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20 dias - Buenos Aires, Colonia, Montevideu, Punta e Santiago


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Fala, pessoal.

 

Tenho por marca registrada posts e relatos longos e muito detalhados, cheios de fotos. Comecei a relatar a viagem no meu blog desta forma e pra evitar ficar uma coisa repetitiva aqui, fiz uma versão resumida, sem fotos. Quem se interessar pelo relato completo pode acessar meu blog:

 

luademochila.com

 

Vamos lá:

 

[t1]Buenos Aires dia 1 - passeio pelo centrão[/t1]

 

Fiquei hospedado em Palermo e realmente o bairro é mais bonito, mas o centrão não chega a deixar muito a desejar, como alguns dizem. Algumas ruas lembram as de Paris, como a De Mayo, sua arquitetura e seus cafés. Conservação geral deixa um pouco a desejar, muito cocô de cachorro e os metrôs são lotados o dia todo. Impressão geral da cidade e dos portenhos foi muito boa, fui tratado normalmente e gostei do que vi. Os preços estão caros por toda parte. A comida em geral é gordurosa e com pouca variedade. Achei a cidade mal sinalizada, especialmente as atrações turísticas. Se quiser uma alimentação saudável e/ou barata, fuja do supermercado DISCO, é caro e só vende besteira lá. Carrefour tem mais opções.

 

Não vi grandes problemas com segurança, exceto um fato que relatarei mais a frente, mas bem rigoroso nesse aspecto. Vi as pessoas na Florida MUITO desleixadas, mochila pra trás, bolsa que pode ser facilmente aberta e por aí vai ...

 

Apartamento foi alugado pela Byt Argentina, que foi muito correta conosco.

 

Nosso roteiro foi esse

 

[t1]Buenos Aires dia 2 - Palermo botânico.[/t1]

 

Começamos pelo zôo de Palermo. Bem legal, há espécies que você não veria no Brasil, como a lhama e o urso polar. O passaporte ahorro, que dá direito a todas as atrações, é enganação. Os "extras" são todos muito fracos. De lá, fomos para o Jardim botânico. Muito bonito, achei mais agradável que o do Rio de Janeiro e ainda é de graça, enquanto o daqui é pago. Em seguida, Rosedal. Minha esposa ficou louca com tantas rosas bonitas, o lugar é imperdível, muito agradável. Do lado há o jardim japonês, que também é legal. Dá uma certa decepção por ser pago e você ter acabado de sair do Rosedal, que é maior, mais complexo e de graça, mas vale a pena ir mesmo assim.

 

Terminamos o passeio e caminhamos até o Paseo Alcorta, shopping ali perto. É pequeno, valeu mais pra acharmos um lugar pra jantar e pelo Carrefour, que fica ali dentro.

 

Impressão geral de Palermo foi ótima, adoramos o bairro.

 

[t1]Buenos Aires dia 3 - Recoleta e Retiro[/t1]

 

Saímos do ap perto do Parque Las Heras e andamos muuito. Passamos por tantos lugares que mal consigo me lembrar. Plaza Chile, Uruguay, Floralis Genérica, Museu de Belas Artes (de graça, entramos, muito bom), Buenos Aires Design (caríssimo, só pra olhar mesmo), Centro Cultural Recoleta (nada pra ver, lugar abandonado) e uma parada no shopping Patio Bulrich pra almoçarmos. Recoleta é um bairro lindíssimo, difícil de dizer qual é melhor, lá ou Palermo.

 

De lá, andamos mais pela del Libertador, até a Plaza San Martin. Pegamos o metrô no Retiro, estação mais nojenta da face da terra. Nem te conto o cheiro e as coisas que vimos no chão, espalhadas.

