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EUROPA em 41 DIAS - 11 PAÍSES - AGO/SET 2014 (C/ FOTOS)


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Oi João tudo bom? Estou adorando seus relatos.

Vi sua opinião sobre os 100,00 euros por dia.

No final de setembro de 2015 estarei viajando para meu primeiro mochilão, e pretendo fazer Roma, Paris, Amsterdam, Berlim e Praga.

Já pretendo ir com as passagens de trem compradas e os albergues pagos (caso não consiga comprar ou pagar algo antes de ir, vou levar o dinheiro "separado do restante").

Calculei tbm 100,00 euros por dia para alimentação, transporte (metro ou ônibus), entrada de museu (por exemplo) e qualquer outra coisinha que queira comprar a mais.

Pela sua opinião é um valor alto, mas para café da manhã, almoço e jantar (pode ser um lanche por exemplo) + passeios realmente é um valor alto ou ficar na média?

Só tenho receio de levar um valor mais baixo e ficar "em apuros" principalmente em Paris que é uma cidade cara.

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Cracóvia - dias 16 ao 18

 

Acordei bem cedo para pegar o ônibus de Varsóvia à Cracóvia, que sairia às 8h. Fui caminhando até a estação de metrô central, que ficava a 20 minutos do meu hostel, e de lá mais 15 minutos no metrô até a estação Vilanowska (algo assim). A rodoviária da PolskiBus fica logo na saída da estação, então é bem tranquilo. No horário exato meu ônibus saiu, novamente muito confortável. Chegamos 5h depois em Cracóvia, e decidi almoçar na rodoviária mesmo, pois estava com muita fome.

 

De lá fui caminhando até o hostel, que era relativamente perto. O nome dele era One World Hostel, e foi o melhor que fiquei em toda a viagem, muito organizado, limpo, barato, café da manhã excelente, localização excelente, e ótimo para conhecer pessoas e conseguir companhia para sair à noite (mas sem aquele clima de festa 24h por dia). Me acomodei no quarto para 10 pessoas e logo em seguida saí para conhecer a praça central e a cidade velha.

 

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Cracóvia foi, inegavelmente, a melhor surpresa da viagem. Meu grande objetivo lá era conhecer Auchwitz, mas conheci uma cidade espetacular, com uma bela arquitetura, uma praça central para fazer inveja em qualquer cidade europeia, e uma noite excelente. Dei uma caminhada de mais ou menos 2h pela cidade velha e suas ruelas, passei no mercado para comprar algumas coisas, na estação de trem para comprar minha passagem para Budapeste, e voltei para o hostel. Acabei ficando amigo de dois portugueses e combinamos de sair à noite. Depois da janta e do banho, bebemos algumas cervejas no hostel e saímos eu, os dois portugueses e duas recepcionistas do hostel que tinham terminado seus turnos. Era segunda-feira, e ao invés de uma cidade morta, o que vi foi bares e baladas lotados, e acabamos indo em vários (lá não se paga para entrar). Terminamos em uma balada (não faço ideia do nome) na cidade velha, onde ficamos até as 5h. Posso apenas dizer que foi uma noite épica, e voltei morto pro hostel, mas feliz por estar em uma cidade como aquela. Não queria, mas acabei colocando o despertador para as 10, pois no dia seguinte iria para Auchwitz.

 

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Acordei depois de 4:30h de sono ::dãã2::ãã2::'>, tomei o café EXCELENTE que oferecem (tem até Nutella liberado) e fui para a rodoviária. Já haviam me dito que ir para Auchwitz com agência de turismo é roubada, mas é ainda mais do que eu pensava. Na rodoviária basta pegar o ônibus para Oswieçim por 1/3 do preço e ele te deixa na porta de Auchwitz após 1:30h de viagem. Muito fácil mesmo! Entrei, comprei a entrada por 40 szlotys e entrei num grupo de língua inglesa. Lá vc é obrigado a fazer a visita guiada, então apenas escolhe a língua que deseja e entra no grupo indicado.

