!

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Que excelente relato, Cris. Cheio de informações e dicas. Realmente foi muito legal encontrar com vocês lá. Será um prazer continuar lendo seu relato. Se puder, dê uma lida no meu que já estou postando hoje o último dia de Paris.

Cris, segue uma dica que aprendi aqui. Reduza o tamanho das suas fotos para que post abra mais rápido e para que você possa enviar suas fotos para o site com mais rapidez.

 

Abração,

Sandro Stéfano.

  • Membros
Postado
Que excelente relato, Cris. Cheio de informações e dicas. Realmente foi muito legal encontrar com vocês lá. Será um prazer continuar lendo seu relato. Se puder, dê uma lida no meu que já estou postando hoje o último dia de Paris.

Cris, segue uma dica que aprendi aqui. Reduza o tamanho das suas fotos para que post abra mais rápido e para que você possa enviar suas fotos para o site com mais rapidez.

 

Abração,

Sandro Stéfano.

 

 

Oi, Sandro! Obrigada pelo "feedback" sobre o relato e pela dica das fotografias. Eu já estava ficando preocupada mesmo com o tamanho delas e pelo fato que elas demoram muito a carregar. Vou passar a redimensionamento o tamanho delas antes de postar aqui!

 

Vou ler também as tuas postagens mais recentes do teu relato, que também esta superorlganizado!

 

Abs,

 

Cris

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Pois é, Cris.

 

Você pode até editar os posts anteriores, remover as fotos e colocar as novas já redimensionadas. Eu fiz isso no meu relato e acho que ficou bem mais rápido carregar as fotos. Estou redimensionando para 1024x768 pixels.

 

Abraços,

Sandro Stéfano.

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CONTINUAÇÃO DO RELATO

 

DIA 4: 04/10/2011, terça-feira. Dia de ir ao Vaticano, Castel Sant’Angelo, Santa Maria della Vitoria e Piazza di Spagna. Novamente, acordamos cedo e às 7h30 estávamos tomando café no buffet do hotel. Depois, nos dirigimos ao terminal de ônibus da Estação Termini para pegar o ônibus 64 para irmos direito ao Vaticano.

 

A linha 64 é uma linha tradicionalmente utilizada por turistas e, por isso mesmo, muito visada por batedotres de carteira. Mas eu pessoalmente nunca vi nada disso acontecer, nas ocasiões em que peguei essa linha. O grande problema, na verdade, é que o ônibus já sai lotado da Termini, e a cada parada até o Vaticano é um drama: velhinhos querendo entrar nas paradas da Via Nazionale e uns 5 minutos de espera em cada parada, hehe.

 

Chegamos à Piazza San Pietro aproximadamente às 8h30 da manhã. Ainda estava vazia e não tinha muita gente na fila. Entramos na basílica sem muita demora. Mas lá dentro, estava ocorrendo missas em várias capelas, inclusive na capela onde hoje está enterrado João Paulo II, o que impedia o acesso a vários espaços dentro da Basílica. O espaço da Pietá também estava interditado naquele momento pelo pessoal com aqueles carrinhos elétricos de limpeza. Como teríamos de esperar para ver esses locais, resolvemos entrar no Museu do Tesouro Histórico do Vaticano. O preço aumentou de fevereiro a outubro: de 8 Euros para 10 Euros!

 

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Minha mãe e meu irmão na Piazza San Pietro

 

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Eu e o chafariz da Piazza San Pietro

 

Depois que saímos do Tesouro, pudemos finalmente ver as áreas da basílica que antes estavam interditadas pelas missas. Mas a Pietá ainda não estava liberada e já tinha uma multidão esperando a liberação. Fomos para lá e quando liberaram as barreiras, eu fui atropelada por uma “manada” de chinesas! Sério, foi uma coisa brutal! Se não fosse minha mãe me puxar pela mão, eu teria caído e sido pisoteada! Muito cuidado com turistas orientais que andam em bando!

 

Minha mãe ainda queria ir ver o túmulo do João Paulo II, mas como também havia uma multidão aguardando a liberação, desistimos, por temer outro episódio de empurra-empurra!

 

Ao sairmos da basílica, deu para perceber a enorme fila que havia se formado do lado de fora. Decidimos não subir à cúpula, pois teríamos de enfrentar novamente essa fila sob um sol escaldante e também porque minha mãe, com 64 anos, com asma e um pouco de claustrofobia não ficou muito animada em subir os 320 degraus em espiral e estreitamento, obrigatórios mesmo para quem paga os 7 Euros de elevador até a metade do caminho. Como eu já tinha subido à cúpula em fevereiro e tirado várias fotos lá de cima, não me opus.