 

Bem, o metrô naquelas bandas é igualmente horroroso. Tentaram dar o golpe na minha esposa e CUSPIRAM no cabelo dela, pra desviar a atenção e tentar meter a mão na bolsa dela. Por sorte, ela percebeu a tempo e a bolsa só foi parcialmente aberta, já que havia dois feixes. Metrô definitivamente é o lugar que tem que ter mais atenção, já no primeiro dia um passageiro já havia nos avisado. Enfim, ela não percebeu que cuspiram, só achou que alguém tinha jogado algo no cabelo dela e desconfiou que parecia cuspe. Eu disse que só tinha molhado, pois não queria que ela ficasse nervosa no meio da rua, não ia adiantar nada. Depois ela até se esqueceu, mas é claro que chegando no hotel eu falei pra ela lavar bem o cabelo.

 

De lá, fizemos conexão pra linha D, saltamos em Callao e passamos na livraria Ateneo. Bonita, mas pelas fotos parecia mais. Sentamos no café e pedimos um lanche, foi bom. Resolvemos andar por toda a Santa Fé, que é um shopping a ceu aberto, até chegarmos de volta ao apartamento. De lá, lembramos que faltava comprar umas coisas que só tinham no Carrefour do shopping Paseo Alcorta e lá fomos. Aproveitei e comprei um sorvete na Una Altra Volta, sorveteria muito boa e que, dizem, seria melhor que a Freddo. Depois provamos o da Freddo e não vi grande diferença.

 

http://g.co/maps/e2y22

 

[t1]Buenos Aires Dia 4 - Porto Madero.[/t1]

 

Acordamos tarde, cansados do dia anterior e almoçamos perto do apartamento. Palermo é cheia de opções pra comer. Os preços ficam por volta de 20 a 25 reais por prato e sai mais barato se você pegar uma marmita pra comer fora. O suco é uma facada, algo em torno de 8 a 10 reais. Além de alguns restaurantes cobrarem uma taxa só pra você se sentar, algo em torno de 5 a 10 reais.

 

Pegamos um ônibus, planejando a rota através do site:

 

http://www.omnilineas.com.ar/buenos-aires/colectivos/

 

Você também pode comprar o “Guia T” numa banca de jornais, contem as linhas de ônibus. Considero este meio de transporte o melhor, pois não é tão sujo e inseguro quanto o metrô, nem há o risco de golpe de taxista, além de ser muito barato – 1,25 pesos o trajeto urbano mais longo.

 

Descemos perto da Casa Rosada e caminhamos até o porto. O lugar é bonito mesmo, cheio de restaurantes legais e uma atmosfera relaxante, bom pra fazer sem pressa com a família ou em casal. Passei em frente à famosa sorveteria Freddo e aproveitei pra conhecer. Peguei um sundae com chocolate e doce de leite, muito bom, embora um pouco enjoativo. A consistência do sorvete é a mesma dos melhores gelatos italianos.

 

Contornamos o último dique e seguimos em direção à Reserva Ecológica. O lugar é uma enganação, infelizmente. Basicamente é uma estradinha de terra rodeada de mato. Nos mapas você vê que teria a lagoa das gaivotas e mais uma que não me lembro, mas provavelmente estavam secas. Talvez fique bonito cheio, mas não me parece que valha o passeio mesmo assim.

 

Seguimos até o final da reserva e tivemos uma grata surpresa. Perto da Fonte das Nereidas havia uma exibição de uma típica dança latina, não sei qual era. As pessoas estavam animadas dançando, ou deitadas na grama, relaxando e curtindo a música. Ao redor, havia umas atrações pras crianças e uma feirinha, onde finalmente minha esposa achou algo vantajoso.

 

Andamos até o início do Porto e caminhamos pelo trecho que ainda não tinha sido explorado. Passamos pela Fragata Sarmiento e atravessamos a Ponte de la Mujer, com o sol quase se pondo. Foi um dia ensolarado, sem nenhuma nuvem, então pôr do sol não chegou a impressionar. Mas do outro lado da ponte havia um restaurante, acho que o nome era Carletto, onde havia uma exibição de uma cantora de ópera. Muito bonito. Já querendo evitar um cansaço maior, pegamos o ônibus de volta pro ap e encerramos cedo o dia.