 

Não vou falar detalhe por detalhe de Auchwitz-Birkenau, mas é algo único. O clima lá é extremamente pesado, e as coisas que vc vê parecem não ser reais. Impossível não se emocionar, ainda mais por haver tantos vestígios e remanescentes da época do holocausto, que dão um clima ainda mais real à visita. O tour dura 3 horas, das quais 2 são em Auchwitz e 1 em Birkenau (o maior campo, também o mais violento). Terminamos às 17h, e às 17:45h peguei a van de volta para Cracóvia.

 

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Cheguei bastante cansado ao hostel, mas a fim de sair de novo, pois era minha última noite em Cracóvia. Acabei não conseguindo ninguém para sair comigo, então fiquei por lá mesmo, conversando com alguns europeus de várias nacionalidades. Fui dormir relativamente cedo, então decidi acordar cedo (mas nem tanto ::hãã2::) para conhecer o restante da cidade. Achei que 8h seria um bom horário.

 

Meu último dia em Cracóvia foi bem intenso. Após tomar o café e fazer o check-out, saí para o bairro judeu, que é bonito, mas nada de mais. Decidi voltar à cidade velha e conhecê-la por completo. Não seguia mapa nenhum, apenas entrava nas ruas que dava vontade. A cidade velha de Cracóvia é realmente muito bonita, com muita vida. Já estava na hora do almoço, então me afastei da zona insanamente turística e, como sempre, encontrei restaurantes muito mais baratos. Paguei 20 szlotys (aprox. 15 reais) por um buffet livre de comida típica, que por sinal é bem gordurosa e pouco caprichada. Vários tipos de linguiças e algumas massas que até hoje não sei o que são. Saí meio estufado de lá, mas ainda tinha uma tarde para conhecer o Wawel Castle, então nada de descanso.

 

O Wawel fica logo na saída da cidade velha, então é fácil chegar lá. Entrei e fui para a bilheteria, e acabei descobrindo que se paga por exposição, não pela visita completa ao castelo. Como eram muito baratas para os padrões brasileiros, comprei duas, uma de Leonardo da Vinci e outra das armas de guerra reais, da época medieval. A do Leonardo da Vinci foi provavelmente a maior furada turística da viagem toda, pois li que era a exposição "Lady with an Ermine", mas quando entrei descobri que era o nome do quadro! Sim, a exposição era na verdade um único quadro, e era temporária. Eu vi o quadro, tentei ficar uns 5 minutos pelo menos admirando ele para fazer meu dinheiro render ::lol4::, mas já começava a pensar nos meus szlotys voando pelos céus. Era bonito, lógico, mas 15 reais para ver um único quadro é sacanagem.

 

Segui para a exposição permanente das armas de guerra, e essa sim valeu e muito a pena. Há diversos tipos de armas, desde canhões, catapultas, até armaduras, revólveres, espadas, escudos. Todos com detalhes incríveis, pena que não era permitido bater fotos dentro. Essa exposição era bem ampla, fiquei pelo menos uma meia hora dentro. Depois ainda dei uma volta pela área externa do castelo, tirei algumas fotos de Cracóvia vista de cima, e voltei para o hostel. Meu trem para Budapeste saíria às 20:30h, então enrolei um pouco na internet, conversei com algumas pessoas, e às 19h saí para comer alguma coisa, já com a mochila e tudo pronto para logo em seguida ir à estação. Como tinha 40 szlotys sobrando e perderia muito em uma eventual conversão para outra moeda, decidi ostentar pela primeira vez na viagem e entrei em um restaurante que aparentemente era muito bom. Escolhi ele também porque dentro tinha uma TV gigante e estava passando um jogo da Champions League, melhor ainda! Comi muito bem por 35 szlotys (aprox. 27 reais), um frango ao molho com vários acompanhamentos. Muito barato para o Brasil, qualquer restaurante melhorzinho aqui não sai por menos de 40 por pessoa.

 

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Depois de uma das melhores refeições da viagem fui para a estação, que ficava a 2 minutos a pé do restaurante. Esperei por uns 20 minutos e no horário marcado meu trem saiu. Seria uma longa viagem de 10h na classe econômica, mas milagrosamente consegui dormir muito bem. A cabine para 6 pessoas era ridiculamente apertada, mas dormi 1h depois de o trem sair e só acordei em Budapeste, não sei como.