 

Seguimos então pela rua lateral para chegar ao Museu do Vaticano. Ainda no Brasil, já tinha comprado pela internet com antecedência as entradas para o Museu. Marquei para as 11h. Saímos com folga às 10h30 da Basílica, lembrando que a caminhada até a entrada do Museu dá uns 15 minutos, mais ou menos. A fila para a entrada sem ingresso antecipado fazia a curva nos muros do Vaticano! Santa providência! E ainda com os ingressos antecipados, a fila era razoável! Mas pelo menos essa fila andava rápido!

 

O Museu do Vaticano é enorme. Tem muitas coleções, muitas esculturas, pinturas, afrescos, etc. Mesmo os afccionados por obras de arte e por museus, como eu, tem dificuldade para ver tudo em detalhes em apenas um dia. Não que não dê tempo, mas museu é uma coisa que não adianta você passar o máximo de tempo que puder dentro dele no mesmo dia. Chega um determinado momento em que você se cansa de tanto ver pinturas, esculturas, etc., e tudo começa a perecer igual. Então, DICA IMPORTANTE: mesmo que você disponha de 5/6 horas para ficar num museu como o do Vaticano, Galleria degli Uffizi, Louvre, Museu do Prado, etc., não se iluda achando que você vai conseguir ver tudo em detalhes. O melhor é estudar o museu visitado ou pela Internet ou pelos guias como os da Folha de São Paulo e se organizar para ver o que mais interessa a você.

 

No nosso caso, escolhemos ver as cerâmicas e os estatuários greco-romanos que tem no início do Museu, o corredor de cartografia, os afrescos de Rafael Sânzio e a Capela Sistina. O resto, fizemos apenas uma “visão panorâmica”. Mas ficamos a maior parte do tempo dentro da Capela Sistina, vendo todos os afrescos em detalhes, nos movimentando no interior da capela em meio àquele mar de gente. A única coisa irritante foi a voz do guardinha gritando a cada dois minutos: “no photo” e “shiii, silenzio”!!

 

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Escadaria em caracol na saída do Museu do Vaticano

 

Depois do Museu do Vaticano, fomos almoçar em um pequeno bar em uma rua lateral próxima ao Vaticano. Não valeria a pena retornar ao centro histórico porque depois do almoço iríamos ao Castel Sant’Angelo. A comida foi simples e barata, mas bem satisfatória.

 

O Castel Sant’Angelo não é nenhuma coisa muito deslumbrante, mas eu o adoro. Foi inicialmente projetado para ser mausoléu de imperadores romanos, como Adriano, e depois, passou a ser quase que um adjunto do Vaticano e ainda foi uma prisão e paiol de munição em séculos mais recentes. Não tem muita coisa para se ver dentro, exceto algumas coleções de armas, balas de canhão e de fardas militares e algumas salas decoradas com móveis do século XVIII e XIX, mas a vista para o Rio Tevere e para a cidade das galerias e do terraço é muito bonita, e a ponte em frente ao castelo, com os anjos esculpidos pelo Bernini vale a pena conferir.

 

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Castel Sant'Angelo, visto da ponte sobre o Tevere

 

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O Tevere visto do alto do Castel Sant'Angelo

 

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Eu no terraço do Castel Sant'Angelo. Notem a boa vontade do meu irmão em tirar a foto (corte na cabeça do anjo). Isso se tornou irritante durante toda a viagem :(

 

Bem ao lado do Castel Sant’Angelo está localizado o Palácio da Justiça Italiana (a chamada Corte di Cassazione, o STF deles). Bem, tanto eu como meu irmão temos formação em Direito e trabalhamos no ramo, ele como advogado e eu como servidora da Justiça Federal. Mesmo o prédio não sendo atração turística, fomos atraídos pelo local, para pelo menos ver a fachada.

 

Depois disso, resolvemos voltar para a região da Termini para ir à Igrejinha Santa Maria della Vitoria. Outra igrejinha simples, mas com estilo barroco rococó bem acentuado, onde está localizada uma escultura que é uma obra prima do Bernini: “O Êxtase de Santa Tereza de Ávila“ (parece que estávamos fazendo o roteiro do filme Anjos e Demônios, hehe). Pegamos o ônibus 40 ao lado do Castel Sant’Angelo e descemos na última parada da Via Nazionale , de onde fomos a pé até a igrejinha. O “Extase de Santa Tereza” não está tão protegido como a Pietá (não tem redoma de vidro), mas está colocada em uma capela lateral, em um nicho bastante acima do nível do chão. É a segunda vez que eu tento tirar fotos dali e não tenho muito sucesso. É claro que essa visita só é válida para fãs “hardcore” de escultura e do Bernini! Mas eu sou uma delas, então eu sempre recomendo, haha!