 

[t1]Buenos Aires dia 5- Luján[/t1]

 

Por volta das 11h30 pegamos o ônibus 57 "rapido a lujan, passando por Moreno" na Plaza Itália. Você compra os tickets de ida e volta na cabine perto do semáforo, pra evitar ter que pagar 20 pesos por pessoa (10 por trecho), em moedas, dentro do ônibus. Perguntamos ao motorista se parava mesmo no zoo e ele disse que sim, avisaria onde é a parada. Ainda assim, fomos tensos, com medo de passar. Sabia que após passar pela cidade de Moreno eu teria que ficar ligado. Fiquei prestando atenção a uma referência pra ajudar aos outros que vão, pois eu queria que tivessem me dado essa informação e ninguém sabia. Pois bem, é ridiculamente fácil. Passado o primeiro pedágio após a cidade de Moreno, está praticamente na hora de saltar, o ponto está a 1 minuto dali. Você atravessa a rua e vai ver uma placa indicativa, aí é só seguir, você anda no máximo uns 200 metros. Paga ali mesmo os 100 pesos, ou 50 reais.

 

O lugar é como disseram, jeito de fazenda mal cuidada, cheio de merda de pato no chão, que é de terra. Mas você não está ali atrás de hoteis de 5 estrelas. O lugar cumpre seu propósito - uma experiência única com os animais. Entrei em tudo quanto é jaula que pude e minha esposa, que estava com muito medo no início, criou coragem e entrou também. Alimentamos poneis, tigres, filhotes, leões, ursos, leões marinhos, elefantes, passeamos de dromedário, enfim, nos divertimos muito mesmo. Não tive a impressão de maus tratos aos animais.

 

Tivemos o cuidado de tentar voltar cedo pra evitarmos pegar o ônibus cheio e às 16h lá estava ele. Mas não adiantou, pegamos cheio mesmo assim e fomos em pé. Felizmente, esvaziou na cidade de Moreno, quando pudemos sentar.

 

Naquele dia, pra mim a experiência em Buenos Aires já estava quase completa.

 

[t1]Buenos Aires dia 6 - show de tango[/t1]

 

Durante o dia não fizemos nada, estávamos cansados, acordamos tarde e só demos uma volta rápida no shopping Alto Palermo que, diga-se de passagem, muito fraco em relação aos brasileiros (incluo também o Paseo Alcorta e o Patio Bulrich). De noite fomos ao Madero Tango. Tudo ótimo. O show é muito bom e o jantar foi excelente, bife de chorizo na medida. Foi só pedir pra vir bem passado.

 

[t1]Buenos Aires dia 7 - Tigre[/t1]

 

Cheguei a falar pra minha esposa que se o dia tivesse acabado ontem, estaria de bom tamanho e Tigre seria apenas um bônus. Pois é, podia ter acabado ontem mesmo. Foi um passeio cansativo e sem grandes atrativos. Pegamos um ônibus até a estação de Retiro, depois o trem até Mitre e, de lá, o trem de la costa. Pois esse último trem, que é um trem turístico muito famoso, não vimos nada de mais. O passeio não é feio, mas é dispensável, ainda mais considerando que custa 10 vezes mais que os trens normais. No total, levamos por volta de 2h, entre onibus (de Palermo a Retiro) e os dois trens.

 

Chegando em Tigre, muita desinformação na estação. Não havia placas indicando pra onde seguir. Pedimos informação no local apropriado e a mulher deu indicações que só nos atrapalharam. Por sorte, lembrei que tinha um mapa do local e foi o que nos salvou de ficarmos perdidos. Vi pelo mapa que era muito mais fácil chegar sem as indicações dadas, bastava ali pertinho da estação procurar a Av Mitre, que beira o rio, até chegar a estação fluvial, de onde saem os catamarãs.