 

Cracóvia - considerações finais

 

- Cracóvia, como já falei, foi a grande surpresa da viagem. Esperava pouco além de Auchwitz, mas a cidade é espetacular. Muito viva, muito limpa, muito bonita, preços bons, noite agitada. Para completar ainda fiquei num hostel excelente, que foi a cereja no bolo.

 

- Se tiver que escolher entre Varsóvia e Cracóvia na Polônia, vá para a segunda sem nem pensar duas vezes. Varsóvia é legal, não me arrependo nem um pouco de ir, e se tiver tempo vá para ambas. Mas Cracóvia superou todas as expectativas e está no meu top 5 dentre todas as 14 cidades que visitei.

 

- Não vá para Auchwitz com agência de turismo, em hipótese alguma. Você vai gastar dinheiro à toa, é muito (!!!) fácil chegar apenas com a van entre Cracóvia e Oswieçim (cidade onde fica o campo), você para na porta do campo. Mamão com açúcar.

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Oi João tudo bom? Estou adorando seus relatos.

Vi sua opinião sobre os 100,00 euros por dia.

No final de setembro de 2015 estarei viajando para meu primeiro mochilão, e pretendo fazer Roma, Paris, Amsterdam, Berlim e Praga.

Já pretendo ir com as passagens de trem compradas e os albergues pagos (caso não consiga comprar ou pagar algo antes de ir, vou levar o dinheiro "separado do restante").

Calculei tbm 100,00 euros por dia para alimentação, transporte (metro ou ônibus), entrada de museu (por exemplo) e qualquer outra coisinha que queira comprar a mais.

Pela sua opinião é um valor alto, mas para café da manhã, almoço e jantar (pode ser um lanche por exemplo) + passeios realmente é um valor alto ou ficar na média?

Só tenho receio de levar um valor mais baixo e ficar "em apuros" principalmente em Paris que é uma cidade cara.

 

Oi Beatriz, tudo certo?

 

100 euros por dia é muito, ainda mais se vc já for com os deslocamentos comprados. Paris é realmente muito cara, e lá evitava comer fora a todo custo. Nas demais cidades comia fora bastante e nunca me privei de nada que quisesse fazer/ver, e mesmo assim eram raras as cidades nas quais o gasto médio passava dos 55 euros/dia.

 

Se achar que não está segura com um valor mais baixo, leva os 100 euros, mas vai sobrar com certeza, a não ser que seu estilo de viagem seja de comer em bons restaurantes, pegar taxi ao invés de metro, etc. Caso contrário, com 60 euros/dia vc faz essa viagem tranquilamente, pois Paris, Amsterdan são compensadas por praga e Berlim, cidades bem mais baratas.

 

Abraços!

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João, muito bom o relato, estou acompanhando e aguardando o restante rs...

 

uma pena é que pela logística que teve que fazer para conhecer as cidades que queria, tenha te obrigado a passar tão pouco tempo em algumas joias. Justo só achei Paris e Berlim, já Bruxelas, Luxemburgo e Lisboa foram muuuito penalizadas hehe, ainda mais que no meio disso tudo tem o deslocamento, etc.

 

Mas é isso mesmo, espero que tenha adorado esta aventura.

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Oi João! Obrigada pela resposta!

Acho que vou levar para Paris e Amsterdam os 100,00 euros para não correr nenhum risco mas para as outras cidades posso levar um pouco menos então.

Não tenho problemas em pegar metro/ônibus, só gostaria de pelo no almoço ou jantar comer melhor pq viver de lanche por +/- 18 dias não será mto bom para a saúde neh! rs

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Beatriz, acho que 100 euros (para não correr risco nenhum) só em Paris mesmo, Amsterdan é cara mas não chega aos pés. Roma não conheço, mas até onde sei é uma cidade mediana, nem tão cara, nem tão barata. Tendo as passagens e hostels reservados, 100 euros é realmente muito dinheiro, não estou sendo negligente. Comer fora é parte da viagem, concordo totalmente, mas quando digo para economizar não estou me referindo a comer lanche, sanduíche, mas comprar comida e cozinhar no hostel. Almoço muitas vezes não é possível, mas na janta é bem tranquilo, e o café-da-manhã é muitas vezes oferecido pelos próprios hostels (dê preferência aos que têm).

