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Como este site ajudou muito em minha viagem, volto para colocar um relato sobre minha estada na Patagonia argentina. Como não tinha muito tempo, optei por dar uma 'pincelada' nos destinos que mais me interessavam - e confesso, foi pouco.

 

Saí de SP no dia 25/12/11 à noite rumo a Buenos Aires. Acabei passando a noite no aeroporto, para pegar voo das 5h30 rumo a Ushuaia - o que eu sabia que não seria fácil, mas que foi mais pesado do que imaginei. Depois descobri que o primeiro andar do aeroporto era como um acampamento para vitimas de tragédias, cheio de gente dormindo no chão, até com lençois estendidos - enfim, cada um opta pelo que é melhor para si.

 

Bem, cheguei em Ushuaia perto das 8h da manhã e já havia um transfer da pousada me esperando. Fiquei na Hosteria Valle Frio e fui super bem recebida. O Jeremias e sua equipe foram muito atenciosos. O hotel é bem simpático, limpo, quentinho, não tive o que reclamar.

Ushuaia tem de tudo um pouco. Bancos (o que fui nao trabalhava com reais), casas de câmbio, mercados, cassinos e muitas lojas e restaurantes. Os preços nem sempre são vantajosos para nós, aliás, chequei a ver imãs de geladeira por R$24 !!!! ::dãã2::ãã2::'>

 

Infelizmente, o tempo estava nublado, mas não foi impedimento para conhecer a cidade.

Passei logo na Pira Tour para acertar meu passeio a Estância Herberton, que leva os turistas para uma caminhada entre os pinguins, que ocorreria no dia seguinte (370 pesos pelo passeio + 45 pesos pelo ingresso). Saí do Brasil com alguns programas reservados, o que me deixou mais garantida.

 

Estava frio, 10°C no termômetro, mas a sensação térmica era mais baixa, devido ao vento intenso. A cidade acompanha a inclinação da montanha, e embora simpática, o visual vulcânico ao redor é marcante. Marcante também é a imagem vista do avião. Mesmo nesta época, os picos das montanhas estão cobertos de neve, entre eles o Glaciar Martial, a cerca de 6km do centro da cidade, onde estive durante a tarde.

 

Fui de taxi: 36pesos + 50pesos para subir e descer de teleférico. Achei meio caro, mas como não tinha muito tempo e não tinha muitas referências do caminho de subida, optei por ele. Se tiver tempo e disposição, suba a pé, o visual vale a pena. No entanto, não é possível subir a pé e descer de teleférico, por ex.

 

O Glaciar tem várias trilhas. Fiz uma das mais tranquilas para quem está fora de forma...rs... Foi possível chegar ao gelo e se quisesse daria para fazer 'esquibunda', como outros brasileiros que estavam lá....

 

O visual é ao mesmo tempo bonito e melancólico. A aridez vulcânica convive com algumas manifestações de vida da natureza, como flores bem coloridas e o bosque que cerca o Martial.

Na entrada/saída do Glaciar tem um café, onde é possível comer e beber algo. Os preços não são dos mais baixos, mas para um lugar turístico... Paguei por um chocolate quente 11 pesos.

 

Na volta, taxi é meio difícil se vc não tiver combinado previamente com algum. Vale pegar o telefone de algum taxista para chamá-lo caso precise. Estava começando a chover e eu resolvi ir descendo a estrada ao invés de esperar indefinidamente por algum na porta do parque. No final, um deles parou para mim, mesmo com passageiro dentro.

 

Parei na cidade para ‘almojantar’, mas não me lembro o nome do lugar. Vendia sanduíches e massas a preço interessante. Tinha até 7Up, alguém se lembra? Rsrs... Gastei 33 pesos. E wi fi gratis, algo que encontrei em vários locais e foi ótimo. Ainda mais porque, pude consultar meus e-mails e vi que a Aerolineas Argentinas tinha mudado o horário do meu voo.

 

Mas há diversas opções na cidade. Ushuaia tb conta com um centro de informações para turista, com wifi e pontos de energia elétrica, mapas e indicações de programas. É lá que vc pode carimbar o passaporte com um selo de Ushuaia. Eu preferi carimbar um cartão postal.

 

No dia seguinte...pinguineira. Antes das 7h, o café já foi servido para mim, o que achei bem atencioso por parte do pessoal, já que eu tinha que sair logo por conta do passeio. Fomos de microonibus, com guia bilingue (espanhol/inglês). O trajeto até a estância dura cerca de 2h e é muuito bonito. Paramos numa lagoa para ver as árvores 'tortas', que crescem para o lado em função da direção do vento. Aliás, ventava tanto, que foi difícil tirar fotos com foco.

 

Na Estância, pega-se um barco para chegar à praia dos pinguins, mtttos deles, super dóceis (não é permitido tocá-los), tranquilos, cuidadores de seus ninhos e filhotes, mas se assustam com movimentos bruscos. É possível chegar bem perto deles, mas o percurso para a caminhada é predeterminada para a proteção dos ninhos. Para quem gosta destes animais, vale a pena.

 

Findo o dia, rumo a El Calafate. Para isso, 1h30 de fila de check-in. Aerolinas Argentinas aculumou 4 voos quase no mesmo horário. Mais cerca de 30 min para passar pelo detector. Não esqueçam de pagar a taxa de embarque no aeroporto, que varia conforme o voo (nacional, internacional, se for estrangeiro ou argentino). A minha foi de 28 pesos.