 

Chegamos lá pouco mais de 14h30 e tinha acabado de sair um catamarã. O outro só saía 16h. Não conseguimos comprar de imediato, pois lá só aceita pesos em espécie e não tinhamos o suficiente. Custa 50 pesos o passeio de 40min, 55 o de 1h e 70 o de 2h. Pegamos o de 40min, pois era o que ia sair às 16h.

 

O passeio é sem graça, muito fraco e monótono, ainda mais perto de tantas outras travessias de barco mais bonitas que vemos por aí. Quem é do Rio eu digo, mais vale uma viagem de barca da Praça XV até Niteroi, por módicos 3,10. Ainda assim, quem quiser ir, pegue o passeio de 40 min mesmo. Mais que isso é pedir pra ser torturado e acreditem, pois pessoas que fizeram o passeio reclamam muito.

 

Assim se encerrou nossa estadia em Buenos Aires, com impressão geral muito positiva. Tirando o dia de Tigre, gostamos de todos os outros.

 

[t1]Colonia do Sacramento[/t1]

 

No dia seguinte pegamos um taxi para Puerto Madero. Deu baratinho, 32 pesos a partir de Palermo. Pegamos o Buquebus às 12h30 e chegamos em Colonia às 13h30. Havia a opção de pegar o seacat como fizemos na ida, que é o braço low cost da Buquebus (inclusive os barcos são os mesmos), mas os horários eram piores e tempo era importante.

 

Ficamos no hotel Romi, que também recomendo. Barato, arrumadinho e bem localizado e o melhor de tudo, muito mais barato que a média dos hoteis de lá. O quarto é pequeno, mas é suficiente pra uma noite. O ruim é que a janela dá pro corredor, mas aí você liga o ar e tá tudo certo. O café da manhã é bem fraco, mas tá valendo. Trocamos dinheiro na General Flores e fomos alugar um carrinho de golf, pra conhecermos a cidade. Pra nossa decepção, não pudemos, pois precisava de carteira de motorista e havíamos esquecido. Puta falta de sacanagem. Já estava tarde pra alugar uma bike e seria caro demais pra pouco tempo.

 

Exploramos a pé mesmo, contornando a orla. Vimos o pôr do sol do porto, foi legal. Havia muitos brasileiros lá. Seguimos caminhando, passando pelo farol, depois pelo centro histórico. A cidade lembra mesmo Paraty, no Rio de Janeiro. Mas estava frustrado por não dispor do carrinho, que teria poupado tempo e principalmente o cansaço acumulado da viagem. Voltamos cedo pro ap e não curtimos a noite de lá, já pensando em economizar pra Santiago. Comer na Argentina e Uruguai foi caro demais, em tudo quanto é lugar cobram serviço e em muitos lugares o cubierto também, taxa que se paga só pra se sentar.

 

[t1]Montevideu[/t1]

 

Pegamos na rodoviária o ônibus mais ou menos 10h30 e chegamos em Montevideu às 12h30. Nos hospedamos no hotel Palácio, que recomendo muito pra quem quer ficar na região central e pagar pouco num hotel que oferece tudo que você precisa. Só não oferece café da manhã, mas isso você pode comer na rua, nas opções indicadas na recepção.

 

Passamos rapidamente pela Plaza Independencia, vimos o Teatro Solis e não demoramos muito. Avisaram já na recepção pra não darmos muito mole, especialmente após às 18h, pois a cidade estaria violenta. Como essa impressão foi confirmada por diversos mochileiros do forum, ficamos ligados. Ainda assim, resolvemos contornar o porto até as ramblas e acho que nessa poderíamos ter dançado. O lugar é deserto e feio, cheio de mendigos. Achei inseguro e nos mandamos dali.