 

Portanto, para não correr risco algum, e considerando que vc já terá os hostels e deslocamentos comprados, leve a seguinte quantia:

 

Paris: 90 euros/dia.

Amsterdan: 80 euros/dia.

Roma: 70 euros/dia (aqui seria bom alguém corrigir, pois nunca fui, estou me baseando em relatos do próprio site).

Berlim: 50 euros/dia.

Praga: 45 euros/dia.

 

Nunca é demais relembrar: isso é para risco zero. Para ter uma noção, meu gasto em Praga, por exemplo, foi de 40 euros/dia sendo que 12 eram para o hostel. Lá comi muito fora (final da viagem, preguiça de cozinhar) e fiz tudo o que queria fazer. Ou seja, meu gasto teria sido de 28 euros/dia caso essa grana não incluísse a hospedagem. Paris fiz com 52 euros por dia, sendo 20 para hospedagem.

 

Então pode ir tranquila, você está muito certa em querer diminuir os riscos, mas exagerou um pouco na quantia. É justamente para isso que serve o mochileiros.

 

Boa viagem!

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Budapeste - dias 19 ao 21

 

Após 10 horas bem dormidas no trem (não sei como!), cheguei a Budapeste às 8h. Meu amigo, que está na Hungria pelo Ciências sem Fronteiras, foi me buscar na estação de trem, e de lá fomos para a casa dele, que era dividida com mais 3 brasileiros, todos do CSF. Naquela manhã não fizemos nada, mas começamos a preparar o almoço bem cedo para que pudéssemos aproveitar ao máximo a tarde. Como meu amigo voltaria para o Brasil na madrugada do meu segundo para terceiro dia em Buda, estava na correria para finalizar alguns processos burocráticos e arrumar as coisas. Acabou não saindo comigo naquela tarde, então fui conhecer a cidade sozinho.

 

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A casa dela ficava no lado de Peste, exatamente oposto à Citadela (monumento no topo de um morro, de onde se tem uma famosa vista panorâmica da cidade). Localização excelente! Decidi que margearia o rio até a Ilha Margaret, e depois voltaria pelo lado oposto. Foi o que fiz. Caminhada muito agradável, pois Budapeste é uma cidade espetacular! Gostei muito, me sentia bem lá. Foram mais ou menos 30 minutos de caminhada até o Parlamento, onde tirei algumas fotos e apreciei a vista do rio, e depois mais 15 minutos até a Ilha.

 

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A Ilha Margaret é um local bastante frequentado pelos locais, pois é ótima para a prática de esportes ou simplesmente para relaxar. Andei bastante por lá, e esse dia estava muito quente. Pela primeira vez na viagem eu usava Havaianas, sensação ótima ::otemo::. Arranjei um canto em uma parte do gramado e deitei um pouco, mas o que era pra ser uma cochilada rápido virou um mega sono de 2h. Acordei lá pelas 17h, olhei o relógio e saí em disparada, pois queria subir a Citadela naquele dia e teria que chegar antes de escurecer. Atravessei a ponte para o lado de Peste, que é o mais rico e menos turístico, e iniciei a caminhada em direção a Citadela, na mesma direção da casa do meu amigo, apenas no lado oposto do Danúbio. Como a essa hora estava passando em frente ao Parlamento (ele é muito mais bonito quando observado da margem oposta do rio), sentei em um banco e fiquei lá por algum tempo. Aquela construção é realmente incrível, se destaca no meio da cidade. Se tem uma coisa que me arrependo é não ter visto ele à noite, vacilo grande, eu sei!

 

Continuei andando e cheguei à entrada da Citadela, no meio de um morro bem no centro de Budapeste. São mais ou menos 30 minutos para subir (em ritmo leve) e a vista é recompensadora! De lá se vê todo o centro de Budapeste e ainda os bairros distantes. É uma cidade fantástica, em quesito de beleza está no meu top 3 dessa viagem. Achei um banco com uma bela vista panorâmica e aproveitei para apreciar mais um pouco. Depois desci, atravessei a ponte para Peste, e voltei pra casa.

