Ir para conteúdo

Filme - Na Natureza Selvagem - O que vcs acharam?


Posts Recomendados

  • Colaboradores

Não vi o filme, mas li o livro, tendo inclusive lido outros livros do mesmo autor. Um deles por sinal, uma coletânea de textos descrevendo várias de suas escaladas (acho q era "Sobre Homens e Montanhas) ou foi pessimamente traduzido, ou o cara q mandou mal, pq é ruinzinho demais de ler, apesar das histórias em si serem bem interessantes.

Este "Na Natureza Selvagem" já é um livro muito mais bem traduzido, o que me leva a pensar que o Krakauer foi injustiçado pelo tradutor do outro livro, e a história é daquele tipo q te prende a atenção durante toda a leitura.

Só que apesar do "mochileiro" (vamos rotular assim pra facilitar o entendimento) ser alguém geralmente inconformado com a falta de responsabilidade da sociedade moderna com a preservação do meio ambiente (pra resumir várias mazelas num único problema....), na imensa maioria das vezes é um cara q tem um espírito aberto, bem humorado, interessado em interagir com as pessoas, um amante da natureza, respeitadas obviamente as muitas diferenças existentes entre cada ser humano. O McCandless nao parece ser nada disso......

Para mim, ele é sim um sociopata, que exagerou e radicalizou o "ficar na sua". Provavelmente foi um feroz leitor de Jack London e Jack Kerouac, deve ter lido "O Apanhador no Campo de Centeio", mas parece q não entendeu quase nada......ou levou os entendimentos pro lado errado.....

Link para o comentário
  • Respostas 41
  • Criado
  • Última resposta

Usuários Mais Ativos no Tópico

  • Membros de Honra

Po galera, ele não se amndou nessa trip com o intuito de morrer e virar martir não. Ele deve ter morrido relativamente feliz por ter alcançado sua meta de viver do mato e isolado, mas só perto de morrer chega à conclusão que "a felicidade só é real quando compartilhada". Aí agora uns ficam endeusando e querendo seguir o Supertramp way of life, outros simplismente menosprezam o cara.

 

Se for analizar friamente todos nós somos egoístas e morremos fazendo o que queremos, seja um montanhista que não volta do K2 (e vai sabendo que 1/3 das pessoas que vão acabam que nem ele), um empresário bem sucedido que enfarta depois de inumeros expedientes "produtivos" ou um fumante que se destroi a cada tragada. A impressão que eu tenho é que os que fazem as mesmas coisas de sempre são aceitos , mas o que fogem do comum são menosprezados e marginalizados.

Link para o comentário
  • Colaboradores

Paulo.

Não discordo de vc. Mas apenas como comentário, leia sobre o explorador antártico Shackleton.

Ele tentou umas 2 vezes chegar ao Pólo Sul, e falhou em ambas as vezes, mas até hoje é extremamente cultuado, não só pelas suas viagens, mas principalmente pela sua capacidade de comandar com segurança os tripulantes de seu navio. Durante cerca de 2 anos ( nao lembro exatamente a duração) eles lutaram contra o gelo, ficaram sem seu navio, e depois de uma navegação que ficou para a história como uma das mais impossíveis de serem realizadas (mas q ele próprio comandou e cumpriu), atingiu uma ilha habitada e obteve depois de muitos meses de luta um velho navio chileno para resgatar o restante de seus homens q haviam ficado para trás.

O notável nesse cara não foram os extremos a q ele chegou, já q outros foram bem além dele, mas o senso de sobrevivência, inteligência e capacidade de liderança (era um cara bastante sociável, portanto!) , q permitiram que ele visse q o melhor era não se arriscar mais, e sim retroceder, fazendo com que nessa longa aventura NEHUM homem perecesse. E olha q passaram pelo menos 2 invernos em plana Antártica!!!!!!

É aqui q reside a diferença entre o "covarde" vivo e esperto e o herói morto. Sou bem mais o Shackleton que o desequilibrado do McCandless como exemplo de "MOCHILEIRO". Mochilamos para VIVER, para curtir a vida, não para morrer.

Link para o comentário
  • Membros de Honra

Como já disse ele não tin ha o intuito de morrer. O problema é que nos miramos em extremos e enxergamos ele como um radical babaca e sem compromisso com nada que não seja o ego dele e o prazer momentanêo. Tudo bem que essa definição se encaixa muito bem nele, mas acho que se encaixaria também em todos os meus parentes e conhecidos que morreram de enfisema pulmonar, em acidentes de transito que envolviam velocidade e/ou bebida, etc. Com o seus não?

 

Acho que nos preocupamos muito com a vida dos outros e esquecemos da nossa, olhamos o McAndless hedonista e esquecemos do McAndless solidário que como falei ao invés de ir pra balada com os amigos ia pra favela ajudar os pobres. Um cara que tem muita coisa que poderia servir de exemplo é marginalizado e taxado de sociopata simplismente porque fez o que queria da vida dele, e o que é mais importante: sem botar a vida de nenhuma outra pessoa em risco. A propria irmã dele fala que ele queria levar o cachorro e não deixaram, mas que se ele tivesse levado provavelmente a historia seria outra porque ele não hesitava em colocar a vida dele em risco, mas nunca o faria caso outras vidas estivessem envolvidas também.