 

Pegamos o ônibus D1, indicado pela funcionária do hotel, como tendo bela vista das ramblas, um city tour a baixo custo. Só que não foi bem como ela explicou, demora até pegar as ramblas, pois ele vai por dentro da cidade até Pocitos. Como ele percorre toda a 18 de julio, rua cheia de atrações turísticas (ao menos de acordo com o mapa que ganhamos), não foi nada mal. Saltamos em Pocitos, que de fato é bem bonita, acredito que seja o Uruguai que os uruguaios gostam de mostrar. Voltamos a pegar o D1, pra ver se havia mais das ramblas pra ver. Pouco vimos. Saltamos no ponto final, Carrasco, fizemos compras num supermercado e voltamos.

 

Já estava tarde e não quisemos nos arriscar, ficamos no hotel mesmo. Infelizmente em geral não gostei do que vi, mas admito, foi uma visão superficial. É difícil se ter ideia de uma cidade em uma tarde. Mas tempo de viajante é valioso e só voltaria a Montevideu numa oportunidade imperdível, com tempo sobrando. De lá, no dia seguinte voltamos pro Rio de Janeiro onde, no dia seguinte, pegaríamos novo vôo, dessa vez pra Santiago.

 

Relato sobre Santiago vem no próximo post.

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[t1]Santiago dia 1[/t1]

 

Fomos de LAN, vôo direto. Alugamos o apartamento Centro Bellas Artes, para 3 pessoas, por uma bagatela de 60 dólares a diária. Reservei 8 noites, sem saber bem o que tinha Santiago, pois a passagem aérea foi uma promoção e esse era o tempo que eu tinha sobrando de férias. Confiei que a cidade seria incrível como tanto dizem os brasileiros e não faltaria o que fazer.

 

Pois bem, a cidade não chega a ser ruim, nos divertimos, foi legal. Mas achamos a cidade bem comum, sem grandes atrativos especiais. Faltou charme. Acho que o grande diferencial, que encanta os brasileiros, é ser uma cidade em geral limpa, segura, de povo simpático e, é claro, com neve para esquiar. Esse último item não pudemos conferir, pois abril não é mês pra isso.

 

Em geral, fez um frio de rachar. Mas a cidade é boa pra compras de roupas de frio, leve isso em consideração quando fizer a mala. Vamos começar. Trocamos pesos numa casa de câmbio numa galeria na rua Agustinas, perto do cruzamento com a Ahumada, conforme indicado aqui no forum. Via de regra, mais vale trocar reais por pesos e o motivo eu expliquei no tópico sobre moedas no Chile. Fizemos basicamente esse roteiro. O centrão não nos empolgou muito. Muito frio, muuuuuuuuuuita gente fumando, muito cinza.

 

[t1]Santiago dia 2[/t1]

 

Começamos pela Universidad Catolica, que tem no topo um Cristo Redentor. Passamos pelo Centro Cultural Gabriela Mistral, que parece enorme e deu vontade de visitar, mas deixamos pra outra ocasião, que acabou nunca chegando. Dali, resolvemos tomar a rua Lastarría e, após mais algumas ruas, saímos no Parque Forestal. O lugar na minha opinião mais parece um compêndio de praças geminadas. Não me surpreendeu muito, mas é legal. Ficamos pouco por ali e seguimos pro Cerro San Cristobal.

 

Foi outra decepção. Não que seja um passeio que não valha a pena, mas ouvi falar tanto disso, que até agora fico achando que perdi algo e não sei. Você pega o funiculare numa bonita estação e tem a opção de, no meio do caminho, parar no zoológico. Já vimos 2 em BsAs e seguimos direto pro topo. Lá, basicamente você tem uma pracinha que teria belas vistas pra cidade, se não fosse o tom cinzento causado pelo smog. E estava tão cinza que não deu pra ver as cordilheiras. Creio que esse foi o tempero que faltou nessa salada. Prosseguimos. O lugar tem um tom religioso, com estátuas de santos, uma capelinha e um mausoleu. Lá no topo há a estátua da Virgem. Não vimos mais nada de interessante e voltamos.

 

Visitamos a casa La Chascona, pertinho da estação. Foi legal, uma guia empolgada contava, num espanhol fácil de compreender, a vida do poeta, o porquê de ter construído aquela casa, e o porquê de ter o formato de barco. Não são permitidas fotos.