 

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Cheguei perto das 20h. Como todos na casa já haviam comido, saí para jantar um Kebab, que em Budapeste é ridiculamente barato (algo como 5 ou 6 reais por um grande). Voltei, tomei um banho, e às 23h saímos para o famoso Semple Bar, que já foi eleito o melhor do mundo. Ele fica perto do bairro judeu, e chama a atenção por sua decoração interna. A cerveja e o atendimento em si não são nada de mais, mas é um lugar interessante, muito diferente de tudo o que vemos no Brasil. Sair à noite em Budapeste é, para os padrões daqui, quase de graça, pois não se paga para entrar nos lugares e a cerveja é MUITO barata ::hãã2::. Saímos de lá e fomos para outro bar, onde nos encontramos com mais brasileiros. Bebemos um pouco e fomos para um terceiro bar, um bem sem graça, mas que era ainda mais barato, para finalmente terminarmos a noite na famosa Instant, uma balada com vários ambientes. Ficamos lá até as 7h e depois voltamos pra casa, totalmente mortos. A noite em Budapeste é insana!

 

No dia seguinte acordei às 2:30 ::essa::, mas felizmente sem ressaca. Me assustei quando vi o horário, então saí em disparada. Parei numa kebaberia, comi um kebab e depois comecei mais uma tarde de caminhada. Iniciei pelo bairro judeu, mas após um tempo não fazia a menor ideia de onde tava. Não tinha mapa na mão, mas em Budapeste é difícil se perder, pois qualquer coisa é só perguntar pelo Danúbio e voltar pra ele. Caminhei por quase 2h em locais totalmente desconhecidos, e acabei chegando na Andrassy, a avenida mais famosa da cidade. De lá fui até o Parlamento e atravessei para Buda, pois pretendia ir ao Buda Castle.

 

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Cheguei até a base do castelo e subi pelas escadas, que por sinal estavam vazias (sim, 90% das pessoas prefere pagar um bondinho do que subir 10 minutos por uma escada ::quilpish::). Cheguei no castelo, dei uma analisada geral, pois o local é meio grande e você fica um pouco perdido no começo. Acabei descobrindo que todos os locais lá são pagos, e como não estava com o menor saco para ver exposições, decidi economizar minha grana e apenas dar uma volta pela área externa do castelo. O local é bem grande, e como fica num ponto alto, há várias vistas legais de Budapeste, cada uma totalmente diferente da outra.

 

Fiquei lá por algum tempo, e quando desci para o Danúbio novamente me deparei com uma apresentação de dança de rua num mega palco, e os caras eram realmente bons! Assisti até o final, e como já estava perto de casa, foi rápido voltar. Descobri que naquela noite os brasileiros se reuniriam na casa de um deles para comer um risoto. Meu amigo iria embora naquela madrugada, direto do jantar para o aeroporto, já que o voo dele era às 4h.

 

Aquela noite foi muito boa, estava precisando de algo mais light depois da paulada da noite anterior. Duas brasileiras prepararam o risoto, que por sinal tava excelente, e os outros ajudavam no que dava. Comemos (muito) e depois ficamos conversando e tocando violão. Perto da 1h meu amigo pegou o táxi para o aeroporto, e eu e os brasileiros que moravam com ele voltamos pra casa. Fui dormir às 2 e acabei não colocando despertador, pois minha única programação para o último dia era ir para as termais.

 

Acordei às 11, comi um café-almoço, e peguei o metrô até a Szecheniy Baths, a maior e mais famosa das duas termais de Budapeste. Paguei 40.000 forints (com direito à toalha e locker) e entrei. As termas são realmente um oásis no meio de uma viagem longa e cansativa, é pra esquecer da vida mesmo. Há uma piscina grande externa, que chega a doer de tão quente, e outras internas, que são mornas. A externa é a melhor, mas não dá pra ficar muito tempo seguido, pois a temperatura da água é algo insano. Decidi alternar entre a externa e a interna, e quando minha pele já tava pedindo trégua fui embora. Devo ter ficado umas 3h no total, e aquilo me renovou.