 

Pra mim pouco importa se ele era sociopata, homossexual, introvertido ao extremo, egoísta, covarde, carente afetivo ou seja lá o que for que especulam em torno dele. Acho que o cara fez muitas coisas dignas e que servem de exemplo, obvio que com as devidas restrições.

 

Se com tudo de positivo que foi mostrado a respeito dele ele continuar sendo apenas mais um filinho de papai irresponsavel e egocentrico eu sinceramente não tenho mais o que argumentar.

 

Ah e quanto a mochilar pra viver, não sei se em 10 anos vou viver o que McAndless viveu em 2, não sei se vou conhecer a quantidade de lugares que ele conheceu, de pessoas e de emoções. Morrer ou não é um detalhe, que faz toda a diferença mas não deixa de ser um detalhe. Eu já fui estupido algumas vezes e passei por pessimas situações mas sobrevivi, o Jorge admitiu que também já e é bem provavel que até esse Shackleton. Somos menos irreponsaveis e mais safos so por causa disso? Não consigo raciocinar por essa lógica...

Editado por Visitante
Link para o comentário
  • Membros de Honra

eu acho a ideia do cara conforme mostrado no filme muito interessante, legal como ele se lanca no mundo. Mas no final o cara morre de maneh! Deu bode da manezisse do cara. Tudo bem ser louco, todo mundo eh, mas o cara foi meio burro. Acho q como a grande maioria aqui, meu historico de vida me da uma certa 'fama' de aventureiro entre meus amigos e conhecidos. Todos perguntam se eu vi o filme pq 'eh a sua cara, vc deve se identificar muito com ele'. Na parte da aventura sim, com certeza, mas acho q a inconsequencia dele foi tao grande q a identificacao e admiracao acabam imediatamente. Nao sei se corresponde a verdade mas o q me passou no filme foi isso.

 

Gosto muito da passagem final do tipo 'felicidade so vale a pena se puder ser compartilhada' nao concordo inteiramente, mas compartilhar eh certamente uma parte muito boa.

Editado por Visitante
Link para o comentário
  • 2 meses depois...
  • Colaboradores

Uma Grande Lição

 

Penso que a maior lição do filme foi mostrar a linha bastante tênue que divide os aventureiros vivos e mortos: a responsabilidade.

 

Assim como nos acidentes de trânsito, aéreos, domésticos e seja lá qual for o tipo de pseudo-acidente, na maioria esmagadora das vezes a causa foi a arrogância. Achar que com você não vai acontecer.

 

E para isso não precisa ser aventureiro, viver em São Paulo é uma aventura.

 

Ele era bem informado

 

Não se pode dizer que ele era de todo irresponsável, porque conhecia vasta literatura sobre sobrevivência. O grande erro mesmo foi o extremismo e a arrogância.

 

O Idealista

 

De qualquer forma o personagem é fantástico, um cara determinado e apaixonado por seus ideais.

É trágico que como todo idealista ele tenha sofrido uma grande decepção, porque o ideal em si não existe, o que existe sim é o funcional, o pragmático.

 

A Grande Descoberta

 

''A felicidade só vale a pena se puder ser compartilhada''. Puxa, achei isso incrível !!!

 

É claro que todos precisamos de momentos de reflexão e contemplação implicando muitas vezes em isolamento, mas os momentos mais importantes e felizes de nossas vidas são quando estamos com quem amamos.

 

abraços

Link para o comentário
  • Membros de Honra

Nossa, nunca vi esse tópico aqui. De qualquer forma, assisti o filme há pouco tempo...

Eu sou suspeita pra falar, porque o filme pode ser meia-boca, eu sempre fui vidrada na direção de arte e fotografia.

Into the wild, como todos os outro filmes dirigidos pelo Sean Peen (e atuados), na minha opinião é f*! São as coisas simples da vida e, como o Rodrigo disse aí em cima, responsabilidade.

Outra coisa, eu tenho sessenta e dez dvds, cds, songbooks do Pearl Jam. Quando eu tinha 14 anos, eu morriaaaaa de ciume do Jeff Ament pq ele namorava há 8 anos e eu não tinha nenhuma esperança de ter chances com ele... hahahaha! Vcs acham que eu sou obsecada pela trilha sonora, com o meu Eddiezinho lindo, maravilhoso, gato, coberto com gotinhas de chocolate? ou não? Vide minha assinatura! hahaha

Beijos, Milena Supertramp! rssss

Link para o comentário
  • Colaboradores

O Filme

 

Poxa vida, me perdí no conceito e não comentei o filme.

 

Simplesmeste fantástico !!!

 

Sean Penn só vem melhorando, quem assistiu ''Milk'' pôde testemunhar isso.

 

Milena

 

Acredita que eu perdí o show do Pearl Jam quando eles vieram para Sampa ? Tudo por causa de uma namorada ciumenta ... Gíiii, porque vc não apareceu antes na minha vida ?!?!?!?!?!?! ::putz::::putz::::putz::::putz::

 

Quando conto isso pra Gí ela diz que foi bem feito, quem mandou ser dominado ::lol4::

 

Agora tenho que me contentar quando tem ''Noite em Seatle'' no Kasebre.

 

abraços

Link para o comentário
Visitante
Este tópico está impedido de receber novos posts.

×
×
  • Criar Novo...