 

Em El Calafate, eu não tinha transfer. O que o hostel me ofereceu era mto caro (90 pesos, para um trajeto de 18 km). Arrisquei e acabei tendo sorte. O aeroporto tem um guichê de taxi (que cobrava 100 pesos) e um de vans, que cobrava 35 pesos e também deixava na porta do hotel. Para minha alegria, consegui um lugar - e um desconto para a volta. Chama-se Ves Pat Tour (tel 02902-494355; reservas@vespatagonia.com).

 

Fiquei no Hostel Los Pioneros e não tinha um argentino que se preocupasse em ser simpático no atendimento. Afffff..... Fiquei num quarto privativo e o pagamento é na chegada. Tem um restaurante com cardápio e horários meio restritos, tendo em vista que os passeios acabam tarde. Um ponto positivo era o wifi grátis.

 

O atendimento no centro de informações da cidade tb deixou a desejar.

 

El Calafate está num vale (da lua...rs), coberto por uma vegetação bastante rasteira e sem cor. Para nós que temos uma natureza exuberante em todo o lugar, é bem contrastante. O centro da cidade limita-se a uma avenida de uns três kms, onde ficam bancos, ag de câmbio, lojas, bares, mercado, cassino, igreja, enfim. É bonitinha, mas cara.

 

Bom, dia seguinte....mini trekking no Perito Moreno, com passagem pelas passarelas, pela Yelo y Aventura. Não foi barato ( 540 pesos). Mas é uma experiência bem interessante. Ainda mais pra quem não tem contato com a neve. Ficamos uma hora nas passarelas....a visão é exuberante, maravilhoso, que lugar é aquele??!!!!!! Mas foi pouco tempo. Aquilo é para andar por horas, observar todos os ângulos, admirar e fotografar muito..

 

Pegamos um barco e seguimos para o trekking. Cansativo, mas vale a pena pelo ineditismo. As pessoas são divididas em grupos de mais ou menos 20 pessoas, todas com luvas e grampos nos pés. Procure um grupo que não tenha turminha querendo fazer graça ou 'aparecer', certamente eles irão atrapalhar suas fotos, achando que podem mais do que os outros (juro que não é papo de velho, mas é que tá cheio de 'fotochato' por aí...rs).

 

Na volta, tempo para um lanche e depois passeio de barco próximo à geleira. Vá para o lado externo do barco, pois é outro espetáculo. A gente não cansa de olhar. Para quem sente falta de fruta durante o dia, pode passar no mercado de El Calafate. Os preços são compatíveis com os de SP e a variedade não é diferente.

 

Dia seguinte: El Chaltén. Um ônibus me pegou no hostel. Quase ninguém a bordo e uma estrada sem fim. Sem carros, sem postos de gasolina, sem nada. Ao longe, via a cadeia de montanhas cobertas de neve, que se aproximavam a cada km. Algumas paradas para fotos e uma para um café. O lugar é simples e recebe outros ônibus e carros de turistas. Conheci aqui dois casais de brasileiros, que depois foram minhas companhias na trilha da Laguna Capri.

 

A viagem é também bem bonita e a cidade - ou povoado - um ovo. Tem 1500 habitantes.

O centro de turismo tenta ajudar a todos. A sede do parque nacional fica bem na entrada da cidade, mas se vc for seguir os caminhos do Fitz Roy, terá de atravessar a cidade. Fui a pé e com o vento contra, o trajeto parecia mais longo.

 

Como estava fazendo bate e volta, optei pela Laguna Capri, seguindo o conselho de algumas pessoas que conversei. As trilhas são demarcadas, não tem como errar e tem muitas pessoas pelo caminho. O começo dela é pesado, só subida, mas não desista, isso muda logo. E não deixe de olhar para trás e admirar a paisagem que vai ficando.

 

Por acaso, reencontrei os dois casais de brasileiro e acabou sendo bem legal. Chegamos ao mirante do Fitz Roy e como um presente de Deus, o tempo ficou aberto o tempo todo. Aquela montanha linda, imponente...valeu a pena. Queria até chegar mais perto, mas não era o caso. Dali, fomos para a lagoa e só relaxamento. A volta também foi tranquila.

 

No dia seguinte, minha intenção era ir a Torres del Paine, mas com o incêndio no parque, o passeio foi cancelado. Aproveitei para dar uma volta pela cidade, já que não houve tempo para marcar um passeio substituto, fazer comprinhas, conhecer a baía Redonda e relaxar nos bancos do jardim.

 

Em El Calafate a taxa de embarque tb é paga separadamente. No meu caso, 38 pesos.

 

Infelizmente, não tenho dicas de restaurante. Como saía cedo e voltava tarde, minha alimentação não foi das melhores em termos gastronômicos. Sucos, frutas e água, que são mais a minha preferência.

 

 

 

O câmbio estava melhor lá do que aqui. Mas fique atento aos horários de funcionamento das casas.

Sempre leve lanche e água na mochila e não esqueça um gorro, que fará falta. O vento não dá trégua. Leve tb filtro solar.

Ah. Aproveitei uma promoção da Assist Card e fiz o seguro viagem, com direito a 1000km Lan. Até hoje não recebi. A operadora lavou as mãos, jogou o problema para a Lan, que simplesmente ignora.

 

 

Boa viagem !!!

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