 

Saindo da Santa Maria della Vitória, seguimos então pela Via Barberini, em direção à Piazza e Scalinata di Spagna. O horário era perfeito, pois o sol estava começando a baixar. Tem muita gente que não dá nada pela Piazza di Spagna e pela escadaria, mas eu acho um ambiente super agradável, com aqueles artistas de rua pintando retratos no alto da escadaria, perto da Igreja della Trinitá dei Monti, e as pessoas se aglomerando sentadas nos degraus para apenas descansar depois de um dia de correria turística ou simplesmente conversar com outras pessoas e admirar o por do sol. E os velhinhos e jovens que também se aglomeram sentados na Fonte da Barca Furada, aos pés da escadaria! Ao pé da escadaria também está localizada a famosa Via dei Condotti, a meca do consumo de luxo em Roma (Prada, Gucci, Valentino, Bvlgari, Armani, etc.). É claro que para reles mortais como nós, nem dá para pensar em comprar nada nessas lojas. Mas a gente vê as “japas” endinheiradas entrando lá e saindo cheias de sacolas, hehehe!!

 

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Altos da Scalinata da Piazza di Spagna, no final do dia

 

Já tinha anoitecido quando nos distanciamos da região da Piazza di Spagna e da Via dei Condotti. Seguimos pela Via Cavour , olhando as vitrines de lojas com preços bem mais acessíveis, mas não compramos nada. Começamos a pensar em jantar e desta vez, decidimos jantar numa das muitas pequenas “Trattorias” que tem nas ruas estreitas no meio caminho entre o Pantheon e a Fontana di Trevi (adoro aquele lugar!). Escolhemos um restaurante perto da “casa do Pinocchio”. Na verdade, eu tinha escolhido o restaurante em frente, mas meu irmão não quis por estar cheio, e acabamos neste outro (não me recordo os nomes, hehe). O restaurante em que acabamos nos sentando estava um tanto vazio, o que eu não considero um bom sinal! Mas tudo bem, estávamos com fome! Bem, os garçons eram muito solícitos, mas totalmente atrapalhados! Pareciam pessoal recém contratado. Fizemos o nosso pedido tradicional na Itália: couvert de pães e molhos como entrada, primeiro prato de “pasta”, vinho e água natural sem gás. Mas o garçom se atrapalhou com as bebidas e misturou com os pedidos da mesa de trás, onde estavam duas francesas loucas e impacientes, que, muito irritadas, gritaram “Très Jolie!” para o garçom e saíram sem pagar o vinho que já haviam bebido. Os garçons se desculparam conosco, mas ainda fizeram confusão com nossos menus, mas tivemos pena e não reclamamos muito ou pelo menos tão impacientemente como as francesas. Apenas pagamos e eles nos pediram desculpas no final. O preço foi um pouco mais barato do que estávamos pagando pelas jantas: 13 Euros por pessoa. Ok, a comida estava bem gostosa até, mas eu não recomendaria esse restaurante para ninguém, porque foi mesmo muito confuso, hehe ... Dali em diante na viagem, sempre que estávamos achando que o serviço em algum restaurante estava demorando ou mal atendido, brincávamos que iríamos também dar um “Très Jolie” no restaurante! Obviamente que isso nunca se concretizou, foi só uma piada interna que inventamos durante a viagem!

 

Voltamos ao hotel depois da janta, pegando o mesmo ônibus 175 da noite anterior, na parada da Via Cavour em direção à Termini e logo fomos dormir, bem cansados.

 

Bem, final do relato do quarto dia. Assim que puder, irei postar mais um dia em Roma, com direito a muita confusão, hehe!

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Cris, tudo bem?

Mega desculpas por fazer uma pergunta antes de ler seu relato ::toma:: , mas, como vou para a América do Sul, deixo para lê-lo em suas minúcias quando tiver uma oportunidade para ir para a Europa ::hahaha:: ....um dia eu chego lá. ::otemo::

Bem, escrevo porque vi uma pergunta sua aqui no Mochileiros a respeito do Smartphone, planos de internet 3g, valores ( ::ahhhh:: ), aplicativos, etc etc etc....

Gostaria, então, de saber como foi sua experiência com o seu aparelho. ::sos::

 

Beijos ::kiss::

 

Guilherme

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