 

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Voltei pra casa e os brasileiros me avisaram que iríamos a uma festa com uma escola de samba formada por brasileiros e húngaros (sim, tem húngaro em escola de samba). Como meu ônibus para Bratislava sairia às 6 da manhã e queria aproveitar minha última noite em Buda, decidi não dormir e ir direto da balada pra rodoviária (não recomendo, mas não me arrependi, pois com uma noite bem dormida você recupera). Saímos para a festa perto de 0h, na região do Oktogon, a mais boêmia da cidade. A festa em si foi legal, mas estava muito vazia, então era difícil rolar alguma coisa. Acabei ficando amigo de um grupo de brasileiros e decidimos ir para um balada de verdade. Não lembro o nome, mas entramos em uma que mal dava para se mexer dentro. Era muito lotado! Apesar disso deu pra curtir, mas tive que sair cedo, pois ainda precisava passar em casa e pegar as minhas coisas antes de ir pra rodoviária. Saí às 4, peguei minhas coisas e fui pra estação de ônibus Nepligeti, que era bem perto de onde eu estava. Como ainda faltava 45 minutos pro meu ônibus sair, comprei um sanduíche no Subway e às 6 em ponto meu ônibus partiu. Eu estava dormindo em pé, então entrei e apaguei. Pra minha sorte ninguém estava do meu lado, então consegui dormir bem. A viagem durou 3 horas e meia, e fui acordado pelo motorista com o ônibus já vazio em Bratislava.

 

Budapeste - considerações finais

 

- Budapeste é uma joia da Europa Central, não apenas pela beleza, mas pelo preço. A cidade é muito barata, e com 10, 12 reais você faz uma refeição grande e de qualidade.

 

- Não vi o Parlamento à noite, e me arrependo muito. Não faça essa burrada, pois dizem que é quando ele fica mais bonito.

 

- 3 dias é um bom tempo em Budapeste, mas 4 não é exagero. 2 é pouco, pois a vida noturna lá é sensacional, e sair à noite significa acordar tarde no dia seguinte. Caso você não tenha intenção nenhuma de sair ou dormir tarde, em 2 dias é possível, mas nem um pouco recomendável.

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Bratislava - dia 22

 

Cheguei às 9:30h em Bratislava, ainda caindo de sono. Saí do ônibus e me deparei com uma rodoviária bem suja e escura, e pra completar o dia estava nublado, o que dava um ar meio sinistro ao local. Não havia um único balcão de informações, e não encontrei uma única alma que falasse inglês. Como já tinha visto no google maps que o hostel era bem longe da rodoviária, desisti e peguei um táxi.

 

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Cheguei ao Art Taurus Hostel, mas como só poderia fazer o check-in às 13, deixei minha mochila e saí para conhecer a cidade. A localização do hostel é excelente, a 5 minutos a pé do castelo e 5 da cidade velha. Decidi ir até o castelo, bem sem graça por sinal (se comparado aos vários outros da Europa), mas a vista dele é legal. Dá pra ver toda a cidade velha, o Danúbio e a margem oposta da cidade. De cara já me liguei que Bratislava não é nem de perto uma cidade bonita como as outras da Europa Central, e nem esperava muita coisa mesmo. Fui por desencargo de consciência, pois iria de Budapeste para Viena e ela fica exatamente no caminho, a 1h da capital austríaca.

 

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Dei uma volta pela área externa do castelo, tirei algumas fotos, e depois voltei para o hostel. No caminho achei um buffet livre de comida japonesa por 5 euros! Entrei e confirmei se o preço era esse mesmo, e depois de ouvir que sim não pensei duas vezes. Comi como se fosse a última refeição da minha vida, não duvido que tenham fechado o local depois que eu fui embora ::lol4::. Sou fissurado por comida japonesa, e mesmo não sendo das melhores era bem razoável. Voltei totalmente estufado pro hostel, implorando por algumas horas de sono. Fiz o check-in e capotei, a noite sem dormir custou caro para Bratislava. Como só teria mais aquela tarde lá, botei despertador para as 16h, pois ainda queria conhecer a cidade velha.