 

Passamos pelo restaurante Como Agua para Chocolate, que visitaríamos no dia seguinte. Dali, fomos pro Patio Bellavista, onde esposa e mãe ficaram vendo artesanato, as famosas Lapis Azules, pedras azuis típicas do Chile. Nada mais a ver por ali, fomos no Parque Arauco, pra alegria da mulherada. Mas alegria durou pouco, não havia muuito a ver. Disseram que o shopping era bem bonito, eu achei comum. Na verdade, acho que nunca vi um shopping que realmete enchesse os olhos. E as coisas estavam mais caras e com menos variedade do que nas lojas do centrão.

 

[t1]Santiago dia 3[/t1]

 

Pegamos parte do roteiro que o Leo sempre sugere no "Santiago - Perguntas e respostas", saltando na estação El Golf e voltando, sentido Providência e Centro. No caminho, você pode ver prédios bonitos, que caracterizam o luxo de Las Condes e Providência. Também passamos numa agência do BB, única da cidade. Mas a fome começou a bater e como minha mãe estava com uma bolha formando no pé, pegamos o metrô na estação Pedro de Valdivia e descemos em Baquedano, com destino ao restaurante "Como Agua para Chocolate". De um modo geral gostei, a comida e serviço razoáveis, preços na média dos restaurantes com essa fama no Brasil e decoração muito legal.

 

Caminhamos um pouco pelo Parque Forestal, dessa vez vendo um pouco mais e nossa opinião continuou a mesma. Dali, fomos a sorveteria Emporio de la Rosa, também recomendada pelo Leo. Realmente, muito boa, consistência dos gelatos italianos. Seguimos para o Cerro Santa Lucia. Achei mais legal que o San Cristobal. É mais baixo, mas tem vistas legais ainda assim, só que tem muito mais escadas, por não dispor de um funiculare.

 

Ainda demos mais uma volta pelo centro e encerramos.

 

[t1]Santiago dia 4[/t1]

 

Dia de visitar a Undurraga. Há um passo-a-passo no tópico de vinícolas e eu o completei, não é difícil. O lugar é bem bonito e você pode explorar boa parte dele mesmo sem pagar, foi a nossa impressão, pois chegamos lá e não tinha ninguém pra receber, saímos explorando muitas coisas até resolvemos procurar a recepção. Chegamos lá com reserva e conhecemos o famoso Germán, guia de lá, uma figura. Muito simpático e engraçado, faz valer a visita. Vimos toda a etapa de produção do vinho, sem enganação. Undurraga é nota 10. Degustamos 4 vinhos e gostei de um terroir hunter sauvignong blanc, comprei lá mesmo a 8 mil pesos.

 

Eu era completamente ignorante em matéria de vinhos e aprendi muita coisa na visita. Gostei tanto que me interessei e encomendei um livro sobre o assunto. Até minha mãe, que nada entende de vinhos e nem bebe, gostou muito.

 

[t1]Santiago dia 5[/t1]

 

Esse foi um dia sem graça. Fez um frio muuito forte e caiu aquela garoa chata. Nesse dia a fumaceira dos cigarros estava insuportável como nunca. Lá é o cigarro que fuma as pessoas. Fizemos compras e foi só o que deu pra fazer. Das lojas de departamento, achei a Johnson a loja mais barata, havia opções legais entre 15 e 30 mil pesos (60 e 120 reais). Depois vem a Falabella, com muita variedade e preços razoáveis. A Paris é mais ou menos na mesma linha, só que a Falabella é melhor. Por último vem a Ripley, a mais cara, por agregar várias marcas famosas. Voltamos cedo pro ap.

 

[t1]Santiago dia 6[/t1]

 

Foi um dia mais legal, apagou um pouco a má impressão causada pelo dia anterior, pois eu fiquei mal humorado de perder um dia inteiro por causa de frio e chuva, sem ter muitas alternativas pra fazer. Começamos tarde, de modo que fomos direto almoçar. O restaurante escolhido foi o Aqui Está Coco, na Providência. Boa escolha. Serviço muito bom, decoração legal, pratos bonitos e saborosos, embora mal servidos. Preço na mesma faixa do "Como Agua para Chocolate", pratos entre 9 e 13 mil pesos. Ainda pegamos sobremesa.

 

De lá, fomos pro Parque de las Esculturas. Muito legal, foi o parque que mais gostei na cidade. Original, finalmente algo que eu não via nas outras cidades. Ficamos um bom tempo por lá. Ainda passamos na Falabella, Paris e Johnson da Providencia.

 

Grande decepção foi a Plaza de la Aviacion, para onde nos dirigimos em seguida. Seguimos a dica do Leo e fomos para lá após às 19h. O lugar realmente deveria ser um espetáculo iluminado. A praça tem esse nome porque parece uma pista de vôo, com uma escultura de avião na ponta. Só que não houve iluminação, nem uma lampadazinha sequer, tudo completamente escuro. Disseram os locais, sentados em bancos por ali, que provavelmente era por causa do feriadão (era dia 29 de abril, sexta que seria emendada com o primeiro de maio, na terça). Voltamos pro ap com o rabo entre as pernas :/

 

[t1]Santiago dia 7 - Viña del Mar e Valparaíso[/t1]

 

Fomos por conta própria. Chegamos pouco mais de 8h na estação de metrô, só que estava fechada. Mais tarde descobrimos que era por causa do horário de verão, que ficamos sem saber a respeito. Acabamos pegando um ônibus e saltamos em frente à estação de metrô Universidad de Santiago, que fica em frente ao Terminal Alameda, onde pegaríamos o ônibus. Fomos de Pullman. 1h40 depois, chegamos em Valparaíso.

 

Contratamos a excursão a 13 mil pesos, seguindo a dica de negociar. O padrão são 15 mil pesos. Gostamos mais de Valpo do que de Viña. Achamos mais autêntica, mais única. Viña, como bem disse um mochileiro daqui do forum, é um balneário qualquer. Pois bem, conhecemos o porto e os leões marinhos, pegamos o ascensor Artilleria,, passamos Paseo 21 de Mayo, Plaza Sotomayor e visitamos por dentro a La Sebastiana, outra casa de Pablo Neruda. Legal, mas gostamos mais de La Chascona. Não quisemos ir até Isla Negra, onde há a terceira casa. De qualquer forma, não estava inclusa no roteiro do city tour.

 

De lá, Viña del Mar. Já estava bem tarde e o guia deu uma acelerada, passou em muita coisa só de carro. E como a gente ficou no fundão da van, ouvimos pouco as explicações, que ainda por cima estava em espanhol. De perto até dava pra entender, mas assim não dava. Paramos no belo Reloj de Flores e seguimos pro péssimo restaurante que o guia leva. Já haviam nos avisado aqui que o restaurante é furada, mas li que as pessoas ainda tinham opção de ir pra outro, quando chegavam lá. Já agora não dava, pois não havia outro restaurante por perto. Enfim, caro, comida ruim e péssimo atendimento. Não pagamos os 10 %.

 

O tour seguiu por um estádio onde jogou o Brasil, umas residências que não prestei atenção e paramos no Museo Fonck, onde há o moai. Legal ver um moai de perto. Não entramos no museu. Já ficando tarde, encerrou-se a excursão e voltamos de busão, fazendo a mesma coisa que na ida, só que a partir da rodoviária de Viña. Não há nenhuma vedação a trocar as passagens se vocÊ comprou pra Valpo.

 

No dia seguinte voltamos pra casa. De relevante, destaco que finalmente tivemos uma bela vista das Cordilheiras e entendi o porquê de tantas pessoas acharem Santiago um lugar especial. Conhecê-las de perto quando se vai esquiar deve ser demais. Quem sabe no futuro.

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