 

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Acordei meio a contragosto, e antes de ir à cidade velha decidi passar pelo Parlamento da Eslováquia, que é pequeno mas tem seu valor. Em frente a ele tem um chafariz com um globo, bem interessante. De lá caminhei até a cidade velha, que é bem pequena por sinal. Fiz praticamente todas as ruas dela, algumas bonitas, outras nem tanto. No geral achei legalzinho, mas para quem tinha recém feito a cidade velha de Cracóvia, aquilo era quase que insignificante. No meio achei uma sanduicheria com uns pães muito loucos, e como era barata acabei comprando uns sanduíches para a janta. Quando estava começando a escurecer voltei para o hostel. Comi meus sanduíches, e como o hostel era totalmente morto a noite acabou cedo. Simplesmente não havia uma alma viva lá, apenas alguns gatos pingados que tinham uma aparência nem um pouco amigável. No meu quarto havia mais três caras que simplesmente fingiam que eu - e os outros - não existiam. Como eu ainda estava com o sono atrasado da noite anterior, fui dormir às 10, e no dia seguinte só precisaria acordar às 9, pois meu ônibus para Viena sairia 11h. Maravilha! Dormi como poucas vezes na vida, recuperei tudo e ainda cheguei cheio de energia para uma das cidades que mais me atraía no roteiro: Viena!

 

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Bratislava - considerações finais

 

- Bratislava é uma cidade pequena e, em geral, sem graça. A arquitetura não é tão bonita e a cidade é um pouco cinza. Mas como eu sou da opinião de que todo lugar tem seu valor, não me arrependo de ter ido à Bratislava, pois não desviei meu caminho e foi extremamente fácil inseri-la no roteiro. Para quem faz o trecho Budapeste - Viena e vice-versa, uma parada em Bratislava (pode ser uma manhã, uma tarde) é válida.

 

- Mesmo sendo euro a cidade é muito barata. Com 5 a 8 euros se come muito bem, como foi o meu caso com o livre de sushi por 5.

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João, muito bom o relato, estou acompanhando e aguardando o restante rs...

 

uma pena é que pela logística que teve que fazer para conhecer as cidades que queria, tenha te obrigado a passar tão pouco tempo em algumas joias. Justo só achei Paris e Berlim, já Bruxelas, Luxemburgo e Lisboa foram muuuito penalizadas hehe, ainda mais que no meio disso tudo tem o deslocamento, etc.

 

Mas é isso mesmo, espero que tenha adorado esta aventura.

 

Fala, Filipe!

 

Então, realmente o roteiro ficou um pouco mais corrido no final da viagem, mas foi por opção mesmo. Apesar de que ninguém gosta de trocar de cidade todos os dias e perder tempo entre deslocamentos, Bruxelas e Luxemburgo são pequenas e acho que teria pouco para fazer em mais tempo lá. Não me arrependo de minha escolha, pois essa mini-correria durou apenas 3 dias na parte da Bélgica e Luxemburgo. De qualquer forma, não achei ruim, até porque esses deslocamentos são rápidos.

 

Lisboa terei que concordar, fiquei pouco tempo. Foram dois dias e meio, mas um a mais completo teria sido o ideal.

 

Apenas discordo de que Paris e Berlim foram as únicas que tive um tempo bom. Fiquei 3 dias completíssimos em Viena, Budapeste, Praga e Amsterdan, por exemplo, e considero um tempo ideal para todas elas. Claro, dá pra ficar 4, mas 3 é ótimo.

 

No geral gostei muito do meu roteiro, mudaria pouca coisa nele.

 

E obrigado pelo elogio ao relato. Grande abraço!

 

Obrigada pelas dicas João.

Os albergues que estão na minha lista todos tem café da manhã como você indicou! Pelo menos nisso eu acertei, kkkkkkk

 

Estou adorando sua viagem!

 

Beatriz, ótima escolha. Café da manhã incluso é uma das coisas que busco num hostel (as outras duas são localização e preço). Claro que eventualmente ele pode ser horrível, mas aí vc compra algo na rua e está tudo certo. Não peguei nenhum café ruim, todos eram medianos ou bons, então segurava bem até a hora do almoço.

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